informativo ori mb
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ww xxx AGOSTO de 2014 Número 10 INFORMATIVO ORI MB COMPETIÇÃO DE ORIENTAÇÃO NA XLVIII NAVAMAER - 2014 • Escola Naval, CDM e CEFAN organizaram a competição de orientação da XLVIII NAVAMAER 2014. A NAVAMAER teve sua origem na “Taça Lage”, para disputa entre a Escola Naval e a Escola Militar. Em 1962 recebeu o nome de NAVAMAER, NAV de Escola Naval, AM de Academia Militar das Agulhas Negras e AER de Academia da Força Aérea.. A prática esportiva é considerada fundamental na formação dos futuros Oficiais das Forças Armadas, o esporte fortalece o corpo, aprimora técnicas e desenvolve sentimentos como companheirismo e determinação. Durante os 47 anos, a competição só não ocorreu nos anos 1963, de 1968 a 1973, 1981 e 1984, atualmente a disputa reúne alunos da Escola Naval (EN), da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) e da Academia da Força Aérea (AFA). Destaques individuais: Brasil–O ..........................3 Mapas & Sonhos........4 e 5 Orientista – “Máquina” de fazer itinerários................6 As 3 regras de ouro da orientação ......................6 Orientrevistas............ ... .7 World-O.....................8 e 9 Ori-Cartoons ……......... 10 Compass Art... 11, 12 e 13 Frases e pensamento recorrentes na orientação…………...... .14 Filatelia-O.................. . .14 Orientista de Alto rendimento.....................15 Vant, uma ameaça à Fotogrametria?.16, 17 e 18 Relembrando orientação19 Orientação e o Poeta.... 19 Ori-Aniversário...............20 Resultado da Enquete ...20 Próximos eventos.. ..... .20 Editorial....................... ..20 CONFRATERNIZAÇÃO ENTRE COMPETIDORES A NAVAMAER é a competição de maior importância no calendário esportivo militar das escolas de formação de oficiais das Forças Armadas, teve agregada a sua importância o fato de servir como seletiva para os II Jogos Mundiais de Cadetes de 2014. Este ano a prova foi organizada pela Escola naval que contou com a colaboração direta da Comissão de Desportos da Marinha (CDM) e do Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (CEFAN) com apoio da Base Aérea Naval de São Pedro d’Aldeia (BAeNSPA) na região de São Pedro d’ Aldeia no período de 20 a 23 de julho A competição teve a participação de dez atletas masculinos de cada força e seis atletas femininos, cinco da Academia da Força Aérea e um da Escola Naval. A prova foi disputada em dois percursos, um percurso médio e um percurso longo e a soma dos percursos determinou o vencedor. As áreas foram distintas e os mapas inéditos, confeccionados especialmente para esta competição e de acordo com a ISOM 2000. INFORMATIVO ORI MB PADRÃO DE ORGANIZAÇÃO PRESENTES ACOMPANHAM OS ATLETAS NA TELA A organização não mediu esforços para apresentar a competição em alto padrão. Além do apuro técnico, disponibilizou o sistema de apuração eletrônica, recém adquirido pela MB, o sistema de bases eletrônicas com sinal de rádio, pertencente ao Elite CO, que transmite o momento da passagem dos atletas nos pontos de checagem que é apresentado numa tela instalada na chegada com os tempos parciais dos atletas que estão no percurso, o sistema de CFTV, onde câmeras instaladas em pontos do percurso mostram imagens, em tempo real, dos atletas. A tecnologia utilizada é pioneira na orientação brasileira e está sendo aparelhada pela MB RESULTADOS GERAL DA NAVAMAER 2014 - ORIENTAÇÃO MENSAGEM DE AGRADECIMENTO ENVIADA PELA ESCOLA NAVAL PARA A COMISSÃO DE DESPORTOS DA MARINHA. “Agradeço o valoroso apoio prestado por esta Comissão por ocasião da organização da competição de Orientação da XLVIII NAVAMAER. A brilhante condução do evento e a preocupação com os detalhes técnicos proporcionaram o sucesso da competição e garantiu uma disputa acirrada entre as Academias Militares. Destaco, em especial, o tratamento atencioso e profissional, por parte da aguerrida equipe, reforçado pelo Espírito Marinheiro demonstrado, que em muito contribuiu para a formação dos nossos futuros Oficiais BT” EQUIPE DE ORIENTAÇÃO DA ESCOLA NAVAL Página 2 INFORMATIVO ORI MB “BRASIL - O” ALUNOS DO CURSO DE APURAÇÃO ELETRÔNICA FAZEM ESTÁGIO EM COMPETIÇÃO. CEFAN Alunos: Sentado - SO Flávio, SG Andrade e SG Gilson. Em Pé – SO Marks, SG Welber e SG Rubson. Dando continuidade ao primeiro curso de apuração do Sistema Sport Ident, realizado no CEFAN, os alunos realizaram estágio prático durante a NAVAMAER em São Pedro D’Aldeia. A apuração foi um sucesso e os alunos demonstraram que estão capacitados para apurar. Em breve a MB/AAAN, em parceria com a Federação de Orientação do Rio de Janeiro (FORJ), abrirá novo curso para orientistas de todo Brasil. Parabéns aos novos apuradores. 3ª Etapa do XXI COERJ 06 Jul 2014 O MAIS ANTIGO CAMPEONATO REGIONAL DO BRASIL (1986) Organizado pelo Clube de Orientação de Miguel Pereira e Arredores da Serra (COMPASS) em parceria com a FORJ, foi realizado no dia 06 de julho na Estância Lírio do Vale, município de Paty do Alferes, RJ, a III Etapa do COERJ 2014. A COMPETIÇÃO muito bem organizada contou com a participação de 319 atletas de vários clubes do Brasil. RESULTADOS: Categoria Elite – D21E (18 KP 4,400 km) 1º Lugar - TANIA MARIA DE JESUS CARVALHO.......... ... ADAAN 01:06:18 2º Lugar - ELAINE DALMARES LENZ........................... .... ADAAN 01:20:15 +13:57 3º Lugar - ROZANA SOUZA ALBUQUERQUE................... ADAAN 01:30:43 +24:25 4º Lugar - DENISE PAIVA LUCAS CAMPOS..................... ADAAN 01:42:54 +36:36 5º Lugar - THAIANE CAVALCANTI COUTO..................... . ADAAN 01:55:50 +49:32 RESULTADOS: Categoria Elite – H21E (19 KP 4,400 km) 1º Lugar - ROBSON FIGUEIRA RENGIFO..................... ... ADAAN 00:54:04 2º Lugar - GUSTAVO AMARAL....................................... ...COUFRJ 00:58:27 +04:23 3º Lugar - ANTONIO CLÁUDIO LINS SILVA................... .. ADAAN 01:08:22 +14:18 4º Lugar - RONALDO ANDRÉ CASTELO S. ALMEIDA.... ELITE CO 01:09:08 +15:04 5º Lugar - SÍLVIO ALEXANDRE ABREU......................... .. KAAPORA 