ATA 2 - Câmara Municipal de Campo Maior
Transcrição
ATA 2 - Câmara Municipal de Campo Maior
1 ATA 2 ----------------------------------------Ata da segunda sessão Ordinária Pública da Assembleia Municipal, realizada aos trinta dias do mês de Abril do ano de dois mil e treze.-------Aos trinta dias do mês de abril do ano de dois mil e treze, nesta Vila de Campo Maior e Salão Nobre dos Paços do Concelho, sob a Presidência do Senhor Rui Manuel Gonçalves Pingo, realizou-se a segunda Sessão Ordinária da Assembleia Municipal. ----------------Assinaram a lista de presenças, para além do Presidente da Assembleia Municipal Rui Manuel Gonçalves Pingo, Júlia Delfina Costa Pereira Galego, Paulo Manuel dos Santos Pereira Estadão, João Carlos Nora Golaio, Pedro José Martins Murcela, Estela Sofia Muacho Boquinhas, Anabela Lopes Carrilho Soutino, João Luís Lopes da Encarnação, João dos Santos Freitas Rosinha, Filipa de Fátima Canané Sarrato, António João Borrega Gonçalves, João Marciano Azinhais Muacho, José Manuel Meira Soutino, Jorge Manuel Gama Grifo, Luís Jorge Gaminha Nunes, Florival Martins Durão Cirílo, Ana Paula Belchior Jangita e Zélia Maria Carlos Martins. -----------------------------------------------------Foi aberta a Sessão, pelo Senhor Presidente da Assembleia Municipal, eram dezoito horas e trinta minutos, entrando-se de imediato no período de Intervenção dos Munícipes. ------------------INTERVENÇÃO DOS MUNÍCIPES: -------------------------------------No período de intervenção aberto ao Público (artigo 36º do 2 Regimento desta Assembleia), inscreverem-se os senhores Francisco Galego e Tiago Veríssimo. ------------------------------------O Senhor Francisco Galego usou da palavra e disse que em 28/02/2012 tinha sido feito uma proposta referente a possibilidade de atribuírem à Biblioteca Municipal de Campo Maior o nome de Biblioteca Municipal João Dubraz e que até à presente data, ainda não tinha obtido qualquer resposta. -----------Disse também, que tinha sido apresentada uma proposta pela deputada municipal Júlia Galego para a classificação da Fonte de S. Pedro, Fonte Nova, Fonte do Largo do Barata, Fonte da Praça Velha, Fonte de S. Francisco, a atual fonte dos Cantos de Baixo, a da Abertura e a Fonte das Negras, a Fonte Santa ou de Nossa Senhora da Graça em Ouguela e a Fonte da Azinhaga e a Fonte dos Amores em Degolados, como imóveis de interesse municipal e até à presente data desconhecia o que teria sido feito. ---------------A senhora vereadora Isabel Raminhas usou da palavra com a devida autorização do senhor presidente da assembleia municipal e informou o senhor Francisco Galego que relativamente à Biblioteca Municipal, a mesma estava a ser alvo de algumas obras, uma vez que tinha sido assinado um contrato de comodato do espólio literário de José Manuel Capêlo com este município, e que estava a aguardar para que o mesmo fosse colocado numa sala da biblioteca, para posterior inauguração e então ir-se-ia atribuir o nome de Biblioteca “João Dubraz”. --------------------------O senhor vereador Sérgio Bicho usou da palavra com a devida 3 autorização do senhor presidente da assembleia municipal e informou o senhor Francisco Galego que no que refere às fontes do concelho de Campo Maior, o trabalho está a ser executado pela arquiteta Ana Isabel, nomeadamente já estão registadas e classificadas, aguardando que as mesmas venham a ser candidatadas. Disse também que este assunto já tinha sido aprovado em reunião do executivo municipal. ------------------------O senhor Tiago Veríssimo usou da palavra e voltou mais uma vez a fazer sentir a falta de segurança que se vive em Campo Maior, sugerindo à assembleia municipal como órgão máximo do concelho que proceda à criação de um grupo restrito, para que o mesmo possa ser recebido no Tribunal de Elvas, com o objetivo de expor o problema da insegurança. ------------------------------------- ~ -O senhor presidente da assembleia usou da palavra e informou o senhor Tiago Veríssimo que concordava com a sugestão por ele apresentada e que, se os deputados municipais assim, entendessem iria pedir ao presidente da câmara que marcasse uma reunião extraordinária do Conselho Municipal de Segurança. -O deputado municipal António João Gonçalves usou da palavra e começou por destacar as melhores condições de trabalho existentes na sala das sessões e que era sua intenção voltar a falar do assunto da insegurança, porque o problema contínua, relatando uma situação que se tinha passado no domingo à tarde e que ele teria sido uma testemunha ocular, dizendo que em frente à sua porta encontrava-se roupa num estendal e que um 4 indivíduo de etnia cigana levava um pau nas mãos e começou por roubar um blusão que se encontrava nesse estendal e que no ribeirinho onde ele tem um terreno, encontrou um buraco na rede não lhe faltando nada, pois entende que esses indivíduos entravam para o terreno para depois poderem entrar nos quintais dos seus vizinhos. Manifestou ainda, o seu acordo para a criação de uma comissão saída desta assembleia municipal para se deslocar ao Tribunal de Elvas, com o objetivo de expor o problema da insegurança que se vive em Campo Maior. -------------------------O deputado municipal Pedro Murcela usou da palavra e disse que este assunto interessa a todos e que também concorda com a criação de um grupo, informando ainda, que há pouco tempo o grupo do PS reuniu com a GNR para falarem, sobre a segurança facto que foi comunicado a esta Assembleia. --------------------------O deputado municipal Luís Nunes usou da palavra e disse que o Grupo de Cidadão “A Nossa Terra Campo Maior” também concordava com a criação do grupo, tendo em vista a minimização do problema. ------------------------------------------------O senhor presidente da câmara usou da palavra e disse que tinham sido colocados em Campo Maior estagiários da GNR para reforço do efetivo.-----------------------------------------------------------PERÍODO ANTES DA ORDEM DO DIA:-------------------------------No período Antes da Ordem do Dia, o Senhor Presidente da Assembleia começou por saudar todos os Senhores Vogais e deu conhecimento do expediente. --------------------------------------------- 5 -O Senhor Presidente da Assembleia perguntou aos Senhores Vogais se alguém se queria inscrever para discussão, neste período, tendo-se inscrito os deputados municipais Jorge Grifo, Pedro Murcela, Júlia Galego, João Rosinha, Anabela Soutino e António João Gonçalves. --------------------------------------------------O deputado municipal Jorge Grifo usou da palavra e começou por proceder à leitura de um documento referente ao acórdão do Tribunal de Contas (11-12-2012) sobre a questão das piscinas da Fonte Nova, que passo a transcrever:-“ De acordo com o artigo 31º do Regimento desta Assembleia, e referido concretamente à sua alínea c), O Grupo Municipal do Partido Socialista traz à apreciação desta Assembleia o seguinte assunto por o considerar de eminente interesse local. ----------------------------------------------Assunto: O acórdão do Tribunal de Contas (11-12-2012) sobre a questão das piscinas da Fonte Nova: ----------------------I – Os