jornal_vinho_e_cia_2007_25
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O seu guia para o lado descontraído da vida Vinho&Cia ConVisão 1 O no em harmonizações e restaurantes com vinhos Para conhecer O que e onde beber Para acompanhar Bento Gonçalves em evolução hoje Vinhos que provamos antes para você beber melhor Cursos de vinhos: uma viagem pelo sabor Vinícolas da Califórnia Restaurantes com boa carta Saltimbocca & Vinhos A presença estrangeira em Mendoza Ano 3 - Número 25 16 em São Paulo 16 no Rio de Janeiro Primavera de 2007 Na hora do almoço executivo pode beber? R$ 7,00 PORTO BAY HARMONIZA COM VISTA EXCEPCIONAL PARA A PRAIA DE COPACABANA, LOCALIZADO NO O RESTAURANTE 5O ANDAR DO PORTO BAY RIO INTERNACIONAL HOTEL, LA FINESTRA ESTÁ AGORA TODO REFORMADO. A CADA MÊS OFERECE UM FANTÁSTICO CARDÁPIO HARMONIZADO COM VINHOS NESTE MÊS AMUSE BOUCHE Shot de Batata Baroa 1 taça de La Segreta Bianco Planeta IGT 2005 ENTRADA Salada de Polvo com Confit de Limão Siciliano 1 taça de Codorniú Pinot Noir Brut PRATO PRINCIPAL Costeleta de Cordeiro e Tortinha de Batata ao Molho de Alecrim 1 taça de Marqués de Riscal Reserva Tempranillo SOBREMESA Tiramisu servido no balão de chocolate com raspas de laranja 1 taça de Late Harvest Finca La Célia 2004 VALOR: R$85 POR PESSOA (COM PÃES E ÁGUA INCLUÍDOS) PORTO BAY WINE EVENTS F ANTÁSTICA ESTRUTURA PARA EVENTOS E EXCELENTE EQUIPE TREINADA E QUALIFICADA PARA A ENOGASTRONOMIA FAÇA A SUA RESERVA E CONSULTE-NOS PARA EVENTOS (21) 2546-8041, [email protected] AV. ATLÂNTICA, 1500, COPACABANA, RIO DE JANEIRO, WWW.PORTOBAY.COM.BR 2 VINHO&CIA APRECIE COM MODERAÇÃO Jornal Vinho & Cia - No. 25 Jornal Vinho & Cia - No. 25 3 Aperitivo Como degustar Vinho&Cia Ano 3 - Número 25 melhor o seu guia Editor nquetes realizadas apontam que o consumo de vinhos de alta gama (de qualidade e preços mais elevados) cresce à razão de 30% ao ano no Brasil. A equipe do Vinho&Cia acompanha essa evolução com o melhor para você nesta edição de primavera. E Regis Gehlen Oliveira Em estréia está a seção “Vinho e Saúde”, escrita pelo dr. Jairo Monson, um dos médicos brasileiros mais estudiosos do assunto, que apresenta respostas a interessantes perguntas sobre o tema. ConVisão Al. Araguaia, 933, 8o. andar Alphaville 06455-000, Barueri, SP Publicação Em “Para conhecer” há um panorama sobre a evolução do vinho na cidade de Bento Gonçalves, região vinícola da maior importância no país, além de muita informação sobre o Novo e o Velho Mundo. Redação Em “O que beber” provamos muitos vinhos em lançamento no mercado e damos as dicas das melhores relações custo-benefício. A pioneira seção “Onde beber” relaciona 20 restaurantes em São Paulo e 20 no Rio de Janeiro em que o vinho tem atenção diferenciada. Já está sendo imitada por um grande jornal, mas sem as classificações detalhadas de preços e de qualidade do Vinho&Cia. No final, “Para acompanhar” apresenta os melhores vinhos com o tradicional prato “saltimbocca alla romana”, e, também, os artigos dos colunistas que guiam você para o lado descontraído da vida! Nas páginas... Para conhecer É verdade que... Assinaturas e Propaganda O que beber 6 Adriana Bonilha Beto Acherboim Cesar Adames Custódio (cartum) Denise Cavalcante Didú Russo Euclides Penedo Borges Fernando Godoy Fernando Quartim Jaqueline Barroso Jairo Monson Jorge Monti José Ivan Santos Sérgio Inglez de Souza Walter Tommasi 10 Vinho e Saúde Jairo Monson Médico e escritor vinho pode fazer bem para o coração? (11) 4192-2120 [email protected] Impressão Metromídia [email protected] Onde beber Para acompanhar 12 4 18 S im, mas apenas se bebido regular e moderadamente, junto com as refeições, quando não houver contra-indicações ao consumo de álcool. Os mecanismos pelo qual isso acontece são efeitos favoráveis sobre as gorduras, vasos sangüíneos e coagulabilidade do sangue. Estudos bem-conduzidos mostram que há uma redução de pelo menos 25% do risco de ataques cardíacos e morte por causa cardiocirculatória para as pessoas que bebem vinho regular e moderadamente. Outras bebidas alcoólicas e suco de uva também protegem o coração, mas não com a intensidade do vinho. Vinho & Cia é uma publicação da ConVisão relativa ao segmento de vinhos e suas companhias naturais, como gastronomia, restaurantes, prazer, conhecimento, viagens e outras. Circula principalmente na Grande São Paulo e no Grande Rio de Janeiro nos principais restaurantes e lojas especializadas. Pode ser adquirido por assinaturas ou em bancas selecionadas. Os artigos e comentários assinados não refletem necessariamente a opinião da editoria. A menção de qualquer nome neste veículo não significa relação trabalhista ou vínculo contratual remunerado. Jornal Vinho & Cia - No. 25 Jornal Vinho & Cia - No. 25 5 Para conhecer Bento Gonçalves Por Regis Gehlen Oliveira em evolução hoje D omingo, início da noite com temperatura amena. Pouco tempo antes o sol se pôs atrás das montanhas que circundam o Vale dos Vinhedos. Do alto de uma colina, no terraço ao lado do salão de jantar, em meio a um delicioso silêncio e a uma sensação extrema de tranquilidade, a vista era simplesmente deslumbrante. O rosado do sol estava à esquerda, por todos os lados o verde já escuro dos vinhedos, e à frente, embaixo, no vale, o amarelado das imponentes construções da vinícola Miolo. À noite, pelas janelas envidraçadas do salão se vêem poucas luzes. Dentro, mais ou menos 200 pessoas dirigem o seu foco para a cerimônia de inauguração de um grande empreendimento hoteleiro de nível internacional: o Vila Europa - Spa do Vinho. Sábado, dia anterior, final da manhã de um belo dia ensolarado. No gigantesco Pavilhão de Exposições da cidade, cerca de 600 pessoas assistem à evolução ritmada de uma brigada de mais ou menos 60 componentes para o serviço da primeira amostra da XV Avaliação Nacional de Vinhos. A sensação é de ver um show bem-ensaiado. Em instantes todas as 600 pessoas estão com a dose na taça para a degustação de uma das 16 amostras dos vinhos mais representativos da safra 2007. O Spa do Vinho é um empreendimento grandioso, com decoração charmosa e móveis e equipamentos diferenciados. Levou bastante tempo para ser construído e ainda está com alguns dos seus setores em construção. Já consumiu 33 milhões de reais para a implantação em 12 mil m2 dos seus apartamentos e da infra-estrutura do hotel, aplicados por diversos investidores e com participação da Miolo. A operação é do grupo francês Accor, o mesmo das marcas Mercure e Sofitel. Suas diárias são entre 450 e 1500 reais. Os pontos de atração principais do Spa do Vinho são os tratamentos e relaxamentos à base de subprodutos da vitivinicultura, como sementes de uva. São tratamentos estéticos, que não envolvem a ingestão de vinho. Os produtos cosméticos são da francesa Caudalie, que fez uma franquia para o empreendimento. A Caudalie tem poucos spas no mundo, sendo o primeiro em Bordeaux, no Château Smith Haut Lafitte. Vale a pena sentir na pele os efeitos, por exemplo, de um tratamento de esfoliação ou envelopamento. Atração não menos principal no Spa do Vinho é a maravilhosa adega do hotel, projetada e montada pela Art des Caves. É a maior adega climatizada do Brasil, com capacidade para 40 mil garrafas. Guarda vinhos principalmente dos produtores nacionais, como o maravilhoso Vila Europa, com a marca do hotel, top produzido pela Miolo, feito com a uva Merlot, em nível tão elevado quanto o Miolo Merlot Terroir, que ganhou a cotação “Vale Ouro” do Vinho&Cia na sua categoria. Produção As amostras da XV Avaliação Nacional mostram a evolução da produção brasileira, embora não sejam de vinhos prontos para o consumo, são de vinhos ainda nas adegas, mas retratam e premiam (bem) o esforço dos nossos enólogos para estarmos hoje em nível de qualidade internacional. São espumantes (de qualidade já muito reconhecida), tintos (em fantástico crescimento) e brancos (que prometem muito) quase todos dignos de menção honrosa. Bento Gonçalves responde pela maioria deles. Sinal de que o Brasil está há alguns com uma nova visão, maior do que a paisagem deslumbrante no entardecer a partir de uma colina do Vale dos Vinhedos, após um relaxamento no Spa, que vale a pena não “apenas” conhecer, mas apreciar. E muito! Cenas São duas cenas diferentes que ilustram bem como evolui a cidade de 100 mil habitantes do interior do Rio Grande do Sul, berço da produção nacional de vinhos. 