jornal_vinho_e_cia_2007_25

Transcrição

jornal_vinho_e_cia_2007_25
O seu guia para o lado descontraído da vida
Vinho&Cia
ConVisão
1
O no
em harmonizações
e restaurantes
com vinhos
Para conhecer
O que e onde beber
Para acompanhar
Bento Gonçalves
em evolução hoje
Vinhos que provamos antes
para você beber melhor
Cursos de vinhos:
uma viagem pelo sabor
Vinícolas da Califórnia
Restaurantes com boa carta
Saltimbocca & Vinhos
A presença estrangeira
em Mendoza
Ano 3 - Número 25
16 em São Paulo
16 no Rio de Janeiro
Primavera de 2007
Na hora do almoço
executivo pode beber?
R$ 7,00
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COM VISTA EXCEPCIONAL PARA A PRAIA DE COPACABANA, LOCALIZADO NO
O RESTAURANTE
5O ANDAR DO PORTO BAY RIO INTERNACIONAL HOTEL,
LA FINESTRA ESTÁ AGORA TODO REFORMADO. A CADA MÊS OFERECE UM FANTÁSTICO CARDÁPIO HARMONIZADO COM VINHOS
NESTE MÊS
AMUSE BOUCHE
Shot de Batata Baroa
1 taça de La Segreta Bianco Planeta IGT 2005
ENTRADA
Salada de Polvo com Confit de Limão Siciliano
1 taça de Codorniú Pinot Noir Brut
PRATO PRINCIPAL
Costeleta de Cordeiro e Tortinha de Batata ao Molho de Alecrim
1 taça de Marqués de Riscal Reserva Tempranillo
SOBREMESA
Tiramisu servido no balão de chocolate com raspas de laranja
1 taça de Late Harvest Finca La Célia 2004
VALOR: R$85 POR PESSOA
(COM PÃES E ÁGUA INCLUÍDOS)
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F
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2
VINHO&CIA
APRECIE COM MODERAÇÃO
Jornal Vinho & Cia - No. 25
Jornal Vinho & Cia - No. 25
3
Aperitivo
Como degustar
Vinho&Cia
Ano 3 - Número 25
melhor o seu guia
Editor
nquetes realizadas apontam que o consumo de vinhos de alta
gama (de qualidade e preços mais elevados) cresce à razão de
30% ao ano no Brasil. A equipe do Vinho&Cia acompanha
essa evolução com o melhor para você nesta edição de primavera.
E
Regis Gehlen Oliveira
Em estréia está a seção “Vinho e Saúde”, escrita pelo dr. Jairo
Monson, um dos médicos brasileiros mais estudiosos do assunto, que
apresenta respostas a interessantes perguntas sobre o tema.
ConVisão
Al. Araguaia, 933, 8o. andar
Alphaville
06455-000, Barueri, SP
Publicação
Em “Para conhecer” há um panorama sobre a evolução do vinho
na cidade de Bento Gonçalves, região vinícola da maior importância
no país, além de muita informação sobre o Novo e o Velho Mundo.
Redação
Em “O que beber” provamos muitos vinhos em lançamento no
mercado e damos as dicas das melhores relações custo-benefício.
A pioneira seção “Onde beber” relaciona 20 restaurantes em
São Paulo e 20 no Rio de Janeiro em que o vinho tem atenção diferenciada. Já está sendo imitada por um grande jornal, mas sem as
classificações detalhadas de preços e de qualidade do Vinho&Cia.
No final, “Para acompanhar” apresenta os melhores vinhos com
o tradicional prato “saltimbocca alla romana”, e, também, os artigos
dos colunistas que guiam você para o lado descontraído da vida!
Nas páginas...
Para conhecer
É verdade que...
Assinaturas e
Propaganda
O que beber
6
Adriana Bonilha
Beto Acherboim
Cesar Adames
Custódio (cartum)
Denise Cavalcante
Didú Russo
Euclides Penedo Borges
Fernando Godoy
Fernando Quartim
Jaqueline Barroso
Jairo Monson
Jorge Monti
José Ivan Santos
Sérgio Inglez de Souza
Walter Tommasi
10
Vinho e
Saúde
Jairo
Monson
Médico e escritor
vinho
pode fazer
bem para
o coração?
(11) 4192-2120
[email protected]
Impressão
Metromídia
[email protected]
Onde beber
Para acompanhar
12
4
18
S
im, mas apenas se bebido regular e moderadamente, junto
com as refeições, quando não houver contra-indicações
ao consumo de álcool. Os mecanismos pelo qual isso
acontece são efeitos favoráveis sobre as gorduras, vasos sangüíneos e coagulabilidade do sangue. Estudos bem-conduzidos
mostram que há uma redução de pelo menos 25% do risco de
ataques cardíacos e morte por causa cardiocirculatória para as
pessoas que bebem vinho regular e moderadamente. Outras
bebidas alcoólicas e suco de uva também protegem o coração,
mas não com a intensidade do vinho.
Vinho & Cia é uma publicação da
ConVisão relativa ao segmento de
vinhos e suas companhias naturais,
como gastronomia, restaurantes,
prazer, conhecimento, viagens e
outras. Circula principalmente na
Grande São Paulo e no Grande Rio
de Janeiro nos principais restaurantes
e lojas especializadas. Pode ser adquirido por assinaturas ou em bancas
selecionadas.
Os artigos e comentários assinados não refletem
necessariamente a opinião da editoria.
A menção de qualquer nome neste veículo não
significa relação trabalhista ou vínculo contratual
remunerado.
Jornal Vinho & Cia - No. 25
Jornal Vinho & Cia - No. 25
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Para conhecer
Bento Gonçalves
Por Regis Gehlen Oliveira
em evolução hoje
D
omingo, início da noite
com temperatura amena. Pouco tempo antes
o sol se pôs atrás das montanhas
que circundam o Vale dos Vinhedos. Do alto de uma colina,
no terraço ao lado do salão de
jantar, em meio a um delicioso
silêncio e a uma sensação extrema de tranquilidade, a vista era
simplesmente deslumbrante. O
rosado do sol estava à esquerda,
por todos os lados o verde já
escuro dos vinhedos, e à frente,
embaixo, no vale, o amarelado
das imponentes construções da
vinícola Miolo. À noite, pelas
janelas envidraçadas do salão se
vêem poucas luzes. Dentro, mais
ou menos 200 pessoas dirigem
o seu foco para a cerimônia de
inauguração de um grande empreendimento hoteleiro de nível
internacional: o Vila Europa
- Spa do Vinho.
Sábado, dia anterior, final da
manhã de um belo dia ensolarado. No gigantesco Pavilhão de
Exposições da cidade, cerca de
600 pessoas assistem à evolução
ritmada de uma brigada de mais
ou menos 60 componentes para
o serviço da primeira amostra
da XV Avaliação Nacional de
Vinhos. A sensação é de ver um
show bem-ensaiado. Em instantes todas as 600 pessoas estão
com a dose na taça para a degustação de uma das 16 amostras
dos vinhos mais representativos
da safra 2007.
O Spa do Vinho é um empreendimento grandioso, com
decoração charmosa e móveis
e equipamentos diferenciados.
Levou bastante tempo para ser
construído e ainda está com
alguns dos seus setores em construção. Já consumiu 33 milhões
de reais para a implantação em
12 mil m2 dos seus apartamentos e da infra-estrutura do hotel,
aplicados por diversos investidores e com participação da Miolo.
A operação é do grupo francês
Accor, o mesmo das marcas
Mercure e Sofitel. Suas diárias
são entre 450 e 1500 reais.
Os pontos de atração principais do Spa do Vinho são os
tratamentos e relaxamentos à
base de subprodutos da vitivinicultura, como sementes de
uva. São tratamentos estéticos,
que não envolvem a ingestão de
vinho. Os produtos cosméticos
são da francesa Caudalie, que fez
uma franquia para o empreendimento. A Caudalie tem poucos
spas no mundo, sendo o primeiro
em Bordeaux, no Château Smith
Haut Lafitte. Vale a pena sentir
na pele os efeitos, por exemplo,
de um tratamento de esfoliação
ou envelopamento.
Atração não menos principal
no Spa do Vinho é a maravilhosa adega do hotel, projetada e
montada pela Art des Caves. É
a maior adega climatizada do
Brasil, com capacidade para 40
mil garrafas. Guarda vinhos principalmente dos produtores nacionais,
como o maravilhoso Vila Europa,
com a marca do hotel, top produzido
pela Miolo, feito com a uva Merlot,
em nível tão elevado quanto o Miolo
Merlot Terroir, que ganhou a cotação
“Vale Ouro” do Vinho&Cia na sua
categoria.
Produção
As amostras da XV Avaliação
Nacional mostram a evolução da
produção brasileira, embora não
sejam de vinhos prontos para o
consumo, são de vinhos ainda
nas adegas, mas retratam e premiam (bem) o esforço dos nossos
enólogos para estarmos hoje em
nível de qualidade internacional.
São espumantes (de qualidade
já muito reconhecida), tintos
(em fantástico crescimento) e
brancos (que prometem muito)
quase todos dignos de menção
honrosa. Bento Gonçalves responde pela maioria deles. Sinal
de que o Brasil está há alguns
com uma nova visão, maior do
que a paisagem deslumbrante no
entardecer a partir de uma colina
do Vale dos Vinhedos, após um
relaxamento no Spa, que vale a
pena não “apenas” conhecer, mas
apreciar. E muito!
Cenas
São duas cenas diferentes
que ilustram bem como evolui a
cidade de 100 mil habitantes do
interior do Rio Grande do Sul,
berço da produção nacional de
vinhos.
