Palavrinhas nº 16

Transcrição

Palavrinhas nº 16
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NÚMERO 16
www.agavelar.cce.ms/palavrinhas
DIA INTERNACIONAL DA MULHER…
QAUALIDADE DE VIDA NO FEMININO.
A qualidade de vida das mulheres
passa pela liberdade de assumirem a
especificidade dos seus valores e
viverem segundo as suas tendências,
interesses e sensibilidades.
Pensamentos, pág. 15
ANO 6
ABRIL 2003
RED HOT CHILI PEPPERS
O seu último álbum, “By The
Way”, é mais calmo e maduro
estando a ter um grande êxito
no nosso país.
Dar a Conhecer, pág. 10
O SONHO DE SERRALVES
A ENGENHARIA PORTUGUESA NO SÉC. XX
No dia 15 de Janeiro de 2003, os alunos do 6º ano da
Escola E.B. 2.3. de Avelar foram fazer uma visita de
estudo à Exposição “ Engenho e Obra” patente na
Cordoaria Nacional.
Actualidades, pág. 4
CLUBE DE FOTOGRAFIA
Centenas de fotografias tiradas essencialmente com a
máquina digital, organizadas em mais de 10 galerias que
podes ver no Palavrinhas On-line.
Os alunos que todas as
semanas se envolvem nas
actividades dinamizadas pelos
clubes da escola, participaram
na visita de estudo à
Fundação de Serralves, no
Porto, e ao Zoo da Maia.
Actualidades, pág. 5
PREVENÇÃO RODOVIÁRIA
Para que os condutores respeitem as regras e os
placares existentes nas estradas, é necessário que
tenham uma boa formação cívica.
Pensamentos, pág. 17
Não te esqueças de ler o Biblionotícia, pág. 6
Actualidades, pág. 6
Gostas?
PALAVRINHAS
16
SUMÁRIO
EDITORIAL .....................................................2
ACTUALIDADES ............................................2
Barragem da Aguieira - visita de estudo ..........2
A Primavera da Europa, o Clube Europeu e o
Sr. ministro da Europa .....................................3
IV Jogos Escolares Concelhios ........................3
Visita de estudo a Santiago de Compostela......3
Sexualidade.......................................................4
Falar nunca é demais…....................................4
Visita à Exposição Engenho e Obra.................4
Visita de estudo à Fundação de Serralves e ao
Zoo da Maia......................................................5
Visita ao Instituto Geofísico de Coimbra e à
Fábrica de Papel do Prado da Lousã...............5
Clube de fotografia ...........................................6
BIBLIONOTÍCIA.............................................6
DAR A CONHECER......................................10
Água… Um bem Infinito? ...............................10
Red Hot Chili Peppers, uma banda que veio
para ficar!.......................................................10
O Douro Internacional, Freixo de Espada à
Cinta ...............................................................11
O que é o Instituto do Consumidor?...............11
A Protecção do Consumidor...........................11
A confecção dos alimentos e a qualidade de
vida .................................................................11
Inquérito sobre a reciclagem..........................12
Direitos das crianças......................................13
O que é o Instituto do Consumidor?...............13
A Protecção do Consumidor...........................14
Conhecer a LECA ...........................................14
PENSAMENTOS............................................15
Dia Internacional da Mulher - Qualidade de
vida …no feminino..........................................15
Pela liberdade ou pelo petróleo? ...................16
E assim vai a qualidade de vida no mundo….16
Palavrinhas em debate -9ºA ...........................17
A Prevenção Rodoviária.................................17
CRIAÇÕES .....................................................18
SITEADOS ......................................................19
INQUIRINDO .................................................20
EDITORIAL
(Que) Qualidade de Vida?
Quando há uns meses a equipa editorial
deste jornal pensou em definir qual o tema
aglutinador desta edição do Palavrinhas “A Qualidade de Vida”- Portugal estava em
recessão e não se vê ainda uma luz ao fundo
do túnel. E o que é que tudo isto pode ter
AGRUPAMENTO VERTICAL DAS ESCOLAS DE AVELAR
que ver com qualidade de vida? Fábricas que entram em
falência levando ao despedimento de trabalhadores e ao
aumento do desemprego que se situava em Fevereiro deste
ano em 6,7 %, os combustíveis que constantemente
aumentam de preço, os salários que estão congelados,
enfim, um sem número de coisas a que as famílias têm de
fazer frente em cada dia que passa! Estamos a pagar caro
os erros do passado, as compras a crédito e o consumismo
desenfreado que levou muitas famílias ao endividamento e
consequentemente a uma diminuição da sua qualidade de
vida. Claro que poderemos sempre dizer que este é um
pensamento egoísta, pois grande parte dos países da África
sub-sariana confrontam-se ainda com o problema de
satisfazerem as necessidades básicas da população, como
ter alimentos e água potável para beber, além de roupa
para vestir. Grande parte destes países africanos têm um
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) baixo.
Portugal, situa-se em 44º lugar no grupo de países com
IDH elevado, grupo este que é encabeçado pela Alemanha.
Na qualidade de vida de cada um encaixa também a
segurança e a prevenção em locais como as fábricas, as
Escolas e as estradas mas também as nossas casas. É certo
que a educação para a prevenção é o método mais eficaz
para prevenir acidentes e, no caso das estradas portuguesas
passa muito por educar os condutores a conduzirem com
civismo.
E o ambiente? Qual é a qualidade do ar que respiramos e
da água que corre nas nossas ribeiras e rios? Não nos
podemos esquecer que muito do que somos e as doenças
que nos afectam devem-se a factores ambientais,
relacionados com a poluição do ar, das águas e muitas
vezes dos solos, afectando a agricultura e toda a cadeia
alimentar de que o homem faz parte. Isto para não
falarmos da qualidade dos alimentos que comemos!
É um editorial pessimista? Não, nem pensar, basta
constatar que não dediquei uma única linha ao conflito
armado no Iraque!
Prof. Mário Marinho
P.S. Não queria deixar passar a oportunidade para agradecer a
colaboração dos Profs. Paula Dias e Paulo Alves: a primeira na
construção de um novo logótipo do Palavrinhas, pese embora há
dois anos longe da nossa Escola; o segundo pela contínua
colaboração nos Links/siteados bem como no arranjo gráfico do
Palavrinhas On-line.
ACTUALIDADES
Barragem da Aguieira - visita de estudo
No dia 23 de Março, fomos a uma visita de estudo à
Barragem da Aguieira. Chegámos à escola às 8h 15m e o
autocarro chegou às 8h30m.
Durante a viagem, divertimo-nos muito: cantámos,
ouvimos música, vimos o rio Mondego, a cidade de
Coimbra, o comboio e paisagens muito bonitas.
Chegámos à barragem às 11h. Aí, um senhor foi
acompanhou-nos na visita. O senhor começou por nos
mostrar as fotografias da barragem e da roda que produz a
electricidade. Depois, fomos visitar a sala de controlo das
máquinas. Seguidamente, visitámos o gerador parado e a
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PALAVRINHAS
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funcionar. Por fim, vimos os transformadores de
electricidade e os fios por onde ela sai.
Em seguida, fomos almoçar e regressámos à escola.
Alunos do 3.º ano da EB1 de Avelar
A Primavera da Europa, o Clube Europeu e o
Sr. ministro da Europa
No passado dia 21 de Março,
celebrou-se, por toda a Europa, a
“Primavera da Europa” e o Clube
Europeu
da
nossa
Escola
comemorou esta data participando
no colóquio promovido pelo
Governo Civil e Centro de Área
Educativa de Leiria, que teve
lugar no Instituto Português da
Juventude desta cidade.
Três escolas do nosso distrito – Escola Secundária
Rodrigues Lobo de Leiria, Agrupamento Vertical de
Escolas das Colmeias e Agrupamento Vertical de Escolas
de Avelar – apresentaram o trabalho desenvolvido no
âmbito do Programa Sócrates - Acção Comenius.
Os docentes, responsáveis pelos Clubes Europeus
destas escolas e alunos partilharam as suas experiências
em parcerias europeias, envolvendo alunos do pré-escolar,
ensino básico e secundário.
A nossa escola fez-se representar por trinta e sete
alunos, quatro docentes e pelo Presidente do Conselho
Executivo.
Este encontro contou com a presença de várias
entidades oficiais, nomeadamente o Coordenador Distrital
de Área Educativa, o Governador Civil de Leiria, a
Presidente da Câmara de Leiria, o Presidente do Instituto
Português da Juventude, o Ministro Conselheiro da
Polónia, o Representante da Comissão Europeia em
Portugal e o Ministro da Educação.
O apelo à valorização da Dimensão Europeia da
Educação e à construção de valores fundamentais para o
futuro dos jovens, nesta época em que a Europa parece
estar fragmentada e o mundo em crise, foi o mote deste
colóquio. De realçar a mensagem muito positiva, enviada a
todos os jovens europeus pelo Presidente da Comissão
Europeia, Romano Prodi, que dizia o seguinte: “As crises
internacionais e as divisões entre os governos dos países
europeus constituem mais uma razão, e não um obstáculo,
para a construção da Europa de amanhã”, bem como a do
Sr. Ministro da Educação, David Justino, ao reafirmar que:
“…a Europa foi construída para preservar a paz e que os
jovens de hoje serão os cidadãos do futuro.”
Clube Europeu
IV Jogos Escolares Concelhios
Decorreram, no dia 19 de Fevereiro, os IV Jogos
Escolares Concelhios, organizados pela Câmara Municipal
AGRUPAMENTO VERTICAL DAS ESCOLAS DE AVELAR
de Ansião, em colaboração com os professores/educadores
das escolas/jardins-de-infância do Concelho. Estes jogos
têm como objectivo promover o convívio entre todas as
crianças.