6 Jornal Vinho & Cia - No. 25 Jornal Vinho & Cia - No. 25 7 Para conhecer Que venga A presença el Toro! Vinhos do Mundo Sérgio Inglez de Souza Escritor e consultor [email protected] A enografia espanhola, como uma das mais antigas vitiviniculturas do velho continente, apresenta detalhes peculiares. O vinho participa da história da península há três ou quatro mil anos, a partir dos vinhedos cultivados desde 2.200 A.C. pelos tartéssios, antigos habitantes da costa mediterrânea sudeste, região conhecida por Bética, atualmente a Andaluzia. Ocupavam-se estes povos igualmente da comercialização pelo mundo mediterrâneo conhecido, partindo do porto de Cadiz. Mais tarde os romanos ocuparam o território andaluz, mandando boa parte de seu vinho para Roma. É o país com a maior extensão de vinhedos do mundo e apenas o terceiro em produção de vinho. É resultado de clima com temperaturas extremas e períodos longos de seca, além do relevo nervosamente montanhoso. Estas dificuldades nos vinhedos geram uvas concentradas que dão vinhos encorpados e de qualidade. Uma boa província produtora, a Denominación de Origen D.O. Toro, com clima estrangeira em Mendoza continental árido e influências atlânticas, tem 5.500 hectares de vinhedos oficiais. A variedade típica desta área vinícola é a Tinta de Toro, variação da Tempranillo, muito precoce em seu amadurecimento, com casca mais grossa, na qual se concentram mais extrato, cor e aromáticos. Bons vinhos desta região são elaborados pela Gil Luna, nos rótulos Tres Lunas Crianza, Strabon Crianza, Tres Lunas Reserva e Tres Lunas Reserva Especial, cortes de 95% da Tinta de Toro, responsável pela complexidade, e 5% de Garnacha, que aporta acidez para o equilíbrio e proteção do vinho, distribuídos no Brasil pela Decanter. A elaboração destes vinhos segue um ritual que se inicia com a colheita manual e seletiva, desengaço à mão sem prensagem, seguidos da maceração pré-fermentária das bagas durante dez dias, extração a frio de elementos da casca. A fermentação ocorre à temperatura de 22°C, em pequenos tanques de inoxidável, com fermentos próprios da uva e a com remontagem do líquido. Aqui se executa a operação da delestage, a separação das cascas do mosto o qual segue em fermentação a temperaturas abaixo de 22°C, enquanto que as cascas formam uma pasta, cuja fermentação a 38°C fornece concentrados de corantes e fenólicos. Após 36 horas juntam-se as partes e deixa-se ocorrer o final da fermentação alcoólica. A crianza varia de acordo com a uva, usando distintas tostaduras das barricas de carvalho francês. Estas práticas dão o sotaque dos vinhos de Toro, com estilo típico, no qual se sobressaem aromas complexos, toques de couro, tabaco, chocolate e frutas maduras, permeados de notas minerais e de especiarias, completados por sutis chão de bosque e frutas em compota. Esses bravos vinhos de Toro são intensos de emoções e mansos de agradabilidade no copo! Valem a pena! 8 América do Sul Euclides Penedo Borges Presidente da ABS-Rio [email protected] E mbora a Província de Mendoza, na Argentina, disponha de enorme área de vinhedos e seja importante produtora de uvas viníferas, ainda existe ali certa disponibilidade de terrenos não explorados, aptos para o cultivo. Isso constitui um fato raro quando se compara com outras regiões, principalmente na Europa, algumas delas saturadas, outras em vias até de reduzir o cultivo. Apesar da disponibilidade, o preço dos terrenos em dólares por hectare tem subido gradualmente na região mendocina e uma das razões para isso tem sido a instalação de empresas estrangeiras no local, atraídas por oportunidades na elaboração de vinhos de qualidade. Na realidade, os franceses da Moët et Chandon já tinham dado a partida há cinqüenta anos com um projeto audacioso de longo prazo, em Luján de Cuyo, hoje levado adiante pelo grupo LVMH, incluindo a vinícola Terrazas de los Andes. Mais recente é o projeto Clos de los Siete, em Vista Flores, com incríveis 800 hectares de vinhedos. Conta com a consultoria de Michel Rolland e, entre os sete investidores, com nomes da aristocracia empresarial francesa, como Dassault, Rothschild e D’Aulan. Este último é proprietário também da Bodegas Alta Vista, em Chacras de Coria. De propriedade francesa são ainda a Fabre Montmayou e a Lurton, sem esquecer a joint-venture Caro, da Catena argentina com a francesa Rothschild. A Espanha faz-se representar pelo menos com dois projetos: a Bodega Séptima, em Agrelo, sétimo projeto do grupo Codorniú (da Catalunha), e a Bodega O. Fournier, do grupo Ortega-Fournier (de Burgos), em La Consulta. Os italianos Alberto Antonini e Roberto Cipresso têm interesses, respectivamente, em Altos las Hormigas e na Achaval Ferrer. O grupo austríaco Swarowsky, dos famosos cristais, é proprietário da Bodega Norton, em Perdriel. Registre-se ainda a presença chilena na Trivento, da Concha y Toro, a participação estadunidense na Bodega Trapiche, através do fundo D.L & Jenrette, e a aquisição da Navarro Correas pela Diageo, a maior empresa distribuidora de bebidas do mundo. Guardadas as proporções, o Brasil comparece com a Finca Don Otaviano, projeto de cinco investidores brasileiros em Alto Agrelo (Luján de Cuyo), com 70 hectares, dos quais 48 plantados. Os vinhos da marca Penedo Borges, dessa propriedade, são, por enquanto, elaborados junto a terceiros e totalmente destinados ao Brasil. Não pretendo ter feito uma lista completa. Há outras coisas, certamente. O que gostaria de observar é que boa parte dos consumidores de vinhos com nomes como Terrazas, Achaval Ferrer, O. Fournier, Norton, Trivento, Penedo Borges, etc, talvez não saibam que Mendoza, além de orgulho dos argentinos no setor de vinhos, é uma comunidade que os congrega com a França, a Itália, a Espanha e a Áustria, com os Estados Unidos, o Chile e o Brasil, entre outros. Jornal Vinho & Cia - No. 25 Para conhecer Supertoscanos: Wines... uma fenda na legislação Ainda a Califórnia Velho Mundo Novo Mundo Walter Tommasi Beto Acherboim Enófilo Enófilo e professor da Unip [email protected] [email protected] S onoma é, de certo modo, a antítese do Napa Valley. Nele também há vinícolas grandes, sem dúvida, mas a maioria é pequenos produtores que ainda não chegaram – por algum motivo qualquer – ao “estrelato” de seus co-irmãos do Napa. Daí uma de suas grandes vantagens. M uitas vezes quando compramos nosso vinho nos deparamos com terminologias que achamos superlativas, mas não sabemos realmente o que significam. Vamos entender um pouco mais a legislação italiana e comprovar que nem sempre um bom produto está dentro das regras vigentes. Os vinhos top italianos são controlados e regulados por regras chamadas “Disciplinari”. Elas determinam as variedades a serem utilizadas, a produtividade dos parreirais, a graduação alcoólica, o envelhecimento, o tipo de garrafa, as características organolépticas, as zonas de produção, etc. Foi por causa da rigidez do “disciplinari” do Chianti, e da comprovada queda na qualidade que este vinho estava sofrendo, que ocorreu a revolução do vinho italiano, com o advento dos Supertoscanos Foi em 1968 que o Marquez Niccolò della Rochetta, ajudado por outro Marquez, o Antinori, e o professor bordalez Emile Peynaud criaram o primeiro grande vinho toscano sem denominação de origem: o Sassicaia. Visto o mesmo ter sido elaborado com uvas Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc, ambas proibidas pelo disciplinare local, teve que ser classificado na ocasião como Vino da Tavola. Os vinhos italianos são classificados como Vino da Tavola, IGT (Indicação Geográfica Típica), VQPRD (Vinhos de qualidade produzidos em regiões determinadas), estes subdivididos em DOC (Denominação de origem controlada) e DOCG (Denominação de origem controlada garantida), legislação que já atende Jornal Vinho & Cia - No. 25 as regras da Comunidade Européia. Três anos após o evento “Sassicaia”, Antinori lançou o seu próprio supertoscano, o “Tignanello”, que mais à frente é seguido pelo outro estelar “Solaia”, e