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Temporada 2014
Aida
de Giuseppe Verdi
Os Puritanos
de Vincenzo Bellini
A Bela Adormecida
de Rudolf Noureev
Música Tchaikovsky
A Garota do Oeste
de Giacomo Puccini
As Bodas de Fígaro
de Wolfgang Amadeus Mozart
Duo de Balés:
O Palácio de Cristal
& Dáfnis e Cloé
de Balanchine & Millepied
La Traviata
de Giuseppe Verdi
Aida
de Giuseppe Verdi
Ópera em quatro atos (1871)
Libreto de Antonio Ghislanzoni
Argumento de Auguste Mariette
Com a sua fascinação pelo Egito, a Europa do século
XIX parece ter saído navegando num barco sem rumo
pelo Nilo encantada pelas cores do seu céu e pelos seus
monumentos, que são verdadeiros santuários enigmáticos
da loucura e da genialidade da raça humana.
AIDA é uma das mais célebres testemunhas dessa
egiptomania e também uma das mais contraditórias. Ela
foi encomendada por Ismail Pacha para ser encenada no
Teatro do Cairo, na ocasião da inauguração do Canal de
Suez. Verdi recusou o trabalho de início, mas depois acabou
aceitando com condescendência. Nada no universo de
Verdi tinha predisposição para o exótico e AIDA não
deveria ser uma exceção. Essa ópera que deveria celebrar,
como se faz nas ocasiões solenes, a paz universal e a
harmonia entre os povos, tem como tema a guerra entre
o Egito e a Etiópia. Porém, essa guerra fica quase ofuscada
perto da guerra travada entre os seus personagens. Os
confrontos sangrentos acabam se curvando diante das
lutas internas desencadeadas por cada um deles.
É uma ópera ao mesmo tempo extravagante e hierática,
com cenas grandiosas e cenas íntimas, uma verdadeira
obra-prima de Verdi que, finalmente, retorna ao Opéra de
Paris depois de meio século de ausência.
Apresentação: Alain Duault
MAESTRO
Philippe Jordan
DIREÇÃO DE PALCO
Olivier Py
CENOGRAFIA E
FIGURINOS
Pierre-André Weitz
ILUMINAÇÃO
Bertrand Killy
REGENTE DO CORO
Patrick Marie Aubert
ELENCO
O Rei Carlo Cigni
Amnéris Luciana D’Intino
Aida Oksana Dyka
Radamés Marcelo Alvarez
Ramfis Roberto Scandiuzzi
Amonasro Sergey Murzaev
Mensageiro Oleksiy Palchykov
Sacerdotisa Elodie Hache
Orquestra e Coro
da Ópera Nacional de Paris
Duração: 3h20
Idioma: italiano
legendas em português
ATO 1
Cena 1
O sumo sacerdote Ramfis comunica ao
jovem capitão Radamés que o exército
etíope está prestes a invadir o Vale do Nilo.
Ele também diz que a deusa Ísis já designou
quem vai comandar o exército egípcio
para derrotar o inimigo. Ao ficar sozinho,
Radamés sonha em ser o comandante
que vai aniquilar os agressores, pois assim
poderá pedir uma recompensa: Aida, uma
escrava etíope por quem está apaixonado
secretamente, sem saber que ela é filha de
Amonasro, rei da Etiópia. Porém, Amnéris,
a filha do rei, também ama Radamés
em segredo. Percebendo como Aida fica
perturbada quando vê Radamés, começa
a desconfiar que existe um sentimento
mais forte entre os dois. Atormentada
pelo ciúme, vai conversar com a sua
escrava. Chega um mensageiro com
uma notícia terrível: a cidade sagrada de
Tebas está sob ameaça do exército etíope
comandado por Amonasro. O rei anuncia
que, de acordo com a escolha da deusa Ísis,
Radamés assumirá o comando do exército
egípcio. Amnéris suplica a Radamés que ele
volte vencedor. Esse pedido é repetido por
todos ali presentes, inclusive Aida. Depois,
Aida fica com remorso por ter desejado
a vitória dele, o que seria sinônimo de
derrota para o seu pai e a sua pátria.
Cena 2
Os sacerdotes e as sacerdotisas invocam
Ptah, o deus que criou o mundo. Ramfis
consagra Radamés, que jura defender o
solo sagrado do Egito.
ATO 2
Cena 1
Amnéris está aguardando ansiosa o
retorno de Radamés, que venceu os
etíopes. Mais uma vez, ela é tomada
pelo ciúme com a chegada de Aida.
Para acabar de vez com a dúvida que
a atormenta, ela diz que Radamés foi
morto durante a batalha. Aida fica
completamente desesperada. Amnéris
conta a verdade sobre seu amor por
Radamés descarregando toda a sua
fúria. O eco distante das trombetas
anunciando o retorno do exército acaba
com o confronto entre as duas.
Cena 2
As tropas egípcias vitoriosas desfilam para
o rei. Radamés vem carregado em triunfo.
O rei se compromete a satisfazer os
desejos dele. Radamés pede que tragam
os prisioneiros e Aida reconhece seu
pai entre eles. Em voz baixa, Amonasro
exige que ela não fale quem ele é. Em
seguida, pede clemência aos soldados
derrotados e tem o apoio de Radamés.
Apesar da objeção de Ramfis, o rei perdoa
os prisioneiros, mas segue o conselho
do sumo sacerdote e mantém Aida e
o pai na corte como garantia de paz.
O rei concorda em dar a mão da sua
filha ao comandante vitorioso. Amnéris
vibra de alegria. Radamés e Aida ficam
desesperados enquanto Amnéris planeja
a sua vingança.
ATO 3
Acompanhada por Ramfis, Amnéris vai
pedir a proteção da deusa Ísis para o
seu casamento com Radamés. Em outro
local, Aida espera Radamés que marcou
encontro com ela. Ela começa a lembrar
da sua terra natal, mas é interrompida
pela chegada de Amonasro, que
descobriu a paixão secreta da filha e
pretende se aproveitar dela. Os etíopes
tinham retomado as armas para atacar
novamente. Amonasro tenta convencer
a filha a usar sua influência sobre
Radamés para que ele revele qual vai
ser a rota do seu exército. Aida fica
horrorizada com o pedido e se nega a
atender o pai. Amonasro amaldiçoa a
filha e se revolta com a submissão dela
como escrava. Arrasada, Aida acaba
cedendo. Amonasro se esconde quando
Radamés chega. Aida recebe o amado
com frieza e o aconselha a se casar
com Amnéris. Diante dos protestos de
Radamés, ela propõe que os dois fujam
para a Etiópia, pois este seria o único
jeito de escapar da fúria de Amnéris.
Então, ela pergunta que caminho
deveriam pegar para não encontrar
o exército egípcio. Radamés conta
que as tropas vão passar pelo vale de
Nápata. Amonasro aparece e revela a
sua verdadeira identidade a Radamés
e o encoraja a ir para a Etiópia com a
sua filha. Mas Amnéris surge de repente
com os sacerdotes e acusa Radamés de
traição. Amonasro e Aida conseguem
fugir acobertados por Radamés, que se
entrega a Ramfis.
ATO 4
Cena 1
Amnéris ainda ama Radamés, apesar
da traição dele. Ela insiste para ele
se desculpar com o rei e conta que
Amonasro morreu durante a batalha
e que Aida desapareceu. Ela promete
interceder a favor dele, se Radamés
prometer nunca mais procurar Aida.
Radamés recusa a proposta. Ele é
levado pelos guardas ao subsolo
do palácio para ser julgado pelos
sacerdotes. Amnéris ouve Ramfis
ordenar que Radamés peça desculpas
três vezes. Ele permanece em silêncio
e é condenado a ser sepultado vivo.
Amnéris vai ao encontro dos sacerdotes
e implora em vão a Ramfis que ele
perdoe Radamés.
Cena 2
Sepultado vivo, Radamés fica
desesperado por não saber o destino de
Aida. Mas ela tinha entrado escondida
na tumba para morrer ao lado do seu
amado. Enquanto eles se despedem e
vão morrendo lentamente, do lado de
fora, Amnéris reza e pede paz à alma de
Radamés.