factos: ---------------------------------------------------------------Da análise que o Tribunal de Contas fez dos factos que estiveram na origem do processo de construção do complexo de piscinas da Fonte Nova destacamos: --------------------------------------------------Maio de 2006 – decisão de criar a empresa municipal CampoMayor XXI, aprovados os estatutos e o contrato-programa; -Julho de 2006 – Criação da empresa municipal CampoMayor XXI; contrato programa entre a Câmara Municipal e a empresa, prevendo transferências anuais, da primeira para a segunda, durante 20 anos, num total de 11.733.493,11€; ---------------------- 6 -14 de agosto de 2006 - Publicação de um anúncio de procedimento no Diário de Notícias com a finalidade de selecionar o parceiro privado para a constituição da sociedade anónima de capitais minoritariamente públicos; Proposto um montante de 3.450.000€ para a construção das piscinas; ---------------------------28 de dezembro de 2006 – constituída a Campiscinas; -------------A empresa municipal CampoMayor XXI com 49% do capital e os parceiros privados com 51%; ---------------------------------------------Rendas ajustadas no contrato-promessa de arrendamento – da Campiscinas à CampoMayor XXI – pelo prazo de 20 anos, num total de 8.592.000€; -------------------------------------------------------Os parceiros privados são responsáveis pela conceção, construção e fiscalização da construção das piscinas e pela gestão do financiamento. ----------------------------------------------------------26 de janeiro de 2007 – substituição do contrato-promessa de arrendamento por um contrato-promessa de cessão da exploração -A Campiscinas promete conceder à CampoMayor XXI a exploração das piscinas pelo prazo de 20 anos, mediante pagamentos previsto num total de 8.592.000€; -----------------------14 de fevereiro de 2007 - a Câmara Municipal de Campo Maior adquiriu um prédio no valor de 374.099€, com recurso a empréstimo bancário; -----------------------------------------------------29 de março de 2007 – firmado o contrato de empreitada entre a Campiscinas e a empresa MRG (sua sócia privada), no valor 3.450.000€, acrescido de IVA;-------------------------------------------- 7 -18 de abril de 2007 – a Câmara Municipal de Campo Maior aprova uma carta-conforto que suporta um contrato de empréstimo celebrado entre a Campiscinas e a Caixa Geral de Depósitos; -------------------------------------------------------------------18 de outubro de 2007: --------------------------------------------------é constituído o direito de superfície sobre os terrenos a favor da Campiscinas, pelo prazo de 20 anos, tendo esta pago 175.000€ ---celebrados dois contratos de empréstimo entre a Campiscinas e a Caixa Geral de Depósitos: ----------------------------------------------um de 250.000€ para suprir necessidades de tesouraria; ---------outro até 4.250.000€ - abertura de crédito por 20 anos, destinado à aquisição do direito de superfície e à construção das piscinas; ---------------------------------------------------------------------Como garantia é hipotecado o direito de superfície da Campiscinas a favor da Caixa Geral de Depósitos. -------------------28 de junho de 2009 – Inauguração e encerramento do complexo das piscinas; ----------------------------------------------------------------6 de abril de 2011 – a Câmara Municipal autorizou a CampoMayor XXI a celebrar com a Campiscinas um novo contrato de cessão da exploração, cuja minuta foi enviada ao Tribunal de Contas para fiscalização prévia”. --------------------------A deputada municipal Júlia Galego usou da palavra e procedeu à leitura de um documento também referente ao Acórdão do Tribunal de Contas (11-12-2012) sobre a questão das piscinas da Fonte Nova, que passo a transcrever:-“De acordo com o artigo 31º 8 do Regimento desta Assembleia, e referido concretamente à sua alínea c), O Grupo Municipal do Partido Socialista traz à apreciação desta Assembleia o seguinte assunto por o considerar de eminente interesse local. ----------------------------------------------Assunto: O acórdão do Tribunal de Contas (11-12-2012) sobre a questão das piscinas da Fonte Nova: ------------------------------II– Fundamentação e decisão: ------------------------------------------O Tribunal de Contas não se pronunciou somente sobre a minuta, mas sobre todo o processo que envolveu a construção das piscinas e que, resumidamente, antes apresentámos. ----------No que respeita à decisão do Tribunal de Contas, ela incide sobre seis pontos, fundamentando-se a sua apreciação na legislação aplicável a cada caso. Resume-se, a seguir, a apreciação que o Tribunal de Contas proferiu sobre cada um dos pontos: -------------A decisão de constituição de parceria público-privada institucional e sua fundamentação: ----------------------------------Não existe, no processo, uma fundamentação consistente, baseada em estudos e na ponderação dos custos e dos benefícios, de lançar um procedimento de formação de uma PPPI; tudo o que há são afirmações genéricas, sem demonstração; ---------------------Não existe qualquer evidência documental que permita elucidar a forma como foram repartidos os riscos entre os parceiros público e privados; ---------------------------------------------------------Em conclusão: “Deficientíssima fundamentação pois, para a complexidade e dimensão do processo, desadequada 9 avaliação das capacidades financeiras disponíveis e com tão negativos resultados, sobre os quais este Tribunal não pode deixar de formular um claro juízo desaprovador”. -------A constituição do direito de superfície sobre o terreno: --------A constituição do direito de superfície a favor da sociedade a criar no âmbito da PPPI não constava nos documentos de procedimento que lhe deu origem; ---------------------------------------Não tendo sido publicitado, não foi assegurada a informação sobre um aspeto fundamental do negócio aos potenciais interessados; ----------------------------------------------------------------Na decisão do Tribunal de Contas, o procedimento não foi considerado equitativo, transparente e concorrencial e os documentos do concurso padecem de uma grave falta de rigor. ----O recurso ao financiamento externo através da parceria: ------A responsabilidade pelo risco, no que respeita ao financiamento, foi toda assumida pelo parceiro público, sobretudo pela Câmara Municipal, através da carta-conforto, e dos montantes que se comprometeu a pagar mensal e anualmente ao longo de 20 anos e que depois passou para 30 anos, na minuta de abril de 2011. -----“Em conclusão, pese embora o quadro legal aplicável e o quadro contratual estabelecido, efetivamente os parceiros privados da parceria nada pagaram e nenhum risco correram.” “Assim, o procedimento, neste concreto domínio também não foi equitativo, transparente e concorrencial.” “E acrescente-se: os parceiros privados não só não incorreram em qualquer risco no que respeita 10 ao financiamento, como também (…) em matéria de exploração”. ----A cedência da exploração do complexo das piscinas: ------------Nos estatutos aprovados e que acompanham a escritura de constituição da