14 de agosto Participe

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14 de agosto Participe
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MAI/JUN 2007
14 de agosto
Participe
Operação qualidade
dos lubrificantes
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Começa a cruzada
dos lubrificantes
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Sindilub em Ação
SINDILUB PROMOVE ASSEMBLÉIA
DIRETORIA ESTUDA CRIAÇÃO DE SEGUROS PARA ASSOCIADOS
Um encontro para discutir as propostas e peculiaridades da atividade de revenda de lubrificantes. Esta foi a
principal novidade divulgada pelo presidente do Sindilub,
Laércio Kalauskas, durante a Assembléia realizada no último dia 23 de maio, na sede do Sindicato.
O presidente informou a intenção de realizar dentro
de 40 dias, um Encontro de Revendedores, que terá como
ponto principal, a discussão da Minuta da Resolução que
está sendo discutida com a Agência Nacional do Petróleo, para a regulamentação do mercado de lubrificantes.
O Encontro deverá abordar ainda questões ligadas à
preservação do Meio Ambiente, e temas relativos à gestão das empresas. A expectativa da diretoria é contar
com a participação da diretoria da ANP, bem como com
autoridades ligadas ao segmento. “Vivemos um momento importante, pois estamos prestes a contar com uma
Resolução para o nosso setor, então esperamos uma
participação grande dos empresários nesse evento”,
comenta Kalauskas.
A Assembléia apresentou ainda os números do balanço de 2006 e confirmou a outorga de poderes à diretoria
para manter as negociações coletivas de trabalho com
os Sindicatos Profissionais. “A Assembléia foi enxuta, mas
bastante positiva. Acredito que o Encontro, que reunirá
um número maior de empresários também vai contribuir
muito para as metas do Sindicato, que incluem ainda a
colocação de novos colaboradores escrevendo para a
Revista, bem como o aumento do número de páginas da
publicação”, explica o presidente.
Outra meta do Sindicato é agregar cada vez mais serviços aos associados. Por este motivo, a diretoria apresentou aos associados o representante da Lar Corretora
de Seguros, Luiz Carlos Alvarez Moralez Junior.
“Trouxemos um especialista na área de seguros e riscos
para que ele oriente os empresários
sobre os fatos e os
novos riscos”.
A proposta do
Sindicato é que o
corretor possa
buscar um formato de seguro que
vá de encontro às
peculiaridades da
atividade da revenda e das trocas de óleo. “O corretor
tem a função básica de procurar dentro das dificuldades
do empresário os riscos que ele realmente necessita contratar. Se o mercado não está assumindo isso, cabe ao
corretor buscar essa tranqüilidade. Nós da Lar, junto com
algumas Companhias de Seguro, temos o diferencial de
criar pacotes específicos para que o Sindicato consiga
transferir isso em ações para os associados”.
Dentre os empresários que prestigiaram a Assembléia,
o diretor da Krest, Cid Bignardi Vassimon, destacou o
trabalho realizado. “Só tinha acompanhado através das
publicações do Sindicato, é a primeira reunião que participo. Achei interessante, o Sindicato está bem administrado, bem conduzido, temas importantes vão ser discutidos no futuro”.
A Krest é uma empresa localizada no Rio de Janeiro
e que ainda este ano estará atuando no mercado
paulista. Vassimon afirma que pretende participar ativamente do Sindicato. “Acho que se você esta em uma
atividade, participa dela, tem que contribuir no sentido
de melhorar, dar uma parcela daquilo que conhece em
prol da coletividade”.
Por Ana Azevedo
Órgão de Divulgação do Sindicato Interestadual do Comércio de Lubrificantes - SINDILUB
Presidente: Laercio dos Santos Kalauskas
Vice-Presidente: Lucio Seccato Filho
Diretor Secretário: Carlos Abud Ristum
Diretor T
esoureiro: Jaime Teixeira Cordeiro
Tesoureiro:
Diretor Social: Antonio da Silva Dourado
Diretor Executivo: Ruy Ricci
Av. Imperatriz Leopoldina, 1905 - Cj. 21 - V. Leopoldina - São Paulo - SP - 05305-007 - Fone/Fax: (11) 3644-3440/3645-2640
Coordenadora: Ana Leme - Site: www.sindilub.org.br - E-mail: [email protected]
Jornalista responsável: Ana Azevedo - MTB 22.242
Editoração e F
otolito: iPressnet - Fone: (11) 3644-5596 - www.ipressnet.com.br
Fotolito:
Toda matéria é de inteira responsabilidade de seu autor. Sua publicação visa despertar o debate sobre o assunto a que se refere.
