Ironman - pensamentos e atitudes - Página para produção de livros

Transcrição

Ironman - pensamentos e atitudes
i
Sumário
1
Ironman a oito semanas de distância
1
2
Alguns detalhes sobre este livro
6
2.1
Por que resolvi escrevê-lo? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
6
2.2
Que ferramentas estou utilizando para escrevê-lo? . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
7
2.3
Como ele está organizado? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
7
3
4
5
Semana 8 (5 a 11 de maio)
9
3.1
Segunda (dia 40) - foco, determinação, abstinência . . . . . . . . . . . . . . . . . .
9
3.2
Terça (dia 39) - nutrição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
11
3.3
Quarta (dia 38) - superação, adaptação, automotivação, amizades . . . . . . . . . . .
13
3.4
Quinta (dia 37) - logística, preparação, variação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
14
3.5
Sexta (dia 36) - dificuldades, otimismo, trabalho, persistência . . . . . . . . . . . . .
14
3.6
Sábado (dia 35) - longão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
14
3.7
Domingo (dia 34) - longão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
15
3.8
Resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
15
16
4.1
Segunda (dia 33) - . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
16
4.2
Terça (dia 32) - . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
16
4.3
Quarta (dia 31) - . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
16
4.4
Quinta (dia 30) - . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
16
4.5
Sexta (dia 29) - . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
16
4.6
Sábado (dia 35) - . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
17
4.7
Domingo (dia 34) - . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
17
4.8
Resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
17
Glossário
18
ii
Prefácio
TODO
Público alvo
Este livro é para qualquer pessoa, atleta ou não, que tem interesse em saber o que se passa pela cabeça
de um "maluco"que estabelece como meta a conclusão de um Ironman.
iii
Capítulo 1
Ironman a oito semanas de distância
Neste texto, iniciado a oito semanas semanas antes de meu segundo Ironman, eu falo um pouco sobre
ele, que ocorrerá no dia 29 de junho de 2014, em Nice, na França. Ao longo desse material, eu tento
descrever o que é ser um Ironman, no meu ponto de vista. Também falo como está sendo esse período
de dois meses anteriores a prova. Em algum momentos, volto no tempo e falo sobre como foi meu
primeiro Ironman.
A princípio, tive vontade de disponibilizar esse texto em meu blog pessoal (http://paulojeronimo.info),
fazendo publicações semanais. Mas, pensei melhor. Sei que irei reler e/ou reescrever trechos dele,
diversas vezes, antes de publicá-lo definitivamente. Isso porque eu quero que esse ele tenha uma
vida mais longa e, se Deus permitir, desejo reescrevê-lo em cada novo Ironman que eu puder participar. Então, optei por transformá-lo num livro. Ainda não estou totalmente certo sobre quando
disponiblizarei-o num formato adequado para a leitura em tablets e smartphones. Muito menos se
ele, algum dia, se tornará um livro impresso através de alguma editora (não tenho essa pretensão).
Mas estou, desde já, publicando-o num repositório em minha conta no GitHub, gratuitamente e sob
uma licença Creative Commons, antes de minha largada nesse Ironman. Então, estou assumindo esse
livro como uma nova meta, assim a meta "concluir meu segundo Ironman em 29 de junho".
