Boletim SBI: maio 2016 - Sociedade Brasileira de Infectologia
Transcrição
Boletim SBI: maio 2016 - Sociedade Brasileira de Infectologia
BOLETIM SBI • MAIO /2016 PALAVRA DO PRESIDENTE POR SERGIO CIMERMAN, PRESIDENTE DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE INFECTOLOGIA É com muito entusiasmo que convido você, infectologista, a fazer um balanço prático sobre os três primeiros meses da nova diretoria da nossa Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI). Tempo curto, mas suficiente para colocarmos em prática algumas de nossas ideias e de obtermos “combustível” para modernizar ainda mais nossa instituição, sempre com o foco em valorizarmos nossa especialidade, os profissionais que nela atuam e de estimularmos novas gerações de infectologistas. Metas – Uma de nossas metas, por exemplo, é expandir e fortalecer a SBI, construindo relações sólidas com outras entidades e marcando presença nos eventos de nossa especialidade. E começamos muito bem: recuperamos nosso assento no Conselho Científico da Associação Médica Brasileira (AMB) e estamos atuantes no Conselho Deliberativo. Foi criada e aprovada, em Sessão Plenária, a Câmara Técnica de Infectologia do Conselho Federal de Medicina (CFM), com apoio da SBI, que estará representada em sua composição. Eventos – Apoiamos diversos eventos de Infectologia em todo o Brasil. Também estamos absolutamente envolvidos e empolgados com a organização e divulgação dos nossos congressos regionais. Já escolhemos as comissões para o próximo Congresso Brasileiro de Infectologia, que acontecerá de 12 a 15 de setembro de 2017, no Rio de Janeiro (Centro de Convenções SulAmérica). Internacional – Fora do Brasil, também estamos conquistando mais espaço. Nossa intenção é de internacionalizar a SBI. Em março, nossos professores foram destaque no congresso do ISID na Índia, abordando os temas Zika e leptospirose. Abril, por exemplo, foi o mês do ECCMID, em Amsterdã, e nós estávamos lá, coordenando uma mesa redonda. No início de junho teremos professores no Congresso Centro-Americano e do Caribe de Infectologia, em Punta Cana, reforçando a parceria de anos com a Associação Pan-Americana de Infectologia. Outro destaque é a nossa parceria com o Medscape para a produção de artigos e entrevistas sobre Zika Vírus com membros atuantes da SBI. Atuantes – Estamos atuantes. Em março, nosso Comitê Científico de Arboviroses passou quase dez horas reunido para discutir e propor um documento com diretrizes sobre prevenção ao Zika Vírus. Em abril, foi a vez do Comitê Científico de Hepatites Virais e este mês acontecerá o encontro do Comitê Científico de HIV/AIDS. Pró-Atividade – Além disso, enviamos ao Ministério da Saúde três documentos de peso: o primeiro, sugerindo a revisão das regras para o uso de repelentes em crianças; o segundo, cobrando um posicionamento sobre a falta de medicações novas que haviam sido prometidas para o tratamento de hepatite em duas oportunidades. Por fim, um terceiro, já no final de abril, solicitando que passe a ser obrigatória a apresentação do certificado de vacinação contra a Febre Amarela para viajantes que vierem de Angola, país onde ocorre epidemia da doença, e outras regiões potencialmente epidêmicas, seguindo recomendação da Organização Mundial da Saúde. Aproximação – Estamos nos dedicando arduamente a aproximar e dar voz aos infectologistas de todo o país, modernizando nosso site e desenvolvendo um novo software voltado especificamente aos associados, que permitirá o uso de ferramentas mais específicas que atendam nossas necessidades. Interatividade – Ouvimos com atenção o que pensam nossos profissionais, que nos procuram com críticas e sugestões. Estamos compartilhando de forma mais dinâmica notícias e pesquisas, além de iniciarmos a produção de conteúdos didáticos e interativos nas nossas mídias sociais, com destaque para o Facebook. Democrático – Nossos infectologistas também poderão participar mais ativamente da entidade, pois nossos comitês estão trabalhando intensamente e novos comitês científicos serão criados. A ideia é não desperdiçar conhecimento, capacidade e muito menos interesse! Facilidade – Queremos facilitar e incentivar. Agora em vez de um exame anual para a obtenção do Título de Especialista, teremos provas em todos os congressos regionais. Um estímulo aos talentos da Infectologia! Da mesma maneira, já está programada para este ano a realização de exame de proficiência para a obtenção do Certificado de Área de Atuação em Infectologia Hospitalar e Medicina Tropical. Praticidade – Estamos trabalhando no desenvolvimento de aplicativos para facilitar a vida de nossos especialistas. O