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Jornal Vinho & Cia - No. 25
Jornal Vinho & Cia - No. 25
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Para conhecer
Que venga
A presença
el Toro!
Vinhos do
Mundo
Sérgio Inglez
de Souza
Escritor e consultor
[email protected]
A
enografia espanhola, como uma
das mais antigas vitiviniculturas
do velho continente, apresenta
detalhes peculiares. O vinho participa da
história da península há três ou quatro
mil anos, a partir dos vinhedos cultivados
desde 2.200 A.C. pelos tartéssios, antigos
habitantes da costa mediterrânea sudeste,
região conhecida por Bética, atualmente
a Andaluzia. Ocupavam-se estes povos
igualmente da comercialização pelo
mundo mediterrâneo conhecido, partindo
do porto de Cadiz. Mais tarde os romanos
ocuparam o território andaluz, mandando
boa parte de seu vinho para Roma.
É o país com a maior extensão de vinhedos do mundo e apenas o terceiro em
produção de vinho. É resultado de clima
com temperaturas extremas e períodos
longos de seca, além do relevo nervosamente montanhoso. Estas dificuldades nos
vinhedos geram uvas concentradas que
dão vinhos encorpados e de qualidade.
Uma boa província produtora, a Denominación de Origen D.O. Toro, com clima
estrangeira em Mendoza
continental árido e influências atlânticas,
tem 5.500 hectares de vinhedos oficiais.
A variedade típica desta área vinícola é a
Tinta de Toro, variação da Tempranillo,
muito precoce em seu amadurecimento,
com casca mais grossa, na qual se concentram mais extrato, cor e aromáticos.
Bons vinhos desta região são elaborados pela Gil Luna, nos rótulos Tres Lunas
Crianza, Strabon Crianza, Tres Lunas
Reserva e Tres Lunas Reserva Especial,
cortes de 95% da Tinta de Toro, responsável pela complexidade, e 5% de Garnacha, que aporta acidez para o equilíbrio e
proteção do vinho, distribuídos no Brasil
pela Decanter.
A elaboração destes vinhos segue um
ritual que se inicia com a colheita manual
e seletiva, desengaço à mão sem prensagem, seguidos da maceração pré-fermentária das bagas durante dez dias, extração a
frio de elementos da casca. A fermentação
ocorre à temperatura de 22°C, em pequenos tanques de inoxidável, com fermentos
próprios da uva e a com remontagem do
líquido. Aqui se executa a operação da delestage, a separação das cascas do mosto o
qual segue em fermentação a temperaturas
abaixo de 22°C, enquanto que as cascas
formam uma pasta, cuja fermentação a
38°C fornece concentrados de corantes
e fenólicos. Após 36 horas juntam-se as
partes e deixa-se ocorrer o final da fermentação alcoólica. A crianza varia de acordo
com a uva, usando distintas tostaduras das
barricas de carvalho francês.
Estas práticas dão o sotaque
dos vinhos de Toro, com estilo
típico, no qual se sobressaem
aromas complexos, toques
de couro, tabaco, chocolate e
frutas maduras, permeados de
notas minerais e de especiarias,
completados por sutis chão de
bosque e frutas em compota.
Esses bravos vinhos de
Toro são intensos de emoções
e mansos de agradabilidade
no copo!
Valem a pena!
8
América
do Sul
Euclides
Penedo Borges
Presidente da ABS-Rio
[email protected]
E
mbora a Província de Mendoza, na
Argentina, disponha de enorme
área de vinhedos e seja importante
produtora de uvas viníferas, ainda existe
ali certa disponibilidade de terrenos não
explorados, aptos para o cultivo. Isso
constitui um fato raro quando se compara
com outras regiões, principalmente na
Europa, algumas delas saturadas, outras
em vias até de reduzir o cultivo.
Apesar da disponibilidade, o preço
dos terrenos em dólares por hectare tem
subido gradualmente na região mendocina e uma das razões para isso tem sido
a instalação de empresas estrangeiras no
local, atraídas por oportunidades na elaboração de vinhos de qualidade.
Na realidade, os franceses da Moët
et Chandon já tinham dado a partida
há cinqüenta anos com um projeto audacioso de longo prazo, em Luján de
Cuyo, hoje levado adiante pelo grupo
LVMH, incluindo a vinícola Terrazas de
los Andes.
Mais recente é o projeto Clos de los
Siete, em Vista Flores, com incríveis 800
hectares de vinhedos. Conta com a consultoria de Michel Rolland e, entre os sete
investidores, com nomes da aristocracia
empresarial francesa, como Dassault,
Rothschild e D’Aulan. Este último é proprietário também da Bodegas Alta Vista,
em Chacras de Coria. De propriedade
francesa são ainda a Fabre Montmayou
e a Lurton, sem esquecer a joint-venture
Caro, da Catena argentina com a francesa
Rothschild.
A Espanha faz-se representar pelo
menos com dois projetos: a Bodega Séptima, em Agrelo, sétimo projeto do grupo
Codorniú (da Catalunha), e a Bodega O.
Fournier, do grupo Ortega-Fournier (de
Burgos), em La Consulta.
Os italianos Alberto Antonini e Roberto Cipresso têm interesses, respectivamente, em Altos las Hormigas e na Achaval
Ferrer. O grupo austríaco Swarowsky, dos
famosos cristais, é proprietário da Bodega
Norton, em Perdriel.
Registre-se ainda a presença chilena
na Trivento, da Concha y Toro, a participação estadunidense na Bodega Trapiche,
através do fundo D.L & Jenrette, e a aquisição da Navarro Correas pela Diageo, a
maior empresa distribuidora de bebidas
do mundo.
Guardadas as proporções, o Brasil
comparece com a Finca Don Otaviano,
projeto de cinco investidores brasileiros
em Alto Agrelo (Luján de Cuyo), com
70 hectares, dos quais 48 plantados. Os
vinhos da marca Penedo Borges, dessa
propriedade, são, por enquanto, elaborados junto a terceiros e totalmente destinados ao Brasil.
Não pretendo ter feito uma lista completa. Há outras coisas, certamente. O que
gostaria de observar é que boa parte dos
consumidores de vinhos com nomes como
Terrazas, Achaval Ferrer, O. Fournier,
Norton, Trivento, Penedo Borges, etc,
talvez não saibam que Mendoza, além de
orgulho dos argentinos no setor de vinhos,
é uma comunidade que os congrega com
a França, a Itália, a Espanha e a Áustria,
com os Estados Unidos, o Chile e o Brasil,
entre outros.
Jornal Vinho & Cia - No. 25
Para conhecer
Supertoscanos:
Wines...
uma fenda na legislação
Ainda a Califórnia
Velho
Mundo
Novo
Mundo
Walter
Tommasi
Beto
Acherboim
Enófilo
Enófilo e professor da Unip
[email protected]
[email protected]
S
onoma é, de certo modo, a antítese
do Napa Valley. Nele também há
vinícolas grandes, sem dúvida,
mas a maioria é pequenos produtores que
ainda não chegaram – por algum motivo
qualquer – ao “estrelato” de seus co-irmãos do Napa. Daí uma de suas grandes
vantagens.
M
uitas vezes quando compramos
nosso vinho nos deparamos
com terminologias que achamos superlativas, mas não sabemos realmente o que significam. Vamos entender
um pouco mais a legislação italiana e comprovar que nem sempre um bom produto
está dentro das regras vigentes.
Os vinhos top italianos são controlados e regulados por regras chamadas
“Disciplinari”. Elas determinam as variedades a serem utilizadas, a produtividade
dos parreirais, a graduação alcoólica,
o envelhecimento, o tipo de garrafa, as
características organolépticas, as zonas
de produção, etc.
Foi por causa da rigidez do “disciplinari” do Chianti, e da comprovada queda na
qualidade que este vinho estava sofrendo,
que ocorreu a revolução do vinho italiano,
com o advento dos Supertoscanos
Foi em 1968 que o Marquez Niccolò
della Rochetta, ajudado por outro Marquez, o Antinori, e o professor bordalez
Emile Peynaud criaram o primeiro grande
vinho toscano sem denominação de origem: o Sassicaia. Visto o mesmo ter sido
elaborado com uvas Cabernet Sauvignon
e Cabernet Franc, ambas proibidas pelo
disciplinare local, teve que ser classificado
na ocasião como Vino da Tavola.
Os vinhos italianos são classificados
como Vino da Tavola, IGT (Indicação
Geográfica Típica), VQPRD (Vinhos de
qualidade produzidos em regiões determinadas), estes subdivididos em DOC
(Denominação de origem controlada) e
DOCG (Denominação de origem controlada garantida), legislação que já atende
Jornal Vinho & Cia - No. 25
as regras da Comunidade Européia.
Três anos após o evento “Sassicaia”,
Antinori lançou o seu próprio supertoscano, o “Tignanello”, que mais à frente é
seguido pelo outro estelar “Solaia”, e daí
surgem todos os outros. Esta revolução foi
um sucesso tão grande que seus exemplares passaram a frequentar anualmente os
primeiros lugares das listas dos melhores
vinhos nas revistas especializadas, e de
outro lado incentivaram outras regiões a
melhorar seus vinhos.
Estes vinhos só surgiram porque a
legislação vigente estava limitando a melhoria de qualidade dos Chiantis Clássicos
devido à restrição das uvas na assemblage,
não-uso de barricas, visto que a legislação
só permitia o uso das botti (grandes tonéis
de carvalho da Eslovênia), pela exigência
de uso de uvas brancas na elaboração, e até
mesmo por não se poder produzir vinhos
varietais com a uva símbolo da região, a
Sangiovese.