No Pavilhão Desportivo de Avelar, durante a manhã
encontraram-se os alunos do 1.º Ciclo das Escolas das
freguesias de Avelar e Chão de Couce e, de tarde, as
crianças dos Jardins-de-infância das mesmas freguesias.
Os jogos foram orientados pelos professores de
Educação Física da Escola dos 2.º e 3.º Ciclos de Avelar.
Os jogos consistiam em percursos, com corrida de sacos,
cambalhotas, equilíbrio…para os mais novos e jogos de
futebol e andebol para os do 3.º e 4.º anos.
Todas as crianças estavam
entusiasmadas e participavam com
muito empenho.
No final, todos tiveram um
prémio – uma bola – oferecido pela
Câmara, que se fez representar pelo
responsável do pelouro da Educação, professor Fernando
Inácio.
Prof. Filomena Baptista
Visita de estudo a Santiago de Compostela
Finalmente realizou-se a tão esperada visita que os
alunos do 9º ano de escolaridade tanto ansiavam. Este ano,
pela terceira vez consecutiva, fomos visitar o norte
espanhol, a província da Galiza, nomeadamente Santiago
de Compostela.
Como o percurso era longo, tivemos que deixar bem
cedo as nossas caminhas como também os nossos
familiares, que já sentiam saudades. Assim, partimos rumo
a dois fantásticos e inesquecíveis dias, apesar de todos os
imprevistos que aconteceram.
A viagem foi feita em 4 ou 5 horas e pelo caminho
pudemos
apreciar
uma
paisagem
montanhosa,
característica do norte peninsular com as casas e os
espigueiros típicos.
Na chegada prevaleceram sentimentos como
admiração e felicidade ao ver o grandioso hotel onde
ficaríamos instalados nessa mesma noite (Monte do Gozo).
De tarde, com a ajuda de simpático guia galego,
conhecemos ao pormenor a história da catedral e do
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apóstolo Santiago. Este, sendo um dos doze apóstolos,
pregou a “Boa Nova” por terras longínquas, passando
algum tempo na Galiza. Quando voltou à Palestina foi
preso e decapitado e o seu corpo foi jogado para fora das
muralhas de Jerusalém. Dois dos seus discípulos
recolheram os seus restos mortais e trouxeram-nos de volta
ao Ocidente, sepultando-os secretamente num bosque da
costa espanhola. O lugar foi esquecido, e oito séculos
depois é que um ermitão chamado Pelágio começou a
observar uma chuva de estrelas que ocorria todas as noites
nesse mesmo local. Avisado das luzes místicas o bispo de
Iria Flávia, Teodomiro, ordenou que fossem feitas
escavações no local encontrando, assim, uma arca de
mármore com os ossos do santo. A partir daí este local
passou a ser de culto, onde foram erigidos vários templos,
que estão na origem da actual catedral, que remonta a
1078. Ao longo dos séculos foi sofrendo ampliações e
remodelações e hoje ostenta uma fachada Barroca, sendo
uma mistura de vários estilos, onde se consegue identificar
bem a estrutura Românica inicial. Após a explicação do
guia, cada aluno, como é tradição, pediu os 5 desejos ao
santo, bateu com a cabeça na estátua do mestre Mateo,
arquitecto da catedral românica (reza a lenda que se deve
dar três pancadas com a cabeça na estátua do mestre para
adquirir inteligência) e deu um “abraço” ao Santo. Dentro
da catedral ficámos deslumbrados com a riqueza
exorbitante e esplêndida, característica que encheu os
olhos cheios de fantasia e admiração.
Ainda tivemos a oportunidade de conhecer a cidade e
fazer grandes compras durante a restante tarde. À noite
deleitámo-nos com um magnífico jantar e fomos queimar
calorias para a discoteca, onde dançámos toda a noite.
Mas nem tudo foi um mar de rosas e o que aconteceu
na discoteca foi a prova eminente disso mesmo. Fomos
levados à razão pelos professores responsáveis que nos
obrigaram ir sem demora deitar. No entanto, enfim, como
os adolescentes têm um espírito de aventura e facilmente
arranjam sarilhos, quase ninguém pregou olho.
De manhã, outro destino nos esperava, o famoso
Monte de Santa Tecla. Nele visualizámos uma bonita
paisagem que abrangia Portugal, Espanha e a costa oeste.
Tivemos ainda o privilégio de visitar cabanas típicas dos
povos celtas, que eram feitas de pedra e palha,
encontrando-se num ponto estratégico do monte. Ainda em
Espanha comprámos os famosos caramelos e fomos
almoçar, finalmente, a Portugal. As muralhas de Valença
foram o sítio escolhido para a merenda e aí pudemos
conhecer um pouco da cultura do norte português.
Regressámos a casa felizes com o convívio dos dois
dias.
Raquel Santos, 9ºA
Os alunos do 9º ano agradecem à Junta de
Freguesia de Avelar e à Câmara Municipal de
Ansião o apoio prestado à realização da Visita de
Estudo a Santiago de Compostela
Sexualidade
Integrado no Projecto “Escolas Promotoras de Saúde”,
aconteceu, no passado dia 21 de Fevereiro, mais uma
AGRUPAMENTO VERTICAL DAS ESCOLAS DE AVELAR
sessão de informação, desta vez para os alunos do 7.º ano,
e sob o tema Sexualidade. Esta sessão foi orientada pelo
Dr. Rui Oliveira e pela enfermeira Lucinda, do Centro de
Saúde de Ansião.
O assunto abordado, A adolescência, foi
essencialmente direccionado para os jovens de idades
compreendidas entre os dez e os catorze anos.
A sessão foi apresentada de uma maneira interessante,
com imagens sugestivas e textos de fácil compreensão, que
agradou aos alunos.
Numa sessão posterior, os alunos irão expor as suas
dúvidas e questões, que serão respondidas pelos
dinamizadores.
Os alunos estiveram atentos e interessados: para uns,
este tema já tinha sido explorado nas aulas e serviu como
complemento das noções já adquiridas; para outros, veio
esclarecer algumas dúvidas e trazer novos conhecimentos
nesta área.
Coordenadora do Projecto “Escolas Promotoras de
Saúde”, Prof. Filomena Baptista
Falar nunca é demais…
Uma das funções da Escola é proporcionar aos alunos
conhecimentos e informação multidisciplinar de modo a
que eles possam, por si só, escolher o melhor caminho para
as suas vidas. É com este objectivo que foram
programadas, pela equipa de coordenação do projecto
“Escolas Promotoras de Saúde”, debates e sessões mensais
versando vários temas.
A primeira sessão a ser apresentada aconteceu no
passado dia 10 de
Janeiro, e teve como
tema a prevenção de
drogas
sintéticas
–
ecstasy. Foi uma sessão
virada para os alunos dos
8.º e 9.º anos. Constou de
uma
projecção
informática
com
imagem, som e texto,
seguida de debate. Os responsáveis pela dinamização desta
sessão de informação, foram a Dr.ª Maria Helena Vieira
Dias, coordenadora distrital do Instituto Português da
Droga e da Toxicodependência e o Sr. Superintendente
Garcia da Fonseca.
Foi uma sessão bem apresentada, esclarecedora, com
muito interesse. Os alunos estiveram interessados e
atentos, tendo colocado algumas perguntas aos
dinamizadores, durante a parte destinada ao debate.
Coordenadora do Projecto Escolas Promotoras de Saúde,
Prof. Filomena Batista
Visita à Exposição Engenho e Obra
No dia 15 de Janeiro de 2003, os alunos do 6º ano da
Escola E.B. 2.3. de Avelar foram fazer uma visita de
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PALAVRINHAS
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estudo à Exposição “ Engenho e Obra” patente na
Cordoaria Nacional.
O objectivo
desta
exposição
foi dar a
conhecer as
principais
obras
de
engenharia
em Portugal
no
século
XX.
Partimos
da
Escola
por volta das 9 horas e 30 minutos, num autocarro da
Câmara Municipal, acompanhados pelos professores
Salazar Pinheiro, Nelson Gomes, Isabel Lourenço e
Anabela Brito.
A viagem foi longa e divertida. Rimo-nos, contámos
anedotas e alguns alunos cantaram e jogaram ao “verdade
e consequência”.
Após uma breve paragem na Estação de Serviço de
Aveiras, chegámos a Lisboa, por volta das 12 horas e
dirigimo-nos ao Parque das Nações, onde decorreu o
almoço.
Eram já 14 horas e 30 minutos e estávamos a começar
a visita à Exposição junto de uma Senhora que nos ia
explicando a forma como a exposição estava organizada.
Visitámos as diversas zonas temáticas e pudemos
verificar como eram os comboios, as casas, as estradas, as
barragens, os carros, o tratamento da água, a evolução da
electricidade, as minas, o metro, os telemóveis, os barcos,
os estaleiros navais, os electrodomésticos, a agricultura e
muitas outras coisas.
A visita foi longa pois andámos 800 metros, mas
valeu a pena pois ficámos a conhecer grandes histórias do
século XX.
Já cansados, chegámos a Avelar às 20 horas e 30
minutos.
Texto colectivo dos alunos do 6ºC
Visita de estudo à Fundação de Serralves e ao
Zoo da Maia
No dia 18 de Março de 2003, os alunos que todas as
semanas se envolvem nas actividades dinamizadas pelos
clubes da escola, pela Biblioteca, pelo Desporto Escolar, e
pelo Projecto Alfa, participaram na visita de estudo à
Fundação de Serralves, no Porto, e ao Zoo da Maia,
organizada pelo Núcleo de Clubes do Agrupamento de
Escolas de Avelar.