daí surgem todos os outros. Esta revolução foi um sucesso tão grande que seus exemplares passaram a frequentar anualmente os primeiros lugares das listas dos melhores vinhos nas revistas especializadas, e de outro lado incentivaram outras regiões a melhorar seus vinhos. Estes vinhos só surgiram porque a legislação vigente estava limitando a melhoria de qualidade dos Chiantis Clássicos devido à restrição das uvas na assemblage, não-uso de barricas, visto que a legislação só permitia o uso das botti (grandes tonéis de carvalho da Eslovênia), pela exigência de uso de uvas brancas na elaboração, e até mesmo por não se poder produzir vinhos varietais com a uva símbolo da região, a Sangiovese. Mas valeu a persistência e coragem dos marqueses e outros, como Manetti de Montevertine, que retirou de seus vinhos o titulo de DOCG seguindo a linha dos marqueses. Certamente uma história de sucesso! Pois bem. Saímos de San Francisco em direção à cidade de Healdsburg, num dia que seria dedicado aos vinhedos de Sonoma / Russian River. Nosso primeiro destino: Ridge Vineyards. Vinícola excelente, com Cabernet Sauvignon e Zinfandel de ótima qualidade. Curioso como sou, perguntei se já tinham representante no Brasil. Ainda não. Seu Monte Bello Cabernet Sauvignon e seus Zinfandel Lytton Springs e Jimsomare, entre outros, com certeza encontrariam público aqui. Não são baratos, mas valem cada centavo… Após fomos direto para a Foppiano. Outra grata surpresa! Uma senhora muito atenciosa nos atendeu e me fez provar tudo. Acredito que tenha gostado de mim, pois me viu fazendo anotações e observações sobre seus vinhos. Do Chardonnay (linha básica) passando por Merlot, Cabernet, Zinfandel, Petite Syrah, Pinot Noir, até o Petite Syrah Reserve da casa, de excelente qualidade. Outro que poderia ter desembarcado aqui, por ter ótimo custo x benefício. Depois da pausa do almoço, passamos numa vinícola pequena, quase artesanal, mas bem maluquinha também (olhem a foto), chamada Davis Family Vineyards. Pena que não agendamos degustação, mas pudemos provar um Cabernet e um Pinot gostosos, mas bem caros! Em Healdsburg ainda tive tempo de passar na Rosenblum, que tem uma vasta coleção de “Zinfandel” e Syrah (inclusive de sobremesa!), também que valeriam a pena estar no Brasil. Para terminar, algumas dicas: · Enquanto no Napa você desembolsa uma boa grana para degustar alguns vinhos, e mais ainda para degustar os tops das vinícolas, em Sonoma a maior parte das vinícolas faz (ao menos em 2005 fazia) a degustação de seus produtos gratuitamente. Normalmente quem atende é o próprio dono, ou alguém da “família”, e, o mais “divertido”, é que se vão com a sua cara você não paga nem a degustação dos tops. · Se você gosta de sushi, procure em San Francisco o Sakana Sushi. · Outra imperdível. Procure nas delicatessens da região de Napa / Sonoma uma linha de produtos “Made in Napa Valley”. Há mostardas divinas, coberturas de sorvete, molhos, vários produtos feitos com ingredientes (principalmente vinho), que são espetaculares. Acredite, há coberturas de caramelo com Chardonnay e de chocolate belga com Zinfandel ou Cabernet que são maravilhosas! Não deixe de trazer os seus preferidos. Eu recomendo! 9 O que beber Provamos antes para você beber melhor! Entre os inúmeros lançamentos no mercado, aqui estão os rótulos selecionados considerando o melhor benefício dentro de cada categoria de preço. Borbulhas rosadas Os espumantes brasileiros a cada dia aumentam a reputação no Brasil e no exterior. Um bom exemplo de qualidade é o recém-lançado Rosé Brut da Dal Pizzol, que proporciona sensações gostosas de frescor. Está em bonita garrafa, assim como outros rótulos da empresa, que evoluíram também em beleza. O preço médio nas lojas é R$28. Dal Pizzol: (54) 3449-2255 A preços mais baixos Rosado Os vinhos rosados estão com mais força nas lojas e restaurantes. Esse tipo de vinho evoluiu de qualidade no mundo todo e agora reconquista seu espaço. Um dos bons lançamentos é o argentino J&F Lurton Rosé. La Vigne: (0800) 643-0777 Altamente recomendáveis A Decanter está em constante renovação e ampliação. Vinho&Cia acompanha de perto e provou muitos bons lançamentos. Altamente recomendáveis em suas categorias de preço são os rótulos da argentina Colomé, das uvas Torrontés 06 (R$39) e Malbec 05 (R$89), e os australianos Schild Chardonnay Reserve 05 (R$84) e Fox Creek Reserve Shiraz 05 (R$419). Decanter: (11) 3074-5454 Potência para pontuar Boas notícias são comuns no mundo do vinho, mas essa é inusitada e melhor ainda: a importadora Wine Company baixou os preços! A razão é o câmbio melhor e a importação em maior volume. Bons rótulos são o argentino Melipal Malbec 06 (R$48) e o australiano Richard Hamilton Burton’s Grenache-Shiraz, que por R$135 vale muito o quanto pesa. Wine Company: (0800) 725-8020 Entusiasmante É preciso ter dinheiro para beber um vinho do italiano Angelo Gaja, que esteve no Brasil para o lançamento de um livro sobre ele. Sua produção limitada de alta qualidade e sua fama internacional permitem a prática de preços altos. Mas apreciar um de seus rótulos é entusiasmante, como Angelo é. Seu sucesso não é à toa. Se puder, prove o estupendo Chardonnay Gaya&Rey Langhe 05, a cerca de R$510. Mistral: (11) 3372-3400 10 Salgado Já tomou um vinho branco com toque salgado? Estranho? Não... Diferente!, como Vinho&Cia comprovou e como diz a enóloga e proprietária da chilena Casa Marin, Maria Luz Marin, que elabora o Sauvignon Blanc Cipress Vineyard 06. Proveniente de um terroir de clima frio, a 4km do mar, em que as uvas maturam lentamente, é um vinho para ser apreciado com outra percepção. O preço também é salgado (R$150), mas o prazer diferente compensa plenamente o valor. Vinea: (11) 3059-5205 Susana Balbo e Pedro Marchevsky, da renomada vinícola argentina Dominio del Plata, assumiram o compromisso de fazer um vinho que pudesse receber pontuações elevadas da crítica internacional. O resultado é o recém-lançado Nosotros, com 15,4% de álcool, um vinho concentradíssimo, super encorpado, para quem ama potência. Custa em torno de R$350. Cantu: (0300) 210-1010 França no Chile O Velho Mundo investe hoje no Novo Mundo, em razão principalmente dos custos de produção mais baixos. É o caso da francesa Laroche, famosa por seus vinhos de Chablis, que trabalha bons rótulos no Chile, como o Punto Niño Chardonnay. Por R$42 é um ótimo custo-benefício. World Wine: (11) 3383-7477 Jornal Vinho & Cia - No. 25 O que beber Cacau A Viñedo de los Vientos é famosa por seu vinho Alcyone, que combina bem com chocolate.O Tannat 2004 também tem toques de cacau e é ótimo para carnes. R$55. Dom Quirino: (11) 5181-3009 Erva-mate A Grand Cru está com várias novidades nas linhas de produtos. Uma ótima é da Nova Zelândia, o Vicar´s Choice Sauvignon Blanc 06, com aromas de erva-mate. Grand Cru: (11) 3062-6388 Frutas o Leyda Single Vineyard Carmenère 2003 (R$77) é um ótimo vinho da uva Carmenère, com aromas de frutas negras maduras. Enche a boca! Hannover / Fornitori: (11) 3872-0410 Jornal Vinho & Cia - No. 25 11 Onde beber Beber Dicas de onde beber melhor! Vinhos verdes Em novembro e início de dezembro, em São Paulo, restaurantes promovem degustações de rótulos de Vinhos Verdes, de Portugal. A região modernizou-se e produz hoje vinhos brancos da mais alta qualidade, reconhecidos internacionalmente, com características únicas, diferentes de qualquer outra região produtora do mundo. Programação de 20 a 25 novembro: Rei do Bacalhau, Casota e Lellis Bela Cintra. De 27/nov a 2/dez: Adega Santiago, Ora Pois e Espírito Santo. Antes de ir, informe-se com os restaurantes sobre horários e dias. Com carne diferenciada Para os apaixonados por um bom vinho acompanhado de um suculento e macio grelhado, surge uma nova opção: as carnes da raça Bonsmara, já disponíveis nos restaurantes da rede de hotéis George V, como o Jorge no Itaim Bibi, e na rede do Fasano, entre outros. A raça é originária do cruzamento da Afrikaner com as britânicas Shorthorn e Hereford, e tem sabor diferenciado, boa qualidade e baixo teor de marmoreio. A maciez e o aspecto saudável são obtidos por meio de técnicas de controle genético. Jorge: R. Pedroso Alvarenga, 610, Itaim