Os Puritanos
de Vincenzo Bellini
Ópera em três atos (1835)
Libreto de Carlo Pepoli
Na época em que a Europa estava obcecada pelo
Romantismo, quem não sonhava com a Itália? A Mignon
do Goethe canta num campo da Sicília. Stendhal e Heine
levaram seus leitores a conhecer as vielas de Florença e as
fontes de Roma. Glinka, o primeiro compositor erudito
da Rússia, foi até lá para aprender tudo sobre canto, uma
arte verdadeiramente italiana. Os apaixonados por música
vinham para a Itália de cidades distantes, como Londres,
Paris, Viena e São Petersburgo, para ouvir os expoentes
do bel canto. O único país que escapou desse furor foi a
própria Itália. O romantismo italiano, que como qualquer
outro é uma expressão de insatisfação e desejo, mal
conseguia voar pelo seu cenário colorido. Seus artistas
sonhavam com neblina, chuva e se inspiravam nas histórias
sombrias de Shakespeare e Schiller e nas melodias simples
compostas para o mar e o céu azul.
No começo de 1835, OS PURITANOS, de Bellini, interpretada
pelos famosos cantores da época – La Grisi, Rubini,
Tamburini e Lablache – alcançou um êxito sem precedentes
com a sua história de amor e vingança ambientada na
Inglaterra do século XVII e com algumas das árias mais belas
compostas até então. No Ato II, Elvira aparece tomada pela
loucura e canta uma melodia tão comovente que poderia
muito bem ter inspirado Chopin na composição de um
noturno. O sucesso arrebatador de OS PURITANOS varreu
tudo à sua frente, incluindo o próprio Bellini, que morreu
poucos meses depois, torturado pela melancolia.
Apresentação: Alain Duault
A ação se passa perto de Plymouth,
no século XVII, na Inglaterra, depois
da execução do Rei Carlos I, na época
da guerra civil entre os Puritanos
(republicanos e aliados de Oliver
Cromwell) e os Cavaleiros (leais à
monarquia e aos Stuarts).
para os braços da sua amada. Enquanto
isso, Lorde Walton está preparando
uma escolta para levar uma mulher
misteriosa até o Parlamento. Arturo fica
a sós com ela por um momento e logo
a reconhece: ela é a Rainha Henriqueta,
a viúva de Carlos I. Ela tinha sido
ATO 1
Elvira, a filha do Lorde Walton,
está apaixonada por Arturo, um
Cavaleiro leal aos Stuarts, mas seu pai
já havia acertado o casamento dela
com Riccardo Forth, um aliado dos
Cromwell como ele. Ao retornar de
um combate, Riccardo fica sabendo
que o Lorde Walton tinha quebrado
a sua promessa e expressa a sua dor.
Giorgio, tio da Elvira, conta ao jovem
que ele havia intercedido a favor dela
para que ela se casasse com o Arturo,
que tinha acabado de entrar no castelo
com um salvo-conduto para correr
sentenciada à morte. Ele se ajoelha
diante dela e jura que vai salvá-la.
Elvira reaparece, pensando apenas no
seu futuro feliz. Coloca seu véu nupcial
sobre a cabeça da prisioneira. Arturo
tem a ideia de usá-lo com disfarce para
salvar a Rainha. Quando os dois estão
saindo do castelo, eles encontram
Riccardo, que reconhece a fugitiva.
Ele deixa Arturo ir embora com ela
imaginando ser essa a sua chance de
ter Elvira de volta. Porém, pensando
ter sido traída, Elvira acaba ficando
totalmente transtornada.
MAESTRO
Michele Mariotti
DIREÇÃO DE PALCO
E FIGURINOS
Laurent Pelly
CENOGRAFIA
Chantal Thomas
ILUMINAÇÃO
Joël Adam
REGENTE DO CORO
Patrick Marie Aubert
ELENCO
Elvira Maria Agresta
Lorde Arturo Talbot
Dmitry Korchak
Sir Riccardo Forth
Mariusz Kwiecien
Sir Giorgio Michele Pertusi
Sir Bruno Roberton
Luca Lombardo
Henriqueta de França
Andreea Soare
Lorde Gualtiero Valton
Wojtek Smilek
DIRETOR DA FILMAGEM
François Roussillon
Orquestra e Coro
da Ópera Nacional de Paris
Duração: 3h19
Idioma: italiano
legendas em português
ATO 2
Giorgio descreve o desespero e o
sofrimento de Elvira enquanto Riccardo
informa que Arturo tinha sido condenado
pelo Parlamento. Elvira aparece delirando.
Giorgio implora para que Riccardo poupe
o rival. Se o Arturo tiver que morrer,
que seja no campo de batalha. Os dois
cantam um dueto patriótico.
ATO 3
Arturo escapa dos guardas que o
perseguiam e entra escondido pela
janela no quarto da sua noiva. Elvira o
reconhece e parece recobrar a razão
por um instante. Ela canta junto com
o seu amado. Arturo justifica a sua
fuga explicando que precisava salvar
a Rainha. Elvira retorna à sua loucura
quando os soldados cercam os dois. A
condenação de Arturo é proclamada.
Ele pede clemência em nome de
Elvira em vão. Chega um mensageiro
anunciando a derrota dos Stuarts e
a anistia a todos os seus aliados. O
choque de felicidade repentino faz
Elvira recobrar a razão novamente. Mais
nada pode impedir a união do casal.
O Batismo
O batismo da Princesa Aurora está
sendo comemorado. Seis fadas boas, as
madrinhas da menina, oferecem os seus
presentes desejando muitas felicidades.
De repente, chega Carabosse, a bruxa
malvada. Ela repreende o Rei por não ter
sido convidada para a festa. Na verdade,
o mordomo Catalabutte esqueceu
de colocá-la na lista de convidados.
Enfurecida, ela anuncia uma terrível
profecia: quando fizer 16 anos, Aurora
vai se picar com uma agulha no dedo e
vai mergulhar no sono eterno. Porém,
a fada Lilás, que ainda não deu o seu
presente, abranda o feitiço: em vez de
morrer, a Princesa vai dormir durante
100 anos junto com todos que vivem
no palácio, ou até ser despertada pelo
príncipe que vai se casar com ela. O
Rei decreta que quem usar agulhas ou
alfinetes será sentenciado à morte.
ATO 1
O Feitiço
O Rei e a Rainha estão dando uma
grande festa para comemorar o 16º
aniversário da Aurora. Três fiadeiras
desobedecem o decreto do Rei e
são pegas em flagrante. Elas fogem e
deixam três criadas serem acusadas no
lugar delas. O Rei manda prender as
três mulheres, mas a Rainha intervém
em favor delas. Quatro príncipes vieram
dos quatro cantos do mundo pedir
a mão da Princesa. Aurora olha sem
interesse para os tesouros trazidos
pelos seus pretendentes, mas recebe
com alegria um simples ramalhete de
rosas de uma velha senhora (adágio da
rosa). Ela não percebe que existe uma
agulha escondida entre as rosas. Aurora
espeta seu dedo nela e desmaia. A
velha senhora tira o disfarce e revela ser
Carabosse. Os quatro príncipes tentam
pegá-la, mas ela consegue escapar
fazendo com que eles caiam sobre
as próprias espadas. A fada Lilás leva
Aurora ao lugar onde ela vai dormir
durante 100 anos e faz o palácio inteiro
mergulhar num sono profundo.
PRÓLOGO
A Bela
Adormecida
de Rudolf Noureev
Música Tchaikovsky
Balé em três atos e um prólogo (1890)
Baseado no conto de Charles Perrault
A BELA ADORMECIDA, o “Balé dos balés”, como Rudolf
Noureev se referia a ele, é uma verdadeira joia do legado
da dança. Apresentado pela primeira vez no Teatro
Mariinsky de São Petersburgo, em 1890, essa obra é
fruto da união dos talentos do coreógrafo Marius Petipa
e do compositor Tchaikovsky. Inspirados no conto de
Charles Perrault, eles imaginaram um “balé de conto
de fadas” no qual o sonho e a realidade se sobrepõem.
