Maquinários Maquinários Maquinários

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Maquinários Maquinários Maquinários
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Revista
Ano 5 / Edição 27 / Mai-Jun de 2012 / www.editorastilo.com.br
Graxaria Brasileira
Reciclagem Animal
Maquinários
As graxarias brasileiras estão mais ágeis,
limpas e altamente produtivas
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Revista
Ano 5 / Edição 27 / Mai-Jun de 2012 / www.editorastilo.com.br
Graxaria Brasileira
Reciclagem Animal
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Maquinários
As graxarias brasileiras estão mais ágeis,
limpas e altamente produtivas
Edição 27 - Mai/Jun 2012
Prezado Leitor
Realizada no mês de maio, em São Paulo, a 7ª FENAGRA – Feira
Internacional das Graxarias é o mais fiel retrato da indústria brasileira
de reciclagem de resíduos de origem animal. Nesta edição houve um
crescimento de 40% na área da feira e 20% em número de expositores
em relação ao ano anterior, o que sinaliza o bom momento que o setor
atravessa.
O evento não serviu apenas de palco para as empresas
apresentarem as novidades e tendências para as indústrias de ração
animal, cosméticos, produtos de higiene e limpeza, biodiesel, entre
outras áreas. Durante a FENAGRA, aconteceu também o lançamento
da Associação Latino-Americana de Plantas de Rendimento (ALAPR),
que tem a participação de sete países: Colômbia, Costa Rica, México,
Argentina, Chile, Brasil e Venezuela. O objetivo da entidade é unir
interesses e fortalecer o setor latino-americano.
Confira nesta edição as novidades e a opinião de quem participou
do evento, que em paralelo, sediou o XI Congresso Internacional
de Graxaria – promovido pelo SINCOBESP – Sindicato Nacional dos
Coletores e Beneficiadores de Subprodutos de Origem Animal.
Lucas Cypriano, o novo gerente técnico da ABRA – Associação
Brasileira de Reciclagem Animal – é o entrevistado deste mês.
O zootecnista fala sobre as suas próximas metas na entidade, as
prioridades da associação e analisa como o Brasil está posicionado
mundialmente no mercado de Resíduos de Origem Animal.
Como as graxarias brasileiras estão equipadas? Este assunto também
foi abordado em nossas próximas páginas, onde apresentamos as
recentes novidades dos fornecedores de máquinas e equipamentos.
Boa Leitura!
Daniel Geraldes
Editorial
CAPA ed 27 E.pdf
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Sumário / Expediente
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Diretor
Daniel Geraldes
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Notícias
Em
Em
foco
foco
Editor Chefe
Daniel Geraldes – MTB 41.523
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Jornalista Colaboradora
Lia Freire - MTB 30222
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Publicidade
Luiz Carlos N. Lubos
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Direção de Arte e Produção
Leonardo Piva
Denise Ferreira
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Conselho Editorial
Bruno Montero
Claudio Mathias
Clênio Antonio Gonçal ves
Daniel Geraldes
José Antonio Fernandes Moreira
Luiz Guilherme Razzo
Valdirene Dalmas
Em
foco
3
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Em
foco
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De
olho no mercado
Índices
Capa
de mercado
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Distribuição
ACF Alfonso Bovero
na qualidade
Entrevista
Caderno
Ponto
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técnico
de vista
Fontes Seção “Notícias”
BeefPoint, Avisite, Valor Econômico,
Gazeta Mercantil, Sincobesp, Abra,
Sindirações, National Render,
Embrapa, Biodiesel, AgriPoint,
Aliança Pecuarista.
Capa: www.123rf.com
Impressão Gráfica
Referência Editora
_ 44
Pet Food On Line
Foco
_ 42
Comitê Tecnico
Cláudio Bellaver
Dirceu Zanotto
Lucas Cypriano
1
_ 62
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Editora Stilo
Rua Sampaio Viana, 167 - Conj. 61
Cep: 04004-000 / São Paulo (SP)
(11) 2384-0047
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A Revista Graxaria Brasileira é uma
publicação bimestral do mercado
de Graxarias, clientes de graxarias,
fornecedores de: máquinas,
equipamentos, insumos, matérias-primas,
biodisel, frigoríficos e prestadores
de serviços, com tiragem de 4.200
exemplares.
Distribuída entre as empresas nos setores
de engenharia, projetos, manutenção,
compras,
diretoria, gerentes. É enviada aos
executivos e especificadores destes
segmentos.
Os artigos assinados são de responsabilidade
de seus autores e não necessariamente
refletem as opiniões da revista.
Não é permitida a reprodução total
ou parcial das matérias sem expressa
autorização da Editora.
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MAPA aumenta controle em produtos de origem
animal
A lista de substâncias com os limites máximos de resíduos
permitidos e o número de amostras que serão analisadas pelo
Subprograma de Monitoramento em Carnes (bovina, aves, suína
e equina), Leite, Pescado, Mel, Ovos e Avestruz, no exercício de
2012, foi divulgada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa).
O Subprograma, que faz parte do Plano Nacional de Controle de Resíduos Biológicos em Produtos de Origem Animal
(PNCRB), é atualizado anualmente pela Coordenação de Resíduos e Contaminantes (CRC). O objetivo da medida – descrita na
Instrução Normativa nº 11 – é aprimorar o controle realizado para verificar e atestar a qualidade e a segurança dos produtos
consumidos no Brasil e exportados para outros países.
“A relação será enviada à Organização Mundial do Comércio (OMC)”, explica o coordenador do CRC, Leandro Feijó. Segundo
ele, foram incluídas substâncias novas e alguns limites máximos permitidos foram revistos. Em 2012, pelo menos 213 tipos de
resíduos serão examinados, enquanto no ano passado foram cerca de 180, refletindo um aumento de mais de 18% no número
de produtos monitorados.
Por meio do PNCRB, o MAPA fiscaliza a quantidade de contaminantes e de resíduos de produtos veterinários presentes
após serem utilizados pelos produtores rurais em seus sistemas de produção animal – como antimicrobianos e vermífugos.
Também identifica se as recomendações de uso aprovadas e disponíveis na bula do medicamento estão sendo obedecidas.
Fonte: MAPA, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
JBS detém 17,5% do mercado doméstico de
abate, estima Scot
O grupo JBS detém 17,5% da capacidade de abate do país, seguido pelos
frigoríficos Marfrig (6%) e Minerva (2,7%), de acordo com levantamento da consultoria
Scot.
Para o engenheiro agrônomo e diretor da Scot, Alcides Torres, o estudo demonstra
que não há situação de monopólio ou oligopsônio (forma de mercado com poucos
compradores e inúmeros vendedores) no Brasil, mas que em alguns Estados o cenário
é de concentração. “É preciso analisar regionalmente. Em Mato Grosso, por exemplo, temos monopólio, onde o JBS abate
48% dos bovinos”, explica Torres.
A organização dos produtores por meio de associações e o investimento em tecnologia são as saídas para enfrentar os
casos de exclusividade do mercado, acredita o engenheiro agrônomo. “Os produtores hoje estão pulverizados e precisam
ser os protagonistas da mudança. E, em alguns casos, embora o livre mercado seja a organização econômica mais adequada,
o governo pode intervir para fixar limites”, analisa.
Em Mato Grosso do Sul, a Federação de Agricultura e Pecuária (Famasul) realizou um mapeamento dos frigoríficos e
comprovou que as plantas de maior porte, com abate diário acima de mil cabeças, pertencem aos grandes frigoríficos. O
JBS tem atualmente 37% do mercado no estado e pode chegar a 42% com a aquisição do frigorífico Independência. O
Marfrig tem 11% do mercado, seguido pelo grupo Navi Carnes, com 7%, e o Minerva, com 5%.
O levantamento da Famasul também se deparou com a ociosidade de 19% no setor. Das 35 unidades para abate com
Sistema de Inspeção Federal (SIF), com potencial de produção de 16,4 mil cabeças por dia, 25 estão em operação e abatem
13,2 mil cabeças de gado por dia.
Fonte: Valor Econômico
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Movimento tenta combater monopólio dos
frigoríficos
Teve início na semana passada o Movimento Nacional Contra o Monopólio dos Frigoríficos, encabeçado por entidades
representativas do setor pecuário, que visa combater a concentração crescente de empresas frigoríficas em grandes grupos
de atuação nacional. No último dia 14, as nove entidades participantes do movimento realizaram uma mobilização em Campo
Grande (MS). De acordo com a Associação de Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), oito frigoríficos respondem por 29,4%
de todo o abate no País, enquanto que no Mato Grosso do Sul, três frigoríficos respondem dos 70% dos abates.
O movimento alega que a redução do número de frigoríficos deixa os pecuaristas sem opção para a venda de bois, o que
favorece a manipulação de preços. Outra crítica das entidades é de que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES) tem financiado as aquisições e fusões praticadas por grandes grupos, contribuindo para o desequilíbrio do
mercado. O BNDES, por meio da assessoria de imprensa, comunicou que não vai comentar o caso.
Os pecuaristas esperam que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) analise os procedimentos de aquisição
das indústrias e também criaram um Conselho Nacional de Pecuária de Corte, com o objetivo de encaminhar as questões da
cadeia da carne nas instâncias políticas, administrativas e institucionais pertinentes. ‘’O Movimento atua para evitar o pior, que
seria o monopólio. A concentração gera um desequilíbrio na atividade econômica e o setor está caminhando a passos largos
nessa direção’’, ressalta Francisco Maia, presidente da Acrissul. Maia revela que a produção brasileira de proteína animal está sob
o controle de quatro grupos, o que reduz a opção de venda para o produtor.
Após a reunião realizada em Campo Grande (MS), as entidades encaminharam as demandas para a Comissão de Agricultura
do Senado e para a Frente Parlamentar da Agropecuária da Câmara, que já convocaram uma audiência pública sobre a questão.
Além disso, amanhã será realizada a primeira reunião do Movimento com a Secretaria de Direito Econômico, em Brasília. A
partir de então, serão definidas as providências a serem tomadas. A expectativa de Maia é de que a repercussão nacional do
assunto faça com que providências sejam tomadas. “É necessário que os pequenos e médios frigoríficos continuem existindo,
porque geram emprego e oportunidade aos pecuaristas, estimulando a concorrência e o livre mercado”, salienta. Outra demanda
apresentada por Maia é a criação de uma agência para regular essa situação de formação de grandes grupos.
Para o presidente da Associação Nacional dos Produtores de Bovinos de Corte (ANPBC), José Antonio Fontes, o Paraná ainda
não enfrenta esse problema devido ao próprio modelo de constituição da cadeia produtiva da carne bovina no Estado. Fontes
relata que as entidades estão entrando em contato com os políticos de cada estado para ampliar a discussão sobre a criação de
uma legislação que proteja o mercado e o produtor. “Estamos desenvolvendo um trabalho em conjunto para criar mecanismos
legais para proteger a relação da indústria com o pecuarista”, esclarece.
Frigoríficos - O presidente da Associação Brasileira dos Frigoríficos (Abrafrigo), Péricles Salazar, afirma que a entidade
acompanha a situação e está preocupada com a concentração dos frigoríficos, principalmente nos estados do Mato Grosso e
Mato Grosso do Sul.”Precisamos fortalecer os pequenos e médios frigoríficos que querem expandir e, para isso, eles precisam de
crédito. Não somos contra o financiamento dos grandes grupos, mas queremos que o BNDES democratize as linhas de crédito
para outros frigoríficos”, argumenta. O segundo encontro do Movimento será realizado em Cuiabá (MT), no dia 9 de julho.
Fonte: Folha Web
Graxarias faturam US$ 6 bi e se associam na
América Latina
O segmento de reciclagem animal, responsável por transformar
subprodutos da pecuária em farinhas e óleos graxos, movimenta
US$ 6 bilhões ao ano na América Latina, segundo estimativa do vicepresidente da recém-criada Associação Latino-Americana de Plantas de
Rendimento (ALAPR), Alexandre Ferreira. A entidade, formada durante
a FENAGRA, reúne seis países e indica que o ramo das Graxarias está se
organizando no Brasil e na região.
Empresas como a paranaense A&R Nutrição Animal, que tem cinco
plantas industriais e produz, a partir de ossos, sangue e sebo, 12 mil
toneladas de farinhas e gorduras por mês, estão se internacionalizando.
A companhia exporta para treze países e mantém constante prospecção
de novos mercados. Pretende crescer 10% por ano na próxima meia
década e conquistar a China.
“A associação [ALAPR] é muito importante porque vai espalhar
conceitos e informações, além de falar com os governos, entre todos os mercados [da América Latina]”, disse o diretorpresidente da A&R, Rodrigo Sória. “O Brasil é o segundo mercado de reciclagem animal no mundo. É uma tendência que o
setor caminhe em direção à formalização”, comentou Ferreira.
O representante e o empresário estiveram presentes na 7ª Feira Internacional das Graxarias (Fenagra). “O diferencial, neste
ano, foi a participação internacional”, observou Daniel Geraldes, diretor do evento. Empresários de 22 países passaram pela
feira, e foi no primeiro dia de realização que se lançou a ALAPR.
Representantes de uma companhia da Costa Rica que foram à Fenagra para prestigiar a oficialização da Associação
aproveitaram a viagem para fechar negócio com a A&R; - que, após lançar na África e na Ásia, agora terá produtos vendidos
n América Central. A princípio, encomendaram dois contêineres (40 toneladas), mas o volume deve chegar a 600 toneladas
mensais a médio prazo, de acordo com Sória.
“A expectativa de entrar para a América Central era grande, esse mercado está em desenvolvimento. Como toda a América
Latina, que é um mercado inicial, mas que está acontecendo”, analisou o executivo, que já havia conhecido os costa-riquenhos
em uma visita àquele país. “O mercado de graxarias está começando a mostrar sua importância à sociedade”, pontuou.
Fonte: Cenário MT
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Frigoríficos recuperam margens no 1º trimestre
A queda nos custos de produção de bovinos no país
impulsionou o resultado operacional dos frigoríficos no primeiro
trimestre, como demonstraram os balanços divulgados ontem
por JBS, Marfrig e Minerva. A maior oferta de animais para abate
e o recuo nos preços do boi gordo abriram caminho para que
as empresas apresentassem margens melhores, embora o efeito
da guinada do dólar sobre as dívidas tenha tirado um pouco do
brilho do resultado final.
A JBS registrou um lucro líquido de R$ 116,1 milhões no
primeiro trimestre deste ano, queda de 21% sobre o mesmo
intervalo do ano passado. Apesar dessa retração, a companhia
informou um lucro ajustado de R$ 240 milhões, 63,2% superior,
que desconta uma provisão de imposto que só teria efeito sobre
o caixa em caso a empresa fosse vendida. Na mesma base de
comparação, o lucro antes de juros, impostos e amortizações
(Ebitda, na sigla, em inglês) caiu 16,7%, para R$ 696,5 milhões,
enquanto a margem Ebitda recuou de 5,7% para 4,4%.
A Marfrig reportou um lucro líquido de R$ 34,5 milhões no
primeiro trimestre deste ano, valor 46,7% superior aos R$ 23,5
milhões registrados no mesmo período do ano passado. A
companhia reverteu ainda o prejuízo de R$ 138,6 milhões sofrido
no quarto trimestre de 2011.
O Ebitda (sigla em inglês para lucros antes de juros, impostos,
depreciação e amortização) do frigorífico foi de R$ 410,7 milhões
nos primeiros três meses deste ano, um aumento de 21,8%
quando comparado aos R$ 337,3 milhões no primeiro trimestre
de 2011. Já a margem Ebitda subiu de 6,4% para 7,8%, na mesma
base de comparação. O Ebitda ficou acima da média esperada
pelos analistas de mercado, que era de R$ 361 milhões.
Os negócios na área de carne bovina foram os principais
responsáveis pela melhora do Ebitda. Embora a receita líquida
da Marfrig Beef (divisão de bovinos da companhia) no trimestre
tenha registrado uma queda anual de 9,6% (de R$ 1,92 bilhão
para R$ 1,73 bilhão), o Ebitda aumentou em 28,5% (para R$ 202,1
milhões, ante R$ 157,3 milhões em igual período de 2011). Com
isso, a divisão de bovinos foi responsável por pouco mais de 61%
do aumento no Ebitda global da Marfrig.
E o resultado poderia ser ainda melhor, não fosse a forte
retração das exportações da Seara Foods, divisão de aves e suínos
da Marfrig. Influenciada pelos estoques de frango elevados
em mercados relevantes com os de Japão e Oriente Médio, as
exportações da divisão recuaram 17,1% na comparação anual,
para R$ 1,014 bilhão.
Mas, a despeito do fraco desempenho das exportações,
o desempenho da Seara Foods também foram positivo, com
destaque para o crescimento 24,6% das vendas no mercado
interno. A unidade reportou um Ebitda de 208,6 milhões, um
aumento de 15,8% ante o mesmo período do ano passado. A
Seara respondeu por 66,8% das vendas da Marfrig, embora tenha
entregado apenas 51% do Ebitda.
A Marfrig minimizou o risco de uma depreciação cambial
sobre seu endividamento. Ao fim do primeiro trimestre, mais de
75% de uma dívida bruta de R$ 8,63 bilhões estava lastreada em
dólar ou outras moedas. Desse total, apenas R$ 4 bilhões estavam
protegidos por meio de operações de hedge.
Apesar da grande exposição às oscilações do câmbio, Ricardo
Florence, vice-presidente de finanças e diretor de relações com
investidores da Marfrig disse que guinada do dólar frente o real
nas últimas semanas não representa uma ameaça. Pelo contrário,
“para nós, a desvalorização do real é extremamente vantajosa
porque melhora as nossas margens de exportação”, declarou. O
executivo sustenta que o nível de endividamento em dólar está
em linha com o volume de vendas em moeda estrangeira, que
responde por 75,3% da receita total da Marfrig.
O índice de alavancagem da Marfrig, medido pela relação
entre dívida líquida e Ebitda, ficou em 4,51 vezes no primeiro
trimestre de 2012, um ligeiro aumento em relação ao apurado
no trimestre anterior (4,45 vezes). Florence disse que essa relação
teria sido de 3,52 vezes caso a venda dos ativos de logística
da Keystone, em abril, tivesse sido concretizada no primeiro
trimestre.
O executivo observou, ainda, que a empresa possui recursos
suficientes em caixa para pagar 1,1 vez a dívida de curto prazo
(vencimento até o primeiro trimestre de 2013), que soma pouco
mais de R$ 3 bilhões. Perguntado sobre o vencimento, em julho,
de cerca de R$ 250 milhões referentes ao cupom anual das
debêntures conversíveis em posse do BNDES, Florence afirmou
que a empresa estuda opções junto ao banco de fomento sobre
o vencimento anual do cupom.
Já o Minerva amargou um prejuízo líquido de R$ 66,7
milhões no primeiro trimestre do ano, ante um lucro de R$ 14,6
milhões nos primeiros três meses de 2011. Apesar do resultado
mais fraco, a receita líquida da companhia cresceu 7,2%, na
comparação anual, para R$ 944 milhões.
O Ebitda, por sua vez, cresceu 28,1%, para R$ 77,2 milhões.
A margem Ebitda também subiu, de 6,8% para 8,2%, na
comparação entre os primeiros trimestres de 2011 e 2012. Tratase do melhor resultado para o período desde 2007.