Se você me conhece pessoalmente ou já visitou-me em alguma das redes sociais que participo (Twittter, Facebook, Instagram, . . . ), talvez você já tenha lido algo que publiquei contendo a hashtag #Ironman. Talvez você já saiba o que é um Ironman. Mas, se você não sabe, não pense que eu estou me
referindo ao super herói! Mas, a alguém que é quase isso! (se achando, hehehe - brincadeira) =D
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Figura 1.1: Ironman da Marvel
Um Ironman é uma prova de triatlo (triathlon, em inglês). Triatlo é um esporte que engloba natação,
ciclismo e corrida. Nessa prova cada atleta nada, pedala e corre visando cruzar a linha de chegada
num prazo máximo que, no Ironman Brazil, tanto em Florianópolis quanto em Fortaleza, é de 17 de
horas. O maior problema dessa prova são as distâncias que, como costumo falar, são "brutas";). Cada
triatleta, para poder receber o "título"(uma medalha) de Ironman, deve nadar 3.800 metros, pedalar
180 kilômetros e correr uma maratona (42.195 metros). Tudo isso, dentro do prazo limite, ou seja:
chegando em até dezesseis horas, cinquenta e nove minutos e cinquenta e nove segundos após sua
largada. Além de um limite total de tempo para toda a prova, o atleta também deve concluir etapas
num prazo máximo para não ser cortado. No caso do Ironman de Nice, esses prazos são:
• Natação: 2 horas e 15 minutos.
• Natação + Ciclismo: 10 horas e 45 minutos.
• Natação + Ciclismo + Maratona: 16 horas. (Nota: uma hora a menos que o tempo de limite do
Ironman Brasil)
Os percursos de cada uma das etapas etapas da prova são apresentados na página
http://www.ironman.com/triathlon/events/emea/ironman/france/athletes/courses.aspx.
Será a segunda vez que "faço um Ironman"(como os triatletas dizem). A primeira vez foi no ano
passado, no dia 26 de maio. Tentarei também, nesse livro, descrever um pouco da emoção que é
concluir uma prova como essa. Contudo, creio que minhas palavras não serão suficientes. Cada
vez que eu relembro como foi o término de meu primeiro Ironman, algumas lágrimas parecem querer
brotar em meus olhos. Lembro-me que ao chegar, acompanhado de um lado por meu filho e, de outro,
pela minha filha, eu não chorei. Nem sei como isso ocorreu pois a alegria era imensa e desabar em
prantos era uma opção iminente. Apesar disso não ter ocorrido naquela hora, ainda hoje as lembranças
2 / 19
desse momento me trazem fortes emoções. Deus, minha esposa e filhos, todos presentes no dia da
prova, davam-me a força que eu precisava para concluí-la.
Figura 1.2: Minha chegada no Iroman Brasil 2013 - 12 horas e 56 minutos após a largada.
Você pode observar, então, que um Ironman não é um atleta solitário. Apesar de muitos imaginarem
que é o triatlo é um esporte individual e egocêntrico, eu digo o contrário. Sem o apoio de minha
família, em primeiro lugar, eu jamais conseguiria concluir um Ironman. Não, sozinho eu não cruzaria
a linha de chegada e talvez abandonaria a prova bem antes. Em segundo lugar, é importante ter o
apoio de uma equipe de treinamento. Pelo menos para o primeiro Ironman. E, no meu caso, os
companheiros e amigos da equipe Zero61 foram de extrema relevância para essa prova. Veja na foto
acima, chegando logo atrás, um amigo de equipe: Rodrigo Digão. Ao seu lado corri, tirando forças
não sei de onde, os últimos 2 Km da prova.
3 / 19
Figura 1.3: Ironmans da equipe Zero61 - parceiros de treinos
Voltando então as emoções: são elas, juntamente com o desejo de escrever sobre coisas que envolvem
a participação de um atleta amador num Ironman, que me levam a escrever esse livro. Aliás, desde
que estou envolvido até mesmo apenas com corridas, eu gosto de escrever a respeito delas. Já faz
muito tempo que publiquei meu primeiro post sobre corridas, num blog pessoal. Mas, nos últimos
anos, atribuições de trabalho ou outras atividades tiraram-me o foco desse prazer e, por isso parei de
escrever a respeito. Escolher as palavras certas e sua organização no papel não é uma tarefa fácil.
Fora que isso exige tempo e gosto pela escrita.
Esse livro representa, para mim, um retorno a escrita sobre atividades esportivas e, também, a realização de mais um projeto pessoal. Desde antes de fazer meu primeiro Ironman eu já desejava ter
esse projeto pronto. Mas, nessa época, por várias razões posterguei e optei por apenas treinar para o
Ironman. Dessa vez, porém, estou "treinando, escrevendo, treinando, escrevendo, . . . ". E, esse ciclo
se repetirá enquanto durar esse projeto (dois meses).