Mais de 100 alunos, do 1º ao 3º Ciclos, e dez
professores puderam apreciar, no Museu da Fundação de
Serralves, em primeiro lugar, a exposição dedicada ao
pintor inglês Francis Bacon, considerado um dos maiores
pintores contemporâneos. A desfiguração das formas
físicas, a presença obsidiante das gaiolas, em inglês
«cage», e os trípticos chamaram a atenção dos nossos
alunos. Em seguida, visitámos os Jardins da Fundação e
AGRUPAMENTO VERTICAL DAS ESCOLAS DE AVELAR
soubemos, por uma guia, que o proprietário de Serralves
sonhara unir a sua propriedade ao Atlântico ou, não seno
possível, ao Douro. Esse sonho não se concretizou,
contudo conseguiu adquirir terrenos que perfizeram 18
hectares. Os jardins e a casa são deslumbrantes…e estão à
espera da vossa visita.
Saímos do Porto por volta das 13h00 e dirigimo-nos ao
Zoo da Maia, onde
almoçámos. Depois do
almoço, apreciámos o
interior de uma boneca
gigante
(onde
verificámos em ponto
grande os órgãos do
nosso corpo), as salas
das cobras, das aranhas
e dos répteis. Após a
visita a essas salas
especiais, foi a vez dos
animais que estavam
expostos ao ar livre.
Entre outros, vimos
hipopótamos, macacos,
chimpanzés,
felinos,
aves, porcos, e uma vaca que lambia constantemente um
javali…
A ida à Maia não terminou sem antes fazer «tour» pela
cidade num mini-comboio…
Terminámos a visita sem qualquer contratempo,
cumprimos o horário estabelecido (ainda chegámos 30
minutos antes da hora prevista) e, o mais importante de
tudo, os alunos puderam conhecer coisas novas…
O Núcleo de Clubes do Agrupamento de Escolas de Avelar
Visita ao Instituto Geofísico de Coimbra e à
Fábrica de Papel do Prado da Lousã
No dia 20 de Março, os alunos do 7º ano,
acompanhados pelas professoras Fátima Silvestre, Susana
Fernandes e Conceição Ferreira, saíram da escola e foram
visitar
o
Instituto
Geofísico
de Coimbra
e a Fábrica
de Papel do
Prado na
Lousã.
Chegados
a Coimbra,
dirigimonos ao Instituto Geofísico, onde fomos recebidos por dois
senhores, um meteorologista e um sismólogo, que nos
dividiram em dois grupos. Um grupo foi visitar a estação
onde se faz a recolha dos dados climatológicos, enquanto
outros foram visitar a estação sísmica.
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Na primeira estação, tivemos oportunidade de
observar os diferentes aparelhos que nos permitem medir
os indicadores climáticos. Na segunda, observámos
diferentes sismógrafos, recentes a antigos. Nos
sismógrafos actuais fizemos algumas experiências, tais
como saltar e bater as portas para observarmos o registo
das vibrações que provocámos e a capacidade de
amplificação dos sismógrafos.
Regressando ao autocarro, seguimos viagem para a
Lousã, onde visitamos as instalações da Fábrica de papel
do Prado. Somos recebidos por dois senhores que, depois
de nos dividirem em dois grupos, nos acompanharam,
explicando-nos todo o processo de fabrico do papel. O
roteiro da nossa visita começou no Laboratório onde
pudemos observar testes físicos e químicos à folha de
papel, passando de seguida pelas zonas de preparação da
pasta, produção de papel, pré-acabamento, acabamento e
armazenamento. Também visitámos o local onde se faz o
tratamento das águas oriundas da fábrica.
No final da visita e antes de regressarmos ao Avelar,
ainda nos foi gentilmente oferecido um pacote com várias
folhas de cartolinas de diferentes cores.
Os alunos do 7º Ano
Clube de fotografia
Este foi um período cheio de
fotografias. Fizemos duas saídas de
campo: uma no Inverno e outra no
início da Primavera. Na primeira
sentimos os solos alagados,
completamente saturados de água.
Mas os motivos fotográficos encontram-se sempre,
precisamos é de alguma imaginação.
Na segunda incursão pelos arredores da Escola, no início
da Primavera,
levámos os
tubos
de
extensão
e
fomos
“caçar”
miniaturas.
Foram
centenas de
fotografias
Caracol
tiradas
AGRUPAMENTO VERTICAL DAS ESCOLAS DE AVELAR
essencialmente
com a máquina
digital. Aprendeuse
também
a
retocar e a preparar
fotografias
para
colocar no sítio do
Palavrinhas
OnLine. São mais de
dez
galerias
fotográficas
que
podes apreciar. Vai
até
www.agavelar.cce.
ms/palavrinhas.
Para terminar o
Clube de fotografia
lança já um convite a todos os interessados em fazer parte
do Clube no próximo Oliveira
ano lectivo. Sem compromisso,
participem numa sessão do clube às quartas-feiras de tarde
e ficarão cativados pela magia da fotografia!
BIBLIONOTÍCIA
Boletim Informativo da Biblioteca
da Escola E. B. 2/3 de Avelar
Nº5 2002/2003
Editorial
Cheira a Primavera, cheira a novas leituras e é neste
espírito que a equipa da Biblioteca saúda todos os nossos
leitores!
Neste período que agora termina, o trabalho da equipa
repartiu-se entre tarefas de gestão e organização da
biblioteca; apoio na pesquisa e produção dos alunos,
sessões com os alunos do 5º ano sobre o sistema de
arrumação da Biblioteca e algumas actividades de
animação/dinamização. Nestas actividades, assinalámos os
Dia Mundial da Poesia (21 de Março); o Dia Mundial do
Teatro (27 de Março), em que evocámos Gil Vicente e
neste momento estamos a assinalar o Dia Internacional do
Livro Infantil e Juvenil, com uma exposição bibliográfica
de Ilse Losa. O Clube Amigos da Biblioteca continua no
activo e a colaborar com a Biblioteca.
Deste trabalho vamos dando conta neste boletim, onde
também procuramos dar resposta às sugestões e opiniões
que os utilizadores nos vão fazendo, nomeadamente
através da caixa de sugestões. É com pena que retomamos
um assunto pouco agradável e que se prende com o facto
de alguns alunos ainda não conhecerem as regras de
utilização da biblioteca. Esperamos sinceramente que este
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problema deixe de o ser, pois só com atitudes cívicas
podemos todos fazer uma sociedade melhor!
Retomamos aqui a referência aos dados de utilização
da Biblioteca, pois consideramos ser um aspecto
importante a considerar na avaliação do serviço que presta
aos utilizadores. Não incluímos ainda dados relativos ao 1º
ciclo, mas é com agrado que verificamos um aumento na
frequência da biblioteca, por parte destes alunos e
respectivos professores.
Por último, como é hábito, divulgamos algumas
novidades, são as que escolhemos, mas há mais! Não
deixes de passar na Biblioteca e requisitar um livro para
ler… ao sol, numa sombra, onde gostares mais e se
quiseres partilha connosco as tuas impressões dos livros
que lês!
Prof. Lucília Santos
2 de Abril
Infantil
Dia Internacional da Literatura
Anualmente no dia 2 de Abril, o IBBY (International
Board on Books for Young People) celebra o “Dia
Internacional do Livro Infantil e Juvenil”, comemorando
em simultâneo o dia do nascimento do escritor
dinamarquês Hans Christian Andersen.
Para assinalar este dia
a biblioteca este ano,
escolheu evocar uma
autora
naturalizada
portuguesa cuja vida se
confunde um pouco com a
história europeia do século
passado. A sua obra é muito rica
e já mereceu um galardão de
prestígio, como passamos a
referir.
Ilse
losa
nasceu
na
Alemanha, onde frequentou o
liceu
em
Osnabrück
e
Hildesheim e depois um instituto comercial em Hannover.
A sua qualidade de judia criou-lhe embaraços no seu país,
de onde foi forçada a sair. Na Inglaterra teve os primeiros
contactos com escolas infantis e com os problemas das
crianças.
Refugiou-se
em
Portugal, aqui casou, adquirindo
a nacionalidade portuguesa.
A sua já vastíssima obra
inclui
romances,
contos,
crónicas, trabalhos pedagógicos
e literatura para crianças. Tem
colaborado em diversos jornais e
revistas alemãs e portugueses,
está representada em várias
antologias
de
autores
AGRUPAMENTO VERTICAL DAS ESCOLAS DE AVELAR
portugueses e ela própria colaborou na organização e
traduziu antologias de obras portuguesas publicadas na
Alemanha. Traduziu do alemão alguns dos mais
consagrados autores.
Em 1984, recebeu o Grande Prémio Gulbenkian,
premiando o conjunto da sua obra para crianças.
Na biblioteca da escola temos alguns exemplares da
sua obra.
2 de Abril “Dia Internacional do Livro Infantil e
Juvenil”
No âmbito do “Dia
Internacional
do
Livro
Infantil e Juvenil”, em cada
ano, um país membro do
IBBY (International Board
on Books for Young People)
fica encarregue de editar um
cartaz divulgador e uma
mensagem dirigida a todas as
crianças.
Este ano, calhou à secção
brasileira do IBBY e a
mensagem da escritora Ana Maria Machado, é tão bonita
que não resistimos a reproduzi-la aqui, na esperança de
que assim possa chegar a mais destinatários.
