informativo ori mb

Transcrição

informativo ori mb
ww
xxx
AGOSTO de 2014
Número 10
INFORMATIVO ORI MB
COMPETIÇÃO DE ORIENTAÇÃO NA
XLVIII NAVAMAER - 2014
• Escola Naval, CDM
e CEFAN
organizaram a
competição de
orientação da
XLVIII NAVAMAER
2014.
A NAVAMAER teve sua origem na “Taça Lage”, para disputa entre a Escola Naval e a
Escola Militar. Em 1962 recebeu o nome de NAVAMAER, NAV de Escola Naval, AM de
Academia Militar das Agulhas Negras e AER de Academia da Força Aérea.. A prática esportiva é
considerada fundamental na formação dos futuros Oficiais das Forças Armadas, o esporte
fortalece o corpo, aprimora técnicas e desenvolve sentimentos como companheirismo e
determinação.
Durante os 47 anos, a competição só não ocorreu nos anos 1963, de 1968 a 1973, 1981 e
1984, atualmente a disputa reúne alunos da Escola Naval (EN), da Academia Militar das Agulhas
Negras (AMAN) e da Academia da Força Aérea (AFA).
Destaques individuais:
Brasil–O ..........................3
Mapas & Sonhos........4 e 5
Orientista – “Máquina” de
fazer itinerários................6
As 3 regras de ouro da
orientação ......................6
Orientrevistas............ ... .7
World-O.....................8 e 9
Ori-Cartoons ……......... 10
Compass Art... 11, 12 e 13
Frases e pensamento
recorrentes na
orientação…………...... .14
Filatelia-O.................. . .14
Orientista de Alto
rendimento.....................15
Vant, uma ameaça à
Fotogrametria?.16, 17 e 18
Relembrando orientação19
Orientação e o Poeta.... 19
Ori-Aniversário...............20
Resultado da Enquete ...20
Próximos eventos.. ..... .20
Editorial....................... ..20
CONFRATERNIZAÇÃO ENTRE COMPETIDORES
A NAVAMAER é a competição de maior importância no calendário esportivo militar das
escolas de formação de oficiais das Forças Armadas, teve agregada a sua importância o fato de
servir como seletiva para os II Jogos Mundiais de Cadetes de 2014.
Este ano a prova foi organizada pela Escola naval que contou com a colaboração direta da
Comissão de Desportos da Marinha (CDM) e do Centro de Educação Física Almirante Adalberto
Nunes (CEFAN) com apoio da Base Aérea Naval de São Pedro d’Aldeia (BAeNSPA) na região de
São Pedro d’ Aldeia no período de 20 a 23 de julho
A competição teve a participação de dez atletas masculinos de cada força e seis atletas
femininos, cinco da Academia da Força Aérea e um da Escola Naval.
A prova foi disputada em dois percursos, um percurso médio e um percurso longo e a soma
dos percursos determinou o vencedor.
As áreas foram distintas e os mapas inéditos, confeccionados especialmente para esta
competição e de acordo com a ISOM 2000.
INFORMATIVO ORI MB
PADRÃO DE ORGANIZAÇÃO
PRESENTES ACOMPANHAM OS ATLETAS NA TELA
A organização não mediu esforços para
apresentar a competição em alto padrão. Além
do apuro técnico, disponibilizou o sistema de
apuração eletrônica, recém adquirido pela MB,
o sistema de bases eletrônicas com sinal de
rádio, pertencente ao Elite CO, que transmite o
momento da passagem dos atletas nos pontos
de checagem que é apresentado numa tela
instalada na chegada com os tempos parciais
dos atletas que estão no percurso, o sistema
de CFTV, onde câmeras instaladas em pontos
do percurso mostram imagens, em tempo real,
dos atletas. A tecnologia utilizada é pioneira
na orientação brasileira e está sendo
aparelhada pela MB
RESULTADOS GERAL DA NAVAMAER 2014 - ORIENTAÇÃO
MENSAGEM DE AGRADECIMENTO ENVIADA PELA ESCOLA NAVAL
PARA A COMISSÃO DE DESPORTOS DA MARINHA.
“Agradeço o valoroso apoio prestado por esta Comissão por ocasião da
organização da competição de Orientação da XLVIII NAVAMAER. A
brilhante condução do evento e a preocupação com os detalhes técnicos
proporcionaram o sucesso da competição e garantiu uma disputa acirrada
entre as Academias Militares. Destaco, em especial, o tratamento
atencioso e profissional, por parte da aguerrida equipe, reforçado pelo
Espírito Marinheiro demonstrado, que em muito contribuiu para a
formação dos nossos futuros Oficiais BT”
EQUIPE DE ORIENTAÇÃO DA ESCOLA NAVAL
Página 2
INFORMATIVO ORI MB
“BRASIL - O”
ALUNOS DO CURSO DE APURAÇÃO ELETRÔNICA
FAZEM ESTÁGIO EM COMPETIÇÃO.
CEFAN
Alunos: Sentado - SO Flávio, SG Andrade e SG Gilson.
Em Pé – SO Marks, SG Welber e SG Rubson.
Dando continuidade ao primeiro curso
de apuração do Sistema Sport Ident,
realizado no CEFAN, os alunos
realizaram estágio prático durante a
NAVAMAER em São Pedro D’Aldeia.
A apuração foi um sucesso e os
alunos
demonstraram
que
estão
capacitados para apurar.
Em breve a MB/AAAN, em parceria
com a Federação de Orientação do Rio
de Janeiro (FORJ), abrirá novo curso
para orientistas de todo Brasil.
Parabéns aos novos apuradores.
3ª Etapa do XXI COERJ 06 Jul 2014
O MAIS ANTIGO CAMPEONATO REGIONAL DO BRASIL (1986)
Organizado pelo Clube de Orientação de Miguel Pereira e Arredores da Serra
(COMPASS) em parceria com a FORJ, foi realizado no dia 06 de julho na Estância Lírio do
Vale, município de Paty do Alferes, RJ, a III Etapa do COERJ 2014. A COMPETIÇÃO muito
bem organizada contou com a participação de 319 atletas de vários clubes do Brasil.
RESULTADOS: Categoria Elite – D21E (18 KP 4,400 km)
1º Lugar - TANIA MARIA DE JESUS CARVALHO.......... ... ADAAN
01:06:18
2º Lugar - ELAINE DALMARES LENZ........................... .... ADAAN
01:20:15 +13:57
3º Lugar - ROZANA SOUZA ALBUQUERQUE................... ADAAN
01:30:43 +24:25
4º Lugar - DENISE PAIVA LUCAS CAMPOS..................... ADAAN
01:42:54 +36:36
5º Lugar - THAIANE CAVALCANTI COUTO..................... . ADAAN
01:55:50 +49:32
RESULTADOS: Categoria Elite – H21E (19 KP 4,400 km)
1º Lugar - ROBSON FIGUEIRA RENGIFO..................... ... ADAAN
00:54:04
2º Lugar - GUSTAVO AMARAL....................................... ...COUFRJ 00:58:27 +04:23
3º Lugar - ANTONIO CLÁUDIO LINS SILVA................... .. ADAAN
01:08:22 +14:18
4º Lugar - RONALDO ANDRÉ CASTELO S. ALMEIDA.... ELITE CO 01:09:08 +15:04
5º Lugar - SÍLVIO ALEXANDRE ABREU......................... .. KAAPORA 01:09:34 +15:30
Parabéns aos atletas, FORJ, clubes e ao Compass pela organização do evento.