Eu acredito que cada atleta nadador, corredor ou ciclista, talvez já tenha sentido ou passado pelas
coisas que descreverei nesse livro. Muitos escrevem sobre suas experiências de forma emocionante.
Não penso que o que vivo, ao praticar qualquer um desses esportes, seja muito diferente entre meus
colegas. Cada um deles, imagino, vive as coisas que eu falo aqui em maior ou menor grau. Contudo,
não tenho dúvidas: todos nós, sem exceção, sentimos um prazer fora do comum ao atingirmos nossas
metas, nossas conquistas. Das pequenas as grandes. Da finalização de um treino bem realizado ao
levantamento dos braços na linha de chegada. E, transpor essa a linha, num Ironman, foi uma de
minhas maiores conquistas.
4 / 19
Meu intuito nesse livro vai muito além de falar sobre como foi minha semana de treino em termos de
distância ou tempo. Aliás, eu nem comento muito sobre isso pois esses dados podem ser observados
no meu histórico de atividades no site do Garmin, por exemplo. Farei referência aos treinos mas,
muito além de descrever distâncias, locais ou tempos, desejo passar algumas das coisas que permeam
minha mente durante um treino, ou coisas que sinto. Quero falar sobre coisas como motivação,
planejamento, organização, determinação, foco, decisões, escolhas, abdicações, medos, objetivos,
metas, dificuldades, etc. Para mim, tudo isso faz parte do "ser um Ironman". E, é isso que pretendo
apresentar nesse livro. Espero que aprecie sua leitura.
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Capítulo 2
Alguns detalhes sobre este livro
2.1
Por que resolvi escrevê-lo?
Quando apresentei este livro para minha esposa, sua primeira pergunta para mim foi a que faço no
título desse tópico. =) Como citei anteriormente, além de fazer-me retornar a escrita de um tipo de
texto que me dá prazer e de esse ser um projeto pessoal que eu já tinha em mente, mesmo antes de
meu primeiro Ironman, várias outras coisas me motivam escrever. Mas, dentre elas, acredito que as
principais sejam:
• Manter lembranças sobre algumas semanas de meu treinamento para o Ironman e sobre o que vivi
nesse período.
• Compartilhar experiência e/ou dicas com outros atletas amadores que estejam ingressando no triatlo, no intuito de instruir ou motivar adeptos desse esporte.
A dor é temporária, mas as lembranças permanecerão pelo resto de sua vida.
— John Collins - o pai do Ironman
Além disso, escrever sobre meus treinos me traz, ainda, uma motivação extra para que eu possa
realizá-los pois, se eu não treinar, como poderei escrever? Entende? O contrário é possível e, foi
assim em meu primeiro Ironman. Não porque eu quisesse mas porque eu realmente, apesar de querer,
não estava tão inspirado quanto agora.
Também, no futuro, quem sabe apareça algum convite para que eu escreva em alguma revista/site
sobre triatlo ou que fale sobre motivação, determinação e as demais coisas que escrevo nesse livro?
=) Quem sabe eu aceite? :) Além disso, tenho vontade de escrever uma palestra motivacional sobre
o perfil (muito além do físico) dos atletas que resolvem participar de provas como o Ironman. Talvez
um dos primeiros locais em que eu gostaria falar a respeito disso, algum dia, seja o Ossobuco.
Outro motivo, mais real e imediato, é que no final de maio de 2014 estarei participando de um evento
em que falarei sobre as ferramentas que estou utilizando para gerar e tornar público, um PDF desse
livro. Então, também estou utilizando-o como um case de demonstração dessas ferramentas.
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2.2
Que ferramentas estou utilizando para escrevê-lo?
Eu estou escrevendo este livro utilizando as ferramentas Vim e AsciiDoc.