Mas valeu a persistência e coragem
dos marqueses e outros, como Manetti de
Montevertine, que retirou de seus vinhos
o titulo de DOCG seguindo a linha dos
marqueses.
Certamente uma história de sucesso!
Pois bem. Saímos de San Francisco em direção à cidade de Healdsburg,
num dia que seria
dedicado aos vinhedos de Sonoma /
Russian River. Nosso primeiro destino:
Ridge Vineyards.
Vinícola excelente,
com Cabernet Sauvignon e Zinfandel
de ótima qualidade.
Curioso como sou,
perguntei se já tinham representante no
Brasil. Ainda não. Seu Monte Bello Cabernet Sauvignon e seus Zinfandel Lytton
Springs e Jimsomare, entre outros, com
certeza encontrariam público aqui. Não
são baratos, mas valem cada centavo…
Após fomos direto para a Foppiano. Outra grata surpresa! Uma senhora
muito atenciosa nos atendeu e me fez
provar tudo. Acredito que tenha gostado
de mim, pois me viu fazendo anotações
e observações sobre seus vinhos. Do
Chardonnay (linha básica) passando por
Merlot, Cabernet, Zinfandel, Petite Syrah,
Pinot Noir, até o Petite Syrah Reserve da
casa, de excelente qualidade. Outro que
poderia ter desembarcado aqui, por ter
ótimo custo x benefício.
Depois da pausa do almoço, passamos
numa vinícola pequena, quase artesanal,
mas bem maluquinha também (olhem a
foto), chamada Davis Family Vineyards.
Pena que não agendamos degustação, mas
pudemos provar um Cabernet e um Pinot
gostosos, mas bem caros!
Em Healdsburg ainda tive tempo de
passar na Rosenblum, que tem uma vasta
coleção de “Zinfandel” e Syrah (inclusive
de sobremesa!), também que valeriam a
pena estar no Brasil.
Para terminar, algumas dicas:
· Enquanto no Napa você desembolsa
uma boa grana para degustar alguns vinhos, e mais ainda para degustar os tops
das vinícolas, em Sonoma a maior parte
das vinícolas faz (ao menos em 2005
fazia) a degustação de seus produtos gratuitamente. Normalmente quem atende é
o próprio dono, ou alguém da “família”,
e, o mais “divertido”, é que se vão com a
sua cara você não paga nem a degustação
dos tops.
· Se você gosta de sushi, procure em
San Francisco o Sakana Sushi.
· Outra imperdível. Procure nas delicatessens da região de Napa / Sonoma uma
linha de produtos “Made in Napa Valley”.
Há mostardas divinas, coberturas de sorvete, molhos, vários produtos feitos com
ingredientes (principalmente vinho), que
são espetaculares. Acredite, há coberturas
de caramelo com Chardonnay e de chocolate belga com Zinfandel ou Cabernet que
são maravilhosas! Não deixe de trazer os
seus preferidos. Eu recomendo!
9
O que beber
Provamos antes
para você beber melhor!
Entre os inúmeros lançamentos no mercado, aqui estão os rótulos selecionados
considerando o melhor benefício dentro de cada categoria de preço.
Borbulhas rosadas
Os espumantes brasileiros a cada dia aumentam a reputação no Brasil e no exterior. Um
bom exemplo de qualidade é o recém-lançado
Rosé Brut da Dal Pizzol, que proporciona
sensações gostosas de frescor. Está em bonita
garrafa, assim como outros rótulos da empresa, que evoluíram também em beleza. O preço
médio nas lojas é R$28.
Dal Pizzol: (54) 3449-2255
A preços mais baixos
Rosado
Os vinhos rosados
estão com mais
força nas lojas e
restaurantes. Esse
tipo de vinho evoluiu de qualidade
no mundo todo e
agora reconquista
seu espaço. Um
dos bons lançamentos é o argentino J&F Lurton
Rosé.
La Vigne: (0800) 643-0777
Altamente recomendáveis
A Decanter está em constante renovação e ampliação. Vinho&Cia acompanha de perto e provou muitos bons
lançamentos. Altamente recomendáveis em suas categorias de preço são
os rótulos da argentina Colomé, das
uvas Torrontés 06 (R$39) e Malbec
05 (R$89), e os australianos Schild
Chardonnay Reserve 05 (R$84) e Fox
Creek Reserve Shiraz 05 (R$419).
Decanter: (11) 3074-5454
Potência para pontuar
Boas notícias são comuns no mundo do vinho, mas essa é inusitada e
melhor ainda: a importadora Wine
Company baixou os preços! A razão
é o câmbio melhor e a importação
em maior volume. Bons rótulos são o
argentino Melipal Malbec 06 (R$48)
e o australiano Richard Hamilton
Burton’s Grenache-Shiraz, que por
R$135 vale muito o quanto pesa.
Wine Company: (0800) 725-8020
Entusiasmante
É preciso ter dinheiro para beber um vinho do
italiano Angelo Gaja, que esteve no Brasil para o
lançamento de um livro sobre ele. Sua produção
limitada de alta qualidade e sua fama internacional permitem a prática de preços altos. Mas apreciar um de seus rótulos é entusiasmante, como
Angelo é. Seu sucesso não é à toa. Se puder, prove
o estupendo Chardonnay Gaya&Rey Langhe 05,
a cerca de R$510. Mistral: (11) 3372-3400
10
Salgado
Já tomou um vinho branco com
toque salgado?
Estranho? Não...
Diferente!, como
Vinho&Cia comprovou e como
diz a enóloga e
proprietária da
chilena Casa Marin, Maria Luz
Marin, que elabora o Sauvignon
Blanc Cipress Vineyard 06. Proveniente de um terroir de clima
frio, a 4km do mar, em que as
uvas maturam lentamente, é um
vinho para ser apreciado com outra percepção. O preço também
é salgado (R$150), mas o prazer
diferente compensa plenamente
o valor.
Vinea: (11) 3059-5205
Susana Balbo e Pedro Marchevsky, da
renomada vinícola argentina Dominio
del Plata, assumiram o compromisso
de fazer um vinho que pudesse receber
pontuações elevadas da crítica internacional. O resultado é o recém-lançado
Nosotros, com 15,4% de álcool, um
vinho concentradíssimo, super encorpado, para quem ama potência. Custa
em torno de R$350.
Cantu: (0300) 210-1010
França no Chile
O Velho Mundo investe hoje no Novo Mundo, em razão principalmente dos custos de
produção mais baixos. É o caso da francesa
Laroche, famosa por seus vinhos de Chablis,
que trabalha bons rótulos no Chile, como
o Punto Niño Chardonnay. Por R$42 é um
ótimo custo-benefício.
World Wine: (11) 3383-7477
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O que beber
Cacau
A Viñedo de
los Vientos é
famosa por seu
vinho Alcyone, que combina bem com
chocolate.O
Tannat 2004
também tem
toques de cacau e é ótimo
para carnes. R$55. Dom
Quirino: (11) 5181-3009
Erva-mate
A Grand Cru
está com várias novidades nas linhas
de produtos.
Uma ótima
é da Nova
Zelândia, o
Vicar´s Choice Sauvignon
Blanc 06, com
aromas de erva-mate.
Grand Cru: (11) 3062-6388
Frutas
o Leyda Single Vineyard
Carmenère
2003 (R$77)
é um ótimo
vinho da uva
Carmenère,
com aromas
de frutas negras maduras.
Enche a boca!
Hannover / Fornitori:
(11) 3872-0410
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Onde beber
Beber
Dicas de
onde beber melhor!
Vinhos verdes
Em novembro e início de dezembro, em São
Paulo, restaurantes promovem degustações
de rótulos de Vinhos Verdes, de Portugal. A
região modernizou-se e produz hoje vinhos
brancos da mais alta qualidade, reconhecidos
internacionalmente, com características únicas,
diferentes de qualquer outra região produtora
do mundo.
Programação de 20 a 25 novembro: Rei do Bacalhau, Casota e Lellis Bela Cintra.
De 27/nov a 2/dez: Adega Santiago, Ora Pois e Espírito Santo.
Antes de ir, informe-se com os restaurantes sobre horários e dias.
Com carne diferenciada
Para os apaixonados por um bom vinho acompanhado de um suculento e macio grelhado,
surge uma nova opção: as carnes da raça Bonsmara, já disponíveis nos restaurantes da rede de
hotéis George V, como o Jorge no Itaim Bibi,
e na rede do Fasano, entre outros.
A raça é originária do cruzamento da Afrikaner
com as britânicas Shorthorn e Hereford, e tem
sabor diferenciado, boa qualidade e baixo teor de marmoreio. A maciez e o aspecto saudável são
obtidos por meio de técnicas de controle genético.
Jorge: R. Pedroso Alvarenga, 610, Itaim Bibi, (11) 3704-0101, São Paulo
Em Campinas
O Matisse em Campinas, no Royal Palm
Residence, tem uma carta com 120 rótulos,
elaborada pelo sommelier Luciano Mainardi.
Em comemoração aos seus 10 anos, trouxe ao Brasil para um festival o chef Alain Llorca, que
recebeu duas estrelas do guia Michelin quando dirigiu o restaurante Chantecler em Nice. Um dos
pratos do festival era o delicioso “Bonbons de fois gras”, muito bem-harmonizado com Tabali
Cosecha Tardia.