Campiscinas, diz-se no artigo 3º que o objeto da sociedade consiste na implementação, construção e manutenção de infra-estruturas e de equipamentos sociais, desportivos e de lazer e prestação de serviços relacionados com a atividade. --------------------------------------------------------------------Constituiu uma alteração estabelecido para a relevante formação dos do quadro contratos inicial atribuir à Campiscinas a exploração das piscinas; --------------------------------“Assim, o procedimento, neste concreto domínio também não foi equitativo, transparente e concorrencial.” -------------------------“Mas a questão deve ser ainda vista noutra perspetiva: acontece que a Campiscinas pretende transmitir à CampoMayor a exploração das piscinas, que estava excluída do objeto do procedimento de formação do contrato de sociedade que lhe deu origem e ficou também excluída do objeto da sociedade depois constituída.” -----------------------------------------------------------------“Em linguagem corrente diga-se que pretende transmitir o que não tem.” --------------------------------------------------------------------------“Tendo em conta o disposto no artigo 44º nº 3 alínea a) da Lei da Organização e Processo do Tribunal de Contas, evidencia-se por isso um motivo legal claro – nulidade da transmissão pretendida – para recusar o visto à minuta contratual agora em 11 apreciação.”----------------------------------------------------------------O nível de publicitação feita no procedimento de formação de PPPI para executar uma obra pública mediante recurso ao financiamento através de entidade bancária: ----------------------Na construção das piscinas e sua posterior manutenção podiam ter sido adotadas, pelo Município de Campo Maior ou pela empresa municipal, soluções tradicionais de contratos de empreitada, de empréstimo para investimento de médio e longo prazo, bem como aquisição de serviços para manutenção dos equipamentos, sujeitas aos princípios e regras de contratação pública; ----------------------------------------------------------------------Pela solução adotada, o Município de Campo Maior não observou os princípios e regras fixados na Lei das Finanças Locais, em matéria de contração de empréstimos para a realização de investimentos; --------------------------------------------------------------“Sem ter procedido aos estudos e fundamentações necessárias ao lançamento de uma parceria público-privada – como acima se viu – colocou-se em posição de, indiretamente, poder contrair empréstimos e responder efetivamente por eles, sem observar o que dispõe a lei. Com os maus resultados que agora se veem e apesar dos esforços que tenta fazer de sanear a situação criada”. --O facto de a publicitação do procedimento de seleção da entidade privada para integrar a nova sociedade se ter feito através de um anúncio no Diário de Notícias, é particularmente grave, pois, face às entidades contratantes e aos valores envolvidos, deveria ter-se 12 feito a publicitação por via do Diário da República e do Jornal Oficial da União Europeia. ------------------------------------------------Foi, assim, restringido “o universo de potenciais interessados e concorrentes no procedimento de formação da PPPI em que se insere a minuta de contrato agora em apreciação.” --------------------“Não se observaram pois os princípios da transparência e da publicidade, da igualdade, da concorrência e da proporcionalidade”.------------------------------------------------------A minuta de contrato-promessa de cessão de posição contratual e de cessão de exploração do pavilhão multiusos e o exercício de competências de fiscalização prévia. --------------“Esta minuta relaciona-se estreitamente com um conjunto de instrumentos contratuais celebrados na sequência de um contrato de sociedade e do procedimento que lhe deu origem…” ---------------“o referido procedimento está ferido de várias ilegalidades que se transmitem aos contratos”. ------------------------------------------------“Tais ilegalidades prendem-se sobretudo com a violação de regras e princípios a observar nos procedimentos de formação de contratos públicos: transparência e publicidade, igualdade, concorrência, proporcionalidade, boa fé e estabilidade.” --------------“Tais violações têm impacto direto na definição do universo de potenciais interessados e concorrentes.” --------------------------------“Com o procedimento, envolvendo tais violações e tal impacto, produziu-se o resultado financeiro que os autos demonstram. Caso aquelas violações não tivessem ocorrido o resultado financeiro que 13 se teria obtido seria obviamente diferente.” (Valor da empreitada, 3.450.000€ acrescido de IVA, 8.675.000€ valor apresentado na minuta) -----------------------------------------------------------------------“… constitui fundamento de recusa do visto a desconformidade de atos, contratos e demais instrumentos sujeitos a fiscalização prévia com as leis em vigor que implique nulidade e/ou ilegalidade que altere ou possa alterar o respetivo resultado financeiro.” -------------“… a gravidade de violações contratadas no procedimento de formação da parceria é tal, que não é exagerado afirmar-se que tal alteração não se limita a ser uma possibilidade, estando-se mais no território das fortes probabilidades e das certezas.” ---------------Em consequência, O TRIBUNAL DE CONTAS RECUSA O VISTO DA MINUTA DO CONTRATO: ---------------------------------------------Acrescente-se o que, no Acórdão do Tribunal de Contas, a propósito da responsabilização pelas ilegalidades demonstradas, é claramente dito: “Relembre-se que o não envio de atos e contratos a fiscalização prévia configura uma infração suscetível de responsabilização financeira sancionatória que, no caso presente, não se manda investigar por se ter desde já em consideração os prazos prescricionais fixados na lei”. ----------------------------------------------------------------------O deputado municipal João Rosinha usou da palavra e procedeu ainda, à leitura de um documento ao Acórdão do Tribunal de Contas (11-12-2012) sobre a questão das piscinas da Fonte Nove, que passo a transcrever:-“ De acordo com o artigo 31º do 14 Regimento desta Assembleia, e referido concretamente à sua alínea c), O Grupo Municipal do Partido Socialista traz à apreciação desta Assembleia o seguinte assunto por o considerar de eminente interesse local. ----------------------------------------------Assunto: O acórdão do Tribunal de Conta: ------------------------III– Os protagonistas: ----------------------------------------------------O processo que envolve a construção do complexo de piscinas da Fonte Nova foi, em primeira instância, protagonizado pelo elenco camarário em funções entre Junho de 2006 e Outubro de 2009. --No entanto, analisando as atas da Câmara Municipal e das sociedades constituídas para a concretização do projeto, ali podemos encontrar os nomes que estiveram envolvidos no processo.