01:09:34 +15:30 Parabéns aos atletas, FORJ, clubes e ao Compass pela organização do evento. FEDERAÇÃO DE ORIENTAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL (FODF) . No dia 02 Ago 2014, a FODF realizou no auditório do Colégio Militar de Brasília (CMB), uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE), onde foram discutidos os assuntos: 1) prestação de contas anual; e 2) mudanças no Estatuto da FODF. Estiveram presentes representantes de todos os clubes da FODF e tanto a prestação de contas anual, bem como as alterações do Estatuto, proposta pela Diretoria da FODF, foram aprovadas por unanimidade. Entre uma das alterações aprovadas pela AGE foi a diminuição do mandato da Presidência (presidente e vice-presidente), de 04 anos para 02 anos. Em consequência disso já esta agendado a próxima AGE ( 29 Nov 2014) para eleição do próximo presidente. Matéria enviada pelo Sr. Gilson de Faria – Presidente da FODF Página 3 INFORMATIVO ORI MB “MAPAS Vou rasgar os antigos mapas E queimá-los em seguida Já que chegar não importa Se não quero partir Talvez redesenhe os trilhos E faça um novo caminho Como ele deveria ser Com o que carrego no coração MAPAS: ARTES & SONHOS JOÃO MACHADO – COLAGEM COM MAPAS Artista plástico carioca produz desenhos usando mapas e gráficos como matéria prima de sua expressão. Desenvolve uma técnica própria e muito especial de colagens usando pedaços de mapas para compor figuras e cenas do cotidiano. Vistas a distância, as telas de João Machado parecem pinturas normais. Quando observadas de perto, nota-se que cores e formas são produzidas a partir de retalhos de mapas geográficos cuidadosamente recortados. Novos, velhos sonhos Tortos, livres caminhos Leves, cheias bagagens Fluentes, rasos rios E se nevoa Não me permite ver a frente Vou usar a intuição E a vontade de descobrir E onde quer que seja Que seja Não se perca um único detalhe Do que me cerca Refazendo os mapas Talvez refaça os caminhos E passe a entender O que me trouxe aqui.” (Aline Lima) Swimming by João Machado “MAPA PARA O MEU TESOURO Serei Teu farol, na noite escura da Tua Alma e Esperança que vestes de aconchego! ...A Mão estendida, é a minha, é a Mão que Te acolhe as Lágrimas, Te molda os Sorrisos, que trocas por Ternura e Olhares sorridentes! ...Quando Te perderes em Ti, o meu Amor, será o Teu mapa e o meu Coração o Teu caminho!” (Andy) Massai by João Machado Página 4 INFORMATIVO ORI MB “FIO D’ÁGUA” “Não quero ser o grande rio caudaloso Que figura nos mapas. Quero ser o cristalino fio d’água Que canta e murmura na mata silenciosa.” (Helena Kolody) MAPAS: ARTES & SONHOS MAPAS DA IMAGINAÇÃO UM MUNDO MAIS BONITO, OS INCRÍVEIS GLOBOS DE WENDY GOLD A artista plástica e designer gráfica americana Wendy Gold faz intervenções à mão em globos antigos, usando técnicas como decupagem e desenho, para criar mundos incríveis, cheios de borboletas, monstros, super-heróis, frases inspiradoras e muito mais. A ideia de Wendy Gold é simples e ao mesmo tempo incrível, ela pega mapas e globos vintage reformados, que são a grande proposta da artista, e faz colagens com temas diversos que são realizados à mão a partir de recortes. Globe by Wendy Gold “Um raciocínio lógico leva você de A a B. A imaginação te leva a qualquer lugar que você quiser.” (Albert Einstein) Wendy Gold “TEUS MAPAS Mistérios povoam meus olhos, No tempo que me eras estranho, E como detetive eu me detive, A desvendar teus muitos mapas, em seus relevos e cartografias...... Cada descoberta uma surpresa, Um encantamento diferente, Ante teus recantos secretos, Permeando de complexos plexos, Incoerentes e inimagináveis. Página 5 O inacessível fez-se realidade, incorporou-se ao dia a dia, suspeitas fizeram-se verdades, o traçado, velho conhecido macio e reconfortante tecido..... Nesta hora, olhos bem abertos, Tudo são mistério e insensatez, Como primeira e inesquecível vez, em que palmilhei os mapas secretos, incompletos ainda, mais repletos de ti!” (Betha Mendonça) INFORMATIVO ORI MB ORIENTISTA: “MÁQUINA” DE FAZER ITINERÁRIOS A Orientação é uma atividade em que o praticante decide sozinho. O orientista é o único responsável pelas suas tomadas de decisão, assumindo e responsabilizando-se pelos seus êxitos e pelos seus erros e fracassos – aqui a “culpa” não é do árbitro. Orientação é sobretudo a escolha de itinerários, através da leitura e interpretação do mapa e da relação deste com o terreno. Conceber, visualizar e gerir itinerários é uma das competências mais importantes do praticante de Orientação. O orientista reconhece, analisa e compara diferentes itinerários entre os pontos de controle, optando pelo que lhe oferece melhores condições de êxito em função das suas condições do momento – nível técnico e estado de concentração, fadiga física e/ou mental. (Hélder Silva Ferreira e Emanuel Rodrigues) AS TRÊS REGRAS DE OURO DA ORIENTAÇÃO Entre o conjunto de automatismos que o orientista deve adquirir, podemos definir três principais, que constituem de alguma forma uma “Regra de Ouro” para se encontrar um ponto de controle: PRIMEIRA REGRA: ANALISAR - Despender o tempo necessário na análise do problema colocado pelo traçador do percurso e na elaboração de uma estratégia de itinerário antes de se precipitar para o ponto de controle seguinte. - Definir um ponto de ataque para chegar ao ponto de controle. - Estabelecer um itinerário seguro e rápido para alcançar o ponto de ataque. - Organizar o seu Projeto de Itinerário, em função do ponto de ataque do próximo ponto de controle. - Escolher os pontos de apoio (elementos característicos do terreno) que ao longo do percurso irão assegurar o seu deslocamento. SEGUNDA REGRA: ANTECIPAR - Uma vez o ponto de ataque e o itinerário escolhidos, é graças a uma antecipação permanente, ao longo desse itinerário, que o deslocamento poderá ser seguro e rápido. - Memorizar bem o mapa para ter permanentemente na mente os pontos característicos escolhidos que irá encontrar. - Fazer a relação mapa-terreno no sentido do