FEDERAÇÃO DE ORIENTAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL (FODF)
.
No dia 02 Ago 2014, a FODF realizou no auditório do Colégio
Militar de Brasília (CMB), uma Assembleia Geral Extraordinária
(AGE), onde foram discutidos os assuntos: 1) prestação de contas
anual; e 2) mudanças no Estatuto da FODF. Estiveram presentes
representantes de todos os clubes da FODF e tanto a prestação de
contas anual, bem como as alterações do Estatuto, proposta pela
Diretoria da FODF, foram aprovadas por unanimidade. Entre uma
das alterações aprovadas pela AGE foi a diminuição do mandato da
Presidência (presidente e vice-presidente), de 04 anos para 02
anos. Em consequência disso já esta agendado a próxima AGE ( 29
Nov 2014) para eleição do próximo presidente.
Matéria enviada pelo Sr. Gilson de Faria – Presidente da FODF
Página 3
INFORMATIVO ORI MB
“MAPAS
Vou rasgar os antigos mapas
E queimá-los em seguida
Já que chegar não importa
Se não quero partir
Talvez redesenhe os trilhos
E faça um novo caminho
Como ele deveria ser
Com o que carrego no coração
MAPAS: ARTES & SONHOS
JOÃO MACHADO – COLAGEM COM MAPAS
Artista plástico carioca produz desenhos usando mapas e gráficos como matéria
prima de sua expressão. Desenvolve uma técnica própria e muito especial de colagens
usando pedaços de mapas para compor figuras e cenas do cotidiano. Vistas a distância,
as telas de João Machado parecem pinturas normais. Quando observadas de perto,
nota-se que cores e formas são produzidas a partir de retalhos de mapas geográficos
cuidadosamente recortados.
Novos, velhos sonhos
Tortos, livres caminhos
Leves, cheias bagagens
Fluentes, rasos rios
E se nevoa
Não me permite ver a frente
Vou usar a intuição
E a vontade de descobrir
E onde quer que seja
Que seja
Não se perca um único detalhe
Do que me cerca
Refazendo os mapas
Talvez refaça os caminhos
E passe a entender
O que me trouxe aqui.”
(Aline Lima)
Swimming by João Machado
“MAPA PARA O MEU TESOURO
Serei Teu farol,
na noite escura da Tua Alma e
Esperança que vestes de
aconchego!
...A Mão estendida, é a minha,
é a Mão que Te acolhe as
Lágrimas,
Te molda os Sorrisos,
que trocas por Ternura
e Olhares sorridentes!
...Quando Te perderes em Ti,
o meu Amor, será o Teu mapa
e o meu Coração o Teu
caminho!”
(Andy)
Massai by João Machado
Página 4
INFORMATIVO ORI MB
“FIO D’ÁGUA”
“Não quero ser o grande
rio caudaloso
Que figura nos mapas.
Quero ser o cristalino fio
d’água
Que canta e murmura na
mata silenciosa.”
(Helena Kolody)
MAPAS: ARTES & SONHOS
MAPAS DA IMAGINAÇÃO
UM MUNDO MAIS BONITO, OS INCRÍVEIS GLOBOS DE WENDY GOLD
A artista plástica e designer gráfica americana Wendy Gold faz intervenções à
mão em globos antigos, usando técnicas como decupagem e desenho, para criar mundos
incríveis, cheios de borboletas, monstros, super-heróis, frases inspiradoras e muito mais.
A ideia de Wendy Gold é simples e ao mesmo tempo incrível, ela pega mapas e
globos vintage reformados, que são a grande proposta da artista, e faz colagens com temas
diversos que são realizados à mão a partir de recortes.
Globe by Wendy Gold
“Um raciocínio lógico leva
você de A a B.
A imaginação te leva a
qualquer lugar que você
quiser.”
(Albert Einstein)
Wendy Gold
“TEUS MAPAS
Mistérios povoam meus olhos,
No tempo que me eras estranho,
E como detetive eu me detive,
A desvendar teus muitos mapas,
em seus relevos e cartografias......
Cada descoberta uma surpresa,
Um encantamento diferente,
Ante teus recantos secretos,
Permeando de complexos plexos,
Incoerentes e inimagináveis.
Página 5
O inacessível fez-se realidade,
incorporou-se ao dia a dia,
suspeitas fizeram-se verdades,
o traçado, velho conhecido
macio e reconfortante tecido.....
Nesta hora, olhos bem abertos,
Tudo são mistério e insensatez,
Como primeira e inesquecível vez,
em que palmilhei os mapas secretos,
incompletos ainda, mais repletos de ti!”
(Betha Mendonça)
INFORMATIVO ORI MB
ORIENTISTA:
“MÁQUINA” DE FAZER ITINERÁRIOS
A Orientação é uma atividade em que o praticante decide
sozinho.
O orientista é o único responsável pelas suas tomadas de
decisão, assumindo e responsabilizando-se pelos seus êxitos e
pelos seus erros e fracassos – aqui a “culpa” não é do árbitro.
Orientação é sobretudo a escolha de itinerários, através da
leitura e interpretação do mapa e da relação deste com o terreno.
Conceber, visualizar e gerir itinerários é uma das competências
mais importantes do praticante de Orientação.
O orientista reconhece, analisa e compara diferentes
itinerários entre os pontos de controle, optando pelo que lhe
oferece melhores condições de êxito em função das suas
condições do momento – nível técnico e estado de concentração,
fadiga física e/ou mental.
(Hélder Silva Ferreira e Emanuel Rodrigues)
AS TRÊS REGRAS DE OURO DA ORIENTAÇÃO
Entre o conjunto de automatismos que o orientista deve adquirir, podemos definir três
principais, que constituem de alguma forma uma “Regra de Ouro” para se encontrar um
ponto de controle:
PRIMEIRA REGRA: ANALISAR
- Despender o tempo necessário na análise do problema colocado pelo traçador do percurso
e na elaboração de uma estratégia de itinerário antes de se precipitar para o ponto de
controle seguinte.
- Definir um ponto de ataque para chegar ao ponto de controle.
- Estabelecer um itinerário seguro e rápido para alcançar o ponto de ataque.
- Organizar o seu Projeto de Itinerário, em função do ponto de ataque do próximo ponto de
controle.
- Escolher os pontos de apoio (elementos característicos do terreno) que ao longo do
percurso irão assegurar o seu deslocamento.
SEGUNDA REGRA: ANTECIPAR
- Uma vez o ponto de ataque e o itinerário escolhidos, é graças a uma antecipação
permanente, ao longo desse itinerário, que o deslocamento poderá ser seguro e rápido.