---------------------------------------------------------------------CampoMayor XXI: -------------------------------------------------------Data Nomeação (Ata Câmara Municipal) Data Proposta/Aceitação (Ata CA - CMXXI) 21-06-2006 Constituição Presidente: Rui Manuel Gonçalves Pingo Vogal: Luis Jorge Gaminha Nunes Vogal: João Mário Ruivo Carrapiço 05-07-2006 Substituição de João Mário Ruivo Carrapiço por Ana Beatriz Terrinca Gaminha, no cargo de vogal 04-07-2007 26-06-2007 Substituição de Rui Manuel Gonçalves Pingo por Ana Beatriz Terrinca Gaminha, no cargo de Presidente, ficando Rui Pingo como Vogal Não Executivo 03-02-2010 12-02-2010 Exoneração de antigo CA e nomeação de novos corpos sociais: Presidente: João Manuel Vaqueiro Pingo 1º Vogal (Não Executivo): Pedro José Martins Murcela 01-02-2012 13-02-2012 2º Vogal: Maria Catarina Leão Canelas Lavadinho Substituição de Pedro José Martins Murcela por José Manuel Amaral Grisante, no cargo de 1º Vogal (Não Executivo) 15 Campiscinas: -----------------------------------------------------------------------------------Data Nomeação (Ata Assembleia Geral) Constituição Presidente: Rui Manuel Gonçalves Pingo Escritura de 29/12/2006 Vogal: José Eduardo Loureiro da Silva Vogal: Alda Cristina Esculcas Pereira Presidente: Pedro José Martins Murcela Ata nº 5 de 11/05/2010 Vogal: Marco António Ferreira Carreiro Vogal: José Manuel Barroso Albuquerque Gonçalves Presidente: Pedro José Martins Murcela Ata nº 6 de 26/11/2010 Vogal: Fernando Manuel Rodrigues Gouveia Vogal: José Manuel Barroso Albuquerque Gonçalves Presidente: Pedro José Martins Murcela Ata nº 8 de 25/03/2011 Vogal: Fernando Manuel Rodrigues Gouveia Vogal: José Eduardo Loureiro da Silva Obs. Conselho de Administração registado na Conservatória de Registo Comercial Ainda não registado por falta de documentação a enviar pela MRG Ainda não registado por falta de documentação a enviar pela MRG Ainda não registado por falta de documentação a enviar pela MRG É interessante verificar que um personagem se destaca quer nos corpos sociais da CampoMayor XXI, quer na Campiscinas: o atual presidente da Assembleia Municipal, que já entre 2006 e 2009 desempenhava as mesmas funções, Dr. Rui Manuel Gonçalves Pingo. Na CampoMayor XXI, foi sempre acompanhado no conselho de administração pelo membro desta Assembleia Luís Jorge Gaminha Nunes. ----------------------------------------------Seria talvez de esperar que os dois prestassem esclarecimentos sobre o que se passou e as conclusões do Acórdão do Tribunal de Contas, para esclarecimento não só desta Assembleia, mas de toda a população de Campo Maior. --------------------------------------Sobre a situação das piscinas, já tivemos oportunidade de fazer o historial deste conturbado processo na sessão de 29 de abril de 2011, por ocasião da sua entrada em pleno funcionamento, o que 16 ocorreu em 16 de abril desse ano. Relembramos, no entanto, a inauguração apressada no dia 28 de junho de 2009, poucos meses antes das eleições autárquicas, a contratação de 14 trabalhadores sem qualquer ocupação uma vez que as piscinas não chegaram a funcionar, só entrando efetivamente em atividade quase dois anos depois e, para isso, tendo sido necessárias obras de conservação e a concretização do processo de licenciamento. ---Curiosamente, os estatutos da CampoMayor XXI só foram publicados em Outubro de 2009, já no decorrer do presente mandato camarário. -------------------------------------------------------O deputado municipal Pedro Murcela usou da palavra e procedeu ainda, à leitura de um documento ao Acórdão do Tribunal de Contas (11-12-2012) sobre a questão das piscinas da Fonte Nove, que passo a transcrever:-“ De acordo com o artigo 31º do Regimento desta Assembleia, e referido concretamente à sua alínea c), O Grupo Municipal do Partido Socialista traz à apreciação desta Assembleia o seguinte assunto por o considerar de eminente interesse local. ----------------------------------------------Assunto: O acórdão do Tribunal de Contas (11-12-2012) sobre a questão das piscinas da Fonte Nova: -----------------------IV– Conclusões: -----------------------------------------------------------A recusa do visto e a demonstração das ilegalidades de todo o processo, põe termo ao modelo existente e coloca ao Município de Campo Maior a tarefa de encontrar uma solução para o problema, dentro do atual quadro legal. --------------------------------------------- 17 -Como se refere na ata da reunião da Câmara Municipal, do dia 16 de janeiro de 2013, “Esta solução sairá muito cara ao Município, que se constituirá como herdeiro último de todo o passivo que de forma irresponsável foi constituído a partir da decisão de construção do complexo de piscinas tomada em 2006, e sobre o qual não deixarão, em última análise, de recair as consequências do modelo ilegal seguido.” ------------------------------Em conclusão, o Grupo Municipal do Partido Socialista entende que: --------------------------------------------------------------------------1.----A decisão de construir o complexo de piscinas da Fonte Nova implicou um encargo financeiro para o qual era incerta a capacidade do município para poder honrar o seu compromisso; -2.Todo o processo se revelou ferido de ilegalidades; -----------------3.Os decisores usaram abusivamente de dinheiros públicos, que resultam dos impostos pagos por todos os portugueses; -----------4.Os decisores não cumpriram o dever de zelar pelo bem público, levando a cabo um projeto megalómano, insustentável do ponto de vista financeiro; --------------------------------------------------------5.Para se ter uma ideia do valor envolvido para solver esta dívida, cada um dos habitantes do concelho de Campo Maior, independentemente de condição ou idade, teria de dispor de uma verba de mais de 1000€. De qualquer modo, será isto que a situação gerada custará aos habitantes do município, implicando que isso acontecerá em prejuízo de outras necessidades provavelmente mais prementes e mais importantes para o seu 18 futuro como comunidade. -------------------------------------------------De todo este processo se pode acrescentar que: ---------------------a) - Independentemente dos procedimentos que eventualmente venham a ser concretizados a nível judicial e administrativo, devem ser realçadas as consequências políticas que resultam de uma gestão danosa dos dinheiros públicos; --------------------------b) - A irresponsabilidade dos autarcas implicados neste projeto não pode ser ignorada e deve ser amplamente denunciada junto da população; --------------------------------------------------------------c) - Não se pode escamotear que processos como este que, infelizmente, tiveram lugar em todos o país, contribuíram fortemente para a situação de crise da dívida pública portuguesa; d) - É de acentuar que as consequências destas irresponsabilidades, estão a afetar a vida dos portugueses, fazendo-se sentir a nível do desemprego, do aumento brutal dos impostos, da redução de salários dos funcionários públicos e das pensões dos reformados e pensionistas”. -------------------------------Por fim, o senhor deputado municipal Pedro Murcela disse ainda, para o público presente se era este o poder político que se quer para Campo Maior e para os Campomaiorenses. ---------------A deputada municipal Anabela Soutino usou da palavra procedeu à leitura de uma saudação, referente ao 25 de Abril, que passo a transcrever:-“ Saudação ----------------------------------------Numa altura em que, rodeados de circunstâncias preocupantes 19 que afligem a maioria da população deste nosso país, e porque os poetas continuam a ter o dom profético de, em poucas palavras, exprimirem os grandes sentimentos que afetam as nossas vidas, escolhemos para celebrar a passagem do 39º aniversário da Revolução dos Cravos, um poema de Manuel Alegre, escrito em 1994, intitulado “Vinte anos depois”, e que hoje continua a ser tristemente atual: ----------------------------------------------------------Vinte anos depois a história escreve-se ao contrário, ----------------Abril é uma data do avesso e os tanques, -----------------------------estão a voltar em marcha atrás a Santarém.