Matisse: Rua Conceição, 450, Centro, (19) 3738-8055, Campinas
12
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Onde Beber em SP
Escolha o restaurante
pelo serviço de vinhos
Por Fernando Godoy
[email protected]
Jardins
Itaim / Vila Olímpia
Pinheiros / Vila Mada
Centro
Amadeus
Paris 6
Alimentari
Spadaccino
Bacalhoaria Chiappeta
Mediterrânea, Informal
Predomínio de brancos para harmonizar com o cardápio, provenientes
de quase todas as regiões.
Ambiente clean, aconchegante e
arejado, com belo bar.
Cozinha de frutos do mar com sotaque mediterrâneo.
Rua Haddock Lobo, 807
3061-2859. Não fecha
Francesa, Luxuoso
Carta extensa, com alguns rótulos
de importação própria. Destaque
para Itália e França e suas subregiões. Pratos clássicos da cozinha
francesa em charmoso ambiente de
bistrô. Preço melhor para levar vinho
para casa.
Rua Haddock Lobo, 1240
3085-1595. Não fecha
Italiana, Informal
Carta bem variada, com boas opções
até R$60, procedentes do Velho Mundo e Mercosul. Carta com indicação
de paladar facilita harmonização.
Cardápio clássico e inovações da
cozinha italiana.
Ambiente charmoso.
Rua Pedroso Alvarenga, 500
3167-5667. Não fecha
Italiana, Informal
Carta concentra vinhos entre R$40
e R$80. Vinhos mais caros a preços
de importadora. Margem média
muito boa.
Cozinha de cantina, em local informal
agradável com varanda.
Rua Mourato Coelho, 1267
(11) 3032-8605.
Fecha 2a-almoço e dom-jantar.
Pescados, Informal
O vinho é escolhido nas prateleiras,
com ajuda do dono da casa. Predominam rótulos da Argentina, Chile e
Portugal.
Pequeno bistrô ao fundo da boutique
de bacalhau e produtos diversos. Só
esse peixe no cardápio.
Rua Martim Francisco, 427
3826-3033. Fecha 2a e dom-jantar
Figueira Rubaiyat
Pizzaria Prestíssimo
Toro
Tordesilhas
Ibérica, Informal
1302 rótulos de 94 regiões produtoras, acomodados em bela adega. Um
dos melhores preços de vinhos em
restaurantes.
Amplas áreas à sombra de uma
figueira centenária. Destaque: carnes
e frutos do mar.
Rua Haddock Lobo, 1738
3063-3888. Não fecha
Pizzaria, Informal
Várias opções de rótulos até R$30,
que fogem ao trivial, para harmonizar com as saborosas e tradicionais
pizzas.
Vários pequenos ambientes e mesas
na rua. Está em implantação um
wine bar.
Al. Joaquim Eugênio de Lima, 1135,
3885-4356. Fecha no almoço
Espanhola, Informal
Rótulos de 8 países, com 40% espanhóis e predominância da Mistral.
Boa oferta em taça.
Não se baseia apenas em paellas,
dando espaço ao chef Julian Gil.
Decoração muito agradável.
Rua Joaquim Antunes, 224
Pinheiros, 3085-8485
Fecha 2a e dom-jantar.
Brasileira, Informal
Destaque para bons rótulos nacionais, garimpados pela equipe do
restaurante, além de lançamentos.
Criações de Mara Salles e tradicionais pratos brasileiros feitos com o
que há de melhor no país. Ambiente
acochegante.
Rua Bela Cintra, 465, Consolação
3107-7444. Fecha 2a e dom-jantar.
Moema
Outras Zonas
Quem não quer um presente
para o sucesso profissional?
Que executivo ou
empresário não quer
respostas a 50 questões
básicas de como usar o
vinho e a sua cultura para
ajudar nos negócios e na
carreira?
Quem não quer saber
como escolher, como e
onde comprar, presentear,
receber em casa, como se
comportar nos coquetéis,
eventos e restaurantes, e
como fazer networking
usando o vinho?
14
14
Cantaloup
Contempor., Sofisticado
Carta vasta, com vinhos de grandes e
pequenos produtores e diversos tops
de variados países. Destaque para
peixes e frutos do mar em ambiente
com pé direito alto, belo living room
e duas magníficas adegas.
Rua Manuel Guedes, 474
Itaim Bibi, 3078-3445
Fecha dom-jantar
Nam Thai
Café Journal
Cabana del Assado
Contemp., Informal
Carta ambrangente em valor e procedência. Vinhos selecionados com
atenção pela equipe. 70% de rótulos
da Mistral.
Bufê no almoço e jantar a la carte.
Bonita e agradável decoração rústica
com grande adega.
Al. dos Anapurus, 1121, Moema
(11) 5055-9454. Não fecha.
Argentina, Informal
Carta a partir de R$26, com rótulos
simples e medianamente elaborados.
Predomínio de argentinos. Cortes
assados na brasa com acompanhamentos típicos. Ambiente rústico.
Av. Eliseu De Almeida, 1077, Morumbi, 3726-2908
Fecha dom e 2a jantar
Rufino’s
Villa Alvear
Casa da Fazenda
Pescados, Informal
Muitos rótulos para escoltar os pratos
da casa, incluindo renomados vinhos
da Itália e Espanha.
Frutos do mar diversos, com ingredientes muito frescos, em ambientação com detalhes em madeira e
atmosfera praiana.
R. Dr. Mário Ferraz, 377
(11) 3078-6301. Não fecha
Carnes, Informal
Carta ampla e variada. Há desde
vinhos simples entre R$30 e R$50
até ícones do Velho Mundo, de mais
de 15 fornecedores.
Três ambientes com grelhados argentinos e pratos italianos, mais uma
bela adega.
Rua Canário, 408, Moema
(11) 5051-1628. Fecha dom-jantar.
Variada, Informal
Carta tem proposta de oferecer
vinhos feitos das principais uvas
viníferas. Rótulos do Mercosul em
maior número. Pratos internacionais
com “pitada italiana” e receitas típicas do campo. Ambiente em estilo
colonial fino.
Avenida Morumbi, 5594,
3742-2810, Fecha 2a e dom-jantar
Tailandesa, Informal
Carta enxuta, com cerca da metade
de brancos (para combinar com a
comida aromática). A grande maioria
até R$100. Diversos ingredientes
importados e alguns desenvolvidos
aqui. Amplo e belo ambiente.
R. Manuel Guedes, 444
(11) 3168-0662
Fecha sáb-almoço e dom-noite
Jornal Vinho & Cia - No. 25
Onde Beber no Rio
Por Jaqueline Barroso
[email protected]
e Fernando Godoy
[email protected]
Entenda a classificação
Variedade da carta
a
quantidade
Facilidades do serviço
bem equipado (adega, taças)
c/ vinhos especiais ou raros
orientado por sommellier
c/ vinhos em conta
carta harmonizada
Ipanema / Leblon
Rótulos da carta
Lagoa / Gávea
Preços da carta
várias opções de rótulos
ótimos preços
bom número de opções
inúmeras opções
margem intermediária
margem superior
Centro
Copacabana
Niterói
Esch Café
Nakombi
Amir
La Sagrada Família
Buzin
Internacional, temático
Boa seleção de rótulos do Velho
e Novo Mundo, com preços entre
R$50 e R$70.
Cozinha internacional, incluindo
pratos brasileiros. Ambiente temático cubano. Tem bela tabacaria com
charututos importados.
Rua Dias Ferreira, 78, Leblon
(21) 2512-5651, Não fecha.
Japonesa, Temático
Melhor carta de vinhos do Rio de restaurante japonês. Tour bem variado
pelas regiões vinícolas, sendo 80%
dos rótulos da World Wine. Grandes
vinhos também.
Decoração lindíssima; no mezanino
remete à uma vila japonesa.
Rua Maria Angélica,183/185, Lagoa
(21) 2246-1518, Fecha 2a a 6a-almoço.
Libanesa, Temática.
Carta enxuta voltada para o Novo
Mundo. Destaque para vinhos libaneses.
Cozinha típica, incluindo Chawamar.
Bonita decoração temática.
Rua Ronald de Carvalho, 55
Lido, Copacabana
(21) 2275-5596
Fecha 2a-almoço.
Variada, Informal
Bons rótulos do Velho e Novo Mundo,
mais de Chile, Argentina e Portugal.
Brigada bem-treinada.
Cozinha variada com influência francesa, italiana e brasileira. Massas
próprias e variedade de carnes.
Rua do Rosário, 98, sobrado
Centro, (21) 2252-2240.
De 2a a 6a, apenas almoço.
Internacional, informal
Carta bem montada, abrangendo
principais produtores do Velho e
Novo Mundo, com mais do Chile e
Argentina. Preços entre R$60 e R$100.
Cozinha internacional variada. Decoração aconchegante e com ótima
acústica.
Rua General Pereira da Silva, 169
Icaraí, Niterói, 2611-4134, Não fecha
Photochart
Don Camillo
Villarino
Ícaro Gastronomia
Temático, Chic
Carta com ótimos e variados representantes do Velho e Novo Mundo.
Cozinha contemporânea bem elaborada. Ambiente ligado ao Jockey
Club, com vista para o charmoso
desfile de cavalos antes do páreo.
Pça. Santos Dumont, 31
Jockey Club, Gávea
(21) 2512-2247, Não fecha.
Mediterrânea, Chic
Carta variada e elaborada pelo sommelier Rogério Silva, voltada para
Itália e Brasil. Possui 140 rótulos e
grandes vinhos.
Original cozinha mediterrânea, com
frigideira à mesa.
Ambiente aconchegante.
Av. Atlântica, 3056, Copacabana
(21) 2549-9958. Não fecha
Bistrô, Chic
Espetacular carta de vinhos com
mais de 400 rótulos. Pode-se escolher vinhos da loja pelo mesmo
preço. Inova com 40 rótulos em taça,
incluindo champagne.