- Memorizar bem o mapa para ter permanentemente na mente os pontos característicos
escolhidos que irá encontrar.
- Fazer a relação mapa-terreno no sentido do mapa para o terreno (Ex: espero encontrar
uma reentrância acima do caminho a cerca de 100 metros do último cruzamento).
TERCEIRA REGRA: MANTER-SE RIGOROSO
- Ser rigoroso na aproximação (ataque) à baliza. O ponto de controle deve ser encontrado
de maneira segura e não fruto do acaso ou da sorte.
- É imperioso respeitar o ponto de ataque escolhido e passar realmente por ele.
- Não se desconcentrar, nomeadamente na aproximação ao ponto de controle (Ex:
cruzamento com outros orientistas).
- Passar sempre pelo ponto de ataque e abrandar a corrida até encontrar o ponto de
controle (andar, se necessário).
- Analisar e reter os detalhes característicos do terreno associados ao ponto de controle e
não o laranja e branco da baliza.
- Em seguida, o orientista deve deixar o ponto de ataque com uma imagem mental do
terreno envolvente da baliza o mais clara possível. Enfim, é graças a um ritmo de corrida
adaptado que permita a leitura do mapa com precisão, à utilização da bússola e à estimativa
das distâncias se necessário, que a baliza será “descoberta”.
(Hélder Silva Ferreira e Emanuel Rodrigues)
Página 6
INFORMATIVO ORI MB
ORIENTREVISTAS
Entrevistado: O entrevistado do mês é o 3º Sargento Luiz
Henrique que serve no Centro de Educação Física
Almirante Adalberto Nunes (CEFAN) no Rio de Janeiro.
Mini biografia: Natural de Gravataí, RS entrou na Marinha
em 1999 na graduação de marinheiro, foi promovido a 3º
SG em 2011. Estudou na escola Feliciano Sodré, em São
Pedro da Aldeia onde concluiu o ensino médio. Possui
cursos de Aviônica pela MB. Destacou-se no atletismo nas
Olimpíadas da Esquadra e Força Aeronaval em 2013 onde
foi campeão dos 5000m e dos 800m. Na orientação foi
campeão do COERJ/2013 na categoria H21B e vice
Campeão do Troféu Sudeste/2013, categoria H21A
“Que o teu orgulho e
objetivo consistam em
pôr no teu trabalho
algo que se assemelhe
a um milagre.”
(Leonardo da Vinci)
ENTREVISTA:
Redação: Você competia no atletismo, como surgiu seu interesse pela Orientação?
Luiz Henrique: Minha entrada . na orientação foi pela falta de atleta de orientação na
Esquadra, como eu era um atleta de corrida rústica e competitivo, fui convidado para
completar a equipe de orientação da Esquadra nas competições da Marinha na Área Rio de
2012. Acabei me apaixonando pela orientação e atualmente me empenho o máximo em
aprender e melhorar.
Redação: Você foi escolhido para integrar a equipe permanente de orientação dentro do
Programa Olímpico da Marinha, como você está encarando este desafio?
Luiz Henrique: Esportes sempre fizeram parte do meu dia-a-dia, os desafios são sempre
importantes para o crescimento pessoal e profissional. Encaro este desafio como superação
pessoal, buscando me aprimorar tecnicamente e fisicamente com o objetivo de evoluir e ajudar
no crescimento da equipe de orientação da Marinha do Brasil. Com o trabalho que está sendo
feito na orientação da MB, tenho convicção que em breve a teremos atletas em nível
internacional.
Redação: Marinha e Orientação, o que representam para você?
Luiz Henrique: A Marinha é meu suporte, foi através da MB que adquiri o que tenho hoje, é o
que me tornou a pessoa que sou, faz parte do meu crescimento e formação moral e
profissional. A Orientação é meu esporte, trabalho incansavelmente para desenvolver a parte
técnica e física visando competir em igualdade com os melhores do mundo.
Redação: Objetivos, sonhos, quais os seus na orientação?
Luiz Henrique: Tenho que ser realista e seguir passo a passo em busca do meu objetivo.
Atualmente estou focado no aprendizado de orientação para conseguir um nível técnico que
me possibilite sonhar em compor a equipe brasileira de Orientação.
Redação: Que avaliação faz do atual momento da Orientação na Marinha?
Luiz Henrique: A orientação na MB está num momento muito bom, em constante e rápido
crescimento, o empenho das pessoas que estão envolvidas no projeto faz com que a
orientação esteja conquistando vitórias nos principais campeonatos nacionais. Possuímos
atletas campeões Sulamericanos nas modalidades Sprint e revezamento, algo que não seria
possível sem o investimento que vem sendo feito e a dedicação das diversas pessoas
envolvidas no projeto.
Redação: Para atingir níveis internacionais na orientação é necessário está sempre evoluindo
fisicamente e tecnicamente, como você tem se preparado para manter o alto rendimento?
Luiz Henrique: Procuro seguir os treinos físicos dentro do planejamento e ainda vou um
pouco mais além do previsto, buscando melhor aproveitamento e desenvolvimento.
Tecnicamente a parte teórica é fácil, a internet tem uma fonte inesgotável de informações, a
parte prática é que depende de uma logística complicada e que ainda é a maior dificuldade,
mas procuro aproveitar todas as oportunidades que surgem colocando em prática, testando e
aprimorando a cada treino.
Redação: Mesmo com o trabalho desenvolvido pela Marinha no sentido de condicionar melhor
seus atletas, ainda existem algumas dificuldades, na sua opinião o que pode ser feito a curto e
longo prazo para melhorar?
Luiz Henrique: Acredito que fisicamente a equipe vem crescendo e está no caminho certo,
mostrou no CAMORFA/2014 que esta bem condicionada. Para melhorar a parte técnica
precisamos ter maior disponibilidade de mapas e áreas para treinamento.
Redação: Agradecemos pela entrevista, que boas rotas te levem aos seus objetivos.
Página 7
INFORMATIVO ORI MB
"WORLD - O"
PERSONALIDADES DA ORIENTAÇÃO MUNDIAL
OLAV LUNDANES
Olav Lundanes, norueguês de 26 anos, nasceu em
Ålesund em 11/11/1987, vivendo atualmente em Halden e
filiado ao clube de mesmo nome. Realizou o seu grande
objetivo no Campeonato Mundial de 2010, conquistando o
ouro em Trondheim, Noruega, em longa distância,
repetindo o feito em 2012 em Lausanne, Suíça.
Sofreu com lesões em 2013, mas voltou em 2014 e conquistou o ouro no médio
em Veneto/Trentino, Itália. Sua grande força está na floresta em corridas mais longas.
.
OLAV LUNDANES
PRINCIPAIS PARTIIPAÇÕES
Clube - Halden
.