O diretor presidente da companhia, Fernando Galleti
Queiroz, minimizou o prejuízo. Ele atribuiu o resultado mais fraco
ao impacto da desvalorização do real sobre a dívida e as recentes
operações de refinanciamento da companhia. “Descontados
esses efeitos, teríamos um lucro próximo de R$ 5 milhões”.
O presidente do Minerva afirmou ainda que a queda no
preço do boi gordo, fator que mais contribuiu para a melhora dos
indicadores operacionais, ficará “ainda mais evidente a partir dos
resultados do segundo trimestre”.
Fonte: Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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Notícias
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Concentração de frigoríficos mobiliza criadores
do MT e MS
Abras: sistema tributário pode estar
estimulando informalidade de abate
Pecuaristas do Mato Grosso e do Mato Grosso
do Sul se mobilizaram, em Campo Grande (MS),
para buscar medidas de contenção ao processo
de concentração da indústria frigorífica no País.
Os criadores de bovinos estão preocupados com
o esvaziamento da concorrência no setor, em que
apenas três empresas controlam um quarto da
capacidade de abates do País.
Os líderes do encontro, em carta, atribuíram
à política de crédito do Banco Nacional do
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) o
principal motivo pelo fechamento de mais de dez
frigoríficos de pequeno e médio portes, nos últimos
três anos, e o avanço das grandes companhias do
ramo em direção ao monopólio. Receberam apoio
de pecuaristas do Pará e de São Paulo.
O movimento de concentração se intensificou
nos últimos anos, principalmente no Mato Grosso,
onde o grupo JBS, que recebeu pelo menos R$ 10 bilhões do BNDES, passou a deter 48% de participação de mercado, segundo o
Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Em 2009, a empresa tinha 14%.
O pecuarista Maurício Tonhá, do Vale do Araguaia (MT), disse que a região está “dominada pela JBS”. Ele acusou a companhia de ter
adquirido plantas frigoríficas de concorrentes apenas para desativá-las, concentrando a produção. De modo que, hoje, o criador do Vale do
Araguaia está próximo de sete frigoríficos, dentre os quais, cinco pertencentes à JBS e quatro desativados (dois destes, de outras empresas).
“As indústrias menores estão sendo agredidas, com apoio do BNDES”, afirmou Tonhá. O financiamento público aos projetos de
expansão dos grandes frigoríficos é alvo de críticas entre os pecuaristas. “Com isso, temos vendido um número maior de animais em
pé. Todos temos sido pressionados pelo preço”, afirmou Tonhá.
“O que está acontecendo é que estamos entrando num ciclo de baixa de preços”, observou o especialista em pecuária da consultoria
Scot, Alex Lopez Silva.“Mas há também uma questão simples de mercado: reduzindo a concorrência, fica mais fácil controlar os preços”,
reconheceu, em referência direta à concentração dos frigoríficos.“O problema é maior no norte do Mato Grosso”, disse. Procurados pelo
DCI, JBS e Marfrig preferiram não se pronunciar.
Dados da Scot indicam que a capacidade de abate da indústria frigorífica brasileira se concentra na mão de três companhias: JBS
(16%), Marfrig (7,2%) e Minerva (2,8%). “Nos últimos dias, a JBS arrendou plantas em Rondônia e no Mato Grosso, e há especulação de
novas compras planejadas”, afirmou Silva.
“A concentração vem ocorrendo em todo o País”, reforçou o gestor Carlos Garcia, do Imea. “No Mato Grosso, que tem o maior
rebanho e o maior número de abates, percebe-se mais”, completou. O estado tem um rebanho com 29,2 milhões de cabeças (quase
50% do contingente brasileiro) e 39 frigoríficos registrados (12 fora de atividade). “Houve grande expansão da capacidade frigorífica
do estado, superando a oferta do rebanho, num movimento anterior a 2008”, analisou Garcia.
No ano da crise mundial, enquanto a Sadia e a Perdigão se fundiam, tornando-se a BR Foods, com forte presença no Mato Grosso,
a JBS iniciou sua própria expansão no estado. Com a aquisição de frigoríficos, que antes lideravam a produção regional, a companhia
chegou ao topo do ranque e viu desaparecer alguns nomes de frigoríficos tradicionais, como Quatro Marcos.
Em 2009, a capacidade de abate da JBS havia chegado a 12,2 mil cabeças por dia. Três anos depois, está em 18,3 mil. A concorrência,
nesse período, só fez diminuir-se. Mesmo grandes companhias, como a Marfrig e a BR Foods, se mantiveram estáveis em participação
de mercado (10% cada). Das 19 plantas adquiridas pela JBS, 13 operam.
Para Silva, da Scot, dois fatores podem limitar a expansão das redes frigoríficas. O primeiro deles é o próprio governo, por meio
do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O outro limitador é a própria ociosidade das plantas. Como apenas 20% do
rebanho são destinados periodicamente ao abate, o excesso de plantas frigoríficas forçaria as empresas a manter partes operacionais
inativas - o que, de certa forma, é feito pela JBS.
Fonte: DCI
Em meio à guerra do PIS/Cofins entre grandes varejistas e
pequenos açougues, na qual um tenta arrebatar mercado do
outro, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e seus
associados passaram a sugerir que o tratamento tributário
diferenciado tem um efeito perverso que vai muito além dos
prejuízos econômicos: o aumento da informalidade na cadeia de
carne no país.
Segundo a entidade, os supermercados são, por força de
escala e compromissos com o Ministério Público, mais capazes
de pressionar seus fornecedores a cumprir a legislação fiscal,
ambiental e trabalhista, o que faz com que os frigoríficos repassem
essas exigências a abatedouros e produtores, provocando um
efeito cascata para a produção de uma carne “sustentável”.
Já os açougues, em sua maioria pequenos e beneficiados por uma carga de impostos mais leve, não têm esse poder. Em geral, alega
o grande varejo, compram de fornecedores menos fiscalizados, onde o rastreamento é ainda muito mais complicado.
“O que se sugere é que uma cadeia paralela de fornecedores está se formando, sem garantias sanitárias, ambientais e fiscais”, afirma
Fernando Sampaio, diretor-executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).“Mas é impossível atribuir
ao PIS/Cofins a informalidade”, pondera.
A reclamação não se restringe aos supermercados. Os próprios frigoríficos, beneficiados com a isenção do tributo, reclamam da
concorrência desleal. O JBS afirma que deixou de comprar animais de áreas irregulares na Amazônia desde que assinou compromissos
com o Ministério Público Federal, mas que seus concorrentes não fazem o mesmo.“Essa carne ilegal está chegando à mesa do brasileiro”,
disse recentemente um executivo da empresa.
Ninguém se arrisca a dizer com precisão qual o tamanho da informalidade no mercado de carne bovina no Brasil. Governo e
mercado costumam repetir que ela gira em torno de 40%, mas esse percentual é só uma estimativa.
Seja qual for o buraco, ele deverá mensurado até o fim deste ano. Pesquisadores da Esalq/USP começaram a trabalhar no que será
o primeiro mapeamento sobre a informalidade na cadeia de produção de carne bovina no Brasil. A pesquisa é patrocinada pela Abras,
Abiec, varejo e organizações ambientalistas. (BB)
Fonte: Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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Notícias
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FAO: perspectivas para a produção mundial de
carnes
Marfrig cria comercializadora de energia elétrica
para reduzir custos operacionais
Impulsionado exclusivamente por ganhos de produção de aves e suínos, a produção
mundial de carne deve aumentar cerca de 2%, para 302 milhões de toneladas, em 2012.
A maioria do crescimento do setor se originará dos países em desenvolvimento. Para os
países desenvolvidos é previsto pelo segundo ano consecutivo a queda nos lucros devido
aos custos de produção elevados, da estagnação do consumo de carne nacional e da forte
concorrência de países em desenvolvimento. Devido a limitação dos países desenvolvidos,
está se observando uma mudança nas quotas de mercado internacionais para países em
desenvolvimento, em particular Brasil e Índia.
A produção mundial de carne bovina está prevista para 67,5 milhões de toneladas
em 2012. O progresso dos países em desenvolvimento é compensado pela contração
da produção em países desenvolvidos. Grande parte do aumento é esperado na Ásia,
América Latina e Caribe, com alguns ganhos também previsto na Oceania. A produção de
carne deve declinar na América do Norte e na Europa. Na Ásia, é esperado um aumento da produção da Índia, devido a habilitação de
três novos frigoríficos para exportação.
Na América Latina está sendo previsto um aumento na produção principalmente devido a recuperação do Brasil. Na Argentina,
apesar do fechamento de quase um quarto de suas plantas e de três anos de queda no número de bovinos abatidos, a forte seca levou
a um aumento de quase 3% no volume de abates do país. No Uruguai, a falta de novilhos fará com que seja o menor número de abates
em quatro anos. Quanto ao Paraguai, a ocorrência de febre aftosa no ano passado ainda afeta a comercialização de carnes no país.
Entre os países desenvolvidos, devido a um inverno ameno no Canadá e condições favoráveis de pastagem na Austrália e Nova
Zelândia espera-se um aumento no peso de carcaça e por consequência um aumento na produção de carnes. Por outro lado, uma
década de políticas para induzir a diminuição de bovinos na UE, somado a pior seca registrada nos Estados Unidos, estima-se uma
redução na produção dos países desenvolvidos em cerca de 2% por cento, alcançando um volume de 29,4 milhões de toneladas.
Fonte: FAO, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
O Grupo Marfrig decidiu entrar no mercado de energia: criou uma
comercializadora de energia elétrica, a MFG, que já obteve a autorização da Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para atuar no setor. O objetivo do grupo com a
iniciativa é reduzir os custos operacionais e aumentar a eficiência energética.
Para o Marfrig, a atuação por meio de uma comercializadora própria garante
mais competitividade nas negociações com as empresas de geração e com as
demais comercializadoras. Segundo a empresa, inicialmente a MFG deve contribuir
para flexibilizar o direcionamento da energia comprada e apoiar a otimização da
gestão do consumo.
“A Marfrig possui um sistema de gerenciamento que possibilita prever o
consumo de cada unidade e adquirir no mercado livre a quantidade ideal para suprir
sua demanda efetiva. Tendo em vista que fatores não previsíveis podem alterar esses
volumes, a MFG Comercializadora flexibilizará esta energia entre as unidades, mantendo o equilíbrio de utilização de energia elétrica”,
explica, em nota, o diretor de sustentabilidade do Marfrig, Clever Pirola Ávila.
A expectativa do grupo é de que 90% de seus 40 complexos industriais no Brasil passem a consumir energia elétrica via mercado
livre até 2014. Hoje, dos 120MWh médios consumidos pelas unidades do Marfrig, 65% são contratados do mercado livre e 35%, do
mercado cativo. A previsão é de que até o segundo semestre deste ano a relação mude para 70% e 30%, respectivamente.
A companhia ainda realiza estudos preliminares que indicarão a viabilidade ou não de trabalhar no mercado livre de energia
elétrica para as unidades da companhia no Cone Sul, que somam hoje 21MW médios.
Fonte: Equipe BeefPoint.
Agronegócio: receita de exportações caiu 11,4%
em abril
As exportações do agronegócio em abril somaram US$ 7,028 bilhões, 11,4% abaixo do registrado no mesmo mês do ano passado.
As importações seguiram o mesmo ritmo e recuaram 13,1%, para US$ 1,284 bilhão.
Segundo balanço divulgado pelo Ministério da Agricultura, os setores que mais contribuíram para a queda de US$ 905,9 milhões
nas exportações do agronegócio no período foram os dos produtos de origem vegetal, cujas vendas recuaram US$ 880,3 milhões em
relação a abril do ano passado.
O destaque negativo foi o setor sucroalcooleiro, que contribuiu com mais da metade da queda das exportações em abril. As
vendas do setor recuaram 52%, de US$ 839,2 milhões em abril de 2011 para US$ 367,9 milhões no mês passado.
A balança comercial do soja, principal segmento do agronegócio brasileiro, registrou quedas de 4,8% na receita (para US$ 2,901
bilhões) e de 10,9% no volume (para 5,718 milhões de toneladas). O preço médio aumentou 6,8% em relação a abril do ano passado.
O complexo carnes, segundo maior setor exportador do agronegócio brasileiro, registrou vendas de US$ 1,297 bilhão em abril,
valor 2,3% abaixo do verificado no mesmo mês do ano passado. O volume exportado recuou 1,4% e ficou em 487 mil toneladas. O
preço médio caiu 3,7% em relação a abril do ano passado.
O segmento avícola lidera as exportações do setor, com vendas de US$ 601 milhões em abril, valor 3,4% abaixo do mesmo mês do
ano passado. O volume exportado cresceu 2,6% (para 312 milhões). O preço médio caiu 5,9%.
O segmento de carne bovina registrou aumento de 0,8% na receita (para US$ 441 milhões) e de 0,6% no volume embarcado (para
90 mil toneladas). O preço médio teve leve aumento de 0,2%.
No caso da carne suína, as exportações caíram 7% em volume (para 47 mil toneladas) e 14,2% em receita (para US$ 125 milhões).
O preço médio recuou 7,8% em relação a abril do ano passado.
Fonte: Agência Estado, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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Abate Avícola: Segurança do Alimento em Pauta
As contaminações microbianas, principalmente as do gênero Salmonella, são um entrave na produção avícola e frequentemente são
temas discutidos, por todo o setor, em relação à segurança de alimentos. E nesse cenário estão os acidificantes, que tem uma influência
positiva na produção animal, pois minimizam problemas sanitários e potencializam a digestão e absorção da dieta em algumas fases críticas,
conduzindo ao melhor desempenho e saúde como um todo. No aspecto sanitário, eles são responsáveis por diminuir a proliferação de
bactérias e outros agentes patogênicos.
De acordo com o assistente Técnico Comercial da Sanex, RogérioTondin, durante o processo de evisceração das carcaças no abatedouro,
a retirada do papo das aves é um ponto crítico, pois pode permitir que o conteúdo que houver neste órgão contamine a cavidade abdominal,
mesmo realizando o jejum pré-abate. Ele informa que, segundo diversos trabalhos científicos, este jejum aumenta a incidência de Salmonella
no papo, reforçando as evidências da importância do mesmo na contaminação das carcaças.“Por isso, é comum o uso de acidificantes na fase
que antecede o abate das aves, principalmente via água”, destaca.
O uso dos acidificantes nesta fase, explica Tondin, propicia uma diminuição microbiana na porção inicial do trato gastrintestinal,
diminuindo consideravelmente as contaminações das carcaças no abatedouro.
Fonte: Assessoria de Imprensa Sanex
Frigorífico Pif Paf investe R$ 260 milhões em Goiás
A Pif Paf, empresa do setor de alimentos, inaugura hoje um frigorífico de aves em Palmeiras de Goiás. Com investimento de R$ 260
milhões, a unidade vai integrar o Complexo Agroindustrial da empresa, instalado no município de Paraúna desde 2008, fechando a
cadeia de produção, desde a incubação e nascimento das aves até o abate.
De acordo com o gerente geral do Complexo, Cláudio Faria, a cadeia conta com um matizeiro, em que são mantidas as aves e a
produção de ovos; um incubatório, no qual os pintinhos são chocados; e uma fábrica de rações. Ele diz que criação fica por conta de
produtores rurais locais, que agem em “regime de parceria” com o complexo.
Cláudio diz que o frigorífico gera 4,8 mil empregos, sendo 1,2 mil diretos e 3,6 mil indiretos. De acordo com ele,“Palmeiras de Goiás
foi escolhida pela proximidade que possui com a matéria-prima necessária para o funcionamento do complexo”.
A produção atual do frigorífico é de 100 mil abates por dia e a expectativa é que chegue a 150 mil até dezembro deste ano. Na segunda
fase, a ser iniciada no ano que vem, a Pif Paf pretende que o frigorífico seja utilizado em sua capacidade máxima, que é o abate de 300
mil aves ao dia.
O novo frigorífico do Estado iniciou suas atividades em maio de 2011 e, em março deste ano, a empresa já realizou sua primeira
exportação após receber o aval do Ministério da Agricultura permitindo vendas fora do País.
Fonte: O Hoje
Agronegócio: exportação soma
R$ 26 bi no quadrimestre
Nos quatro primeiros meses de 2012, as exportações do agronegócio totalizaram US$ 26 bilhões, um crescimento de 2,5% em
relação ao mesmo período de 2011. Já as importações tiveram incremento de 3%, atingindo a cifra de US$ 5,6 bilhões. O saldo comercial
dos produtos do agronegócio considerados no agrupamento ampliou-se de US$ 20,349 bilhões para US$ 20,835 bilhões.
Os dados divulgados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) mostram que o crescimento das exportações
no primeiro quadrimestre do ano ocorreu, principalmente, em função do bom desempenho das vendas externas do complexo soja. As
exportações do setor subiram de US$ 6 bilhões nos primeiros quatro meses de 2011 para US$ 8 bilhões no mesmo período de 2012,
uma elevação de 27%. O desempenho representou um crescimento de US$ 1,5 bilhão nas vendas do setor, montante que suplantou a
elevação de US$ 648 milhões das exportações totais do agronegócio.
O destaque para esse cenário positivo levou em conta o aumento na quantidade exportada, no período, dos três produtos do setor:
soja em grão (36%); farelo de soja (8%) e óleo de soja (20%). No primeiro quadrimestre os preços médios de exportação da soja em grão
continuaram elevados, chegando a US$ 489 por tonelada, o que representou um aumento de 0,5% em relação ao mesmo período de
2011. No entanto, as cotações médias de exportação tanto do farelo de soja como do óleo de soja caíram 10% e 6%, respectivamente.
Fonte: Mapa
Exportação de máquinas cresce 14% até abril
Apesar da perspectiva de recuo das exportações brasileiras de
máquinas agrícolas para a Argentina, principal mercado externo para o
segmento no Brasil, os embarques totais das indústrias ligadas à Associação
Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) registraram
alta de 14,3%, para 6,2 mil unidades, no primeiro quadrimestre do ano na
comparação com o mesmo período de 2011. Essa expansão deve levar à
revisão das metas para as vendas externas brasileiras em 2012, uma vez
que a estimativa inicial era de estabilidade no ano.
Além do aumento da comercialização em outros mercados, Cledorvino
Belini, presidente da Anfavea, acredita que a valorização do dólar frente ao real
incentiva a retomada das exportações.“É possível renegociar alguns contratos
perdidos”, afirmou.
No mês passado, as exportações totalizaram 1,4 mil unidades, queda de
20,5% contra março e aumento de 11,9% na comparação com o mesmo mês
de 2011. Já a receita somou US$ 262,7 milhões em abril, 9,7% menos que em março e montante 4,4 % superior ao abril do ano passado.
No acumulado de 2012, o valor dos embarques cresceu 14,4% em relação aos primeiros quatro meses de 2011, para US$ 1,1 bilhão.
Milton Rego, diretor da Anfavea, afirmou que a diminuição das vendas para a Argentina está sendo compensada com exportações
para mercados como Peru e Colômbia e para alguns países da África, como África do Sul e nações do norte do continente. Segundo ele,
há maior comercialização de tratores em detrimento das colheitadeiras, compradas principalmente por Argentina, Paraguai e Uruguai.
Rego explica que o mercado africano demanda máquinas menores, sobretudo produtos de baixa potência.
Apesar das imposições da Argentina para a entrada de produtos brasileiros, os embarques de tratores ao país vizinho no primeiro
trimestre aumentaram mais de 100% na comparação com o mesmo período de 2011 - saíram de 355 para 839 unidades. Já a venda de
colheitadeiras caiu 18,2%, para 170 unidades no período. Mas a Anfavea alerta que a base de comparação é baixa, pois nos primeiros
meses de 2011 as empresas brasileiras registravam dificuldades para exportar aos argentinos.