Bibi, (11) 3704-0101, São Paulo Em Campinas O Matisse em Campinas, no Royal Palm Residence, tem uma carta com 120 rótulos, elaborada pelo sommelier Luciano Mainardi. Em comemoração aos seus 10 anos, trouxe ao Brasil para um festival o chef Alain Llorca, que recebeu duas estrelas do guia Michelin quando dirigiu o restaurante Chantecler em Nice. Um dos pratos do festival era o delicioso “Bonbons de fois gras”, muito bem-harmonizado com Tabali Cosecha Tardia. Matisse: Rua Conceição, 450, Centro, (19) 3738-8055, Campinas 12 Jornal Vinho & Cia - No. 25 Jornal Vinho & Cia - No. 25 13 Onde Beber em SP Escolha o restaurante pelo serviço de vinhos Por Fernando Godoy [email protected] Jardins Itaim / Vila Olímpia Pinheiros / Vila Mada Centro Amadeus Paris 6 Alimentari Spadaccino Bacalhoaria Chiappeta Mediterrânea, Informal Predomínio de brancos para harmonizar com o cardápio, provenientes de quase todas as regiões. Ambiente clean, aconchegante e arejado, com belo bar. Cozinha de frutos do mar com sotaque mediterrâneo. Rua Haddock Lobo, 807 3061-2859. Não fecha Francesa, Luxuoso Carta extensa, com alguns rótulos de importação própria. Destaque para Itália e França e suas subregiões. Pratos clássicos da cozinha francesa em charmoso ambiente de bistrô. Preço melhor para levar vinho para casa. Rua Haddock Lobo, 1240 3085-1595. Não fecha Italiana, Informal Carta bem variada, com boas opções até R$60, procedentes do Velho Mundo e Mercosul. Carta com indicação de paladar facilita harmonização. Cardápio clássico e inovações da cozinha italiana. Ambiente charmoso. Rua Pedroso Alvarenga, 500 3167-5667. Não fecha Italiana, Informal Carta concentra vinhos entre R$40 e R$80. Vinhos mais caros a preços de importadora. Margem média muito boa. Cozinha de cantina, em local informal agradável com varanda. Rua Mourato Coelho, 1267 (11) 3032-8605. Fecha 2a-almoço e dom-jantar. Pescados, Informal O vinho é escolhido nas prateleiras, com ajuda do dono da casa. Predominam rótulos da Argentina, Chile e Portugal. Pequeno bistrô ao fundo da boutique de bacalhau e produtos diversos. Só esse peixe no cardápio. Rua Martim Francisco, 427 3826-3033. Fecha 2a e dom-jantar Figueira Rubaiyat Pizzaria Prestíssimo Toro Tordesilhas Ibérica, Informal 1302 rótulos de 94 regiões produtoras, acomodados em bela adega. Um dos melhores preços de vinhos em restaurantes. Amplas áreas à sombra de uma figueira centenária. Destaque: carnes e frutos do mar. Rua Haddock Lobo, 1738 3063-3888. Não fecha Pizzaria, Informal Várias opções de rótulos até R$30, que fogem ao trivial, para harmonizar com as saborosas e tradicionais pizzas. Vários pequenos ambientes e mesas na rua. Está em implantação um wine bar. Al. Joaquim Eugênio de Lima, 1135, 3885-4356. Fecha no almoço Espanhola, Informal Rótulos de 8 países, com 40% espanhóis e predominância da Mistral. Boa oferta em taça. Não se baseia apenas em paellas, dando espaço ao chef Julian Gil. Decoração muito agradável. Rua Joaquim Antunes, 224 Pinheiros, 3085-8485 Fecha 2a e dom-jantar. Brasileira, Informal Destaque para bons rótulos nacionais, garimpados pela equipe do restaurante, além de lançamentos. Criações de Mara Salles e tradicionais pratos brasileiros feitos com o que há de melhor no país. Ambiente acochegante. Rua Bela Cintra, 465, Consolação 3107-7444. Fecha 2a e dom-jantar. Moema Outras Zonas Quem não quer um presente para o sucesso profissional? Que executivo ou empresário não quer respostas a 50 questões básicas de como usar o vinho e a sua cultura para ajudar nos negócios e na carreira? Quem não quer saber como escolher, como e onde comprar, presentear, receber em casa, como se comportar nos coquetéis, eventos e restaurantes, e como fazer networking usando o vinho? 14 14 Cantaloup Contempor., Sofisticado Carta vasta, com vinhos de grandes e pequenos produtores e diversos tops de variados países. Destaque para peixes e frutos do mar em ambiente com pé direito alto, belo living room e duas magníficas adegas. Rua Manuel Guedes, 474 Itaim Bibi, 3078-3445 Fecha dom-jantar Nam Thai Café Journal Cabana del Assado Contemp., Informal Carta ambrangente em valor e procedência. Vinhos selecionados com atenção pela equipe. 70% de rótulos da Mistral. Bufê no almoço e jantar a la carte. Bonita e agradável decoração rústica com grande adega. Al. dos Anapurus, 1121, Moema (11) 5055-9454. Não fecha. Argentina, Informal Carta a partir de R$26, com rótulos simples e medianamente elaborados. Predomínio de argentinos. Cortes assados na brasa com acompanhamentos típicos. Ambiente rústico. Av. Eliseu De Almeida, 1077, Morumbi, 3726-2908 Fecha dom e 2a jantar Rufino’s Villa Alvear Casa da Fazenda Pescados, Informal Muitos rótulos para escoltar os pratos da casa, incluindo renomados vinhos da Itália e Espanha. Frutos do mar diversos, com ingredientes muito frescos, em ambientação com detalhes em madeira e atmosfera praiana. R. Dr. Mário Ferraz, 377 (11) 3078-6301. Não fecha Carnes, Informal Carta ampla e variada. Há desde vinhos simples entre R$30 e R$50 até ícones do Velho Mundo, de mais de 15 fornecedores. Três ambientes com grelhados argentinos e pratos italianos, mais uma bela adega. Rua Canário, 408, Moema (11) 5051-1628. Fecha dom-jantar. Variada, Informal Carta tem proposta de oferecer vinhos feitos das principais uvas viníferas. Rótulos do Mercosul em maior número. Pratos internacionais com “pitada italiana” e receitas típicas do campo. Ambiente em estilo colonial fino. Avenida Morumbi, 5594, 3742-2810, Fecha 2a e dom-jantar Tailandesa, Informal Carta enxuta, com cerca da metade de brancos (para combinar com a comida aromática). A grande maioria até R$100. Diversos ingredientes importados e alguns desenvolvidos aqui. Amplo e belo ambiente. R. Manuel Guedes, 444 (11) 3168-0662 Fecha sáb-almoço e dom-noite Jornal Vinho & Cia - No. 25 Onde Beber no Rio Por Jaqueline Barroso [email protected] e Fernando Godoy [email protected] Entenda a classificação Variedade da carta a quantidade Facilidades do serviço bem equipado (adega, taças) c/ vinhos especiais ou raros orientado por sommellier c/ vinhos em conta carta harmonizada Ipanema / Leblon Rótulos da carta Lagoa / Gávea Preços da carta várias opções de rótulos ótimos preços bom número de opções inúmeras opções margem intermediária margem superior Centro Copacabana Niterói Esch Café Nakombi Amir La Sagrada Família Buzin Internacional, temático Boa seleção de rótulos do Velho e Novo Mundo, com preços entre R$50 e R$70. Cozinha internacional, incluindo pratos brasileiros. Ambiente temático cubano. Tem bela tabacaria com charututos importados. Rua Dias Ferreira, 78, Leblon (21) 2512-5651, Não fecha. Japonesa, Temático Melhor carta de vinhos do Rio de restaurante japonês. Tour bem variado pelas regiões vinícolas, sendo 80% dos rótulos da World Wine. Grandes vinhos também. Decoração lindíssima; no mezanino remete à uma vila japonesa. Rua Maria Angélica,183/185, Lagoa (21) 2246-1518, Fecha 2a a 6a-almoço. Libanesa, Temática. Carta enxuta voltada para o Novo Mundo. Destaque para vinhos libaneses. Cozinha típica, incluindo Chawamar. Bonita decoração temática. Rua Ronald de Carvalho, 55 Lido, Copacabana (21) 2275-5596 Fecha 2a-almoço. Variada, Informal Bons rótulos do Velho e Novo Mundo, mais de Chile, Argentina e Portugal. Brigada bem-treinada. Cozinha variada com influência francesa, italiana e brasileira. Massas próprias e variedade de carnes. Rua do Rosário, 98, sobrado Centro, (21) 2252-2240. De 2a a 6a, apenas almoço. Internacional, informal Carta bem montada, abrangendo principais produtores do Velho e Novo Mundo, com mais do Chile e Argentina. Preços entre R$60 e R$100. Cozinha internacional variada. Decoração aconchegante e com ótima acústica. Rua General Pereira da Silva, 169 Icaraí, Niterói, 2611-4134, Não fecha Photochart Don Camillo Villarino Ícaro Gastronomia Temático, Chic Carta com ótimos e variados representantes do Velho e Novo Mundo. Cozinha contemporânea bem elaborada. Ambiente ligado ao Jockey Club, com vista para o charmoso desfile de cavalos antes do páreo. Pça. Santos Dumont, 31 Jockey Club, Gávea (21) 2512-2247, Não fecha. Mediterrânea, Chic Carta variada e elaborada pelo sommelier Rogério Silva, voltada