CAMPEONATOS
OURO
PRATA
BRONZE
WOC
3
3
2
WC
7
4
5
EOC
2
1
1
JWOC
4
3
2
Em dezembro de 2013 ocupava a 7ª posição no
ranking da IOF e atualmente é o 1º do mundo no geral
médio/longo, seguido de Daniel Hubmann e Thierry
Gueorgiou.
IDA BOBACH
Ida Bobach, dinamarquesa de 23 anos, nascida em
Silkeborg no dia 30 de Julho de 1991, mora atualmente
em Aarhus é filiada ao clube OK Pan Arhus e deste 2007
é treinada pelo dinamarquês Lars Lintrom.
Ida foi campeã do Campeonato Mundial Junior
(JWOC) em 2009, 2010 e 2011.
Ainda em 2011 avançou para a categoria elite quando disputou a Copa do
Mundo, em Genebra, na Suíça onde conquistou o terceiro lugar. Surpreendeu a
todos ao ganhar a medalha de prata no WOC na França em 2011, deste então
tem sido parte da elite mundial da orientação.
No ano passado não esteve bem e ainda não está na sua melhor forma,
mesmo assim está entre as melhores do mundo.
Desde fevereiro vem intensificando seu treinamento correndo seis a sete vezes
por semana e espera em breve atingir sua melhor condição física.
Em dezembro de 2013 ocupava a 7ª posição no ranking da IOF, atualmente é
a 9º do mundo no geral médio/longo.
IDA BOBACH
PRINCIPAIS PARTIIPAÇÕES
Clube - Pan Arhus
CAMPEONATOS
LINKS IDA BOBACH
http://en.wikipedia.org/wiki/Ida_Bobach
http://runners.worldofo.com/idabobach.html
http://orienteering.org/ida-bobach-had-to-have-a-breakfrom-running/
http://bobach.eu/
https://da-dk.facebook.com/ida.bobach
OURO
PRATA
BRONZE
WOC
3
WC
4
2
EOC
2
1
1
JWOC
7
2
3
LINKS OLAV LUNDANES
http://no.wikipedia.org/wiki/Olav_Lundanes
https://twitter.com/olavlundanes
http://www.nrk.no/sport/vm-gull-til-olav-lundanes1.11827073
http://www.orientering.no/landslag/orientering/Sider/Ola
vLundanes.aspx
Página 8
INFORMATIVO ORI MB
"WORLD - O"
EQUIPAMENTOS ESSENCIAIS
DE
HELENA JANSSON
Esta sueca de 28 anos, 6ª do
ranking mundial da IOF em
provas médias e longas, vem
fazendo história na Orientação
mundial e foi tema da
reportagem World-O do
Informativo 9.
Quais os equipamentos que a
superatleta
Helena Jansson utiliza?
“Para ser grande, sê
inteiro:
nada teu exagera ou
exclui.
Sê todo em cada coisa.
Põe quanto és.
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a
lua toda brilha,
porque alta vive.”
(Ricardo Reis,
heterônimo de
Fernando Pessoa)
1 - O-SHIRT: Speed LZR Wmn da Trimtex.
Confortável e leve, tudo que você precisa quando se trata de camisas para competição.
2 - SHORTH O-PAINT: Calças justas da Trimtex Run LZR 3/4
Leve e elegante, minhas calças favoritas.
3 - MEIAS DE COMPRESSÃO TRIMTEX: Fina e bem ajustada protege contra escoriações
e proporciona melhor conforto.
4 - RELÓGIO POLAR RS800CX: Ainda funciona como GPS, mas normalmente eu o uso
somente para o monitoramento da minha frequência cardíaca, nunca como GPS.
5 - ICEBREAKER MERINO: Camisola de frio de lã
Eu odeio sentir frio, então, não uso uma camisa comum. A lã é o meu favorito, você pode
usá-la quase todo o tempo, e nunca cheira a suor não importa o quanto você a use.
6 - BONÉ TRIMTEX BI-ELÁSTICO LZR: Algo para se colocar na sua cabeça é essencial!
Agora este chapéu é o que eu uso a mais, é fácil de se encontrar e vem com o meu nome
escrito sobre ele.
7 – CASACO TRIMTEX AVANÇADO LZR: Para o aquecimento e resfriamento, e também
para apenas ficar maneiro.
8 - LUVAS HAGLÖFS: Tenho grande ódio pelo frio! Luvas para utilizar praticamente todo
o ano. Ame-as!
9 – TÊNIS SAUCONY KINVARA: Para uso pré e pós-corrida.
10- TÊNIS INOV 8 ROC LITE 315: Eu sei, talvez não sejam os tênis mais velozes do
mercado, mas eles são os únicos que meus pés conseguem aguentar, meus calcanhares
dizem NÃO para qualquer outra coisa. Funcionou nos Mundiais, e ainda funciona...
11 - IPOD: Música é essencial, em todas as situações!
12 – LIVROS: Eu sou uma leitora rápida, então eu sempre trago uma biblioteca cheia de
livros. Mantém os meus nervos no lugar antes de começar.
13 – BÚSSOLA SILVA 6 JET SPECTRA: Meu melhor amigo na floresta.
14 - PORTA-SINALÉTICA: Erik Öhlund
Tenho por anos, e é o melhor que eu já tive! Como Erik os fez, eles são realmente bons!
15 - FITA ESPORTE: Bom para tudo, de tornozelos torcidos a ajeitar o cabelo.
16 - FITA KINESIO: Um novo amigo que utilizei durante as corridas desse ano.
17 – BANDAGEM ELÁSTICA: Sempre comigo durante as corridas. Encurta a recuperação
se você torcer o tornozelo, e é bom também para parar um sangramento.
18 - GARRAFA DE ÁGUA TRIMTEX: Eu bebo como um elefante, então levar água comigo
é essencial!
(http://www.ultimate-orienteering.com/?p=4839)
Página 9
INFORMATIVO ORI MB
ORI-CARTOONS
"Com um mapa, com uma bússola... e com um sorriso."
“Nunca é alto o
preço a pagar pelo
privilégio de
pertencer a si
mesmo.”
(Friedrich
Nietzsche)
Destaque do Mês
Página
10
INFORMATIVO ORI MB
COMPASS ART - A ARTE PELA BÚSSOLA
Sem bússola, sem leme
“Sem Bússola, sem Leme
Cansada, exausta, do labor insano
duma vida incolor, sem fantasia,
vou ver se encontro, noutro meridiano,
a emoção que desejo em cada dia.
Vou procurar, sem lógica, sem plano,
um pouco de aventura, de alegria.
Não mais o miserável quotidiano,
antes o vendaval que a calmaria.
Antes dor... No barco em que navego,
sem bússola, sem leme, louco e cego,
vou procurar inexistentes rotas.
Ó meu veleiro doido, sem governo,
a caminho, talvez, do céu, do inferno,
sobre espumas e asas de gaivotas.”
