Concetta Lanciaux

Transcrição

Concetta Lanciaux
Veículo: Correio Braziliense
Data: 25/04/2011
Radiação solar contribui, e muito, para a deterioração das estradas do país
Belo Horizonte — Fadiga de material e excesso de carga não estão sozinhos na destruição
das estradas brasileiras. Junta-se a esses fatores, que são mais comumente estudados, um
importante agente natural e nunca antes levado em consideração, do ponto de vista
acadêmico: o sol. Com essa premissa, a engenheira civil mineira Maria de Fátima Amazonas
desenvolveu seus trabalhos de mestrado e doutorado, orientada pela professora Vanessa
Lins, do Departamento de Química da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A
conclusão foi de que a radiação solar contribui, sim, para a deterioração do asfalto.
“Há uma preocupação constante em se saber por que ocorre a deterioração do asfalto. O
que se fala sempre é que a mistura asfáltica é danificada mais pela fadiga de material e
excesso de carga. São fatores importantes. Mas esse estrago é agravado pelas intempéries,
principalmente no Brasil, onde há grande insolação. Não havia nenhuma pesquisa a respeito
disso, e eu quis provar que essa influência não é tão superficial quanto se acredita”, afirma
Fátima, que decidiu estudar isoladamente o fator intemperismo para avaliar as
consequências no envelhecimento do asfalto. “Também existe uma preocupação com as
características físicas e ensaios físicos, mas, quimicamente, não se sabe o que está
acontecendo, e foi isso que eu procurei saber", acrescenta.
Depois de produzir a mistura asfáltica em laboratório (feita de brita, areia, pó de pedra e
um ligante asfáltico), a engenheira civil separou cinco amostras (de 8cm de diâmetro por
3cm de espessura) e partiu para o envelhecimento acelerado, usando uma máquina de
intemperismo. Ela manteve uma amostra virgem e as demais, respectivamente, foram
envelhecidas por 500, 1 mil, 1,5 mil e 2 mil horas. Ela explica que, dentro da máquina, a
temperatura foi a 60ºC, oscilando em intervalos com jatos de água, que simulavam a
chuva: “Durante as 2 mil horas, houve ciclos de 80 minutos em que, durante 64 minutos
era feita uma exposição à radiação de xenônio (similar ao da radiação solar) e, nos outros
16 minutos, à radiação e aspersão de água”. Os testes foram realizados em um laboratório
de análise asfáltica do Departamento de Estradas e Rodagem de Minas Gerais (DER-MG).
O objetivo era verificar também o que ocorreria com o ligante asfáltico, que é o principal
material aglutinante usado nos revestimentos de pavimentos no Brasil. No caso, foi usado o
tipo convencional, que é o cimento asfáltico de petróleo (CAP), produto final da destilação
do petróleo.
Processo de oxidação
“Visualmente, ao comparar as amostras (envelhecidas progressivamente), notamos que iam
ficando cada vez mais esbranquiçadas e foram surgindo trincas superficiais, mas era preciso
saber, quimicamente, o que estava acontecendo”, explica Fátima. Para isso, foram
propostas metodologias de análise das amostras, segundo três diferentes métodos
químicos.
O primeiro foi a análise do envelhecimento por meio de espectroscopia no infravermelho,
que pode ser usado para identificar um composto ou investigar a composição química de
uma amostra. Essa técnica possibilita saber se houve processo oxidativo. “O que notamos
foi que aumentou a proporção de grupos C=O (ligação dupla entre carbono e oxigênio) e OH (ligação simples entre oxigênio e hidrogênio) em relação ao C-H (ligação simples entre
carbono e hidrogênio), o que indica que houve oxidação”, afirma.
Em seguida, veio a análise térmica, que acompanha a perda de massa da amostra em
função da temperatura. “A análise térmica fornece informações sobre a estabilidade térmica
do ligante, entre outras. O que ocorreu foi a diminuição da estabilidade térmica depois da
exposição à radiação. A amostra envelhecida começou a perder massa a uma menor
temperatura”, informa.
O terceiro método, a cromatografia de permeação em gel, dá a ideia da massa molar, ou
seja, do tamanho das moléculas do ligante. Com o envelhecimento, houve uma tendência
de quebra das moléculas e redução da massa. “As moléculas se partem, ficam mais reativas
e podem se unir e formar moléculas maiores, mais rígidas. Só que isso tende a fazer com
que o ligante fique mais quebradiço e, consequentemente, a mistura asfáltica se torne mais
propensa a trincas”, observa a engenheira.