No universo criado por eles, as forças do Bem e do Mal
lutam para controlar o destino de dois jovens.
Só em 1989 é que Rudolf Noureev preparou uma nova
montagem baseada na coreografia original para o Balé
do Opéra de Paris. Reformulando a ordem e a estrutura
originais da obra que passou por várias gerações de
bailarinos, ele criou uma coreografia de um virtuosismo
acadêmico deslumbrante, alternando danças em
grupo e pas de deux. O cenário suntuoso e o figurino
belíssimo de Ezio Frigerio e Franca Squarciapino recriam
o esplendor de uma das obras-primas mais excepcionais
do repertório do balé clássico.
Apresentação: Brigitte Lefèvre
MÚSICA
Piotr Ilyitch Tchaikovsky
COREOGRAFIA
Rudolf Noureev
(baseada no balé de Marius Petipa
para a Ópera de Paris de 1989)
CENOGRAFIA
Ezio Frigerio
FIGURINOS
Franca Squarciapino
ILUMINAÇÃO
Vinicio Cheli
MAESTRO
Fayçal Karoui
ELENCO
Primeiros bailarinos do
corpo de balé da Ópera de Paris
DIRETOR DA FILMAGEM
François Roussillon
Orquestra da
Ópera Nacional de Paris
Duração: 3h02
Idioma: francês
legendas em português
ATO 2
A Visão
Durante uma festa que vai preceder
uma caçada, apesar da presença da
atraente Duquesa que organizou vários
jogos divertidos, o Príncipe Désiré está
entediado e se afasta do grupo entrando
na floresta sozinho. A fada Lilás aparece e
mostra uma imagem da Princesa Aurora
para ele. O Príncipe imediatamente
fica apaixonado por ela. Ele começa a
dançar até a imagem dela desaparecer e
pede para a fada levá-lo ao encontro da
Princesa. Ele vai atrás dela e logo chega
ao palácio onde todos estão dormindo.
Carabosse está esperando na entrada
para impedir que os dois se aproximem
de Aurora. A fada consegue derrotar
a bruxa e ela acaba perdendo os seus
poderes. Guardas, criados e membros da
nobreza acordam e tiram o pó de anos
acumulado sobre eles. Aurora desperta
ao ser beijada pelo Príncipe.
ATO 3
O Casamento
O castelo está todo iluminado para o
casamento da Princesa Aurora com o
Príncipe Désiré. Entre os convidados
vemos outros personagens dos contos
de Perrault e da Madame d’Aulnoy,
como o Gato de Botas, o Pássaro Azul
e a Princesa Florine. Aurora e Désiré se
casam e vivem felizes para sempre.
A Garota
do Oeste
de Giacomo Puccini
Ópera em três atos (1910)
Libreto de Guelfo Civinini e Carlo Zangarini
Baseado na peça “The Girl of the Golden West”,
de David Belasco
“Naqueles dias estranhos, as pessoas vinham lá de Deus
sabe onde, para as terras distantes do oeste. Foi nos
acampamentos das minas que eles deram duro, riram,
jogaram, brigaram, mataram, amaram e traçaram seu
destino de uma maneira inacreditável para a sociedade
atual. Mas de uma coisa temos certeza: eles viveram.”
Puccini usa esse texto como prefácio da sua obra.
Realmente, era a vida que ele pretendia capturar, como
fizera com Paris em “La Bohème”, Japão em “Madame
Butterfly” e desta vez, com o Velho Oeste.
Num bar chamado Polka, alguns garimpeiros falam da
saudade que sentem da Itália, enquanto Minnie lê a
Bíblia para eles. O amor vai entrar na vida da Minnie
quando ela conhece um criminoso. Porém, enxergando
além das aparências, ela reconhece que ele tem um bom
coração. Na esteira do primeiros romances e filmes de
faroeste, Puccini compôs a primeira ópera do gênero:
uma história de almas perdidas no fim do mundo,
de risos e lágrimas, um tanto exótica e avassaladora.
Montada pela primeira vez no Metropolitan Opera
de Nova York em 1910, esta verdadeira obra-prima
finalmente entra para o repertório do Opéra de Paris.
Apresentação: Alain Duault
MAESTRO
Carlo Rizzi
DIREÇÃO DE PALCO
Nikolaus Lehnhoff
CENOGRAFIA
Raimund Bauer
FIGURINOS
Andrea Schmidt-Futterer
ILUMINAÇÃO
Duane Schuler
COREOGRAFIA
Denni Sayers
REGENTE DO CORO
Patrick Marie Aubert
ELENCO
Minnie Nina Stemme
Jack Rance Claudio Sgura
Dick Johnson Marco Berti
Nick Roman Sadnik
Ashby Andrea Mastroni
Sonora André Heyboer
Trin Emanuele Giannino
Sid Roberto Accurso
Bello Igor Gnidii
Harry Eric Huchet
Joe Rodolphe Briand
Happy Enrico Marabelli
Larkens Wenwei Zhang
Billy Jackrabbit Ugo Rabec
Wowkle Anna Pennisi
Jake Wallace Alexandre Duhamel
José Castro Matteo Peirone
DIRETOR DA FILMAGEM
Andy Sommer
Orquestra e Coro
da Ópera Nacional de Paris
Produção: De Nederlandse
Opera, Amsterdam
Duração: 2h39
Idioma: italiano
legendas em português
ATO 1
A história se desenrola num
acampamento de mineiros da
Califórnia durante a Corrida do Ouro.
A única mulher do acampamento é
Minnie, que é dona de um bar onde o
barman Nick está servindo os mineiros.
Eles estão bebendo e jogando cartas
para afastar o tédio e a saudade de
casa. O Xerife Jack Rance está com eles.
Começa uma discussão entre Rance e
um mineiro, pois ambos dizem estar
apaixonados por Minnie. Ela aparece
e acalma a situação. Além do trabalho
que tem como dona do bar, Minnie
tenta educar os rudes mineiros lendo
passagens da Bíblia. Ashby, chefe de
uma filial da Companhia de Transportes
Wells Fargo, conta que está procurando
um bandido chamado Ramerrez, que
está agindo na região já faz um tempo.
Logo em seguida, Rance declara seu
amor à Minnie, que o rejeita. Ela fala
da harmonia perfeita que existia entre
os pais dela quando ela era pequena.
De repente, um estrangeiro entra no
bar e se apresenta como Dick Johnson.
Ele e Minnie já tinham se visto antes e
ficam surpresos com o reencontro. Os
dois jovens dançam juntos e isso deixa
Rance furioso. Um membro do bando
do Ramerrez é preso e diz que vai
levar os mineiros até o esconderijo do
bandido. Na verdade, ele deixou que o
prendessem de propósito para distraílos, enquanto Ramerrez aproveitava
para saquear o acampamento. Fica
evidente que Dick Johnson não é outro
senão o próprio Ramerrez. A conversa
entre Minnie e Johnson vai ficando
cada vez mais romântica e ela o convida
para ir até a cabana dela à noite.
ATO 2
Minnie recebe Dick Johnson na cabana
dela. Ela conta da alegria que sente
vivendo cercada pela natureza. Os dois
acabam abrindo seus corações. São
interrompidos pela chegada de Rance
e vários mineiros. Minnie pede que
Johnson se esconda para evitar uma
cena de ciúmes do Rance. Na verdade,
Rance foi até lá para avisar a Minnie
que Johnson e Ramerrez são a mesma
pessoa. Minnie fica profundamente
decepcionada. Quando o Xerife vai
embora, ela discute com o Johnson e
o acusa de ter ido ao Bar Polka apenas
para roubar o ouro dos mineiros.