mapa para o terreno (Ex: espero encontrar uma reentrância acima do caminho a cerca de 100 metros do último cruzamento). TERCEIRA REGRA: MANTER-SE RIGOROSO - Ser rigoroso na aproximação (ataque) à baliza. O ponto de controle deve ser encontrado de maneira segura e não fruto do acaso ou da sorte. - É imperioso respeitar o ponto de ataque escolhido e passar realmente por ele. - Não se desconcentrar, nomeadamente na aproximação ao ponto de controle (Ex: cruzamento com outros orientistas). - Passar sempre pelo ponto de ataque e abrandar a corrida até encontrar o ponto de controle (andar, se necessário). - Analisar e reter os detalhes característicos do terreno associados ao ponto de controle e não o laranja e branco da baliza. - Em seguida, o orientista deve deixar o ponto de ataque com uma imagem mental do terreno envolvente da baliza o mais clara possível. Enfim, é graças a um ritmo de corrida adaptado que permita a leitura do mapa com precisão, à utilização da bússola e à estimativa das distâncias se necessário, que a baliza será “descoberta”. (Hélder Silva Ferreira e Emanuel Rodrigues) Página 6 INFORMATIVO ORI MB ORIENTREVISTAS Entrevistado: O entrevistado do mês é o 3º Sargento Luiz Henrique que serve no Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (CEFAN) no Rio de Janeiro. Mini biografia: Natural de Gravataí, RS entrou na Marinha em 1999 na graduação de marinheiro, foi promovido a 3º SG em 2011. Estudou na escola Feliciano Sodré, em São Pedro da Aldeia onde concluiu o ensino médio. Possui cursos de Aviônica pela MB. Destacou-se no atletismo nas Olimpíadas da Esquadra e Força Aeronaval em 2013 onde foi campeão dos 5000m e dos 800m. Na orientação foi campeão do COERJ/2013 na categoria H21B e vice Campeão do Troféu Sudeste/2013, categoria H21A “Que o teu orgulho e objetivo consistam em pôr no teu trabalho algo que se assemelhe a um milagre.” (Leonardo da Vinci) ENTREVISTA: Redação: Você competia no atletismo, como surgiu seu interesse pela Orientação? Luiz Henrique: Minha entrada . na orientação foi pela falta de atleta de orientação na Esquadra, como eu era um atleta de corrida rústica e competitivo, fui convidado para completar a equipe de orientação da Esquadra nas competições da Marinha na Área Rio de 2012. Acabei me apaixonando pela orientação e atualmente me empenho o máximo em aprender e melhorar. Redação: Você foi escolhido para integrar a equipe permanente de orientação dentro do Programa Olímpico da Marinha, como você está encarando este desafio? Luiz Henrique: Esportes sempre fizeram parte do meu dia-a-dia, os desafios são sempre importantes para o crescimento pessoal e profissional. Encaro este desafio como superação pessoal, buscando me aprimorar tecnicamente e fisicamente com o objetivo de evoluir e ajudar no crescimento da equipe de orientação da Marinha do Brasil. Com o trabalho que está sendo feito na orientação da MB, tenho convicção que em breve a teremos atletas em nível internacional. Redação: Marinha e Orientação, o que representam para você? Luiz Henrique: A Marinha é meu suporte, foi através da MB que adquiri o que tenho hoje, é o que me tornou a pessoa que sou, faz parte do meu crescimento e formação moral e profissional. A Orientação é meu esporte, trabalho incansavelmente para desenvolver a parte técnica e física visando competir em igualdade com os melhores do mundo. Redação: Objetivos, sonhos, quais os seus na orientação? Luiz Henrique: Tenho que ser realista e seguir passo a passo em busca do meu objetivo. Atualmente estou focado no aprendizado de orientação para conseguir um nível técnico que me possibilite sonhar em compor a equipe brasileira de Orientação. Redação: Que avaliação faz do atual momento da Orientação na Marinha? Luiz Henrique: A orientação na MB está num momento muito bom, em constante e rápido crescimento, o empenho das pessoas que estão envolvidas no projeto faz com que a orientação esteja conquistando vitórias nos principais campeonatos nacionais. Possuímos atletas campeões Sulamericanos nas modalidades Sprint e revezamento, algo que não seria possível sem o investimento que vem sendo feito e a dedicação das diversas pessoas envolvidas no projeto. Redação: Para atingir níveis internacionais na orientação é necessário está sempre evoluindo fisicamente e tecnicamente, como você tem se preparado para manter o alto rendimento? Luiz Henrique: Procuro seguir os treinos físicos dentro do planejamento e ainda vou um pouco mais além do previsto, buscando melhor aproveitamento e desenvolvimento. Tecnicamente a parte teórica é fácil, a internet tem uma fonte inesgotável de informações, a parte prática é que depende de uma logística complicada e que ainda é a maior dificuldade, mas procuro aproveitar todas as oportunidades que surgem colocando em prática, testando e aprimorando a cada treino. Redação: Mesmo com o trabalho desenvolvido pela Marinha no sentido de condicionar melhor seus atletas, ainda existem algumas dificuldades, na sua opinião o que pode ser feito a curto e longo prazo para melhorar? Luiz Henrique: Acredito que fisicamente a equipe vem crescendo e está no caminho certo, mostrou no CAMORFA/2014 que esta bem condicionada. Para melhorar a parte técnica precisamos ter maior disponibilidade de mapas e áreas para treinamento. Redação: Agradecemos pela entrevista, que boas rotas te levem aos seus objetivos. Página 7 INFORMATIVO ORI MB "WORLD - O" PERSONALIDADES DA ORIENTAÇÃO MUNDIAL OLAV LUNDANES Olav Lundanes, norueguês de 26 anos, nasceu em Ålesund em 11/11/1987, vivendo atualmente em Halden e filiado ao clube de mesmo nome. Realizou o seu grande objetivo no Campeonato Mundial de 2010, conquistando o ouro em Trondheim, Noruega, em longa distância, repetindo o feito em 2012 em Lausanne, Suíça. Sofreu com lesões em 2013, mas voltou em 2014 e conquistou o ouro no médio em Veneto/Trentino, Itália. Sua grande força está na floresta em corridas mais longas. . OLAV LUNDANES PRINCIPAIS PARTIIPAÇÕES Clube - Halden . CAMPEONATOS OURO