para Itália e Brasil. Possui 140 rótulos e grandes vinhos. Original cozinha mediterrânea, com frigideira à mesa. Ambiente aconchegante. Av. Atlântica, 3056, Copacabana (21) 2549-9958. Não fecha Bistrô, Chic Espetacular carta de vinhos com mais de 400 rótulos. Pode-se escolher vinhos da loja pelo mesmo preço. Inova com 40 rótulos em taça, incluindo champagne. Cozinha de bistrô moderna e elaborada. Ambiente em 2 andares amplos. Av. Rio Branco,180, Centro (21) 2220-9571, Fecha sáb-dom. Internacional, Informal Principais países bem representados através de 180 rótulos. Preços bons. A adega possui grandes rótulos. Cozinha internacional de buffet e a la carte. Decoração moderna e bastante elaborada. Rua Miguel de Frias, 106, Icaraí Niterói, (21) 2729-8080, Não fecha. Barra Botafogo / Flamengo Fratelli Italiana, Informal Uma das boas cartas de restaurante, contendo 226 rótulos de vários países, incluindo vinhos ícones. Culinária italiana original em ambiente avarandado e aconchegante. Rua General San Martin, 983 Leblon, (21) 2259-6699 De 2a a 6a jantar. Sáb e dom almoço e jantar. Porcão Rosita Café Empório Santa Fé Bistrô, Informal Carta enxuta porém com bons rótulos. Preços convidativos entre R$40 e R$60. Aceita rolha (R$15). Culinária abrasileirada de bistrô com esmero na utilização de ingredientes frescos. Arquitetura aconchegante. Av. das Américas, 500, bl. 21, lj. 126, Downtown, (21) 3084-5202 Fecha 2a, 3a e dom. Contemporânea, Chic Estupenda variedade, com 350 a 400 rótulos, incluindo vinhos raros. Também loja de vinhos e wine bar. Toda 3a dá desconto de 25% e de 4a a 2a, 15% para levar para casa. Cozinha contemporânea, ambiente bem decorado e chic. Praia do Flamengo, 02, Flamengo (21) 2245-6274, Não fecha Stravaganze Tizziano Senac Bistrô Pizzaria, Informal Carta variada, com Velho e Novo Mundo. Otimos rótulos com preços entre R$ 42 e R$ 70, com destaque para castas italianas. Pizzas gourmet e algumas assinadas por grandes chefs. Decoração moderna com muita madeira. Rua Maria Quitéria, 132, Ipanema (21) 2523-2391. Só jantar Italiana, Informal Carta vasta com predomínio de Chile e Argentina. Alguns rótulos preciosos. Culinária italiana. Massa própria, além de pizzas em forno à lenha. Amplo ambiente, com arquitetura de tijolos aparentes e vidro. Avenida Armando Lombardi, 1010, (21) 2492-1878, Não fecha. Contemporânea, Informal Carta diversificada, com bons rótulos do Velho e Novo mundo. Preços convidativos, entre R$40 e R$80. Culinária contemporânea variada. Arquitetura aconchegante e gostosa na charmosa mansão Figner. Rua Marquês de Abrantes, 99 Flamengo, (21) 3138-1540 Fecha 2a. e dom-jantar Carnes, Informal Carta ampla e variada, com foco no Novo Mundo, sendo destaques Chile e Argentina. Alguns grandes rótulos. Rodada dupla de taça de espumante às 3as das 18h às 20h. Carnes de todos os tipos no sistema rodízio. Amplo salão. Rua Barão da Torre, 218, Ipanema (21) 3389-8989. Não fecha Não pense muito! Encomende já o livro! Vinho no Mundo dos Negócios Um livro de Didú Russo e Regis Gehlen Oliveira por apenas R$39,00 (11) 4192-2120 [email protected] Jornal Vinho & Cia - No. 25 É mais barato do que uma garrafa de vinho! Aproveita e separa um para você, né? Ah... Só não deixa o seu concorrente saber! 15 Para acompanhar Passárgada... ou num “templo” da carne na cidade maravilhosa Circuito do Vinho Nas ondas do Rio Fernando Quartim Jaqueline Barroso Diretor da SBAV-SP Enófila [email protected] [email protected] P ois é, certa vez estava almoçando em um restaurante e comia uma carne deliciosa, com tudo que se espera de uma ótima carne! Pergunta lógica: onde vocês compram esta maravilha? A resposta não foi imediata e o garçom se apressou em chamar alguém que pudesse satisfazer minha curiosidade. Veio logo falar comigo uma pessoa com ar mais sério, vestido à paisana. Eu não o conhecia, pois era a primeira vez que ia ao restaurante. Isso já faz tempo! — Esta carne é nossa produção! Me responde a figura. — Caramba! E quem é essa “nossa produção”? Era, nada mais, do que Sylvio Lazzarini Neto, pecuarista, influente ruralista, consultor, defensor da livre iniciativa e amante da arte da culinária da carne! A conversa fluiu longamente com toda a simpatia dele, finalizando com a minha clássica pergunta: e onde posso comprar sua carne, Sylvio? — Espera aí, vou lhe dar o endereço e, lá, você fala com a Rosana e diz que é meu amigo! — Ahn... Vai bem, mas você acha que eu vou falar uma coisa que qualquer um pode falar... E ... Daí... — Não, tome aqui este cartão. Observei o cartão e nele estava escrito, à caneta, por cima: “Amigo do dono”. Hoje faço churrascos com as carnes do Lazzarini e nem mais preciso visitar a Rosana, faço tudo por telefone e ela manda entregar em minha casa! Confesso uma coisa: meus churrascos têm ficado bem melhores, principalmente depois 16 O que acontece XVIII Festa da Primavera Varanda Rua Gen. Mena Barreto, 793, Itaim Bibi, (11) 3887-8870, São Paulo que li as dicas que Sylvio dá em seu livro, A Culinária da Carne e o Churrasco Brasileiro. No Varanda, seu restaurante, onde me sinto em Passárgada, ou num verdadeiro “templo” da carne, é onde se pode encontrar estas maravilhas! Para acompanhar a enorme variedade de cortes de carne, o Varanda possui uma maravilhosa e premiada adega com mais de 350 rótulos, sendo que entre eles pelo menos 14 rótulos brasileiros de qualidade. Parabéns ao Varanda pelo prestígio à produção nacional! Não dá para dizer que o Varanda é um restaurante em que se elege um cantinho romântico, mas com alguma criatividade escolhe-se um lugar um pouco mais aconchegante. Valquíria está estudando e se aprimorando para substituir, em desafiante missão, a Tiago no serviço dos vinhos. Torcendo pelo seu sucesso, vamos acompanhá-la de perto. E o Vagno nos acolhe no salão, atenciosamente, após sermos ciceroneados pelo sempre presente Sylvio. O Varanda pode integrar o Circuito do Vinho, onde encontramos um ótimo serviço em ambiente bastante agradável, em que o vinho, sempre presente, faz um final feliz! A noite de 9 de novembro é lembrada como sendo a da Festa da Primavera, promovida pela ABS-Rio, nos salões Gávea A e B do Hotel Sheraton, na Av. Niemeyer 121, imperdível para associados e convidados, muito aguardada pelos enófilos carioca. O organizador é o diretor de eventos Antonio Dantas. É um espetáculo, com muitas gostosuras para comer e mais de 20 stands de vinho, além de música ao vivo e uma novidade neste ano: o Bar do Madeira e do Porto. (21) 2265.2157, www.abs-rio.com.br Vinho & Vela Ahhhh... Minhas duas paixões juntas: vinho & vela. Como velejadora, tenho o prazer de comunicar o evento no qual o Provence Club Brasil é um dos patrocinadores da 2a Regata Clássica de Búzios. E como amante do vinho, meu coração está orgulhoso do nosso “caldo” ter conseguido mais este espaço tão importante. O evento é no Iate Clube Armação de Búzios, de 23 a 25 de novembro. Nestes 3 dias, os vinhos de Provence estão presentes nos almoços, jantares e coquetéis. (www.regataclassica.com.br) Festival de rosés O Provence Club Brasil prepara também, para janeiro, um grande festival de harmonização de Rosés de Provence com a culinária brasileira, em centenas de restaurantes de todo o Brasil, com ações mais fortes nas praias. De Portugal Rosé da Pizzato O enólogo Ivo Pizzato lançou no Rio seu vinho Rosé elaborado com 100% de Merlot, para abrilhantar nosso verão. A representante no Rio, Josette Gedeon (21) 9133-9907, informa que o Rosé já é encontrado nas melhores lojas especializadas, como L ‘Orangerie, Candy-Cobal do Humaitá, La Botella e Milli Vini. Neste verão o que não irá faltar, além do calor intenso, será vinho rosé. A estação promete! Cheers! (www.pizzato.net) Denise Cavalcante, colunista do Vinho&Cia, organizou brilhantemente mais um excelente evento do AICEP - Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal. O Cônsul de Portugal no Rio, Antonio Almeida Lima, e sua esposa, Vanda, abriram os salões do magnífico Palácio São Clemente para promover os vinhos da sua terra. Foram mais de 200 rótulos apresentados ao importante consumidor carioca. Eventos desse “calibre” não podem deixar de ter sua edição anual. Parabéns, Denise! Denise