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Fique por Dentro
IPEM REPROVA 13 MARCAS
O Instituto de Pesos e Medidas (Ipem), órgão vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do
Estado de São Paulo, realizou no dia 14 maio, uma fiscalização para verificar a quantidade de produto nas embalagens de 38 marcas de óleo lubrificante automotivo. A
verificação, realizada no Estado de São Paulo, terminou
com a reprovação de 13 marcas.
De acordo com o chefe de fiscalização de produtos
pré-medidos do Ipem, Paulo Lopes, esse tipo de fiscalização tem como objetivo coibir a venda de mercadorias
fora das especificações, evitando prejuízo do consumidor direto e também de empresas que compram em grandes quantidades.
Os fiscais verificaram 58 lotes de óleos lubrificantes
automotivos, coletados em revendas de óleo, postos
de gasolina e hipermercados. No total, 16 lotes apresentaram erros quantitativos e 13 marcas foram reprovadas nos exames. “Todos os produtos que apresentaram
irregularidades foram autuados e agora os produtores
estão sujeitos a uma penalidade que pode chegar a R$
50 mil, podendo dobrar o valor no caso de reincidência”, explica Lopes.
Os produtos foram analisados nos sete laboratórios
do Estado: São Paulo, Bauru, Campinas, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, São José dos Campos e São José
do Rio Preto. Cada lote tem um número de amostras que
varia de cinco até 32 unidades, dependendo da quantidade existente no ponto de venda, no momento da coleta pelos fiscais do Ipem-SP.
A maior irregularidade foi constatada pelo laboratório
de Bauru, no óleo para motores à gasolina, álcool e GNV,
SAE 40-API-SE- “Fort Oil”, acondicionado pela empresa
Speed Oil Ind. Com. de Lubrificantes e Petróleo Ltda.
As 12 amostras analisadas
do produto, de 1 litro,
apresentavam em média,
115,5 ml a menos do que o
declarado na embalagem.
Uma falta de 11,55%.
No segundo lugar aparecem os exames de Presidente Prudente. As 20
amostras do óleo para motores SAE 40 SE “GT Oil”, de
500 ml, da empresa Regelub Lubrificantes Ltda, continham em média, 25,3 ml (-5,06%) a menos do que o informado na embalagem. A mesma marca foi reprovada
por erros menos expressivos também nos exames da capital paulista (-1,88% em média, em 14 amostras), e Campinas (erros individuais superiores aos tolerados em cinco das 14 amostras coletadas).
Na Capital foi registrado o terceiro maior índice de
irregularidade. Foram analisadas 20 amostras de 1 litro
do óleo lubrificante “DX Lub”, da LWA Ind. e Com. de
Lubrificante Ltda., e constatou-se uma falta, em média,
de 44,1 ml do produto (-4,41%).
Lopes explica que as empresas autuadas têm um prazo de 10 dias para apresentar defesa e após esse período
o órgão homologa uma penalidade. Pela legislação o
óleo lubrificante precisa obedecer a dois critérios, o primeiro é o individual, no qual é retirada uma amostra de
um lote, que pode variar de cinco a 80 unidades; dependendo dessa amostragem é permitido um número de
unidades viciadas, ou seja, que extrapolem aquele erro,
obedecendo a uma tabela pré-determinada.
O outro critério é o da média, que não possui um valor fixo de tolerância e leva em conta o desvio padrão.
“Nós pesamos as embalagens e calculamos o desvio
padrão. O maquinário é tão preciso que não necessita de
tolerância, mas há equipamentos que em função de sua
concepção, apresentam uma certa variação. Nesse caso
a legislação dá uma pequena tolerância, que por sua vez
é limitada pelo erro individual”.
A FISCALIZAÇÃO
A fiscalização do Ipem-SP utiliza regulamentos técnicos para verificar a correspondência entre a quantidade
declarada e a quantidade real dos produtos. Os técnicos
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chegam a essa comprovação por meio do cálculo em que
é subtraído o peso da embalagem fechada (peso bruto)
daquele da embalagem vazia. O resultado é dividido pela
densidade do produto. O total dessa conta deve dar igual
ao que foi informado pelo fabricante na embalagem.