Livros: O mundo numa rede encantada
Ana Maria Machado (Brasil)
Eu era pequena, não sei bem que idade tinha. Só sei
que tinha altura suficiente para poder ficar de pé em frente
à escrivaninha de meu pai, apoiar nela os braços e, sobre
eles, o queixo. Bem grande, diante de meus olhos, ficava
uma estatueta de bronze: um cavaleiro magro de lança na
mão, montado num cavalo esquelético, seguido por um
burrico onde ia encarrapitado um sujeito gorducho
segurando um chapéu na ponta do braço estendido, como
quem dá vivas. Respondendo a minha pergunta, meu pai
me apresentou os dois:
Dom Quixote e Sancho Pança
Quis saber quem eram, onde moravam. Aprendi que
eram espanhóis e moravam há séculos numa casa
encantada: um livro. Em seguida, meu pai interrompeu o
que estava fazendo, foi até a prateleira, pegou um livrão e
começou a me mostraras figuras e contar a história
daqueles dois. Numa das ilustrações, Dom Quixote estava
cercado de livros. - E dentro desses aí, mora quem? - Quis
saber.
Pela resposta, comecei a perceber que havia livro de todo
tipo e dentro deles morava o infinito. A partir daí, pelas
mãos de meus pais, fui conhecendo alguns deles, como
Robinson Crusoé em sua ilha, Gulliver em Lilliput, Robin
Hood em sua floresta. E descobri que as fadas, princesas,
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gigantes e génios, reis e bruxas, os três porquinhos e os
sete anões, o patinho feio e o lobo mau, todos eles velhos
conhecidos meus das histórias que eu ouvia, também
moravam em livros.
Mais tarde, quando aprendi a ler, quem passou a
morar nos livros fui eu. Conheci personagens de contos
populares do mundo inteiro, em colecções que me fizeram
percorrer da China à Irlanda, da Rússia à Grécia. Me
embrenhei de tal maneira nos livros de Monteiro Lobato,
que posso dizer que me mudei durante uns tempos para o
sítio do Picapau Amarelo, era lá que eu vivia. Era um
território livre e sem fronteiras. Com a mesma facilidade
pude morar no Mississipi com Tom e Huck, cavalguei
pelos bosques da França com D'Artagnan, me perdi no
mercado de Bagdad com Aladim, voei para a Terra do
Nunca com Peter Pan, sobrevoei a Suécia montada num
ganso com Nils, me meti pela toca de um coelho com
Alice, fui engolida por uma baleia com Pinóquio, persegui
Moby Dick com o capitão Ahab, naveguei pelos mares
com o Capitão Blood, procurei tesouros com Long John
Silver, dei a volta ao mundo com Phileas Fogg, fiquei
muito tempo na China com Marco Polo, vivi na África
com Tarzan, no alto das montanhas com Heidi e numa
casinha na campina com a família Ingall, fui menina
de rua em Londres com Oliver Twist e em Paris com
Cosette e os miseráveis, escapei de um incêndio com Jane
Eyre, fui à escola de Cuore com Enrico e Garrone, segui
um santo homem na Índia com Kim, sonhei em ser
escritora com minha querida Jo Marsh, fiz parte do grupo
dos Capitães da Areia com Pedro Bala pelas ladeiras da
Baía... e a partir daí fui cada vez mais lendo livros de gente
grande. Assim mesmo. Sem fronteiras geográficas nem
faixa etária, tudo comunicando com tudo, interligando-se
por todos os lados, numa rede de casas encantadas. Até
que, de conhecer tantos mundos, fui criando os meus. E
comecei a dividir com os outros, nos livros que faço, tudo
o que mora dentro de mim.
Escritora em plena maturidade criativa, ANA MARIA
MACHADO nasceu em Santa Tereza, Rio de Janeiro, e
publicou, até hoje, mais de cem livros no Brasil, dos quais
perto de duas dezenas se encontram editados outras
línguas. Em Portugal, tem editado O Elfo e a Sereia
(Melhoramentos de Portugal).
Publicou também ficção para adultos e cultivou
praticamente todos os géneros no domínio do livro infantil
e juvenil, tendo a sua carreira culminado, em 2000, com a
atribuição do Prémio Hans Christian Andersen.
Continuamos a insistir que não é possível aumentar o
número de computadores na Biblioteca, aliás foram
substituídos por outros mais recentes. Insistimos é que
sejam utilizados racionalmente, na realização de tarefas
escolares, e não em “manobras de diversão”.
Sobre sugestões, há aquelas que reconhecemos ser a
altura de as atender. Referimo-nos às propostas de revistas
de automóveis e aos jornais desportivos. Prometemos dar
rapidamente resposta a estas sugestões. E aqui
reconhecemos que já não vai sem tempo. Até porque os
autores das sugestões estão em vias de sair da escola e não
queremos que saiam mal impressionados...
Relativamente à sala de convívio, parece não ser esta a
caixa de sugestões adequada! Quanto à caixa de
sugestões... Essa estará sempre à espera de sugestões
concretas e viáveis. E nós cá continuaremos a lê-las,
algumas
vezes
com
algum
desânimo...
pelo
“asneiródromo” ao nível da Língua Portuguesa.
A guerra do Golfo
Estalou recentemente não nos deixa indiferentes e a
propósito disso os alunos do Clube Amigos da Biblioteca
fizeram cartazes que podes ver na Biblioteca e que
ilustram a sua forma de ver a guerra. Também criaram em
conjunto o seguinte poema:
A GUERRA
A Guerra é o escuro,
São os conflitos entre as
pessoas…
É uma coisa que nos assusta.
A guerra é uma coisa má.
É um piscar de bombas,
É o contrário da paz.
A guerra é a raiva, o ódio, o
egoísmo;
É a dor, o sofrimento,
É um lamento.
A guerra faz a Terra muito feia.
É o escuro, é o clarão, é a solidão
Sem mais nada.
A guerra é a morte sem ter culpa,
É a destruição do Amor,
É uma paisagem sem cor…
Clube Amigos da Biblioteca
Sugestões 2
Decidi chamar a este pequeno texto sugestões 2... Já
aqui, no Biblionotícia, escrevi sobre as sugestões, deixadas
na caixa da Biblioteca a elas destinadas. Lembro-me de ter
explicado para que é que servia uma caixa de sugestões...
Será que valeu a pena?
Seria muito bom receber propostas objectivas de
aquisições de material diverso, nomeadamente de títulos
de livros, propostas de autores, Cd’s, cassetes vídeo ou
áudio, etc.
AGRUPAMENTO VERTICAL DAS ESCOLAS DE AVELAR
5º C
CANSADA DE ESCREVER SOBRE O MESMO
ASSUNTO... MAS MESMO ASSIM VOU VOLTAR A
ESCREVER UMAS LINHAS...
O título do artigo certamente leva o leitor a pensar que
estou fisicamente cansada. Apesar de estar já na faixa dos
ditos “cotas”, não é o cansaço físico que me preocupa. O
que me preocupa mesmo é o cansaço psicológico, isto é, o
cansaço de dizer e repetir sempre as mesmas coisas. E
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PALAVRINHAS
16
como já escrevi noutra altura, “vozes de burro parece que
não mais chegam ao céu”.
Perguntais então? Onde está ela a querer chegar? Mais
uma vez às regras, às normas, ao respeito, ao exercício da
cidadania, ao respeito pelas funções dos espaços escolares,
à escola, aos professores, aos alunos, aos auxiliares da
acção educativa... ao comportamento na Biblioteca, ao
respeito pelas regras de funcionamento, ao cansaço de
quem tem de chamar à razão aqueles que teimam em
ultrapassar as regras, aqueles que teimam transformar
diariamente a Biblioteca no “Café da Esquina”.
Continuamos a verificar que os alunos, nomeadamente
os mais crescidos, por isso mais próximos da idade adulta,
não respeitam as regras, são indelicados e não acatam de
forma aceitável e educada as chamadas de atenção.
Também sei que os adolescentes são por vezes
“aborrecentes”, teimosos, inadvertidos, barulhentos,
alegres, divertidos, inconsequentes... mas é importante que
o sejam sempre numa perspectiva de contestação saudável,
isto é, que sejam críticos atentos aos serviços que lhes são
destinados, que sugiram, que usem, que aproveitem o que
lhes está destinado e que é deles... mas respeitando os
outros, isto é, neste caso os adultos que diariamente se
esforçam para que a Biblioteca seja cada vez mais atractiva
e não um espaço bafiento e poeirento que durante muito
tempo esteve destinada apenas aos chamados “Ratos de
Biblioteca”.
Podem pensar... “Olhem-me esta! Está sempre a bater
na mesma tecla. É chata que s’a farta!”... E eu sei que
pensam! Qualquer adulto já foi adolescente e certamente
“aborrecente”! Mas a grande diferença é que o adulto e o
educador nunca podem descurar as suas funções, devem
continuar a insistir no cumprimento das normas e das
regras e esperar que a mensagem seja entendida e
absorvida. E no fim deverá estar satisfeito porque orientou
o seu trabalho para formar “aborrecentes” que muito
rapidamente
se
transformarão
em
verdadeiros
adolescentes, em verdadeiros adultos, em homens e
mulheres responsáveis.