(Maria Fernanda Teles de Castro e Quadros
Ferro)
Htt//algarvesaibamais.blogspot.com.br/2014/01/sembussola-sem-leme-poema-de-fernanda.htm
Compass of worms by Teamzoth
Página
11
INFORMATIVO ORI MB
COMPASS ART - A ARTE PELA BÚSSOLA
“O Cardeal do Amor
Fiquei sem rumo na vida
distante, algures no nada,
Minh’ alma estava perdida
Sozinha, sem horizonte.
Olhei pr’ o Céu, vi o sol,
Astro rei da minha vida!
Tracei minha direção
Usando a rosa dos ventos
Pr’ a inçar minha vela,
Seguir sua orientação
Temi os ventos o Norte
Sob forte ondulação,
à deriva nestas águas,
turbulentas minhas mágoas
Tua voz do outro lado,
chamando-me num feitiço
mentindo-me sem solução
Atraquei a minha barca
No cardeal mais a Sul,
Corri pr’ a ti apressada,
Devo à bussola esta viagem
ao encontro do amor.”
Compass by Diamoeller
(Maria Fernanda Reis Tavares)
“Sou Fruto do Mar
Nasci nas águas, nas águas me criei,
nas águas, trabalhei, nas águas amealhei.
tudo que sei, tudo que te dei, tudo que te
amei.
Sou retrato de ti, que nas águas te segui.
Aprendi contigo, a conhecer as águas,
a divisar caminhos jamais percorridos.
Teus olhos prendidos no horizonte,
tuas mãos no leme, sempre condizente,
com os caminhos, que me levam à frente.
Neste teu singrar, em pleno mar.
tua destreza a me ensinar.
Caminhos da certeza ao navegar.
Fostes meu leme, minha bússola,
Fostes meu Norte , meu Sul, durante o dia
Durante a noite minha estrela guia.”
(Maria de Fátima Melo (Fadinha de Luz))
Página
12
Batwing Compass by Nykol Haebrd
INFORMATIVO ORI MB
COMPASS ART - A ARTE PELA BÚSSOLA
Compass of the Tao by Kutor
Compass of the Tao by Kutori
FRASES E PENSAMENTOS RECORRENTES NA ORIENTAÇÃO
Quem nunca já escutou comentários interessantes em provas de orientação.
Agora, sinceramente, quem nunca os fez que atire a primeira bússola!
Antes da prova:
Depois da prova:
“Tive um problema no joelho e não tenho treinado nada!”
“Ia fazer uma prova espetacular, mas perdi um tempão no
“Hoje vou devagar e aproveitar para fazer um treino!”
ponto 10!”
“Boa sorte!”
“Se não tivesse perdido aquele tempo todo no ponto 5, tinha
"Vai com calma, que se não pastares ganhas isto hoje"
zerado o percurso!”
"Isto hoje não é para mim, é só correr"
“Devo ter passado mesmo ao lado do ponto, mas não o vi!”
"Queres que espere por ti no triângulo?"
“Batia tudo certo, o caminho, a vedação… e afinal tinha saído
Durante a prova:
"Caracas, ainda nem cheguei ao primeiro ponto e já me
passaram!"
"Treta de cartógrafo... não percebe nada disto!"
“Viste o 103?”
“Vai, força!”
"Porra, até a bússola está contra mim... eu sei que não é
por aí!"
“0 64 está ali atrás!”
“Sabes onde estamos?”
“Deixa-me ver onde é este ponto!"
”&£#@$%!!!"
na direção oposta.”
“A partir do ponto 11 comecei a ter cãibras e arrastei-me até o
fim!”
"Se não fosse os 2 min que perdi para contornar as vacas,
ficava em primeiro!"
"Se hoje não estivesse chovendo, se não estivesse tanto sol,
se não fizesse um calor dos diabos, se não estivesse um frio
de rachar, se a lama não fosse tão espessa e se as pedras não
escorregassem tanto, se, se, se, ... e se o Huguinho, o Zezinho
e o Luizinho não tivessem vindo, eu tinha ganho com certeza!"
"Que #$&#$&# de mapa é este?"
"Este cara não desgruda!"
(Luís Sérgio)
"Até parecia que eu estava parado (depois de um nórdico
passar por mim a todo o vapor)"
Página
13
INFORMATIVO ORI MB
FILATELIA-O
1º DE AGOSTO: DIA NACIONAL DO SELO
O primeiro selo postal adesivo do mundo é de 6 de maio
de 1840, fabricado pelo correio inglês e chamado de Penny
Black (one penny black) porque criava entre outras inovações
a taxa única de 1 penny para cada correspondência, como
comprovante do pagamento antecipado, independente da
distância a percorrer.
O 2º selo emitido no mundo foi no Cantão de Zurique, Suíça,
apenas de circulação regional.
No dia 1º de agosto de 1843, foi emitido, o 3º selo do
mundo e entra em circulação a primeira emissão postal
brasileira, composta por três selos nos valores de 30, 60 e 90
réis, a famosa emissão Olhos de Boi, numa série de três
valores: 30 réis, com tiragem de 856.617 exemplares; 60 réis,
com tiragem de 1.335.865 exemplares; e 90 réis, com
341.125 exemplares.
O país deve o seu pioneirismo a Dom Pedro II que viu no selo inglês uma
conquista que marcaria de forma definitiva os correios do mundo. A ideia inicial era se
colocar a efígie do jovem imperador, Pedro II, o que foi recusado e considerado um
desrespeito. Decidiu-se então, simplesmente, desenhar os algarismos indicativos do
valor dos selos, em fundo neutro, sobre linhas onduladas e entrelaçadas, muito
semelhante aos olhos de um boi, denominação que ficou para sempre.
.
Página
14
INFORMATIVO ORI MB
O ORIENTISTA DE ALTO
RENDIMENTO
No informativo nº 8 publicado no mês de junho,
divulgamos o estudo de Kolb, Sobotka e Werner referente ao
atleta de Alto Rendimento, onde é analisada a performance
em orientação onde é atribuído o percentual de 46% à
componente de navegação e 56% à componente de corrida.
A seguir apresentamos um estudo enviado pelo Presidente da Confederação Brasileira
de Orientação (CBO) sobre o assunto:
O nosso estudo aponta que na prática um atleta de alto rendimento é 100%
preparação física e 100% preparação técnica.
Atleta é o indivíduo que deve desenvolver bem e em sincronia o seu todo, ou seja,
seus aspectos biopsicossociais, tarefa que é muito difícil e muitas vezes dolorosa.
Completando esta assertiva, Barreto (2003, p. 61) enfatiza que atleta, é um indivíduo
formado de um sistema biopsicológico de respostas cognitivas, emocionais, motoras e
comportamentais. Do ponto de vista holístico, resulta da interação de todas estas reações. A
sua eficiência psicológica dependerá da interação dessas respostas com sua
hereditariedade.
Como vimos o atleta é a soma de ações interligadas que reagem frente a um
estímulo ou um desafio. Em outras palavras, podemos dizer que é o indivíduo dotado de
aspectos que produzem um movimento, uma ação e/ou uma reação esportiva.