Uma série de cuidados especiais é levada em conta no
caso de óleo automotivo. O líquido das amostras, coletado em um instrumento medidor chamado picnômetro, em
que é feito o cálculo da densidade, deve estar à temperatura de 20 °C. As embalagens vazias têm de estar perfeitamente limpas e secas na hora da pesagem.
A indicação quantitativa, aposta na embalagem pelo
responsável pelo produto, obedece a normas específi-
cas. Por exemplo, deve estar na vista principal, em cor
contrastante, para transmitir ao consumidor uma fácil, fiel
e satisfatória informação da quantidade comercializada.
Além de ser aberto à imprensa, todas as análises quantitativas nos laboratórios de pré-medidos do Ipem-SP
podem ser acompanhadas pelos fabricantes ou responsáveis pelos produtos, convidados a presenciar os exames metrológicos.
Estes recebem antecipadamente o comunicado de que
o produto foi coletado para a análise e o convite para
presenciar a verificação na data determinada, mas a ausência destes não impede a realização dos exames.
Por Ana Azevedo
FEDERAÇÃO REALIZA ELEIÇÕES
Nota
Foi eleita no último dia 15 de maio, a nova diretoria da
Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes – Fecombustíveis. O evento foi realizado na sede
da Confederação do Comércio, no Rio de Janeiro, durante reunião Ordinária do Conselho de Representantes.
Participaram da reunião todos os presidentes de Sindicatos que integram a Federação, sendo o Sindilub representado pelo diretor Ruy Ricci. A disputa, em chapa
única, manteve à frente da Federação o atual presidente
Gil Siuffo Pereira, assim como o primeiro vice-presidente
Paulo Miranda.
Após a apresentação da chapa, o presidente Gil Siuffo
agradeceu a indicação, mas voltou a manifestar sua intenção de manter-se afastado do cargo. Depois de inúmeras considerações, ficou decidida a votação da chapa
da maneira como foi apresentada.
Imediatamente após a eleição, o presidente Gil Siuffo
pediu afastamento do cargo, voltando a assumir a presidência o vice Paulo Miranda. Em seu discurso de posse,
Miranda manifestou a preocupação da Entidade em acompanhar a evolução dos revendedores, para tanto, pretende fazer uma reestruturação.
Para exemplificar essa preocupação foi entregue aos
presentes um artigo publicado na Bélgica, o qual mostra
que o processo de verticalização que vem encurtando o
espaço do revendedor no mercado é mundial. De acordo com o texto, a Bélgica tinha 6.200 postos em 1997;
em primeiro de janeiro este número caiu para 3.200.
Por Ana Azevedo
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Entrevista
COMEÇA A CRUZADA DOS LUBRIFICANTES
Nos próximos meses o segmento de lubrificantes deve
passar por uma verdadeira revolução, a mesma vivida pelo
de combustíveis nos últimos anos. A aposta é de Aldo
Guarda, empresário que atua no setor de combustíveis
há 42 anos, já foi presidente do Sindicato do Comércio
Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo, e hoje, além de comandar uma empresa no segmento
de aditivos para lubrificantes e combustíveis, é diretor técnico da Fecombustíveis (Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes). A avaliação do empresário deriva dos movimentos já sinalizados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). “Numa primeira coleta,
eles descobriram que 60% dos lubrificantes apresentavam problemas, da falta de aditivos à adulteração do óleo
básico”. Para falar sobre o tema, Aldo Guarda concedeu
uma entrevista exclusiva a Sindilub Press
Press, leia abaixo os
melhores trechos da conversa.
Sindilub Press – Por que a história está se repetindo?
Aldo Guarda – Os dois setores – combustíveis e lubrificantes – passaram pelas mesmas crises, mas as coisas
são mais complexas no setor de combustíveis. Na época
em que a ação da ANP começou, a estrutura era bem
menor, com o segmento mais amplo, foi necessário mais
tempo para localizar os casos de sonegação e de adulteração do combustível. No setor de lubrificantes, o processo deve ser mais rápido, acredito que tudo chegue ao
fim em seis ou sete meses.