Ele tenta se justificar contado a vida
miserável e sofrida que teve e diz que o
encontro com a Minnie tinha mudado
tudo para ele. A jovem o expulsa
da cabana, mas ele volta logo em
seguida com ferimento à bala. Minnie
esconde Johnson no sótão. Rance volta
convencido de que o Ramerrez está
escondido na cabana. Gotas de sangue
confirmam a suspeita dele. Minnie
propõe a ele um jogo de pôquer. Se ela
perder, ele pode ficar com ela e com o
Johnson. Se ela ganhar, Johnson é dela.
Ela joga, trapaceia e salva o Johnson.
ATO 3
Rance e seus homens saem pela floresta
atrás do Johnson e logo conseguem
capturá-lo. Eles começam a se preparar
para enforcá-lo. Os mineiros estão
furiosos porque pensam que ele
se aproveitou da Minnie. Johnson
relembra todas as acusações que
existem contra ele. Ele espera a morte
impassível e pede que a Minnie nunca
fique sabendo do destino trágico
dele. Ele diz que se ela acreditar que
ele conseguiu fugir, ela vai acabar
esquecendo dele mais cedo ou mais
tarde. Nick conta para a Minnie o que
está acontecendo e ela chega ao local
onde vai acontecer o enforcamento.
Ela lembra os mineiros de tudo o que
ela tem feito por eles e pede clemência.
Eles acabam atendendo o pedido dela.
Minnie e Johnson vão embora para
tentar começar uma vida nova. Os
mineiros perdem o anjo da guarda
deles e caem numa profunda tristeza.
As Bodas
de Fígaro
de Wolfgang A. Mozart
Ópera bufa em quatro atos (1786)
Libreto de Lorenzo da Ponte
Baseado na peça “As Bodas de Fígaro”,
de Beaumarchais
Depois de várias apresentações em francês no OpéraComique e uma récita em alemão realizada pela
Ópera de Viena em 1928, esta ópera foi montada
pela primeira vez no seu idioma original no Palais
Garnier em 7 de abril de 1973, inaugurando a primeira
temporada de Rolf Liebermann como diretor musical
do teatro. Essa montagem de Giorgio Stheler teve Sir
Georg Solti como maestro e Ezio Frigerio cuidando do
cenário e do figurino. No elenco, Gundula Janowitz
como a Condessa, Mirella Freni como Susana, Tom
Krause como o Conde, José Van Dam como Fígaro e
Frederica von Stade como o Querubim.
Essa produção, que foi um sucesso triunfante, já foi
remontada várias vezes com outros elencos. Ela foi
apresentada pela primeira vez no Opéra Bastille em
dezembro de 1990. Os cenários desta montagem
vieram do Scala de Milão junto com um grande
número de peças do figurino original. Os cenários da
produção original foram destruídos depois das últimas
apresentações em 2003.
MAESTRO
Phillipe Jordan
DIREÇÃO DE PALCO
Giorgio Strehler
DIREÇÃO
Humbert Camerlo
CENOGRAFIA
Ezio Frigerio
FIGURINOS
Ezio Frigerio e Franca Squarciapino
ILUMINAÇÃO
Vinicio Cheli
COREOGRAFIA
Jean Guizerix
REGENTE DO CORO
Alessandro di Stefano
ELENCO
Conde de Almaviva Ludovic Tézier
Condessa de Almaviva Barbara Frittoli
Susana Ekaterina Syurina
Fígaro Luca Pisaron
Querubim Karine Deshayes
Marcelina Ann Murray
Bartolo Robert Lloyd
Don Basílio Robin Laggate
Don Curzio Antoine Normand
Antônio Christian Tréguier
Barbarina Maria Virginia Savastano
DIRETOR DA FILMAGEM
Don Kent
Orquestra e Coro
da Ópera Nacional de Paris
Duração: 3h27
Idioma: italiano
legendas em português
ATO 1
No Castelo das Águas Frescas, perto
de Sevilha, Fígaro, criado do Conde
Almaviva, está prestes a se casar
com Susana, a ama da Condessa.
Mas durante os preparativos da
festa, algumas tramas começam a se
desenrolar e surgem alguns obstáculos.
O Conde, um marido infiel, tenta
seduzir Susana e sonha em reconquistar
“o direito de posse” sobre as jovens
noivas. Para levar seus planos adiante,
ele conta com a ajuda do inescrupuloso
Basílio, professor de música. Há
também a Marcelina, um tipo de
governanta do castelo, que emprestou
dinheiro ao Fígaro em troca de uma
promessa de casamento. Com o apoio
do Dr. Bartolo, que é um velho desafeto
de Fígaro, ela pretende acertar suas
contas.
Querubim, o pajem travesso, vive
apaixonado por todas as mulheres,
em especial pela Condessa, que ele
chama de “bela madrinha”. É expulso
do castelo pelo Conde que o pega de
surpresa com a Barbarina, a filha do
jardineiro. Ele vai pedir à Susana que
interceda a favor dele com a Condessa,
mas o Conde chega querendo um
encontro amoroso com Susana.
O pajem se esconde atrás de uma
poltrona. De repente, Basílio aparece e
obriga o Conde a se esconder também.
Ele ouve Basílio comentar sobre a
paixão do Querubim pela Condessa
e reaparece assustado. O pajem logo
é descoberto. Então, o Conde ordena
que ele se junte ao seu regimento em
Sevilha o mais rápido possível.
ATO 2
A Condessa, abandonada pelo marido,
resolve ajudar Fígaro e Susana para que
eles se casem o mais breve possível para
acabar com os planos de Almaviva.
Decidem enviar uma carta anônima
ao Conde falando da má conduta
da esposa para preocupá-lo. Depois,
mandam o Pajem disfarçado de mulher
ao encontro que marcou com Susana.
No quarto da Condessa, Querubim
canta a sua paixão usando um vestido.
A brincadeira é interrompida com a
chegada do Conde, que depois de ler
a carta está cheio de ciúme. O pajem
foge pela janela. O Conde, tomado pela
raiva, entra no quarto da esposa e em
vez de encontrar um homem, se depara
com Susana. Tudo teria dado certo se
não fosse Antônio, o jardineiro, que viu
o Querubim pular pela janela e cair nos
seus canteiros de flores. O Conde se dá
conta de que foi enganado. Marcelina
chega com Bartolo e Basílio e dá a ele
uma oportunidade de se vingar. Ele
promete fazer com que o contrato seja
honrado: Fígaro vai se casar com ela.
ATO 3
Susana finge que aceita o encontro com
o Conde, mas manifesta a sua alegria
por tê-lo enganado falando muito alto.
Ele ouve tudo e com o orgulho ferido,
jura que vai fazer de tudo para defender
a causa de Marcelina. O juiz Don Curzio
chega e condena Fígaro a se casar com
Marcelina se ele não pagar a dívida.
Mas acontece uma grande reviravolta
quando se descobre que Fígaro é filho
da Marcelina com o Bartolo. Enquanto
isso, a Condessa espera Susana
voltar consumida pela melancolia.
Susana volta e escreve um bilhete
para o Conde ditado pela Condessa,
marcando a hora e o lugar do encontro.
É a Condessa que vai estar lá vestida
com as roupas da ama. Querubim
chega disfarçado no meio das moças
do vilarejo, que vieram trazer flores
para a Condessa. Ele é desmascarado,
mas o Conde reprime a sua ira ao ver
uma alegre procissão chegando para a
cerimônia de casamento. Quando ele
vai dar o véu para a Susana, ela entrega
a ele o bilhete ditado pela Condessa.
ATO 4
Fígaro está no parque onde vai
acontecer o encontro entre a Susana
e o Conde. Ele se esconde assim que
vê a Condessa e a Susana chegando
com as roupas trocadas. O disfarce e
as sombras da noite provocam uma
série de mal-entendidos. Ofensas,
tapas, juras de amor e beijos são
trocados entre as pessoas erradas.
Querubim pensa que a Susana é a
Condessa. O Conde começa a fazer a
sua tão aguardada declaração de amor
à mulher que ele pensa ser a Susana.
Então, ele vê Fígaro com a Susana e
percebe que está sendo enganado. Num
ataque de fúria, chama seus soldados.