As vendas internas de máquinas agrícolas no atacado somaram pouco mais de 20 mil unidades de janeiro a abril, recuo de 3,9%
ante o primeiro quadrimestre de 2011. Milton Rego disse que a redução reflete o comportamento do produtor rural, que diminui as
compras em abril para efetuá-las durante a Agrishow, feira de tecnologia agrícola realizada no interior paulista na primeira semana de
maio. “Normalmente, há linhas de financiamento mais atrativas, mas não descontos no preço dos produtos”.
As vendas internas apenas em abril subiram 3,1% ante março, para 5,4 mil unidades. A produção no acumulado do ano aumentou
7,7%, para 28,6 mil unidades.
Fonte: Valor Econômico
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JBS planeja compra da Doux
EUA confirmam “vaca louca”, mas minimizam riscos
A pós 60 dias da suspensão das atividades em Montenegro, a JBS Aves Brasil reativou o abate na planta da Doux Frangosul. Em
maio, a JBS arrendou todas as unidades da multinacional francesa no país. Agora, a JBS pretende comprar as plantas. Segundo o
presidente do Grupo JBS, Welsey Batista, que veio ao Estado para dar o start na linha de produção, uma auditoria externa e advogados
foram contratados para levantar os passivos bancário, ambiental e financeiros, e, a partir disso, viabilizar uma solução com os credores,
ainda este ano. A dívida da Doux é estimada em R$ 1 bilhão. “Nosso interesse é exercer a opção de compra que temos.”
O contrato de arrendamento das plantas no Estado e Mato Grosso do Sul é de 10 anos, com preferência de compra ao final.
A previsão é que até amanhã deve ser alcançada a capacidade máxima de abate em Montenegro, de 380 mil aves/dia.“Sejam bem-vindos
à família JBS. A partir de agora, queremos um negócio eficiente, competitivo e que produza alimentos com segurança alimentar”,disse Batista.
A cerimônia no pátio da unidade marcou mais do que um novo negócio, o recomeço para os 2 mil funcionários que estavam em
casa há mais de dois meses, entre férias e dispensa remunerada. Operador de máquinas Maurício dos Santos quer deixar para traz as
dificuldades. “Ficamos sem os pés no chão porque estava indefinido se a empresa iria fechar ou não.” Na próxima segunda-feira, a vida
volta ao normal para os 1,7 mil funcionários no frigorífico de Passo Fundo, com capacidade para abate de 550 mil aves/dia. Em Caarapó
(MS), que abate 120 mil aves/dia, o segundo turno recomeçou na semana passada.
Batista disse que, nessa primeira fase, a produção seguirá com foco no mercado externo. “Vamos manter isso até porque o dólar está
favorável.” O presidente da Ubabef, Francisco Turra, destacou que é um bom momento para a retomada. Somente em maio a exportação
brasileira de carne de frango bateu recorde mensal de 374 mil toneladas, 10,7% acima do mesmo período de 2011. Para o ex-ministro e
membro do Conselho da JBS Marcos Vinicius Pratini de Moraes, a operação é um marco para que a empresa continue criando empregos.
Fonte: Correio do Povo
Os Estados Unidos relataram ontem um caso de encefalopatia espongiforme bovina (BSE, na sigla inglês), a temida doença da vaca louca.Tratase do quarto registro da enfermidade no país desde 2003, o primeiro desde 2006.
O diagnóstico foi oficializado por volta das 16 horas, em um comunicado do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), mas o
mercado já havia sido abalado pelos boatos sobre a descoberta.
Os preços do boi gordo no mercado futuro atingiram o limite de queda permitido pela Chicago Mercantile Exchange. As ações dos frigoríficos
também foram castigadas. Em São Paulo, os papéis da JBS (que mantém uma grande operação nos EUA) chegaram a cair 5,15%, mas fecharam
praticamente estáveis.
O mercado acalmou-se após o comunicado do USDA.O órgão relatou que o animal infectado, uma vaca leiteira na Califórnia, não entrou na linha
de abate para consumo humano e “em nenhum momento ofereceu risco à cadeia de alimentos e à saúde das pessoas”.Os testes apontaram ainda
que a vaca estava doente de uma versão da BSE rara e não associada ao consumo de ração com base em componentes animais - principal fator de
disseminação da encefalopatia.
As autoridades americanas disseram que vão compartilhar a análise com laboratórios de referência no Canadá e na Inglaterra a fim de
confirmar o diagnóstico. Além disso, anunciaram uma investigação epidemiológica em conjunto com os oficiais de saúde animal da Califórnia e da
Administração de Medicamentos e Alimentação (FDA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos.
O USDA alegou não haver quaisquer razões para que a Organização Mundial de Saúde animal (OIA) rebaixe o status sanitário de seu rebanho,o que seria
um golpe para as exportações de carne bovina.A OIA considera os EUA um país de“risco controlado”para a BSE,o mesmo tratamento dispensado ao Brasil.
Para os americanos, a BSE é uma doença sob controle. Segundo o USDA, apenas 29 casos foram registrados em todo o mundo em 2011, ante os
mais de 37,3 mil casos em 1992.
Apesar da reação inicial dos investidores, o diretor de Relações com Investidores da JBS, Jeremiah O’ Callaghan, disse que o caso não preocupa.
“Não acreditamos que haverá qualquer restrição ao comércio.Trata-se de um caso atípico, isolado.”
Segundo ele,as operações da JBS seriam muito pouco afetadas por um eventual embargo,já que a empresa poderia redirecionar as exportações
de carne bovina para as operações na Austrália e no Brasil.“E temos a segunda maior operação de aves do mundo, que seria beneficiada”.
Fonte: Valor Econômico
Credores do Independência aceitam aquisição
pelo JBS
Os credores do Frigorífico Independência aceitaram em assembléia a proposta de compra de ativos feita pelo JBS, maior
produtor de carne bovina do mundo.
O plano proposto foi aprovado por 85,66% dos credores com garantia real. Entre os credores quirografários, que incluem
pecuaristas e fornecedores, o plano foi aceito por 77,26%.
O Frigorífico Independência, que já foi o quarto maior no setor de carne bovina no Brasil, está em recuperação judicial
desde 2009.
No dia 23 de abril, o JBS fez proposta de 268 milhões de reais pelos ativos do Independência.
A proposta inclui quatro unidades do frigorífico em Nova Andradina e Campo Grandes, ambas em Mato Grosso do Sul,
Senador Canedo (GO) e Rolim de Moura (RO). Entram também dois centros de distribuição em São Paulo e as marcas que eram
operadas pelo Independência.
Fonte: Reuters (Por Fabíola Gomes)
Avicultura cresce 10% ao ano no Paraná
O mercado avícola paranaense alcança índices de crescimento semelhantes aos
registrados na economia da China, uma das que mais se expandem no mundo – perto
de 10% ao ano. No ano passado, o setor teve aumento de 4,7% na produção em relação a
2010, de acordo com dados do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do
Paraná (Sindiavipar).
O faturamento chegou a US$ 2,05 bilhões – 20% a mais do que no ano anterior. Novos
investimentos tentam manter essa velocidade de expansão nos próximos três anos.
Atualmente, o Paraná é o maior produtor e exportador de carne de ave do país. Em
2011, os centros de produção espalhados pelo interior do estado abateram cerca de 116
milhões de cabeças/mês – 30% da produção brasileira. No primeiro trimestre deste ano, a média foi de 120 milhões de frangos/mês.
A perspectiva de crescimento é “fantástica e viável”, afirma o presidente do Sindiavipar, Domingos Martins. Ele atribui os resultados
à política de investimento do setor. A estimativa é que, somente neste ano, sejam aplicados R$ 250 milhões em novas unidades e
ampliação de fábricas.
Fonte: Sindiavipar
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Gordura animal vira biocombustível
E se os carros se “alimentassem” de carne, como os seus
proprietários? A pergunta pode parecer absurda, mas, graças à
Dynamic Fuels, uma joint-venture entre a Tyson Foods, produtora
de carnes nos Estados Unidos, e a Syntroleum, empresa de
combustível sintético, já é possível transformar resíduos de gordura
animal em biocombustível.
De acordo com o Huffington Post, a Dynamic Fuels tem vindo
a aumentar a produção da sua fábrica, em Louisiana, nos Estados
Unidos, que transforma, desde Outubro de 2010, resíduos de
gordura animal em biocombustível para utilização nos aviões,
comboios e automóveis.
A fábrica produz diariamente cerca de 5 mil barris de
biocombustível, recorrendo a resíduos provenientes da produção
e transformação de carne das fábricas da Tyson e de óleos vegetais
dos seus parceiros comerciais.
Desde o início, a Dynamic Fuels decidiu produzir um combustível muito diferente do que aquele que é feito à base de soja - e que
é mais dispendioso -, contribuindo, assim, para reduzir a dependência do petróleo.
O aumento da sua produção levou a Dynamic Fuels a estabelecer acordos com algumas companhias aéreas e empresas ferroviárias.
Por exemplo, a companhia aérea holandesa KLM começou a utilizar, no ano passado, biocombustível da Dynamic Fuels em mais de
200 vôos comerciais entre Amsterdã e Paris.
Autor: Green Savers/Cenários Cana
Grupo de cooperativas do PR conhece
potencialidades agropecuárias do TO
Um grupo de seis cooperativas do Estado do Paraná está no Tocantins
conhecendo as potencialidades agropecuárias que o Estado oferece.
Os técnicos da Seagro – Secretaria da Agricultura, da Pecuária e do
Desenvolvimento Agrário acompanharam a comitiva apresentando o
sistema de produção sustentável do Estado, nas áreas de grãos, pecuária
e fruticultura. Na manhã desta terça-feira, 8, o grupo visitou a fazenda
Sambaíba, considerada modelo na cultura de grãos e localizada na TO -080.
Na propriedade rural, os paranaenses conheceram o sistema de produção
com alta tecnologia chamada “agricultura de precisão”, que utiliza o sistema
do plantio sustentável com práticas de manejo adequado, com o uso racional
de agrotóxicos e 100% de plantio direto. “Essa prática além de ser altamente
produtiva, também aplica- se o uso sustentável nas lavouras”, explicou o
engenheiro agrônomo e sócio da propriedade, André Luiz Mercado.
A fazenda cultiva atualmente na safra principal numa área de 6 mil hectares de soja. Na safrinha, são 900 hectares de milho, 550
hectares de feijão caupi e 2,8 mil hectares de algodão cultivados, com uma produtividade entre 180 e 200 arrobas por hectare. Além
destas culturas, os proprietários da fazenda investem também na produção e comercialização de alevinos como a caranha, tambaqui
e piau e estão montando uma algodoeira.
Para o engenheiro agrônomo da Seagro, Marcelo Costa, que acompanhou os empresários, essa ação é de fundamental importância
para atrair investidores para o Estado. “A Seagro tem procurado chamar atenção de empresários de outros estados para que possam
investir no desenvolvimento do agronegócio, proporcionando a geração de emprego e renda”, destacou.
Reciclagem Animal contribui para status de “risco
insignificante da vaca louca”
No dia 24 de maio, a OIE anunciou o status de “risco insignificante” para o Brasil
da Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), mas conhecida como doença da “vaca
louca”. O Brasil conquistou por unanimidade esse status durante a durante a 80ª
Sessão Geral da Assembléia Mundial de Delegados da Organização Mundial de Saúde
Animal (OIE, sigla em inglês), em Paris.No balanço realizado na última semana pelo
diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento (MAPA), Sr. Guilherme Marques sobre a assembleia realizada pela
OIE, foram divulgados dados e números dos investimentos do governo federal
para manter o país longe da doença.Segundo o Sr. Guilherme Marques, o setor de
reciclagem animal teve grande contribuição para que o risco da doença estivesse
longe do alcance dos rebanhos brasileiros através de investimentos do setor e do
governo federal em tecnologia, e também com a precaução e atenção das empresas
na fabricação desses produtos. “Nós adotamos a medida de esterilização da farinha
de carne e ossos. Isso deu um fortalecimento no processo pelo fato de que o Brasil,
mesmo não tendo nenhum caso de EEB registrado, tomou medidas para não ter,
então foi uma medida de prevenção”.O status abre as portas de exportação dos
produtos brasileiros para o mercado estrangeiro, que além do aumento de exportação da carne, irá gerar ganhos com a venda de
tripas para a Europa, o que pode gerar uma receita de US$ 100 milhões para os nossos frigoríficos.O novo status pode beneficiar
também as exportações para os coprodutos de origem animal, como por exemplo, as farinhas e as gorduras. Para o vice-presidente da
Associação Latino Americana de Plantas de Rendimento – ALAPR, Alexandre Ferreira, a medida é positiva para o mercado e pode abrir
portas para algumas indústrias. “No caso dos co produtos animais, como é o caso das farinhas e gorduras de origem animal, a medida
é positiva, pois reduz a percepção de risco em relação a estes produtos como ingredientes para diferentes cadeias. Sempre há casos
de nichos específicos de mercado que podem trazer boas oportunidades de maneira localizada, como por exemplo , sebo clareado
de baixíssima acidez para o mercado de cosméticos ou algum ingrediente específico para a indústria farmacêutica ou de Pet food”.
Com o reconhecimento, o Brasil terá o desafio de manter o status. O Sr. Guilherme Marques considerou ainda que a responsabilidade
do país aumenta por ter agora maior visibilidade mundial sobre a prevenção brasileira com a doença. “Serão mantidas as medidas
de mitigação e risco, mesmo tendo risco inegligenciável, é importante mostrar que o sistema tem medidas de controle para evitar
eventuais aparecimentos de um caso típico ou atípico de ‘vaca louca’”. Diz.O Brasil nunca registrou nenhum caso de vaca, pois além
de ter ser a maioria de seu rebanho criado a pasto, ainda segue medidas internacionais de vigilância para minimizar os riscos. Com a
mudança, o país passa a fazer parte de um grupo seleto de 19 países que estão fora de risco de focos da doença em um grupo de 178
países que integram a OIE.
Fonte: ABRA (Site)
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“Brasil será o grande competidor mundial na
produção de aves”
“Cenários para a carne de frango brasileira” foi o tema da
palestra do médico veterinário e gerente geral de mercado
externo da Coopercentral Aurora Alimentos Dilvo Casagranda, na
nesta semana durante o XIII Simpósio Brasil Sul de Avicultura, no
Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes, em Chapecó.
Produção da avicultura brasileira, características do sistema
de produção, posicionamento da indústria, mercado mundial
globalizado e índices de exportações foram apresentados pelo
palestrante de maneira a responder o questionamento: “até
onde vai o crescimento da avicultura no Brasil?”.
De acordo com Casagranda, levantamento do período de
2007 a 2011 revela que a produção de carne bovina no mundo
se manteve estável, a suína subiu na ordem de 10% e a de
frango cresceu aproximadamente 20%.“O consumo se manteve
muito similar e as exportações demonstram que a carne bovina
se mantém no mesmo patamar, a suína subiu de maneira
significativa e a de frango é a que despontou, com crescimento
extraordinário”, complementou.
Os fatores que contribuem para este cenário são o sistema
de produção tecnicamente eficiente e competitivo, o sistema de
integração exemplar, a alta capacidade de explorar o potencial
produtivo e a rápida adaptação às tecnologias. Para o médico
veterinário, a indústria brasileira está bem posicionada, com
características modernas e eficazes - medidas importantes que
gerem todo o sistema-, e adaptável às variações de mercado que
atualmente está passando por transformação para automação.
O mercado mundial globalizado está tornando os setores
mais competitivos. A divisão por continentes mostra que a
América do Norte tem 21% da produção mundial de aves, a
América Latina e Caribe 21%, Ásia 33%, Europa 17%, África 5%
e Oceania 3%, o que corresponde a 97 milhões de toneladas
de carne de aves no mundo. De acordo com Casagranda, o
Brasil registrou em 2011 crescimento do setor de 6,77% em
comparação a 2010, com a produção de 13 milhões de toneladas
e o terceiro produtor mundial, com 16% de representatividade.
No trade mundial da carne de frango são comercializados
10 milhões de toneladas por ano. O Brasil participou no ano
passado com aproximadamente 4 milhões de toneladas
exportadas, o que reflete no crescimento de 3,2%. “Somos,
desde 2004, o primeiro no ranking mundial de exportação de
carne de aves, com 40% de participação”, complementou.
A produção brasileira está distribuída principalmente nos
três estados do Sul: Paraná com 28%, Santa Catarina com 18%
e Rio Grande do Sul com 15%. O principal estado exportador
é Santa Catarina, seguido por Paraná e o Rio Grande do Sul. Da
carne de peru, no Brasil, no período de 2010 a 2011, houve um
decréscimo de 9,4% na produção, caindo de 337 mil toneladas
para 305 mil toneladas. No mundo, a estimativa de produção
não muda e está em 5 milhões de toneladas.
O destino da carne de frango brasileira é de 69,8% para
o mercado doméstico e 30,2% ao mercado externo, o que
representa crescimento interno superior ao de exportação, com
ampliação de 43 para 47 quilos de carne habitante/ano. “Esse
incremento está solidificado pelas características peculiares
e a forma diversificada que a carne é consumida, por isso, são
absorvidos todos os tipos de cortes”, explicou. Além disso, a
carne carrega o conceito de saudável, tem penetração em todas
as regiões do Brasil, é utilizada por todas as classes sociais e o
principal fator do crescimento no consumo é o preço.
Atualmente, os principais consumidores da carne de aves
são os Emirados Árabes, Kuwait, Barein, Arábia Saudita, Jamaica,
Catar e o Brasil. As exportações brasileiras de carne de frango
tem registrado crescimento de 3,2%. “Há espaço para vender
todas as partes. A Europa compra peito de frango, a China os
miúdos e asa, o Japão pernas e o Oriente Médio o frango inteiro”,
comentou o palestrante. Das exportações, 38% são de frango
inteiro (1 milhão e 500 mil toneladas), 52% de cortes, 5% dos
processados e 5% salgado.
Com análise nos mercados internacionais, Casagranda
explicou que a Índia é uma incógnita e precisa ser estudada,
pois o consumo per capita é de 1,6 quilo por ano. A China é o
boom do mundo com uma população de 1,2 bilhão de pessoas
e manterá consumo intenso. A Rússia está levando sua produção
com investimentos públicos e de importador poderá passar para
exportador. Enquanto isso, o Oriente Médico se manterá um dos
maiores consumidores de frango per capita. Por meio deste
cenário, o Brasil terá condições de ser o grande competidor
mundial, pois tem potencialidade de recursos, capacidade
produtiva e rápida adaptação às mudanças mercadológicas.
“Acredito na continuidade do crescimento da avicultura
brasileira, porém, é preciso fazer nosso dever de casa e resolver
alguns gargalos para manter nossa competitividade com
logística, infraestrutura e política tributária que tem gerado
custos adicionais à produção brasileira”, finalizou.
Fonte: MB Comunicação
ABRA, SEBRAE e CNA estudam parceria
Em maio passado, A Associação Brasileira de Reciclagem Animal – ABRA,
se reuniu com representantes do SEBRAE, Sr. Helbert Danilo Freitas de Sá e do
CNA, Sr.Felipe Alvarenga, Assessor Técnico para discutir uma possível parceria de
trabalho em pequenos abatedouros municipais que estarão sendo implantados e
que ainda não tem solução para o aproveitamento dos produtos não comestíveis,
(ossos, vísceras, sangues e outros), por exemplo.