Teimosamente, Professora Margarida Meneses
DADOS DE UTILIZAÇÃO DA
BIBLIOTECA
A equipa da biblioteca
1º PERÍODO 2000/2001, 2001/2002 E
2002/2003
LEITURA
AUDIOVISUAIS
165 130 116
50 488 17
5 485 81
Cassete vídeo
CD Rádio e
Áudio
552
1281
1391
INTERNET
452
303
383
CD ROM’S
Domiciliária
395
513
502
Número de
utilizadores
Na sala de aula
Em presença
2000/01 2112
2001/02 2043
2002/03 2030
INFORMÁTICA
Os dados estatísticos continuam a revelar-nos que
independentemente de corresponderem a primeiros
períodos de maior ou menor dimensão, a Biblioteca nos
últimos anos tem mantido níveis de utilização muito bons,
o que nos transmite que estará a corresponder aos
interesses dos seus utilizadores. No entanto, há ainda
muito trabalho a fazer, sobretudo no campo da
actualização documental, que devido à contenção
financeira geral no país, não tem sido aquela a que estamos
habituados. A falta de actualização documental é mais
evidente nos CD ROM’s e CD Áudio.
Nota-se que houve um aumento da consulta na sala de
aula nos últimos dois anos, o que nos parece muito
positivo, atendendo aos princípios da Reorganização
Curricular que a escola está a implementar. Associado a
isto está também o registo de um maior índice de
utilização da Biblioteca para pesquisas no contexto de
aula.
É notório o aumento significativo dos utilizadores dos
recursos informáticos, o que se explica por um lado pela
evolução da sociedade da informação e pelo peso que este
recurso vai tendo no dia a dia, mas também se explica pelo
facto de, cada vez se notar mais a destreza dos alunos no
recurso a estas tecnologias, facto a que não é alheia a
aposta da escola em desenvolver competências no âmbito
das Novas Tecnologias, em todos os alunos do
Agrupamento.
No que diz respeito à utilização de CD ROM’s, notase uma quebra muito acentuada durante este período, o que
se explica com o facto de ao longo do primeiro período se
ter procedido à reorganização destes documentos
agrupando-os por assuntos. Assim, como não estiveram
directamente disponíveis, explica-se esta redução. Este
trabalho já está concluído e processa-se neste momento a
disponibilização dos documentos em livre acesso.
Também no caso dos vídeos, é notório o aumento da
utilização, o que em nosso entender se explica pelo
carácter atractivo deste recurso e também pela aposta que
se tem feito na actualização.
Esperamos que os números continuem a demonstrar
que este espaço é de grande utilidade para todos, alunos,
professores, funcionários e comunidade em geral e
sobretudo esperamos que a biblioteca seja um recurso
cada vez mais utilizado por todo o agrupamento
429
603
678
AGRUPAMENTO VERTICAL DAS ESCOLAS DE AVELAR
MAGALHÃES, Ana Maria; ALÇADA, Isabel - No
Coração da África Misteriosa.
Lisboa: Caminho, 1998
Viajar pelo interior da
África em busca das riquezas e dos
grandes mistérios ocultos na floresta
virgem foi um sonho que demorou
séculos a realizar. Os europeus
encaravam o coração da África
misteriosa com verdadeiro terror. Os
primeiros que se atreveram a fazer
explorações foram portugueses que
ainda no tempo dos Descobrimentos, descobriram dentro
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PALAVRINHAS
16
de si a vocação de navegadores terrestres. Nesta história, a
máquina do tempo leva as personagens e os leitores a
acompanhar as peripécias da travessia efectuada por Serpa
Pinto, que partiu das costas do oceano Atlântico e, sempre
a pé, alcançou as costas do oceano Índico. Se gostas de
viajar e do espírito de aventura, não deixes de ler!
BAUM, Frank L.-O Feiticeiro de Oz.Porto:Âmbar,2002
Se gostas de contos de fadas,
não percas este livro, pois foi
escrito pretendendo ser um conto
de fadas moderno e levar-te-á ao
mundo maravilhoso da fantasia …
HOLZWARTH,Werner; ERLBRUCH, Wolf – A Toupeira
que queria saber quem lhe fizera aquilo na cabeça:
Kalandraka,2002
Para
os
mais
pequenos e para os
maiores, aqui está
uma
história
divertida
e
engraçada!
Experimentem.
DAR A CONHECER
Água… Um bem Infinito?
Ao contrário do que muita gente pensa, a água não é
um recurso infinito, pois somente 2.5% desta é doce e
apenas 1/3 desta percentagem serve para utilização
humana. Infelizmente, na actualidade, 1/3 da população
vive em países que sofrem de moderada a elevada carência
de água!...
Um bem essencial que pode causar a morte...
Actualmente, apenas cerca de 1.5 mil milhões de
habitantes do planeta possuem condições sanitárias
mínimas (tem-se mantido à já uma década). Por outro
lado, a população sem acesso a serviços básicos de água e
de esgotos aumentou de 2.6 mil milhões de pessoas em
1990 para 3.3 mil milhões de pessoas em 2000
Esta situação agrava-se ainda mais com a poluição dos
rios, albufeiras e águas subterrâneas, constituindo isto um
perigo para a saúde pública e para a biodiversidade.
Sabias que...
- Nos Países em Vias de Desenvolvimento (PVD), a
esperança média de vida não atinge os 50 anos devido à
origem de muitas infecções provocadas pela poluição
aquática;
AGRUPAMENTO VERTICAL DAS ESCOLAS DE AVELAR
- A cólera e a febre tifóide infectam cerca de 1 milhão de
pessoas por ano, provocando cerca de 45 000 mortes.
Usos e abusos....
Nas últimas décadas, a população tem vindo a crescer,
por isso, os consumos também têm aumentado. No caso da
China, para irrigar cerca de 7 milhões de hectares foram
feitos mais de 2 milhões de furos e construídas várias
dezenas de barragens.
Face à pressão sobre recursos hídricos, os
ecossistemas estão cada vez mais esgotados. Cerca de 20%
dos peixes no Mundo estão em perigo devido às alterações
do seu habitat ou devido à poluição hídrica.
Fonte de conflitos...
Já chegámos ao cúmulo da água ser usada para fins
bélicos... Pois é, infelizmente, muitos conflitos devem-se à
partilha dos recursos hídricos pelos diferentes países.
No caso da Guerra do Golfo, em 1991, a água foi
usada e “desperdiçada” como arma por ambas as partes....
A água... em Portugal
Actualmente, cerca de 10% da população portuguesa
ainda não está servida de sistemas públicos de
abastecimento de água e pouco mais de metade usufrui do
serviço de tratamento de esgotos.
Quase 60% das indústrias portuguesas fazem
descargas de esgotos sem qualquer tratamento.
Bibliografia: Fórum Ambiente Nº85, ano 2003, “O
Mundo Pós-Joanesburgo”, de Pedro Almeida Vieira
Clube A Palavra
Red Hot Chili Peppers, uma banda que veio
para ficar!
A história desta banda começa por volta de 1979, na
Fairfax High School, onde um grupo de amigos resolve
formar uma banda.
Após atravessar várias
barreiras
e
modificações, a banda
reuniu-se com o nome
Red Hot Chili Peppers,
composta por: Flea
(Michael Balzary), no
baixo; John Frusciante,
na guitarra; Chad Smith,
na bateria e MC
Anthony Kiedes que
compunha as músicas.
Os Peppers lançaram vários discos, não obtendo
grande sucesso e foi com “Mother’s Milk”, que a banda
começou a ter algum êxito, sendo com Californication que
a banda se tornou mais conhecida no nosso país. O seu
último álbum, By The Way, é um álbum mais calmo,
maduro e que está a ter um grande êxito no nosso país.
A sua combinação entre funk e punk-rock, à mistura
com uma presença em palco, no mínimo, explosiva, fez
desta banda uma das melhores dos nossos dias.
Quando nos deixarão de surpreender?
Fábio, nº10, 9ºA
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PALAVRINHAS
16
O Douro Internacional, Freixo de Espada à
Cinta
Freixo, fica situada a cerca de 60 Km de Foz Côa e a
4 Km do rio Douro, fazendo parte do Parque do Douro
Internacional, onde habitam grifos, águias, cegonhas,
lontras, javalis, lobos e muitos outros animais protegidos.
Considerada a vila mais manuelina do país, nela
podemos encontrar a igreja matriz, com vários portais
manuelinos, contendo no interior 16 retábulos atribuídos a
Grão Vasco, passando pelo pelourinho, pelas inúmeras
janelas e portas que decoram as casas.
O final do Inverno traz consigo um manto de flores
de amendoeira, que se apodera da paisagem circundante.
Produz-se, nesta zona, uma grande quantidade de
amêndoa, utilizada na confecção da maravilhosa doçaria
regional.
Muito existe para observar e saborear nesta vila
transmontana, escondida entre os montes e o Douro, onde
é sem dúvida imperdoável não provar a “posta mirandesa”.
Fica o cheirinho no ar.
Prof. Paula Dias
O que é o Instituto do Consumidor?
O Instituto do Consumidor é o organismo da
Administração Pública, cuja missão é promover e
salvaguardar os direitos dos consumidores.
Neste quadro, o Instituto do Consumidor desenvolve
as seguintes acções de serviço público:
- Análise do mercado, dos produtos e serviços e seu
impacto nos consumidores.
- Elaboração de propostas de medidas legislativas de
protecção dos interesses dos consumidores.
- Participação a nível internacional na definição e
harmonização das políticas de protecção dos consumidores
no quadro comunitário e no contexto da globalização dos
mercados.
- Apoio aos consumidores individuais que passa,
nomeadamente, por:
- prestação de informações;
- recepção e encaminhamento de reclamações;
- disponibilização de um centro de documentação;
- edição da revista "o Consumidor".
AGRUPAMENTO VERTICAL DAS ESCOLAS DE AVELAR
- Realização de campanhas de informação e sensibilização.
- Promoção de acções de educação e formação e produção
de meios didáctico-pedagógicos.