PRATA BRONZE WOC 3 3 2 WC 7 4 5 EOC 2 1 1 JWOC 4 3 2 Em dezembro de 2013 ocupava a 7ª posição no ranking da IOF e atualmente é o 1º do mundo no geral médio/longo, seguido de Daniel Hubmann e Thierry Gueorgiou. IDA BOBACH Ida Bobach, dinamarquesa de 23 anos, nascida em Silkeborg no dia 30 de Julho de 1991, mora atualmente em Aarhus é filiada ao clube OK Pan Arhus e deste 2007 é treinada pelo dinamarquês Lars Lintrom. Ida foi campeã do Campeonato Mundial Junior (JWOC) em 2009, 2010 e 2011. Ainda em 2011 avançou para a categoria elite quando disputou a Copa do Mundo, em Genebra, na Suíça onde conquistou o terceiro lugar. Surpreendeu a todos ao ganhar a medalha de prata no WOC na França em 2011, deste então tem sido parte da elite mundial da orientação. No ano passado não esteve bem e ainda não está na sua melhor forma, mesmo assim está entre as melhores do mundo. Desde fevereiro vem intensificando seu treinamento correndo seis a sete vezes por semana e espera em breve atingir sua melhor condição física. Em dezembro de 2013 ocupava a 7ª posição no ranking da IOF, atualmente é a 9º do mundo no geral médio/longo. IDA BOBACH PRINCIPAIS PARTIIPAÇÕES Clube - Pan Arhus CAMPEONATOS LINKS IDA BOBACH http://en.wikipedia.org/wiki/Ida_Bobach http://runners.worldofo.com/idabobach.html http://orienteering.org/ida-bobach-had-to-have-a-breakfrom-running/ http://bobach.eu/ https://da-dk.facebook.com/ida.bobach OURO PRATA BRONZE WOC 3 WC 4 2 EOC 2 1 1 JWOC 7 2 3 LINKS OLAV LUNDANES http://no.wikipedia.org/wiki/Olav_Lundanes https://twitter.com/olavlundanes http://www.nrk.no/sport/vm-gull-til-olav-lundanes1.11827073 http://www.orientering.no/landslag/orientering/Sider/Ola vLundanes.aspx Página 8 INFORMATIVO ORI MB "WORLD - O" EQUIPAMENTOS ESSENCIAIS DE HELENA JANSSON Esta sueca de 28 anos, 6ª do ranking mundial da IOF em provas médias e longas, vem fazendo história na Orientação mundial e foi tema da reportagem World-O do Informativo 9. Quais os equipamentos que a superatleta Helena Jansson utiliza? “Para ser grande, sê inteiro: nada teu exagera ou exclui. Sê todo em cada coisa. Põe quanto és. No mínimo que fazes. Assim em cada lago a lua toda brilha, porque alta vive.” (Ricardo Reis, heterônimo de Fernando Pessoa) 1 - O-SHIRT: Speed LZR Wmn da Trimtex. Confortável e leve, tudo que você precisa quando se trata de camisas para competição. 2 - SHORTH O-PAINT: Calças justas da Trimtex Run LZR 3/4 Leve e elegante, minhas calças favoritas. 3 - MEIAS DE COMPRESSÃO TRIMTEX: Fina e bem ajustada protege contra escoriações e proporciona melhor conforto. 4 - RELÓGIO POLAR RS800CX: Ainda funciona como GPS, mas normalmente eu o uso somente para o monitoramento da minha frequência cardíaca, nunca como GPS. 5 - ICEBREAKER MERINO: Camisola de frio de lã Eu odeio sentir frio, então, não uso uma camisa comum. A lã é o meu favorito, você pode usá-la quase todo o tempo, e nunca cheira a suor não importa o quanto você a use. 6 - BONÉ TRIMTEX BI-ELÁSTICO LZR: Algo para se colocar na sua cabeça é essencial! Agora este chapéu é o que eu uso a mais, é fácil de se encontrar e vem com o meu nome escrito sobre ele. 7 – CASACO TRIMTEX AVANÇADO LZR: Para o aquecimento e resfriamento, e também para apenas ficar maneiro. 8 - LUVAS HAGLÖFS: Tenho grande ódio pelo frio! Luvas para utilizar praticamente todo o ano. Ame-as! 9 – TÊNIS SAUCONY KINVARA: Para uso pré e pós-corrida. 10- TÊNIS INOV 8 ROC LITE 315: Eu sei, talvez não sejam os tênis mais velozes do mercado, mas eles são os únicos que meus pés conseguem aguentar, meus calcanhares dizem NÃO para qualquer outra coisa. Funcionou nos Mundiais, e ainda funciona... 11 - IPOD: Música é essencial, em todas as situações! 12 – LIVROS: Eu sou uma leitora rápida, então eu sempre trago uma biblioteca cheia de livros. Mantém os meus nervos no lugar antes de começar. 13 – BÚSSOLA SILVA 6 JET SPECTRA: Meu melhor amigo na floresta. 14 - PORTA-SINALÉTICA: Erik Öhlund Tenho por anos, e é o melhor que eu já tive! Como Erik os fez, eles são realmente bons! 15 - FITA ESPORTE: Bom para tudo, de tornozelos torcidos a ajeitar o cabelo. 16 - FITA KINESIO: Um novo amigo que utilizei durante as corridas desse ano. 17 – BANDAGEM ELÁSTICA: Sempre comigo durante as corridas. Encurta a recuperação se você torcer o tornozelo, e é bom também para parar um sangramento. 18 - GARRAFA DE ÁGUA TRIMTEX: Eu bebo como um elefante, então levar água comigo é essencial! (http://www.ultimate-orienteering.com/?p=4839) Página 9 INFORMATIVO ORI MB ORI-CARTOONS "Com um mapa, com uma bússola... e com um sorriso." “Nunca é alto o preço a pagar pelo privilégio de pertencer a si mesmo.” (Friedrich Nietzsche) Destaque do Mês Página 10 INFORMATIVO ORI MB COMPASS ART - A ARTE PELA BÚSSOLA Sem bússola, sem leme “Sem Bússola, sem Leme Cansada, exausta, do labor insano duma vida incolor, sem fantasia, vou ver se encontro, noutro meridiano, a emoção que desejo em cada dia. Vou procurar, sem lógica, sem plano, um pouco de aventura, de alegria. Não mais o miserável quotidiano, antes o vendaval que a calmaria. Antes dor... No barco em que navego, sem bússola, sem leme, louco e cego, vou procurar inexistentes rotas. Ó meu veleiro doido, sem governo, a caminho, talvez, do céu, do inferno, sobre espumas e asas de gaivotas.” (Maria Fernanda Teles de Castro e Quadros Ferro) Htt//algarvesaibamais.blogspot.com.br/2014/01/sembussola-sem-leme-poema-de-fernanda.htm Compass of worms by Teamzoth Página 11 INFORMATIVO ORI MB COMPASS ART - A ARTE PELA BÚSSOLA “O Cardeal do Amor Fiquei sem rumo na vida distante, algures no nada, Minh’ alma estava perdida Sozinha, sem horizonte. Olhei pr’ o Céu, vi o sol, Astro rei da minha vida! Tracei minha direção Usando a rosa dos ventos Pr’ a inçar minha vela, Seguir sua orientação Temi os ventos o Norte Sob forte ondulação, à deriva nestas águas, turbulentas minhas mágoas Tua voz do outro lado, chamando-me num feitiço mentindo-me sem solução Atraquei a minha barca No cardeal mais a Sul, Corri pr’ a ti apressada, Devo à