--------------------------Se por acaso alguém dissesse É a Hora ----------------------------------verias que ao redor ninguém ninguém. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------Um caranguejo pôs-se a caminhar -------------------------------------um caranguejo dentro das palavras. -----------------------------------Vinte anos depois há um erro de calendário --------------------------alguém anda a querer virar a página -----------------------------------vinte anos depois a história escreve-se ao contrário. -----------------------------------------------------------------------------------------------Resistência? Que horror. Um arcaísmo. -------------------------------Não me venha com tretas neo-realistas --------------------------------agora estamos na Europa e não me diga ------------------------------que ainda há esquerdas e direitas. Por favor, -------------------------Agora só asséptico a jusante em termos de. --------------------------------------------------------------------------------------------------------- 20 -Vinte anos depois os cravos saem pela coronha ----------------------veja lá se se faz protagonista --------------------------------------------o que é preciso agora é implementar -----------------------------------no programa no projeto no vetor ----------------------------------------desafio e vertente é o que está a dar. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Vinte anos depois novos censores --------------------------------------alguns profundamente intelectuais-------------------------------------têm poetas para usar em confidência ----------------------------------alguns mortos são mortos outra vez -----------------------------------vinte anos depois quem manda é vosselência. -------------------------------------------------------------------------------------------------------Por mais incrível que pareça estamos todos -------------------------vinte anos depois a ser assassinados -----------------------------------devagar, devagar a cruz em cima ---------------------------------------enterrados aos poucos que é mais fundo ------------------------------vinte anos depois de Abril não rima. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Pela vírgula mal posta pela gralha --------------------------------------pelo vazio a distração a indiferença ------------------------------------por já não haver poema que nos valha ---------------------------------pela prosa que é quase uma doença -----------------------------------pela língua de trapos da canalha ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------pela pequena sacanice à portuguesa ----------------------------------- 21 -por silêncios de gatos amestrados --------------------------------------pelo buraco na memória e a esperteza. --------------------------------Por omissão. Por mais incrível que pareça ----------------------------estamos todos a ser assassinados. --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Devagar, devagar que é mais depressa”. ------------------------------O deputado municipal António João Gonçalves usou da palavra e disse que também tinha tido acesso ao documento do Tribunal de Contas e que humildemente reconhecia que tinha dificuldade para entender o que estava escrito, porque não era jurista nem economista, nem sequer nenhum suporte de apoio nestas duas áreas, mas reforçou que a posição tomada pela CDU, no início do processo, de que este negócio era ruinoso para Campo Maior, apesar de reconhecer que é uma grande infraestrutura. Disse ainda, se as acusações feitas se confirmarem, pensa haver uma situação muito grave, mas não quer julgar ninguém, aguardando a posição de quem está a ser acusado, para depois se fazer o juízo de valor.----------------------------------------------------------------------Para terminar apresentou uma saudação referente ao 25 de Abril, que passo a transcrever.”-Saudação – Para cumprir Abril é preciso realizar Maio -------------------------------------------------------Na conjuntura extraordinária difícil em que se comemora o dia do trabalhador, saudamos todos os trabalhadores que comemorando este ano, 39 anos do Dia do Trabalhador, comemorados em liberdade, enfrentam na atualidade, o maior 22 retrocesso civilizacional nos seus direitos após o derrube, em 1974, de 48 anos do regime fascista. -----------------------------------São 39 anos em liberdade, sem dúvida, contudo foram várias as décadas em que este mesmo dia foi de luta sem tréguas para que essa mesma liberdade e esses mesmos direitos fossem conquistados. Também nessa altura como hoje o poder dizia que não havia alternativa. Também muitos trabalhadores diziam que era difícil derrotar o fascismo e era, mas foi possível. Será sempre possível porque “quando o povo acorda é sempre cedo” como dizia o poeta. ----------------------------------------------------------------------Saudamos por isso todos os trabalhadores que no passado tomaram em suas mãos a luta pela liberdade, pela paz, pelo pão, pela habitação e pela saúde condignas. Saudamos os trabalhadores de hoje e de todos os tempos na certeza que será do seu esforço, do seu empenho e das suas conquistas coletivas que a sociedade será mais justa e mais fraterna. ---------------------Não será através da aceitação das declarações de boas intenções de qualquer maioria parlamentar que os trabalhadores verão resolvidos os seus problemas e os do Pais. Se assim fosse, os problemas estariam resolvidos há muito tempo e não estaríamos confrontados com a entrega ao grande capital de importantes setores públicos, tais como, o da energia, transportes, águas, saúde, ensino e os ataques à segurança social e direitos sociais. --Não será com o “Pacto de Agressão” assinado pela Troika portuguesa e a Troika estrangeira e das consequências da sua 23 concretização que se resolverá seja o que for a bem do povo e do pais seja o que for, como aliás é comprovado pelos indicadores conhecidos, avaliação após avaliação do memorando. ---------------Não será aprovando, alterações significativas à legislação de trabalho que alteram para bem pior os direitos dos trabalhadores, tão arduamente conquistados e que a Constituição da República consagrou.