O objetivo dessa parceria é o aproveitamento destes produtos não comestíveis,
evitando que os mesmos sejam descartados em aterros sanitários gerando um
problema ambiental, além de desperdício de uma matéria prima tão valiosa para
a fabricação de novos produtos como farinhas e gorduras.
Segundo o coordenador nacional de projetos de caprinovinocultura do SEBRAE, Sr. Helbert Danilo Freitas de Sá, a maioria dos
pequenos abatedouros não vê uma solução para esses produtos e por isso acabam jogando-os fora de forma Incorreta. Helbert
ainda considera que a parceria entre as entidades poderia resolver o problema. “Um dos problemas que eu vejo na gestão hoje é
que todas as ações são exclusivas para a produção do animal. Não se pensa, além disso. Então eu vi que a parceria pode ser bem
interessantes em duas pontas do problema, tanto como fornecedores de insumos para o setor, tanto em capacitar os produtores
na forma do aproveitamento dessa matéria prima “ Diz.
A ABRA entrará com um projeto de capacitação para os profissionais que trabalham com esse tipo de produto para o melhor
manuseio e geração de matéria prima de boa qualidade para as indústrias de reciclagem animal como explica a gestora da ABRA,
Sra. Cátia Macedo. “A indústria de reciclagem animal vem como uma solução. Hoje, o produto que não é aproveitado, vai para o
meio ambiente gerando contaminação, sendo que ao mesmo tempo é um produto de excelente geração de renda”.
O próximo passo para elaborar um projeto com a parceria será visitas realizadas em algumas indústrias de reciclagem animal
pelas três entidades para que sejam estudadas as melhores práticas de produção para melhor fortalecimento da indústria.
25
Em Foco 1
24
Agronegócio” está focado em dez grandes cadeias
(algodão, arroz, cana, trigo, feijão, milho, soja, carne
bovina, carne de frango e carne suína) e analisa
seus impactos no segmento de fertilizantes, na
infraestrutura de transporte, na lógica do uso da
terra e na economia nacional.
Levando-se em consideração que o trabalho
estima que o Produto Interno Bruto (PIB) dos
principais segmentos analisados (arroz, milho,
soja e derivados, açúcar, etanol e os três tipos de
carnes) somou R$ 408,3 bilhões, o cruzamento das
projeções sinaliza um crescimento desse conjunto
de 42% até 2022, para R$ 578,2 bilhões. Apesar do
avanço pujante, a participação desse universo de
produtos no PIB nacional - cujo incremento real
em 2012 foi estimado em 3,9%, e de 2013 a 2022,
em 4,78% ao ano - tende a cair de 11%, em 2010,
para 9% em 2022, em virtude do fortalecimento do
setor de serviços. A fatia do agronegócio como um
todo no PIB foi de 22% em 2010, de acordo com
cálculos do Cepea/Esalq utilizados no “Outlook” de
Fiesp e Icone.
Nesses parâmetros, detalha o trabalho, as
cadeias em destaque contribuirão com 6% do
crescimento esperado do PIB total brasileiro de
Expansão do Agronegócio
continuará forte até 2022
I
mpulsionado por vantagens comparativas,
fortalecido por pesquisas lideradas pela Embrapa,
mais competitivo após a profunda desvalorização
do real em 1999 e turbinado pela demanda
doméstica e dos países emergentes em geral, o
agronegócio brasileiro consolidou-se como um
dos mais eficientes do mundo na última década
e deverá ampliar seu protagonismo até 2022 - em
menor velocidade, mas com ganhos de mercado
em quase todas as principais cadeias produtivas.
Conhecido e repetido à exaustão por quem
trabalha no campo ou tem ligação com ele,
incluindo analistas e consultores, o cenário agora
também é corroborado pelo mais amplo estudo
já realizado pela Federação das Indústrias do
Estado de São Paulo (Fiesp) sobre o setor, que será
divulgado hoje. O trabalho consolida uma nova
postura da entidade em relação ao agronegócio
e sua importância inclusive para outros setores da
economia.
“A Fiesp trabalha pelo desenvolvimento
do Brasil e, nesse sentido, sempre atuou para
garantir a integração e o crescimento dos diversos
setores da economia. Nosso Departamento do
Agronegócio nasceu dessa visão e da necessidade
de formular e propor políticas que levem em conta
a interdependência natural entre a atividade
agropecuária e a indústria de insumos e alimentos”,
afirma Paulo Skaf, presidente da federação.
Realizado em parceria com o Instituto de
Estudos do Comércio e Negociações Internacionais
(Icone), o “Outlook Brasil - Projeções para o
2010 a 2022. Isso com 23,2 milhões de pessoas
ocupadas, 5,9 milhões a mais que há dois anos.
“E a geração de empregos vai aumentar apesar
da mecanização”, realça Benedito da Silva Ferreira,
diretor de agronegócios da Fiesp. Na equação
exposta pelo estudo, essa geração de empregos
adicionais representará 22% do total de novos
postos de trabalho no país no período em questão.
Fiesp e Unica acreditam que a expansão das
principais cadeias do agronegócio na ampliação
de áreas ocupadas pela agropecuária no país
será limitada. Em parte graças a ganhos de
produtividade, mas também em razão do avanço
das lavouras sobre áreas dedicadas hoje à pecuária
extensiva. Dessa forma, preveem que as lavouras de
primeira safra (algodão, arroz, feijão, milho e soja),
que em 2011 cobriram 48,6 milhões de hectares,
alcançarão 58,5 milhões em 2022, enquanto as
pastagens recuarão de 181,7 milhões de hectares
para 176,3 milhões.
“As pastagens estão aptas a receberem
outras culturas, mas, para isso, terão de receber
investimentos”, ressalva Antonio Carlos Costa,
gerente de Agronegócios da Fiesp. No total, o
aumento será de 230,3 milhões para 234,8 milhões
27
Em Foco 1
26
de hectares, considerando o novo Código Florestal
aprovado pelo Congresso.
Das seis cadeias mais relevantes nas
exportações que fazem parte do trabalho, a
da carne bovina é a que tende a ganhar mais
espaço no tabuleiro internacional até 2022,
conforme o “Outlook”, que para suas projeções
segue metodologia adotada desde os anos 80
por instituições de referência como da Food
and Agricultural Policy Research Institute da
Universidade de Iowa (Fapri-ISU).
O trabalho estima que a produção de carne
bovina do Brasil crescerá 1,5% ao ano de 2012 a
2022, abaixo da média mundial (1,9%), mas acima
da média do país entre 2006 e 2011 (- 1,1%). Com
isso as exportações deverão aumentar 4,3% ao
ano na próxima década, menos que entre 2002 e
2011 (5,1%), mas mais que a média global (2,5%)
projetada. Assim, o “market share” nos embarques
mundiais poderá aumentar de 26,1%, em 2011,
para 38% em 2022.
Como em outros emergentes, a demanda
doméstica de carne bovina também deverá
crescer com a tendência de aumento de renda da
população. Conforme o trabalho, o consumo per
capita subirá de 42,5 quilos por habitante ao ano
para 43,2 até 2022; em termos absolutos, o salto
será de 13%, para 9,3 milhões de toneladas/ano.
O mercado interno ainda deverá absorver 77% da
produção em dez anos, oito pontos percentuais a
menos que em 2011.
Já responsável por quase 50% das exportações
mundiais, a cadeia brasileira de carne de
frango deverá ganhar mais espaço e alcançar
participação de 54,1% até 2022. Mas o ritmo de
avanço será menor na próxima década (3,4% ao
ano, ante 10% entre 2002 e 2011), bem como o da
produção (2,2% ao ano, ante 6,4% de 2006 a 2011).
O consumo per capita interno deverá crescer 4,2
quilos por habitante ao ano até 2022, para 50,7, e
a demanda doméstica total representará quase o
dobro dos embarques (10,9 milhões de toneladas).
Mais discreto nas exportações mundiais de
carne suína, o Brasil deverá ver sua fatia nas vendas
globais passar de 10,5%, em 2011, para 13,4% em
2022. O ritmo de avanço deverá ser praticamente
o mesmo que nos últimos dez anos (1,3%, contra
1,4%), mas o da produção será menor (1,8%, contra
2,9%). Nos dois casos, as diferenças em relação
às médias mundiais são pequenas, em parte
pela força da Ásia nesse mercado. Da produção
prevista em 4,1 milhões de toneladas em 2022,
22% mais que em 2011, o consumo doméstico
deverá representar 3,4 milhões, alta de 23% na
comparação.
Se a produção brasileira de carnes em geral
terá que crescer para atender aos incrementos das
demandas doméstica e externa, a de grãos terá
que acompanhar a curva.
Com a crescente demanda por farelo para a
produção de rações e a perspectiva de expansão
no segmento de óleos, para alimentação
humana ou biodiesel, a produção brasileira de
soja terá fôlego para crescer 2,8% ao ano entre
2012 e 2022 e atingir 96,9 milhões de toneladas,
conforme o “Outlook”. É menos do que entre 2006
e 2011 (5,9%), mas mais que a média mundial
projetada (1,4%). Nesse horizonte, a fatia do país
nas exportações poderá aumentar de 34,7%, no
ano passado, para 41,2% - o que dará ao país a
liderança nos embarques mundiais, hoje inferiores
apenas aos dos EUA.
No milho, cereal utilizado também em rações,
óleos comestíveis e na produção de etanol, a
produção terá força para crescer 3% ao ano até
2022, até somar 79,7 milhões de toneladas por
safra. As exportações tendem a crescer mais (3,4%
ao ano, mesma taxa do avanço global), mas a
participação do país nas exportações deverá cair
de 10,3%, em 2011, para 9,5%. Isso por causa da
forte demanda doméstica do segmento de carnes,
sobretudo de frango e suína.
E no açúcar, finalmente, o “share” do Brasil nos
embarques mundiais poderá subir de 67,6%, em
2011, para impressionantes 73% em 2022, com o
crescimento anual da produção crescendo 2,4%
ao ano - mais do que a média mundial (1,5%), mas
menos que entre 2006 e 2011 (4,8%). Para o etanol,
a expectativa é de salto de 103% da produção, para
56,2 bilhões de litros, e de 457% das exportações
até 2022, para 10,3 bilhões.
Fonte: Valor Econômico
29
Em Foco 2
28
Suínos, frangos e bovinos:
competição e tendências
A
crise vivida em 2008, principalmente nos Estados
Unidos, foi assustadora. O mercado imobiliário veio abaixo,
o crédito enxugou. De toda forma, o governo fez o que pode
e investiu o quanto pode para contornar a situação. Não foi
o suficiente. Agora, os países envolvidos também estão sem
dinheiro. O crédito que vinha de fora começou a enxugar
e muita gente colocou o pé no freio por aqui. E esse tipo
de situação não se resolve de um momento para o outro.
Grandes empresas, indústrias e frigoríficos não fugiram
desta realidade.
Frente aos eventos macroeconômicos, o dólar fragilizouse e o Real fortaleceu-se, mas não sem deixar claros
seus efeitos. Com o dólar desvalorizado, era necessário
aos clientes internacionais mais dólares para comprar o
mesmo volume dos produtos brasileiros exportados. Isso
significa que o faturamento em reais ficou comprometido
devido à desvalorização da moeda norte-americana e ao
encarecimento do nosso produto, que também prejudicou
nosso desempenho em volume. Resultado: mais oferta
de carne no mercado interno. Enquanto isso, o poder de
compra do brasileiro esteve a mil por hora. Salário em
alta, desemprego em baixa e atividade industrial a pleno
vapor. Com o aumento do poder de compra e consequente
aumento do número de pessoas inseridas na Classe C – em
detrimento do número de pessoas entre as classes D e E -, o
brasileiro foi às compras. Gastou bastante apesar do cenário
macroeconômico negativo e incerto.
No caso do frango, mesmo sem ter perdido um mercado
representativo como a Rússia é para a carne bovina e suína,
e apesar de ter crescido em termos de volume exportado,
o aumento da produção e da disponibilidade de carne
de frango no mercado interno fez os preços do quilo vivo
atingirem os valores mais baixos dos últimos dois anos. E,
uma vez que o frango é hoje o maior substituto da carne
bovina e também da carne suína, essa fraqueza da carne
branca fez diminuir a competitividade das outras carnes. Isto
é, uma vez que o frango está barato, por que eu pagaria caro
pelo bovino, ou até mesmo pelo suíno no dia-a-dia?
Para a carne suína, o baque com a perda do mercado
russo e, mais recentemente, do mercado argentino foi duro
e também gerou uma maior disponibilidade interna do
produto. Podemos afirmar isso com base no aumento ligeiro
da produção brasileira de carne suína em 2011. Na variação
entre 2010 e 2011, houve crescimento leve de 1,5% para o
número de cabeças produzidas
industrialmente. No entanto, houve ganho em
produtividade na carcaça, uma vez que a produção de
carne variou acima disso, em 4,95%. Entretanto, com os
preços do milho e da soja historicamente altos, houve forte
perda de margem para o produtor nos últimos anos, o que
gerou redução de 0,56% no número de matrizes industriais
alojadas em 2011.
Aliás, esse movimento de perda de margem deverá
continuar exercendo influência sobre a produção nos
próximos meses, de modo a forçar um ajuste produtivo em
breve e a consequente correção dos preços ao produtor.
Afinal, o mercado é cíclico.
No caso do boi gordo, a oferta realmente não tem sido
das maiores nos últimos 24 meses, o que acarretou preços
altos no varejo. Resultado de crise de crédito, alto custo
da matéria-prima, menos vendas internacionais e menor
disponibilidade de animais (típica da fase de alta do ciclo
pecuário) levaram os frigoríficos a reduzir um pouco os
abates nos últimos anos. E os que não reduziram, mantiveram
um ritmo mais ou menos estável. Hoje temos um cenário
de possível recuperação para o frango e o suíno devido
ao recente período de margens ruins, e um cenário mais
pessimista para o boi gordo.
Este ano promete ser muito interessante! O segredo
agora é continuar acompanhando o mercado para calibrar a
projeção desenhada hoje. Só assim é possível manter-se no
caminho certo.
Fonte: Lygia Pimentel / Assuvap
31
Em Foco 3
30
C
Crise alimenta cenários
de PIB mais fraco
om a deterioração crescente da economia internacional
nas últimas semanas, começam a ganhar importância os cenários
alternativos para a economia brasileira neste ano, contemplando
os efeitos negativos de um quadro de ruptura na Europa. A
LCA Consultores, que tradicionalmente opera com mais de um
conjunto de projeções, estima um PIB de 2,6% no quadro básico,
e de 1,2% no adverso.
Já a MB Associados trabalha com um crescimento de 2,5% no
cenário em que a Grécia não sai da zona do euro, mas montou um
em que o Produto Interno Bruto (PIB) pode encolher 1% caso os
gregos deixem a união monetária. Se a intensidade do impacto da
piora externa sobre a economia brasileira divide os analistas, há um
consenso de que o investimento, pelo lado da demanda, e a indústria,
pelo lado da oferta, vão sofrer mais.
A LCA atribui 25% de probabilidade ao cenário adverso,percentual
que, na visão de Fernando Sampaio, sócio-diretor da consultoria, pode
aumentar, dado o crescimento das incertezas em relação à situação
da Europa. Se concretizado esse quadro, o investimento teria queda
no ano, encolhendo 1,2%, enquanto a produção industrial recuaria
0,5%. Ele acha improvável, porém, uma retração do PIB neste ano,
mesmo em caso de saída da Grécia da zona do euro.
“A política econômica ainda tem cartuchos para estimular
a atividade”, diz Sampaio. Para ele, se a situação externa piorar
muito mais, atingindo duramente a atividade econômica
doméstica, é possível apelar para cortes ainda mais fortes dos
juros, redução dos compulsórios e relaxamento adicional das
medidas macroprudenciais (de controle do crédito). Depois do
arsenal monetário, o governo também poderia promover algum
um afrouxamento da política fiscal, com aumento de gastos, e uma
atuação mais agressiva do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES). O câmbio mais desvalorizado, por sua
vez, pode dar alguma ajuda à indústria, contribuindo para deter a
perda de mercado para os importados, acredita ele.
No cenário base, em que a economia internacional não
desanda, a LCA espera que o PIB cresça 2,6% neste ano, puxado
especialmente pelo consumo das famílias, que avançaria 4,1%.
Mesmo no quadro adverso, com alta do PIB de 1,2%, o consumo
das famílias ainda registraria uma expansão razoável, de 3,4%. O
impacto do aumento de 14% do salário mínimo e o mercado de
trabalho aquecido impulsionam esse componente da demanda,
ainda que o alto endividamento de muitas famílias seja um
entrave a um avanço mais forte.
Já o economista-chefe da MB, Sérgio Vale, é mais pessimista. Na
semana passada, ele reduziu a estimativa de crescimento para 2012
de 3% para 2,5%, por causa da deterioração recente do quadro
da Europa. Nessa hipótese, ele considera uma situação política
complicada na zona do euro, mas não uma ruptura. A Grécia ainda
ficaria na união monetária. “No entanto, apenas a nova rodada de
mudança de percepção em relação a Europa já é suficiente para
mudar a trajetória de crescimento de curto prazo para baixo”, diz ele,
que considera 2,5% um teto para a expansão do PIB em 2012.
No primeiro trimestre, o Índice de Atividade Econômica do
Banco Central (IBC-Br), que tenta antecipar o comportamento
do PIB, cresceu apenas 0,15% em relação ao trimestre anterior,
feito o ajuste sazonal. Indicadores econômicos de abril tampouco
sugerem uma reação expressiva da economia. Ao lado do cenário
externo complicado, isso contribuiu para que muitas instituições
reduzissem abaixo de 3% as suas estimativas para o PIB neste ano.
Vale traça um quadro muito negativo para a indústria, que
já foi muito mal no primeiro trimestre. Na sexta-feira, ele reduziu
a previsão para a produção industrial neste ano de um já magro
1,2% para um tombo de 2,2%, no cenário que não contempla
ruptura da zona do euro. Para ele, a piora acentuada do quadro
externo em maio pode provocar quedas adicionais da produção
neste mês e no próximo,“pelo menos”.
Vale também está pessimista em relação ao investimento. Prevê,
por enquanto, uma alta neste ano de apenas 0,1%, mas já vê como
mais provável uma queda. Se o cenário de ruptura na Europa se
precipitar e a Grécia deixar a moeda comum, as coisas podem ficar
bem piores, diz ele. Há o risco grande de contágio para outros países
da periferia da zona do euro, elevando ainda mais a incerteza global.
Por aqui,o PIB poderia cair até 1% neste ano,com a possibilidade
de a produção industrial recuar algo como 10%, acredita Vale.
Nesse cenário, o investimento poderia cair 15% ou mais. Com
uma deterioração forte do cenário externo, os já ressabiados
empresários se tornariam ainda mais cautelosos, engavetando
projetos de ampliação e modernização da capacidade produtiva.
A Tendências Consultoria revisou neste mês a estimativa de
crescimento deste ano de 3,2% para 2,5%, projeção idêntica à do
cenário pessimista definido em março, que tinha como uma das
premissas uma ruptura na zona do euro apenas em 2013.
O economista Juan Jensen, da Tendências, diz que, quando for
revisto no mês que vem, o quadro adverso certamente apontará
uma expansão mais modesta da atividade neste ano. Como Sampaio,
Jensen acha improvável um PIB negativo em 2012, ainda que a
situação europeia piore significativamente. Em caso de o cenário
externo degringolar, o investimento seria bastante afetado, diz ele,
acreditando também que o consumo das famílias não sairia ileso.
