Microbiota fúngica de felídeos silvestres hígidos
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Microbiota fúngica de felídeos silvestres hígidos
Trabalho de Pesquisa Microbiota fúngica de felídeos silvestres hígidos encaminhados a centros de triagem no Rio Grando do Sul e Mato Grosso do Sul Microbiota wild cats healthy sent to center screening in Rio Grande do Sul and Mato Grosso do Sul Ana Paula Neuschrank Albano – MV – Doutoranda – Universidade Federal de Pelotas – Campus Universitário s/n - Instituto de Biologia - Núcleo de Reabilitação da Fauna Silvestre - Instituto de Biologia, Cep: 96010-900. Capão do Leão. 53 - 3275 72 27 - [email protected] Josiara Furtado Mendes – Graduanda em Ciências Biológicas - Universidade Federal de Pelotas - Instituto de Biologia; Ana Paula Felício – Zootecnista - Centro de Reabilitação de Animais Silvestres; Marco Antônio Afonso Coimbra – Biólogo – Mestre – Universidade Federal de Pelotas - Núcleo de Reabilitação da Fauna Silvestre; Alice Teixeira Meirelles Leite – MV – Mestre - Universidade Federal do Rio Grande; Luiz Fernando Minello – Biólogo - Professor Adjunto – Universidade Federal de Pelotas - Núcleo de Reabilitação da Fauna Silvestre; Mario Carlos Araújo Meireles – MV Dr. Professor Adjunto, Universidade Federal de Pelotas – Faculdade de Veterinária; Patrícia da Silva Nascente – MV Dra. Professora Adjunta- Universidade Federal de Pelotas - Instituto de Biologia. Albano APN, Mendes JF, Felício AP, Coimbra MAA, Leie ATM, Minello LF, Meireles MCA, Nascente PS. Medvep - Revista Científica de Medicina Veterinária Pequenos Animais e Animais de Estimação; 2011; 9(31); 654-658. Resumo A microbiota fúngica que compõe a superfície corpórea dos seres vivos sofre periodicamente mudanças qualitativas e/ou quantitativas que decorrem de fatores ambientais, como localização geográfica, sanidade e condições climáticas. O objetivo deste trabalho foi estudar a microbiota fúngica de felídeos encaminhados ao Núcleo de Reabilitação da Fauna Silvestreda Universidade Federal de Pelotas - RS e ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres de Campo Grande - MS. As colheitas de material proveniente do pelo e meato acústico externo foram realizadas através da técnica do “quadrado do carpete” e swab, friccionando-os, respectivamente, no pelo do animal na região da cabeça e pescoço e no meato acústico externo. As coletas foram realizadas em 20 animais distribuídos nas seguintes espécies: Leopardus geoffroyi, Leopardus pardalis, Leopardus wiedii, Panthera onca e Puma concolor. O isolamento fúngico ocorreu em 14 animais (70%), sendo as seguintes espécies isoladas Aspergillus spp., Geotrichum spp., Penicillium spp., Trichophyton sp., M. pachydermatis, Candida sp. e Scopulariopsis sp. São poucos os estudos sobre fungos isolados em animais silvestres, assim como sua microbiota fúngica não é totalmente conhecida. Animais mantidos em cativeiro ou transportados, mesmo que por um curto período, podem ser expostos a uma variedade de patógenos, e se tornar carreadores potenciais de doenças infecciosas. Portanto o conhecimento da microbiota fúngica dos animais é de grande importância para compreensão das infecções que podem acometer os felinos silvestres, assim como a possibilidade de transmissão zoonótica. Palavras-chave: felídeos silvestres, fungos, leveduras, microbiota Abstract The fungal microbiota that comprises the body surface of living beings suffers qualitative changes periodically and / or quantitative result from environmental factors such as geographic location, health and climatic conditions. The aim of this work was study the fungal microbiota of cats referred to the Center for Rehabilitation of Wildlife, Federal University of Pelotas - RS and Rehabilitation Center for 654 Medvep - Revista Científica de Medicina Veterinária - Pequenos Animais e Animais de Estimação 2011;9(31); 654-658. Microbiota fúngica de felídeos silvestres