bussola esta viagem ao encontro do amor.” Compass by Diamoeller (Maria Fernanda Reis Tavares) “Sou Fruto do Mar Nasci nas águas, nas águas me criei, nas águas, trabalhei, nas águas amealhei. tudo que sei, tudo que te dei, tudo que te amei. Sou retrato de ti, que nas águas te segui. Aprendi contigo, a conhecer as águas, a divisar caminhos jamais percorridos. Teus olhos prendidos no horizonte, tuas mãos no leme, sempre condizente, com os caminhos, que me levam à frente. Neste teu singrar, em pleno mar. tua destreza a me ensinar. Caminhos da certeza ao navegar. Fostes meu leme, minha bússola, Fostes meu Norte , meu Sul, durante o dia Durante a noite minha estrela guia.” (Maria de Fátima Melo (Fadinha de Luz)) Página 12 Batwing Compass by Nykol Haebrd INFORMATIVO ORI MB COMPASS ART - A ARTE PELA BÚSSOLA Compass of the Tao by Kutor Compass of the Tao by Kutori FRASES E PENSAMENTOS RECORRENTES NA ORIENTAÇÃO Quem nunca já escutou comentários interessantes em provas de orientação. Agora, sinceramente, quem nunca os fez que atire a primeira bússola! Antes da prova: Depois da prova: “Tive um problema no joelho e não tenho treinado nada!” “Ia fazer uma prova espetacular, mas perdi um tempão no “Hoje vou devagar e aproveitar para fazer um treino!” ponto 10!” “Boa sorte!” “Se não tivesse perdido aquele tempo todo no ponto 5, tinha "Vai com calma, que se não pastares ganhas isto hoje" zerado o percurso!” "Isto hoje não é para mim, é só correr" “Devo ter passado mesmo ao lado do ponto, mas não o vi!” "Queres que espere por ti no triângulo?" “Batia tudo certo, o caminho, a vedação… e afinal tinha saído Durante a prova: "Caracas, ainda nem cheguei ao primeiro ponto e já me passaram!" "Treta de cartógrafo... não percebe nada disto!" “Viste o 103?” “Vai, força!” "Porra, até a bússola está contra mim... eu sei que não é por aí!" “0 64 está ali atrás!” “Sabes onde estamos?” “Deixa-me ver onde é este ponto!" ”&£#@$%!!!" na direção oposta.” “A partir do ponto 11 comecei a ter cãibras e arrastei-me até o fim!” "Se não fosse os 2 min que perdi para contornar as vacas, ficava em primeiro!" "Se hoje não estivesse chovendo, se não estivesse tanto sol, se não fizesse um calor dos diabos, se não estivesse um frio de rachar, se a lama não fosse tão espessa e se as pedras não escorregassem tanto, se, se, se, ... e se o Huguinho, o Zezinho e o Luizinho não tivessem vindo, eu tinha ganho com certeza!" "Que #$&#$&# de mapa é este?" "Este cara não desgruda!" (Luís Sérgio) "Até parecia que eu estava parado (depois de um nórdico passar por mim a todo o vapor)" Página 13 INFORMATIVO ORI MB FILATELIA-O 1º DE AGOSTO: DIA NACIONAL DO SELO O primeiro selo postal adesivo do mundo é de 6 de maio de 1840, fabricado pelo correio inglês e chamado de Penny Black (one penny black) porque criava entre outras inovações a taxa única de 1 penny para cada correspondência, como comprovante do pagamento antecipado, independente da distância a percorrer. O 2º selo emitido no mundo foi no Cantão de Zurique, Suíça, apenas de circulação regional. No dia 1º de agosto de 1843, foi emitido, o 3º selo do mundo e entra em circulação a primeira emissão postal brasileira, composta por três selos nos valores de 30, 60 e 90 réis, a famosa emissão Olhos de Boi, numa série de três valores: 30 réis, com tiragem de 856.617 exemplares; 60 réis, com tiragem de 1.335.865 exemplares; e 90 réis, com 341.125 exemplares. O país deve o seu pioneirismo a Dom Pedro II que viu no selo inglês uma conquista que marcaria de forma definitiva os correios do mundo. A ideia inicial era se colocar a efígie do jovem imperador, Pedro II, o que foi recusado e considerado um desrespeito. Decidiu-se então, simplesmente, desenhar os algarismos indicativos do valor dos selos, em fundo neutro, sobre linhas onduladas e entrelaçadas, muito semelhante aos olhos de um boi, denominação que ficou para sempre. . Página 14 INFORMATIVO ORI MB O ORIENTISTA DE ALTO RENDIMENTO No informativo nº 8 publicado no mês de junho, divulgamos o estudo de Kolb, Sobotka e Werner referente ao atleta de Alto Rendimento, onde é analisada a performance em orientação onde é atribuído o percentual de 46% à componente de navegação e 56% à componente de corrida. A seguir apresentamos um estudo enviado pelo Presidente da Confederação Brasileira de Orientação (CBO) sobre o assunto: O nosso estudo aponta que na prática um atleta de alto rendimento é 100% preparação física e 100% preparação técnica. Atleta é o indivíduo que deve desenvolver bem e em sincronia o seu todo, ou seja, seus aspectos biopsicossociais, tarefa que é muito difícil e muitas vezes dolorosa. Completando esta assertiva, Barreto (2003, p. 61) enfatiza que atleta, é um indivíduo formado de um sistema biopsicológico de respostas cognitivas, emocionais, motoras e comportamentais. Do ponto de vista holístico, resulta da interação de todas estas reações. A sua eficiência psicológica dependerá da interação dessas respostas com sua hereditariedade. Como vimos o atleta é a soma de ações interligadas que reagem frente a um estímulo ou um desafio. Em outras palavras, podemos dizer que é o indivíduo dotado de aspectos que produzem um movimento, uma ação e/ou uma reação esportiva. A prática do esporte orientação coloca o orientista na insegurança da partida para o desconhecido, sendo necessário que este atleta identifique o problema, identifique a solução para imediatamente agir, isto exige a memorização e possibilita no tempo seguinte, o exercício do raciocínio de forma inconsciente. A prática deste esporte exige a fixação continua do raciocínio, produzindo efeitos psicossomáticos que melhoram a performance cerebral de forma gradativa, ocasionada inclusive pela maior oxigenação do cérebro no momento de intensa movimentação corporal. Soma-se ao fato, que no momento esportivo e lúdico a mente está "aberta", obtendo maiores benefícios bio-psico-sociais. A participação nos eventos desenvolve a socialização, inclusão melhorando o autoconceito. A prática da Orientação