- Interposição em tribunal de acções para defender os
interesses colectivos ou difusos dos consumidores.
- Fomento da criação de Centros de Arbitragem de
Conflitos de Consumo.
- Apoio às organizações de consumidores.
- Colaboração com o poder local no âmbito da criação de
mecanismos de informação e mediação de conflitos.
- Análise, acompanhamento e fiscalização da publicidade.
A Protecção do Consumidor
As profundas transformações a que se assistiu nos
países ocidentais - tendo como principais suportes o
desenvolvimento científico e tecnológico e a produção de
massa - desembocaram, sobretudo a partir da década de
60, naquilo a que se chamou "sociedade de abundância" ou
"sociedade de consumo".
A complexidade do mercado, o distanciamento entre o
produtor e o consumidor, o apelo ao consumo pelo
consumo, a agressividade dos novos métodos de venda e
da publicidade menos escrupulosa cedo revelaram a
existência de uma situação de desfavor para os
consumidores.
Daí as medidas de protecção e os direitos
compensatórios que os diversos Estados vieram consagrar
nos respectivos ordenamentos jurídicos.
Em Portugal, desde 1976 que a Constituição da
República Portuguesa reflecte este tipo de preocupações.
Os direitos dos consumidores têm consagração na lei a
partir de 1981, ano em que também foi criado o então
Instituto Nacional de Defesa do Consumidor, a que hoje
sucede o Instituto do Consumidor.
Mais recentemente com a Lei nº 24/96, de 31 de
Julho, os direitos dos consumidores conheceram um novo
aprofundamento e o Instituto do Consumidor viu as suas
competências reforçadas. É-lhe conferido o estatuto de
autoridade pública e atribuída legitimidade processual em
defesa dos interesses colectivos e difusos dos
consumidores.
O Instituto do Consumidor viu o seu âmbito de
actuação alargado, constituindo hoje a entidade de
referência quanto a qualquer domínio e forma de
intervenção em matéria de protecção dos consumidores.
Informação recolhida em:
http://www.ic.pt/pls/icnew/doc?id=5651&p_acc=0&plingu
a=1&pmenu_id=5278&p_tipo_pai=1&contadores=1
A confecção dos alimentos e a qualidade de vida
Os recorrentes escândalos de segurança alimentar a
que o mundo tem assistido ultimamente, junto com o
crescente reconhecimento da relação directa entre a
alimentação e a saúde leva a que a população tenha
algumas dúvidas sobre o que deve e pode comer.
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PALAVRINHAS
16
Nos dias de hoje, o excesso de calorias e gorduras é
um dos erros mais danosos da nossa alimentação.
A forma de trabalhar as matérias-primas é o primeiro
grande passo para uma alimentação saudável.
Conforme o modo de confecção, as características dos
alimentos podem ser alteradas. Assim, é preferível grelhar,
assar, estufar e cozer os alimentos. E agora com novos
utensílios de cozinha, a quantidade de gordura a utilizar é
substancialmente reduzida.
Contudo, não só de técnica vive uma alimentação
saudável. Uma selecção dos ingredientes é essencial e os
bons costumes devem começar no supermercado.
O sal não deve ser o único tempero à mão, algumas
especiarias e ervas aromáticas emprestam um óptimo sabor
aos alimentos.
No que respeita aos lacticínios, as versões magras são
preferíveis, enquanto que, nos óleos, os de origem vegetal
com gorduras polinsaturadas ou monoinsaturadas são mais
saudáveis que os de origem animal com gorduras
saturadas.
Como o pão é o alimento habitual dos portugueses,
também é preciso ter cuidado, pois o escuro é mais
saudável que o branco.
Quanto à carne, o melhor é escolher as magras
(frango, peru, vitela, etc.).
Já agora, é preciso retirar as gorduras visíveis e, no
caso das aves e do peixe, devemos eliminar a gordura.
Estes actos de alimentação são também opções de
vida, em que o segredo da arte de bem comer está no saber
escolher…
Carina e José Diogo, 6º C
Inquérito sobre a reciclagem
Introdução
Reciclar é aproveitar o material
de que foi feito um objecto, uma
embalagem ou qualquer coisa
fabricada e que já tenha sido usada.
Reciclando, evita-se que a matériaprima acabe no lixo onde poderia
contaminar as águas, o solo e a
atmosfera e, ao mesmo tempo,
reduz-se o consumo de energia e
poupam-se recursos que, muitas
vezes, não são renováveis.
Vidro
O vidro usado retorna às vidreiras, onde é lavado,
triturado e misturado com mais areia, calcário, sódio e
outros minerais, sendo derretido em
fornos com temperaturas de 1500 ºC. Em
média, 1/3 dos vidros usados são
empregados como matéria-prima para
fabricação de novas embalagens de vidro.
Quando enviamos os vidros para
reciclagem, estes devem estar limpos, ou
seja, sem outros materiais como metais,
plásticos, palhas e rolhas, pois estes provocam prejuízos ao
processo industrial.
Papel
AGRUPAMENTO VERTICAL DAS ESCOLAS DE AVELAR
O QUE PODE SER RECICLADO: jornais e revistas,
fotocópias, folhas de caderno, envelopes, papel de
computador, caixas em geral, aparas de papel, cartazes
velhos, papel de fax. Os papéis combinados com outros
materiais (plastificados, metalizados, papel carbono, etc),
ou muito sujos de gordura, alimentos, e também os papéis
higiénicos, não devem ser misturados com os indicados
acima.
Plástico
Hoje o plástico faz parte de nossa
vida grande parte dos utensílios - dos
óculos à sola de ao móvel de cozinha e
ao painel de automóvel - é feita deste
material.
O plástico vem das resinas derivadas do petróleo e que
pode ser moldado de várias formas, sem se quebrar.
Pertence ao grupo dos polímeros, moléculas muito
grandes, com características especiais e variadas. Algumas
das razões para tanto sucesso do plástico são sua leveza (o
que facilita o transporte), o fato de ser maleável e não se
estilhaçar quando se quebra.
Metal
Uma das mais importantes
vantagens da reciclagem dos metais é
a economia de energia, sobretudo
quando se compara com aquela que é
gasta na sua produção desde a
extracção do minério até à
transformação.
Este inquérito foi realizado no âmbito de um
concurso, denominado “Plastic Kids”, que tem como
principal função promover a reciclagem do plástico. A
amostra foi de 23 pessoas de Avelar com idades
compreendidas entre os 12 e os 72 anos.
1) Em casa costuma separar o lixo?
26%
sempre
35%
às vezes
0%
raramente
nunca
39%
2) Que tipo de lixo costuma separar?
25%
29%
papel
plástico
vidro
11%
todo
35%
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PALAVRINHAS
16
3) Se não costuma reciclar estará a
pensar em começar a reciclar num
futuro próximo?
50%
sim
50%
não
4) Conhece as regras da separação do
lixo?
13%
e que quase metade das pessoas entrevistadas conhece na
totalidade essas regras.
Concluímos também que todas as pessoas que
responderam ao inquérito acham que a reciclagem é
minimamente importante para a Natureza e para o Homem
e que mais de metade delas a acham indispensável.
Por fim, apercebemo-nos que mais de 50% destas
pessoas não conhecem os produtos resultantes da
reciclagem do plástico.
Estes dados parecem-nos interessantes em relação à
reciclagem, mas temos que ter em conta que amostra era
pequena.
Agradecemos a colaboração das pessoas entrevistadas.
Clube do Ambiente
4%
Todas
Algumas
48%
Poucas
Direitos das crianças
Nenhumas
35%
Artº 26
Toda a pessoa tem direito à Educação. A educação
deve ser gratuita, pelo menos a corresponder ao Ensino
Básico e fundamental. O ensino elementar é obrigatório
5) Na sua opinião o acto de reciclar é
importante para a Natureza e para o
Homem?
Tiago, 4º Ano EB 1 de Chão de Couce
0%
13%
0%
Indispensável
Muito
30%
Mais ou Menos
57%
Pouco
Nada
6) Conhece produtos que resultem da
reciclagem do plástico?
39%
Sim
Não
61%
Conclusão:
Através deste inquérito, podemos concluir que a
maioria das pessoas desta região costuma separar o lixo e
enviá-lo para o ecoponto, embora exista uma percentagem
razoável
de pessoas que não pratica
a
reciclagem.
Também
concluímos
que
os
habitantes
desta região separam todo
o tipo de
lixo, mas o vidro é o mais
vulgarmente
separado.
Das pessoas que não costumam separar, 50% delas estará a
pensar em começar a reciclar.
Apercebemo-nos que poucas são as pessoas que não
conhecem minimamente as regras de separação do plástico
AGRUPAMENTO VERTICAL DAS ESCOLAS DE AVELAR
O que é o Instituto do Consumidor?
O Instituto do Consumidor é o organismo da
Administração Pública, cuja missão é promover e
salvaguardar os direitos dos consumidores.
Neste quadro, o Instituto do Consumidor desenvolve
as seguintes acções de serviço público:
- Análise do mercado, dos produtos e serviços e seu
impacto nos consumidores.
- Elaboração de propostas de medidas legislativas de
protecção dos interesses dos consumidores.
- Participação a nível internacional na definição e
harmonização das políticas de protecção dos consumidores
no quadro comunitário e no contexto da globalização dos
mercados.
- Apoio aos consumidores individuais que passa,
nomeadamente, por:
- prestação de informações;
- recepção e encaminhamento de reclamações;
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- disponibilização de um centro de documentação;
- edição da revista "o Consumidor".
- Realização de campanhas de informação e sensibilização.
- Promoção de acções de educação e formação e produção
de meios didáctico-pedagógicos.