Cavalcante, António Almeida Lima (Cônsul de Portugal no Rio) e Maria Carolina Lousinhas (responsável por vinhos no AICEP) Jornal Vinho & Cia - No. 25 Para acompanhar A influência Concurso dos métodos de cocção Vinho & Comida José Ivan Santos Escritor e professor do Senac [email protected] O ingrediente principal de um prato pode não ser a única ou principal base para determinar um vinho para combinar com a comida. A forma de preparação dos ingredientes também tem um papel significativo. Marinadas complexas podem transformar o sabor do ingrediente principal, originando novos ou diferentes sabores. E o método de cocção pode sobrepujar tudo. Algumas técnicas de cocção, como cozinhar no vapor ou ferver, aportam o mínimo de sabor e são conhecidas como de baixo impacto. Outras como defumar, grelhar e tostar são dominantes, técnicas de alto impacto, que podem transformar o sabor dos alimentos. Defumar pode aportar doçura e elementos de fumaça. Grelhar pode trazer amargor, leve sabor acre e crosta externa. Saltear (cocção em que se evita que o alimento perca seu líquido) é quase neutro: pode aportar leve doçura, latino-americano Azteca mas os sabores finais são mais fiéis aos ingredientes. Fritura adiciona traços de doçura e uma textura instigante. Brasear (cozinhar o alimento com um pouco de caldo em recipiente fechado) e assar são métodos de médio impacto. Para constatar essas diferenças, pegue três filés de peito de frango e aplique uma cocção diferente em cada: um no vapor, outro assado e o último grelhado. Experimente com vinhos diferentes e note que a preferência pelo vinho muda de acordo com o método de cocção. E os acompanhamentos? Viagens globais, experiências gastronômicas e sabores muito ousados aliados à grande disponibilidade de ingredientes frescos do mundo todo nos mostram que se vive numa época gastronômica intrigante. Freqüentemente, os menus de restaurantes assustam. Não só se recorre a um cansativo cardápio descritivo, mas também os pratos são servidos com mais de quatro acompanhamentos, itens com personalidade tão forte quanto o ingrediente principal. Quando pretender uma refeição mais elaborada, lembre-se de que os acompanhamentos e os condimentos podem, assim como o molho, influenciar a escolha do vinho, mais até que o ingrediente principal ou o modo de preparo. Na próxima edição falaremos sobre as influências dos molhos. Alta Gastronomia Jorge Monti Presidente da Abaga [email protected] A dupla da Abaga, Associação Brasileira da Alta Gastronomia, composta pelo chef Mario J. Freitas do Hotel Intercontinental do Rio de Janeiro e a sua assistente Renata Nunes, ficou em terceiro lugar no concurso latino-americano Azteca. Faturou a medalha de Bronze, ganhou 3 mil dólares e classificou-se para o mundial Bocuse D´Or de 2009 em Lyon, na França. A equipe do Brasil foi formada pelo presidente da Abaga, chef Jorge Monti de Valsassina, e pelo capitão da equipe, chef Marcelo Pinheiro do Hotel Intercontinental de São Paulo. Acompanhando a equipe e na torcida estava a dra. Maria Lucia Garcia, presidente da Sbgan - Sociedade Brasileira de Gastronomia e Nutrição. A equipe do Brasil foi patrocinada por: atelier Andre Razuk, Apex do Brasil, Nascimento Turismo, Sindicato do Café do Estado de São Paulo e Abaga. O evento foi de altíssima qualidade. A equipe do Brasil ficou com 832 pontos, sendo penalizada com 40 pontos a menos por não colocar uma guarnição na travessa e por atrasar dois minutos na entrega da Cheeseburger com fritas elaborado pelo forneria San Paolo. Exemplo de prato com três métodos de cocção que podem influenciar na escolha do vinho para combinar: grelhado (da carne), assado (da massa) e fritura (das batatas). Jornal Vinho & Cia - No. 25 segunda bandeja. O Uruguai ficou em segundo com 834 pontos, sem penalidades, faturou 6 mil dólares, ganhou medalha de prata e classificou-se para o Mundial da França. A Argentina ficou em primeiro lugar, com 843 pontos, com um penalidade de 10 pontos por não colocar 14 porções individuais de peixe como especificados nas regras, faturou o troféu Azteca 2007, ganhou 10 mil dólares e também classificou-se para o Mundial da França. O premio de melhor peixe ficou com Chile, a melhor carne com a Guatemala e o melhor assistente com a Venezuela. Concorreram 12 países da América Latina: Argentina, Brasil, Bolívia, Peru, Guatemala, Costa Rica, México, Cuba, Colômbia, Venezuela, Equador e Uruguai. Em 2003 o campeão foi o Brasil, em 2005 a Argentina e agora em 2007 novamente a Argentina. A equipe do Brasil comemorando o 3o lugar no Concurso Culinário Latino-Americano Azteca, com 12 países em concorrência. Na edição de 2003 o Brasil foi campeão. 17 Para acompanhar Saltimbocca & Vinhos Q ue vinhos combinam com Saltimbocca alla Romana? Esse foi o prato escolhido para a primeira degustação do Vinho&Cia realizada no Rio de Janeiro. É um prato de tradição italiana, relativamente simples, com características interessantes para experiências de harmonização de vinho e comida. Com organização de Jaqueline Barroso, Vinho&Cia reuniu a sua equipe junto com degustadores locais e provou às cegas (sem conhecimento do rótulo) 24 amostras encaminhadas por importadoras, distribuidoras e vinícolas, apresentadas na tabela ao lado. Os seis melhores vinhos na combinação com o prato receberam as medalhas Cia. de Ouro, Prata e Bronze, e estão em destaque também ao lado. Participaram da degustação Adriana Bonilha, Danilo Machado, Emília Leandro, Euclides Penedo, Jaqueline Barroso, Jeanne Marioton, João Manso, Lígia Peçanha, Marlise Brandão, Pedro Alves, Regis Gehlen Oliveira e Valdiney Ferreira. O prato e o serviço O prato e o serviço de vinhos foi do restaurante La Finestra, do Hotel Porto Bay International, em Copacabana. A receita da Saltimbocca alla Romana para a degustação foi composta por escalopinho de filé mignon, recheado com presunto cru e folhas de sálvia, com molho de vinho branco reduzido incorporado ao suco da carne, guarnecido com fettucine na manteiga e sálvia. O procedimento para o serviço de vinhos às cegas foi comandado pelo sommelier do restaurante, Túlio. Onde comer O restaurante La Finestra, situado no 5o andar do Hotel Porto Bay International, tem uma belíssima vista da praia de Copacabana. Foi reformado recentemente e está com ambiente bastante agradável, moderno, com iluminação instigante e predominância de tons pretos. O menu apresenta boa variedade de pratos de influência italiana e os preços não são muito elevados. A carta de vinhos tem bons rótulos, com predominância de valores entre R$40 e R$80, e foi elaborada sob consultoria do enófilo Mike Taylor. La Finestra, Hotel Porto Bay Av. Atlântica, 1500, 5o andar (21) 2546-8000 Copacabana, Rio de Janeiro 18 Jornal Vinho & Cia - No. 25 Para acompanhar Os melhores com saltimbocca 1 2 3 4 5 6 O que combina A Saltimbocca alla Romana preparada pelo La Finestra tinha algumas características básicas que predominaram para a combinação com os vinhos. Em primeiro lugar o “peso” da carne e a gordura da manteiga, presente no escalopinho e na massa de acompanhamento. As folhas de sálvia determinam o realce do prato, com seu forte herbáceo. O salgado proporcionado pelo presunto cru limita a combinação com vinhos com taninos ainda não muito redondos e o molho reduzido com vinho branco dá um forte toque de acidez, que se contrapõe ao equilíbrio da maioria dos tintos. Mesmo assim a estrutura do prato pede vinhos tintos e todos os fornecedores escolheram rótulos deste tipo para a degustação. Os melhores rótulos foram os que conseguiram “passar no meio” de todas essas limitações. Após a degustação e abertos os rótulos, percebeu-se que não houve predominância de uma uva nas melhores combinações, e, sim, valeram mesmo as características de cada vinho. Produtos com pouca acidez não se saíram bem. O vencedor foi um corte português, o Quinta da Pigarça. Foram ótimas combinações três vinhos nacionais, dois de Santa Catarina (Sanjo Nobrese e VG Innominabile) e um de Flores da Cunha (Argenta Gran Reserva Merlot). Vinhos que recebem medalha item 1 2 3 4 5 6 fornecedor Garrafeira Real Sanjo Villaggio Grando Argenta Massimex Interfood fone (21) 2584-0834 (49) 3233-0012 (49) 