além de melhorar o condicionamento físico desenvolve atitudes como determinação, tomada de decisão, independência, perseverança, promovendo autoconfiança e auto-estima, alem da estabilidade e equilíbrio emocional característicos em atividades físicas e esportivas. A pessoa indecisa permanece na dúvida, na ansiedade, na angústia. A indecisão acumula problemas, preocupações e agressões. A história humana é feita de decisões. Para decidir é preciso saber renunciar, saber perder vantagem e valores para ganhar outros. As pessoas indecisas são vítimas de doenças nervosas, gástricas e problemas de pele. Para que o orientista tenha acesso a estes benefícios biológicos e principalmente psicológicos deve ser instrumentalizado a extrair do plano mapeado uma paisagem mental do que espera encontrar a sua frente e a medida que se desloca deve encontrar uma paisagem real semelhante. A medida que ocorrer um conflito entre a paisagem mental e a real reajusta seu projeto e aumenta a intensidade da corrida. A possibilidade de o indivíduo adaptado a natureza sentir-se mais seguro ao alcançar cada objetivo desenvolve a confiança, o conhecimento de si próprio e o crescimento como ser humano. Matéria enviada pelo Sr. Otávio Dornelles – Presidente da CBO. Agradecemos a participação e a gentileza. Página 15 INFORMATIVO ORI MB VANT, UMA AMEAÇA À FOTOGRAMETRIA? NÃO, DEFINITIVAMENTE Valther Xavier Aguiar Não. Definitivamente não! Ultimamente tenho justificado esta resposta diversas vezes. Numa das últimas feiras em que estive, ao comentar essa resposta com um amigo, fui questionado porque os “fotogrametristas” e as empresas de aerolevantamento pouco têm se pronunciado publicamente a respeito dos VANTs. Após este momento decidi que deveria redigir algo sobre o assunto. Antes preciso esclarecer que, embora usual, a pergunta-título deste artigo está propositalmente mal formulada, pois VANT é o veículo e Fotogrametria é a técnica utilizada, portanto, não há como um ameaçar o outro. Talvez chamasse menos atenção, mas, tecnicamente, o melhor título seria: A Fotogrametria obtida com o uso do VANT é uma ameaça à Fotogrametria Tradicional? Neste caso, minha resposta ainda seria: não, ou melhor, Não ainda! O mapeamento que se tem feito com VANT nada mais é que a pura fotogrametria – seja ela de médio, pequeno ou, mais frequente ainda, a de “micro” ou muito pequeno formato. O que estamos presenciando nada mais é que a evolução tecnológica associada à miniaturização. A aerofotogrametria continua muito ativa e presente no palco das discussões desde o início do século 19, quando ela surgiu. Nestes quase duzentos anos de existência ela vem constantemente sendo posta à prova e, em todas estas vezes, tem se mostrado a melhor ferramenta de mapeamento já inventada. A fotogrametria teve seu primeiro grande impulso quando foi instalada a bordo de balões e, desde então, vem sendo utilizada em diversas e distintas plataformas: aeronaves, satélites, submarinos, veículos espaciais e terrestres, entre outros. A palestra de abertura da 54ª Semana Fotogramétrica, na Alemanha em setembro de 2013, foi proferida pela Mercedes-Benz. Dois de seus mais sofisticados modelos de automóveis já possuem fotogrametria embarcada, e é uma importante aliada à direção assistida, aumentando muito a segurança ao dirigir. Agora, está chegando a vez de a fotogrametria estar “comercialmente” a bordo de aeronaves não tripuladas. RPAS de uso militar pesando 15 gramas (Prox Dynamics) RPAS que pesa 15 toneladas (Northrop Grumman). Drone, ROA, RPA, UAS, UAV, UVS, VARP e outras siglas têm sido usadas como sinônimos de VANT – Veículo Aéreo Não Tripulado. A sigla RPAS, do inglês Remotely Piloted Aircraft Systems, atualmente tem sido a preferida pela comunidade. No português a sigla permanece, mas sua leitura é Sistemas de Aeronaves Remotamente Pilotadas. Assim como a aerofotogrametria, os RPAS curiosamente também existem há muito tempo. Sua existência está registrada na história da aviação desde a segunda década do século passado; entretanto, até então, os RPAS tiveram pouca utilização e em nichos muito específicos. Devido ao estágio de evolução e popularização, neste momento eles estão causando uma revolução na indústria aeronáutica. Existem hoje muitos RPAS à disposição; variam em forma, tipo e tamanho. Quanto ao peso, podem variar de alguns gramas até várias toneladas e com diferentes capacidades de carga – conhecida como payload. O custo pode variar de algumas dezenas até milhões de dólares. O rol de aplicações é também muito extenso. No âmbito da fotogrametria ou mapeamento, a grande maioria dos RPAS utilizados possui payload que varia de meio quilo a não mais que quarenta quilos, sejam eles de asas fixas (o mais comum), rotativas, ou de outros tipos. Página 16 INFORMATIVO ORI MB RPAS Swiss Drones com payload de 35 kg e sensor LEICA RCD30 de médio formato. Desde que surgiram, as câmaras aéreas vêm sendo constantemente aprimoradas. Hoje o estado-da-arte em sensores aerofotogramétricos é representado pelos de grande formato como o ADS, DMC e UltraCam, que contam com inúmeros recursos tecnológicos, mas pesam muito mais de cem quilos e têm necessidade de energia superior a cinquenta amperes, energia suficiente para alimentar uma residência de 150 metros quadrados. Os RPAS com este payload e esta capacidade de geração de energia têm hoje um custo extremamente elevado, e levará ainda algum tempo para que tenham preços competitivos quando comparados com as aeronaves atualmente utilizadas nas aplicações fotogramétricas de grande porte. Entretanto, não existe nenhuma restrição tecnológica para que os melhores sensores aerofotogramétricos – os de grande formato – sejam operados em plataformas aéreas remotamente pilotadas. Sua pouca ou quase nula utilização é principalmente por fatores econômicos e pelos grandes riscos ainda envolvidos nestas operações. Assim como o Google, que vem dando sua enorme contribuição, os RPAS também estão popularizando e deixando a