O economista Aurélio Bicalho, do Itaú Unibanco, por sua
vez, revisou a sua projeção para o PIB de 2012 para baixo, mas
ainda acredita num crescimento superior a 3% - a estimativa
caiu de 3,5% para 3,1%. A atividade econômica nos primeiros
meses do ano mostrou que a retomada tem sido lenta, mas ele
acredita numa recuperação mais forte no segundo semestre.
A massa salarial cresce com força, por causa do novo salário
mínimo e do desemprego baixo, impulsionando as vendas nos
supermercados, e a confiança do consumidor está em níveis
elevados, diz Bicalho. Os efeitos defasados da queda dos juros
e o aumento dos gastos públicos também devem incentivar a
economia na segunda metade do ano, acredita ele.
O Itaú Unibanco ainda não elaborou um cenário alternativo,
levando em conta uma deterioração mais forte da economia
internacional, mas pode fazê-lo em breve, de acordo com Bicalho.
Para o primeiro trimestre, ele projeta crescimento de 0,7% em
relação ao trimestre anterior, feito o ajuste sazonal, acima do
0,5% projetado pela LCA, MB e Tendências.
Apesar de o IBC-Br ser considerado um bom termômetro para a
tendência do PIB, ele costuma mostrar alguma diferença em relação
ao resultado divulgado pelo IBGE, o que ajuda a entender por que as
consultorias não alinham automaticamente as suas estimativas ao
número do IBC-Br.
Fonte: Valor Econômico
33
Em Foco 4
32
O retrato da indústria brasileira de
Reciclagem de Resíduos de Origem Animal
Crescimento da feira, em 40%, sinaliza o bom
momento que o setor atravessa
Por: Lia Freire
O
Brasil é o segundo maior mercado de reciclagem de
resíduos de origem animal em todo o mundo. Em 2011 foram
processados no País cerca de 4,5 milhões de toneladas de
subprodutos de origem animal, gerando insumos no valor de
aproximadamente R$ 2 bilhões.
Segundo Daniel Geraldes, organizador da FENAGRA –
Feira Internacional das Graxarias, a sétima edição contou com
crescimento de 40% em área e 20% em número de expositores em
relação ao ano anterior.“A abrangência geográfica também cresceu
significativamente com a presença de visitantes de todo o Brasil
e de mais 15 países, conferindo ao evento caráter internacional.
Representantes da Austrália, Nova Zelândia, Alemanha, Itália, Chile,
Espanha, Estados Unidos, Canadá, Venezuela, México, Argentina,
Costa Rica, Paraguai, Panamá e Colômbia estiveram circulando pelo
corredores do Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo,
atrás de novidades, tendências e informações, além de participarem
do Congresso”, cita Geraldes. Sobre a geração de negócios iniciados
na feira, a estimativa é de R$ 22 milhões.
Realizado pelo SINCOBESP – Sindicato Nacional dos Coletores e
Beneficiadores de Subprodutos de Origem Animal, o XI Congresso
Internacional de Graxaria aconteceu em paralelo à FENAGRA e
contou com palestrantes de diversos países que discutiram as
soluções e benefícios conquistados mundialmente. O evento
colocou em debate os principais assuntos relacionados ao setor
de Reciclagem Animal, dentre eles, as novas perspectivas para
as indústrias, insumos e tecnologias para a próxima geração de
alimentos para animais, métodos de sustentabilidade para a
Reciclagem de Animais e fatores do mercado que influenciam nos
preços de farinha e gordura animal.
Outro momento importante do Congresso foi o Fórum
Internacional que reuniu executivos mundiais do mercado para
discutir os preços de matérias-primas e concorrência, meio ambiente
e aspectos sanitários (regulamentos e fiscalização), custos industriais
(vapor, eletricidade, logística U$/km, M-D-O), dados de produção
e tendências globais. Neste encontro, estavam presentes Andy
Bennett, representante da Austrália e Nova Zelândia, presidente
da ARA (Austrália Renderers Association), e diretor executivo da
Talloman; Manfred Gellner, diretor da alemã Saria Bio Indústrias
que trouxe a experiência europeia; Kent Swisher, vice-presidente
da NRA (National Renderers Association), que apresentou dados
norte-americanos e Fernando Mendizabal, presidente da Rengra
(Rendimientos Grasos), que destacou o momento atual do México.
A 7ª edição da FENAGRA não foi palco apenas para as empresas
apresentarem as novidades e tendências para as indústrias de ração
animal, cosméticos, produtos de higiene e limpeza, biodiesel, entre
outras áreas. Durante o evento, aconteceu também o lançamento da
Associação Latino-Americana de Plantas de Rendimento (ALAPR),
que tem a participação de sete países: Colômbia, Costa Rica, México,
Argentina, Chile, Brasil e Venezuela. O objetivo da entidade é unir
interesses e fortalecer o setor latino-americano.
E, paralelamente à FENAGRA aconteceu a 2ª EXPO PET FOOD, que
apresentou lançamentos e tendências para o mercado de nutrição animal.
34
Em Foco 4
OS EXPOSITORES
ABOISSA
Determinada e focada em aprimorar o seu atendimento,
fornecendo um pós-venda de excelência, a Aboissa segue investindo
na capacitação e atualização dos seus colaboradores. “Trabalhamos
para que continuemos ser um importante fornecedor de informações
para o mercado. A nossa proposta é que os clientes foquem as suas
atenções no core business e deixem a nosso cargo provê-los com as
informações necessárias para o seu negócio”, afirmou Silas Alves dos
Santos, acrescentando que para a Aboissa, a FENAGRA é o segundo
mais importante evento do ano do qual participa. “O retorno é
significativo. Já registramos, pós-feira, um aumento de 10% a 15% em
nossa carteira de clientes.”
AGRICARNITEC
A italiana que tem no Brasil o seu representante Zametal, esteve
na FENAGRA pela primeira vez para apresentar as suas diferentes
soluções para as indústrias que atuam no tratamento dos subprodutos
animais e destacar equipamentos como o triturador de carne e osso
que comporta até 40 toneladas e a prensa Expeller, com sistema
automático de abertura do cesto e regulação automática de cone.
“Todas as máquinas são produzidas a partir da mais alta tecnologia,
com materiais resistentes, seguindo normas e controle de qualidade
da Comunidade Europeia. Enquanto no Brasil desponta uma forte
preocupação com o tema sustentabilidade e com as questões
relacionadas ao impacto ambiental, tais temas já são largamente e há
anos difundidos na Europa, portanto, temos bastante know-how em
oferecer soluções que atendam estas demandas”, observou Sandro
Pasini.
ALIGRA
Há mais de 40 anos fornecendo soluções em argilas para
branqueamento de sebo e rerrefino de óleos minerais, a empresa
em mais uma participação na FENAGRA evidenciou as características
e benefícios oferecidos por dois de seus produtos: Argila Touro –
Ativada/Aditivada, obtida por meio de processo de ativação e/ou
aditivação, potencializando suas características naturais, de forma
a adquirir propriedades superiores para atender os processos
industriais de branqueamento e a Argila Touro- DX, produto 100%
natural, extraído de jazida recém-explorada. “Apesar de não sofrer
alterações industriais, especialmente químicas, o produto obteve
resultados diferenciados tanto na clarificação como na filtragem
nos processos de branqueamento do sebo e de rerrefino de óleos
minerais”,destacou Mauro Yasto Saiki.
AUTOMAC
“Na FENAGRA tivemos a oportunidade de apresentar nossos
supervisórios para controle de processos fabris, montagem e
manutenção de sistemas elétricos e de automação, bem como,
montagem de paineis de baixa e média tensão. Acredito que estamos
avançando para um mercado que compra qualidade e soluções.
Nossos clientes buscam tecnologia e querem ter a informática e a
automação no chão de suas fábricas”, citou Leandro Ferreira. Na feira,
35
36
Em Foco 4
OS EXPOSITORES
OS EXPOSITORES
a empresa expôs os recentes trabalhos realizados para o Grupo JBS e
aproveitou para lançar um sensoriamento de nível para tanques de
sebo.
BDI & TECNAL
Ao apresentar avançada tecnologia para a produção de biodiesel,
a partir de gorduras animais, mesmo com acidez elevada, a BDI &
Tecnal conquistou importantes clientes internacionais de reciclagem
animal, como por exemplo, a Saria que tem plantas de produção de
biodiesel e biogás.“Aqui na feira tivemos uma excelente oportunidade
de fazer networking e demonstrar nossa parceria e amizade com o
setor de gorduras animais”,comemorou Hannes Stabla.
CHIBRASCENTER
Especializada em fornecer soluções para o processamento de
subprodutos de origem animal, a empresa destacou o Coagulador
Contínuo de Sangue Animal. Compacto, construído em aço
inoxidável, segundo o fabricante, é de fácil instalação, versátil (pode
atender a diferentes linhas centrífugas),tem baixo consumo de vapor,
produz sólido granular uniforme e tem baixo nível de manutenção.
Sobre a participação da empresa na feira, Wilson Moreno afirmou
que a FENAGRA mais uma vez atendeu as expectativas. “Durante
os dois dias fizemos vários contatos, especialmente com clientes
de outros países, além disso, tivemos a oportunidade de trocar
informações com o mercado e observamos as atuais demandas e
necessidades do setor.”
principais objetivos que é estarmos cada vez mais próximos do
mercado, atendendo as suas necessidades, superando as suas
expectativas”, afirmou Anderson Francisco Andreoni.
FIMACO
Pela primeira vez na FENAGRA a fim de estreitar o seu
relacionamento com o mercado brasileiro, a empresa de origem
argentina, há mais de 40 anos oferece soluções em geração de
energia, vapor, gases aquecidos, óleo térmico e tanques API para
as graxarias. Há um ano no Brasil, a Fimaco está situada em Lontras,
Santa Catarina.“Somos uma empresa que busca melhorias contínuas
nos processos da fabricação, através de investimentos em máquinas,
infraestrutura, engenharia e equipe”,destacou Jonathan Feldmann.
GIGLIO
DUPPS
A norte-americana Dupps, que projeta, constrói e instala
equipamentos e sistemas que transformam carne bovina, suína
e de aves em proteínas, terá agora no Brasil um atendimento
independente, com assistência técnica própria, disponibilidade de
peças de reposição, entre outras facilidades. E não foi esta a única
novidade para o mercado brasileiro, a empresa também apresentou
na FENAGRA um sistema patenteado de fabricação de helidóides
das prensas. “São helidóides desenvolvidos com material bimetálico
e fundido, sem soldas, com resistência três vezes maior, quando
comparado aos helidóides convencionais, com o mesmo custo, o
que reverte em maior extração de gordura. Destacamos ainda o novo
eixo de prensa, que reduz em até 3% o teor de gordura na farinha”,
destacou Leandro Ferreira.
FAST
Com atuação em todo o território nacional e América Latina,
há 16 anos a empresa dedica-se à fabricação de equipamentos e
sistemas para o tratamento de efluentes industriais, tratamento
de água, separação de fases e equipamentos para compostagem,
visando assim a valorização de resíduos. A Fast atua ainda
na formatação de projetos e assessoria ambiental na área
de tratamento de efluentes industriais e sanitários. “A nossa
participação na FENAGRA vem ao encontro de um dos nossos
Em sua participação na feira, Rodrigo Giglio afirmou que a
FENAGRA tem um lado positivo muito forte, que é a questão de ser
o único evento do setor que consegue reunir todos os envolvidos
na cadeia de negócios, ou seja, autoridades governamentais,
graxarias independentes, graxarias de frigoríficos, compradores
de matéria -prima , representantes , fornecedores e indústrias de
equipamentos. “Volto a ressaltar que nunca houve esse encontro
antes de existir a FENAGRA. Todos envolvidos na realização do
evento e do congresso estão de parabéns. É desta união que o
nosso setor precisa.”
GRANDE RIO
Com um importante trabalho de Educação Ambiental, a empresa
levou para o público da FENAGRA o seu novo “jogo” com um
conceito ainda mais amplo do que o anterior. Trabalhado em escolas
e empresas, a ideia é conscientizar e informar a todos a importância
de ter atitudes sustentáveis. Em um grande painel, que reproduz
um cenário/trilha do cotidiano, há buracos dos quais são obtidas
informações como, por exemplo, o que se faz com partes do boi como
a canela, a importância da coleta seletiva, o tratamento de efluentes
etc. “Há quatro anos desenvolvemos este importante trabalho de
educação ambiental, que está cada vez mais completo, alinhado ao
trabalho e novos projetos da Grande Rio. O resultado sempre nos
orgulha e nos motiva a investirmos cada vez mais em ações deste
tipo”,afirmou Alessandra Caline.
37
38
Grupo BC
Em Foco 4
OS EXPOSITORES
39
Organizações Empresariais Baltazar de Castro
GRATT
São 25 anos desenvolvendo decanters, centrífugas, flotadores,
secadores e demais maquinários para frigoríficos, abatedouros
e laticínios. “Contamos com profissionais altamente qualificados
que projetam, fabricam, instalam e realizam assistência técnica em
todo Brasil e países da América Latina e Central”, destacou Gilmir
Pomerening. Uma das recentes novidades apresentadas é a Prensa
Contínua, equipamento com capacidade de separação de produtos
sólidos dos líquidos através de um sistema contínuo de prensagem
por rosca e peneira.“O equipamento oferece baixo ruído e consumo
de energia, tem alta eficiência, além de ser produzido em diversos
capacidades de vazão.”
Sobre a participação no evento, a Gratt contabiliza como muito
positiva.“A FENAGRA sempre nos deu um ótimo retorno, por isso, para
a companhia é fundamental a sua participação.”
Higiene e Limpeza
Produtos de Higiene e Limpeza
Sabão e Derivados
HAARSLEV
Equipamentos para o tratamento de penas e sangue, vísceras
de suínos, bovinos, aves e peixes são oferecidos pela empresa, que
destacou durante a FENAGRA, as linhas de via úmida e o processo
SLURY, onde o consumo de vapor é quase três vezes menor quando
comparado com a via seca (convencional). “Nossos sistemas são
totalmente automatizados e trazem a mais completa tecnologia de
processo. São soluções para a recepção do subproduto cru até a saída
do produto final (farinha e gordura)”,destacou Orlando T. Guelfi Neto.
Gordura Animal
C
M
Y
CM
MY
JULIAN
Há 30 anos a empresa desenvolve maquinários e projetos para
as graxarias. “Nossa proposta desde o início das atividades foi oferecer
agilidade e precisão aos clientes, sempre disponibilizando alta tecnologia
e rígido controle de qualidade”,destacou Pedro Valdomiro Julian.
Dentre as inúmeras possibilidades oferecidas ao mercado,
durante a FENAGRA, a Julian, bastante conhecida no ramo por suas
prensas, destacou a Prensa Rumen com capacidade de 4 toneladas/
hora. “Devido o seu ótimo desempenho, vem obtendo uma ótima
aceitação no mercado.”
Sebo Industrial
Óleo de Frango e Óleo de Peixe
CY
CMY
K
Nutrição Animal
Farinha de Carne Esterilizada
Farinha de Sangue
Farinha de Ossos Calcinado
Farinha de Penas
Farinha de Vísceras
Farinha de Peixe
LDS MÁQUINAS
Desde 1989 produzindo máquinas e equipamentos para a
industrialização do subproduto frigorífico, com a proposta de levar
ao mercado excelência em tecnologia e alta qualidade, a empresa
apresentou aos visitantes da FENAGRA suas soluções e variedades,
que incluem blow tanks, bombas de engrenagem, clarificadores,
decantadores mecânicos, digestores, esterilizadores, elevadores de
canecas, filtros prensa, moinhos de martelos, trituradores de ossos,
percoladoras, prensas Expeller, entre outros. “Nossa empresa procura
estar sempre atualizada no sentido de desenvolver equipamentos
que proporcionem resultados realmente eficientes e se adequem
às normas de segurança e higiene exigidas pelo mercado. Foi
exatamente isso que destacamos durante a nossa participação no
evento”,explicou Antônio Aparecido Stefanin.
BC Participações e Empreendimentos
Goiânia (GO) - Administração Geral
Fone: (62) 3243-5100
Reciclagem - Amiga da Natureza
[email protected]
[email protected]
Repar
[email protected]
[email protected]
ReBras - Reciclagem Brasileira de Resíduos Animais
[email protected]
[email protected]
AR Nutrição Animal
[email protected]
[email protected]
[email protected]
Nordeste Industrial
[email protected]
Sabao Geo
[email protected]
40
Em Foco 4
OS EXPOSITORES
OS EXPOSITORES
Martec
RENDERMAX
Especializada no desenvolvimento de martelos, pinos,
peneiras, moinhos para peneiras e demais itens para a área de
moagem, a empresa revelou na feira uma outra novidade: a linha
Unifrigo de uniformes, especialmente criada e padronizada para
frigoríficos e graxarias. A Martec também aproveitou a ocasião
para comemorar a sua nova parceria com a Grande Rio Alimentos.
A empresa já era fornecedora de martelos e peneiras para a GR.
“Foi um excelente negócio. A GR adquiriu um moinho modelo
T100 para moagem de farinha de carne”, comemora Salvador
Grecco, durante a Fenagra 2012.
Comprometida em disponibilizar ao mercado brasileiro a
melhor tecnologia em processamento de subprodutos, com
redução de energia e menor impacto ambiental, a empresa
formada por brasileiros e neozelandeses tem soluções como:
tecnologia de baixa temperatura ( 90° graus) para processamento
de resíduos cárnicos, digestores contínuos de disco, secadores
de disco, hidrolizadores de penas, entre outros. “Em 2013
estaremos com uma nova fábrica no Paraná e pretendemos
cada vez mais estreitarmos o nosso relacionamento com o
mercado brasileiro, oferecendo completas e eficazes soluções”,
afirmou William Wattie.
NUTRACT
Com ênfase em seus recentes lançamentos: os blends
antioxidantes, a Nutract foi para a FENAGRA bastante otimista
quanto ao retorno que o evento oferece à empresa. “Sempre
temos um resultado muito bom após a feira. O fato de ser um
evento técnico atrai visitantes qualificados e que realmente nos
interessa. Não é uma feira de “quantidade”, mas de “qualidade”.
E mais uma vez deixo a minha sugestão para que a FENAGRA
torne-se itinerante”, sugeriu Mauricio Marcos Junior.
PERMECAR
Soluções em chapas perfuradas, peneiras de pré-limpeza,
chapas expandidas, canecas para elevadores, martelos,
eixos e separadores para moinhos são os equipamentos
oferecidos pela Permecar às graxarias. “Estamos apoiados no
aprimoramento tecnológico e no desenvolvimento de soluções
práticas”, afirmou Márcia Martin, acrescentando que a empresa
acaba de dar início ao processo para a obtenção da ISO 9001,
demonstrando mais uma vez o seu comprometimento e
respeito com o mercado.
RAZZO
“A FENAGRA tornou-se uma referência para o nosso mercado,
inclusive internacionalmente, o que mais uma vez pôde ser
comprovado pela quantidade de estrangeiros e nacionalidades
presentes”, analisou Gustavo Razzo Neto, que na ocasião
participou tanto como empresário da empresa Razzo (que atua
nos segmentos de agroindústria, higiene e limpeza), quanto
como presidente do SINCOBESP.
Razzo explicou que há três anos o Brasil vem sendo a “bola
da vez” no mercado de reciclagem de resíduos de origem animal.
