Confira a reportagem completa

Transcrição

Confira a reportagem completa
C-6
A TRIBUNA
www.atribuna.com.br
“Não só se acabou com as filas,
como houve redução de 10% do frete por conta
de você organizar essa logística de escoamento"
Quarta-feira 7
maio de 2014
[email protected]
CÉSAR BORGES, MINISTRO DO TRANSPORTES, SOBRE
OS IMPACTOS DO AGENDAMENTO DE CAMINHÕES NO PORTO DE SANTOS
Porto & Mar
Docas vai automatizar agendamento
Plano da Codesp prevê ampliar seu controle sobre a chegada de caminhões carregados com a safra agrícola ao Porto de Santos
ALEXSANDER FERRAZ - 19/3/13
gumas já foram instaladas pela
Empresa de Planejamento e
Logística (EPL) em estradas
que partem das zonas produtoras de grãos, no Centro-Oeste,
até Santos.
FERNANDA BALBINO
DA REDAÇÃO
Em cerca de um mês, a Companhia Docas do Estado de São
Paulo (Codesp) pretende abrir
uma licitação para automatizar o agendamento de caminhões que seguem em direção
ao cais santista, para descarregamento.Nos planos da Autoridade Portuária, está a compra
de equipamentos que servirão
para monitorar os veículos. O
plano é iniciar os primeiros testes do projeto entre setembro e
outubro.
O agendamento de caminhões foi a forma encontrada
pelo Governo Federal para impedir a repetição dos congestionamentos que atingiram a Baixada Santista no primeiro trimestre do ano passado. Na ocasião, a chegada descontrolada
de veículos travou o acesso ao
Porto e às cidades da região.
A expectativa da Codesp é,
no próximo ano, intensificar
esse trabalho de vigilância, segundo Luis Claudio Santana
Montenegro, diretor de Planejamento Estratégico e Controle da estatal. Isto será feito com
a automatização da supervisão
de veículos. O plano, que envolve os ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e
dos Transportes e a Secretaria
de Portos (SEP), foi anunciado
ontem, em Brasília, durante balanço das ações do Grupo de
Trabalho
Interministerial
(GTI) para Gestão do Escoamento da Safra.
Para 2015, a ideia é monitorar, nas estradas, os veículos
que seguem em direção ao Porto. O plano integra o programa
Cadeia Logística Inteligente,
que conta com R$ 115 milhões
do Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC), a ser dividido em vários portos.
“A ideia é iniciar agora, no
segundo semestre, a implantação de todo o aparato do projeto,para estar comele pronto em
Santos no ano que vem. Todo
aquele controle que exercemos,
em grande parte manualmente, nas estradas, entrevistando
caminhoneiros,orientando,vamosfazerdeforma automatizada, com antenas e equipamentosem todosos gates(portões)”,
explicouodiretor.
No caso dos veículos que seguem para o cais santista, o
monitoramento será feito por
antenas de radiofrequência. Al-
NO PORTO
Na área portuária, a Codesp
será responsável por automatizar o controle e manter os dados online. Para isto, a estatal
terá uma central operada por
seus próprios funcionários,
“Vamos colocar uma etiqueta inteligente nos caminhões
que acessam o Porto. Vamos
fazer um recadastramento desses veículos. Teremos duas tecnologias.
Uma
é
a
radiofrequência, que lê as etiquetas inteligentes. A outra é o
leitor que reconhece caracteres. Vamos colocar esses dois
tipos de equipamentos ao longo da estrada e na entrada de
Santos. Vamos colocar o que a
gente chama de pré-gate, uma
passagem intermediária, no
Guarujá e outra em Santos”,
explicou o diretor de Planejamento da Codesp.
A partir da semana que vem,
a Docas pretende se reunir
com os terminais privados da
região, que vão precisar adquirir seus próprios equipamentos. Os encontros discutirão a
padronização da tecnologia e a
comunicação com o sistema, já
desenvolvido pela Autoridade
Portuária.
Congestionamentos nos acessos ao Porto de Santos ocorridos no ano passado não se repetiram neste ano graças ao programa de agendamento
TESTES
De acordo com Montenegro, a
Codespesperainiciar osprimeirostestes entre o finalde setembro e o começo de outubro. Tudo será feito em parceria com
osterminais, quejáterão adquiridoos equipamentos.
Para o diretor, a automação
do controle do tráfego de caminhões no Porto eliminará um
trabalho manual de inserção
das informações no sistema.
Hoje, esse serviço é feito pela
Codesp. Futuramente, a atividade será automática.
“Vamos poder acompanhar
quantos veículos estão vindo
para Santos, quantos efetivamente chegaram no horário,
tudo de forma automática. Hoje, a gente recebe essa informação de hora em hora, a cada
duas horas, e tem que ser feito
um trabalho manual de confecção de relatórios. Isso a gente
vai modificar”, explicou.
Escala de trabalho às 7 horas
Local
Navio
Saboó-3
Niledutch Gazelle
2
–
Arm. 12-A
Clipper Titan
1
Desc. Rem Mercosul, trigo
Arm. 16/17
Emmanuel C
1
Emb. açúcar
Arm. 19
Elpida GR
2
Emb. açúcar
Arm. 19
Therese Selmer
2
Emb. açúcar
Arm. 20/21
Bulk Argentina
1
Emb. açúcar
Arm. 38
Rosco Poplar
2
Emb. soja
4
TEV - Outros
Lapis Arrow
Emb. autos - roll on/roll off;
caminhões;
Desc. /Remoção autos - roll