fotogrametria ainda mais conhecida e acessível, muito embora não sejam todos que associem, ou mesmo saibam, que por trás de todo RPAS de mapeamento fotográfico está a fotogrametria, ainda que miniaturizada. Já é possível adquirir um pequeno RPAS “fotogramétrico” pela Internet e com entrega domiciliar. Alguns acreditam que, em um futuro não muito distante, essa entrega também será feita por um RPAS. Esses pequenos sistemas possuem muita tecnologia embarcada, tal como GPS, rádio, sistema inercial, câmara digital, controle por smartphone, etc. Mesmo no caso de sistemas mais específicos, a miniaturização e consequente simplificação dos sensores e periféricos para que possam estar embarcados em um RPA, fazem o usuário do mapeamento com RPAS ter de conviver com problemas há muito tempo esquecidos pelos fotogrametristas. Entre eles são comuns: grande distorção radial, deformações provocadas pelo relevo, excessivo número de modelos estereoscópicos e pontos de controle, baixa resolução radiométrica, etc. Os RPAS, além de atualmente caros e frágeis, possuem vida útil muito curta quando comparada às aeronaves tripuladas em uso. Eles possuem como limite seguro um baixo número de pousos e decolagens – este número é especificado pelo fabricante e é quase sempre inferior a duzentos. Além dessas restrições aos pequenos RPAS existe ainda o curto alcance do controle à aeronave, incertezas e possíveis restrições na futura regulamentação, e a grande dificuldade em se fazer seguro contra perdas e danos para a aeronave e os equipamentos embarcados. Raros são os envolvidos com o tema que nunca tiveram conhecimento ou experiência com quedas e acidentes envolvendo os RPAS. Isso tudo explica porque os “tradicionais” fotogrametristas não são todos muitos simpáticos ou receptivos a esta ideia. Pode-se dizer, com segurança, que o mapeamento realizado com o emprego de sensores de “micro” formato será quase sempre inferior em qualidade e precisão ao realizado por sensores de pequeno formato e, este, inferior ao de médio formato e, ainda, inferior ao realizado com o emprego de sensores de grande formato. Precisão e qualidade dependem do sensor e da técnica empregada e não do fato deste sensor estar embarcado numa tripulada ou não tripulada aeronave. Alguns potenciais usuários do mapeamento com RPAS se mostraram decepcionados com os resultados obtidos. Os principais motivos foram a pouca experiência em fotogrametria dos executantes; e a grande, ou por vezes descabida, expectativa gerada pela própria indústria, mercado e imprensa. Não há como comparar o produto obtido por um sensor digital de grande formato, desenvolvido especificamente para mapeamento aerofotogramétrico e RPAS SIMEPAR / ESTEIO com payload de 2 kg e sensor de custo superior a um milhão de dólares, com o produto pequeno formato. obtido por uma câmara fotográfica digital comum ou genérica que custa somente algumas dezenas de dólares. Resguardando as devidas proporções, é como comparar um Rolls-Royce ao bom e velho Fusca: ambos são carros e possuem quatro rodas, mas, além disso, poucas coisas a mais têm em comum. A UVS International tem publicado anualmente o RPAS Global Perspective. Página 17 INFORMATIVO ORI MB Na atual edição, a 2013/14, a publicação apresenta um quadro com cerca de 1500 modelos de RPAS em produção ou em desenvolvimento. Os Estados Unidos detêm a liderança com o expressivo número de 374 unidades, seguidos pela Rússia com 106 e depois Israel com 96 distintos modelos. O Brasil figura em vigésimo primeiro lugar neste rank de 54 países, com 16 exemplares. No quesito segurança e regulamentação tudo que os líderes fizerem deverá ser, por princípio, seguido ou considerado pelos demais países. O Federal Aviation Administration – FAA tem-se mostrado muito cauteloso e prudente na regulamentação desta atividade no espaço aéreo americano. Distorção Radial em imagem obtida pela ESTEIO com RPAS e câmara de pequeno formato em linha de transmissão da CEMIG Na atual edição, a 2013/14, a publicação apresenta um quadro com cerca de 1500 modelos de RPAS em produção ou em desenvolvimento. Os Estados Unidos detêm a liderança com o expressivo número de 374 unidades, seguidos pela Rússia com 106 e depois Israel com 96 distintos modelos. O Brasil figura em vigésimo primeiro lugar neste rank de 54 países, com 16 exemplares. No quesito segurança e regulamentação tudo que os líderes fizerem deverá ser, por princípio, seguido ou considerado pelos demais países. O Federal Aviation Administration – FAA tem-se mostrado muito cauteloso e prudente na regulamentação desta atividade no espaço aéreo americano. A convivência entre aeronaves pilotadas e remotamente pilotadas no espaço aéreo está a caminho de ser regulamentada. Para o FAA a aviação é uma indústria global e por isso nenhuma nação deveria agir de forma totalmente independente. Também afirma que, no futuro, certamente aeronaves tripuladas e não tripuladas irão compartilhar o “mesmo” espaço aéreo. O Brasil também vem trabalhando seriamente nesta regulamentação. Acredito que somente quando os RPAS forem igualmente ou mais seguros que as aeronaves tripuladas, ou quando não ameaçarem a segurança de pessoas ou outras aeronaves, é que a convivência entre ambos será totalmente harmônica e pacífica. Inúmeras são as aplicações para os RPAS, sejam elas militares ou civis, de segurança, policiamento, monitoramento, vigilância, transporte, observação, patrulha, agricultura, controle e combate a incêndios, busca e resgate, mapeamento, entre muitas outras. O uso comercial dos RPAS para mapeamento de alta precisão representa uma minúscula fatia deste universo de atividades e, com certeza, não é a mais nobre das suas aplicações. Considero nobres aquelas aplicações onde o uso dos RPAS, em substituição às aeronaves tripuladas, possa trazer menos riscos aos tripulantes, e cujo resultado técnico, financeiro e operacional seja igual ou até mesmo melhor. Acompanhamento de obras, aplicação de defensivos agrícolas, combate a incêndios, controles