O Vim é um editor de textos, presente em distribuições Linux e em vários outros sistemas operacionais. Considero-o o melhor editor de textos do mundo. =) Creio que eu goste dele por ter esse perfil
de desenvolvedor de software e por ser atraído por ferramentas que me tragam praticidade e velocidade para atingir meus objetivos, mesmo que à custa de uma curva de aprendizagem maior. Além
do mais, eu sempre apresento-me como um cara irritado com o uso dessas ferramentas de escritório
(terminadas com a palavrar "Office"). O Microsoft Word é um deles. Raios! Num passado distante,
como passei raiva tentando utilizar esse lixo (note que eu não faço a mínima questão de te passar um
link sobre ele).
O AsciiDoc é uma ferramenta que lê um documento escrito em texto puro e, baseando-se em marcas
e caracteres diferenciados inseridos nesse documento, como num Wiki, gera sua versão no formato
PDF (ou vários outros). AsciiDoc tem sido muito utilizado no meio acadêmico e por algumas editoras
para a geração de livros. Exemplos incluem a editora O’Reilly e a Universidade Federal da Paraíba
(UFPB). Além disso, o GitHub, um portal para a publicação e gerenciamento de versões de softwares
contendo mais de 5 milhões de repositórios (projetos), também suporta o seu uso desde janeiro desde
dezembro de 2012.
Além de utilizar essas duas ferramentas, para editar e gerar o PDF deste livro, eu também estou utilizando o processo ágil de produção de livros, desenvolvido por Eduardo Santana, da UFPB. Esse
processo, escrito para a produção de materiais didáticos foi proposto e adotado no Curso de Licenciatura em Computação a distância nessa universidade. Para utilizá-lo, com a finalidade de gerar o
PDF do livro, uma das formas é disponibilizar o código fonte do livro (texto em AsciiDoc) em minha conta no GitHub e, então, acessar a página http://producao.virtual.ufpb.br/github.html, informar
a localização do repositório deste livro (https://github.com/paulojeronimo/livro-ironman) e clicar no
botão "Gerar PDF, HTML e slides". Outra forma, que utilizo com mais frequência, é fazer a geração
do PDF através da instalação das mesmas ferramentas utilizadas no servidor que executa essa página
de geração de livros da UFPB.
2.3
Como ele está organizado?
Apresento, logo abaixo, a saída de um comando executado num shell do Linux (nesse caso, uma
versão do Ubuntu) para gerar o calendário dos meses de maio e junho de 2014. Nesse calendário é
possível observar um período de oito semanas compreendido entre o dia em que iniciei este livro (5
de maio) e o dia do Ironman (29 de junho).
Por favor, não se assuste com meu modo geek de apresentar certas coisas. Eu trabalho como desenvolvedor de programas para computadores, utilizando Linux e OS X. Isso me faz ter esse lado que,
para alguns, pode parecer meio complicado.
Então, segue o comando para gerar o calendário dos meses de maio e junho de 2014:
$ ncal -M -m 5
Maio 2014
Se
5 12 19
Te
6 13 20
Qu
7 14 21
Qu 1 8 15 22
Se 2 9 16 23
-A1
26
27
28
29
30
Junho 2014
2 9 16
3 10 17
4 11 18
5 12 19
6 13 20
23 30
24
25
26
27
7 / 19
Sá
Do
3 10 17 24 31
4 11 18 25
1
7 14 21 28
8 15 22 29
Esse calendário está apresentado, como você pode notar, com a semana sendo iniciada às segundas.
Uma explicação para isso é que eu começo a contar minha semana de treinamento nesse dia. Outra
explicação é que, geralmente, provas de triatlo são realizadas no domingo. Então, contamos esse
como o último dia de uma semana de treinamentos.