Completamente confuso, se dá conta
de que estava declarando seu amor
ardente à sua esposa. A identidade de
todos é revelada e o perdão concedido
pela verdadeira Condessa coloca um
ponto final nas confusões daquele dia
louco. Os casais voltam a ficar juntos
num clima de ternura e alegria.
O PALÁCIO DE CRISTAL
Duo de Balés:
O Palácio de Cristal
& Dáfnis e Cloé
de Balanchine & Millepied
“O Palácio de Cristal”, música de Georges Bizet
“Dáfnis e Cloé”, música de Maurice Ravel
Várias semelhanças e dissonâncias aproximam dois
grandes compositores franceses e dois coreógrafos do
New York City Ballet: George Balanchine, seu fundador,
e Benjamin Millepied, que se formou lá. Utilizando uma
obra que Bizet tinha composto ainda jovem, Balanchine
assinou a sua primeira criação, em 1947, para o Balé
do Opéra de Paris. “O Palácio de Cristal” foi feito para
homenagear a companhia e a tradição francesa. Tendo
como base o refinamento e o diálogo com a música,
este balé é um modelo de virtuosismo acadêmico sem
igual. Christian Lacroix, o artesão da luz e das cores,
dá uma nova ambientação. Benjamin Millepied assina
sua terceira criação para o Balé do Opéra de Paris.
Com a cumplicidade do artista plástico Daniel Buren,
ele explora o mito de Dáfnis e Cloé. Segundo a linha
“balanchiana”, o coreógrafo se inspira nos ritmos e
cores de “sinfonia coreográfica” para orquestra e coral,
de Ravel. Estas obras-primas da música francesa são
dirigidas por Philippe Jordan, que acompanha pela
primeira vez os bailarinos do Balé do Opéra de Paris.
Apresentação: Brigitte Lefèvre
O Palácio de Cristal
MÚSICA
Georges Bizet
(Sinfonia em Dó Maior)
COREOGRAFIA
George Balanchine
FIGURINO
Christian Lacroix
Dáfnis e Cloé
MÚSICA
Maurice Ravel
(versão integral)
COREOGRAFIA
Benjamin Millepied
CENOGRAFIA
Daniel Buren
ILUMINAÇÃO
Madjid Hakimi
MAESTRO
Philippe Jordan
REGENTE DO CORO
Patrick Marie Aubert
ELENCO
Primeiros bailarinos e corpo de
balé da Ópera de Paris
Orquestra e Coro
da Ópera Nacional de Paris
Duração: 2h30
Idioma: francês
legendas em português
Em fevereiro de 1947, George
Balanchine, que tinha cidadania
americana desde 1939, chega à França
convidado por Georges Hirsch para
assumir o posto de diretor de balé no
Palais Garnier. Ele dirige as montagens de
“Apollon Musagète” (obra marcante da
época dos balés russos), suas primeiras
coreografias americanas (Serenata e
O Beijo da Fada) e cria O PALÁCIO
DE CRISTAL, balé em homenagem à
escola francesa. Usando a Sinfonia em
Dó Maior, uma composição de George
Bizet recém-descoberta depois de um
século de esquecimento. Desde a sua
estreia, O PALÁCIO DE CRISTAL tem
sido um sucesso constante. Em março de
1948, rebatizado como “Sinfonia em Dó
Maior”, o balé é apresentado em Nova
York para os membros da Ballet Society,
fundada em 1948 por George Balanchine
e Lincoln Kirstein. Sete meses mais
tarde, o balé entra para o repertório do
New York City Ballet e, na sua estreia da
temporada, conquistou imediatamente
o público americano.
Em cada sequencia coreográfica de
O PALÁCIO DE CRISTAL, vemos
figurinos inspirados em diferentes
cores de pedras preciosas: rubis,
diamantes negros, esmeraldas e pérolas.
Balanchine também usou a mesma
ideia mais tarde em “Joias”, em 1967.
DÁFNIS E CLOÉ
Inspirado no romance pastoral “Os
Amores de Dáfnis e Cloé”, atribuído
ao poeta grego Longus (século II d.C.),
Maurice Ravel compôs a sua partitura
mais elaborada. A música acabou sendo
coreografada por Igor Stravinski, que a
considerava a uma das mais belas obras
da música francesa.
Resumo
Na primavera, rapazes e moças vão até
um bosque encantado levar oferendas
ao altar das ninfas. Dáfnis encontra
Cloé e os dois caminham para o altar.
Cloé fica com ciúmes ao ver as moças
dançando em roda em volta de Dáfnis.
Logo, ela também é cercada pelos
rapazes e Darcon tenta flertar com ela.
Dáfnis fica sozinho e sonha com Cloé.
De repente, um drama: Cloé é raptada
por piratas. Dáfnis fica completamente
desolado. As ninfas do altar ganham
vida, tentam consolar Dáfnis e chamam
o deus Pã para ajudar.
Os piratas, embriagados e animados,
obrigam Cloé a dançar para eles. O
chefe deles, Bryaxis, vai se aproveitar
da moça quando o deus Pã aparece, faz
todos fugirem de medo e liberta Cloé.
No clima pastoral matinal, Dáfnis
acorda e encontra Cloé, salva pelo
deus Pã, que fez isso em memória da
sua amada, a ninfa Syrinx. (Ela pediu
às irmãs que a transformassem em
caniço para escapar dos braços de
Pã, que cortou vários deles e fez o
conhecemos como uma “Flauta de Pã”.
Os dois apaixonados agradecem Syrinx
e Pã. Depois, todos comemoram muito
alegres o amor de Dáfnis e Cloé.
La Traviata
de Giuseppe Verdi
Ópera em três atos (1853)
Libreto de Francesco Maria Piave
Baseado no livro “A Dama das Camélias”, de
Alexandre Dumas Filho
“E essa pobre Mariette Duplessis está morta... A
primeira paixão da minha vida está entregue ao
sepulcro em algum cemitério por aí. Ela bem que me
disse quinze meses atrás: ‘Eu não vou viver mais. Sou
uma mulher singular e não vou conseguir me ater a
essa vida que estou levando e que não suporto mais.
Leve-me com você para onde você quiser. Eu não vou
incomodar, eu passo o dia inteiro dormindo. À noite,
você me deixa ir ao teatro e na volta pode fazer o que
quiser comigo.’ Eu jamais disse qual era o sentimento
peculiar que me ligava àquela charmosa criatura. Pois
agora, aí está: a morte. E não sei que acorde de elegia
antiga é esse que vibra em meu peito quando me
lembro dela.”
Assim Franz Liszt evocava Marie d’Agoult, o fantasma
inesquecível daquela que iria se transformar na Dama
das Camélias. Inspirado no livro de Alexandre Dumas
Filho, foi Verdi que a tornou imortal numa obra-prima
singular, um dos retratos de mulher mais complexos do
seu repertório e ao mesmo tempo cruel e sublime.
Apresentação: Alain Duault
MAESTRO
Francesco Ivan Ciampa
DIREÇÃO DE PALCO
Benoît Jacquot
CENOGRAFIA
Sylvain Chauvelot
FIGURINOS
Christian Gasc
ILUMINAÇÃO
André Diot
REGENTE DO CORO
Alessandro Di Stefano
ELENCO
Violetta Valéry Diana Damrau
Flora Bervoix Anna Pennisi
Annina Cornelia Oncioiu
Alfredo Germont
Francesco Demuro
Giorgio Germont Ludovic Tézier
Gastone Kevin Amiel
Barão Douphol Fabio Previati
Marquesa d’Obigny Igor Gnidii
Doutor Grenvil Nicolas Testé
DIREÇÃO DA FILMAGEM
Louise Narboni e Benoît Jacquot
Orquestra e Coro
da Ópera Nacional de Paris
Produção: De Nederlandse
Opera, Amsterdam
Duração: 3h05
Idioma: italiano
legendas em português
ATO 1
Violetta Valéry, uma famosa cortesã,
dá uma grande festa em sua casa. Seu
amigo Gaston leva o jovem Alfredo
Germont, que nutre uma paixão
secreta por ela. Violetta fica sabendo
que quando esteve acamada, ele vinha
saber notícias dela. Ironicamente, ela
chama a atenção do seu protetor, o
Barão Douphol, dizendo que ele se
interessa bem menos por ela do que
aquele jovem desconhecido. Alfredo
propõe um brinde. Na sala ao lado,
todos estão dançando. Violetta tem
uma crise repentina e pede para ficar
sozinha. Porém, Alfredo fica com ela e
declara seu amor. Apesar de comovida,
finge não levar o rapaz a sério. No
entanto, ela lhe dá uma flor e pede que
ele a traga de volta quando ela murchar.
