choque séptico – um desafio no tratamento
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choque séptico – um desafio no tratamento
Resumo CHOQUE SÉPTICO – UM DESAFIO NO TRATAMENTO Ângela Lima, Patrícia Lourenço, Filipe Conceição, Raquel Correia, Maria João Silva, Ana Carneiro, Alexandra Malheiro, Luís Lopes, Natacha Mascarenhas UCISU, HSJ Introdução: O choque séptico traduz-se por uma síndrome de resposta inflamatória sistémica a uma infecção com hipoperfusão e disfunção multi-orgânica, havendo hipotensão persistente com necessidade de suporte vasopressor. Caso clínico: Mulher, 74 anos, com antecedentes de neoplasia do colo do útero ultrapassada. Recorre ao SU de outro Hospital por vómitos, desorientação, oligoanúria; sem febre. Analiticamente, marcadores inflamatórios elevados e IRA, tendo iniciado antibioterapia e fluidoterapia. Por afundamento do estado de consciência e oligoanúria mantida sem resposta a fluidos, diuréticos e dopamina é transferida para o HSJ com o diagnóstico de sépsis com ponto de partida abdominal. Objectivamente, prostrada, hemodinamicamente estável, apirética; celulite do MID. Analiticamente, leucocitose e neutrofilia; hiperamonémia. Realiza TAC abdomino-pélvico sem líquido livre ou colecções intra-abdominais mas com densificação tecidular na escavação pélvica. Colhe rastreio séptico que posteriormente se revela negativo. Mantém alteração do estado de consciência, sendo levantadas como hipóteses diagnósticas disfunção neurológica por sépsis, encefalopatia hiperamonémica ou metastização cerebral. Realiza TAC cerebral sem lesões vasculares agudas ou LOE. Submetida a PL que se revela normal. Efectua EEG que mostra actividade epileptiforme, pelo que inicia anti-convulsivante. Por persistência de hiperamonémia é introduzido benzoato de sódio como quelante da amónia. Persiste sem melhoria do quadro sintomático, agora com instabilidade hemodinamica e necessidade de suporte aminérgico. Realiza ecodoppler abdominal sem evidência de shunt porto-sistémico. Efectua mielograma e electroforese que despistam MM. Ao D6, drenagem seropurulenta espontânea por orifício na região poplítea direita, sendo submetida a fasciotomia do MID com drenagem de pus e desbridamento de locas; sem evidência de síndrome do compartimento. Colhe exsudado para estudo bacteriológico que é negativo. Actualmente, melhoria clínica e analítica com níveis de amónia em decrescendo. Conclusões: O ponto fulcral do choque séptico é o diagnóstico e o tratamento do ponto de partida da infecção. Nome do apresentador – Ângela Miguel Lima __________________________________________________________________________ Direcção –. Rua Araújo Carandá, 55 – 5º Esq _______________________________ Cidade/Código Postal 4715 – 005/ Braga ______ Telefone – 919908805_______________________ Faz - ____________________________ E-mail- [email protected]_ Instituição – Hospital de São João - Porto _____________________________________________________________________________ Nota: A Comissão de escolha dos trabalhos decidirá o formato do trabalho apresentado: Poster ou Comunicação Livre Oral
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