A prática do esporte orientação coloca o orientista na insegurança da partida para o
desconhecido, sendo necessário que este atleta identifique o problema, identifique a solução
para imediatamente agir, isto exige a memorização e possibilita no tempo seguinte, o
exercício do raciocínio de forma inconsciente. A prática deste esporte exige a fixação
continua do raciocínio, produzindo efeitos psicossomáticos que melhoram a performance
cerebral de forma gradativa, ocasionada inclusive pela maior oxigenação do cérebro no
momento de intensa movimentação corporal. Soma-se ao fato, que no momento esportivo e
lúdico a mente está "aberta", obtendo maiores benefícios bio-psico-sociais.
A participação nos eventos desenvolve a socialização, inclusão melhorando o
autoconceito.
A prática da Orientação além de melhorar o condicionamento físico desenvolve
atitudes como determinação, tomada de decisão, independência, perseverança,
promovendo autoconfiança e auto-estima, alem da estabilidade e equilíbrio emocional
característicos em atividades físicas e esportivas.
A pessoa indecisa permanece na dúvida, na ansiedade, na angústia.
A indecisão acumula problemas, preocupações e agressões. A história humana é
feita de decisões. Para decidir é preciso saber renunciar, saber perder vantagem e valores
para ganhar outros. As pessoas indecisas são vítimas de doenças nervosas, gástricas e
problemas de pele.
Para que o orientista tenha acesso a estes benefícios biológicos e principalmente
psicológicos deve ser instrumentalizado a extrair do plano mapeado uma paisagem mental
do que espera encontrar a sua frente e a medida que se desloca deve encontrar uma
paisagem real semelhante. A medida que ocorrer um conflito entre a paisagem mental e a
real reajusta seu projeto e aumenta a intensidade da corrida.
A possibilidade de o indivíduo adaptado a natureza sentir-se mais seguro ao
alcançar cada objetivo desenvolve a confiança, o conhecimento de si próprio e o
crescimento como ser humano.
Matéria enviada pelo Sr. Otávio Dornelles – Presidente da CBO.
Agradecemos a participação e a gentileza.
Página
15
INFORMATIVO ORI MB
VANT, UMA AMEAÇA À
FOTOGRAMETRIA?
NÃO, DEFINITIVAMENTE
Valther Xavier Aguiar
Não. Definitivamente não! Ultimamente tenho justificado esta resposta diversas vezes. Numa das últimas feiras
em que estive, ao comentar essa resposta com um amigo, fui questionado porque os “fotogrametristas” e as empresas
de aerolevantamento pouco têm se pronunciado publicamente a respeito dos VANTs. Após este momento decidi que
deveria redigir algo sobre o assunto. Antes preciso esclarecer que, embora usual, a pergunta-título deste artigo está
propositalmente mal formulada, pois VANT é o veículo e Fotogrametria é a técnica utilizada, portanto, não há como um
ameaçar o outro. Talvez chamasse menos atenção, mas, tecnicamente, o melhor título seria: A Fotogrametria obtida
com o uso do VANT é uma ameaça à Fotogrametria Tradicional? Neste caso, minha resposta ainda seria: não, ou
melhor, Não ainda!
O mapeamento que se tem feito com VANT nada mais é que a pura fotogrametria – seja ela de médio, pequeno
ou, mais frequente ainda, a de “micro” ou muito pequeno formato. O que estamos presenciando nada mais é que a
evolução tecnológica associada à miniaturização. A aerofotogrametria continua muito ativa e presente no palco das
discussões desde o início do século 19, quando ela surgiu. Nestes quase duzentos anos de existência ela vem
constantemente sendo posta à prova e, em todas estas vezes, tem se mostrado a melhor ferramenta de mapeamento
já inventada. A fotogrametria teve seu primeiro grande impulso quando foi instalada a bordo de balões e, desde então,
vem sendo utilizada em diversas e distintas plataformas: aeronaves, satélites, submarinos, veículos espaciais e
terrestres, entre outros. A palestra de abertura da 54ª Semana Fotogramétrica, na Alemanha em setembro de 2013, foi
proferida pela Mercedes-Benz. Dois de seus mais sofisticados modelos de automóveis já possuem fotogrametria
embarcada, e é uma importante aliada à direção assistida, aumentando muito a segurança ao dirigir. Agora, está
chegando a vez de a fotogrametria estar “comercialmente” a bordo de aeronaves não tripuladas.
RPAS de uso militar pesando 15 gramas (Prox Dynamics)
RPAS que pesa 15 toneladas (Northrop Grumman).
Drone, ROA, RPA, UAS, UAV, UVS, VARP e outras siglas têm sido usadas como sinônimos de VANT – Veículo
Aéreo Não Tripulado. A sigla RPAS, do inglês Remotely Piloted Aircraft Systems, atualmente tem sido a preferida
pela comunidade. No português a sigla permanece, mas sua leitura é Sistemas de Aeronaves Remotamente
Pilotadas.
Assim como a aerofotogrametria, os RPAS curiosamente também existem há muito tempo. Sua existência está
registrada na história da aviação desde a segunda década do século passado; entretanto, até então, os RPAS tiveram
pouca utilização e em nichos muito específicos. Devido ao estágio de evolução e popularização, neste momento eles
estão causando uma revolução na indústria aeronáutica.
Existem hoje muitos RPAS à disposição; variam em forma, tipo e tamanho. Quanto ao peso, podem variar de
alguns gramas até várias toneladas e com diferentes capacidades de carga – conhecida como payload. O custo pode
variar de algumas dezenas até milhões de dólares.
O rol de aplicações é também muito extenso. No âmbito da fotogrametria ou mapeamento, a grande maioria dos
RPAS utilizados possui payload que varia de meio quilo a não mais que quarenta quilos, sejam eles de asas fixas (o
mais comum), rotativas, ou de outros tipos.
Página
16
INFORMATIVO ORI MB
RPAS Swiss Drones com payload de 35 kg e sensor LEICA
RCD30 de médio formato.
Desde que surgiram, as câmaras aéreas vêm sendo
constantemente aprimoradas. Hoje o estado-da-arte em
sensores aerofotogramétricos é representado pelos de
grande formato como o ADS, DMC e UltraCam, que
contam com inúmeros recursos tecnológicos, mas pesam
muito mais de cem quilos e têm necessidade de energia
superior a cinquenta amperes, energia suficiente para
alimentar uma residência de 150 metros quadrados.
Os RPAS com este payload e esta capacidade de
geração de energia têm hoje um custo extremamente
elevado, e levará ainda algum tempo para que tenham
preços competitivos quando comparados com as
aeronaves atualmente utilizadas nas aplicações
fotogramétricas de grande porte. Entretanto, não existe
nenhuma restrição tecnológica para que os melhores
sensores aerofotogramétricos – os de grande formato –
sejam operados em plataformas aéreas remotamente
pilotadas.
Sua pouca ou quase nula utilização é
principalmente por fatores econômicos e pelos grandes
riscos ainda envolvidos nestas operações.