Os convidados vão embora e ela fica
sozinha pensando no jovem apaixonado.
Mas afasta esses pensamentos: seu
destino não é viver para amar apenas
um homem, ela deve continuar livre e
percorrer todos os caminhos do prazer.
ATO 2
Cena 1
Três meses se passaram. Violetta acabou
cedendo ao amor de Alfredo e se refugia
na sua casa de campo onde vivem felizes.
Mas Alfredo fica sabendo por Annina, a
criada, que sua patroa terá que vender
seus bens por problemas financeiros.
Decide, então, ir até Paris para conseguir
o dinheiro. Giorgio Germont, o pai de
Alfredo, vai procurar Violetta. Ele a trata
com rispidez, pois acredita que a jovem
só está interessada no dinheiro do filho.
Ele fica compadecido quando descobre
a verdade, mas pede que Violetta se
afaste de Alfredo. Ela se recusa. Germont
explica que sua filha não consegue se
casar por causa da relação escandalosa
do irmão. Ciente de que seu passado
vai persegui-la para sempre, Violetta
cede com a alma destroçada: ela decide
abandonar Alfredo e retomar à sua antiga
vida. Germont se retira comovido pela
nobreza daquela mulher. Ela se prepara
para escrever uma carta de despedida ao
seu amado, mas se surpreende ao ver que
Alfredo voltou e foge sem explicações,
deixando o jovem muito confuso. Alfredo
só vai compreender tudo depois de ler a
carta que Violetta manda entregar a ele.
Germont, sem falar nada sobre a sua visita
à Violetta, tenta consolar o desespero do
filho enaltecendo as virtudes da vida em
família. Mas tudo que Alfredo deseja é
reencontrar Violetta.
Cena 2
Flora Bervoix, uma amiga de Violetta,
está dando uma festa na sua casa.
Alfredo aparece. Flora fica espantada
ao vê-lo sozinho. Violetta chega
acompanhada do Barão Douphol.
Alfredo só deseja uma coisa: se vingar.
Ele joga cartas com o Barão e ganha
uma quantia considerável. Violetta está
dividida entre a vontade de se explicar e
a promessa que fez ao Germont e acaba
fingindo que ama Douphol. Louco de
raiva, Alfredo atira o dinheiro ganho m
Violetta, dizendo que estava pagando
seus três meses de amor. Violetta se
retira e o Barão desafia Alfredo para
um duelo. Germont, que tinha seguido
o filho, o repreende por ter insultado
uma mulher.
ATO 3
Violetta, extremamente doente, é
abandonada por todos. A única que
fica ao seu lado é a fiel Annina. O
médico passa a visitá-la e confidencia
que Violetta tem apenas algumas
horas de vida. Nas ruas de Paris, o povo
festeja o Carnaval. Germont envia uma
carta contando que Alfredo havia
ferido o Barão durante o duelo. Alfredo
teria que fugir, mas seu pai contou
a verdade e ele decidiu encontrar a
sua amada. Violetta espera por ele
desesperadamente, mesmo sabendo
que agora já é tarde demais. Finalmente,
Alfredo chega. Ele pede perdão, diz que
vai sair de Paris com ela e que ela vai se
recuperar. Germont chega para visitar a
jovem, que agora considera como uma
filha, mas já não há força. Um último
suspiro parece reanimá-la, mas em
seguida ela cai morta.
Temporada 2013
Contos de Hoffmann
de Jacques Offenbach
Carmen
de Georges Bizet
Dom Quixote
Coreografia Rudolf Noureev
Falstaff
de Giuseppe Verdi
Terceira Sinfonia de Gustav Mahler
Coreografia John Neumeier
João e Maria
(Hänsel & Gretel)
de Engelbert Humperdinck
La Gioconda
de Amilcare Ponchielli
La Sylphide
de Pierre Lacotte
Contos de
Hoffmann
de Jacques Offenbach
Ópera fantástica em um prólogo, três atos e um epílogo
de Jacques Offenbach. Libreto de Jules Barbier inspirado
do drama de Jules Barbier e Michel Carré
Estreia: 10 de fevereiro de 1881 na Opéra Comique
No seu famoso estudo dedicado a Offenbach, Kracauer
resumiu a lenda dos Contos de Hoffmann: mais que o
testamento espiritual do compositor, são seu autorretrato
fiel como homem e artista. Offenbach reconhecia-se no
seu herói e, assim como este não conseguia conservar
suas amantes, o rei da opereta nunca foi capaz de escrever
a grande ópera com que sonhava. Kracauer evoca até
um pacto com a morte: “Deixa-me acabar a minha
obra em paz e seguir-te-ei.” Na realidade, a morte não
respeitou o pacto e chegou cedo: Os Contos de Hoffmann
permaneceram inacabados, uma obra “hoffmanniana”,
enigmática e impenetrável. A lenda é sedutora, porém
incompleta. No último dia da sua vida, em 5 de outubro
de 1880, Offenbach não estava enfrentando a morte, corria
pelas ruas de Paris, trabalhando como todos os dias. Os
Contos de Hoffmann exalam, entretanto, um perfume
único, a um só tempo estranho e visionário, sensual e
mórbido. A doce musa que vela, a embriaguez assombrada
de Hoffmann, as coloraturas gélidas de Olympia, o canto
mortífero de Antonia, a volúpia baudelairiana de Giulietta,
tudo isso faz dos Contos de Hoffmann a obra-prima
absoluta do seu compositor - tal como esperara...
Direção musical
Tomas Netopil
DIREÇÃO
Robert Carsen
Cenários e Figurinos
Michael Levine
Iluminação
Jean Kalman
COREOGRAFIA
Philippe Giraudeau
ELENCO
Hoffmann Stefano Secco
Olympia Jane Archibald
Giulietta Sophie Koch
Antonia Ana Maria Martinez
A Musa | Nicklausse Kate Aldrich
Lindorf | Coppélius |
Dapertutto | Miracle
Franck Ferrari
Andrès | Cochenille |
Pitichinaccio | Frantz
Eric Huchet
Voz Qiu Lin Zhang
Spalanzani Fabrice Dalis
Nathanaël Cyrille Dubois
Hermann Damien Pass
Luther | Crespel
Jean-Philippe Lafont
Schlémil Michal Partyka
Orquestra e Coro
da Ópera Nacional de Paris
Duração: 3h30
Idioma: francês
legendas em português
Carmen
de Georges Bizet
Ópera cômica em quatro atos de Georges Bizet (1838-1875)
Poema de Henri Meilhac e Ludovic Halévy
inspirado na novela de Prosper Mérimée
Estreia : 3 de março de 1875 na Opéra Comique de Paris
Il faut méditerraniser la musique (É preciso
“mediterranizar” a música). Foi o que escreveu
Nietzsche - em francês! - após ouvir Carmen pela
vigésima vez. Era grato a Bizet por ter composto, dez
anos após “Tristão e Isolda”, a antítese, e até o antídoto
daquela ópera. Longe dos vapores do ideal wagneriano,
havia encenado no palco da Opéra Comique uma
paixão fatal, violentamente iluminada e esmagada
pelo sol da Espanha. O filósofo via nisso uma revelação
e uma liberação. “De Mérimée, a obra conservou a
lógica na paixão, a concisão do traço, o rigor implacável;
tem, sobretudo, o que é próprio dos países quentes, a
sequidão do ar. Nela, fala outra sensualidade, outra
sensibilidade, outra alegria serena. Essa música é alegre,
mas não é alegria francesa ou alemã. É alegria africana.