“Estão de olho em nosso mercado, evoluímos muito, tempos
plantas de rendimento fantásticas e mão-de-obra qualificada.
Claro que ainda temos muito o que melhorar e a própria feira
contribui para isso, pois aqui trocamos informações com o
mundo, acompanhamos as tendências e novas demandas.
Acredito que ainda haverá muitos outros progressos em virtude
da criação da Associação Latino-Americana de Plantas de
Rendimento (ALAPR)”, afirmou Razzo.
UNIAMERICA
Especializada na negociação de matérias-primas estratégicas
entre as indústrias e segmentos, tais como, o de pet food,
biocombustíveis, biomassa, entre outros, a empresa aproveitou
para apresentar a sua recente parceria que visa oferecer novas
possibilidades aos clientes. “Acabamos de fechar uma parceria
que nos possibilitará fornecer maquinários e projetos completos
para o funcionamento de uma graxaria”, frisou Fernando Nunes,
que destacou a importância em estar presente na FENAGRA. “O
evento é uma ótima oportunidade para trocarmos experiências,
estreitarmos relacionamentos, nos apresentarmos a novos
clientes e nos atualizarmos sobre as últimas tendências no
mercado de graxarias.”
41
Fonte: Departamento Estatístico da Editora Stilo.
43
Índices de mercado
De Olho No Mercado
42
J. Moreira
Expectativas para o
segundo semestre
O
primeiro semestre do ano chega ao fim sem grandes
oscilou entre 1° para a Região Sul e de até 10° para a Região
alterações no mercado de subprodutos. A estabilidade marcou
Norte e Nordeste.
presença, mantendo o preço do sebo no patamar de R$ 1,80
(livre de frete e impostos). Variações maiores ocorreram nos
mercado de um dos principais compradores de gorduras para
subprodutos derivados de aves, com o óleo de vísceras sendo
a produção de Biodiesel, devido a problemas na qualidade.
a “estrela” do período, com preços batendo a casa dos R$ 2,10
No primeiro dia de leilão, porém, observei que outras
(livre de frete e impostos) e com padrão PET, nas Farinhas
usinas que estiveram fora de leilões anteriores e, que têm
de Origem Animal (FOA), a alta também esteve ligada aos
como matéria-prima principal a gordura de origem animal,
produtos derivados de aves. A diminuição no abate de aves
participaram ativamente do leilão, algumas até vendendo
puxou o preço para cima de seus subprodutos, no caso da
90% da capacidade instalada já na primeira rodada. Neste
Farinha de Carne houve variações significativas nos dois
mesmo segmento outras usinas que usam a gordura animal
últimos meses devido o aumento no Farelo de Soja, estando
para “blendar”, negociaram valores significativos afastando
no momento com tendência de alta, trabalhando na casa dos
assim a preocupação na queda do consumo neste setor.
R$ 0,80 (livre de impostos e frete).
Quero deixar aqui um abraço a todos os amigos que
A expectativa no início deste segundo semestre está
participaram da 7ª FENAGRA e que novamente demonstraram
voltada para o 26º Leilão de Biodiesel que teve sua primeira
que o setor está em pleno crescimento. Boas palestras e debates
rodada no dia 04 de Maio e com previsão de uma segunda
ocorreram durante a feira, trazendo novidades tecnológicas para
no dia 13 de Maio, com volume de compra previsto nas duas
o setor. Desenvolvimento foi à ordem desta edição da FENAGRA.
A grande preocupação para o setor está na saída do
rodadas de 770 milhões de litros. Este novo modelo de leilão
foi imposto pela Portaria 276 do MME que dentre muitas
Abraço a todos e até já.
alterações, exigiu a pré-inscrição da Usinas de Biodiesel,
outra novidade foi à exigência do CFPP – Fator de Ponto de
J. Moreira
Entupimento de Filtro a Frio – que obriga as usinas declararem
Gestor Ambiental
este valor na hora da oferta. Neste primeiro leilão, o valor
[email protected]
Colaboração de Dados –
Aboissa, Sincobesp, Mapa.
As informações destes índices
são dados baseados no CIFSP podendo variar um pouco
para cima ou para baixo.
45
Capa
44
Alta produtividade nas
graxarias brasileiras
Se hoje a indústria brasileira de reciclagem de
resíduos de origem animal está mais eficiente,
ágil, “limpa” e produtiva, contribuiu para isso a
nova geração de máquinas e equipamentos
O maquinário à disposição das graxarias
líquido são as opções oferecidas pela Pieralisi do
brasileiras vem pouco a pouco mudando o cenário
Brasil. “Nossos equipamentos estão sempre em
deste importante segmento de negócios da
evolução, trabalhamos para proporcionar às graxarias
economia brasileira. Em 2011 foram processados
eficiência na separação dos subprodutos para que
no País cerca de 4,5 milhões de toneladas de
atinjam o máximo desempenho. O momento é de
subprodutos de origem animal, gerando insumos
reaproveitamento dos subprodutos, tendo o melhor
no valor de aproximadamente R$ 2 bilhões e
retorno financeiro”,afirma Estela Testa, engenheira da
as projeções para a próxima temporada são
unidade que é subsidiária do Grupo Pieralisi, sediado
bastante otimistas.
na Itália há mais de 120 anos. Em 2012 a companhia
pretende atingir um crescimento nos negócios
A questão da sustentabilidade, tão em voga
ultimamente em todo o mundo, acabou por
brasileiros em torno de 20%.
contribuir e colocar em evidência o trabalho
que há tantos anos vem sendo realizado pelas
graxarias, mas que boa parte da sociedade
Processamentos contínuos: uma forte
tendência tecnológica
brasileira desconhecia por falta de informação.
Neste sentido, ainda há muito trabalho a ser
realizado. Mas, quem certamente sempre
Por: Lia Freire
foi um forte aliado deste setor de negócios
- que transforma ossos, sangue e sebo em
base para materiais de limpeza, cosméticos,
farinha para ração animal, biodiesel etc -,
foram os desenvolvedores de máquinas e
equipamentos para esta indústria, que tem no
Brasil o segundo maior mercado mundial de
reciclagem animal.
Hoje, as graxarias são limpas, higienizadas,
respeitam normas e especificações de órgãos
ambientais e sanitários e as máquinas envolvidas
neste processo seguem essa tendência, passando
por melhorias tecnológicas para atender tais
exigências.
Há 30 anos, a Julian fornece todo tipo de
equipamentos para as graxarias, tais como,
digestores, prensas, trituradores de ossos, tolvas,
caixa
percoladora,
clarificadores,
roscas
esterilizadores,
transportadoras,
filtro
prensa,
bombas de engrenagens, bombas de rotor aberto
e filtro prensa. “O nosso diferencial resume-se em
qualidade e fácil manutenção. Os equipamentos
Julian seguem a atual tendência que é reduzir
a manutenção, aumentando a durabilidade e
rentabilidade da extração do óleo. Para este ano, a
novidade é a Prensa de Rumem com capacidade
de 4 toneladas/hora, que vem obtendo uma
excelente aceitação no mercado”, afirma Pedro
Valdomiro Julian, diretor da Julian.
Decanters centrífugas de duas e três fases para
separação de graxas, água e sólidos; centrífugas
Em constante processo de aperfeiçoamento, a
Julian destaca sua recente novidade: Prensa
Rumen, com capacidade de 4 ton/h.
verticais de pratos, para clarificação de líquidos e
separação de dois líquidos e clarificação de um
O Coagulador Contínuo de Sangue, da Chibrascenter
é compacto, fabricado em aço inoxidável, tem baixo
consumo de vapor e é de fácil limpeza.
Outra empresa responsável por tornar
as graxarias brasileiras mais “tecnificadas” e
tecnológicas é a Chibrascenter. Especializada
em fornecer Centrífugas Super-D’Canters para
clarificação de sebo bovino, gordura suína e óleo
de aves, além das Centrífugas Super-D’Canters
para desidratação de sangue animal, em
conjunto com o coagulador contínuo de sangue
animal. “Nossos equipamentos são submetidos
a uma constante evolução tecnológica,
inclusive com a utilização de materiais nobres e
a incorporação de dispositivos eletrônicos que
resultam em maior automação e segurança aos
operadores, bem como, melhor desempenho
de operação”, esclarece Wilson Moreno, diretor
comercial da Chibrascenter, destacando que
os equipamentos contínuos são cada vez
mais requisitados pelo setor e atentos a esta
demanda, a empresa oferece tais opções.
“A Centrífuga Decanter Chibras processa
continuamente subprodutos, sem paradas
para limpeza ou lavagem. Destaco ainda que
as nossas centrífugas são fabricadas com
matéria-prima de qualidade, certificadas, além
de disponibilizarmos uma grade de tamanhos
e modelos distintos, atingindo com isso uma
ampla gama de capacidade, desde a mais baixa
produção até elevadas vazões.”
47
Capa
46
As Centrífugas da Chibrascenter processam continuamente os
subprodutos , sem paradas para limpeza ou lavagem.
Em relação à especialização da mão-deobra para operar os maquinários disponíveis às
graxarias, Moreno afirma que a própria automação
constante dos equipamentos tem colaborado
para facilitar a operação. “A Chibrascenter oferece
um exaustivo trabalho de treinamento de
operadores, para profissionais de manutenção e
de lubrificação. Além de nos preocuparmos com
a formação de profissionais capacitados, visamos
diminuir os custos para as empresas.”
condições físicas e o que melhor atende suas
necessidades. Tudo é feito sob encomenda
para otimizar os resultados”, destaca Taisa C.
Barazetti Giaretta, gerente administrativa da
Prestatti. Em 2012, a empresa segue investindo
no aprimoramento de máquinas esterilizadoras
e digestores, que, segundo a própria Prestatti,
atualmente é uma grande tendência em virtude
das atuais exigências do MAPA - Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento. “O nosso
mercado está em evolução. Há muito espaço para
crescimento tecnológico. No entanto, o que falta
é o setor aceitar os valores para estas tecnologias.
Acreditamos que aos poucos a tendência é o
mercado se abrir para estas novas opções. Nosso
objetivo é um crescimento de 10% nas vendas”,
analisa Taísa.
Sistemas de baixa temperatura
A Prestatti destaca como diferencial da empresa,
a flexibilidade de adaptação dos equipamentos
de acordo com as exigências dos clientes.
De digestores, a sistemas de tratamento de
gases e odores, secadores de farinha de penas
e sangue, moinhos, prensas, esterilizadores,
percoladores, silos, trituradores, entre outros
equipamentos, a Prestatti atende as graxarias
também na elaboração de projetos, montagens,
reformas, assistência técnica e treinamentos,
destacando a sua preocupação em oferecer o
melhor custo-benefício. “Buscamos trabalhar
em parceria com o cliente, procurando o melhor
custo-benefício dos equipamentos, desta forma,
desenvolvemos equipamentos e projetos de
acordo com a produção de cada empresa, suas
Os maquinários da Haarslev seguem as novas
exigências ambientais: funcionam com sistemas
de baixa temperatura e economizam energia.
Com soluções desde a recepção do
subproduto cru até a saída do produto final, a
empresa Haarslev desenvolve equipamentos
que visam atender e adaptar-se às novas
necessidades do mercado, como por exemplo,
o baixo consumo de energia. “As exigências
ambientais estão mais fortes, por isso, a demanda
por máquinas que reduzem o consumo de vapor
está em evidência, fazendo com que os sistemas
de baixa temperatura ganhem espaço. Estes
49
Capa
48
sistemas são os nossos destaques para 2012,
incluindo os de gel bone ou bone chips, Slurry,
de via mista, onde podemos acrescentar as
máquinas de extração de água na planta atual,
ampliando a produção com o mesmo gasto de
vapor. Além disso, as empresas que não baixarem
o custo de produção serão “engolidas” pelas que
têm sistemas mais enxutos, como os contínuos”,
explica Orlando Guelfi, diretor comercial da
Haarslev, apontando ainda como diferencial
da sua marca o fato dos equipamentos serem
robustos, proporcionando aumento na vida útil.
“Temos máquinas e sistemas desde 2 toneladas/
hora, instalada no Pará até 20 toneladas/horas,
em Minas Gerais. Na Europa e Estados Unidos,
temos plantas com capacidades superiores a 40
toneladas/hora.”
da LDS, apontando e reforçando a tendência
tecnológica de sistemas de processamento
contínuos e automatizados, que facilitam a
manutenção e melhoram a qualidade dos produtos
finais. Visualizando novas oportunidades na área
de produção de biodiesel a partir do sebo bovino,
a LDS já iniciou seus projetos neste segmento de
mercado.
Atualização e adequação às normas de
segurança e higiene. Equipamentos da LDS.
A LDS destaca as novidades nas Prensas Expeller: prensa com câmara de
prensagem dupla e regulagem hidráulica da saída de massa.
Com uma linha composta por mais de 40
itens, que abrangem as áreas de processamento
se subprodutos, extração e tratamento de
óleos vegetais, projetos especiais e produção
de biocombustíveis, a LDS oferece às graxarias
soluções como: blow tanks, bombas de
engrenagem, clarificadores, decantadores
mecânicos,
digestores,
esterilizadores,
elevadores de canecas, filtros prensa, moinhos
de martelos, trituradores de ossos, percoladoras,
prensas Expeller, prensas para penas, redutores
de velocidade, silos, tolvas, transportadores
helicoidais, entre outros.
“Visualizamos novas oportunidades na área de produção
de biodiesel, o que nos levou a iniciarmos projetos neste
setor”, Antônio A. Stefanin, da LDS.
“A LDS procura estar sempre atualizada para
desenvolver equipamentos que proporcionem
resultados realmente eficientes para o industrial
e se adequem às normas de segurança e higiene
exigidas pelo mercado. Com uma equipe
técnica de profissionais experientes, oferecemos
novas tecnologias para uma produção de
altíssima qualidade. As recentes novidades que
apresentamos ao mercado são as modificações
nas prensas Expeller. Lançamos uma prensa com
câmara de prensagem dupla e regulagem hidráulica
da saída de massa, além de uma linha de digestores
contínuos”, cita Antônio Aparecido Stefanin, diretor
Outra empresa que
desenvolve os seus
maquinários para que
operem com consumo
de energia reduzido e
melhor rendimento é a
Rendermax.
Representante exclusiva da neozelandesa
Rendertech, a Rendermax oferece tecnologia
de processamento com baixa temperatura
(de 90 graus), para processamento de
resíduos cárnicos, digestores contínuos
de disco, processamento contínuo de
penas, transformação de linhas contínuas
convencionais em baixa energia, secadores de
disco, hidrolizadores de penas e evaporadores
fabricados para trabalhar com licor e plasma de
sangue. A redução de consumo de energia e o
melhor rendimento e qualidade de produtos
finais são dois aspectos que a empresa prioriza
em seus equipamentos. “O processo PDS
(Sistema de Separação por Pressão) de baixa
temperatura está sendo utilizado na Nova
Zelândia e Austrália para produzir farinhas
com maior digestibilidade e gorduras com
menos impurezas, inclusive menores níveis
de enxofre, nitrogênio e fósforo. O processo é
extremamente limpo, gerando poucos odores
e concentrando o licor em um evaporador que
opera com os gases saindo do secador, com
um consumo de vapor vivo em média de 40%
a menos do que outros processos. A busca
por produtos de melhor qualidade, tanto pela
indústria pet, quanto pelos produtores de aves
e suínos, irá exigir melhor escolha de tecnologia
de processamento para garantir que as farinhas
tenham alto teor de digestibilidade”, explica
William Wattie, executivo da Rendermax.
Wattie destaca que as linhas Rendermax são
totalmente automatizadas. “Foram concebidas
para serem operadas por pessoas com
conhecimento básico, já que há escassez de
mão-de-obra capacitada para trabalhar neste
setor. A filosofia de atuação da Rendermax é
“keep it simple”, para que tudo seja simples e
sem complexidade.”
A Agricarnitec oferece uma linha completa de máquinas para as graxarias: do
recebimento da matéria-prima até o carregamento para a expedição.
51
Capa
50
A italiana Agricarnitec, representada no Brasil
pela Zametal, atua para oferecer equipamentos
com o melhor custo-benefício do mercado, sem
deixar de lado o seu comprometimento com a
preservação ao meio ambiente.
“A tendência tecnológica no
Brasil está voltada para a
produção utilizando processo
de baixa temperatura e
via úmida, que na Europa
já é bem difundida”, Fabio
Santini, da Agricarnitec.
A empresa oferece diferentes soluções para as
graxarias: do recebimento da matéria-prima até o
carregamento para a expedição. “Atuamos com os
sistemas de batelada ou contínuo e também no
processo de via úmida, conhecido como de baixa
temperatura e sistemas de tratamento de gases. As
graxarias no Brasil estão se aprimorando a cada dia e
para isso buscam novas tecnologias. É neste processo
que a Agricarnitec se insere, trazendo equipamentos
de qualidade internacional, tanto na linha de
fabricação, quanto na de tratamento dos gases prove­
nientes deste processo. A tendência tecnológica está
voltada para a produção de farinha no processo de
baixa temperatura, via úmida, que na Europa é bem
difundida e agora trabalhamos para que isso chegue
com mais força aqui no Brasil”, analisa Fabio Santini,
diretor da Agricarnitec. De acordo com o fabricante,
na sua linha os destaques estão nas soluções para
processamento de vísceras, via úmida, com baixo
A norte-america Dupps passa a ter uma base própria no Brasil, com assistência técnica e
peças de reposição.
consumo de vapor e melhora na qualidade de produto
final e no secador de pena, com maior eficiência aliada
ao menor consumo de vapor e energia.
Agora ainda mais próxima das graxarias
brasileiras, a norte-americana Dupps, que desde
1935 projeta, constroi e instala equipamentos,
oferecendo ao setor desde linhas de alta temperatura
convencionais, de baixa temperatura e via mista
e úmida, entra no país com a proposta de suprir a
necessidade de equipamentos de primeira linha e
alta qualidade. “Atenderemos o mercado com uma
base própria no Brasil, com assistência técnica e
peças de reposição. Nossa projeção para este ano
é mostrar ao mercado brasileiro a qualidade dos
nossos produtos e oferecer nossos quase 80 anos de
experiência em equipamentos para graxarias daqui.
Atualmente a Dupps atende a JBS e processadores
independentes como a graxaria do Grupo BC,
Reciclagem”, destaca o executivo Leandro Ferreira.
A Dupps apresenta como novidade o sistema
patenteado de fabricação de helidóides para as
suas prensas. Feitos em material bimetálico e
fundido, estes helidóides são fabricados sem o uso
de solda como nos convencionais, e a aplicação
de dois metais torna a vida útil da peça muito
mais longa, sendo que o custo permanece o
mesmo. Tais características se revertem em maior
extração de gordura dos subprodutos. Também foi
desenvolvido um novo eixo de prensa que chega
a extrair até 2% a mais de gordura que os atuais
eixos da marca, segundo o fabricante.
ao conceito de produzir com o menor custo e minimizar os impactos ambientais, isso leva ao
encontro da automação, melhoria em máquinas e equipamentos e modernização das graxarias.”
A Automac oferece elétrica e automação, supervisórios para controle de processos
fabris, montagem e manutenção de sistemas elétricos e de automação, bem como
montagem de paineis de baixa e média tensão. “Temos também profissionais
dedicados a sistemas de vapor e oferecemos consultoria em vapor, manutenção de
válvulas, purgadores, além de projetos de economia e projetos de economia de vapor”,
acrescenta Ferreira.