-------------------------------------------------------------------Travar a ofensiva e recuperar direitos é o caminho, neste e em todos os dias por isso dizemos: é preciso realizar Maio para cumprir Abril. ---------------------------------------------------------------É no caminho de Abril, aprofundado a Democracia, que se encontra a solução dos problemas e não o contrário. É a rejeição do Pacto de Agressão que torna possível travar o retrocesso, nos Direitos Liberdades e Garantias dos cidadãos e defender o direito ao trabalho, ao ensino, à saúde e a uma vida digna. -----------------Porque o dia 1º de Maio é dia de festa, mas também dia de luta pelo trabalho com direitos, saibamos honrar este dia consagrado aos trabalhadores, participando nas mais variadas frentes de luta, por uma sociedade mais justa. ------------------------------------Vivam os trabalhadores de todo o mundo.! ---------------------------Vivam os trabalhadores portugueses.!” --------------------------------O presidente da assembleia usou da palavra e disse que tinha dificuldade em se pronunciar sobre o recusa do visto do Tribunal de Contas, uma vez que não tinha conhecimento do pedido de visto do Tribunal de Contas que tinha sido feito pela 24 Campomayor XXI, Empresa Municipal, solicitando assim, que lhe fosse remetido cópia do referido pedido. --------------------------------O senhor presidente da assembleia municipal recorreu à cópia do Acórdão do Tribunal de Contas na posse do deputado Municipal António João Gonçalves, e leu a seguinte parte do ponto 18, da página 30: “… não haver, à data do procedimento, direito legislado nacional sobre parcerias público-privadas municipais…”. --------------------------------------------------------------O senhor deputado João Muacho usou da palavra e solicitou ao senhor presidente da assembleia municipal que procedesse à leitura integral do ponto 18 do Acórdão do Tribunal de Contas. ----Lido o ponto 18 do referido Acórdão que refere -“O facto de não haver, à data do procedimento, direito legislado nacional sobre as parcerias público-privadas municipais, não significa que na sua constituição e funcionamento não haja direito aplicável.” E segue explicitando: “Constituindo-se elas para assegurar, em regra, com o envolvimento de parceiros privados, o que tradicionalmente resultaria da celebração de contratos de empreitadas de obras públicas, de fornecimento de bens e serviços, de concessão de obras públicas ou de serviços e de recurso ao crédito, então subordinar-se-ão ao que legalmente se dispõe relativamente a estes, com as devidas adaptações exigidas pelo processo de constituição da parceria”. -------------------------------------------------Para terminar o senhor presidente da assembleia disse também, 25 que a situação económica/financeira em 2006, ano da criação da empresa municipal, não é comparável com a atual. ------------------O senhor vereador Sérgio Bicho usou da palavra com a devida autorização do presidente da assembleia e disse, que apesar de ser um bom equipamento para Campo Maior com um custo elevadíssimo, questionou, se o anterior executivo tivesse ganho as eleições autárquicas em 2009, com a carga financeira que tinha com o assumir de pagamentos à empresa municipal à volta de cinquenta mil euros/mês, o que perfaz em três anos e meio mais de dois milhões de euros, como conseguiria gerir a Câmara. -------O presidente da assembleia municipal disse que não lhe sabia responder a essa questão. ------------------------------------------------Por fim, o presidente da assembleia solicitou alguns documentos sobre as obras do Centro Escolar. ---------------------------------------O presidente da câmara usou da palavra com a devida autorização do presidente da assembleia e disse que estava descansado em relação à forma legal como tinha sido elaborado o concurso para a empreitada do Centro Escolar porque o mesmo tinha sido visado pelo Tribunal de Contas, entidade que fiscaliza as empreitadas. Disse ainda, que enviar-lhe-ia atempadamente todos os documentos solicitados, para ficar esclarecido. ------------Terminado o período de Antes da ordem do Dia passou-se de seguida à Ordem do Dia da presente sessão ordinária. --------------ORDEM DO DIA: ----------------------------------------------------------INFORMAÇÕES DO SENHOR PRESIDENTE DA CÂMARA, 26 ACERCA DA ATIVIDADE DO MUNICÍPIO E DA SITUAÇÃO FINANCEIRA: ---------------------------------------------------------------Apreciação das Informações em epígrafe.------------------------------O presidente da assembleia usou da palavra e fez algumas perguntas sobre a informação acerca da atividade do município, nomeadamente na ata da reunião de 20 de Março de 2013, sobre o assunto “Deliberado por maioria, aprovar o plano de trabalhos, cronograma financeiro e plano de pagamentos da empreitada de “Construção do Centro Escolar de Campo Maior”. --------------------O presidente da câmara usou da palavra e disse que se sentia feliz por em três anos de mandato ter elaborado o projeto do Centro Escolar, tê-lo candidatado e saber que o mesmo é financiado a 85% e por fim ter iniciado a referida obra, uma vez que quando chegou à câmara em 2009 a Carta Educativa era muito pouco ambiciosa, porque no seu entender os alunos devem ter acesso a equipamentos de excelência e condignos para a sua formação. --------------------------------------------------------------------A ASSEMBLEIA TOMOU CONHECIMENTO. --------------------------ATA DA SESSÃO ORDINÁRIA DO DIA 28/02/2013: --------------Apreciação da ata da sessão do dia 28/02/2013, para ser devidamente aprovada. ----------------------------------------------------O presidente da assembleia perguntou se alguém se queria inscrever neste ponto, tendo-se inscrito a deputada municipal Júlia Galego. ----------------------------------------------------------------A deputada municipal, Júlia Galego usou da palavra e disse que 27 uma ata deve refletir minimamente o que realmente se passou, não concordando com esta, uma vez que na página 25 está relatada uma situação que ninguém se lembra de ouvir na sessão da assembleia. O que consta como intervenção do presidente não corresponde ao que se passou, porque se limitou a fazer uma série de perguntas ao senhor presidente da Câmara e ao senhor Chefe da Divisão Administrativa e Financeira. ------------------------O presidente da assembleia disse, se não está correto o que ali está relatado, então diga o que querem que seja colocado, porque foi assim que foi dito. ------------------------------------------------------O senhor deputado municipal João Muacho disse ao senhor presidente da assembleia que o que a ata reflete na página 25 são afirmações do senhor presidente da assembleia, quando na verdade o que o senhor fez foi perguntas. Disse ainda que se o senhor presidente da assembleia tivesse consultado a ata, deste órgão, de Setembro de 2010, na qual se encontrava o quadro resumo da renegociação da divida junto da empresa Águas do Norte Alentejano, possivelmente não teria cometido erros nos valores a que passou para a ata.