O destino cego pesa sobre ela, sua felicidade é breve,
repentina, impiedosa. Enfim o amor, o amor retransposto
na natureza original! O amor pensado como fatum,
fatalidade, o amor cínico, inocente, cruel! O amor tendo
como meios a guerra, e como princípio o ódio mortal dos
sexos.” Philippe Jordan dirige a obra-prima de Bizet na
sua volta aguardada à Ópera de Paris.
Direção musical
Philippe Jordan
DIREÇÃO
Yves Beaunesne
Cenários
Damien Caille-Perret
Figurinos
Jean-Daniel Vuillermoz
Iluminação
Joël Hourbeigt
COREOGRAFIA
Jean Gaudin
Dramaturgia
Marion Bernède
ELENCO
Carmen Anna Caterina Antonacci
Don José Nikolai Schukoff
Micaëla Genia Kühmeier
Escamillo Ludovic Tézier
Dancaïre Edwin Crossley-Mercer
Remendado François Piolino
Zuniga François Lis
Moralès Alexandre Duhamel
Frasquita Olivia Doray
Mercédès Louise Callinan
Lillas Pastia Philippe Faure
Guia Frédéric Cuif
Orquestra e Coro
da Ópera Nacional de Paris
Maîtrise des Hauts-de-Seine |
Coro juvenil da Ópera Nacional
de Paris
Duração: 3h35
Idioma: francês
legendas em português
Dom Quixote
Coreografia Rudolf Noureev
Balé em um prólogo e três atos
Baseado em alguns episódios do romance
de Miguel de Cervantes
“O Cavaleiro da triste figura” e o seu fiel escudeiro,
Sancho Pança, envolvidos nos amores tumultuados
da estonteante Kitri e do sedutor Basilio, num balé
rico em cores, humor e virtuosismo. Dom Quixote de
Marius Petipa foi criado em Moscou em 1869 com uma
partitura de Ludwig Minkus e teve, desde a estreia, um
imenso sucesso. A novidade residia na ruptura com o
universo sobrenatural do balé romântico. Pensada como
uma peça de teatro, a obra contava com heróis bem
reais, trama e cenas firmemente construídas. O libreto
e a coreografia foram transmitidos ininterruptamente
na Rússia, mas a versão de Petipa ficou muito tempo
desconhecida no Ocidente. Em 1981, Rudolf Noureev
faz incluir o balé no repertório da Ópera de Paris na sua
própria versão. Retomando as grandes páginas clássicas
e as fogosas danças de caráter, o coreógrafo acentua
ainda a parte de comédia, imaginando um espetáculo
particularmente vigoroso e alegre. Em 2002, Alexandre
Beliaev e Elena Rivkina são convidados para criar novos
cenários e figurinos especialmente para a Ópera Bastille.
Inspirados nas pinturas de Goya, desenvolvem uma série
de quadros deslumbrantes, iluminados pelos figurinos
de cores quentes e policromas da Espanha e os tutus
iridescentes do mundo feérico das dríades.
Direção musical
Kevin Rhodes
Música
Ludwig Minkus
Arranjos
John Lanchbery
Cenário
Alexandre Beliaev
Figurinos
Elena Rivkina
Iluminação
Philippe Albaric
COREOGRAFIA e
mise en scène
Rudolf Noureev, baseado em
Marius Petipa (Ópera Nacional
de Paris, 1981)
ELENCO
Balé da Ópera Nacional de Paris
Primeiros bailarinos, Primeiros
solistas e Corpo de baile
Orquestra da
Ópera Nacional de Paris
Duração: 2h43
Idioma: francês
legendas em português
Falstaff
de Giuseppe Verdi
Ópera em três atos de Giuseppe Verdi (1813-1901)
Libreto de Arrigo Boito baseado em As Alegres Comadres
de Windsor e Henrique IV de William Shakespeare
Estreia: Teatro alla Scala, Milão, 9 de fevereiro de 1893
“Estou há quarenta anos querendo escrever uma ópera
cômica”. Quando Verdi escreveu essas palavras, em
1890, já se despedira do palco duas vezes: com Aida
e com Otello. Cinquenta anos antes, já tinha tentado
a ópera-bufa com Um dia de reino: fracasso ao qual
a morte da esposa - ocorrida durante a composição
– dera um gosto bastante amargo. Será o desejo de
conjurar esse destino que o levou a compor uma
última vez? Será a sombra de Shakespeare? Será que
o libreto do genial Boito, imaginado a partir de Henri
IV e das Alegres Comadres de Windsor, derrubou suas
últimas relutâncias? “Estou me divertindo...”, é o que
Verdi diz ao compor Falstaff. O compositor olha então
as farras desse velho senhor arruinado e barrigudo
com aquele olhar claro, longínquo e malicioso com
que aparece nas últimas fotografias. Aos oitenta
anos, vai compondo a seu bel prazer, livrando-se das
regras: árias, duos, conjuntos fundem-se num mesmo
movimento musical, contínuo e endiabrado, que faz
deste Falstaff uma comédia lírica sem equivalente, uma
grande gargalhada que, um século mais tarde, continua
ecoando em nós.
Direção musical
Daniel Oren
DIREÇÃO
Dominique Pitoiset
Cenários
Alexandre Beliaev
Figurinos
Elena Rivkina
Iluminação
Philippe Albaric
ELENCO
Sir John Falstaff
Ambrogio Maestri
Ford Artur Rucinski
Fenton Paolo Fanale
Doutor Cajus Raûl Giménez
Bardolfo Bruno Lazzaretti
Pistola Mario Luperi
Mrs Alice Ford Svetla Vassileva
Nanette Elena Tsallagova
Mrs Quickly
Marie-Nicole Lemieux
Meg Page Gaëlle Arquez
Orquestra e Coro
da Ópera Nacional de Paris
Duração: 2h57
Idioma: italiano
legendas em português
Terceira Sinfonia
de Gustav Mahler
Coreografia John Neumeier
Toda a obra de John Neumeier é baseada numa
profunda sensibilidade musical, mas é provavelmente
em Gustav Mahler, de quem coreografou várias
sinfonias, que o coreógrafo, em constante
questionamento sobre a condição humana, encontra
as correspondências às próprias preocupações
humanistas. Deixa-se levar pelas emoções inspiradas
pela monumental Terceira Sinfonia, que pretende
refletir “toda a criação”, e penetra no universo
atormentado e contrastado do compositor para
esculpir imagens de um lirismo poderoso e profundo.
Osmose entre música e dança, a peça é permeada por
uma paleta de emoções, indo da angústia existencial à
esperança mística. Os coros e a solista acompanham os
bailarinos em seu gestual elegante, de linhas desviadas
e com sustentações vertiginosas, revelando novamente
a riqueza de inspiração do coreógrafo.
Música
Gustav Mahler
Coreografia, cenário
e iluminação
John Neumeier
Direção musical
Simon Hewett
Alto
Aline Martin
Diretor de coro
Alessandro Di Stefano
ELENCO
Balé da Ópera Nacional de Paris
Primeiros bailarinos, Primeiros
solistas e Corpo de baile
Orquestra e Coro
da Ópera Nacional de Paris
Maîtrise des Hauts-de-Seine |
Coro juvenil da Ópera Nacional
de Paris
Duração: 2h20
Idioma: francês
legendas em português
João e Maria
(Hänsel & Gretel)
de Humperdinck
Märchenoper em três quadros
de Engelbert Humperdinck (1854-1921)
Libreto de Adelheid Wette
baseado no conto dos Irmãos Grimm
Estreia: Weimar, 23 de dezembro de 1893
Engelbert Humperdinck está com vinte e sete anos quando
se torna assistente de Richard Wagner em Bayreuth no
ano de 1881. Wagner ia viver mais dois anos: dois anos de
intensa colaboração artística em Parsifal que vão marcar
para sempre a vida e o estilo do jovem compositor. Em 1883,
morre o Mestre, deixando “inacabado” o discípulo que sai
percorrendo a Europa como Wanderer (viajante), antes de
se tornar professor de renome. Dez anos mais tarde, em
Weimar, Humperdinck revela a sua obra-prima: Hänsel
e Gretel, num libreto escrito pela irmã a partir do conto
dos Irmãos Grimm. A ópera é criada para o Natal com
direção de um Richard Strauss entusiasmado. De Wagner, o
compositor conservou o gosto pela melodia contínua e pelo
leitmotiv. Mas a sua “ópera feérica” (Märchenoper) alimentase também de música infantis, dessas melodias populares
cuja origem se perde na bruma dos séculos. Resulta daí uma
música surpreendente, profunda como os lagos das lendas
germânicas e ao mesmo tempo estranhamente familiar,
resgatando em nós uma parte esquecida da nossa infância:
como se, há muito tempo, tivéssemos sido esse irmão e essa
irmã perdidos na floresta, que caíram nas garras da bruxa da
casa de pão de mel.