hígidos encaminhados a centros de triagem no Rio Grando do Sul e Mato Grosso do Sul Wild Animals in Campo Grande - MS. The material was obtained from hair and ear canal and was performed using the technique of “carpet square” and swab, rubbing them, respectively, in the animal on the head and neck and ear canal. The samples were performed in 20 animals distributed in the following species: Leopardus geoffroyi, Leopardus pardalis, Leopardus wiedii, Panthera onca and Puma concolor. The fungus was isolated from 14 animals (70%), and the species isolated were Aspergillus spp. Geotrichum spp. Penicillium spp. Trichophyton sp., M. pachydermatis, Candida sp. and Scopulariopsis sp. There are few studies on fungi isolated from wild animals, as well as their fungal microbiotais not fully known. Animals kept in captivity or transported, even for a short period, can be exposed to a variety of pathogens, and become potential carriers of infectious diseases. Therefore, knowledge of the fungal microbiota of animals has great importance for understanding infection that can affect the wild felines as well as the possibility of zoonotic transmission. Keywords: wild cats, fungi, yeast, microbiota Introdução Os felídeos de vida livre fazem parte de um dos grupos de mamíferos carnívoros mais apreciados pelo homem, seja pela sua grande beleza, seja pelo respeito aos grandes felinos como grandes predadores terrestres. Habitam todos os continentes, exceto Antártida e Oceania, e apesar de sua ampla distribuição, a abundância de muitas espécies vem diminuindo e praticamente todas estão ameaçadas de extinção. Entre os fatores de ameaça às populações de felídeos selvagens, deve-se considerar o impacto das doenças infecciosas e parasitárias, além da perda de habitat (1). A microbiota que compõe a superfície corpórea dos seres vivos sofre periodicamente mudanças qualitativas e/ou quantitativas que decorrem, em grande parte, de fatores ambientais, como localização geográfica, sanidade e condições climáticas (2). Nesta microbiota observamos a presença de bactérias e fungos, muitos deles considerados agentes oportunistas, podendo produzir infecções em humanos e animais. Os fungos são agentes de processos infecciosos denominados micoses, bem como agentes de quadros de hipersensibilidade imediata e tardia, micotoxicoses e micetismo (3). As infecções micóticas são, na maioria das vezes, secundárias a infecções bacterianas ou estão relacionadas com fatores predisponentes, tais como estresse, manutenção inadequada em cativeiro, uso prolongado de antibióticos e má nutrição. As micoses superficiais são mais comuns, porém as micoses profundas também são diagnosticadas, sendo a maioria dos casos clínicos causados por fungos sapróbios (4). Zoonoses transmitidas por animais silvestres mantidos como animais de estimação têm sido tratados como um problema de Saúde Pública. Programas de conservação que envolva translocação, soltura e reintrodução envolvem riscos de contágio pela possível transmissão de agentes infecciosos a populações nativas (5). A identificação das espécies que fazem parte da microbiota em animais saudáveis é condição primordial para o reconhecimento daquelas causadoras de processos patológicos. Micoses oportunistas são aquelas causadas por fungos que a princípio não causariam enfermidade ao seu hospedeiro, podendo fazer parte da sua microbiota, entretanto fatores como o estresse de cativeiro pode fazer com que estes fungos tornem-se patogênicos (6). Segundo o IBAMA (7), os Centros de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) são locais que tem por finalidade recepcionar, identificar, triar, tratar e destinar os animais silvestres resgatados ou apreendidos pelos órgãos fiscalizadores, assim como eventualmente receber animais silvestres de particulares que os estejam mantendo em cativeiro doméstico de forma irregular como animais de estimação. Esta entidade pode possuir outras