-----------------------------------------Por fim, entregou ao senhor presidente da assembleia cópia das páginas da ata da assembleia de Setembro de 2010, em que se encontrava o referido quadro, retiradas da página da internet da Câmara Municipal, em que se pode ler, que de uma divida inicial de 1.653.635,90 em 30 de Junho de 2010, ficou a Câmara de pagar € 793.094,98 e que foi anulado, após o acordo, o valor de € 28 860.540,92. ----------------------------------------------------------------O senhor presidente da assembleia disse que as cópias apresentadas ficariam apensas à ata. -----------------------------------A deputada municipal Júlia Galego reafirmou que a mesma não reflete o que foi dito, pelo que não iam aprovar a referida ata. ------A ASSEMBLEIA MUNICIPAL DELIBEROU, POR MAIORIA, COM VOTO DE QUALIDADE, NOS TERMOS DO NÚMERO 2 DO ARTIGO 89 DA LEI 169/99, DE 18 DE SETEMBRO, ALTERADA PELA LEI 5-A/2002, DE 11 DE JANEIRO, COM OITO VOTOS CONTRA DO PS, DUAS ABSTENÇÕES, SENDO UMA DA CDU E OUTRA DO GRUPO DE CIDADÃOS “A NOSSA TERRA CAMPO MAIOR”, ESTA ÚLTIMA POR NÃO TER ESTADO PRESENTE NA SESSÃO DO DIA 28/02/2013 E OITO VOTOS A FAVOR DO GRUPO DE CIDADÃOS “A NOSSA TERRA CAMPO MAIOR”, APROVAR A ATA DO DIA VINTE E OITO DE FEVEREIRO DO ANO DOIS MIL E TREZE. -------------------------------------------------------A DEPUTADA MUNICIPAL JÚLIA GALEGO USOU DA PALAVRA E DISSE QUE OS DEPUTADOS MUNICIPAIS DO PS TINHAM VOTADO CONTRA POR CONSIDERAREM QUE PÁGINA 25 DA ATA, ONDE O PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA INTERVEIO NÃO CORRESPONDE ÁQUILO QUE REALMENTE SE PASSOU. ----------RELATÓRIO DE ATIVIDADES DA COMISSÃO DE PROTEÇÃO DE CRIANÇAS E JOVENS DE CAMPO MAIOR: ----------------------Apreciação do Oficio da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Campo Maior remetendo cópia do relatório em epígrafe. 29 -O presidente da assembleia perguntou se alguém se queria inscrever neste ponto, tendo inscrito os deputados municipais, António João Gonçalves e Júlia Galego. --------------------------------O deputado municipal António João Gonçalves usou da palavra e apresentou uma declaração e voto, que passo a transcrever:Abril – mês da prevenção de maus tratos a crianças e jovens. -À semelhança do que acontece nos Estados Unidos da América há mais de trinta anos e mais recentemente em diversos países europeus maioritariamente na Europa de Leste, também Portugal começa a despertar para este grave problema da nossa sociedade. -Sendo a proteção das crianças responsabilidade de toda a sociedade, queremos aqui assinalar esta data para que não passe despercebida e consciencializar a nossa comunidade para a importância da prevenção dos maus tratos da infância, através do fortalecimento das famílias no sentido de uma parentalidade positiva e ainda do seu fundamental envolvimento comunitário. ---É preciso transmitir a toda a comunidade:-------------------------Que a criança, como todo o ser humano, é um Sujeito de Direitos e que cabe a todos nós proteger essa mesma criança, para que não seja vitima de qualquer tipo de situação que a coloque em perigo ou em risco. ---------------------------------------------------------É preciso incutir estes valores na comunidade, é preciso transmitir estes ensinamentos à família e a todos os educadores em geral. ---------------------------------------------------------------------Esperamos e desejamos que a Comissão de Proteção de Crianças 30 e Jovens em Risco de Campo Maior continue a desenvolver e a melhorar o seu trabalho, com o indispensável apoio da Câmara Municipal de Campo Maior, contribuindo assim para atingir os objetivos para que foi criada. ---------------------------------------------“Os adultos podem desprezar, detestar, amar ou venerar a criança, mas a nenhum adulto a criança pode ser indiferente. Não se pode ser indiferente nem à própria infância, nem à infância dos outros. O segredo do homem é a própria infância”. (João dos Santos)”. ---------------------------------------------------------A deputada municipal Júlia Galego usou da palavra e disse que após análise ao relatório apresentado, verificou que num dos quadros o escalão etário mais avançado é aquele em que existem mais casos, solicitando assim, uma explicação sobre o assunto. ---A senhora vereadora Isabel Raminhas usou da palavra e enquanto presidente da CPCJ de Campo Maior e procedeu a alguns esclarecimentos sobre o assunto, apesar de este relatório ser falado no abstrato. -----------------------------------------------------A ASSEMBLEIA MUNICIPAL TOMOU CONHECIMENTO. -----------PRESTAÇÕES DE CONTAS DO ANO 2012: -------------------------Apreciação dos documentos em epígrafe.------------------------------O presidente da assembleia perguntou ao senhor presidente da câmara se queria dizer alguma coisa sobre estes documentos. -----O presidente da Câmara usou da palavra e procedeu a uma análise, que passo a transcrever: ----------------------------------------Execução da receita 2012 – 54,00% (Projeto do Centro Escolar e 31 Variante); --------------------------------------------------------------------Execução da despesa 2012 – 49,50%; ---------------------------------Execução das GOP 2012 – 38,64%; ------------------------------------Execução do PPI 2012 – 21,16%; ---------------------------------------Execução das AMR 2012 – 66,32%; ------------------------------------Endividamento a longo prazo 2012 – 560.855,27; -------------------Endividamento a Curto Prazo 2012 – 1.254.591,99; ----------------Endividamento AdNA 2012 – 972.493,40;-----------------------------Resultado liquido do Exercício 2012 – 583.758,50. ------------------Disse ainda, que a divida a longo prazo diminui cerca de16%, a divida a curto prazo cerca de 1%, na globalidade a mesma diminuiu cerca de 6%. -----------------------------------------------------A ASSEMBLEIA MUNICIPAL, DELIBEROU POR MAIORIA, COM NOVE VOTOS A FAVOR, SENDO OITO DO PS E UM DA CDU, DUAS ABSTENÇÕES DO GRUPO DE CIDADÃOS “A NOSSA TERRA CAMPO MAIOR” E SETE VOTOS CONTRA DO GRUPO DE CIDADÃOS “A NOSSA TERRA CAMPO MAIOR”, APROVAR OS DOCUMENTOS DE PRESTAÇÃO DE CONTAS DO ANO 2012.------O senhor presidente da assembleia municipal usou da palavra e disse que tinha votado contra aos documentos de prestação de contas do ano dois mil e doze por considerar que o relatório de gestão não reflete a análise que o presidente da câmara tinha acabado de fazer e também porque em seu entender o mesmo encontra-se excessivamente detalhado em assuntos com muito pouca importância para Campo Maior. --------------------------------- 32 -O deputado municipal Jorge Grifo usou da palavra e apresentou uma declaração de voto, que passo a transcrever:-“ Prestação de Contas do Ano de 2012: ---------------------------------------------------Da análise do documento em apreço destacamos o seguinte: ------Os proveitos do exercício de 2012 atingiram um valor superior ao de 2011, sendo a diferença de 409.582,77€. No entanto, na parte relativa aos Fundos Estatais (Transferências e Subsídios Obtidos – Conta 74 do POCAL), o aumento registado é de 86.940,59€, o que significa que a diferença total se deve a um aumento dos proveitos noutras rubricas; -----------------------------------------------A dependência do Município relativamente aos Fundos Estatais diminui em termos relativos, passando de 63,91% em 2011, para 61,81% em 2012; apesar