Terno
4
Tempo de espera e valor de frete caem
❚❚❚ Redução no tempo de permanência dos veículos nos pátios reguladores e, consequente, queda no preço do frete.
Estes são dois pontos conquistados pela Codesp durante o
escoamento desta safra, após a
implantação do agendamento
de caminhões que seguem para o cais santista.
De acordo com Luis Claudio
Santana Montenegro, diretor
de Planejamento Estratégico e
Controle da Codesp, emfevereiro, 20% dos caminhões eram
agendados. Hoje, são 96%.
“Ocaminhoneiroconseguefazermaisviagensemmenostempo, ficando um menor período
parado. O que a gente fez foi
organizar, tornar o estacionamento um pulmão e reduzir pelametadeotempodepermanência dos veículos, mesmo com o
aumento da movimentação em
março”,explicouodiretor.
Segundo dados divulgados
ontem em Brasília, em março
de 2013, os caminhões chegavam a perder até dez horas nos
pátios reguladores. Um ano
depois, o tempo de parada é
de, em média, 6 horas e 20
minutos. Consequentemente,
o preço do frete, que durante a
safra tende a subir, não foi
alterado. Em 2013, o aumento
foi de 15%.
AUTUAÇÕES
Nesta safra, em alguns dias,
houve congestionamentos nos
acessos rodoviários ao Porto.
Com base nas regras para o
agendamento, foram lavrados
13 autos de infração. Dois se
tornaram multas, aplicadas ao
terminal T-Grão e que somaram R$ 187 mil.
SegundooGoverno,osoperadores T-Grão, Terminal 12A,
Companhia Auxiliar de Armazéns Gerais, Terminal de Granéis do Guarujá, Cosan, ADM
do Brasil, Terminal 39, Fischer,
Louis Dreyfus, Cutrale, TerminalExportadordoGuarujá,Terminal de Exportação de Açúcar
Movimentação da ALL cresce 1,2%
Produto
DE SÃO PAULO
O volume das operações ferroviárias da concessionária América Latina Logística (ALL)
cresceu 1,2% no primeiro trimestre do ano, em comparação
a igual período de 2013, e somou 10 bilhões de toneladas
porquilômetro-útil(TKUs,medida padrão do setor). A alta no
volume é explicada, segundo a
companhia, pelo desempenho
do volume industrial, especialmente o projeto da fábrica de
celulose Eldorado no Mato
Grosso do Sul, que iniciou suas
operações no primeiro trimestre do ano passado e passou por
crescimentoaté dezembro.
Uma das concessionárias ferroviárias que atende o Porto de
Santos, a ALL afirmou que o
volume foi medido com uma
base de comparação alta, pois
doGuarujá(Teag)eRumoLogísticaeaconcessionáriaferroviária Portofer estão na lista
de instalações notificadas por
problemasnotrânsito.
“Nem todos (os autos de
infração) acabam virando
multa. Alguns ainda estão
análise. Os que viraram multaforamosdoprincipalterminal que criava dificuldadesno
início, que era o T-Grão”, disseMontenegro.
Procurado, o T-Grão informou que seu movimento está
“absolutamente normalizado há mais de dois meses e
que a questão da multa está
em fase recursal”.
se normalmente o primeiro trimestre é um período de baixa
sazonalidade para as ferrovias
– a safra de grãos começa a ser
colhida em meados de fevereiro
– esse trimestre em 2013 apresentou forte alta por causa do
nível recorde de estoque de milhonofinal de2012.
Além disso, o crescimento de
volume também foi impactado
pela maior participação de ou-
trascargas,comooaçúcar,nesse primeiro trimestre. “O aumento no volume de açúcar
reduza produtividade médiae
a capacidade de transporte no
sistema ferroviário de bitola
larga, uma vez que as rotas de
açúcar e as operações de açúcar no porto apresentam uma
eficiência de ativos menor do
queamédia”,informou.
O volume de commodities
agrícolas caiu 1,7% na comparação entre os primeiros trimestres de 2014 e 2013.
(Estadão Conteúdo)
areia, foi atingida por uma onda e virou.
Rita Vieira, de 35 anos, e
João Pedro Vicente, de 3 anos,
morreram após o resgate. Eles
ficaram presos por cintos dos
coletes salva-vidas e não conseguiram sair da lancha após ela
ter virado.
O fotógrafo não teve o nome
revelado. Ele registrou fotos e
vídeos que mostram pelo menos nove pessoas na embarcação. As imagens contradizem
o depoimento do condutor da
lancha, João Bosco de Lima,
que afirmou que apenas oito
pessoas estavam a bordo.
O pai do garoto e esposo da
vítima também será ouvido
na Capitania dos Portos nos
próximos dias.
on/roll off
Cargill
Matumba
1
Emb. soja
Arm. 32/33
Osakana
1
Emb. celulose
Arm. 32/33
Osakana
1
–
Termag
Romandie
1
Desc. nitrato de amônia
TGG
Thor
1
Emb. soja
Tecon 2
CAP Irene
2
Emb. container
Tecon 2
CSCL Oceania
2
Emb. container
Tecon 3
Maersk Lanco
2
Emb. container
Observação: A quantidade de ternos está sujeita a alterações de última hora. – Fonte: Ogmo
Fotos e vídeos mostram que
lancha tinha 9 pessoas a bordo
DA REDAÇÃO
Uma das principais testemunhas do acidente que matou
mãe e filho a bordo de uma
lancha, em Prainha Branca,
Guarujá, foi ouvida ontem pela
Capitania dos Portos de São
Paulo (CPSP). O depoimento
foi de um fotógrafo que fazia
imagens de surfistas na praia
no momento em que a embarcação se aproximou da faixa de

Documentos relacionados