- Interposição em tribunal de acções para defender os
interesses colectivos ou difusos dos consumidores.
- Fomento da criação de Centros de Arbitragem de
Conflitos de Consumo.
- Apoio às organizações de consumidores.
- Colaboração com o poder local no âmbito da criação de
mecanismos de informação e mediação de conflitos.
- Análise, acompanhamento e fiscalização da publicidade.
A Protecção do Consumidor
As profundas transformações a que se assistiu nos
países ocidentais - tendo como principais suportes o
desenvolvimento científico e tecnológico e a produção de
massa - desembocaram, sobretudo a partir da década de
60, naquilo a que se chamou "sociedade de abundância" ou
"sociedade de consumo".
A complexidade do mercado, o distanciamento entre o
produtor e o consumidor, o apelo ao consumo pelo
consumo, a agressividade dos novos métodos de venda e
da publicidade menos escrupulosa cedo revelaram a
existência de uma situação de desfavor para os
consumidores.
Daí as medidas de protecção e os direitos
compensatórios que os diversos Estados vieram consagrar
nos respectivos ordenamentos jurídicos.
Em Portugal, desde 1976 que a Constituição da
República Portuguesa reflecte este tipo de preocupações.
Os direitos dos consumidores têm consagração na lei a
partir de 1981, ano em que também foi criado o então
Instituto Nacional de Defesa do Consumidor, a que hoje
sucede o Instituto do Consumidor.
Mais recentemente com a Lei nº 24/96, de 31 de
Julho, os direitos dos consumidores conheceram um novo
aprofundamento e o Instituto do Consumidor viu as suas
competências reforçadas. É-lhe conferido o estatuto de
autoridade pública e atribuída legitimidade processual em
defesa dos interesses colectivos e difusos dos
consumidores.
O Instituto do Consumidor viu o seu âmbito de
actuação alargado, constituindo hoje a entidade de
referência quanto a qualquer domínio e forma de
intervenção em matéria de protecção dos consumidores.
Informação recolhida em:
http://www.ic.pt/pls/icnew/doc?id=5651&p_acc=0&plingu
a=1&pmenu_id=5278&p_tipo_pai=1&contadores=1
Conhecer a LECA
Inserido no tema do Palavrinhas, Qualidade de
Vida, e nomeadamente na qualidade ambiental, tomouse a decisão de colocar algumas questões à Leca
Portugal, grande empresa do concelho, e vista por
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alguns como um elemento poluidor. Decidimos, por
estas razões, conhecer melhor esta empresa e as suas
preocupações com o ambiente. O texto que segue é
fruto dessas questões que se colocaram sobre a
matéria-prima utilizada, o processo de fabricação, as
preocupações ambientais, entre outras.
A Leca, com instalações no Avelar, é uma empresa
multinacional
desde 1989 e
pertence
ao
maior
grupo
cimenteiro
do
mundo,
Heidelberger
Zement.
De acordo com as palavras do Engenheiro Bernardo
Mendonça, a quem agradecemos a disponibilidade
manifestada para nos receber, a Leca, com uma história de
sucesso comercial, tem-se desenvolvido muito em Portugal
e é considerada, dentro do grupo, uma fábrica modelo.
Com palavras convictas, este responsável da Leca,
referindo que este produto é único em território nacional,
salienta que, devido aos dois fornos em laboração contínua
(embora um esteja de momento em manutenção),
conseguem assegurar não só o mercado português, como
também o espanhol.
Em seguida, depois de ter referido que a Leca Portugal
tem cerca de 61 pessoas a trabalhar no Avelar (esses
trabalhadores moram entre Penela e Ansião), explicou o
processo de transformação que a argila sofre. Assim, foinos explicado o seguinte:
- que os fornos trabalham sete dias por semana, vinte e
quatro horas por dia e consomem 50 tonelada de argila
por hora;
- que a argila, em primeiro lugar, é esmagada para
destruírem todas pedras calcárias com mais de 1 mm;
- que, depois dessa operação, é misturado um óleo que
está em tanques para promover a expansão e provocar
aquilo que designou de efeito pipoca;
- que essa massa entra no forno que tem dois corpos,
uma zona de secagem e outra de cozedura. Aí a argila é
aquecida a 1200 ºC. A essa temperatura há uma série
de reacções químicas. O óleo que se administrou antes
vai reagir com o óxido de ferro que liberta dióxido de
carbono, provocando o efeito pipoca. Além dos óleos
usados, pré-tratados e comprados a empresas
certificadas, é também utilizado o serrim como
combustível por ser mais económico.
Posteriormente, ficámos a saber melhor que a leca não
é apenas um produto para construção. Devido às suas
características, ser um inerte leve, a leca é resistente ao
fogo, pode substituir a areia nos betões, tornando-o mais
leve, o que permite, nas palavras do engenheiro,
economizar nas estruturas dos edifícios (menciona com
visível orgulho que a pala, pensada por Siza Vieira, no
Pavilhão de Portugal da Expo-98, foi construída com leca).
Outra aplicação deste produto é no isolamento térmico
e acústico das casas, quer nas paredes, quer nos pisos.
Sobre as vantagens do seu produto, o Engenheiro
Bernardo Mendonça não deixou de referir que graças à sua
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PALAVRINHAS
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estrutura e densidade, a leca é um óptimo meio filtrante de
águas e esgotos, utilizado pela E.P.A.L. (Empresa Pública
de Águas de Lisboa).
Questionado sobre questões ambientais e possível
poluição que a fábrica pode provocar, foi dito que a
empresa tem sérias preocupações (está a meio de um
processo de certificação ambiental) e que há a consciência
que a fábrica, com uma dimensão muito grande, é vista
pelas pessoas do Avelar como um meio agressor. Seguindo
sempre as declarações deste responsável da Leca Portugal,
foi-nos transmitido que existem dois filtros de mangas que
controlam as chaminés e se destinam a apanhar todas as
partículas que os fornos deitam como combustão,
sobretudo as partículas de argila e metais pesados que não
convêm ir para a atmosfera. Cada um dos filtros apanha 40
toneladas de pó por dia e que antigamente eram libertos
para o ar. Esse sistema de filtragem, segundo o engenheiro,
tem dois anos (um dos filtros tem um ano e meio e outro
foi estreado no final do ano passado) e permite estar
abaixo do que são as exigências em termos de poeiras.
Insistindo no cuidado ambiental que a empresa tem,
foi-nos revelado que se fizeram muitos investimentos para
conter os óleos, sobretudo os derrames para as linhas de
água. Nesse sentido, para evitar essa infiltração os tanques
foram metidos dentro de «piscinas».
Foi referido, também, que:
- foi construída uma E.T.A.R que tem como funções
separar, por um lado, a água do óleo, e, por outro lado,
alguns sólidos existentes;
- há obrigação de, duas vezes por ano, proceder ao
controlo de emissão de gases, o que é feito por autocontrolo e enviado para a Delegação Regional do
Ambiente;
- há dois anos os limites de poeira estavam superiores
aos limites legais, pelo se trocou de filtros para estar
dentro desses limites (Os limites legais são 150 mg de
pó por cada metro cúbico de ar e nessa altura tinha
cerca de 200 mg. Hoje, refere o engenheiro, os níveis
de poeira são de apenas 15 mg por metro cúbico de ar).
Clube A Palavra, Patrícia Silva e Mara Pinhão, 9ºA
Prof. José António Abreu
PENSAMENTOS
Dia Internacional da Mulher - Qualidade de
vida …no feminino
Sábado, oito de
Março.
Dia
Internacional
da
Mulher. Vinte e seis
mulheres levantaramse cedo, ensonadas, na
ressaca
de
uma
semana de trabalho.
Fundação
BissayaBarreto. Uma aula de
Língua Gestual. A
formadora,
surda
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profunda, vai explicitando os conceitos de cores, de meses
do ano…
Elas esquecem o cansaço da véspera, o Carnaval
passado a concluir o trabalho sobre Intervenção Precoce…
Mais um… Esquecem a sexta anterior, em que
leccionaram nas suas escolas e se conduziram até à
Fundação. Mais cinco horas de aulas… Esquecem a
viagem para casa, o jantar engolido à pressa e a desoras, a
curta noite de sono… “O stress é uma corda de violino”,
diria João Lobo Antunes.
Aqui tudo é mímica e gesto e palavra… E tudo é
feminino…
Hoje é o Dia Internacional da Mulher e vinte e seis
pares de mãos aprenderam a esboçar este conceito em
Língua Gestual…
Duas formandas lembraram-se de levar champanhe
para comemorar… E vinte e seis pares de mãos disseram:
“festa surpresa”!
Barreiras invisíveis do género…
Porquê vinte e seis professoras, mulheres, a
especializarem-se em Educação Especial e uma formadora,
mulher também?
Mulheres comuns, que estudaram, que trabalham, que
têm famílias e que encontraram, também, tempo e
motivação para voltar a estudar… Mulheres que
conquistaram o direito a um apoio familiar que é o suporte
pragmático e emocional que as ajuda a prosseguir
objectivos, mas continuam a escolher uma área feminina
por excelência…
Neste mundo ainda tão cheio de desigualdades entre
homens e mulheres, quando existem direitos e deveres
idênticos e as mesmas oportunidades, continuam a
verificar-se diferenças significativas nas opções de vida…
Será que realmente “ Os Homens São de Marte, as
Mulheres de Vénus”, tal como defende John Gray?
Parece estar cientificamente provado que os cérebros
masculinos e femininos são biologicamente diferentes.