Neste ano, a novidade da empresa é o sistema de detecção de sebo em linhas de
condensado. “Este sistema evita a contaminação do condensado que sai dos digestores,
fazendo com que as caldeiras não recebam sebo junto com o condensado.”
A projeção para esse ano é que a Automac alcance um total de 300 clientes.
“Desejamos mostrar ao mercado que as graxarias podem ter mais rendimento, aplicando
tecnologias simples, baratas e de fácil operação. Nossa estimativa de faturamento é de 2
milhões de reais para o próximo semestre”, almeja Ferreira.
Inovação aliada a baixo custo operacional
Tudo para automação
Segundo Leandro Ferreira, diretor da Automac,
a tendência do mercado é a evolução tecnológica.
“Visualizamos o setor sedento por tecnologias diversas
e os projetos de redução de consumo de bases
energéticas é o maior deles. Tudo está se voltando
A Automac oferece soluções de elétrica e automação para
as graxarias.
“A Gratt tem aprimorado os seus equipamentos e a linha de periféricos do sistema principal. Estes são
os principais aspectos que visam melhorias nas graxarias”, Everton Gratt.
A Gratt tem aprimorado os seus equipamentos, seguindo como premissa: a
máxima eficiência aliada ao baixo custo operacional e de manutenção.
Para as graxarias, oferece os tradicionais decanters em duas fases e seus
sistemas periféricos para a purificação da gordura animal. Para situações em que
é exigido ainda maior qualidade na purificação do óleo, possui as centrífugas
verticais e equipamentos fabricados em diversas capacidades de vazão.
Neste ano, a empresa lançou a prensa contínua, equipamento com capacidade
de separação de produtos sólidos dos líquidos através de um sistema contínuo de
prensagem por rosca e peneira. “A máquina, com diversas capacidades de vazão,
apresenta baixo ruído e consumo de energia, com alta eficiência. Observamos
que as graxarias estão constantemente em busca de novos sistemas de processos,
mais ágeis e com menos custo. Fala-se muito no novo sistema de cozimento de
subproduto com menor tempo de permanência nos digestores, essa técnica
poderá ser a palavra chave de inovação neste ramo”, ressalta Everton Gratt, diretor
comercial do Grupo Gratt.
53
Pet Food On Line
52
Em meados dos anos 80 outras empresas reconheceram
as vantagens resultantes com a utilização de expanders para
produção de alimentos compostos, especialmente com respeito
à melhoria do valor nutricional e na qualidade do pellet (Pipa e
Frank, 1989). A idéia básica sobre a influência do expander na
melhoria do valor nutritivo pode ser descrito como se segue:
Claudio Mathias
Andritz Feed & Biofuel
Divisão de Extrusão
[email protected]
[email protected]
Tecnologia do expander
Andritz (figura 1) esta equipado com um disco que avança e
recua e assim controlando a pressão e a curva de enchimento
na parte interna do equipamento. Um condicionador é
instalado antes do expander e pode ser adicionados água e
vapor, dependendo do processo, no caso do expander a adição
é feito somente com o vapor normalmente. Originalmente, a
sua utilização tinha sido limitada para a indústria de óleo,
sendo posteriormente modificada, sua utilização foi aceita
com sucesso nas indústrias de cereais de amido, inativação
de FAN (fatores anti nutritivos), e na produção para animais
tais como aves e outros e onde cada vez mais mostra-se uma
ferramenta valiosa na produção destes alimentos.
INTRODUÇÃO
A palavra “expander” (expansor) tornou-se um nome
genérico na indústria de moagem de oleaginosas para um
tipo especifíco de produção, pois com conceito americano
teve inicio em meados de 1960 (Lusas et. All, 1990), um
equipamento foi introduzido na indústria de óleo comestível e
principalmente na produção de soja em flocos, a um tratamento
de temperatura favorável e a curto prazo de pressão antes da
extração. Este equipamento deve seu nome devido ao efeito de
expansão do produto causado pela sobrepressão no expander,
a queda de pressão súbita, e da evaporação da umidade
quando o produto sai do equipamento. A saída do expander
Como para a extração de óleo de soja por meio de hexane, a
expansão do produto favorece a difusão do solvente no interior
do produto. Em outras palavras, a estrutura celular é aberta e o
solvente pode facilmente penetrar no interior das partículas de
sementes oleaginosas para a ligação do óleo e extraí-lo. No caso
dos processos de digestão do animal, isto significa que os ácidos
e enzimas, se ligam aos ingredientes dos alimentos (proteína,
amido, gordura, fibras) no tracto digestivo mais facilmente, por
conseguinte, tem um efeito positivo sobre o processo de digestão.
Enquanto a indústria de moagem de óleo dos produtos
a serem tratados com o expander tem um elevado teor de
gordura, os produtos para animais normalmente tem um menor
teor de gordura e são mais difíceis de processar. Para aumentar
a flexibilidade dos equipamentos na indústria de alimentos
55
Pet Food On Line
54
para animais, os expanders foram equipados com sistemas
que controlam a abertura e o fechamento do equipamento ou
como outros exemplos equipamentos substituíram matrizes
estacionárias por sistemas de fenda anular. Com isso diferentes
alimentos podem ser produzidos, bem como diferentes
misturas podem ser tratadas de uma maneira optimizada. Uma
característica especial dos expanders atuais e o controle de
energia mecânica especifica (como os controles utilizados em
sistema de extrusão) que asseguram a entrada de energia para
um determinado produto.
e aumento de produtividade, mas também pode ser
usado como uma máquina isolada para a produção de um
desintegrado, por exemplo, mas não peletizado, tais como os
produtos farelados que são alimentação direta para alguns
animais. O campo de aplicação não se limita ao tratamento
hidrotérmico de pressão para melhorar o valor nutricional,
mas a expansão também ajuda a reduzir os germes
patogênicos, inactivar fatores anti nutricionais, modificar
amidos e aumentar o teor de proteína não degradada.
Há uma diferença menos funcional entre o expander e
os sistemas de extrusão de roscas simples. Tanto o trabalho
do sistema de acordo com o conhecido conceito HTST (alta
temperatura – curto tempo) a princípio, usa aproximadamente
os mesmos parâmetros de tratamento, tais como temperatura,
pressão, cizalhamento e dividindo as energias disponíveis, a
umidade do produto. Em geral, o expander produz um pellet
enquanto uma extrusora cria um pellet moldado. Também é
possível produzir um pellet moldado com o expander sem o
uso de uma peletizadora, a única diferença real no processo
é o teor de umidade do produto final. O expander opera com
taxas de umidade mais baixas comparados com os processos
de extrusão e a secagem subsequente do produto não é
geralmente necessária principalmente porque são instalados
antes de uma peletizadora. Outra característica dos expanders,
é que o cizalhamento em alguns casos é gerado através de
configurações de pás especiais com parafusos para bloqueio
no caso especifico da Andritz a configuração é realizada com
roscas dimensionada apropriadamente.
Entretanto todos os fabricantes mundiais de expanders
têm desenvolvido e avançado com novas tecnologias e
acessórios para diversificar sua utilização na indústria de um
modo geral.
O expander é utilizado não somente como um
condicionador de pressão antes da peletizadora para
melhorar as propriedades funcionais, efeitos nutricionais
Abordaremos na próxima edição as funções do expander.....
57
Foco na Qualidade
56
Claudio Bellaver
QualyFoco Consultoria Ltda
[email protected]
O que são as soluções via integração
de tecnologias sustentáveis?
N
a Fenagra 2012 tivemos oportunidade de fazer uma
apresentação com o título de “Resíduos: soluções via integração
de tecnologias sustentáveis”. Alguns gostaram e tiveram a
curiosidade de saber mais sobre o conteúdo do que foi dito.
Havia também certa expectativa sobre o que se pensa e o
que é a sustentabilidade do setor. Continuamos pensando
o mesmo de 10 anos passados e, embora tenha havido
bastante progresso, muito mais é necessário para alinharmos
as tecnologias em prol da boa qualidade e sustentabilidade
dos produtos. Sustentabilidade dada pelo econômico, social,
ambiental e saúde dos consumidores. O que levamos foi uma
serie de dados técnicos e visões sobre a melhor destinação de
resíduos orgânicos, onde se inserem os do abate. Como foi dito
e visto em fotos que apresentamos, o que entendemos como
boas matérias primas para o processamento são aquelas com
cor e características sensoriais que lembram os produtos frescos
e não danificados. Também mostramos que algumas matérias
primas em fotos dentro de “graxarias”, absolutamente não
deveriam ser usadas para fabricação de farinhas e precisariam
ser vistas como “biomassas”. Aqui entendemos que a biomassa
é formada por compostos de origem vegetal e/ou animal
utilizáveis como fontes de energia renovável, podendo gerar
resíduos recicláveis. Como exemplos, temos: lodo frigorífico,
resíduo de incubatório, resíduos da recepção animal e
limpeza de currais, águas servidas das linhas verde e vermelha,
mortalidades, devoluções do mercado e os resíduos do abate,
ditos “passados”.
Há alguns anos, quando ainda na Embrapa, deparamo-nos
com esse problema e naquele momento não existiam alternativas
de disposição outras, que não a fabricação de farinhas com todos
os resíduos animais; mas, entendia que isso deveria ser estudado
para resolver e contribuir na melhoria da qualidade das farinhas.
Com o apoio da iniciativa privada metalúrgica desenvolvemos
o conceito de lixo zero no qual é necessário ver a situação dos
resíduos além do que a lei determina e buscar o retorno de capital
dos empreendimentos. Nesse sentido encontramos que tanto a
compostagem acelerada como a produção de biogás industrial,
em larga escala, permitem a utilização dos resíduos citados acima,
com a vantagem de retirarem esses resíduos da produção animal
e agregarem valor econômico. Não estamos sequer mencionando
as culturas energéticas que poderiam compor o Arranjo Produtivo
Local, juntamente com os resíduos de cadeias produtivas distintas
para produção de bens, fertilizantes e energia. O resultado da
combinação é fantástico, pois atende totalmente os princípios
da sustentabilidade. Evoluímos bastante nesse aspecto, podendo
oferecer hoje as soluções alternativas antes não disponíveis, com
estudos da viabilidade.
Contribuímos muito desde o inicio da organização do
setor de farinhas animais, impedimos o seu fechamento pela
normalização que se queria impor devido às normas Europeias,
caminhamos juntos até hoje e, além disso, estudamos o assunto
para oferecer alternativas visando a qualificação das farinhas.
Estamos olhando para frente, planejando o futuro... Rodamos
empresas e universidades em diversos países, sendo que o que
nos referimos aqui não é diferente do que, por exemplo, a Saria
vem fazendo na Alemanha. A diferença é que podemos fazer
isso aqui, com tecnologia brasileira. Evoluímos no cálculo dos
Mwatts de energia que contém os resíduos ou, os nutrientes que
estão no composto orgânico. Ambos, essenciais para visões dos
verdadeiros empreendedores.
59
Entrevista
58
Revista Graxaria Brasileira - Nos conte
um pouco sobre o seu trabalho na ABRA Associação Brasileira de Reciclagem Animal.
Quais as suas atribuições?
Lucas Cypriano - Sou o responsável pelo
departamento técnico da ABRA, no auxílio
aos associados nas questões legais junto ao
MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento; oferecendo assessoria técnica;
defendendo os interesses do setor frente
aos órgãos oficiais e, por último, tenho como
meta implantar um sistema de treinamento e
aprimoramento aos associados.
Revista Graxaria Brasileira - Quais as razões
que o levaram a fazer parte da ABRA?
Lucas Cypriano – Durante o meu trabalho
na Eurotec - companhia que desde 1993
desenvolve produtos e serviços para o
segmento de nutrição animal - eu prestava
assessoria técnica gratuita a ABRA. Isso ocorreu
durante 5 anos e no final de 2011 fui convidado
para assumir o cargo, que considero resultado
desse trabalho realizado.
“O setor deve ter uma identidade e torná-la clara e presente na sociedade, como uma importante prestadora de serviços ambientais”, Lucas Cypriano.
Lucas Cypriano
O
Por: Lia Freire
novo gerente técnico da ABRA – A ssociação B rasileira de R eciclagem
Animal é o zootecnista Lucas Cypriano, formado pela UNESP de Jaboticabal
(SP), tendo atuado em empresas como a Cooperativa Oeste Catarinense (Aurora),
Supre Mais Produtos Bioquímicos, SocilGuyomarc’ h e na Eurotec Nutrition.
Desde o final de 2011 assumiu um novo desafio: assessorar os associados da
ABRA quanto às legislações, auxiliar em processos de exportação de farinhas,
desenvolver um programa de treinamento e aprimoramento dos fabricantes ,
melhorar a confiabilidade dos dados oficiais de produção nacional de farinhas
e gorduras de origem animal e , principalmente , auxiliar o setor em busca de uma
identidade nacional .
E m
Revista Graxaria Brasileira, Cypriano fala sobre as suas
próximas metas como gerente técnico da ABRA, as prioridades da associação e
analisa como o B rasil está posicionado mundialmente no mercado de R esíduos
Origem Animal.
entrevista à
de
Revista Graxaria Brasileira - Quais os seus
objetivos e metas como gerente da associação?
Lucas Cypriano - Assessorar nossos associados
quanto às legislações, auxiliar em processos
de exportação de farinhas, desenvolver um
programa de treinamento e aprimoramento
dos fabricantes de farinhas de origem animal,
melhorar a confiabilidade dos dados oficiais de
produção nacional de farinhas e gorduras de
origem animal e, principalmente, auxiliar o setor
em busca de uma identidade nacional.
Revista Graxaria Brasileira - Como o Brasil está
hoje posicionado mundialmente no mercado
de Resíduos de Origem Animal?
Lucas Cypriano - O mercado produtor nacional
está amadurecendo rapidamente, com grandes
empresas nacionais sendo tecnificadas. Estas
companhias nacionais ainda estão aprendendo a
atuar no mercado de exportação, mas pelo fato
do mercado interno ser grande e necessitar de
proteínas, energia e fontes econômicas de fósforo,
a oferta de produto por enquanto é sazonal, o que
dificulta um trabalho a longo prazo na exportação.
61
Entrevista
60
de maior capacidade, o que em última instância
reduz a quantidade de postos de trabalho por
tonelada de produto processado.
“Nos últimos 10 anos o setor
vem experimentando uma
vertiginosa melhoria na
qualidade dos equipamentos
instalados, onde podemos
observar atualmente
fábricas extremamente
“Apenas um setor unido, preparado e com objetivos claros
poderá se defender dentro de um mercado tão competitivo
quanto o atual.”
tecnificadas e tecnológicas.”
Revista Graxaria Brasileira – Quais aspectos
você destacaria como os que obtivemos
importantes progressos?
Lucas Cypriano - O primeiro grande progresso
foi a definição de uma antiga requisição da
classe, que o setor fosse fiscalizado por um
único órgão e definiu-se pelo DIPOA - Divisão
de Inspeção de Produtos de Origem Animal,
do MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento. A maior atuação do DIPOA
frente aos fabricantes levou muitas empresas,
que trabalhavam em condições precárias, que
se profissionalizassem ou se retirassem do
mercado. Outro grande avanço foi a elaboração
do I Diagnóstico do Setor de Reciclagem Animal
realizada pela ABRA com apoio do MAPA,
SINCOBESP – Sindicato Nacional dos Coletores
e Beneficiadores de SubProdutos de Origem
Animal, MDIC – Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio, Ministério do Trabalho
e CEPPHOR - Centro de Estudos e Pesquisas
Políticas, Históricas e das Organizações, sem
os quais, não seria possível a realização do
levantamento.
Revista Graxaria Brasileira – E quais os
aspectos você destacaria como os mais
problemáticos do mercado?
Lucas Cypriano - Diversos pontos são
problemáticos, como a falta de uma estrutura
oficial treinada para auxiliar o setor, ausência de
incentivos fiscais em função do importantíssimo
trabalho ambiental realizado pelas empresas
e o desconhecimento por parte da sociedade
e até mesmo de autoridades competentes
sobre a importância do nosso trabalho. Toda
e qualquer solução passa por uma etapa que
classifico a mais importante: o setor deve ter
uma identidade e torná-la clara e presente na
sociedade,neste caso, como uma importante
prestadora de serviços ambientais.
Revista Graxaria Brasileira – Em termos de
investimentos tecnológicos e mão-de-obra
qualificada como a indústria brasileira de
Reciclagem Animal pode ser analisada?
Lucas Cypriano - Nos últimos 10 anos o setor
vem experimentando uma vertiginosa melhoria
na qualidade dos equipamentos instalados,
onde podemos observar atualmente fábricas
extremamente tecnificadas e tecnológicas. A
mão-de-obra está sendo obrigada a se aprimorar,
a ser mais bem treinada e preparada para operar
equipamentos cada vez mais automatizados e
Revista Graxaria Brasileira – Quais as
principais conquistas obtidas pela ABRA ao
longo de sua atuação no mercado brasileiro?
Lucas Cypriano - A principal conquista, sem
dúvida, foi a elaboração do I Diagnóstico do
Setor de Reciclagem de Produtos de Origem
Animal, onde pudemos levantar dados oficiais
detalhados a respeito da nossa cadeia de
produção. A parceria firmada com o SINCOBESP
também foi muito importante para unificarmos
os objetivos e centrarmos as ações.
Revista Graxaria Brasileira – Atualmente as
prioridades e os esforços da entidade estão
direcionados para quais questões?
Lucas Cypriano - Estamos junto com o MAPA
trabalhando na elaboração de normativa para
o registro de produtos, além da confecção
do novo RIISPOA - Regulamento da Inspeção
Industrial e Sanitária de Produtos de Origem
Animal, também no ajuste de legislações
existentes, firmando para isso parcerias com
outras associações e entidades da cadeia de
produção da carne e, por fim, destacamos os
trabalhos de pesquisa junto a entidades como
a EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária.
Revista Graxaria Brasileira – O setor registrou
um faturamento de quanto no último ano?
Lucas Cypriano - No ano de 2010 tivemos um
faturamento na ordem de R$ 5,8 bilhões de reais
com a venda de farinhas e gorduras de origem
animal. Estamos trabalhando neste momento
nos dados de 2011, mas acreditamos em uma
pequena redução na ordem de 4%, devido a
queda verificada no abate bovino
Revista Graxaria Brasileira – Para finalizar,
qual a mensagem que deixaria à indústria
Brasileira de Reciclagem Animal ?
Lucas Cypriano - Apenas um setor unido,
preparado e com objetivos claros poderá se
defender dentro de um mercado tão competitivo
quanto o atual. Filie-se à ABRA e vamos fortalecer
cada vez mais o nosso segmento.
63
Caderno Técnico
62
este método simples não leva em consideração as sobras de estoque. O consumo doméstico de
farinhas de proteína animal em 2011 foi de cerca de 3.4 milhões de toneladas métricas, 0,3% a
A indústria se alegra com
recordes de preços e aumento
da demanda global
A
Por Kent Swisher
Vice Presidente, Programas Internacionais, Associação Nacional da
Indústria de Graxaria (NRA)
menos do que em 2010. O consumo de graxa e gorduras nos Estados Unidos,em 2011, foi de
pouco mais que 2 milhões de toneladas métricas, 6,6% a mais do quem 2010.