visuais repetitivos, inspeções de grandes estruturas e voos de reconhecimento são alguns exemplos do que considero hoje nobres aplicações. A fotogrametria realizada pelos atuais RPAS, quando estiver totalmente regulamentada, terá sim seu lugar no mercado e também alguma superposição com os pequenos levantamentos aerofotogramétricos, topográficos e até os satelitais; entretanto, não pode nem deve ser encarada como ameaça à fotogrametria tradicional ou de grande porte, e sim complementar, porém, como tudo, em constante evolução. A lei de Amara diz que “tendemos a superestimar o efeito de uma nova tecnologia em curto prazo e a subestimar o seu efeito em longo prazo”. No mundo dos RPAS esta lei parece ser bem apropriada. É gigantesca a perspectiva de mercado para os RPAS. O desenvolvimento e a evolução de sensores fotogramétricos específicos para este tipo de aeronave trará importantes benefícios também à fotogrametria de maior porte. É extremamente difícil prever quando ou, se de fato, os RPAS irão substituir as aeronaves pilotadas nas operações fotogramétricas de médio e grande porte; entretanto, essa é a tendência. Resta aos entusiastas e fotogrametristas, simpatizantes ou não, acompanharem e aguardarem o desenrolar desta deslumbrante e maravilhosa revolução. Valther Xavier Aguiar é engenheiro cartógrafo, diretor técnico da empresa Esteio Engenharia e Aerolevantamentos S.A. e vicepresidente da ANEA – Associação Nacional das Empresas de Aerolevantamento. [email protected] Página 18 INFORMATIVO ORI MB RELEMBRANDO ORIENTAÇÃO TÉCNICAS ELEMENTARES DE ORIENTAÇÃO III ORIENTAÇÃO AO LONGO DE UMA REFERÊNCIA LINEAR (percurso com "corrimão") Percursos com Uma Única Opção Nas primeiras situações de realização de percursos em espaços mais amplos, que os atletas desconhecem, devemos marcar percursos que garantam o sucesso dos atletas. Assim, os atletas são colocados em situações em que o percurso é realizado seguindo elementos característicos significativos (estradas, caminhos, vedações, linhas de alta tensão, etc.) designados por "corrimão". Começamos por marcar percursos em que os pontos de controle são colocados nos locais onde os atletas devem realizar uma opção sobre o trajeto a realizar, como por exemplo em todos os cruzamentos de caminhos. Percurso com Várias Opções Neste "passo" os percursos são marcados de forma que os atletas realizam várias opções entre dois pontos de controle, sendo que se mantém a características de se utilizarem as referências "corrimão" para atingir os pontos de controle. Localizar objetos próximos de referências lineares Os atletas devem "descobrir” elementos característicos significativos (rochas, edifícios, árvores especiais, etc.), colocados próximo de caminhos ou outros elementos característicos "corrimão" e visíveis destes. REALIZAÇÃO DE PEQUENOS ATALHOS Cortar Cantos Neste "passo" os atletas realizam pequenos atalhos (até 100m), atravessando áreas abertas ou com visibilidade, de um "corrimão" para outro. Atalhos em direção a elementos que limitam o percurso. A realização dos atalhos é feita em direção a elementos característicos importantes (estradas, caminhos, áreas abertas, linhas de alta tensão, etc.), que estão colocados perpendicularmente à direção do deslocamento, constituindo assim, como que barreiras que limitam o trajeto. (http://www.coc.pt/) ORIENTAÇÃO E O POETA “Não existirá um rio se antes não tiver duas margens para orientá-lo no seu percurso.” (Raí Lopes) Raimundo Antonio de Souza Lopes – 57 anos, Poeta, Professor e jornalista. Mossoró - Rio Grande do Norte – Brasil. Agradecemos ao Poeta pelas palavras e a gentileza de colaborar com nosso informativo. Arte foi feita por Shimada Coelho – http://www.recantodasletras.com.br/frases/4682496 E-MAIL ENVIADO PELO RAIMUNDO ANTONIO PARA O REDATOR. Boa noite, Rubens! Li, atentamente, o Informativo de Orientação. Felicito-lhes pela estética e variedade dos assuntos abordados, principalmente, por se tratar de um periódico voltado para um segmento de origem militar. Mesmo porque já fui militar e sei o quanto é rígido e normativo o que lhe é exposto. e como professor e jornalista - as duas profissões que exerço hoje em dia, posso lhe dizer que gostei do modelo empregado, da metodologia utilizada e do layout das páginas - e como elas são distribuídas. Meus parabéns! Cordialmente, Página Raimundo Antonio. 19 INFORMATIVO ORI MB ORI-ANIVERSÁRIOS Orientistas ADAAN / MB Aniversariantes de Agosto/2014 27 - Felipe Lins Moisés 28 – SG Washington PUGLIESE dos Santos A equipe ADAAN/MB deseja a todos um Feliz Aniversário RESULTADO DA ENQUETE 1ª 2ª 3ª AS TRÊS MATÉRIAS MAIS APRECIADAS 42% de indicações Mapas: Artes & Sonhos 37% de indicações Compass Art - A arte pela Bússola 21% de indicações Orientrevistas 1ª 2ª 3ª AS TRÊS MATÉRIAS MENOS APRECIADAS 56% de indicações Orienteering Memes & etc 32% de indicações Why men love orienteering? 12% de indicações . Tattoo Orienteering Agradecemos aos 218 amigos que colaboraram com o informativo PRÓXIMOS EVENTOS - Participação da Equipe Brasileira no WMOC de 24 a 30/08/2014 – Gussing, Austria. - IV Etapa do COERJ: 17/08/2014 em Guapimirim, RJ - II Etapa do Cambor: 21 a 24/08/2014 em Hidrolândia – GO. O Informativo de Orientação da Marinha do Brasil –INFORMATIVO ORI MB – terá periodicidade mensal e apresentará notícias gerais sobre o Esporte Orientação, sua estruturação e evolução na MB. Este informativo e os anteriores estão nos sites: www.forj.org.br e http://www.mar.mil.br/cefan/ EDITORIAL Editor-chefe: CMG (RM1-FN) Rubens da Igreja Trabalhos Técnicos: 1º Ten (RM2-T) Ronaldo André Trabalhos Administrativos: SO (RM1-FN) Roberto Andrade Trabalhos de Tecnologia da Informação: 3º SG (FN-IF) Marcelo Malato A Equipe do INFORMATIVO ORI MB agradece a atenção de todos e solicita ampla divulgação das notícias aqui veiculadas. A redação agradece o envio de matérias pelos interessados. Contatos: tel. 21-21010926 – [email protected]
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