Assim como o Google, que vem dando sua enorme contribuição, os RPAS também estão popularizando e
deixando a fotogrametria ainda mais conhecida e acessível, muito embora não sejam todos que associem, ou mesmo
saibam, que por trás de todo RPAS de mapeamento fotográfico está a fotogrametria, ainda que miniaturizada. Já é
possível adquirir um pequeno RPAS “fotogramétrico” pela Internet e com entrega domiciliar. Alguns acreditam que, em
um futuro não muito distante, essa entrega também será feita por um RPAS.
Esses pequenos sistemas possuem muita tecnologia embarcada, tal como GPS, rádio, sistema inercial, câmara
digital, controle por smartphone, etc. Mesmo no caso de sistemas mais específicos, a miniaturização e consequente
simplificação dos sensores e periféricos para que possam estar embarcados em um RPA, fazem o usuário do
mapeamento com RPAS ter de conviver com problemas há muito tempo esquecidos pelos fotogrametristas. Entre eles
são comuns: grande distorção radial, deformações provocadas pelo relevo, excessivo número de modelos
estereoscópicos e pontos de controle, baixa resolução radiométrica, etc.
Os RPAS, além de atualmente caros e frágeis, possuem vida útil muito curta quando comparada às aeronaves
tripuladas em uso. Eles possuem como limite seguro um baixo número de pousos e decolagens – este número é
especificado pelo fabricante e é quase sempre inferior a duzentos. Além dessas restrições aos pequenos RPAS existe
ainda o curto alcance do controle à aeronave, incertezas e possíveis restrições na futura regulamentação, e a grande
dificuldade em se fazer seguro contra perdas e danos para a aeronave e os equipamentos embarcados. Raros são os
envolvidos com o tema que nunca tiveram conhecimento ou experiência com quedas e acidentes envolvendo os RPAS.
Isso tudo explica porque os “tradicionais” fotogrametristas não são todos muitos simpáticos ou receptivos a esta ideia.
Pode-se dizer, com segurança, que o mapeamento
realizado com o emprego de sensores de “micro” formato
será quase sempre inferior em qualidade e precisão ao
realizado por sensores de pequeno formato e, este,
inferior ao de médio formato e, ainda, inferior ao realizado
com o emprego de sensores de grande formato. Precisão
e qualidade dependem do sensor e da técnica empregada
e não do fato deste sensor estar embarcado numa
tripulada ou não tripulada aeronave. Alguns potenciais
usuários do mapeamento com RPAS se mostraram
decepcionados com os resultados obtidos. Os principais
motivos foram a pouca experiência em fotogrametria dos
executantes; e a grande, ou por vezes descabida,
expectativa gerada pela própria indústria, mercado e
imprensa. Não há como comparar o produto obtido por um
sensor digital de grande formato, desenvolvido
especificamente para mapeamento aerofotogramétrico e
RPAS SIMEPAR / ESTEIO com payload de 2 kg e sensor de
custo superior a um milhão de dólares, com o produto
pequeno formato.
obtido por uma câmara fotográfica digital comum ou genérica que custa somente algumas dezenas de dólares.
Resguardando as devidas proporções, é como comparar um Rolls-Royce ao bom e velho Fusca: ambos são carros e
possuem quatro rodas, mas, além disso, poucas coisas a mais têm em comum. A UVS International tem publicado
anualmente o RPAS Global Perspective.
Página
17
INFORMATIVO ORI MB
Na atual edição, a 2013/14, a publicação apresenta um quadro com cerca de 1500 modelos de RPAS em
produção ou em desenvolvimento. Os Estados Unidos detêm a liderança com o expressivo número de 374 unidades,
seguidos pela Rússia com 106 e depois Israel com 96 distintos modelos. O Brasil figura em vigésimo primeiro lugar
neste rank de 54 países, com 16 exemplares. No quesito segurança e regulamentação tudo que os líderes fizerem
deverá ser, por princípio, seguido ou considerado pelos demais países. O Federal Aviation Administration – FAA tem-se
mostrado muito cauteloso e prudente na regulamentação desta atividade no espaço aéreo americano.
Distorção Radial em imagem obtida pela ESTEIO com RPAS e câmara de pequeno formato
em linha de transmissão da CEMIG
Na atual edição, a 2013/14, a
publicação apresenta um quadro com
cerca de 1500 modelos de RPAS em
produção ou em desenvolvimento.
Os Estados Unidos detêm a
liderança com o expressivo número
de 374 unidades, seguidos pela
Rússia com 106 e depois Israel com
96 distintos modelos.
O Brasil figura em vigésimo
primeiro lugar neste rank de 54
países, com 16 exemplares. No
quesito segurança e regulamentação
tudo que os líderes fizerem deverá
ser, por princípio, seguido ou
considerado pelos demais países.
O Federal Aviation Administration
– FAA tem-se mostrado muito
cauteloso
e
prudente
na
regulamentação desta atividade no
espaço aéreo americano.
A convivência entre aeronaves
pilotadas e remotamente pilotadas no
espaço aéreo está a caminho de ser
regulamentada.
Para o FAA a aviação é uma indústria global e por isso nenhuma nação deveria agir de forma totalmente
independente. Também afirma que, no futuro, certamente aeronaves tripuladas e não tripuladas irão compartilhar o
“mesmo” espaço aéreo.
O Brasil também vem trabalhando seriamente nesta regulamentação. Acredito que somente quando os RPAS
forem igualmente ou mais seguros que as aeronaves tripuladas, ou quando não ameaçarem a segurança de pessoas
ou outras aeronaves, é que a convivência entre ambos será totalmente harmônica e pacífica. Inúmeras são as
aplicações para os RPAS, sejam elas militares ou civis, de segurança, policiamento, monitoramento, vigilância,
transporte, observação, patrulha, agricultura, controle e combate a incêndios, busca e resgate, mapeamento, entre
muitas outras.
O uso comercial dos RPAS para mapeamento de alta precisão representa uma minúscula fatia deste universo de
atividades e, com certeza, não é a mais nobre das suas aplicações. Considero nobres aquelas aplicações onde o uso
dos RPAS, em substituição às aeronaves tripuladas, possa trazer menos riscos aos tripulantes, e cujo resultado
técnico, financeiro e operacional seja igual ou até mesmo melhor. Acompanhamento de obras, aplicação de defensivos
agrícolas, combate a incêndios, controles visuais repetitivos, inspeções de grandes estruturas e voos de
reconhecimento são alguns exemplos do que considero hoje nobres aplicações.
A fotogrametria realizada pelos atuais RPAS, quando estiver totalmente regulamentada, terá sim seu lugar no
mercado e também alguma superposição com os pequenos levantamentos aerofotogramétricos, topográficos e até os
satelitais; entretanto, não pode nem deve ser encarada como ameaça à fotogrametria tradicional ou de grande porte, e
sim complementar, porém, como tudo, em constante evolução.