Veículo: O Globo
Data: 26/04/2011
Construção da Usina de Belo Monte é defendida com desenhos animados
Aeroportos exibem vídeos que mostram supostos benefícios aos índios
BRASÍLIA. Vídeos de animação que estão sendo exibidos em salas de 13 aeroportos do país
mostram supostos benefícios que os índios das margens do Rio Xingu, no Pará, terão com a
construção da Usina de Belo Monte. Essa foi a forma encontrada para quebrar o silêncio de
empreendedores do megaprojeto, alvo de muitas críticas nos últimos meses. A ideia teria
partido do Palácio do Planalto, que vê a obra como um passo muito importante para
garantir, nos próximos anos, o atendimento à crescente demanda de energia.
O próprio Planalto fez um mea-culpa e decidiu que também precisava se expor mais para
explicar a obra, um dos principais empreendimentos do Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC) e sob bombardeio até mesmo da Organização dos Estados Americanos
(OEA), que questiona as providências tomadas para preservar as comunidades indígenas. A
ordem, agora, é não deixar perguntas sem respostas.
Uma outra novidade é um blog, criado pelo consórcio Norte Energia, abastecido quase que
diariamente com textos e fotos de obras já em andamento na região. Esses trabalhos têm
como objetivo melhorar a qualidade de vida da população e cumprir condicionantes do
Ibama. A ideia é despertar o interesse de formadores de opinião e fazer o público em geral
simpatizar com o projeto.
As linhas de defesa de Belo Monte levantam uma questão: qual tipo de usina poderia
substituir o empreendimento e gerar a mesma quantidade de eletricidade sem poluir tanto o
meio ambiente? A meta da discussão é mostrar os benefícios de hidrelétricas em um
momento no qual a produção de energia nuclear, por exemplo, vem sendo questionada em
todo o mundo após o terremoto que atingiu o Japão.
A estratégia vinha sendo traçada há algum tempo, mas sua implementação foi antecipada
por causa da posição da OEA, que desagradou o governo.
Dificuldade para encontrar um novo sócio
A questão indígena é uma das razões para o atraso na concessão do licenciamento
ambiental de Belo Monte, o que estaria atrapalhando a entrada de um novo sócio no
consórcio responsável pela obra. Essa é, hoje, a principal barreira ao negócio, afirmou o
diretor de Relações Institucionais do Norte Energia, João Pimentel. Segundo ele, a Funai
passou a fazer mais exigências após o posicionamento da OEA.
Pimentel disse que, se o licenciamento ambiental não for concedido até o fim de maio, o
projeto perderá a chance de utilizar a "janela hidrológica", como é chamado o período seco
da região, o que provocaria atrasos significativos na construção. O Norte Energia contratou
antropólogos e está refazendo alguns pontos do projeto sob a orientação da Funai.
- A questão indígena, na opinião pública mundial, é o que pega mais. Até por causa do
pedido da OEA. Estes temas acabam, de uma certa maneira, modificando o pensamento das
pessoas que estão na Funai, que se cercam de mais cuidados na hora de aprovar aquilo que
está sendo executado pelo Norte Energia - afirmou Pimentel.
Veículo: O Globo
Data: 26/04/2011
Em Jirau, acordo define como serão demissões
Segundo sindicato, 5 mil operários perderão emprego
A Camargo Corrêa fechou acordo coletivo de trabalho com o Sindicato dos Trabalhadores da
Indústria da Construção Civil de Rondônia, estabelecendo as condições das demissões no
canteiro de obras da Usina Hidrelétrica de Jirau. O acordo não informa o número total de
demitidos. Mas, segundo o vice-presidente do sindicato, Altair Donizete, a diretoria da
entidade foi informada ontem pelo presidente do sindicato, Raimundo Soares da Costa, que
serão demitidos cinco mil operários:
- Nós fomos informados hoje. Serão 4 mil da Camargo Corrêa e mais mil terceirizadas
A Camargo Corrêa informou que a "discussão sobre o replanejamento da obra" vem
ocorrendo "em parceria com sindicato dos trabalhadores, centrais sindicais e autoridades".
Pelo acordo, serão montados postos avançados para rescisões em locais próximos à
moradia dos trabalhadores. Na ação proposta pelo Ministério Público do Trabalho, era
exigido que as rescisões ocorressem na cidade e que a empresa arcasse com os custos de
transporte. Assim, a ação civil pública fica suspensa, enquanto valer o acordo, que vence
em julho.
- A empresa se comprometeu a informar o montante das demissões em dez dias - afirmou o
procurador-chefe do MPT de Rondônia, Francisco Cruz.
As obras de Jirau abrigavam cerca de 22 mil trabalhadores. Estão em casa, à espera da
convocação ou da demissão, 7.229 operários, sendo 5.729 da Camargo Corrêa e 1.500 de
uma terceirizada. Eles foram mandados de volta para casa depois das rebeliões que
destruíram parte dos alojamentos.