denominações, dependendo de sua localização. O Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS) localizado em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, foi o primeiro centro de triagem criado no Brasil sendo modelo e referência para outros Estados brasileiros no trabalho de conservação da fauna. O Núcleo de Reabilitação da Fauna Silvestre e o Centro de Triagem de Animais Silvestres (NURFS/CETAS) são órgãos da Universidade Federal de Pelotas, e recebem animais silvestres da região sul do Brasil. Este trabalho teve por objetivo estudar a microbiota fúngica de 20 felinos silvestres encaminhados ao Núcleo de Reabilitação da Fauna Silvestre (NURFS) da Universidade Federal de Pelotas - RS e ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), Campo Grande – MS. Material e Métodos Foram estudados 20 felinos silvestres, dos quais 15 eram indivíduos de vida livre (a), que entraram nos centros de triagem, no máximo, há cinco dias (cativeiro transitório), e cinco eram oriundos de cativeiro (b). Os animais pertenciam às seguintes espécies: Leopardus geoffroyi (gato-do-mato-grande) (7a; 1b), Leopardus pardalis (jaguatirica) (2a), Leopardus wiedii (gato-maracajá) (2a; 2b), Panthera onca (onça-pintada) (1a) e Puma concolor (puma) (3a; 2b). Os animais foram submetidos a exame clínico e para cada um foi preenchida uma ficha ca- Medvep - Revista Científica de Medicina Veterinária - Pequenos Animais e Animais de Estimação 2011;9(31); 654-658. 655 Microbiota fúngica de felídeos silvestres hígidos encaminhados a centros de triagem no Rio Grando do Sul e Mato Grosso do Sul dastral que descreve suas características, local de apreensão e presença ou não de enfermidades. As amostras de pelo foram colhidas através da técnica do “quadrado do carpete”(8) friccionando o mesmo no pêlo do animal na região da cabeça e cervical, e as amostras do meato acústico externo foram colhidas através de swab estéril (Figura 1). Toda realização de coletas ocorreu de acordo com as recomendações de bem estar animal, sendo que os centros de triagem aqui referidos têm autorização dos órgãos competentes para realizar todos os procedimentos pertinentes à reabilitação de fauna silvestre, inclusive colheita de material biológico para diagnóstico. Portanto,todos estes procedimentos foram realizados no momento em que os animais foram contidos e/ou anestesiados para outros procedimentos realizados pelo NURFS e CRAS, não tendo sido realizado exclusivamente para estas coletas, uma vez que poderia causar estresse desnecessário aos animais, retirando-os da rotina habitual naqueles locais. As amostras foram enviadas ao Laboratório de Doenças Infecciosas – Setor de Micologia da Faculdade de Veterinária – UFPel, onde foram semeadas em duplicata em ágar Sabouraud dextrose acrescido de cloranfenicol e no mesmo ágar contendo óleo de oliva. Após, foram incubadas em estufa a 25°C (carpete) e 36°C (swab) por até dez dias, com observação diária. As leveduras isoladas foram avaliadas macroscopicamente e o exame micromorfológico foi realizado através de esfregaço dos cultivos corado pelo método de Gram com posterior observação em aumento de 1000X com óleo de imersão. Posteriormente foram ainda caracterizadas através da realização do teste de tubo germinativo, microcultivo em ágar fubá e teste de assimilação de açucares. Os fungos filamentosos foram identificados a partir da observação das características morfológicas macroscópicas, como textura, topografia e coloração do verso e reverso das colônias, e das características microscópicas como a caracterização dos tipos de conídios e observação das hifas. A micromorfologia foi visualizada em objetiva de 10–40X entre lâmina e lamínula com lactofenol azul de algodão e realização de microcultivo entre lâmina e lamínula. Resultados e Discussão Neste estudo foi isolada uma variedade de agentes fúngicos com potencial patogênico na microbiota superficial dos felídeos