Cozinha de bistrô moderna e elaborada. Ambiente em 2 andares amplos.
Av. Rio Branco,180, Centro
(21) 2220-9571, Fecha sáb-dom.
Internacional, Informal
Principais países bem representados
através de 180 rótulos. Preços bons.
A adega possui grandes rótulos.
Cozinha internacional de buffet e a
la carte.
Decoração moderna e bastante
elaborada.
Rua Miguel de Frias, 106, Icaraí
Niterói, (21) 2729-8080, Não fecha.
Barra
Botafogo / Flamengo
Fratelli
Italiana, Informal
Uma das boas cartas de restaurante,
contendo 226 rótulos de vários países, incluindo vinhos ícones.
Culinária italiana original em ambiente avarandado e aconchegante.
Rua General San Martin, 983
Leblon, (21) 2259-6699
De 2a a 6a jantar.
Sáb e dom almoço e jantar.
Porcão
Rosita Café
Empório Santa Fé
Bistrô, Informal
Carta enxuta porém com bons rótulos. Preços convidativos entre R$40
e R$60. Aceita rolha (R$15).
Culinária abrasileirada de bistrô com
esmero na utilização de ingredientes
frescos. Arquitetura aconchegante.
Av. das Américas, 500, bl. 21, lj. 126,
Downtown, (21) 3084-5202
Fecha 2a, 3a e dom.
Contemporânea, Chic
Estupenda variedade, com 350 a
400 rótulos, incluindo vinhos raros.
Também loja de vinhos e wine bar.
Toda 3a dá desconto de 25% e de 4a
a 2a, 15% para levar para casa.
Cozinha contemporânea, ambiente
bem decorado e chic.
Praia do Flamengo, 02, Flamengo
(21) 2245-6274, Não fecha
Stravaganze
Tizziano
Senac Bistrô
Pizzaria, Informal
Carta variada, com Velho e Novo
Mundo. Otimos rótulos com preços
entre R$ 42 e R$ 70, com destaque
para castas italianas.
Pizzas gourmet e algumas assinadas por grandes chefs. Decoração
moderna com muita madeira.
Rua Maria Quitéria, 132, Ipanema
(21) 2523-2391. Só jantar
Italiana, Informal
Carta vasta com predomínio de
Chile e Argentina. Alguns rótulos
preciosos.
Culinária italiana. Massa própria,
além de pizzas em forno à lenha.
Amplo ambiente, com arquitetura de
tijolos aparentes e vidro.
Avenida Armando Lombardi, 1010,
(21) 2492-1878, Não fecha.
Contemporânea, Informal
Carta diversificada, com bons rótulos
do Velho e Novo mundo. Preços convidativos, entre R$40 e R$80.
Culinária contemporânea variada.
Arquitetura aconchegante e gostosa
na charmosa mansão Figner.
Rua Marquês de Abrantes, 99
Flamengo, (21) 3138-1540
Fecha 2a. e dom-jantar
Carnes, Informal
Carta ampla e variada, com foco no
Novo Mundo, sendo destaques Chile
e Argentina. Alguns grandes rótulos.
Rodada dupla de taça de espumante
às 3as das 18h às 20h.
Carnes de todos os tipos no sistema
rodízio. Amplo salão.
Rua Barão da Torre, 218, Ipanema
(21) 3389-8989. Não fecha
Não pense muito!
Encomende já o livro!
Vinho
no Mundo dos Negócios
Um livro de Didú Russo e
Regis Gehlen Oliveira
por apenas R$39,00
(11) 4192-2120
[email protected]
Jornal Vinho & Cia - No. 25
É mais barato do que uma
garrafa de vinho!
Aproveita e separa um
para você, né?
Ah... Só não deixa o seu
concorrente saber!
15
Para acompanhar
Passárgada...
ou num “templo” da carne
na cidade maravilhosa
Circuito
do Vinho
Nas ondas
do Rio
Fernando
Quartim
Jaqueline
Barroso
Diretor da SBAV-SP
Enófila
[email protected]
[email protected]
P
ois é, certa vez estava almoçando
em um restaurante e comia uma
carne deliciosa, com tudo que se
espera de uma ótima carne! Pergunta
lógica: onde vocês compram esta maravilha? A resposta não foi imediata e o
garçom se apressou em chamar alguém
que pudesse satisfazer minha curiosidade.
Veio logo falar comigo uma pessoa com
ar mais sério, vestido à paisana. Eu não o
conhecia, pois era a primeira vez que ia
ao restaurante. Isso já faz tempo!
— Esta carne é nossa produção! Me
responde a figura.
— Caramba! E quem é essa “nossa
produção”?
Era, nada mais, do que Sylvio Lazzarini Neto, pecuarista, influente ruralista,
consultor, defensor da livre iniciativa e
amante da arte da culinária da carne!
A conversa fluiu longamente com toda
a simpatia dele, finalizando com a minha
clássica pergunta: e onde posso comprar
sua carne, Sylvio?
— Espera aí, vou lhe dar o endereço
e, lá, você fala com a Rosana e diz que é
meu amigo!
— Ahn... Vai bem, mas você acha que
eu vou falar uma coisa que qualquer um
pode falar... E ... Daí...
— Não, tome aqui este cartão.
Observei o cartão e nele estava escrito,
à caneta, por cima: “Amigo do dono”.
Hoje faço churrascos com as carnes
do Lazzarini e nem mais preciso visitar
a Rosana, faço tudo por telefone e ela
manda entregar em minha casa! Confesso
uma coisa: meus churrascos têm ficado
bem melhores, principalmente depois
16
O que acontece
XVIII Festa da Primavera
Varanda
Rua Gen. Mena Barreto, 793, Itaim
Bibi, (11) 3887-8870, São Paulo
que li as dicas que Sylvio dá em seu livro, A Culinária da Carne e o Churrasco
Brasileiro.
No Varanda, seu restaurante, onde me
sinto em Passárgada, ou num verdadeiro
“templo” da carne, é onde se pode encontrar estas maravilhas!
Para acompanhar a enorme variedade
de cortes de carne, o Varanda possui uma
maravilhosa e premiada adega com mais
de 350 rótulos, sendo que entre eles pelo
menos 14 rótulos brasileiros de qualidade. Parabéns ao Varanda pelo prestígio à
produção nacional!
Não dá para dizer que o Varanda é um
restaurante em que se elege um cantinho
romântico, mas com alguma criatividade escolhe-se um lugar um pouco mais
aconchegante.
Valquíria está estudando e se aprimorando para substituir, em desafiante
missão, a Tiago no serviço dos vinhos.
Torcendo pelo seu sucesso, vamos acompanhá-la de perto. E o Vagno nos acolhe
no salão, atenciosamente, após sermos ciceroneados pelo sempre presente Sylvio.
O Varanda pode integrar o Circuito
do Vinho, onde encontramos um ótimo
serviço em ambiente bastante agradável,
em que o vinho, sempre presente, faz um
final feliz!
A noite de 9 de novembro é lembrada
como sendo a da Festa da Primavera,
promovida pela ABS-Rio, nos salões
Gávea A e B do Hotel Sheraton, na Av.
Niemeyer 121, imperdível para associados
e convidados, muito aguardada pelos enófilos carioca. O organizador é o diretor de
eventos Antonio Dantas. É um espetáculo,
com muitas gostosuras para comer e mais
de 20 stands de vinho, além de música
ao vivo e uma novidade neste ano: o Bar
do Madeira e do Porto. (21) 2265.2157,
www.abs-rio.com.br
Vinho & Vela
Ahhhh... Minhas duas paixões juntas:
vinho & vela. Como velejadora, tenho o
prazer de comunicar o evento no qual o
Provence Club Brasil é um dos patrocinadores da 2a Regata Clássica de Búzios.
E como amante do vinho, meu coração
está orgulhoso do nosso “caldo” ter conseguido mais este espaço tão importante.
O evento é no Iate Clube Armação de
Búzios, de 23 a 25 de novembro. Nestes
3 dias, os vinhos de Provence estão presentes nos almoços, jantares e coquetéis.
(www.regataclassica.com.br)
Festival de rosés
O Provence Club Brasil prepara
também, para janeiro, um grande festival
de harmonização de Rosés de Provence
com a culinária brasileira, em centenas de
restaurantes de todo o Brasil, com ações
mais fortes nas praias.
De Portugal
Rosé da Pizzato
O enólogo Ivo Pizzato lançou no Rio
seu vinho Rosé elaborado com 100% de
Merlot, para abrilhantar nosso verão. A
representante no Rio, Josette Gedeon
(21) 9133-9907, informa que o Rosé já é
encontrado nas melhores lojas especializadas, como L ‘Orangerie, Candy-Cobal
do Humaitá, La Botella e Milli Vini. Neste
verão o que não irá faltar, além do calor
intenso, será vinho rosé. A estação promete! Cheers! (www.pizzato.net)
Denise Cavalcante, colunista do
Vinho&Cia, organizou brilhantemente
mais um excelente evento do AICEP
- Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal. O Cônsul de
Portugal no Rio, Antonio Almeida Lima,
e sua esposa, Vanda, abriram os salões
do magnífico Palácio São Clemente para
promover os vinhos da sua terra. Foram
mais de 200 rótulos apresentados ao
importante consumidor carioca. Eventos
desse “calibre” não podem deixar de ter
sua edição anual. Parabéns, Denise!
