Confira a programação de cinema

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Confira a programação de cinema
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Mostra
de Cinema
23 a 27 de outubro
Toda a programacao e gratuita.
O Cineclube Metrópolis e o Auditório do Ic4
ficam no Campus de Goiabeiras da
Universidade Federal do Espírito Santo,
na Av. Fernando Ferrari, Jardim da Penha, Vitória.
Curadoria
Alexandre Curtiss
Daniela Zanetti
Realizacao
Cine Metropolis
Apoio
CDR
COMITÊ DE DEFESA
DA REVOLUÇÃO CUBANA
INTERNACIONALISTA DO
ESPÍRITO SANTO
Auditorio do IC IV
Latino Americano
Apresentacao
Sinopses
“Toda cinematografia necessita como base fundamental ter acesso a seu
mercado natural, ou seja, seu público. Nas atuais circunstâncias da
América Latina, este direito está sendo vedado às nossas cinematografias,
uma vez que nossos mercados são verdadeiros enclaves coloniais
manejados pelas grandes corporações transacionais norte-americanas que
dominam completamente quase a totalidade da distribuição e exibição”.
O trecho faz parte de um artigo do cineasta chileno Miguel Littin,
publicado na edição 121 da revista Cine Cubano, de 1988, e retrata uma
realidade bem conhecida em toda América Latina.
A mesma publicação cubana traz outro artigo, chamado “Cine
Latinoamericano: uma guerra necessária”, que aponta o isolamento, que
ainda prevalece entre os países que se estendem desde “el Río Bravo
hasta la Patagônia”, como sendo um dos entraves para a expansão do
cinema latino-americano e sua consolidação no mercado internacional.
Porém, além do distanciamento, também há a “grande influência”, ou,
parafraseando os antigos revolucionários mexicanos, o cinema da América
Latina parece viver sob a sombra da famosa sina “tão distante de Deus e
tão perto de Hollywood”. Uma situação que voltou a ser motivo de
questionamento nos anos recentes, quando, mal recuperado das energias
gastas nas lutas contra diversas ditaduras, o cinema latino-americano teve
que se ver diante de inflexíveis diretrizes do “mercado globalizado”, do
desmonte dos Estados e das políticas culturais.
Esse o cenário – sempre cheio de obstáculos – em que passou a atuar o
incerto cinema na América Latina. Mas, contra todas as correntes, a
produção de “nosotros y los hermanos” tem sabido reciclar buscas
identitárias e recapitular tradições, buscando manter uma perspectiva de
reencontro e diálogo com seu próprio público. Trata-se de um cinema que
se reinventa e que tem alcançando visibilidade internacional.
Esta mostra apresenta um pequeno panorama da produção fílmica da
América Latina. Além de reunir filmes de países de língua espanhola,
outro critério para a seleção das produções foi temático. Optou-se por
obras que trouxessem algum tipo de reflexão sobre aspectos sociais,
econômicos e políticos da realidade latino-americana, numa perspectiva
que vai do moderno ao contemporâneo.
programação
2ªfeira
23/10
3ªfeira
24/10
Montanha de Luz (Montaña de luz), de Guillermo Centeno
Cuba, 2005, cor, 53min
O documentário retrata missões médicas cubanas que lutam contra a fome, a falta de
assistência médica e pela preservação da vida na África, América Central e no Caribe.
Memórias do subdesenvolvimento (Memorias del subdesarrollo),
de Tomás Gutierrez Alea
Cuba, 1968, pb, 97min
Um clássico do cinema latino-americano, enfoca a Cuba revolucionária do início dos
anos 60, vista pelos olhos de Sérgio, um homem que aos 38 anos se descobre
deslocado dos eventos sociais que assiste e que mal compreende. Mistura de ficção
com documentário, um filme que trata dos dilemas de uma classe média indecisa,
que se vê confrontada por processos históricos radicais.