de Hepatites será o primeiro de uma série, que irá disponibilizar informação atualizada e de qualidade sendo possível ser baixado para smartphones de modo gratuito. Humanização – Queremos nos envolver com a população. Estamos definitivamente convencidos de que temos um papel social e humanitário a cumprir quando nos interessamos em compartilhar um bem tão precioso quanto à informação, quando o assunto é saúde! Assim, abrimos as portas à imprensa, ajustamos agendas para podermos atender aos jornalistas, que são como porta-vozes da população, com todas as suas dúvidas e questionamentos. Assumimos, com responsabilidade, o papel de protagonistas nas páginas de jornais importantes e nas rádios e telejornais mais respeitados. Também estamos estudando de forma séria e engajada a realização de projetos sociais que possam colaborar com as políticas de prevenção e educação em saúde. Assim, convido todos vocês para entrarem conosco nessa nova jornada da SBI. Um novo momento. É chegada a hora para repensar, aperfeiçoar e transformar! REGRAS PARA REPELENTE EM CRIANÇA SÃO QUESTIONADAS A SBI promoveu, por meio de seu Comitê Científico de Arboviroses, uma reunião em março, na capital paulista, para debater questões importantes relacionadas ao combate e tratamento do Zika Vírus. A ideia era dar orientações amplamente discutidas e mais precisas à população e ao poder público, diante da epidemia da doença. Um documento foi produzido com recomendações, dentre as quais se destacou um pedido para que o Ministério da Saúde faça uma revisão completa sobre as regras para o uso de repelentes no país e reconsidere as recomendações sobre a idade mínima. Durante o seminário “Estratégias de Enfrentamento”, realizado em 18 de março no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo, o presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Sérgio Cimerman, entregou o documento ao diretor de vigilância das doenças transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch. “É fundamental a participação da SBI e de toda a sociedade junto ao Ministério da Saúde para gerar novos procedimentos e aperfeiçoar a elaboração de protocolos. Estamos todos aprendendo com a SBI”, afirmou Maierovitch. A REGRA HOJE HOJE NO BRASIL, A ANVISA RECOMENDA O USO DE REPELENTES A BASE DE ICARIDINA E DEET (QUE FUNCIONAM POR MAIS TEMPO CONTRA O AEDES AEGYPTI) SOMENTE A PARTIR DE 2 ANOS. O PRODUTO DO TIPO IR3535 É PERMITIDO A PARTIR DE 6 MESES. VÁRIAS AGÊNCIAS REGULADORAS DE OUTROS PAÍSES, COMO OS ESTADOS UNIDOS, POR EXEMPLO, RECOMENDAM O USO DE REPELENTES JÁ A PARTIR DE DOIS MESES DE IDADE. VOCÊ JÁ CONHECE AS RECOMENDAÇÕES DO COMITÊ DE ARBOVIROSES? 1 2 Testes diagnósticos para o Zika Vírus devem ser disponibilizados para a população, tanto no SUS, quanto na rede privada; O aleitamento materno deve ser incentivado e mantido, mesmo em recém-nascidos de mães que apresentaram quadro de infecção por Zika na gravidez ou no periparto (período desde o último mês de gravidez até cinco meses após o parto); 3 4 As doações de sangue devem ser incentivadas e o uso de hemoderivados deve seguir as recomendações do Ministério da Saúde e das sociedades de hemoterapia; A SBI deve buscar a intermediação com o Ministério da Saúde e da Ciência e Tecnologia e Inovação, para a divulgação de editais de pesquisas relacionados a Arboviroses, especialmente àquelas relativas à infecção por Zika Vírus e incentivar a pesquisa clínica. 5 6 Todas as estratégias de combate ao vetor Aedes aegypti devem ser continuamente encorajadas, apoiadas e mantidas nesse momento de tríplice epidemia: Zika Vírus , Chikungunya e Dengue. O uso de repelentes deve ser estimulado, principalmente em grávidas, durante todo o período da gestação. A idade mínima para uso dessas formulações deve ser revista (veja nessa página, o pedido enviado ao Ministério da Saúde). 7 Campanhas educativas devem ser estimuladas continuamente pelas agências governamentais, pela iniciativa privada e pelas diversas instituições da sociedade, para se reduzir o risco de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. SIMPÓSIO LEVOU DISCUSSÃO SOBRE ‘ZIKA VÍRUS’ À BRASÍLIA M édicos da SBI prestigiaram e compareceram ao evento “Zika Vírus: Passado, Presente, Futuro”, que aconteceu na sede da Associação Médica de Brasília. Aconteceram várias palestras com especialistas de diversas áreas. Um dos destaques foi a apresentação do infectologista Antônio Carlos Bandeira, membro da SBI e um dos responsáveis pela descoberta do surto na Bahia, em abril do ano passado. “Até eu mesmo me surpreendi quando o laboratório disse que era de Zika Vírus!”, brincou o médico, ao contar sobre a