Denise Cavalcante, António
Almeida Lima
(Cônsul de
Portugal no Rio)
e Maria Carolina Lousinhas
(responsável
por vinhos no
AICEP)
Jornal Vinho & Cia - No. 25
Para acompanhar
A influência
Concurso
dos métodos de cocção
Vinho
& Comida
José Ivan
Santos
Escritor e professor do Senac
[email protected]
O
ingrediente principal de um prato
pode não ser a única ou principal
base para determinar um vinho
para combinar com a comida. A forma
de preparação dos ingredientes também
tem um papel significativo. Marinadas
complexas podem transformar o sabor do
ingrediente principal, originando novos
ou diferentes sabores. E o método de
cocção pode sobrepujar tudo.
Algumas técnicas de cocção, como
cozinhar no vapor ou ferver, aportam o
mínimo de sabor e são conhecidas como
de baixo impacto. Outras como defumar,
grelhar e tostar são dominantes, técnicas
de alto impacto, que podem transformar o
sabor dos alimentos. Defumar pode aportar doçura e elementos de fumaça. Grelhar
pode trazer amargor, leve sabor acre e
crosta externa. Saltear (cocção em que se
evita que o alimento perca seu líquido) é
quase neutro: pode aportar leve doçura,
latino-americano Azteca
mas os sabores finais são mais fiéis aos
ingredientes. Fritura adiciona traços de
doçura e uma textura instigante. Brasear
(cozinhar o alimento com um pouco de
caldo em recipiente fechado) e assar são
métodos de médio impacto.
Para constatar essas diferenças, pegue
três filés de peito de frango e aplique uma
cocção diferente em cada: um no vapor,
outro assado e o último grelhado. Experimente com vinhos diferentes e note que
a preferência pelo vinho muda de acordo
com o método de cocção.
E os acompanhamentos?
Viagens globais, experiências gastronômicas e sabores muito ousados aliados
à grande disponibilidade de ingredientes
frescos do mundo todo nos mostram
que se vive numa época gastronômica
intrigante. Freqüentemente, os menus de
restaurantes assustam. Não só se recorre
a um cansativo cardápio descritivo, mas
também os pratos são servidos com mais
de quatro acompanhamentos, itens com
personalidade tão forte quanto o ingrediente principal. Quando pretender uma
refeição mais elaborada, lembre-se de que
os acompanhamentos e os condimentos
podem, assim como o molho, influenciar
a escolha do vinho, mais até que o ingrediente principal ou o modo de preparo.
Na próxima edição falaremos sobre as
influências dos molhos.
Alta
Gastronomia
Jorge
Monti
Presidente da Abaga
[email protected]
A
dupla da Abaga, Associação Brasileira da Alta Gastronomia, composta pelo chef Mario J. Freitas do
Hotel Intercontinental do Rio de Janeiro
e a sua assistente Renata Nunes, ficou em
terceiro lugar no concurso latino-americano Azteca. Faturou a medalha de Bronze,
ganhou 3 mil dólares e classificou-se para
o mundial Bocuse D´Or de 2009 em Lyon,
na França.
A equipe do Brasil foi formada pelo
presidente da Abaga, chef Jorge Monti de
Valsassina, e pelo capitão da equipe, chef
Marcelo Pinheiro do Hotel Intercontinental de São Paulo. Acompanhando a equipe
e na torcida estava a dra. Maria Lucia
Garcia, presidente da Sbgan - Sociedade
Brasileira de Gastronomia e Nutrição.
A equipe do Brasil foi patrocinada por:
atelier Andre Razuk, Apex do Brasil,
Nascimento Turismo, Sindicato do Café
do Estado de São Paulo e Abaga.
O evento foi de altíssima qualidade.
A equipe do Brasil ficou com 832 pontos,
sendo penalizada com 40 pontos a menos
por não colocar uma guarnição na travessa
e por atrasar dois minutos na entrega da
Cheeseburger com fritas elaborado pelo forneria San Paolo. Exemplo de prato
com três métodos de cocção que podem influenciar na escolha do vinho para combinar: grelhado (da carne), assado (da massa) e fritura (das batatas).
Jornal Vinho & Cia - No. 25
segunda bandeja. O Uruguai ficou em segundo com 834 pontos, sem penalidades,
faturou 6 mil dólares, ganhou medalha de
prata e classificou-se para o Mundial da
França. A Argentina ficou em primeiro lugar, com 843 pontos, com um penalidade
de 10 pontos por não colocar 14 porções
individuais de peixe como especificados
nas regras, faturou o troféu Azteca 2007,
ganhou 10 mil dólares e também classificou-se para o Mundial da França.
O premio de melhor peixe ficou com
Chile, a melhor carne com a Guatemala e
o melhor assistente com a Venezuela.
Concorreram 12 países da América
Latina: Argentina, Brasil, Bolívia, Peru,
Guatemala, Costa Rica, México, Cuba,
Colômbia, Venezuela, Equador e Uruguai.
Em 2003 o campeão foi o Brasil, em
2005 a Argentina e agora em 2007 novamente a Argentina.
A equipe do Brasil comemorando
o 3o lugar no Concurso Culinário
Latino-Americano Azteca, com 12
países em concorrência. Na edição de 2003 o Brasil foi campeão.
17
Para acompanhar
Saltimbocca
& Vinhos
Q
ue vinhos combinam com Saltimbocca alla Romana? Esse foi o prato escolhido para a primeira
degustação do Vinho&Cia realizada no Rio de
Janeiro. É um prato de tradição italiana, relativamente
simples, com características interessantes para experiências de harmonização de vinho e comida.
Com organização de Jaqueline Barroso, Vinho&Cia
reuniu a sua equipe junto com degustadores locais
e provou às cegas (sem conhecimento do rótulo) 24
amostras encaminhadas por importadoras, distribuidoras e vinícolas, apresentadas na tabela ao lado. Os seis
melhores vinhos na combinação com o prato receberam
as medalhas Cia. de Ouro, Prata e Bronze, e estão em
destaque também ao lado.
Participaram da degustação Adriana Bonilha, Danilo
Machado, Emília Leandro, Euclides Penedo, Jaqueline
Barroso, Jeanne Marioton, João Manso, Lígia Peçanha,
Marlise Brandão, Pedro Alves, Regis Gehlen Oliveira e
Valdiney Ferreira.
O prato e o serviço
O prato e o serviço de vinhos foi do restaurante La Finestra, do Hotel Porto Bay International, em Copacabana.
A receita da Saltimbocca alla Romana para a degustação foi composta por escalopinho de filé mignon, recheado com presunto cru e folhas de sálvia, com molho de vinho branco reduzido incorporado ao suco da carne,
guarnecido com fettucine na manteiga e sálvia.
O procedimento para o serviço de vinhos às cegas foi comandado pelo sommelier do restaurante, Túlio.
Onde comer
O restaurante La Finestra, situado no 5o
andar do Hotel Porto Bay International,
tem uma belíssima vista da praia de Copacabana. Foi reformado recentemente
e está com ambiente bastante agradável,
moderno, com iluminação instigante e
predominância de tons pretos. O menu
apresenta boa variedade de pratos de influência italiana e os preços não são muito
elevados. A carta de vinhos tem bons
rótulos, com predominância de valores
entre R$40 e R$80, e foi elaborada sob
consultoria do enófilo Mike Taylor.
La Finestra, Hotel Porto Bay
Av. Atlântica, 1500, 5o andar
(21) 2546-8000
Copacabana, Rio de Janeiro
18
Jornal Vinho & Cia - No. 25
Para acompanhar
Os melhores
com saltimbocca
1
2
3
4
5
6
O que combina
A Saltimbocca alla Romana preparada
pelo La Finestra tinha algumas características básicas que predominaram
para a combinação com os vinhos.
Em primeiro lugar o “peso” da carne
e a gordura da manteiga, presente no
escalopinho e na massa de acompanhamento. As folhas de sálvia determinam
o realce do prato, com seu forte herbáceo. O salgado proporcionado pelo
presunto cru limita a combinação com
vinhos com taninos ainda não muito
redondos e o molho reduzido com vinho
branco dá um forte toque de acidez, que
se contrapõe ao equilíbrio da maioria
dos tintos. Mesmo assim a estrutura
do prato pede vinhos tintos e todos os
fornecedores escolheram rótulos deste
tipo para a degustação.
Os melhores rótulos foram os que conseguiram “passar no meio” de todas essas
limitações. Após a degustação e abertos
os rótulos, percebeu-se que não houve
predominância de uma uva nas melhores
combinações, e, sim, valeram mesmo as
características de cada vinho. Produtos
com pouca acidez não se saíram bem.
O vencedor foi um corte português, o
Quinta da Pigarça. Foram ótimas combinações três vinhos nacionais, dois de
Santa Catarina (Sanjo Nobrese e VG
Innominabile) e um de Flores da Cunha
(Argenta Gran Reserva Merlot).