SP – Quais são os principais problemas no setor
de lubrificantes?
Guarda – Nos últimos anos, houve, da parte de uma
gama de empresários, uma ausência de compromisso com
a qualidade. Decorrente, claro, da falta de fiscalização.
Temos empresas colocando lubrificantes no mercado compostos de óleo sem nenhuma aditivação. Todos sabem
que na hora de registrar um lubrificante junto à ANP é
preciso apresentar a formulação, o que muita gente faz é
apresentar uma fórmula e usar outra na hora de fabricar.
Há produtos no mercado sem registro ou com número
de registro falso. Até então a ANP não fiscalizava, por
falta de tempo e por estar mais preocupada com o setor
de combustíveis.
SP – Este cenário mudou?
Guarda – Sim, há dois anos eram 40 fiscais para cuidar de 30 mil postos de revenda de combustíveis, 40 mil
distribuidores de gás e quase 200 distribuidores. Hoje a
Agência já sabe onde estão os problemas do setor de
combustíveis e está se voltando para o de lubrificantes.
SP – Por que chegamos a esta situação?
Guarda – É preciso voltar no tempo para entender o
que aconteceu nos últimos anos. Até pouco antes da promulgação da Constituição de 1988, os preços de combustíveis e lubrificantes eram tabelados e sobre o valor
incidia um imposto único. Sem eficiência era impossível
ser lucrativo na fabricação de lubrificantes, por exemplo.
Mas, primeiramente, veio a liberação dos preços e logo
depois a mudança na forma de tributação. A Constituição determinou que PIS, Cofins e ICMS passassem a
incidir. Foi a primeira experiência amarga do setor.
SP – Em que sentido?
Guarda – Os impostos pesados abriram os olhos e despertaram a atenção dos sonegadores. Foi uma enxurrada
de ações na Justiça, questionando a cobrança de impostos e inúmeras liminares, suspendendo a incidência dos
impostos. Você tinha concorrentes com diferença de
25% no custo, um que pagava os impostos e outro
beneficiado pela liminar. O resultado foi que todos
os empresários tiveram que recorrer à Justiça para
fugir dos impostos e garantir a competitividade. A
situação atraiu para o segmento, tanto de combustíveis, quanto de lubrificantes, gente sem qualquer
preocupação com a qualidade.
SP – Então isso criou uma distorção no mercado?
Guarda – Exatamente. Mesmo com o fim da farra
tributária, quando a Justiça decidiu em instância superior que a cobrança dos impostos era legal e as liminares
foram todas caçadas, o mercado já estava infestado de
fabricantes descomprometidos com a qualidade. Gente
que fabricava, e ainda fabrica, lubrificante composto
de óleo básico apenas, sem aditivo, porque o
aditivo, que compõe 5 ou 10% do produto, é o item que encarece.
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SP – Mas se a ANP agir nesta direção, o consumidor vai ficar cada vez mais preocupado com a qualidade do lubrificante que coloca no carro, como aconteceu com os combustíveis?
Guarda – Com certeza, e entidades, como o Sindilub,
têm um papel importante na conscientização da sociedade. E, quando falamos em fabricantes irregulares, não
estamos falando de “fabriquetas”. O consumidor vai ficar
com o pé atrás quando tudo isso começar a ser divulgado pela mídia, como foi com o combustível.
SP – Como os revendedores de lubrificantes devem agir daqui para frente?
Guarda – Ninguém quer colocar o próprio negócio
em risco, portanto é preciso ficar muito atento à procedência do produto adquirido. Qualquer pessoa que atua
neste ramo sabe que, se um litro de óleo básico custa
R$ 2,00, não é possível comprá-lo a R$ 2,50 porque
sobre o valor tem que incidir ainda o custo do aditivo,
do frasco, do rótulo, da tampa, da caixa, do transporte
e a carga tributária. Se está mais barato, tem sonegação ou adulteração. Não existe mágica. Hoje chegamos ao cúmulo de possuir no mercado as indústrias
itinerantes, elas se estabelecem em um Estado, começam a produzir, seis ou sete meses depois, se mudam,
fugindo da fiscalização. Percorrem assim vários Estados
e continuam vendendo seus produtos.
SP – Como a ANP pode lidar com isso?