Direção musical
Claus Peter Flor
DIREÇÃO
Mariame Clément
Cenários e Figurinos
Julia Hansen
Iluminação
Philippe Berthomé
ELENCO
Peter Jochen Schmeckenbecher
Gertrud Irmgard Vilsmaier
João (Hänsel) Daniela Sindram
Maria (Gretel)
Anne-Catherine Gillet
Die Knusperhexe
Andreas Conrad
Orquestra da
Ópera Nacional de Paris
Maîtrise des Hauts-de-Seine |
Coro juvenil da Ópera Nacional
de Paris
Duração: 2h17
Idioma: alemão
legendas em português
La Gioconda
de Amilcare Ponchielli
Dramma em quatro atos
Música de Amilcare Ponchielli (1834-1886)
Libreto de Arrigo Boito baseado em Ângelo,
Tirano de Pádua de Victor Hugo
Estreia: 8 de abril de 1876, Teatro Alla Scala, Milão
“O drama precisa ser grande, o drama precisa ser
verdadeiro.” Assim escreve Victor Hugo no prefácio
de Ângelo, tirano de Pádua, um dos seus raros dramas
em prosa. Ao transpô-lo para a cena lírica, Amilcare
Ponchielli e Arrigo Boito foram fieis a Hugo e a
Gioconda deles, criada na Scala de Milão em 1876, é
uma das óperas mais esplendorosas do repertório.
Naquela época não era fácil, para um compositor,
existir na sombra de Verdi, e Ponchielli foi um dos
raros a encontrar o seu lugar e a sua identidade, nem
sempre distante do Mestre, embora bastante diferente.
Ao lado dele, Boito, que já comprovara seu talento de
compositor com Mefistofele, mostra que é ainda maior
dramaturgo e é, aliás, ao lado de Verdi que logo vai
passar a atuar. Entre grande ópera à francesa e drama
verdiano, La Gioconda rasga corações e quebra destinos
na Veneza do século 17. Poder e amor, sacrifício e
traição, veneno e vingança: todos os elementos do
melodrama estão reunidos e levados por um grandioso
sopro lírico. Violeta Urmana, Luciana D’Intino, Marcelo
Alvarez e Sergey Murzaev estão reunidos sob a direção
de Daniel Oren e numa encenação de Pier Luigi Pizzi
nessa obra-prima rara e espetacular.
Direção musical
Daniel Oren
Direção, cenário e
figurinos
Pier Luigi Pizzi
Iluminação
Sergio Rossi
Coreografia
Gheorghe Iancu
ELENCO
La Gioconda Violeta Urmana
Laura Adorno Luciana D’Intino
Alvise Badoero Orlin Anastassov
La Cieca Maria José Montiel
Enzo Grimaldo Marcelo Alvarez
Barnaba Sergey Murzaev
Orquestra da
Ópera Nacional de Paris
Maîtrise des Hauts-de-Seine |
Coro juvenil da Ópera Nacional
de Paris
Duração: 3h32
Idioma: italiano
legendas em português
La Sylphide
de Pierre Lacotte
Balé em dois atos (1832)
Criada na Ópera em 1832, La Sylphide de Philippe
Taglioni marcou o advento do romantismo no balé.
Marie Taglioni, bailarina aérea e etérea, encarnava a
alma sonhada insondável, ao lado de Joseph Mazilier.
Sublimada pelas sapatilhas de pontas e os longos
tutus vaporosos, a bailarina estava se tornando, com
La Sylphide, uma silhueta emblemática. Escrito por
Adolphe Nourrit, o libreto é inspirado na literatura
romântica, narrando o amor impossível de um
humano com uma criatura sobrenatural. O jovem
James, de alma atormentada, está dilacerado entre a
promessa de uma vida confortável que lhe oferece o
futuro casamento com Effie e a liberdade encarnada
pela Sílfide, ideal inacessível, que lhe aparece em sonho.
Já na estreia, o espetáculo foi aplaudido pela crítica,
notadamente por Théophile Gautier, futuro libretista
de Giselle. Este balé emblemático, que ficou fora do
repertório durante mais de um século, é apresentado
na Ópera de Paris na reconstituição fiel de Pierre
Lacotte realizada em 1972. Com sua imensa cultura
coreográfica, é capaz de adivinhar e reinventar os
sortilégios do grande estilo romântico francês.
Compositor
Jean-Madeleine Schneitzhoeffer
Tema
Adolphe Nourrit
Adaptação e
coreografia
Pierre Lacotte
(Ópera de Paris -1972)
Cenário
Marie-Claire Musson d’après
Pierre Ciceri
Figurinos
Michel Fresnay d’après Eugène Lami
ELENCO
Bailarinos solistas
A Sílfide Aurélie Dupont Primeira bailarina
James Mathieu Ganio Primeiro bailarino
Effie Mélanie Hurel
A Bruxa Jean-Marie Didière
Pas de deux dos escoceses
Isabelle Ciaravola
Gil Isoart
Gurn Emmanuel Hoff
A mãe de Effie Virginie Rousselière
Orquestra da
Ópera Nacional de Paris
Primeiros Bailarinos, Corpo
de Balé da Ópera Nacional
de Paris
Duração: 1h57
Idioma: francês
legendas em português
Desde 2012, a Esfera foi responsável por garimpar mais de 40 títulos aplaudidos
e premiados nos principais festivais do mundo e trazê-los até você. Acreditamos
na diversidade de culturas, de linguagens e de narrativas como forma de ampliar
horizontes, aguçar a sensibilidade e fomentar desejos e utopias. Acreditamos que
um filme pode mudar uma vida. E que o cinema pode mudar o mundo.
PRÓXIMOS LANÇAMENTOS
Desde 2013, os espetáculos da
Ópera de Paris são registrados de forma
surpreendente na Opéra Bastille e exibidos
ao vivo em mais de 50 salas na França
e em 19 países da Europa, e gravados
em HD para exibição posterior na Rússia,
Japão, Austrália, Nova Zelândia, Hong Kong,
Singapura, Estados Unidos e Brasil.
A Ópera de Paris chega até o Brasil em
exibição HD, com legendas em português,
graças à parceria entre a produtora
francesa FRA (François Roussillon
& Associés) e a Esfera Filmes, uma
distribuidora especializada em cinema de
arte e conteúdo alternativo de qualidade.
Se você deseja receber mais informação sobre a Temporada da Ópera de Paris no Brasil ou dos
filmes lançados pela Esfera, por favor preencha o cadastro abaixo e o entregue ao responsável pela
sala do cinema em que você se encontra. Se preferir, pode mandar um email com seus dados para
[email protected] com o assunto “Cadastro”.
Nome:
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Telefone:
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Para conhecermos você um pouco mais:
Sexo:
Masculino
Feminino
Faixa etária:
até 25 anos
de 25 a 40
de 40 a 60
acima de 60
Gênero de filme preferido:
Drama
Comédia
Comédia Romântica
De Época/Biografias
Suspense
Outros ...................................................
De onde vêm seus filmes favoritos:
EUA
Europa
América Latina
Ásia
Brasil