silvestres. Estes gêneros foram isolados de 14 (70%) animais, de acordo com a Tabela 1. Todos os fungos identificados são patogênicos oportunistas, bastando uma queda na imunidade do animal para causarem micoses superficiais ou profundas e ainda reações de hipersensibilidade, o que poderá ocorrer caso estes animais, coletados no seu meio ambiente, permaneçam em condições de estresse.A queda de imunidade dos animais pode determinar a transição do fungo da forma sapróbia para a patogênica (9). Tabela 1 - Espécies de felídeos estudadas, com respectivos isolamentos fúngicos de acordo com o local de coleta e origem do animal. Figura 1 - Coleta de amostras de pelame, através da técnica do quadrado do carpete, e de meato acústico externo, através de swab de felídeo. 656 A microbiota fúngica dos animais silvestres não é totalmente conhecida e poucos estudos têm sido realizados em pesquisa a esse respeito. Observou-se que no meato acústico externo só houve crescimento de leveduras assim como o isolamento de fungos filamentosos foi observado apenas em Medvep - Revista Científica de Medicina Veterinária - Pequenos Animais e Animais de Estimação 2011;9(31); 654-658. Microbiota fúngica de felídeos silvestres hígidos encaminhados a centros de triagem no Rio Grando do Sul e Mato Grosso do Sul pelame. As leveduras do gênero Malassezia sp. são consideradas parte da microbiota da pele, sendo que a espécie M. pachydermatis (Figura 2) tem sido isolada em cães e gatos, causando otite externa ou dermatite (10). Em ouriços-cacheiro (Coendou prehensilis) e tamanduás-bandeira (Tamanduá tetradactyla) hígidos já havia sido isolada M. pachydermatis em cerume proveniente de meato acústico externo anteriormente (11), assim como em gambá de orelha-branca (Didelphis albiventris) já foi o agente causador de dermatite (12). Fatores que alteram o microclima local, como umidade, alteração do pH, temperatura e substrato, estimulam o aumento deste microorganismo, fazendo-o passar da forma comensal ao parasitismo (10). Estresse de cativeiro ou adaptação há mais tempo em determinado lugar ou situação também podem ser considerados fatores que modificam o microambiente destes animais. Figura 2 - Colônias de Malassezia pachydermatis isolada de Puma concolor. As leveduras do gênero Candida sp. já foram descritas em várias espécies silvestres como aves (13), répteis (14), em animais domésticos como cães, gatos, bovinos e também no homem (15,16). Já foi diagnosticada como causadora de otites em cães e gatos (17,18,19,20), na forma sistêmica (21) e raramente na forma cutânea (16, 22). Quanto aos fungos filamentosos, houve isolamento de Trichophyton sp. (Figura 3) e Aspergillus sp. no pelame de uma onça-pintada (Pantera onca), sendo que neste animal o cultivo proveniente de meato acústico externo foi negativo. A dermatofitose é considerada a micose com maior prevalência em animais e no homem, sendo sua distribuição dependente de fatores como adaptação dos fungos ao meio ambiente, deslocamentos humanos, convívio com animais domésticos, aspectos sócio-econômicos, fatores sazonais e geográficos (23,24.25,26). Os gêneros Microsporum sp. e Tricophyton sp. são os de maior ocorrência em enfermidades cutâneas dos felinos (27,28,29,30). Figura 3 - Colônias deTrichophyton sp. isolada de pelame de onça pintada (pantera onca). Apesar de a epidemiologia das dermatofitoses em animais silvestres não estar bem descrita na literatura, os dermatófitos têm sido isolados por diversos pesquisadores em diferentes espécies no mundo todo: na Austrália, T. mentagrophytes foi isolado de um canguru Foi isolado o gênero Trichophyton de 2,8% de roedores silvestres de vida livre no Brasil (17, 33). Foi descrito um caso de infecção por T. mentagrophytes numa raposa (Vulpes fulva) de vida livre nos Estados Unidos e T. mentagrophytes também foi isolado do pelame de javalis hígidos na Itália (34). O presente felino era um animal jovem, à