Guarda – Fiscalizando o ponto de venda, se a agência recolher o produto na prateleira, o revendedor nunca
mais compra e você mata a indústria irregular.
Por Marcela Matos
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Meio Ambiente
GMP QUER HARMONIZAR A FISCALIZAÇÃO
Harmonizar a atuação dos órgãos ambientais estaduais.
Essa foi a principal temática da reunião dos representantes
do Grupo de Monitoramento Permanente da Resolução 362,
que aconteceu no dia 9 de maio, em Brasília, e foi presidida
pela coordenadora do Grupo, Fernanda Helena F. Leite, que
também é Secretária de Mudanças Climáticas do Ministério
de Meio Ambiente.
Durante a primeira reunião em 2007, foi levantada a discussão sobre a desinformação dos órgãos ambientais, em
todas as esferas, quanto às exigências da Resolução 362/
05, mesmo após dois anos da sua publicação.
O maior problema dessa desinformação é que esses órgãos são os responsáveis pela fiscalização, o que acaba
gerando uma fiscalização muito rigorosa em alguns Estados e em outros as autoridades permitem a queima do óleo
usado o que conflita diretamente com a Resolução.
O diretor do Sindilub, Ruy Ricci, explica que o Grupo
trabalha para encontrar caminhos para harmonizar os procedimentos da fiscalização em todo o país, o que poderá
ser realizado com a edição de uma cartilha com instruções
elementares sobre o que prevê a Resolução, de forma a
facilitar o acesso dos fiscais às informações.
Ricci destaca que o problema tem origem no volume limitado de coleta estabelecido pela Resolução, que hoje está
em 30%, o que agrava ainda mais a confusão e propicia o
desvio. “Esse volume gera excedentes no mercado, segundo
relatório apresentado pelos representantes do rerrefino, que
acaba sendo ignorado pelo órgão ambiental. Uma das recomendações defendidas por uma parte dos integrantes do
Grupo, seria aumentar esse percentual para 35%”.
O Sindilub sugeriu à coordenação do Grupo de Monitoramento que para garantir o bom andamento dos trabalhos fosse cobrada a efetiva participação do representante
nomeado ou de seu preposto, às reuniões, e que somente
estes pudessem fazer uso da palavra. Solicita ainda que seja
verificada a possibilidade de se destituir o membro que deixe de comparecer a duas reuniões consecutivas, pois quando do seu retorno ele entrava os trabalhos por não estar
ciente do que foi discutido anteriormente.
Por Ana Azevedo
LUBRAX VALORA: UM LUBRIFICANTE DE ÚLTIMA GERAÇÃO
A inovação no mercado de lubrificantes tem nome e sobrenome. A Petrobras Distribuidora lançou o Lubrax Valora.
O produto foi desenvolvido especialmente para atender aos
requisitos de motores a gasolina, álcool, GNV e bicombustíveis
de veículos Ford, GM, Honda e Toyota, que exigem um lubrificante com grau de viscosidade SAE 5W-30.
O Lubrax Valora é um óleo multiviscoso. Em razão da
sua faixa de viscosidade e da presença de um agente
especial redutor de atrito em sua formulação, oferece
menor resistência ao motor, proporcionando economia
de combustível. Mais uma vez, a BR confirma a sua
expertise em desenvolver produtos de alta tecnologia e
atender a novas demandas do mercado. “Nossa estratégia é oferecer o óleo certo para cada tipo de aplicação
automotiva, agregando valor para o consumidor. Se uma
determinada montadora necessita de um produto diferenciado, vamos trabalhar para desenvolver uma nova
formulação, exatamente como no caso do Lubrax Valora”,
afirma Marcelo Roma, coordenador de lubrificantes da
Gerência de Marketing da Rede de Postos da BR.
nhecimento que obtivemos nas pistas de Fórmula 1. Na
categoria, os motores funcionam em regime de altíssimo
giro”, explica Flávio Gusmão, engenheiro de produto da
fábrica de lubrificantes da BR.
O American Petroleum Institute classificou o Lubrax
Valora no nível de desempenho API SL/Energy Conserving
(economia de energia). O lubrificante conquistou ainda
os certificados de nível de desempenho europeu ACEA
A1-02/A5-02 e ACEA B1-98/B3-98, que atestam economia
de combustível e proteção para motores a gasolina e
diesel de alta rotação, respectivamente.