Veículo: O Globo
Data: 26/04/2011
Produtores rurais bloqueiam acesso ao Porto do Açu. Obras são suspensas
Eles querem negociar desapropriações diretamente com empresa de Eike Batista
CAMPOS e RIO. O Porto do Açu, operado pela LLX - empresa de logística do grupo de Eike
Batista - teve suas obras paradas ontem pelos produtores rurais do 5º Distrito de São João
da Barra, no Norte Fluminense. Por volta das 5h, cerca de 300 deles interditaram os quatro
acessos ao canteiro de obras do porto por discordarem dos critérios de desapropriação de
terras na retroárea do terminal, onde será erguido um polo industrial. Apesar do envio da
tropa de choque da Polícia Militar de Campos e de ao menos quatro caminhões de combate
a incêndio do Corpo de Bombeiros ao local, até o fim do dia, os manifestantes mantinham o
bloqueio com tratores, madeira e pneus queimados. Não houve feridos.
Os acessos interditados são a RJ 196, RJ 240 e as estradas da Concha e de Saco Dantas.
Segundo o vice-presidente da Associação dos Produtores Rurais e Imóveis do Município de
São João da Barra (Asprim), Rodrigo Santos, o bloqueio poderá ser mantido por cinco dias,
o que causaria um prejuízo superior a R$5 milhões à LLX. Os mais de dois mil operários que
trabalham no Açu foram dispensados por questões de segurança.
Famílias poderão ser reassentadas em fazenda
Os produtores alegam que serão desapropriadas áreas de agricultura familiar, com tamanho
médio de quatro hectares. Ao todo seriam cerca de 1.500 propriedades, segundo eles, que
somam 15 mil hectares e garantiriam o sustento de cerca de cinco mil pessoas. A
desapropriação está a cargo da Companhia de Desenvolvimento Industrial do Rio de Janeiro
(Codin), órgão do governo estadual, mas os produtores querem negociar diretamente com a
LLX, a exemplo do que teria sido feito com as áreas onde hoje está sendo construído o
porto.
- Queremos até manter o direito de não vender nossas terras. Compreendemos a
importância do projeto, mas não estamos vendo isonomia entre essa desapropriação com as
anteriores. Queremos negociar direto com o doutor Otavio Lazcano - afirmou o vicepresidente da Asprim, em referência ao presidente-executivo da LLX.
A LLX entende que as negociações devem ser feitas pela Codin, já que em 2008 a área em
questão foi considerada de utilidade pública pelo governador Sérgio Cabral. Naquele ano,
Cabral assinou decreto determinando a desapropriação de 70 mil hectares para construção
de um polo industrial na região. As desapropriações abrangem dois mil lotes, dos quais
apenas 146 em área rural, segundo a Codin. Até agora, pouco menos de 40 lotes foram
desapropriados. As famílias que discordarem da indenização terão a opção de serem
reassentadas em uma fazenda em São João da Barra.
No protesto, churrasco e contatos com políticos
A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros monitoraram durante todo o dia de ontem as
quatro áreas de piquete, mas não houve intervenção. Produtores doaram bois para
alimentar os manifestantes. No fim da manhã chegou a ser feito um churrasco.
- Vamos matar um boi por dia para alimentar as pessoas. Vamos ficar aqui até a LLX
negociar com a gente. A festa do doutor Eike Batista acabou - gritou o produtor Murilo Sá.
Uma produtora que se deitou no asfalto afirmava que só sairia presa. Santos, da Asprin,
disse que, apesar do grande aparato policial, os agricultores estavam dispostos a manter o
movimento de forma pacífica. Ontem os diretores da associação fizeram contatos com
advogados e com políticos em Brasília. Eles querem o respaldo da comissão dos Direitos
Humanos do Congresso. Hoje, está prevista uma reunião entre os produtores e
representantes da Codin na sede do órgão em São João da Barra.
Mês passado, operários de uma das empreiteiras do Porto do Açu também paralisaram as
obras por um dia por melhores condições de trabalho. O porto começa a operar em 2012.
Veículo: O Globo
Data: 26/04/2011
Feriadão denuncia falta de investimentos
Engarrafamentos gigantescos no Rio de Janeiro e em São Paulo no movimento de retorno
de veículos, ao fim do feriadão da Semana Santa, e caos em aeroportos da Região Sudeste,
provocado por uma equação que juntava uma concentração - pontual mas previsível, por se
tratar de um fim de semana prolongado - de passageiros com a falta de teto provocada por
um temporal, voltaram a pôr em evidência a necessidade de o Estado investir, com urgência
e de forma criteriosa, em obras de infraestrutura - e também abrir espaços para a livre
iniciativa. São preocupantemente repetitivos os relatos de pessoas que ficaram retidas nas
estradas ou enfrentaram sérios contratempos nos terminais aéreos (principalmente no Rio),
como falta de informações, bagagens extraviadas ou voos perdidos, em razão do aparente
despreparo das companhias e das administrações aeroportuárias diante de contingências
determinadas pelo mau tempo.