Vinhos que recebem medalha
item
1
2
3
4
5
6
fornecedor
Garrafeira Real
Sanjo
Villaggio Grando
Argenta
Massimex
Interfood
fone
(21) 2584-0834
(49) 3233-0012
(49) 3563-1188
(54) 3292-4477
(11) 3562-8206
(11) 6602-7255
produtor
Quinta da Pigarça
Sanjo
Villaggio Grando
Argenta
Santa Mônica
La Valentina
origem
Portugal
Brasil
Brasil
Brasil
Chile
Itália
região
Alentejo
São Joaquim
Altitude de SC
Flores da Cunha
Rapel
Montep. D´Abruzzo
vinho
Quinta da Pigarça
Nobrese
VG Innominabile
Luiz Argenta Gran Reserva
Surazo Reserva Carmenère
Montepulciano D´Abruzzo
tipo uva
Tinto Várias
Tinto Cabernet Sauvignon
Tinto Várias
Tinto Merlot
Tinto Carmenère
Tinto Montep. D´Abruzzo
2004
2005
2005
2005
2003
2003
vinho
Gran Reserva
Terrarum
Mundus
Monte da Cal
100 Marias
Balitore
Surazo Merlot
RAR
Reserva Miolo
Rosso Piceno
Reserva Panizzon
Talento
Volpi
Núbio
Antiguas Reservas
Lello
Primitivo di Manduria
Cono Sur Reserva
tipo uva
Tinto Syrah
Tinto Carmenère
Tinto Malbec
Tinto Várias
Tinto Aragonês, Trincadeira
Tinto Sangiovese
Tinto Merlot
Tinto Cabernet, Merlot
Tinto Cabernet Sauvignon
Tinto N/I
Tinto Merlot
Tinto Várias
Tinto Merlot
Tinto Cabernet Sauvignon
Tinto Merlot
Tinto N/I
Tinto Primitivo
Tinto Carmenère
2003
2005
2006
2004
2005
2004
2001
2004
2005
2004
2004
2004
2005
2005
2006
2005
2004
2004
safra
R$ avaliação
30 Ouro
30 Prata
75 Prata
45 Bronze
44 Bronze
70 Bronze
Demais vinhos da degustação
item
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24
fornecedor
Carvalhido
Carvalhido
Casa Valduga
Expand
Garrafeira Real
Interfood
Massimex
Miolo
Miolo
Mistral
Panizzon
Salton
Salton
Sanjo
Santar
Santar
Vinci
Wine Premium
fone
(21) 2584-1392
(21) 2584-1392
(11) 5044-7000
(11) 3847-4747
(21) 2584-0834
(11) 6602-7255
(11) 3562-8206
(0800) 970-4165
(0800) 970-4165
(11) 3372-3400
(54) 3297-5111
(11) 6959-3144
(11) 6959-3144
(49) 3233-0012
(11) 3227-7355
(11) 3227-7355
(11) 6097-0000
(11) 3040-3414
Jornal Vinho & Cia - No. 25
produtor
Morandé
Morandé
Sottano
Monte da Cal
Quinta da Pigarça
Balìa di Zola
Santa Mônica
Miolo
Miolo
Saladini Pilastri
Panizzon
Salton
Salton
Sanjo
Cousiño-Macul
Borges
Masseria Trajone
Cono Sur
origem
região
Maipo
Chile
Maipo
Argentina Mendoza
Portugal Alentejo
Portugal Alentejo
Itália
Sangiov. di Romagna
Chile
Rapel
Brasil
Campos de Cima
Brasil
Vale dos Vinhedos
Itália
Rosso Piceno
Brasil
Flores da Cunha
Brasil
Bento Gonçalves
Brasil
Bento Gonçalves
Brasil
São Joaquim
Chile
Maipo
Portugal Douro
Itália
Manduria
Chile
N/I
Chile
safra
R$ avaliação
53 39 35 78 20 106 30 48 20 32 12 65 25 45 50 28 39 39 -
19
Para acompanhar
Cursos de vinhos:
Wine bar:
uma viagem pelo sabor - 2
mais duas dicas
Vinho
& ocasião
Lojas
e pontos
Adriana
Bonilha
Denise
Cavalcante
Enófila
Jornalista
[email protected]
[email protected]
U
V
ocê não leu a coluna da edição
passada? Ah! Leu, mas não convenci e não deixei com água na
boca... Então não sabe o que perdeu!
Falei em se dar a possibilidade de
descobrir coisas novas em seu próprio paladar, em experiência única e inesquecível
no curso de harmonização do Vinho&Cia,
o encontro com três boas coisas da vida:
nós mesmos, a gastronomia e os vinhos.
Tivemos a primeira aula de harmonização com pizzas, mas, como o curso
“Vinho & Comida, o Essencial” continua, a vivência seguinte foi com carnes
e peixes.
Com a experiência, a didática e o carisma do professor Sérgio Inglez pudemos
nos deleitar com três cortes de carne no
restaurante North Grill: costelinha de porco, fraldinha e picanha. A possibilidade da
comparação com o vinho nos leva a mais
uma “viagem pelo sabor”, com novas descobertas e percepções. Afinal a costelinha
foi bem com um Chardonnay, a fraldinha
com um Cabernet Sauvignon e a picanha
já pediu um mais potente Malbec.
E com peixes e frutos do mar? Carpaccio de salmão, lula, mariscos... Um
linguado grelhado e uma anchova assada...
Hummm... Já estou salivando somente
com a lembrança do preparo do Rufino´s.
Paladar inesquecível! Mas foram também
inesquecíveis as harmonizações com Espumante, Sauvignon Blanc, Chardonnay
sem carvalho, Chardonnay com carvalho
e Rosé de Cabernet. Sob a orientação
do professor do Senac José Ivan Santos,
pudemos entender o porque e as regras
para harmonização sem metalização com
o iodo dos pescados.
m ponto procurado na cidade de
São Paulo, no bairro do Itaim
Bibi, é o Wine Bar Pomodori.
Aberto há cerca de um ano, só vende
vinhos italianos de excelente qualidade.
A oferta em taças muda todos os dias.
Promove degustações temáticas para 10
pessoas, que se sentam em volta do bar
com direito a queijos e um prato de massa
depois da aula.
Continuo na mesma linha: eu recomendo esta viagem! E se o meu texto não
convence, dê uma chance: propicie a você
mesmo esta experiência.
É muito freqüentado no happy-hour,
ou para as pessoas que esperam alguém
para jantar no sofisticado restaurante
Pomodori, ao lado. “Tem até gente que
termina de jantar e fica aqui para mais
um vinho com o cigarro”, comenta Sissi
Spitaletti, gerente de marketing da casa.
Sissi não consegue identificar um vinho
favorito da casa, porque há muitas mudanças na carta, mas os Toscanos, os Barolos
e Barbarescos estão na preferência dos
clientes. Muito reservado, o local só é
freqüentado por quem conhece e nem tem
placa na porta.
A Le Tire Bouchon, em Higienópolis,
São Paulo, foi aberta há dois anos como
20
loja e agora, recentemente, abriu seu wine
bar. O gerente da casa Lucas Cordeiro observa que o público que vem beber alguma
coisa sempre sai com uma garrafa na mão.
O wine bar funciona de 3ª a 6ª a partir das
17 horas até o ultimo cliente.
Na cozinha, petiscos e pratos do
chef Felipe Feragut recebem aplausos
(literalmente) do público. São 20 lugares
no mesmo espaço da loja e mais 40 na
taberna, um restaurante no subsolo, onde
são servidos jantares e, segundo Nina
Bastos, a proprietária, a casa está lotando
todas as noites. “O movimento é muito
grande porque tomar vinho em loja é a
democracia do vinho, pois o custo é bem
inferior aos praticados em restaurantes,
que em geral colocam mais de 80% acima
do preço de custo”, observa Nina. Em todas as semanas o cardápio muda e sempre
são oferecidas 6 opções de vinhos em taça,
3 franceses “bag
in box” (vinho
em caixa especial com válvula
e torneirinha), e
outros três que
mudam para
harmonizar com
o jantar da semana.
A loja é também importadora
e traz hoje 31 rótulos da França,
sendo a única a
oferecer vinhos
da Ilha de Córsega, como o Rosé Domaine
Casanova Gris, um dos mais vendidos, a
R$40. O Cote Vigne, do Vale du Rhône,
em embalagem “bag in box” de 5 litros,
custa R$142.
Wine Bar Pomodori
R. Prof. Tamandaré Toledo, 25
Itaim Bibi, (11) 3071-1312
São Paulo
Le Tire Bouchon
R. Barão de Tatuí, 285
Santa Cecília, (11) 3822-0515
São Paulo
Jornal Vinho & Cia - No. 25
Para acompanhar
Habanosommelier
Na hora do almoço
charutos e bebidas
executivo pode beber?
Charutos
No mundo
dos negócios
Cesar
Adames
Didú Russo
Regis Oliveira
Consultor na área de tabaco
Escritores
[email protected]
[email protected]
M
uitas pessoas não bebem na
hora do almoço. No Brasil a
cultura da bebida nessa hora
não está muito presente. Talvez porque a
cultura nacional seja a de beber com exagero. E, nesse sentido, exagerar na hora de
trabalho não é nada recomendável.
P
or conta da comemoração dos 30
anos da Menendez & Amerino, o
Brasil recebeu a visita de Manuela
Romeralo. A mais premiada sommelière
de charutos do mundo veio ao Brasil
exclusivamente para o evento de aniversário que ocorreu em setembro passado
no Sofitel Itapuã em Salvador.
Há 10 anos a especialista assina a carta
de vinhos, com cerca de 400 rótulos, de
charutos, com 70 variedades, de água
e destilados do famoso restaurante La
Sucursal, de Valência, na Espanha, que é,
inclusive, premiado com uma estrela pelo
Guia Michelin. Em 2005 ela foi à primeira
mulher a receber o título de melhor sommelière de vinhos e charutos da Espanha,
superando todos os candidatos (homens),
tradicionais vencedores do evento. Entre
suas conquistas, também está o título de
campeã da Espanha do concurso Habanosommelier em 2005 e campeã do Mundo
de Habanosommelier em Cuba em 2006.
Tive a oportunidade de conversar com ela
após a apresentação e fiz uma pequena
entrevista para Vinho & Cia.
No que consiste o serviço de Sommelier
de Charutos?