Elaborado a partir de óleos básicos especiais de alto
desempenho, o Lubrax Valora oferece mais uma vantagem: eficiência na refrigeração, algo fundamental em caso
de congestionamentos no trânsito. “Para chegarmos à
proporção ideal entre os óleos básicos e o aditivo
melhorador do índice de viscosidade, utilizamos o co-
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OPERAÇÃO QUALIDADE DOS LUBRIFICANTES
SAI O PRIMEIRO RESULTADO DO MONITORAMENTO
A Agência Nacional do Petróleo,
Gás Natural e Biocombustíveis (ANP),
divulgou os primeiros resultados do
Programa de Monitoramento da Qualidade dos Lubrificantes (PMQL). Apesar dos índices de não-conformidades registrados, já foi possível detectar um avanço, segundo a coordenadora de lubrificantes do Centro
de Pesquisa e Análises Tecnológicas
da ANP, Maria da Conceição França.
Ela explica que os resultados obtidos por ocasião do teste piloto estavam mais preocupantes. “A divulgação no mercado dos altos índices
de não-confomidades detectados
pela Agência, levou os agentes a procurar a ANP para atualizar as informações relativas aos seus produtos.
Embora o percentual ainda continue
elevado, acreditamos que, como
ocorreu nos combustíveis, o Programa de Monitoramento da Qualidade
dos Lubrificantes conduzirá à
melhoria da qualidade dos produtos
comercializados no país”.
O resultado do PMQL do mês de
maio foi o primeiro a ser divulgado
no site da ANP e aponta que nas
103 amostras de lubrificantes
coletadas nos estados do Rio de
Janeiro, São Paulo, Goiás, Bahia,
Tocantins e no Distrito Federal,
16,5% estavam com problemas de
registro, 32% apresentaram problemas nos rótulos e 22,1% tinham problemas de qualidade.
A avaliação do item “qualidade”
foi realizada somente nas amostras
com registro válido, o correspondente a 83,5% do total – 86 amostras. As principais não-conformidades por “qualidade” foram
aditivação incorreta – 52%, e ausência de aditivos – 32%. “Verifica-
mos que o mercado demonstrou
preocupação em se adequar à legislação da ANP, refletindo diretamente na melhora dos índices de
não-conformidades em geral”, comenta Conceição.
A equipe da ANP constatou que
muitos produtores de lubrificantes
não vinham atualizando as informações referentes aos seus produtos.
Para promover essa adequação, a
Agência realizou diversas reuniões
e visitas às empresas produtoras,
dando oportunidade aos agentes
econômicos de atualizar seus registros e informações junto à ANP.
No mês de maio foram
detectadas 17 marcas
sem registro
Por outro lado, a fiscalização
desenvolveu ações que resultaram
em autuações de agentes de mercado e exigiram a integração de diversos setores da Agência, para
atender às especificidades e a complexidade das informações técnicas
tratadas no segmento. “A Fiscalização já está em campo para autuação e interdição de empresas sem
autorização para produção e
comercialização de óleos e graxas
lubrificantes e, autuação e apreensão de produtos não registrados”,
lembra a coordenadora.
De um modo geral, Maria da
Conceição diz acreditar que as não-
conformidades podem ser conseqüência de uma falta de adequação à legislação por parte dos fabricantes. “Mas acreditamos também, que em decorrência da grande abertura do mercado podem
ocorrer casos de falta de compromisso com a qualidade”.
No mês de maio foram detectadas 17 marcas sem registro. O
Programa de Monitoramento da
Qualidade dos Lubrificantes tem
por objetivo acompanhar sistematicamente a qualidade dos óleos
comercializados no país, permitindo o melhor direcionamento das
ações de Fiscalização. O principal alvo do Programa são os óleos lubrificantes para motores
automotivos comercializados no
mercado revendedor.
Ao contrário do que acontece
no Monitoramento dos combustíveis, não é possível determinar qual
a região do país com maior índice
de não-conformidades. “Os índices
do PMQL são distintos do PMQC,
pois dependem das amostras aleatoriamente coletadas não sendo
correlacionadas, por enquanto,
com o Estado em si. Na maioria das
vezes, são produzidos em um estado e coletados em outro”, explica
a coordenadora.