O país registra indicadores demográficos e econômicos que resultam em curvas crescentes
no registro de carros, ônibus e caminhões em circulação nas ruas. A frota brasileira cresceu
8,4% em 2010. Em São Paulo, o sistema viário incorpora 20 mil novos veículos a cada mês;
somente os automóveis que passaram a rodar nos últimos dez anos no Rio fariam uma fila
do Maracanã ao Beira-Rio. E não há uma contrapartida em infraestrutura. No Rio, onde o
aumento da frota é de 40% em dez anos, a última grande obra viária foi a Linha Amarela,
inaugurada em 1997.
O crescimento dos indicadores econômicos do país também se deu em desacordo com os
investimentos no setor aeroportuário. Tarifas mais baixas, chamariz para uma faixa de
menor poder aquisitivo da população, resultaram em aumento de mercado consequentemente, em mais clientes nos balcões das companhias e em circulação nos
aeroportos. No entanto, a administração dos terminais derrapa num tíbio programa de
investimentos que não acompanha o aumento da demanda. Isso sem contar a opção
ideológica de Brasília por formas anacrônicas de gerenciamento, com resistências de
influentes áreas da base do governo à abertura da participação da iniciativa privada no
controle dos terminais e com a manutenção do setor sob a influência clientelista do
cardinalato companheiro.
Nos dois mandatos de Lula, sobraram nomeações e faltou apetite político para investir em
infraestrutura e na modernização da malha aeroportuária. O país não cabe mais na atual
infraestrutura. Novos hábitos de consumo e mercado em expansão convivem com uma rede
de estradas, aeroportos, etc. de um tempo em que o Brasil apenas almejava chegar aonde
efetivamente chegou.
Os constantes gargalos no trânsito e os repetidos apagões no sistema de transporte aéreo
são inquietante e repetitiva prova disso. O caos deste fim de semana, que transformou em
pesadelo a viagem de lazer de milhares de pessoas, deve ser analisado com seriedade.
Tanto quanto devolver em forma de serviços eficientes aos cidadãos o que lhes toma pela
malha tributária, o poder público precisa acordar para um futuro imediato que bate às
portas do país - os dois grandes eventos esportivos de 2014 e 2016, de cujo sucesso os
transportes são um dos pilares.
Veículo: Valor Econômico
Data: 26/04/2011
Brasil quer que China invista em infraestrutura da AL
O Brasil quer que os governos da Unasul discutam com a China e outros países projetos de
financiamento à infraestrutura na América do Sul, sugeriu o ministro de Relações Exteriores,
Antônio Patriota, em seu encontro com a recém-indicada secretária-geral da União das
Nações Sul-Americanas, a colombiana Maria Emma Mejía. "O tema energético é vital" para a
integração, disse a nova representante da Unasul, escolhida para o lugar antes ocupado
pelo ex-presidente argentino Néstor Kirchner.
Patriota lembrou que a Unasul é resultado do projeto de integração da infraestrutura na
América do Sul, lançado pelo governo Fernando Henrique Cardoso. A lembrança não é
casual: nesta semana, o Congresso deve votar o convênio constitutivo da Unasul, e o
Itamaraty espera não haver pressão contrária da oposição. O ministro informou que o grupo
de infraestrutura da Unasul deverá se reunir, com a participação da nova secretária-geral e
da ministra do Planejamento, Míriam Belchior, no Rio, antes da reunião de cúpula do
bloco, marcada para a primeira semana de maio, na Venezuela.
"Há vários outros (temas) importantes, como o combate às drogas, em que um esforço
regional poderá ter resultados significativos", disse Patriota. A reunião de presidentes da
Unasul deve oficializar a nomeação de Maria Emma, que ocupará apenas metade do
mandato, cedendo lugar, após dois anos, ao atual ministro de Energia da Venezuela, Ali
Rodriguez, numa solução "salomônica", como definiu ela própria. Venezuela e Colômbia
disputavam o comando administrativo da Unasul.
A reunião da Unasul coincide com a criação de um novo grupo latino-americano, a Área de
Integração Profunda (AIP) que deverá reunir num pacto comercial o México, o Chile, o Peru
e a Colômbia, os países com governos mais à direita no espectro político da região. A
formação do novo grupo é vista como um contraponto ao Mercosul e à Aliança dos Povos
Bolivarianos da América (Alba), liderada pelo venezuelano Hugo Chávez.
Após a visita da secretária-geral nomeada para a Unasul, o porta-voz do Itamaraty, Tovar
Nunes, afirmou que o governo brasileiro vê o Brasil como "liderança natural" na região, sem
ter, porém, pretensões de hegemonia entre os países sul-americanos. "Liderança não
significa deixar de ouvir os outros", comentou. O Brasil quer incentivar os projetos de
integração física no continente e buscar atuação conjunta dos países nas discussões com
possíveis financiadores, para que os projetos destinados a facilitar exportações tenham um
papel importante nas demais políticas internas de desenvolvimento da região, explicou
Nunes.