A lei de Amara diz que “tendemos a superestimar o efeito de uma nova tecnologia em curto prazo e a subestimar o
seu efeito em longo prazo”. No mundo dos RPAS esta lei parece ser bem apropriada. É gigantesca a perspectiva de
mercado para os RPAS. O desenvolvimento e a evolução de sensores fotogramétricos específicos para este tipo de
aeronave trará importantes benefícios também à fotogrametria de maior porte. É extremamente difícil prever quando
ou, se de fato, os RPAS irão substituir as aeronaves pilotadas nas operações fotogramétricas de médio e grande porte;
entretanto, essa é a tendência. Resta aos entusiastas e fotogrametristas, simpatizantes ou não, acompanharem e
aguardarem o desenrolar desta deslumbrante e maravilhosa revolução.
Valther Xavier Aguiar é engenheiro cartógrafo, diretor técnico da empresa Esteio Engenharia e Aerolevantamentos S.A. e vicepresidente da ANEA – Associação Nacional das Empresas de Aerolevantamento. [email protected]
Página
18
INFORMATIVO ORI MB
RELEMBRANDO ORIENTAÇÃO
TÉCNICAS ELEMENTARES DE ORIENTAÇÃO III
ORIENTAÇÃO AO LONGO DE UMA REFERÊNCIA LINEAR (percurso com "corrimão")
Percursos com Uma Única Opção
Nas primeiras situações de realização de percursos em espaços mais amplos, que os atletas
desconhecem, devemos marcar percursos que garantam o sucesso dos atletas.
Assim,
os atletas são colocados em situações em que o percurso é realizado seguindo
elementos característicos significativos (estradas, caminhos, vedações, linhas de alta tensão, etc.) designados por
"corrimão". Começamos por marcar percursos em que os pontos de controle são colocados nos locais onde os atletas
devem realizar uma opção sobre o trajeto a realizar, como por exemplo em todos os cruzamentos de caminhos.
Percurso com Várias Opções
Neste "passo" os percursos são marcados de forma que os atletas realizam várias opções entre dois pontos de
controle, sendo que se mantém a características de se utilizarem as referências "corrimão" para atingir os pontos de
controle.
Localizar objetos próximos de referências lineares
Os atletas devem "descobrir” elementos característicos significativos (rochas, edifícios, árvores especiais, etc.),
colocados próximo de caminhos ou outros elementos característicos "corrimão" e visíveis destes.
REALIZAÇÃO DE PEQUENOS ATALHOS
Cortar Cantos
Neste "passo" os atletas realizam pequenos atalhos (até 100m), atravessando áreas abertas ou com visibilidade, de
um "corrimão" para outro.
Atalhos em direção a elementos que limitam o percurso.
A realização dos atalhos é feita em direção a elementos característicos importantes (estradas, caminhos, áreas
abertas, linhas de alta tensão, etc.), que estão colocados perpendicularmente à direção do deslocamento, constituindo
assim, como que barreiras que limitam o trajeto. (http://www.coc.pt/)
ORIENTAÇÃO E O POETA
“Não existirá um rio se antes não tiver duas margens para orientá-lo no seu percurso.”
(Raí Lopes)
Raimundo Antonio de Souza
Lopes – 57 anos, Poeta,
Professor e jornalista.
Mossoró - Rio Grande do
Norte – Brasil.
Agradecemos ao Poeta
pelas palavras e a gentileza
de colaborar com nosso
informativo.
Arte foi feita por Shimada Coelho – http://www.recantodasletras.com.br/frases/4682496
E-MAIL ENVIADO PELO RAIMUNDO ANTONIO PARA O REDATOR.
Boa noite, Rubens!
Li, atentamente, o Informativo de Orientação. Felicito-lhes pela estética e variedade dos assuntos abordados,
principalmente, por se tratar de um periódico voltado para um segmento de origem militar. Mesmo porque já fui militar
e sei o quanto é rígido e normativo o que lhe é exposto. e como professor e jornalista - as duas profissões que exerço
hoje em dia, posso lhe dizer que gostei do modelo empregado, da metodologia utilizada e do layout das páginas - e
como elas são distribuídas. Meus parabéns!
Cordialmente,
Página
Raimundo Antonio.
19
INFORMATIVO ORI MB
ORI-ANIVERSÁRIOS
Orientistas ADAAN / MB Aniversariantes
de Agosto/2014
27 - Felipe Lins Moisés
28 – SG Washington PUGLIESE dos Santos
A equipe ADAAN/MB deseja a todos um Feliz Aniversário
RESULTADO DA ENQUETE
1ª
2ª
3ª
AS TRÊS MATÉRIAS MAIS APRECIADAS
42% de indicações
Mapas: Artes & Sonhos
37% de indicações
Compass Art - A arte pela Bússola
21% de indicações
Orientrevistas
1ª
2ª
3ª
AS TRÊS MATÉRIAS MENOS APRECIADAS
56% de indicações
Orienteering Memes & etc
32% de indicações
Why men love orienteering?
12% de indicações
. Tattoo Orienteering
Agradecemos aos 218 amigos que colaboraram com o informativo
PRÓXIMOS EVENTOS
- Participação da Equipe Brasileira no WMOC de 24 a 30/08/2014 – Gussing, Austria.
- IV Etapa do COERJ: 17/08/2014 em Guapimirim, RJ
- II Etapa do Cambor: 21 a 24/08/2014 em Hidrolândia – GO.
O Informativo de
Orientação da Marinha do
Brasil
–INFORMATIVO ORI MB –
terá periodicidade mensal
e apresentará notícias
gerais sobre o Esporte
Orientação, sua
estruturação e evolução
na MB.
Este informativo e os
anteriores estão nos
sites:
www.forj.org.br e
http://www.mar.mil.br/cefan/
EDITORIAL
Editor-chefe: CMG (RM1-FN) Rubens da Igreja
Trabalhos Técnicos: 1º Ten (RM2-T) Ronaldo André
Trabalhos Administrativos: SO (RM1-FN) Roberto Andrade
Trabalhos de Tecnologia da Informação: 3º SG (FN-IF) Marcelo Malato
A Equipe do INFORMATIVO ORI MB agradece a atenção de todos e solicita ampla
divulgação das notícias aqui veiculadas.
A redação agradece o envio de matérias pelos interessados.
Contatos: tel. 21-21010926 – [email protected]

Documentos relacionados

INFO ORI 16 JUN

INFO ORI 16 JUN A 3º SG Letícia Saltori (da MB) venceu o longo na D21E, principal categoria do esporte, com o tempo de 1:17:19, a 3º SG Franciely (da FAB) ficou em segundo e a 3º SG Tânia (da MB) em terceiro. A 3º...

Leia mais

informativo ori mb

informativo ori mb ... Vou aproveitar e até aprender um pouco de história em Machu Pichu...

Leia mais

INFORMATIVO DE ORIENTACAO - N 18 2015

INFORMATIVO DE ORIENTACAO - N 18 2015 Os Jogos Mundiais Militares foram criados pelo Conselho Internacional de Esportes Militares (CISM), com o lema “Amizade através do esporte”. Desde 1948, a entidade, uma espécie de Comitê Olímpico I...

Leia mais