O diminuição da quantidade de sebo e graxa não comestíveis dirigidos para a indústria de
rações continuou em 2011, com o total de 780.000 toneladas métricas, cerca de 1% a menos do
que em 2010 e 40% a menos do que em 2006. Esta redução de consumo pelo setor de rações
é devido ao aumento do uso de gorduras e graxas na produção de biocombustível (Gráfico
2). A redução do número de animais alimentados com ração também foi responsável pela
diminuição do consumo.
A produção de biodiesel recuou de seu declínio em 2010, atingindo uma produção
recorde de cerca de 3.6 milhões de toneladas métricas (1.1 bilhões de galões). Este é um
crescimento dramático em relação à produção de 2010, um milhão de toneladas métricas, e foi
devido principalmente devido à norma obrigatória de produção de 800 milhões de galões de
combustível renovável.
Esta produção maior foi responsável pelo crescimento do volume de produtos processados
turbulência econômica mundial continuou em 2011.
gado foram abatidas em 2011, 0,5% menos do que em 2010. O abate
usados como matéria prima na produção de combustível. Em 2011 mais de 500.000 toneladas
O Fundo Monetário Internacional calculou que o crescimento da
comercial de suínos foi de 110.9 milhões de cabeças, 0,6% menos do
métricas de gorduras processadas foram usadas pela indústria de biodiesel, um aumento de
produção global caiu de 5,2% em 2010 para 3,8% em 2011 e o
que em 2010 e cerca de 4,9% menos do que os níveis pré crise de 2008.
mais de 100% em relação ao uso em 2010. Na verdade, estas quantidades devem ter sido ainda
crescimento das economias do primeiro mundo caiu de 3,2% para
O abate comercial de aves totalizou mais de 8.6 bilhões de frangos e
maiores do que o reportado pelo Census Bureau, pois sebo e banha usados na produção de
1,6%, sendo os principais responsáveis os Estados Unidos a Europa e
cerca de 246.8 milhões de perus. O abate de frangos diminui 1,2% em
metil ester não foram reportados. A quantidade real pode ter sido bem mais do que 700.000
o Japão. O crescimento da produção dos países em desenvolvimento
2011, enquanto a abate de perus aumentou 1,7%.
toneladas métricas.
caiu de 7,3% em 2010 para 6,2% em 2011.
A matéria prima originária destes abates contribuiu para a
O preço médio de graxas e gorduras processadas atingiu o recorde em 2011. Relatórios do
Além da turbulência econômica mundial, 2011 foi marcado por
produção de cerca de 8.4 milhões de toneladas métricas de produtos
Serviço de Marketing Agrícola (AMS) mostram que o preço médio de sebo não comestível foi
alguns dos eventos mais dramáticos dos últimos tempos. A maior
de graxaria, 1,3% a mais do que em 2010. Em 2011, a produção de
US$ 1.097 por tonelada métrica, mais de 34% acima do valor em 2010. O preço médio da graxa
tragédia aconteceu em 11 de março quando o Japão foi atingido por
gorduras e graxas animais foi cerca de 4.3 milhões de toneladas
amarela foi de US$ 957, 38% a mais do que no ano anterior. Deve-se notar que o preço do sebo
um terremoto de 9,0⁰, originando o monstruoso tsunami que deixou
métricas, 1,5% a mais do que em 2010. A produção de sebo e graxa
foi mais alto que o de óleo de palma durante quase todo o ano, com impacto negativo nas
quase 20.000 mortos e causou uma crise nuclear. No Oriente Médio e
não comestíveis foi de cerca de 2.7 milhões de toneladas métricas,
exportações. A diferença entre os preços de óleo de soja e sebo foi muito pequena em 2011.
no norte da África governos caíram quando a “Primavera Árabe” surgiu
1% a mais do que em 2010, o primeiro crescimento desde 2008. A
sem aviso, derrubando Hosni Mubarak no Egito e levando à morte de
produção de graxa amarela foi 606.500 toneladas métricas, 6,5% a
médio das farinhas de carne e ossos de mamíferos foi US$ 372 por tonelada métrica e de carne
Muhamar Gadhafi na Líbia. Em maio, Osama Bin Laden foi morto e em
mais do que em 2010. A produção de sebo comestível aumentou 7%
e farinha de suínos foi US$ 416 por tonelada métrica, ambos 12% a mais do que em 2010.
dezembro morreu o ditador da Coreia do Norte, Kim-il Jong. E, perto
em 2011 enquanto a produção de banha diminui 21%.
de nós, na área de Washington, DC, houve um terremoto de 5,8⁰, o
mais forte nesta área em 67 anos. O escritório da Associação Nacional
quase 4.1 milhões de toneladas métricas, 1,1% a mais do que em
de Processadores balançou bastante e o pessoal foi evacuado como
2010. As farinhas de carne e ossos que constam na tabela 2 incluem
crescer. De acordo com Feed International, a indústria global de rações continuou a crescer
medida de precaução.
todas as farinhas de carne e ossos de mamíferos. Esta produção foi
durante a crise econômica. Calcula-se que em 2011 a indústria mundial de rações produziu
Devido às restrições do orçamento do governo federal, em julho
de quase 2.3 milhões de toneladas métricas em 2011, 1,3% a mais
734.5 milhões de toneladas métricas, 1,3% a mais do que em 2010. A região da Ásia Pacífico
de 2011, o Census Bureau dos EUA suspendeu a emissão do relatório
do que em 2010. A NRA calcula que a produção de farinha de aves
foi o maior mercado de rações, com 29% do total, seguido pela Europa com 25%, América do
M311K – Gorduras e Óleos: Produção, Consumo e Estoques.
foi de quase 1.9 toneladas métricas e a de farinha de penas, 608.400
Norte, 24% , América Latina, 16% e Oriente Médio/África, 6%.
Em 2011, o Census Bureau reportou os dados de produção e
toneladas métricas, ambas com 0,8% a mais do que em 2010. Devemos
consumo de janeiro a julho. Estes dados foram utilizados para fazer
mencionar que para 2011 os dados do Escritório de Censo foram
crescente indústria de biodiesel. Calcula-se que a produção mundial seja de mais de 20 milhões
projeções para o resto do ano e calcular a produção e consumo de
usados para a produção de janeiro a julho e uma análise de regressão
de toneladas métrica, um aumento de cerca de 20% em relação a 2010. Mais de 85% desta
2011 constantes na Tabela 2. No futuro, a indústria de processamento
linear foi usada para projetar a produção mensal até o fim de 2011,
produção origina-se da Europa, Brasil, Estados Unidos e Argentina. A Europa á a maior produtora
precisará decidir qual a importância dos dados de produção e
usando os dados de abate da NASS como a variável independente.
de biodiesel, mas é também o maior mercado importador, importando cerca de dois milhões
consumo, pois se este relatório sobre o mercado deve continuar a
Para os dados de consumo doméstico em 2011, constantes na
de toneladas métricas. A Argentina exporta quase todo o biodiesel produzido a base de óleo de
existir haverá necessidade de dados para suporta-lo. Este será um
Tabela 2, foi usado o consumo médio mensal de janeiro a julho do
soja para a Europa, enquanto as produções do Brasil e Estados Unidos são basicamente para uso
tópico de discussão na reunião de primavera da NRA em abril.
relatório do Census Bureau para projetar o consumo até o fim do ano,
doméstico, devido às obrigações legais de mistura.
A produção de farinhas processadas de proteína animal foi de
Os preços de farinha de proteína animal também atingiram recordes em 2011. O preço
Desenvolvimentos Internacionais
A demanda global por matérias primas produzidas pela indústria de graxaria continua a
Além disto, a demanda mundial por óleos e gorduras continua a ser impulsionada pela
assim a sazonalidade não foi considerada. O consumo doméstico
Densenvolvimentos Domésticos
de todos os produtos processados em 2011 foi de 5.5 milhões de
de cozinha usado para a União Europeia (UE), como matéria prima na produção de biodiesel.
A produção de produtos da indústria de graxaria é altamente
toneladas métricas, 2,2% a mais do que em 2010. O consumo de
Foi implementada na União Européia, em 2011, a nova regulamentação sobre subprodutos
dependente do abate de gado e aves no país. De acordo com o
farinha de proteína animal não é reportado pelo Census Bureau,
animais, N⁰. 1069/2009, com a regulamentação N°.142/2011 diminuindo alguns dos requisitos
Serviço Nacional de Estatísticas Agrícolas (NASS) do Departamento
assim na Tabela 2, NRA deriva este número subtraindo a exportação
da importação de rações para pets e de farinhas de proteína animal para estas rações. Mais
de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), 34.1 milhões de cabeças de
da produção para obter este resultado. Entretanto, deve-se notar que
ainda, a indústria de graxaria americana deve ser capaz de atingir os novos requisitos para
A indústria de processamento dos Estados Unidos é uma grande exportadora de óleo
exportação de sebo para a União Europeia, para a produção de
cerca de 3% a menos que no ano anterior. As exportações para o Chile
biodiesel. Os novos regulamentos passaram a vigorar a partir de 4 de
foram de inexistentes em 2010 para 13.700 toneladas métricas em
março de 2011. Deve-se notar que gorduras animais e óleo de cozinha
2011. O escritório da NRA na Cidade do México trabalhou muito para
usado são favorecidos pelas diretrizes de energia renovável da União
ter acesso ao mercado de proteinas processadas e farinha de penas do
Europeia e tem valor duplo nas obrigações relativas à emissão de
Chile há muitos anos atrás. Ainda que não fosse um mercado naquela
gases efeito estufa.
ocasião, à medida que a indústria de salmão se recuperou no Chile, as
exportações de farinha de penas explodiram.
Continuam as negociações sobre acesso a mercado entre Estados
Ponto de Vista
65
Caderno Técnico
64
Unidos e China discutindo a retomada de venda de sebo para
finalidades técnicas. Em 2009, a China eliminou a proibição de sebo
Previsões e Perspectivas
americano e canadense e está no processo de negociação sobre os
requisitos de importação. Parece que será permitido primeiro o sebo
do USDA para 2012-2021 são usadas para prever a produção futura
canadense e depois o americano. Uma delegação da Administração
de subprodutos animais. Usando a relação histórica entre a produção
Geral da China de Supervisão de Qualidade, Inspeção e Quarentena
de carne e a produção da indústria de graxaria como base, pode-se
(AQSIQ) visitou o Serviço de Inspeção de Saúde Animal e Vegetal
fazer uma previsão para 10 anos, usando a previsão para 10 anos de
da USDA para discussões bilaterais em abril de 2011. NRA auxiliou
produção de carne.
marcando uma visita a uma planta para a delegação de AQSIQ. O
governo chinês anunciou recentemente que um acordo foi atingido
contratando. As previsões do USDA mostram a produção de carne
para a importação de sebo canadense, mas as exportações continuam
bovina em queda de 11% entre 2011 e 2013, de 11.9 toneladas métricas
pendentes devido à falta de acordo sobre os requisitos de importação.
para 10.6 toneladas métricas antes de mostrar sinais de crescimento.
As tabelas de abate de animais do relatório de Projeções Agrícolas
Atualmente, a indústria de carne bovina dos Estados Unidos está
Pela projeção, em 2021 a produção de carne bovina deve atingir
Fenagra,
Brasil Rendering 2012
A
Alexandre Ferreira
Consultor Técnico em Processos Industriais.
partir deste ano podemos dizer que o Brasil está inscrito no calendário internacional dos eventos
relativos à Reciclagem Animal.
Gordura e Graxas
12.8 milhões de toneladas métricas, 7,5% a mais do que em 2011. A
As exportações de gorduras e graxas processadas em 2011 foram
previsão sobre carne suina diz que a produção deve crescer um pouco
Como havíamos comentado , aconteceu o lançamento da ALAPRE – Associação Latino Americana de
pouco acima de 1.2 milhões de toneladas métricas, 13,3% a menos do
em 2012 e atingir 11.6 milhões de toneladas métricas em 2021, 13%
Plantas de Rendimentos com participação efetiva de seis países : México, Costa Rica, Colombia, Paraguai,
que em 2010.
a mais do Finalmente, prevê que a produção de aves deve diminuir
Principal responsável por este declínio foi a diminuição de quase
0.6% em 2012 e crescer em 2013. Em 2021, a produção total de aves é
Argentina e Brasil. Chile e Venezuela devem juntar-se em breve.
24% das exportações de sebo devido a concorrência dos preços de
calculada em 22 milhões de toneladas métricas, mais de 13% acima da
óleo de palma. Na realidade, a maioria do sebo foi vendido a preço
produção de 2011, atingindo 22 milhões de toneladas métricas.
vice-presidente. O brasil estará representado pela ABRA e pelo SINCOBESP.
mais alto que o óleo de palma. Em 2011, o total das exportações de
sebo foi de cerca de 29% da produção , 34% a menos do que em 2010.
Unidos marque passo em 2012 e reaqueça logo depois, de acordo com
O México continua sendo, sem dúvida, o maior e mais importante
as previsões de abate. A produção de farinha de proteina de mamíferos
importador de gorduras e graxas animais. Em 2011 os Estados Unidos
deve aumentar cerca de 20%, de 2.2 milhões de toneladas métricas em
exportaram 372.000 toneladas métricas de sebo não comestível e
2011 para 2.7 milhões de toneladas métricas em 2021, principalmente
quase 132.000 toneladas métricas de graxa amarela para o México,
devido ao aumento de produção de suínos naquele período. A produção
EFPRA ( Europa ) e Manfred Gellner , diretor Saria ( Alemanha ).
tornando o este país o maior importador de sebo e o segundo maior
de farinha de aves deve aumentar 10%, de 1.2 para 1.3 milhões de
importador de graxa amarela. Os 2011, os 27 países que formam
toneladas métricas, da mesma forma que a farinha de penas, de 608.000 a
a União Europeia (UE-27) se tornaram o maior importador de graxa
696.000 toneladas métricas durante o mesmo período.
gerentes de plantas processadoras de subprodutos na Austrália.
amarela com um aumento de 80% em relação a 2010, atingindo cerca
de 217.000 toneladas métricas. Turquia continua sendo o segundo
18%, de 4.3 milhões para 5.1 milhões de toneladas métricas até 2021.
( ex. Ministro da Agricultura, presidente da UBABEF ) e Mario Sérgio Cutait ( presidente da IFIF, Federação
maior importador de sebo americano, com cerca de 90.000 toneladas
A demanda future por produtos da indústria de graxaria
Internacional das Indústrias produtoras de Ração ). Todos ressaltaram a importância do setor de reciclagem
métricas em 2011, 34% a menos do que em 2010. Se os preços do sebo
continuará a se tornar mais forte com o crescimento constante da
pecuária, aquicultura, indústrias de rações para pets, ácidos graxos e
animal para a cadeia de produção de carnes, além do significado da união da atividade, no Brasil e no
continuarem altos em comparação com óleo de palma os Estados
Unidos continuarão a ter uma redução na exportação de sebo.
biocombustível. A indústria mundial de rações continua com expansão
Portanto, espera-se que a indústria de processamento dos Estados
Projeta-se que a produção de gorduras e graxas animais deve crescer
Toda a junta diretiva foi formada apontando o Dr. Sérgio Nates como presidente e Alexandre Ferreira como
Tivemos grandes oportunidades de conhecer pessoas e aprender o quê e como desenvolvem a
reciclagem animal em diversos lugares do Mundo. As Associações Nacionais de diversos países e/ou regiões
estiveram representadas. Andy Bennet, presidente da ARA (Australia), Kent Swisher, vice-presidente da
NRA ( Estados Unidos ), Fernando Mendizabal, presidente ( Associação Mexicana ), Niels Nielsen, presidente
Contamos ainda com a presença do lendário Bill Spoonsor, fundador do curso de treinamento para
O evento foi prestigiado em sua abertura por diversas autoridades, em destaque os srs Francisco Turra
Mundo.
de 1,5% por ano. De acordo com a FAO espera-se que a produção de
Proteínas Animais Processadas
aquicultura dobre nos próximos vinte anos e a produção mundial de
e desvantagens dos sistemas de processamento de subprodutos por alta e baixa temperatura. Participaram
As exportações americanas de farinhas de proteina animal
biocombustível tenha um crescimento de 80% em relação a 2011,
os principais fabricantes de equipamentos ( Rendermax, Haarslev, Dupps, Intecnial ) apresentando suas
cresceram 8% em 2011, atingindo 556.000toneladas métricas. O maior
atingindo cerca de 36.7 toneladas métricas. Os produtos processados,
importador foi a Indonésia, que importou 395.000 toneladas métricas,
quer sejam gorduras para biodiesel ou proteinas animais processadas
cerca de 16% a mais do que em 2010 e cerca de 71% do total exportado
para rações, alimentos para pets e rações para peixes tem atributos e
pelos Estados Unidos. México é o segundo maior importador de
preços singulares que os tornam uma matéria prima atraente.
penas aumentaram mais de 25% em 2011, sendo o maior importador
a Indonésia, com pouco mais de 36.000 toneladas métricas em 2011,
tecnologias e experiências esclarecendo à audiência como e quando cada um dos sistemas se mostra mais
conveniente.
Na sequência Dr. Bellaver apresentou o conceito de compostagem acelerada demonstrando como os
industriais de reciclagem animal podem descobrir novas oportunidades , alinhado com o que se faz de
farinhas de proteina animal, com cerca de 84.000 toneladas métricas,
6% a menos do que em 2010. As exportações americanas de farinha de
No segundo dia o Dr. Cláudio Bellaver conduziu uma dinâmica muito instrutiva a respeito das vantagens
Material técnico gentilmente cedido pela Revista Render (The National
Magazine of Rendering), edição Abril 2012. Reprodução autorizada pelo
autor. Tradução de Anna Maria Franco.
mais avançado na Europa em termos de recuperação e aproveitamento de resíduos orgânicos.
Parabéns a todos os participantes e organizadores pelo alto nível do evento.
Até a próxima !
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(14) 3413-2700
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Endereço:
Braido _61
(11) 4368-4933
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Nº:
Complemento:
Cidade: Cep:
UF:
Fone: ( )
Fax:
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Chibrascenter _17
(11) 5521-3373
[email protected]
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Eurotec Nutrition _55
(48) 3279-4000
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( )
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Farima _59
(44) 3544-1292
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( ) Fornecedor de Máquinas / Equipamentos
( ) Fornecedor de Insumos e Matérias-Primas
( ) Prestadores de Serviços
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(46) 3544-2000
[email protected]
www.folem.com.br
Gava _31
(11) 3105-2146
[email protected]
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Geza _9
(34) 2108-4353
www.geza.com.br
Giglio _59
(11) 4368-1822
[email protected]
www.giglio.com.br
Grande Rio Reciclagem _23
(21) 2765-9550
[email protected]
www.grgrupo.com.br
Grupo Braido _37
(11) 4227-9500
[email protected]
www.grupobraido.com
Rua Sampaio Viana, 167 - Conj. 61
Cep: 04004-000 / São Paulo (SP)
(11) 2384-0047
ou por [email protected]
Haarslev Industries _15
(41) 3389-0055
[email protected]
www.haarslev.com
Julian Máquinas _33
(14) 3621-6937
[email protected]
LDS Máquinas _2 Capa
(14) 2104-3200
[email protected]
www.ldsmaquinas.com.br
a
Martec – Grupo SJG
(14) 3342-3301
(11) 4018-4222
_63
Nord Kemin _35
(49) 3312-8650
www.kemin.com
Nutract _7
(49) 3329-1111
[email protected]
www.nutract.com.br
Nutriad _13
(19) 3206-0199
www.nutriad.com.br
Nutrivil _63
(85) 3215-1107
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Razzo _19
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(11) 3237-2860
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