Veículo: Valor Econômico
Data: 26/04/2011
Usina atômica traz "perigo permanente", diz ex-diretor de empresa que projetou
Angra
"A energia nuclear é um perigo permanente." O engenheiro Joaquim Francisco de Carvalho,
também professor da USP, autor da frase, tem conhecimento de causa. Mestre em energia
nuclear, na década de 70, Carvalho foi o primeiro diretor-industrial da Nuclen, a empresa de
engenharia que nasceu binacional (Brasil-Alemanha) e que foi responsável pela tecnologia
de projeto das usinas Angra 1 e 2.
Carvalho e Ildo Sauer, que vêm trabalhando juntos na USP, ponderam que, com a
possibilidade, prevista pelo IBGE de estabilização da população brasileira em 219 milhões de
pessoas no ano de 2043, um sistema hidroeólico, complementado por termelétricas a
bagaço de cana poderia assegurar disponibilidade de energia elétrica para o Brasil atingir
um consumo de até 8,65 kilowatts/hora (Kw/h) por habitante, mais do que o consumo atual
da França, por exemplo. Hoje o consumo per capital é de 2,5 Kw/h por habitante.
Edmar Almeida, outro especialista em energia, professor de Economia da Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e indicado para ocupar uma diretoria na Agência Nacional
do Petróleo (ANP), tem posições mais próximas das de Tolmasquim, da EPE. Ele reconhece
o impacto que virá do desastre japonês, mas pondera: "Não acredito que a energia nuclear
é uma carta fora do baralho no contexto atual de restrições às emissões e insegurança do
abastecimento dos recursos energéticos convencionais. As outras opções também
apresentam problemas de impactos ambientais ou custos elevados. Minha visão é que, após
um período de muito debate e indecisões, os projetos nucleares voltarão à agenda do
planejamento energético."
Quando ocorreu em Goiânia um acidente com uma cápsula abandonada contendo césio 137
(elemento químico radioativo), e que provocou pelo menos 40 mortes e centenas de
pessoas contaminadas - até hoje o mais grave do país -, Joaquim Carvalho coordenou a
Comissão Consultiva de Rejeitos Radioativos criada pelo governo federal para estudar o
evento e sugerir medidas a serem tomadas.
Hoje, Carvalho concorda com a avaliação de Sauer de que o Brasil não precisa de usinas
nucleares para geração elétrica, embora defenda a posição de que o país deve concluir
Angra 3 e operar as usinas de que dispõe até elas atingirem seus prazos de vencimento.
Ele frisa que o risco de acidente em uma usina atômica é muito pequeno, na casa de um
sobre dez bilhões, mas ressalta ser um risco que o Brasil não precisa correr. "Não há porque
copiar o sistema da França, porque nós não precisamos", afirma.
A França tem mais de 70% da sua geração elétrica de origem nuclear. Carvalho acha que o
Brasil deve até exportar combustível nuclear para países como França e Japão, que não têm
muitas alternativas de fontes energéticas, mas propõe que o aproveitamento doméstico da
tecnologia nuclear seja apenas para fins médicos onde, segundo ele, os riscos de acidentes
são bem menores, apesar da dramática história do césio 137.
Veículo: Valor Econômico
Data: 26/04/2011
Vale acerta detalhes para reduzir participação em usina no Ceará
Os entendimentos para reduzir a participação acionária da Vale de 50% para 30% na
segunda etapa de produção da Companhia Siderúrgica de Pecém (CSP), usina a ser erguida
no Distrito Industrial de Pecém, no Ceará, estão em curso e deverão constar do acordo de
acionistas a ser assinado entre os sócios, o que poderá ocorrer até meados do ano,
informaram fontes próximas da negociação. A Vale, procurada, não quis comentar o
assunto.
O sucesso dessas conversas vai depender da entrada oficial da Posco, a maior siderúrgica
da Coreia do Sul, no negócio, o que deve ocorrer em breve, segundo os interlocutores.
Recentemente a empresa assinou memorando de intenções com a Vale confirmando seu
interesse de participar na CSP.
No momento, apenas Vale e a siderúrgica coreana Dongkuk Steel dividem meio a meio o
projeto, mas com a vinda da Posco as duas companhias sul coreanas passarão a ter 30% e
20% respectivamente e a Vale, 50%. O que significa que a mineradora poderá arcar com a
maior parte do valor do investimento, previsto em US$ 4 bilhões.
Com previsão de iniciar a operação em 2014, quando será concluída a primeira etapa, a CSP
terá condições de produzir até 3 milhões de toneladas de placas de aço por ano para
exportação. Ainda em 2014, começa a ser tocada a segunda etapa do projeto, que prevê
dobrar o volume de produção para 6 milhões de toneladas de placas de aço. A partir daí, a
Vale terá sua fatia societária reduzida para 30%, enquanto a Posco e a Dongkuk Steel
ampliarão suas participações, assumindo cada uma 35% do negócio, passando a serem as
controladoras da CSP.