Na organização desse livro eu estou dispondo os capítulos em ordem semanal descrecente. Dessa
forma, eu referencio a semana oito (8) como sendo a iniciada na segunda (dia 5 de maio) e terminada
no domingo (dia 11). A semana 7 vai de 12 e a 18 e, assim por diante. Sendo assim, a semana 1
começará no dia 23 de junho e terminará no dia 29, o dia do Ironman.
Além de dispor os capítulos em ordem semanal descrescente, esse livro apresenta sub tópicos onde
falo sobre assuntos que acho importantes no contexto da vida de um Ironman. O primeiro deles,
dentro da semana 8, é o subtópico "Planejamento e Organização".
Então, dentro de um capítulo semanal, você encontrará subtópicos organizados em assuntos. Esses
subtópicos podem, inclusive, se repetir em próximas semanas, complementando o que já foi escrito
para as semanas anteriores.
Eu acho legal essa questão de contar as semanas em ordem descrescente, pois, assim como várias
coisas nessa vida, uma contagem regressiva nos deixa eufóricos. Virada do ano, minutos ou segundos
para uma largada de prova, etc. ;)
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Capítulo 3
3.1
Segunda (dia 40) - foco, determinação, abstinência
Sem dúvida, ainda cansado do pedal de 100 Km realizado no domingo, parti para a execução do
plano da semana, que era o de fazer apenas um corrida leve. No domingo, elaborei e apresentei
o plano para minha esposa. Em contra-partida, ela falou-me de seus planos para a minha ausência
devido ao treinamento. :P Ok! Faz parte! ;)
É necessário que um Ironman saiba que serão muitas (e longas) horas de treinamento. Horas retiradas
do convívio com a esposa, com os filhos, família. Várias horas de lazer eliminadas. Tudo, em função
de uma meta. Principalmente a dois meses antes dela. Nesse período, o foco no treinamento se faz
ainda mais necessário.
Um Ironman tem essas palavras na mente: foco, determinação, abstinência.
Não é fácil, dia após dia, dedicar-se a um treinamento. Dá vontade (várias vezes) de fugir . . .
Figura 3.1: Jack Sparrow, seu fujão!!!
9 / 19
Então é necessário visualizar o foco: aquele ponto que mais merece a tua atenção. Ou, aquele ponto
que você precisa atingir.
Figura 3.2: Foco
E ser determinado! Permanecer firme num objetivo. Sem determinação, você perde o foco. Chegue
arrastando-se, se necessário mas, jamais desista.
Figura 3.3: Gabrielle Andersen - Olimpíadas de 1984
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A abstinência é, para mim, uma das coisas mais difíceis. Por exemplo, eu peco, e muito, na alimentação. Abster-me de comer (o tanto que eu gostaria) todas aquelas delícias que a minha esposa, sogra,
mãe fazem. As pessoas sabem o quanto eu me amarro numa boa feijoada, num bom churrasco com
aquela picanha bem gordinha . . . Afff. . . é melhor eu parar de falar sobre isso e voltar ao foco do
livro . . . ;)
Figura 3.4: Abstinência alimentar de "gordices";)
• Lições do dia:
1. Seja focado e determinado.
2. Lute para abster-se das coisas que te afastam do foco.
• Treinos do dia:
1. Manhã: (Taguaparque)
a. 6,16 Km de corrida.
b. Exercícios funcionais.
c. 5,12 Km de corrida.
3.2
Terça (dia 39) - nutrição
Comecei o dia bem! Apesar de atrasado, cheguei no autódromo para treinar e, disposto a pedalar 60
Km. Cada volta externa no autódromo tem aproximadamente 3 Km. Girei 20 voltas. Agora . . . não
pense que foi fácil! Não, não foi! Meu fraco, desde que comecei o triatlo, sempre foi pedalar. Ter
pernas para uma corrida não significa, necessariamente, que elas sejam fortes no pedal. Aprendi isso
quando entrei pro triatlo. Eu já havia concluído três maratonas antes de iniciar o triatlo e começar a
pedalar. Hoje, tento melhorar meu treino na bike mas, ainda, a muito custo.