Segundo Maria da Conceição, a
ANP pretende trabalhar em conjunto com os Sindicatos. “Consideramos essa interação extremamente
importante e trará benefícios e apoio
ao PMQL como, por exemplo, nas
questões das coletas, e também facilitará a divulgação das nossas orientações às empresas do setor”.
Por Ana Azevedo
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Histórias do Dia-a-Dia
SIGA LA VACA
Muito deprimido e agora
preocupado com o futuro de
“vacas magras”, o empresário
deu fim ao seu projeto cancelando tudo que havia contratado. Tendo em vista a nova
situação, que enfrentaria, seguindo a orientação do seu
amigo, mudou seu perfil tomando atitudes severas: passou a trabalhar com produtos
mais baratos, desligou o luminoso, demitiu funcionários antigos e contratou mão-deobra sem experiência.
Um experiente proprietário de troca de óleo conhecido pela excelência de atendimento e por utilizar produtos de alta tecnologia, estava com suas instalações apertadas por causa da crescente demanda e por isso precisava de mais espaço e melhor comodidade.
Empreendedor, dispôs-se
a investir suas reservas no
melhor ponto de uma estrada de grande movimento, num terreno que comprara
há anos. Deu início ao projeto com instalações mais
espaçosas, sala de espera, ar condicionado e equipamentos de última geração, prevendo até mesmo
uma loja de conveniência. Para divulgar o empreendimento encomendou orçamentos de luminosos com
grande capacidade de comunicação visual, folder e
propaganda na rádio local.
Um amigo, economista graduado em uma
renomada universidade Argentina e residente no mesmo país, foi visitá-lo. Entusiasmado o dono da troca
de óleo contou em detalhes seus planos, seu amigo
imediatamente ficou em pânico:
- Você perdeu o juízo? Você não acompanha os jornais? Estamos à beira de uma crise, uma provável recessão,
sem falar na falta de energia. Neste momento todos estão
fazendo reservas e você aí, rasgando dinheiro?
Sua excelência em produtos e serviços deixou a desejar. Começaram as reclamações e conseqüentemente
a perda de clientes, que obviamente migraram ao concorrente. Faliu e fechou. Então o empresário pensou:
- Não é que o meu amigo tinha razão?
“O pessimista trás junto a si infelicidade. Situações
complicadas surgem a todo instante numa empresa. Todavia devemos ser mais empreendedores e menos pessimistas, transformando problemas em oportunidades”.
Por Thiago Castilha
Conte a sua história
Entre em contato com o Thiago no Sindilub e marque um horário.
Fone: (11) 3644-3440 / e-mail: [email protected]
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PARTICIPE
1° ENCONTRO DOS REVENDEDORES DE LUBRIFICANTES – 2007
O Sindilub promove no próximo dia 14 de agosto, o “1°
Encontro dos Revendedores de Lubrificantes - 2007”. O evento tem por objetivo permitir que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis - ANP, realize uma
exposição sobre o trabalho de revisão da legislação do setor de lubrificantes, além de registrar a comemoração dos
15 anos do Sindicato.
De acordo com o diretor executivo Ruy Ricci, o Sindilub
aproveita a oportunidade para promover a integração da
Revenda de Lubrificantes com o órgão do Governo, ANP,
destacando a atitude de transparência ao apresentar no evento a sua proposta para regulamentação da Atividade de
Revendedor Atacadista.
O Encontro terá o patrocínio da BR Distribuidora, da
Planthae Consultoria Ambiental e da Lwart Lubrificantes, que
ainda abrilhantarão o evento com palestras técnicas sobre
suas áreas de atividade. Já confirmaram presença os Superintendentes de Abastecimento, Qualidade e Fiscalização
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da ANP, Roberto Ardenghy, Maria Antonieta de Souza e
Jefferson Paranhos, e os Especialistas em Regulação da Superintendência de Abastecimento, Tatiana Petricorena e
Carlos Eduardo Monteiro.
Por Ana Azevedo
Local: Espaço Apas Centro de Convenções
Auditório Estados Unidos
R. Pio XI, 1.200 – Alto da Lapa – São Paulo - SP
Horário – 13 às 18 horas
Informações e Inscrições:
(11) 3644-3440 / 3645-2640
ou pelo site www
.sindilub.org.br
www.sindilub.org.br
Patrocínio
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