3563-1188 (54) 3292-4477 (11) 3562-8206 (11) 6602-7255 produtor Quinta da Pigarça Sanjo Villaggio Grando Argenta Santa Mônica La Valentina origem Portugal Brasil Brasil Brasil Chile Itália região Alentejo São Joaquim Altitude de SC Flores da Cunha Rapel Montep. D´Abruzzo vinho Quinta da Pigarça Nobrese VG Innominabile Luiz Argenta Gran Reserva Surazo Reserva Carmenère Montepulciano D´Abruzzo tipo uva Tinto Várias Tinto Cabernet Sauvignon Tinto Várias Tinto Merlot Tinto Carmenère Tinto Montep. D´Abruzzo 2004 2005 2005 2005 2003 2003 vinho Gran Reserva Terrarum Mundus Monte da Cal 100 Marias Balitore Surazo Merlot RAR Reserva Miolo Rosso Piceno Reserva Panizzon Talento Volpi Núbio Antiguas Reservas Lello Primitivo di Manduria Cono Sur Reserva tipo uva Tinto Syrah Tinto Carmenère Tinto Malbec Tinto Várias Tinto Aragonês, Trincadeira Tinto Sangiovese Tinto Merlot Tinto Cabernet, Merlot Tinto Cabernet Sauvignon Tinto N/I Tinto Merlot Tinto Várias Tinto Merlot Tinto Cabernet Sauvignon Tinto Merlot Tinto N/I Tinto Primitivo Tinto Carmenère 2003 2005 2006 2004 2005 2004 2001 2004 2005 2004 2004 2004 2005 2005 2006 2005 2004 2004 safra R$ avaliação 30 Ouro 30 Prata 75 Prata 45 Bronze 44 Bronze 70 Bronze Demais vinhos da degustação item 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 fornecedor Carvalhido Carvalhido Casa Valduga Expand Garrafeira Real Interfood Massimex Miolo Miolo Mistral Panizzon Salton Salton Sanjo Santar Santar Vinci Wine Premium fone (21) 2584-1392 (21) 2584-1392 (11) 5044-7000 (11) 3847-4747 (21) 2584-0834 (11) 6602-7255 (11) 3562-8206 (0800) 970-4165 (0800) 970-4165 (11) 3372-3400 (54) 3297-5111 (11) 6959-3144 (11) 6959-3144 (49) 3233-0012 (11) 3227-7355 (11) 3227-7355 (11) 6097-0000 (11) 3040-3414 Jornal Vinho & Cia - No. 25 produtor Morandé Morandé Sottano Monte da Cal Quinta da Pigarça Balìa di Zola Santa Mônica Miolo Miolo Saladini Pilastri Panizzon Salton Salton Sanjo Cousiño-Macul Borges Masseria Trajone Cono Sur origem região Maipo Chile Maipo Argentina Mendoza Portugal Alentejo Portugal Alentejo Itália Sangiov. di Romagna Chile Rapel Brasil Campos de Cima Brasil Vale dos Vinhedos Itália Rosso Piceno Brasil Flores da Cunha Brasil Bento Gonçalves Brasil Bento Gonçalves Brasil São Joaquim Chile Maipo Portugal Douro Itália Manduria Chile N/I Chile safra R$ avaliação 53 39 35 78 20 106 30 48 20 32 12 65 25 45 50 28 39 39 - 19 Para acompanhar Cursos de vinhos: Wine bar: uma viagem pelo sabor - 2 mais duas dicas Vinho & ocasião Lojas e pontos Adriana Bonilha Denise Cavalcante Enófila Jornalista [email protected] [email protected] U V ocê não leu a coluna da edição passada? Ah! Leu, mas não convenci e não deixei com água na boca... Então não sabe o que perdeu! Falei em se dar a possibilidade de descobrir coisas novas em seu próprio paladar, em experiência única e inesquecível no curso de harmonização do Vinho&Cia, o encontro com três boas coisas da vida: nós mesmos, a gastronomia e os vinhos. Tivemos a primeira aula de harmonização com pizzas, mas, como o curso “Vinho & Comida, o Essencial” continua, a vivência seguinte foi com carnes e peixes. Com a experiência, a didática e o carisma do professor Sérgio Inglez pudemos nos deleitar com três cortes de carne no restaurante North Grill: costelinha de porco, fraldinha e picanha. A possibilidade da comparação com o vinho nos leva a mais uma “viagem pelo sabor”, com novas descobertas e percepções. Afinal a costelinha foi bem com um Chardonnay, a fraldinha com um Cabernet Sauvignon e a picanha já pediu um mais potente Malbec. E com peixes e frutos do mar? Carpaccio de salmão, lula, mariscos... Um linguado grelhado e uma anchova assada... Hummm... Já estou salivando somente com a lembrança do preparo do Rufino´s. Paladar inesquecível! Mas foram também inesquecíveis as harmonizações com Espumante, Sauvignon Blanc, Chardonnay sem carvalho, Chardonnay com carvalho e Rosé de Cabernet. Sob a orientação do professor do Senac José Ivan Santos, pudemos entender o porque e as regras para harmonização sem metalização com o iodo dos pescados. m ponto procurado na cidade de São Paulo, no bairro do Itaim Bibi, é o Wine Bar Pomodori. Aberto há cerca de um ano, só vende vinhos italianos de excelente qualidade. A oferta em taças muda todos os dias. Promove degustações temáticas para 10 pessoas, que se sentam em volta do bar com direito a queijos e um prato de massa depois da aula. Continuo na mesma linha: eu recomendo esta viagem! E se o meu texto não convence, dê uma chance: propicie a você mesmo esta experiência. É muito freqüentado no happy-hour, ou para as pessoas que esperam alguém para jantar no sofisticado restaurante Pomodori, ao lado. “Tem até gente que termina de jantar e fica aqui para mais um vinho com o cigarro”, comenta Sissi Spitaletti, gerente de marketing da casa. Sissi não consegue identificar um vinho favorito da casa, porque há muitas mudanças na carta, mas os Toscanos, os Barolos e Barbarescos estão na preferência dos clientes. Muito reservado, o local só é freqüentado por quem conhece e nem tem placa na porta. A Le Tire Bouchon, em Higienópolis, São Paulo, foi aberta há dois anos como 20 loja e agora, recentemente, abriu seu wine bar. O gerente da casa Lucas Cordeiro observa que o público que vem beber alguma coisa sempre sai com uma garrafa na mão. O wine bar funciona de 3ª a 6ª a partir das 17 horas até o ultimo cliente. Na cozinha, petiscos e pratos do chef Felipe Feragut recebem aplausos (literalmente) do público. São 20 lugares no mesmo espaço da loja e mais 40 na taberna, um restaurante no subsolo, onde são servidos jantares e, segundo Nina Bastos, a proprietária, a casa está lotando todas as noites. “O movimento é muito grande porque tomar vinho em loja é a democracia do vinho, pois o custo é bem inferior aos praticados em restaurantes, que em geral colocam mais de 80% acima do preço de custo”, observa Nina. Em todas as semanas o cardápio muda e sempre são oferecidas 6 opções de vinhos em taça, 3 franceses “bag in box” (vinho em caixa especial com válvula e torneirinha), e outros três que mudam para harmonizar com o jantar da semana. A loja é também importadora e traz hoje 31 rótulos da França, sendo a única a oferecer vinhos da Ilha de Córsega, como o Rosé Domaine Casanova Gris, um dos mais vendidos, a R$40. O Cote Vigne, do Vale du Rhône, em embalagem “bag in box” de 5 litros, custa R$142. Wine Bar Pomodori R. Prof. Tamandaré Toledo, 25 Itaim Bibi, (11) 3071-1312 São Paulo Le Tire Bouchon R. Barão de Tatuí, 285 Santa Cecília, (11) 3822-0515 São Paulo Jornal Vinho & Cia - No. 25 Para acompanhar Habanosommelier Na hora do almoço charutos e bebidas executivo pode beber? Charutos No mundo dos negócios Cesar Adames Didú Russo Regis Oliveira Consultor na área de tabaco Escritores [email protected] [email protected] M uitas pessoas não bebem na hora do almoço. No Brasil a cultura da bebida nessa hora não está muito presente. Talvez porque a cultura nacional seja a de beber com exagero. E, nesse sentido, exagerar na hora de trabalho não é nada recomendável. P or conta da comemoração dos 30 anos da Menendez & Amerino, o Brasil recebeu a visita de Manuela Romeralo. A mais premiada sommelière de charutos do mundo veio ao Brasil exclusivamente para o evento de aniversário que ocorreu em setembro passado no Sofitel Itapuã em Salvador. Há 10 anos a especialista assina a carta de vinhos, com cerca de 400 rótulos, de charutos, com 70 variedades, de água e destilados do famoso restaurante La Sucursal, de Valência, na Espanha, que é, inclusive, premiado com uma estrela pelo Guia Michelin. Em 2005 ela foi à primeira mulher a receber o título de melhor sommelière de vinhos e charutos da Espanha, superando todos os candidatos (homens), tradicionais vencedores do evento. Entre suas conquistas, também está o título de campeã da Espanha do concurso Habanosommelier em 2005 e campeã do Mundo de Habanosommelier em Cuba em 2006. Tive a oportunidade de conversar com ela após a apresentação e fiz uma pequena entrevista para Vinho & Cia. No que consiste o serviço de Sommelier de Charutos? O Sommelier de Charutos é o responsável pelo serviço de charutos e bebidas ao cliente. Cabe a ele