A estratégia da Vale, como explicaram as fontes, é fomentar a produção de aço no país,
permanecendo minoritária nos projetos siderúrgicos dos quais participa, como ocorre na
ThyssenKruppCSA - Companhia Siderúrgica do Atlântico, no Rio. Até agora, a mineradora
não tem parceiro escolhido para o projeto da usina siderúrgica de Ubu, no Espírito Santo,
para o qual já tem licença prévia. Na siderúrgica a ser construída em Marabá (PA), a Alpa
(Aços Laminados do Pará), a Vale tem parceria apenas na laminação. No momento, o
projeto está em fase de revisão final de orçamento.
O projeto da CSP vai iniciar obras de terraplenagem em outubro e já conta com licença
prévia. Em agosto está previsto receber a licença de instalação do órgão estadual de meio
ambiente do Ceará. E no último trimestre do ano já tem prevista uma pré-chamada de
preços para compra de equipamentos e para construção do alto forno, sinterização, aciaria,
mais coqueria e termelétrica.
Veículo: Valor Econômico
Data: 26/04/2011
Projeto do Açu sofre nova paralisação
As obras do Porto do Açu, projeto da LLX em São João da Barra, no norte do Estado do Rio,
sofreram ontem nova paralisação. É a segunda vez em menos de 30 dias que os trabalhos
de construção do porto privativo são interrompidos. A parada aconteceu por causa de
protesto de produtores rurais que bloquearam estrada de acesso ao porto para protestar
contra desapropriações de terrenos no entorno.
No fim de março, os trabalhos já haviam sido suspensos por alguns dias por greve de
trabalhadores do consórcio responsável pelas obras. Ontem, cerca de cem manifestantes
incendiaram pneus e bloquearam o principal acesso ao porto. O vice-presidente da
Associação dos Produtores Rurais e Imóveis de São João da Barra, Rodrigo Santos, disse à
Agência Brasil que as desapropriações estão sendo feitas aleatoriamente, sem acordo prévio
com os donos dessas áreas.
A manifestação se concentrou no 5º distrito de São João da Barra, onde estão sendo feitas
desapropriações para criação do distrito industrial do porto do Açu. Nesse distrito está
prevista a instalação de siderúrgicas e de outras indústrias. Segundo a LLX, a manifestação
não afeta o cronograma das obras, que estão adiantadas. O início das operações está
previsto para 2012. A empresa informou que os responsáveis pela segurança do Açu
orientaram os funcionários a ficar em casa ou nos alojamentos, ontem, para evitar
problemas com os manifestantes. Há 2.240 trabalhadores nas obras do Açu.
A Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro (Codin), que
responde pela desapropriação, informou que propôs fazer reunião hoje com os
manifestantes. A Codin informou que o processo de desapropriação da área do 5º distrito
vem sendo realizado dentro do rito judicial legal, com os valores referentes aos lotes
depositados em juízo. A LLX disse que a volta ao trabalho no Açu depende do entendimento
entre os manifestantes e a Codin.
Segundo a Codin, "as imissões na posse, iniciadas há pouco mais de um mês, têm sido
realizadas respeitando as benfeitorias existentes nas áreas desapropriadas, inclusive com
suporte aos proprietários para a retirada e a acomodação de eventuais rebanhos que
estiverem no local". Para a implantação do distrito industrial, será desapropriada área de
cerca de 70 mil hectares.
Veículo: Revista Isto é Dinheiro
Data: 26/04/2011
Sem aeroportos. E agora?
O que era uma possibilidade pode ser uma realidade. O fato de não termos uma estrutura
aeroportuária é uma contradição.
O Brasil da Copa e da Olimpíada é o Brasil sem aeroportos. O tema é gravíssimo. Tão grave
que, agora, não cabe achar os culpados, mas encontrar soluções. Boas, rápidas e com
recursos privados. Dos 13 aeroportos que receberão investimentos de R$ 1,4 bilhão da
Infraero, para ampliação e reformas até a Copa de 2014, só cinco estarão prontos. Entre
eles, o de São Paulo. Esta deficiência é tão letal que a presidente Dilma Rousseff deveria
provocar uma reunião ministerial para tratar do assunto. E adotar medidas práticas e
eficientes.
1 - Ipo
Pé no chão
O IPO do Habib"s, previsto para o segundo semestre de 2011, foi adiado para 2013. Com
400 lojas e outras frentes de negócios no grupo, o fundador e presidente do Habib"s,
Alberto Saraiva, organizará melhor os processos internos até que a empresa esteja pronta
para atender o mercado.
2 - Expansão
Hotel W, Rio e São Paulo
A rede Starwood é proprietária de nove marcas de hotéis, entre elas, W, Le Meridien,
Sheraton, Westin e St. Regis. E construirá dois hotéis W: no Rio de Janeiro e em São Paulo.