11 / 19
Até hoje também, que vergonha (tsc tsc tsc), eu assumo que ainda não me controlo direito na alimentação. Não posso nem citar aqui que eu fui atendido, em quatro sessões, por um dos melhores
nutricionistas esportivos de Brasília que, assim como eu, é triatleta e colega de natação. Desculpe-me,
Fernando Carvalho. Tenho a plena consciência de meus próprios erros e agradeço a você por ter me
ensinado a me alimentar corretamente. Só falta agora eu por, em prática e de verdade, tudo o que
aprendi contigo. (Eu acho isso muiiiiiiitu difícil mas, continuo tentando.)
Então, eu venho lutando todos os dias, na questão alimentar, para sair da condição de "desastre"para
"não tão ruim". Esse é o meu grande (enorme) ponto fraco. Ao sair de casa nessa manhã, antes de
pedalar, eu só tomei água. Para completar, o suplemento que eu tomo durante o pedal (um copinho
de Carbo Energy para cada 500 ml de água), acabou.
Figura 3.5: Carbo Energy - suplemento alimentar
Terminei essas duas horas de pedal apenas bebendo água e com a energia que eu tinha acumulada no
corpo, no dia anterior. Ok, terminei o pedal mas, problemas ocorreram durante o resto do dia.
Não me alimentar adequadamente, nas horas e quantidades certas, é o que me faz, no decorrer do
dia, cair na comilança. Numa situação extrema de consumo de energia como a que tenho vivido,
alimentar-me bem, ou seja, nas quantias e momentos certos, é essencial. Então, se eu não tomo um
café da manhã, na dose certa, antes de treinar, meu corpo exigirá alimento, além do que precisaria,
para tentar estocar energia. E, para conseguir esse estoque, ele faz-me bater uma fome ainda mais
forte durante vários outros momentos do dia. Resultado: vencido pela fome, eu caio na comilança. :/
1. Alimente-se direito! Segure! Não enfie o pé na jaca!
• Treinos do dia:
1. Manhã: (Autódromo)
a. 60,30 Km de ciclismo.
12 / 19
3.3
Quarta (dia 38) - superação, adaptação, automotivação, amizades
Acordei indisposto! Sim: um Ironman também não está disposto todos os dias.
E, eu acho que acordei indisposto pois, no dia anterior, avacalhei (exagerei) no que comi. Então eu
não queria nadar, nem correr. Sinceramente, não estava nem um pingo, nem um pinguinho mesmo,
disposto. O que fazer nessa situação? "Ironman, a dois meses de distância da prova, não tem o direito
de se sentir assim", pensei. Pelo meu planejamento, hoje seria dia de aquathlon (natação, seguida de
corrida). Mas, já havia acordado tarde. Ir para o Pontão não era mais uma alternativa. Então, enrolei,
pensei, enrolei e, por fim, coloquei o tênis nos pés e parti.
Ter um plano B, um C, um D . . . é importante! Muitas vezes não dá para cumprir o plano A ou "o
caminho feliz". O que importa é ter planos alternativos, e/ou raciocínio rápido para elaborá-los na
hora, para o caso do plano A falhar.
Para elaborar um plano B, eu pensei em algo que poderia me dar prazer. Talvez, alterar o percurso na
expectativa de rever e/ou correr com algum amigo. Então, ao invés de subir a rua de casa em direção
ao Taguaparque, que é parte dos meus percursos de corridas, desci em direção ao parque de Águas
Claras.
Cheguei no parque após 7 Km de corrida. Em seguida fiz alguns exercícios. Quando acabei, já
me preparando mentalmente para o retorno para casa, encontrei um amigo da equipe Zero61 (e do
Ironman de 2013) correndo: o cirurgião plástico Dr. Genês Lopes (apelidado, pelos amigos, de Dr.
Rey). Então, ao invés de voltar, resolvi acompanhá-lo por mais 4 Km de corrida, dentro do parque.