realizar o corte, acender e servir o charuto, procurando harmonizar com uma bebida adequada. Você acende o charuto antes de cortar. Qual é o motivo disto? Toda vez que cortamos o charuto antes de acender criamos um efeito “chaminé” que faz com que a fumaça suba até a ponta do charuto. Sem cortar antes de acender, os sabores ficam presos dentro do charuto. Jornal Vinho & Cia - No. 25 Na Europa, contudo, as pessoas consomem vinho normalmente na hora do almoço. O vinho é o par natural dos pratos de comida. Lá, é raro quem não trabalha adequadamente à tarde porque bebeu vinho no almoço. As pessoas bebem moderadamente, de acordo com o seu ponto. A cultura européia é milenar e os seus países são desenvolvidos. Não há nada de errado em beber nessa hora, se o ato for feito com responsabilidade. Para quem não tem alta sensibilidade ao álcool, é bem provável que uma taça de vinho no almoço não tire a sobriedade. Hoje, para quem não tem contra-indicação, vários médicos recomendam o consumo regular e moderado de vinho todos os dias. Há estudos científicos que comprovam que uma taça no almoço e outra no jantar, sobretudo de vinho tinto, é bom para prevenir doenças cardíacas e de pressão. Um estudo de médicos nórdicos, com observação de vários anos, mostrou que grupos de pessoas que bebiam vinho com regularidade e em doses adequadas tendiam a diminuir a circunferência abdominal. Assim, se você, executivo ou empresário, se sentir bem e consumir moderadamente, não há problema em beber vinho no almoço. Observe, contudo, se a sua empresa possui um código de ética que não recomende o consumo. Nesse caso, para você será uma lei superior ao bomsenso e à cultura vigente dos enófilos. Durante a degustação dos charutos você utilizou chá entre as bebidas. Por quê? A função do chá é a de limpar as papilas gustativas preparando a boca para outros sabores e aromas que estão por vir. Ele é diferente da água que é adstringente e é amplamente utilizado durante as degustações de charutos nas fábricas de Havana. Na sua opinião quais são as bebidas que NÃO harmonizam com charutos? Bebidas brancas como o Gim, a Vodka e o Saquê, bebidas que são servidas frias, como as cervejas, e bebidas que tenham gás carbônico em sua fórmula. Qual é o melhor tipo de corte para um charuto? Depende do gosto do apreciador. Se ele utilizar uma guilhotina ou uma tesoura, o fluxo do charuto será uniforme. Caso utilize um furador, a fumaça irá se concentrar na ponta e o charuto terá um sabor mais encorpado. 21 Para acompanhar Castelinho Ted Bebedor e o meu primeiro D’Yquem no meio de detalhes Compor tamento Crônica Didú Russo Regis Gehlen Oliveira Escritor Editor do Vinho & Cia [email protected] [email protected] H ouve uma época em que ladrões não usavam automóvel, não havia a Piaçaguera para se chegar ao Guarujá e a vida era tão mais próxima da Europa do que do Paraguai... Eu tive a sorte de viver nessa época. Foi quando me apaixonei por minha mulher e um de nossos programas prediletos era descer ao Guarujá para um fim de semana dos deuses. A sexta-feira contemplava uma ida ao Restaurante Castelinho, que ficava no alto de um morro na praia das Asturias. Havia também o Dalmo, que era pequenino e com chão de terra batida, e o Âncora, que mais parecia um Relais & Chateaux, com suas mesinhas bem-arrumadas na varanda e os quartos super arrumadinhos e finos. O Monduba era para a hora da caipirinha ou do chopinho e o Monte Carlo era para os cafés da manhã, com seus imperdíveis croissant fresquíssimos... Mas eu queria mesmo é contar de meu primeiro Yquem. Queria impressionar aquela namorada que se transformou na mãe de meus filhos e com quem vivo até hoje. Chegamos ao Castelinho, conseguimos uma mesinha no terraço com aquela vista linda e abrimos um Champagne (eu ganhava super bem na época). Jantamos um camarão impecável que se fazia lá, com o arroz passado na frigideira com salsinha. Na sobremesa não se podia pedir nada mais chic do que um Crêpe Suzette” e então abri minha meia garrafa de 22 D Château D’Yquem!... Como descrever um sentimento desses? Naquele terraço, com aquela comida, aquele vinho e aquela mulher, naquela época, com dinheiro no bolso e a juventude dos taninos em início de polimerização... Não fui eu que homenageei o Yquem, foi ele quem me homenageou e eu nem percebi direito o que estava acontecendo. Saudade... e repente surge o exército. Marchando compassadamente avança em direção ao objetivo. Nas mãos, o instrumento que pode alterar o curso das coisas. Um certa ponta de apreensão denota-se nos rostos. Cada componente ruma para o seu posto. Parece não haver comandante. A ordem foi dada anteriormente. Tem de ser cumprida. E rápido. Não há muito tempo. Qualquer vacilo poderá comprometer o plano. É importante a ação na sequência. O clima precisa ser mantido. O resultado do esforço de muitos está ali com cada um. O alvo está próximo. É só uma questão de instante. E é agora... Preparar... - Senhor? - Ahn? - A taça... - Sim? - Está na caixinha. - Ah! - Essa é a primeira amostra. - Obrigado. No telão vê-se a imagem da mesa principal. No pavilhão estão cerca de 600 degustadores. - Ted Bebedor, que beleza é a Avaliação Nacional de Vinhos, hein? - Ah! Sim, caro leitor. - Tudo funciona direitinho. E que brigada bem-treinada, hein? Em instantes, todo mundo servido. - Um verdadeiro exército! A apresentadora anuncia as características da amostra. Tipo de uva, pH, índices básicos, barrica, etc. Os degustadores sentem os aromas. Alguns já começam a anotar. Dão uma nota para cada um dos itens na ficha de degustação. Limpidez, cor, intensidade, qualidade, acidez... Detalhes... Os aromas fazem o pensamento voar. Vem à mente a grande música do Roberto e do Erasmo, Detalhes. “Não adianta nem tentar / Me esquecer / Durante muito tempo / Em sua vida / Eu vou viver... / Detalhes tão pequenos / De nós dois / São coisas muito grandes / Prá esquecer / E a toda hora vão / Estar presentes / Você vai ver... - Ted, tem muitos itens nessas fichas de degustação, né? - Muitos números, caro leitor. - Mas, como transformar prazer em números? - Complicado, né? Coisas de enófilos e enólogos... Já pensou se a gente fosse preencher uma ficha de um grande amor, de uma grande mulher, como, por exemplo, a Juliana Paes? - Como a Juliana Paes, Ted? - É... Limpidez, 10. Tonalidade, 10. Corpo, 10. Maciez, 10. Acidez... - Aí depende do dia, né? - Isso, caro leitor. Tipicidade, 10. - Peraí, a Juliana Paes é típica do que, hein? - Hum... Precisamos reavaliar esse item. Evolução na boca... - Com certeza deve ser 10, né? - Adstringência... 10, ao chegar perto dela deve secar a boca. Amargor... - Aí é complicado, Ted... - Difícil... Doçura, 10. Perlage, 10. - Mas é avaliação de espumante ou de sobremesa? - Caro leitor, não é fácil definir... - Tenho a impressão de que falta algo nessas fichas para um grande amor... - Eu também, caro leitor. Acho que alguns detalhes... “Eu sei que esses detalhes / Vão sumir na longa estrada / Do tempo que transforma / Todo amor em quase nada / Mas ‘quase’ / Também é mais um detalhe / Um grande amor / Não vai morrer assim / Por isso / De vez em quando você vai / Vai lembrar de mim...” Jornal Vinho & Cia - No. 25 Jornal Vinho & Cia - No. 25 23 Aprecie com moderação Vinícolas de vinhos de altitude de Santa Catarina... Terroir diferenciado... Menu do chef Newton Figueiredo... Prazer de apreciar os vinhos harmonizados... Apresentação de Sérgio Inglez de Souza... Experiência única... Projeto Harmonizando o terroir MENU Entrada Legumes grelhados com mix de folhas e vinagrete de vinho branco Primeiro prato Ravioli bicolor de quatro queijos ao molho de manteiga e ervas finas Segundo prato Pernil de cordeiro ao molho de vinho tinto com mini batata 29 de novembro, quinta-feira, 20h30 Realização R$90 por pessoa (R$75 para sócio da SBAV-SP) VINHOS Panceri Chardonnay Villaggio Grando Chardonnay Tapera Augusta Branco Núbio Rosé Cabernet Pisani Panceri Grande Reserva Merlot Núbio Tinto Cabernet Tapera Augusta Cabernet Merlot Villaggio Grando Innominabile Quinta Santa Maria Portento Local e reservas SBAV-SP Al. Gabriel Monteiro da Silva, 2586 Jardim Paulistano, São Paulo (11) 3814-7905, [email protected] Vinho&Cia