No Rio, a preferência é pelo bairro do Leblon ou Ipanema. Em São Paulo, a mira é na região
da Faria Lima.
3 - Indústria
É nossa
Embora Argentina, Chile e México estejam na disputa, será no Brasil a nova fábrica da BMW
na Amé-rica Latina. A decisão já está tomada pelo Headquarter da empresa, na Alemanha.
4 - Luxo
Destino Brasil
Concetta Lanciaux, fundadora e CEO da Strategy Luxury Advisors, chegará no dia 21 a São
Paulo, a convite da Atualuxo. Quando esteve à frente da LVMH - Louis Vuitton Moët
Hennessy, ela foi conselheira sênior de Bernard Arnault, fundador e chairman da respeitada
grife francesa. Concetta é realmente uma mulher todo-pode-rosa. Ela adora o Brasil.
5 - Varejo
Oportunidade
As cidades de Brasília e Vitória ganharão, até junho, novas lojas da C&C, líder brasileira do
varejo de materiais para construção. A ampliação vai gerar mais de 900 empregos nas duas
localidades. Com isso, a rede passará a contar com 43 pontos de venda em todo o Brasil.
6 - Automóveis
Nissan popular
O March, primeiro carro compacto e popular da Nissan, estreia no Brasil no próximo
semestre. O veículo virá do México. No Brasil, disputará mercado com os modelos Palio e
Uno, da Fiat, e o Gol, da Volkswagen. O preço de venda do March aos consumidores
brasileiros ainda é um mistério.
7 - Investimento
Internacional
A rede brasileira de hotéis Bourbon, sediada em Curitiba, investiu mais de US$ 30 milhões
em sua primeira expansão internacional. Vai inaugurar, no segundo semestre, deste ano, o
hotel Bourbon Conmebol Convention Center com 170 suítes, anexo ao Museu SulAmericano de Futebol, em Assunção, no Paraguai.
8 - Lançamento
Em duas rodas
A inglesa Brompton, considerada a melhor bicicleta dobrável do mundo, chega ao Brasil pela
Milk. A bike estará à venda em lojas especializadas de São Paulo e do Rio de Janeiro. O
preço pode variar de R$ 5 mil a R$ 10 mil, dependendo do estilo. A assistência técnica é da
Pedal Power e a garantia, de cinco anos.
9 - Nova Friburgo
Reconstrução
Em apoio à região serrana do Rio de Janeiro, atingida pelas enchentes, em 2011, o Banco
do Brasil liberou R$ 100 milhões a 850 pequenas e médias empresas de Nova Friburgo, ou
seja, 92% dos pedidos. Os empréstimos variaram entre R$ 120 mil e R$ 150 mil. Boa
atitude do BB.
10 - Aviação
First class
A partir do dia 24, o Rio de Janeiro recebe o B777, uma das mais modernas aeronaves da
Boeing, operada pela Air France, na rota Rio?Paris. São 24 assentos na primeira classe, 42
na classe executiva e 317 na econômica. Nos últimos três anos, a Air France investiu 110
milhões de euros para renovar o interior das aeronaves e sofisticar o serviço de bordo.
11 - Destino
Pousada Estrela D"água, em Trancoso
O sofisticado vilarejo de Trancoso, no sul da Bahia, é um lugar mágico. Possui belíssimas
praias, noites estreladas e a charmosa Pousada Estrela D"Água. Ela dispõe de 28 bangalôs
amplos e confortáveis, com vista para o mar e muito bem decorados. A gentil proprietária,
Beth Gavioli, garante o bom gosto e a excelente qualidade dos serviços oferecidos pelo
hotel. A comida tipicamente regional é saborosíssima. A Pousada Estrela D"Água integra a
rede Relais & Chateaux. Vale a pena conhecer e desfrutar desse privilegiado refúgio. Diárias
a partir de R$ 760. www.estreladagua.com.br
12 - Esporte de Luxo
No Morumbi
Silvio Correa da Fonseca, presidente da Lincx, plano de saúde, descobriu uma ótima fórmula
de mimar seus clientes e médicos. Criou com o empresário Marcelo Neves, da Sport
Service, um elegante camarote no Estádio do Morumbi. Ali, os recebe para futebol e shows.
E ganha aplausos ao final de cada evento.
13 - Objeto de desejo
Canivete de mestre
Para colecionadores e amantes dos modernos canivetes da Victorinox, a marca traz para o
Brasil o modelo Swiss Champ XAVT. Um acessório especial. Além das 33 funções do
tradicional, Swiss Champ conta ainda com relógio digital com alarme e timer, altímetro,
barômetro, termômetro, LED de luz branca, entre outros itens, totalizando 80 funções. A
peça, um objeto de luxo, foi criada especialmente para os apreciadores do tradicional
canivete suíço. Preço R$ 1.700.