Enquanto corríamos, conversávamos sobre nossos treinos e preparação para as provas de Ironman
deste ano. Foi muito boa sua companhia! =)
Os últimos quatro kilômetros de corrida foram penosos: corri, andei (repeti isso n x). Mas, eu cheguei
correndo. E, isso é importante: faltando um kilômetro ou menos, mesmo aparentando estar completamente sem forças, ao avistar a linha de chegada eu quero me apresentar vitorioso. E, um vitorioso
não chega cabisbaixo. Ele abafa suas dores no meio do caminho, retira energia sabe lá de onde e, na
chegada, tenta apresentar-se bem. Eu, pelo menos, quero que me vejam assim.
1. Supere os erros do dia anterior. Não deixe os problemas de ontem não pode te abater no dia
de hoje.
2. Seja adaptável e rápido para elaborar planos B, C e até mesmo D, se necessário.
3. Seja automotivado.
4. Correr com amigos ao lado é muito mais divertido que correr sozinho!
5. Cruze a linha de chegada aparentando-se bem. Mesmo que morrendo . . .
• Treinos do dia:
1. Manhã: (Ida/volta até o parque de Águas Claras)
13 / 19
3.4
Quinta (dia 37) - logística, preparação, variação
Eu já tinha toda a logística preparada para a manhã desse dia. Na noite anterior, arrumei minha
mochila e coloquei tudo o que não seria mais manipulado pela manhã, dentro do carro. Para o treino
da manhã desse dia, isso envolvia acomodar a bike, as sapatilhas do pedal, as luvas e o capacete. A
mochila, deveria conter os itens necessários para, após o treino, tomar um banho e vestir-me para
mais um dia de trabalho.
Cheguei no autódromo cedo e para variar, em relação ao treino de terça, resolvi fazer o percurso
completo do autódromo (passando pelas vias internas ao invés de só fazer seu contorno). Dessa
forma, cada volta tem cerca de 5,40 Km. Fiz 11 voltas totalizando, como na terça, 60 Km.
Foi importante variar o treino. Estando no mesmo local, a variação no percurso deu-me uma outra
motivação. Afinal, penso que repetir o mesmo treino da terça-feira poderia fazer-me sentir um pouco
entediado. Outra coisa que também mudei foi o uso das marchas. Nesse treino, durante os 60 Km eu
só quinta eu utilizei uma única marcha. Escolhi uma de intermediária e pedalei utilizando-a o tempo
inteiro. A pista do autódromo é praticamente plana. Fazer o uso de uma única marcha foi bom.
O Autódromo não oferece local para banho. Então, para isso, terminado treino eu vou até o parque da
cidade. Nele, o vestiário foi reformado e há, agora, até mesmo chuveiro quente para um banho 0800.
=)
1. Prepare, com antecedência, as coisas necessárias para teu treino.
2. Organize-se na logística.
3. Faça treinos variados.
• Treinos do dia:
1. Manhã: (Autódromo)
a. 60 Km de ciclismo.
3.5
Sexta (dia 36) - dificuldades, otimismo, trabalho, persistência
Minhas dificuldades nesse momento são relativas ao aspecto financeiro. Participar de uma prova fora
do país não será nada fácil para mim sob esse aspecto. Mas, eu sou otimista, trabalhador, e tenho a
certeza absoluta de que conseguirei realizar essa viagem/sonho.
• Treinos do dia:
1. Manhã: (Vicente Pires)
3.6
Sábado (dia 35) - longão
• Treinos do dia:
1. Manhã: (Vicente Pires/Águas Claras)
14 / 19
3.7
Domingo (dia 34) - longão
• Treinos do dia:
1. Manhã: (Vicente Pires)
3.8
Resumo
TODO
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Capítulo 4
4.1
Segunda (dia 33) -
• Treinos do dia:
1. Manhã: (Taguaparque)
4.2
Terça (dia 32) -
• Treinos do dia:
1. Manhã: (Autódromo e Parque da Cidade)
b. 4,01 Km de corrida.
