Antonio do Caboco e Joaquim Gomes
Transcrição
Antonio do Caboco e Joaquim Gomes
MÊS DE SETEMBRO - ANO I - EDIÇÃO I PÁGINA 04 ESPERA FELIZ - MINAS GERAIS ANTÔNIO DO CABOCO O filho mais velho de Caboco era o Antonio Gomes da Silva. Antônio trabalhava sempre com alguns empregados, tais como Tim da dona Sebastiana, Edinho da Luzia e Zé Muchiba. No mesmo quarto de Antônio que era filho, dormiam os empregados. Naquela casa não havia separações. Antonio que sempre trabalhou muito, teve por doação uma propriedade nas proximidades de São Sebastião da Barra onde foi viver quando se casou. Na casa de seu pai, Antonio era a referencia. Gostava de cantar músicas da época que aprendia no rádio em um programa chamado Musifone de uma Emisora AM do Rio de janeiro. Colocava apelido em todo mundo. Colocava nome de cachorro nas pessoas e nome de pessoas nas vacas. Tratava como um anjo o irmão adotivo o Carlinhos a quem as vezes tratava de Noca. Tratava dona Lilita de Véia e David seu irmão mais novo, de Artur. Freqüentava todos os bailes de família da região e costumava beijar carinhosamente a face da dama com quem dançava. Conversava quase nada com sua mãe para evitar ofende-la, no entanto não comia outra comida que não fosse das mãos sagradas dela. Amava as pessoas simples, como por exemplo seu padrinho Julio Camacho, João Matilde e outros. Antônio se casou com uma das mais lindas jovens da região, sua prima Nicéia Gomes, filha do Joaquim David. A jovem Nicéia, se tornou uma grande mulher pelo seu exemplo de vida. Viveu com ele um bom tempo e adquiriram Márcia, Marcos e Marcele e educaram com muita fibra, fazendo deles pessoas honradas da sociedade. Antônio morreu deixando uma herança de boa convivência, o que sempre procurou na vida. Nesta foto, os filhos de Antônio sobrinhos e sua mãe dona Lilita Antonio, Nilceia, Pite e Maroca JOAQUIM DAVID E DONA BEATRIZ Na Soledade ficou o Joaquim Gomes da Silva, o (Joaquim Davi). Um dia falou com orgulho que era xará do pai de Nossa Senhora, quando acabara de ouvir uma prece cheia de esplendor na voz de Alziro Zarur. Preservou a casa de oração espírita em seu terreno, onde era freqüentada por pessoas importantes daquela localidade rural, como o senhor Leopoldo, o presidente na época. A casa também era frequentada por Jacinto Monteiro, Etelvino Monteiro, Caboco Gomes, Sebastião Cearense e a esporadicamente pelo respeitadissimo Coletor Itair Nacarati. Joaquim tinha uma franqueza ao falar. Não falava de ninguém pela ausência, chamava mesmo a atenção, principalmente de seus dependentes, empregados e filhos, em caso de comportamento inadequado. Falava e agia rigorosamente, mas não conservava rancor de ninguém. Era um coração pronto para a caridade, assim como prega o Espiritismo, Doutrina que professava ao pé da letra. Dona Beatriz, Memei e Veneranda e Nadir Mariana Joseph Ana Beatriz Joaquim e Beatriz O moinho de fubá e a água represada que vinha de cima da fazenda do Murilo, movia também um monjolo. Em baixo a manga de suínos e o paiol sempre com muito milho, muita criação e o curral onde acontecia a ordenha de todo dia. A casa grande com terreiro, uma varanda onde havia um caixotão onde as pessoas se sentavam. Dali entravam para a cozinha e comiam o que tivesse da despensa ou no fogão. Dona Beatriz, filha de Jove Anacleto, foi a mulher com quem se casou e viveu mais de cinqüenta anos. Ela está felizmente entre nós, na graça da longevidade, mediante o comportamento de extrema bondade. Dona Beatriz sempre foi muito bonita, muito carinhosa com os pobres, muito receptiva em sua casa. Ao lado do marido ela educou com amor e exemplo os filhos Mariana, Nilcéia, Paulo, Joseph, Isolina e Meimei, que nunca deixaram a desejar quanto ao caráter, São cidadãos íntegros como o pai ensinou. Nilceia casada com Antonio do Caboco, Mariana Rosene a mais velha mantém uma grande semelhança de vida do pai, Meimei, uma iluminada como dizia seu pai, por causa do nome e Isolina se destaca em empreendedorismo ao lado do esposo Deneir Turler. Joaquim, segundo a sua doutrina, está na espiritualidade, ainda quem sabe em preparação para ajudar outros espíritos.