O Sommelier de Charutos é o responsável pelo serviço de charutos e bebidas ao
cliente. Cabe a ele realizar o corte, acender
e servir o charuto, procurando harmonizar
com uma bebida adequada.
Você acende o charuto antes de cortar.
Qual é o motivo disto?
Toda vez que cortamos o charuto antes
de acender criamos um efeito “chaminé”
que faz com que a fumaça suba até a
ponta do charuto. Sem cortar antes de
acender, os sabores ficam presos dentro
do charuto.
Jornal Vinho & Cia - No. 25
Na Europa, contudo, as pessoas
consomem vinho normalmente na hora
do almoço. O vinho é o par natural dos
pratos de comida. Lá, é raro quem não
trabalha adequadamente à tarde porque
bebeu vinho no almoço. As pessoas bebem moderadamente, de acordo com o
seu ponto. A cultura européia é milenar e
os seus países são desenvolvidos. Não há
nada de errado em beber nessa hora, se o
ato for feito com responsabilidade. Para
quem não tem alta sensibilidade ao álcool,
é bem provável que uma taça de vinho no
almoço não tire a sobriedade.
Hoje, para quem não tem contra-indicação, vários médicos recomendam o
consumo regular e moderado de vinho
todos os dias. Há estudos científicos que
comprovam que uma taça no almoço e
outra no jantar, sobretudo de vinho tinto, é
bom para prevenir doenças cardíacas e de
pressão. Um estudo de médicos nórdicos,
com observação de vários anos, mostrou
que grupos de pessoas que bebiam vinho
com regularidade e em doses adequadas
tendiam a diminuir a circunferência abdominal.
Assim, se você, executivo ou empresário, se sentir bem e consumir moderadamente, não há problema em beber vinho
no almoço. Observe, contudo, se a sua
empresa possui um código de ética que
não recomende o consumo. Nesse caso,
para você será uma lei superior ao bomsenso e à cultura vigente dos enófilos.
Durante a degustação dos charutos
você utilizou chá entre as bebidas. Por
quê?
A função do chá é a de limpar as papilas gustativas preparando a boca para
outros sabores e aromas que estão por
vir. Ele é diferente da água que é adstringente e é amplamente utilizado durante
as degustações de charutos nas fábricas
de Havana.
Na sua opinião quais são as bebidas que
NÃO harmonizam com charutos?
Bebidas brancas como o Gim, a Vodka
e o Saquê, bebidas que são servidas frias,
como as cervejas, e bebidas que tenham
gás carbônico em sua fórmula.
Qual é o melhor tipo de corte para um
charuto?
Depende do gosto do apreciador. Se
ele utilizar uma guilhotina ou uma tesoura, o fluxo do charuto será uniforme.
Caso utilize um furador, a fumaça irá se
concentrar na ponta e o charuto terá um
sabor mais encorpado.
21
Para acompanhar
Castelinho
Ted Bebedor
e o meu primeiro D’Yquem
no meio de detalhes
Compor
tamento
Crônica
Didú
Russo
Regis Gehlen
Oliveira
Escritor
Editor do Vinho & Cia
[email protected]
[email protected]
H
ouve uma época em que ladrões
não usavam automóvel, não havia a Piaçaguera para se chegar
ao Guarujá e a vida era tão mais próxima
da Europa do que do Paraguai...
Eu tive a sorte de viver nessa época.
Foi quando me apaixonei por minha mulher e um de nossos programas prediletos
era descer ao Guarujá para um fim de
semana dos deuses. A sexta-feira contemplava uma ida ao Restaurante Castelinho,
que ficava no alto de um morro na praia
das Asturias. Havia também o Dalmo,
que era pequenino e com chão de terra
batida, e o Âncora, que mais parecia um
Relais & Chateaux, com suas mesinhas
bem-arrumadas na varanda e os quartos
super arrumadinhos e finos. O Monduba
era para a hora da caipirinha ou do chopinho e o Monte Carlo era para os cafés
da manhã, com seus imperdíveis croissant
fresquíssimos...
Mas eu queria mesmo é contar de meu
primeiro Yquem. Queria impressionar
aquela namorada que se transformou na
mãe de meus filhos e com quem vivo até
hoje. Chegamos ao Castelinho, conseguimos uma mesinha no terraço com aquela
vista linda e abrimos um Champagne (eu
ganhava super bem
na época). Jantamos um camarão
impecável que se
fazia lá, com o arroz
passado na frigideira com salsinha. Na
sobremesa não se
podia pedir nada
mais chic do que
um Crêpe Suzette”
e então abri minha
meia garrafa de
22
D
Château D’Yquem!... Como descrever
um sentimento desses? Naquele terraço,
com aquela comida, aquele vinho e aquela
mulher, naquela época, com dinheiro
no bolso e a juventude dos taninos em
início de polimerização... Não fui eu que
homenageei o Yquem, foi ele quem me
homenageou e eu nem percebi direito o
que estava acontecendo. Saudade...
e repente surge o exército.
Marchando compassadamente
avança em direção ao objetivo.
Nas mãos, o instrumento que pode alterar o curso das coisas. Um certa ponta
de apreensão denota-se nos rostos. Cada
componente ruma para o seu posto. Parece
não haver comandante. A ordem foi dada
anteriormente. Tem de ser cumprida. E
rápido. Não há muito tempo. Qualquer
vacilo poderá comprometer o plano. É
importante a ação na sequência. O clima
precisa ser mantido. O resultado do esforço de muitos está ali com cada um. O
alvo está próximo. É só uma questão de
instante. E é agora... Preparar...
- Senhor?
- Ahn?
- A taça...
- Sim?
- Está na caixinha.
- Ah!
- Essa é a primeira amostra.
- Obrigado.
No telão vê-se a imagem da mesa
principal. No pavilhão estão cerca de 600
degustadores.
- Ted Bebedor, que beleza é a Avaliação Nacional de Vinhos, hein?
- Ah! Sim, caro leitor.
- Tudo funciona direitinho. E que brigada bem-treinada, hein? Em instantes,
todo mundo servido.
- Um verdadeiro exército!
A apresentadora anuncia as características da amostra. Tipo de uva, pH, índices
básicos, barrica, etc. Os degustadores
sentem os aromas. Alguns já começam a
anotar. Dão uma nota para cada um dos
itens na ficha de degustação. Limpidez,
cor, intensidade, qualidade, acidez...
Detalhes...
Os aromas fazem o pensamento voar.
Vem à mente a grande música do Roberto
e do Erasmo, Detalhes.
“Não adianta nem tentar / Me esquecer
/ Durante muito tempo / Em sua vida /
Eu vou viver... / Detalhes tão pequenos /
De nós dois / São coisas muito grandes /
Prá esquecer / E a toda hora vão / Estar
presentes / Você vai ver...
- Ted, tem muitos itens nessas fichas
de degustação, né?
- Muitos números, caro leitor.
- Mas, como transformar prazer em
números?
- Complicado, né? Coisas de enófilos
e enólogos... Já pensou se a gente fosse
preencher uma ficha de um grande amor,
de uma grande mulher, como, por exemplo, a Juliana Paes?
- Como a Juliana Paes, Ted?
- É... Limpidez, 10. Tonalidade, 10.
Corpo, 10. Maciez, 10. Acidez...
- Aí depende do dia, né?
- Isso, caro leitor. Tipicidade, 10.
- Peraí, a Juliana Paes é típica do que,
hein?
- Hum... Precisamos reavaliar esse
item. Evolução na boca...
- Com certeza deve ser 10, né?
- Adstringência... 10, ao chegar perto
dela deve secar a boca. Amargor...
- Aí é complicado, Ted...
- Difícil... Doçura, 10. Perlage, 10.
- Mas é avaliação de espumante ou de
sobremesa?
- Caro leitor, não é fácil definir...
- Tenho a impressão de que falta algo
nessas fichas para um grande amor...
- Eu também, caro leitor. Acho que
alguns detalhes...
“Eu sei que esses detalhes / Vão
sumir na longa estrada / Do tempo que
transforma / Todo amor em quase nada /
Mas ‘quase’ / Também é mais um detalhe
/ Um grande amor / Não vai morrer assim
/ Por isso / De vez em quando você vai /
Vai lembrar de mim...”
Jornal Vinho & Cia - No. 25
Jornal Vinho & Cia - No. 25
23
Aprecie com moderação
Vinícolas de vinhos de altitude de Santa Catarina... Terroir diferenciado...
Menu do chef Newton Figueiredo... Prazer de apreciar os vinhos harmonizados...
Apresentação de Sérgio Inglez de Souza... Experiência única...
Projeto
Harmonizando o terroir
MENU
Entrada
Legumes grelhados com mix de folhas
e vinagrete de vinho branco
Primeiro prato
Ravioli bicolor de quatro queijos
ao molho de manteiga e ervas finas
Segundo prato
Pernil de cordeiro
ao molho de vinho tinto com mini batata
29 de novembro, quinta-feira, 20h30
Realização
R$90 por pessoa
(R$75 para sócio da SBAV-SP)
VINHOS
Panceri Chardonnay
Villaggio Grando Chardonnay
Tapera Augusta Branco
Núbio Rosé Cabernet
Pisani Panceri Grande Reserva Merlot
Núbio Tinto Cabernet
Tapera Augusta Cabernet Merlot
Villaggio Grando Innominabile
Quinta Santa Maria Portento
Local e reservas
SBAV-SP
Al. Gabriel Monteiro da Silva, 2586
Jardim Paulistano, São Paulo
(11) 3814-7905, [email protected]
Vinho&Cia

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