4.3
Quarta (dia 31) -
TODO
4.4
Quinta (dia 30) -
TODO
4.5
Sexta (dia 29) -
TODO
16 / 19
4.6
Sábado (dia 35) -
TODO
4.7
Domingo (dia 34) -
TODO
4.8
Resumo
TODO
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Capítulo 5
Glossário
Ambiente de produção
Conjunto de ferramentas utilizadas para a produção dos livros reais, por exemplo, para submissão de imagens para o Github [18] é necessário o ambiente de produção. Como a utilização
do ambiente de produção requer uma curva de aprendizado maior, o curso básico não aborda
nenhum recurso que necessite dele. Mas é importante saber que ele é essencial na produção
real de um livro.
Commit
Conjunto de alterações realizadas num arquivo e enviadas para o repositório [19].
Fork
Um fork é basicamente uma cópia individual de um repositório [19] de outra pessoa. Neste
curso é solicitado realizar um fork do repositório do Playground. Portanto você terá um novo
repositório cujo conteúdo é o mesmo do repositório original. Você poderá inclusive adicionar
permissões diferentes ao seu repositório. Perceba que você terá um link de acessa para o seu
fork/repositório: https://github.com/SEU-USUÁRIO-AQUI/playground-asciidoc/
Para saber mais sobre fork, consulte: https://help.github.com/articles/fork-a-repo.
Git
Git é sistema de controle de versão descentralizado. Sem o ambiente de produção [18] o usuário
não perceberá a descentralização dos arquivos, pois os arquivos estarão mantidos apenas Github
[18]. Para saber mais sobre o git consulte: http://git-scm.com ou http://git-scm.com/book/ptbr/Primeiros-passos-Sobre-Controle-de-Vers%C3%A3o.
Github
O github (http://github.com) é um site que oferece o serviço de controle de versão git [18], e
um conjunto de outras ferramentas para auxiliar a gestão de um repositório [19], como Issue
tracker.
Issue
Um Issue é um incidente. O Github [18] possui um sistema de gerenciamento de incidentes
(Issue tracker) integrado. Exemplos de incidentes são erros (bugs) e correções reportadas, que
ficam aguardando avaliações. Quando um incidente é registrado, ele é marcado como aberto
(open), quando ele é finalizado alguém o marca como finalizado (closed).
18 / 19
Para
saber
consulte
mais
sobre
http://en.wikipedia.org/wiki/Issue_tracking_system
Sistema_de_gerenciamento_de_incidentes.
um
ou
Issue
tracker
consulte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/-
Pull Request
Um Pull Request é uma alteração submetida ao seu repositório [19]. O leitor que tiver os
conhecimentos técnicos necessários para submissão de uma correção poderá fazê-lo através de
um Pull Request. A vantagem da submissão da correção, em relação a submissão de erros
é que o autor do livro pode aceitar as correções e elas serão automaticamente incorporadas
ao seu livro. Para saber mais, consulte: https://help.github.com/articles/using-pull-requests e
https://help.github.com/articles/merging-a-pull-request.
Repositório
Repositório é um local que possibilita guardar arquivos mantendo um controle de versões, ou
seja, as versões iniciais dos arquivos e todas as alterações realizadas neles. Um repositório
possui propriedades de acesso (quem é o dono, quem pode ler os arquivos, quem pode alterar,
etc.) e um histório de commits. Para saber mais sobre um repositório git [18], consulte:
http://git-scm.com/book/pt-br/Primeiros-passos-Sobre-Controle-de-Vers%C3%A3o.
Quando fazemos referência à página do repositório,
estamos nos referindo à página do seu repositório no github.
O link é parecido com:
https://github.com/edusantana/introducao-a-computacao-livro.
Percebam que o link termina com o nome do repositório. Muitas pessoas confundem o link do
repositório passando outros valores no seu lugar. Exemplo de link errado: https://github.com/edusantana/introducao-a-computacao-livro/tree/master/livro.
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