Pantaleão e as visitadoras (Pantaleón y las Visitadoras), de Francisco J. Lombardi
Peru, 1999, cor, 137min
Um militar disciplinado recebe uma missão inusitada: organizar uma equipe de
prostitutas para satisfazer as tropas instaladas em plena selva amazônica. Pantaleão
Pantoja (Salvador del Solar) é um capitão do exército peruano encarregado de uma
missão especial: levar um grupo de prostitutas através do rio Amazonas, de um
campo militar para outro, a fim de aliviar o sofrimento dos soldados, há um longo
tempo separados de suas mulheres. Mas quando Pantaleão se apaixona por
Colombiana (Angie Cepeda), uma das prostitutas, ele se vê entre seus desejos
individuais e a necessidade do cumprimento do dever.
A história oficial (La historia oficial), de Luis Puenzo
Argentina, 1985, cor, 113min
Na Argentina dos anos 80, Alicia e Roberto vivem tranquilamente com Gaby, filha
adotiva. O retorno dos exilados, após anos de ditadura, coloca Alicia em contato com
uma antiga amiga, recém chegada do exterior. Novas versões da história recente
começam a vir à tona, revelando inconcebíveis fatos levados a cabo pelo regime
militar argentino, e que atingem diretamente a acomodada vida de Alicia. Ganhador
de vários prêmios internacionais, A história oficial é um importante filme do cinema
político mundial.
Machuca (Machuca), de Andrés Wood
Chile/Espanha/Inglaterra/França, 2004, cor, 120min
Machuca é um menino pobre que consegue a chance de estudar em um dos colégios
mais elitistas de Santiago do Chile, por causa das políticas sociais levadas a cabo pelo
governo socialista de Allende. Apesar do ambiente inóspito, se torna amigo de
Gonzalo, sensível menino de classe média alta. O filme retrata a tortuosa amizade
entre crianças de classes sociais diferentes, em meio a um ambiente de crescente
radicalização política, onde fala mais alto a intolerância e a violência.
A febre do marisco (La fiebre del loco), de Andrés Wood
Chile/México/Espanha, 2001, cor, 97min
Estamos no Chile em pleno inverno, quando o governo libera por alguns dias a
pesca de um pequeno molusco chamado El Loco. Esse animal, que vive em uma
concha, é um poderoso afrodisíaco e seu valor comercial é altíssimo. O pequeno
povoado a beira mar de Puerto Gala é invadido por pescadores e prostitutas. Todos
pensam apenas em ganhar muito dinheiro com as conchas que são exportadas a
preço de ouro para o Japão.
Morango e Chocolate (Fresa y chocolate), de Tomás Gutierrez Alea
e Juan Carlos Tabío
Cuba/Espanha/México, 1994, cor, 105min
O filme aborda temas como tolerância e discriminação, por meio da história de David,
um jovem universitário e militante comunista que vive em Havana, Cuba. David
conhece Diego, um professor homossexual, e entre os dois nasce uma forte amizade
que enfrentará os preconceitos da sociedade.
Guantanamera (Guantanamera), de Tomás Gutierrez Alea e Juan Carlos Tabío
Cuba/Alemanha/Espanha, 1996, cor, 101min
Comédia que se passa em Cuba, quando uma grave crise de combustível se abate
sobre a ilha. O transporte de defuntos se torna um problema, e Afonso (Carlos Cruz),
na tentativa de recuperar seu prestígio, formula um intrincado plano para resolver a
situação. Com uma morte inesperada em sua família, Afonso inaugura o novo sistema
de transporte funerário, levando o corpo de Guantanamo até Havana em uma
peregrinação com situações tanto cômicas como absurdas.
4ªfeira
25/10
5ªfeira
26/10
6ªfeira
27/10
12h Cine Metrópolis
19h Auditório do IC4
Abertura
Montanhas de Luz
Memórias
do subdesenvolvimento
Debate
Pantaleão e
as visitadoras
A história oficial
Machuca
Debate
Febre do marisco
Morango e
Chocolate
Guantanamera

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