semelhança do que foi relatado em gatos domésticos, os quais 65% tinham menos de 12 meses (35). Era um animal recentemente capturado, sugerindo que a presença dos dermatófitos não estava relacionada ao estresse do cativeiro. Por outro lado, foi isolado Penicillium sp., Scopulariopsis sp. e Aspergillus sp. como contaminantes da pelagem de felídeos silvestres mantidos em cativeiro, e em gatos domésticos a microbiota fúngica do pelame é principalmente composta de organismos adquiridos do ambiente (36, 37). Os fungos de ambiente como o Aspergillus spp., por sua vez, são ubíquos e anemófilos, classificados entre os microrganismos mais abundantes, além de mundialmente distribuídos, podendo ser isolados do solo, ar, água, alimentos, plantas, material em decomposição e superfícies (6, 31). O gênero Penicillium spp. também possui ampla distribuição na natureza, sendo encontrado em matéria orgânica em decomposição, no solo e como contaminantes habituais em cultivos rotineiros nos laboratórios (6, 32). O gênero Scopulariopsis caracteriza-se por fungos filamentosos hialinos e com crescimento moderadamente lento, possuindo ampla distribuição geográfica, sendo o solo seu principal habitat (6). A maioria dos fungos, isolada no presente estudo, em pelame de animais silvestres são considerados ubíquos e isolados principalmente no ambiente. Até mesmo os dermatófitos podem ser encontrados no solo ou na superfície animal em Medvep - Revista Científica de Medicina Veterinária - Pequenos Animais e Animais de Estimação 2011;9(31); 654-658. 657 Microbiota fúngica de felídeos silvestres hígidos encaminhados a centros de triagem no Rio Grando do Sul e Mato Grosso do Sul estado sapróbio (38,39,33). Na literatura já foi identificado em amostras de solo Microsporum gypseum, Trichosporum sp., Microsporum gypseum cookei, Trichophyton mentagrophytes, Trichophyton sp., e ainda Cryptococcus neoformans, Histoplasma capsulatum e Candida albicans. Além destes achados foram também identificados Penicillium sp., Aspergillus sp., Mucor sp. e Conidiobolus coronatus. Isolou-se do solo no Rio Grande do Sul, Microsporum gypseum e Trichophyton ajelloi (40). Isso demonstra a presença destes fungos de ambiente nos animais silvestres e isto pode facilitar a instalação de enfermidades em animais que estejam imunodeprimidos, pois estesagentes oportunistas causam alterações quando influenciados por fatores predisponentes, dentre eles o estresse de captura e cativeiro. Além disso, deve- se ressaltar que os profissionais que manipulam estes animais devem adotar medidas preventivas, como o uso de máscaras e luvas, com o intuito de não se contaminarem com esporos destes fungos. Considerações Finais Os resultados obtidos neste trabalho permitem um maior conhecimento a respeito de alguns fungos pertencentes à microbiota de animais silvestres. São escassas as descrições sobre as doenças fúngicas nestes animais em reabilitação assim como os seus agentes etiológicos. Este tipo de informação poderá trazer maior conhecimento sobre agentes que possam ser oportunistas causando micoses em animais silvestres em cativeiro, assim como a identificação de possíveis hospedeiros para os fungos é de vital importância na elaboração de estratégias que coíbam a sua disseminação e a sua prevalência no ambiente. Referências 1. Silva JCR, Adanai CH.Carnivora – Felidae (Onça, Suçuarana, Jaguatirica, Gato-Do Mato). In. Cubas ZS, Silva JCR, Catão-Dias JL. Tratado de animais selvagens – Medicina Veterinária. São Paulo:Editora Roca, 2007. p. 505 - 546. 2. Araújo AJG, Bastos OMP, Souza MAJ, Oliveira JC. Ocorrência de onicomicoses em pacientes atendidos em consultórios dermatológicos na cidade do Rio de Janeiro, Brasil. An Bras Dermatol 2003;78:445-445. 3. Brilhante RSN. Caracterização fenotípica e genotípica de Microsporum canis oriundos de cães e gatos como possível clone fúngico. 2005. 119f. 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