14 - Entrevista
O francês Ivan Ségal é um tipo empreendedor. Assumiu a presidência da Citroën no Brasil
em 2009 e colhe frutos. Na entrevista, revela com exclusividade o novo lançamento da
marca em junho e os planos de crescimento no País.
Quanto a Citroën vendeu em 2010 e qual será o número neste ano?
O Brasil é uma potência. No ano de 2010 vendemos mais de 84 mil carros. Para 2011, a
previsão é de que comercializaremos 113 mil veículos. No mundo, a marca segue com
números positivos. A Citroën mundial vendeu 1,35 milhão de automóveis.
Qual é o lançamento da Citroën para este ano?
Em junho, a novidade para o mercado brasileiro é a chegada do Citroën C3 Picasso. É um
novo veículo na linha de minivans da Citroën, em três versões. Hoje, a família é formada
pelo Xsara Picasso, Citroçn Aircross, C4 Picasso e Grand C4 Picasso. Sua produção será feita
na fábrica de Porto Real, no Rio de Janeiro.
O Citroën C3 Picasso difere da linha normal?
O novo carro é completo, voltado para a família, com a sofisticação do C3. Apostamos que
fará crescer o nosso market share. Ele foi tropicalizado ao estilo do Brasil. Mantivemos a
plataforma do modelo AirCross, lançado em 2010.
Qual será o valor do Citroën C3 Picasso?
Os modelos que compõem a nova linha entrarão no mercado a um custo de R$ 50 mil a R$
65 mil.
A chegada das marcas chinesas preocupa?
A Citroën está bem consolidada com seu público. Não temos modelos populares e não
disputamos mercado. Daqui a dez anos os públicos B e C investirão em nossos modelos.
Com o Brasil forte, o poder aquisitivo também se elevará.
Se fiz descobertas valiosas, foi mais por ter paciência do que qualquer outro talento? Isaac
Newton
Veículo: Diário de Pernambuco
Data: 26/04/2011
Jarbas acusa governo Eduardo de mentir sobre BR-232
O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) contestou, hoje, a nota divulgada pelo governo
Eduardo Campos (PSB) no último domingo e intitulada “A verdade sobre a BR-232”, cujo
texto descreve irregularidades encontradas na construção da rodovia. Embora estivesse
evitando um confronto com o governador desde o final das eleições estaduais, Jarbas não
mediu palavras para criticar a postura do adversário que, segundo ele, está “mentindo” e
“desrespeitando a opinião pública”. As declarações do senador foram dadas durante o
velório do ex-deputado federal José Mendonça (DEM), pai do deputado federal Mendonça
Filho (DEM).
Apesar de a nota dizer que foram encontradas irregularidades na BR-232 antes dos 30 anos
previstos, Jarbas frisou que o governador deixou que houvesse desgaste na rodovia só para
contestá-lo. “A BR-232 está em dificuldade porque simplesmente está há cinco anos sem
manutenção. É muito difícil qualquer estrada ficar sem manutenção. Então, o dinheiro que
ele tinha para cortar mato, tapar buraco, fazer revisões de placa, vai fazer tudo de uma vez
porque ele queria que (a estrada) se desgastasse para mostrar que uma obra importante
como essa era (inútil)… Na cabeça dele, foi uma obra inútil”, disparou.
Jarbas insistiu no discurso de que o ex-governador Miguel Arraes (PSB), com apoio de
Eduardo (então secretário da Fazenda) privatizaram a Celpe. “Quem privatizou a Celpe foi o
governador dele (Arraes) e ele era secretário da Fazenda que enviou a mensagem para a
Assembleia. Ele pediu R$ 700 milhões antecipados do BNDES, sendo R$ 300 milhões para
construir a BR-232 (mas não conseguiu). E na, nota paga pelo governo, ele nos agride. Diz
que gastamos R$ 500 milhões com uma obra que não era para gastar. Então, só posso para
dizer que isso descamba para a falta de personalidade e de caráter do governo de um modo
geral, um ato de profundo mau-caratismo”, atacou o peemedebista.
Veículo: Jornal do Brasil
Data: 26/04/2011
Custo da construção sobe 0,75% em abril
RIO - O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) acelerou a 0,75% em abril, acima
do resultado do mês anterior, de 0,44%, de acordo com dados divulgados pela Fundação
Getúlio Vargas (FGV) nesta terça-feira. Duas das capitais pesquisadas - Salvador e Rio de
Janeiro - apresentaram aceleração. Por outro lado, as cidades de Brasília, Belo Horizonte,
Porto Alegre, Recife e São Paulo tiveram desaceleração.
O componente materiais, equipamentos e serviços desacelerou o avanço para 0,36% ante
0,60%, enquanto o de mão de obra subiu 1,16% neste mês, ante 0,27% no mês anterior.
O INCC-M é um dos três componentes do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), sendo
responsável por 10% do indicador e divulgado separadamente pela FGV. O IGP-M do mês
será divulgado na quinta-feira.