desta diminuição continua a ser evidente a grande dependência financeira do Município em relação ao exterior; ---------------------------------------------------------No que respeita à estrutura dos custos, continuam a ser as Remunerações e os Encargos Sociais a ter um peso relativo mais elevado, correspondendo a 43,4% do total (3.359.509,88€ num total de 7.736.390,86€). Comparando com o ano anterior, o valor total pouco difere, mas verifica-se uma redução do peso relativo, com menos 6,2%. ----------------------------------------------------------O Resultado Líquido do Exercício apresenta o valor de 583.758,50€, o que se afigura como resultado de uma gestão equilibrada, sobretudo atendendo às dificuldades que decorrem da crise económica e financeira; ----------------------------------------- 33 Destaque-se a atividade do Município em algumas áreas, visando a melhoria das condições de vida no concelho, a mobilidade, o apoio social, a animação cultural e desportiva; no entanto, consideramos que deve ser feita uma especial referência ao Projeto Campo Maior Solidário; ------------------------------------------Em 2012, a Execução Anual das Grandes Opções do Plano regista uma taxa anual de 38,64% - valor ligeiramente inferior ao de 2011; tratando-se de projetos plurianuais, estas variações são naturais e facilmente compreensíveis; ---------------------------------A taxa anual da Execução do Plano Plurianual de Investimentos acompanha a variação referida no ponto anterior: é mais baixa do que em 2011, apresentado o valor de 21,16%; ------------------------A taxa anual da Execução das Atividades mais Relevantes apresenta-se com o valor mais elevado (66,32%), superior ao do ano 2011 em 5,74%; Destacam-se os seguintes programas: 232 – Ação Social com uma taxa de execução de 73,83%; 245 – Resíduos Sólidos, com 94%; 251 – Cultura, com 63,54%; 252 – Desporto, Recreio e Lazer, com 95,39%; de notar que neste último programa, num total de 330.871,57€, 300.000€ corresponderam a transferências para funcionamento da empresa Campo Maior XXI; ---------------------------------------------------------------------------Como se comprova no ponto anterior, a manutenção em atividade do complexo das piscinas cobertas da Fonte Nova representou um esforço financeiro assinalável para o Município; --No que respeita à evolução do endividamento, continua a 34 verificar-se a diminuição da Dívida a Médio e Longo Prazo (15,9%); já no que concerne à Dívida a Curto Prazo, não se registou uma diminuição significativa (0,8%). No relatório, justificam-se estes resultados em função das restrições impostas pelo Poder Central e da consciencialização do executivo no cumprimento de objetivos visando uma gestão mais coerente e eficaz. A maior parte dívida a curto prazo, a que corresponde às Aguas do Norte Alentejano, está controlada devido ao acordo alcançado entre esta entidade e o Município; -------------------------Da análise efetuada aos documentos, o Grupo Municipal do Partido Socialista conclui que: -------------------------------------------Os documentos apresentados refletem a boa organização dos serviços e uma gestão responsável e transparente que permitem avaliar positivamente a situação financeira do Município;-----------Numa situação de grande dificuldade económica e financeira, a qual se tem agravado a cada ano, é louvável o esforço desenvolvido para concretizar uma gestão rigorosa, equilibrada e disciplinada, estabelecendo prioridades no sentido de melhorar a qualidade de vida no concelho e de apoiar os mais carenciados; ---Por esta ordem de razões, o Grupo Municipal do Partido Socialista votou favoravelmente o Documento de Prestação de Contas do ano dois mil e doze”. ------------------------------------------7ª MODIFICAÇÃO AOS DOCUMENTOS PREVISIONAIS: ----------1ª REVISÃO AO ORÇAMENTO E 1ª REVISÃO ÁS GRANDES OPÇÕES DO PLANO: ------------------------------------------------------ 35 -Apreciação da primeira revisão ao orçamento e ás grandes opções do plano para o ano dois mil e treze. ---------------------------A ASSEMBLEIA MUNICIPAL DELIBEROU, POR MAIORIA, COM NOVE VOTOS A FAVOR, SENDO OITO DO PS E UM DA CDU E NOVE ABSTENÇÕES DO GRUPO DE CIDADÃOS “A NOSSA TERRA CAMPO MAIOR”, APROVAR A 7ª MODIFICAÇÃO AOS DOCUMENTOS PREVISIONAIS – 1ª REVISÃO AO ORÇAMENTO E 1ª REVISÃO ÁS GRANDES OPÇÕES DO PLANO PARA O ANO DOIS MIL E TREZE. -------------------------------------------------------AUTORIZAÇÃO PRÉVIA NO ÂMBITO DA LEI DOS COMPROMISSOS E PAGAMENTOS EM ATRASO (LCPA): ---------Apreciação da informação número 09/2013 do Serviço de Aprovisionamento, referente ao assunto em epígrafe. ----------------A ASSEMBLEIA MUNICIPAL TOMOU CONHECIMENTO. -----------PROPOSTA DE PRESIDÊNCIA HONORÁRIOS PARA O EXERCÍCIO DE DA COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO DA CONCESSÃO DA EXPLORAÇÃO E GESTÃO DOS SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA PARA CONSUMO PÚBLICO E DE RECOLHA DE EFLUENTES DO CONCELHO DE CAMPO MAIOR - PEDIDO DE AUTORIZAÇÃO PRÉVIA NO ÃMBITO DA LEI DOS COMPROMISSOS E PAGAMENTOS EM ATRASO (LCPA): ---------Apreciação da informação número 07/SOFCAPA/2013, referente ao assunto em epígrafe. ---------------------------------------------------A ASSEMBLEIA MUNICIPAL, DELIBEROU, POR MAIORIA, COM ONZE VOTOS A FAVOR, SENDO OITO DO PS, DOIS DO GRUPO 36 DE CIDADÃOS “A NOSSA TERRA CAMPO MAIOR” E UM DA CDU E SETE ABSTENÇÕES DO GRUPO DE CIDADÃOS “A NOSSA TERRA CAMPO MAIOR”, APROVAR A PROPOSTA DE HONORÁRIOS PARA O EXERCÍCIO DA PRESIDÊNCIA DA COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO DA CONCESSÃO DA EXPLORAÇÃO E GESTÃO DOS SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA PARA CONSUMO PÚBLICO E DE RECOLHA DE EFLUENTES AUTORIZAÇÃO DO CONCELHO PRÉVIA NO DE CAMPO ÂMBITO DA MAIOR LEI – DOS COMPROMISSOS E PAGAMENTOS EM ATRASO (LCPA).------------APROVAÇÃO EM MINUTA: ---------------------------------------------POR UNANIMIDADE DOS MEMBROS PRESENTES DA ASSEMBLEIA E AO ABRIGO DO DISPOSTO NOS NÚMEROS 3 E 4 DO ARTIGO 92º DA LEI Nº 169/99, DE 18 DE SETEMBRO, ALTERADO PELA LEI 5-A/2002, DE 11 DE JANEIRO, NA SUA ATUAL REDAÇÃO, FOI DELIBERADO, APROVAR A PRESENTE ATA EM MINUTA, DEPOIS DE LIDA, A FIM DAS DELIBERAÇÕES RESPETIVAS PRODUZIREM EFEITOS IMEDIATOS. -----------------ENCERRAMENTO: --------------------------------------------------------DESTA SESSÃO FOI ELABORADA A PRESENTE ATA, SOB A RESPONSABILIDADE DO PRIMEIRO SECRETÁRIO QUE A ASSINARÁ JUNTAMENTE COM O PRESIDENTE, NOS TERMOS DO ARTIGO 55º E DO NÚMERO 2 DO ARTIGO 92º DA LEI Nº 169/99, DE 18 DE SETEMBRO, ALTERADA PELA LEI Nº 5A/2002 DE 11 DE JANEIRO, TENDO SIDO DISPENSADA A 37 LEITURA EM VIRTUDE DE A TODOS OS MEMBROS TER SIDO ENTREGUE FOTOCÓPIA DA MESMA, NOS DISPOSTO NO ARTIGO 4º DO DECRETO-LEI TERMOS DO Nº 45.362, DE 21/11/1963. ----------------------------------------------------------------IMEDIATAMENTE, A SEGUIR O SENHOR PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA DECLAROU ENCERRADA A SESSÃO, ERAM VINTE E UMA HORAS. ------------------------------------------------------------O PRESIDENTE ____________________________________ 1º SECRETÁRIO ____________________________________