investigação que fez na região de Camaçari. FICA A DICA! Estão abertas as inscrições para o exame de suficiência para a obtenção do Título de Especialista em Infectologia, que acontecerá durante o 1º Infecto Centro-Oeste, em Goiânia (GO). O exame acontecerá nos dias 23 e 24 de junho. Mas os candidatos devem ficar atentos: o prazo de inscrição termina no próximo dia 23 de maio. Será a primeira oportunidade do ano. Quem não puder participar da prova, poderá se inscrever também nos exames que acontecerão durante os Congressos Paulista, do Norte-Nordeste ou ainda no Sul-Brasileiro. Acesse o edital e a ficha de inscrição pelo nosso site: www.infectologia.org.br. AGENDA DE CONGRESSOS SBI 2016 Tome nota dos nossos Congressos 2016. Participem! É hora de trocarmos experiências. 1º Infecto Centro-Oeste Goiânia (Goiás) – Centro de Convenções de Goiânia De 23 a 25 de junho 10º Congresso Paulista de Infectologia Santos (São Paulo) De 24 a 27 de agosto VI Congresso Norte-Nordeste de Infectologia São Luiz (Maranhão) De 8 a 10 de setembro Congresso Sul-Brasileiro de Infectologia Curitiba (Paraná) De 29 de setembro a 1º de outubro NÚCLEO VAI MAPEAR PRODUÇÃO CIENTÍFICA U m Núcleo de Trabalho Provisório em Cientometria, formado por especialistas da SBI, pretende se formalizar em breve como um novo comitê para mapear a produção científica nacional. A ideia é buscar profissionais com expertise no tema para compor o futuro “Comitê de Cientometria”, que deve entrar em funcionamento no segundo semestre deste ano. “A Cientometria é uma métrica para a ciência, que levanta tudo o que é produzido, individualmente e em grupo, mostrando as áreas de conhecimento mais e menos demandadas”, afirma o idealizador do projeto, o infectologista e pesquisador Arnaldo Lopes Colombo. A ideia é fazer um amplo levantamento quantitativo e qualitativo sobre a produção científica nas mais diversas áreas como fisiopatologia e epidemiologia, dentre outras. Ele afirma que o trabalho permitirá a identificação dos centros de referência, treinamento e capacitação em todo o país, além de trazer um alerta às especialidades sobre as áreas onde há defasagem de pesquisas. FALTA MEDICAMENTOS A PACIENTES COM HEPATITE C CRÔNICA E SBI COBRA MINISTÉRIO A SBI enviou uma carta direcionada ao Ministério da Saúde, cobrando um posicionamento oficial sobre a falta de três medicamentos para tratamento de pacientes de Hepatite C crônica atendidos pela rede pública de saúde no país. O texto foi elaborado com base nas reclamações recebidas de infectologistas “de todos os cantos do Brasil”. A carta aponta que estão em falta os medicamentos daclatasvir, simeprevir e sofosbuvir. “Nossos ambulatórios têm se convertido em palco de conflito entre os pacientes e as equipes assistenciais, pela justa reclamação pela chegada dos esquemas de tratamento após longa espera.” Como se sabe, os pacientes têm tido uma grande expectativa de cura com base na efetividade dos novos tratamentos disponibilizados pelo SUS, especialmente desde que foi instituído um novo Protocolo de Diretrizes Clínicas e Tratamento para a Hepatite C. SBI NAS MÍDIAS SOCIAIS: SIGA, CURTA, COMPARTILHE, INTERAJA! facebook.com/SociedadeBrasileiradeInfectologia sbinfecto @sbinfecto CONFIRA ALGUMAS FOTOS DO DIA DO INFECTOLOGISTA! #ORGULHODESERINFECTOLOGISTA APROVEITAMOS PARA AGRADECER PELO ENGAJAMENTO DE CADA UM DE VOCÊS NAS NOSSAS CAMPANHAS VIRTUAIS. FIQUEM DE OLHO E PARTICIPEM! CLIQUE AQUI E VISITE O ÁLBUM COMPLETO NO FACEBOOK EXPEDIENTE: Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) Rua Domingos de Morais, 1061 - Vila Mariana CEP 04009-002 (11) 5572-8958 / (11) 5575-5647 Presidente: Sergio Cimerman Vice-presidente: J. Samuel Kierszenbaum 1º Secretária: Maria Cassia Jacintho Mendes Correa 2º Secretário: Luciano Zubaran Goldani 1º Tesoureiro: Marcos Antonio Cyrillo 2º Tesoureiro: Kleber Giovanni Luz Coordenador Científico: Clóvis Arns da Cunha Coordenadora de Informática: Maria do Perpétuo Socorro Costa Correa Coordenador de Comunicação: José David Urbaéz Brito Assessor da Presidência: Leonardo Weissmann Secretária: Givalda Guanás Produção do Boletim SBI: Axis Comunicação Jornalista responsável: Adriana Matiuzo Mtb 4.136 Contato: [email protected] Reportagem, redação, revisão e fotografia: Adriana Matiuzo Alexandra Penhalver (Mtb 29.956) Editor de Arte e Diagramação: Gilberto Leite
Documentos relacionados
Boletim SBI: ano XII - Sociedade Brasileira de Infectologia
esses eventos, já consolidados na agenda das nossas federadas. Na Bahia, teremos além dos congressos regionais Norte-Nordeste e da Jornada Bahiana de Infectologia, a III Conferência Brasileira de H...
Leia mais