Allan e Bárbara Pease defendem a ideia de que esta
diferença resulta da evolução que se operou ao longo de
dezenas de milhares de anos, quando o homem caçava e a
mulher cuidava dos filhos, zelava pelo lar, mantinha,
enfim, a “qualidade de vida” da família… Pautas de
comportamento que se reflectem ainda na actualidade e
que os levaram a escrever, com pitadas de humor, “Porque
é que os Homens Nunca Ouvem Nada e as Mulheres Não
Sabem Ler os Mapas de Estradas”. E perguntam também,
num outro livro “Porque é que os Homens Mentem e as
Mulheres Choram”?
Infelizmente, as desigualdades e atrocidades que as
mulheres continuam a sofrer ainda justificam este Dia
Internacional.
Num emblemático poema, António Gedeão
corporizou a condição feminina na humilde Luísa que sobe
a “Calçada de Carriche”: “Luísa sobe, / sobe a calçada, /
sobe e não pode / que vai cansada.”. Quantas Luísas
continuarão a subir calçadas? Onde levarão as calçadas
que sobem?
O modelo masculino como aferidor do sucesso é um
“fantasma” que terá que ser expulso, na nossa sociedade,
se quisermos tornar homens e mulheres verdadeiros
companheiros que aceitam as diferenças e as valorizam.
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PALAVRINHAS
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A qualidade de vida das mulheres passa pela liberdade
de assumirem a especificidade dos seus valores e viverem
segundo as suas tendências, interesses e sensibilidades.
Por isso, o “eterno feminino” é a conquista mais
marcante das mulheres.
O ser “simplesmente” Mulher…
E quanta complexidade nesse “simplesmente”…
Prof. Margarida Oliveira
Pela liberdade ou pelo petróleo?
Quando pensamos em qualidade de vida, o tema
aglutinador deste décimo sexto Palavrinhas, associamos
essa ideia, imediata e inconscientemente, a condições
económicas,
às
condições
de
bem-estar
individuais...Talvez seja por força de vivermos numa
sociedade cada vez mais dominada por questões materiais
e fortemente individualista...
Não é, contudo, esse o alvo das minhas singelas
palavras. Fazendo o contraponto com o meu colega Mário
Júlio que não a aborda propositadamente no editorial, vou
exprimir algumas ideias que me assaltam a consciência e
se prendem com a chamada Guerra no Iraque. Podia,
relembrando as sábias palavras de Eduardo Lourenço,
começar por questionar se se trata efectivamente de uma
guerra. De acordo com este pensador português só existe
guerra se existirem dois contendores e o que nós
assistimos é que há um ataque a um país e a um povo que
tenta defender-se.
massiva, armas químicas e biológicas, e, além disso,
promove o terrorismo internacional, apoiando o
perseguido mas nunca capturado Osama Bin Laden, líder
da Al Qaeda.
Pensemos, também, que quem tenta intermediar e
solucionar estas questões é a Organização das Nações
Unidas (O.N.U.), que enviou, após uma resolução do
Conselho de Segurança, uma missão de investigadores
para o Iraque. É certo que as autoridades iraquianas
ocultaram informações sobre o armamento que detinham,
mas nunca se provou que tivessem armas químicas ou
outras de destruição massiva. Não esqueçamos que o
Senhor Blix pediu para as investigações continuarem, que
os iraquianos começavam a colaborar de forma mais
efectiva.
Pensemos, em seguida, que as Nações Unidas não
aprovaram qualquer intervenção militar contra o Iraque.
Logo, a acção das chamadas forças da coligação, Estados
Unidos da América e Inglaterra, está fora da lei, não está
legitimada pelo Direito Internacional.
Pensemos que até hoje (dia 06 de Abril de 2003) não
foram encontradas quaisquer armas que confirmassem as
suspeitas dos países agressores.
Pensemos, ainda, que os grandes sacrificados são as
vítimas inocentes deste conflito, iraquianos, norteamericanos e ingleses.
Pensemos, quase a acabar, que, não sendo encontradas
quaisquer armas, os argumentos unidenses caem por terra.
Não podemos deixar de pensar, por isso, que os
verdadeiros interesses norte-americanos se prendem com o
controlo efectivo de uma zona estratégica em termos
políticos e económicos, e não proporcionar a liberdade ao
povo iraquiano. Se os Estados Unidos da América fossem
os paladinos/defensores da liberdade, por que razão não
intervieram noutras ditaduras, como no Chile...?
Trata-se, senhores, de uma guerra, por mais que nos
custe, por mais palavreado que cinicamente se utilize para
a legitimar, motivada pelo controlo do Petróleo.
Que acabe a Guerra do Petróleo!
Espero, que à semelhança do que afirmou o escritor
moçambicano Mia Couto na carta a George W. Bush,
todos nós possuamos a única grande arma de destruição
massiva, a «capacidade de pensar».
Prof. José António Abreu
Despistando as mentes daqueles que me estão a
apelidar de pró-Saddam, devo dizer que desprezo qualquer
tipo de ditadura e que não tenho dúvidas algumas de que o
regime iraquiano liderado por Saddam Hussein é
autocrático e déspota. Não se trata de ser a favor deste ou
daquele, trata-se de tentar analisar com alguma
racionalidade os acontecimentos que levaram a esta guerra,
que, como outras, provocam, sobretudo, o sofrimento e a
morte de pessoas inocentes, homens, mulheres, crianças.
Estas palavras dirigem-se em especial aos meus alunos
e a quem quiser ler-me com atenção.
Pensemos. Os Estados Unidos da América, única
grande potência mundial após o desmoronamento do
Bloco Soviético, alega, para tentar legitimar esta guerra,
que o Iraque é uma ditadura, tem armas de destruição
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E assim vai a qualidade de vida no mundo…
Confesso que me sinto preguiçosa e que estou sem
ideias. Não me está a ser fácil escrever sobre este assunto.
Mas como prometi um artigo para o Palavrinhas... aqui
vai.
Qualidade de Vida ou Vida de Qualidade? A
expressão sugere que a vida é sempre de qualidade!... Mas
não é!
Esta expressão envolve uma variedade e diversidade
de aspectos relacionados com o bem-estar, com a
segurança, com a integração, com o reconhecimento social
e com a realização pessoal. Analisar a qualidade de vida é
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analisar a realidade económica e social em que cada um
vive. Exemplifique-se.
As aspirações de um adolescente que viva em África,
no Ruanda por exemplo, não podem ser as mesmas de um
outro adolescente que viva na Europa, por exemplo na
Suécia. Para o primeiro, uma boa Qualidade de Vida seria
certamente aquela que lhe permitisse satisfazer
necessidades tão básicas como a alimentação, a saúde e a
educação. Para o segundo, as suas necessidades básicas
estão asseguradas, por isso, a ocupação dos seus tempos
livres e o acesso à cultura e ao divertimento podem ser
preocupações para que possa atingir uma Qualidade de
Vida satisfatória.
Uma mulher que viva no Afeganistão não tem
certamente as mesmas aspirações que uma executiva que
viva numa grande cidade como Nova Iorque. Enquanto a
segunda, normalmente com boas condições de bem-estar e
com um emprego bem remunerado, considera o
reconhecimento profissional e a realização pessoal como
fundamentais para a manutenção dos seus elevados
padrões de Qualidade de Vida. A mulher afegã, essa
certamente preocupa-se porque não tem acesso à educação,
porque não tem acesso à contracepção, porque sabe que a
sua esperança média de vida não ultrapassará os 36 anos,
isto se não morrer num dos partos dos seus seis ou sete
filhos.
Falar de Qualidade de Vida é falar de riqueza e de
pobreza...Menos
de 4% da riqueza
das 225 pessoas
mais ricas era
suficiente
para
garantir o acesso
universal
aos
serviços
sociais
básicos como a
saúde, a educação,
a água potável e o saneamento... (PNUD 98).
Falar de Qualidade de Vida é falar de guerra e de
paz... nalguns países o investimento em armamento supera
o investimento em saúde.
Falar de Qualidade de Vida é falar de ambiente, de
recursos renováveis e não renováveis, de poluição, de
sustentabilidade, de Direitos Humanos.
A Qualidade de Vida é feita pelas pessoas, pelos
esbanjamentos e pela miséria.
Contudo, a miséria não pode ser de modo algum uma
fatalidade. Cabe a cada um de nós contrariar esse rumo e
transformar o mundo. Um mundo onde todos tenhamos
uma Qualidade de Vida digna!
Prof. Margarida Meneses
Palavrinhas em debate -9ºA (textos retirados do
Palavrinhas On-line)
Qualidade de Vida
Para ter uma boa qualidade de vida é necessário estar
bem psicologicamente, porque é a partir daí que provém
tudo o que fazemos para gerir a vida.
Vera e Cátia
A qualidade de vida é um tema muito vasto e tem
vários significados. Pensamos que todas as pessoas têm o
direito a ter boas condições de vida, mas isso não existe
em todos os países. Há países que proporcionam boas
condições de vida à população, e há outros que não.
Vítor Pedro e Filipe Brandão
Para ter uma boa qualidade de vida, é essencial que
haja saúde, que as pessoas tenham um bom emprego para
poderem pagar as suas despesas e comprar bens materiais.
Que tenham cultura, que vivam bem e em lugares pouco
poluentes, que se saibam comportar (civismo), e outras
coisas que tragam bem-estar às pessoas.
Dora e Sara
Para ter uma boa qualidade de vida, necessitamos, por
exemplo, de ter um bom emprego, um ordenado ao final de
cada mês e o mais importante, saber gerir esse vencimento.
Talvez uma boa qualidade de vida se deva mais às
possibilidades económicas de uma pessoa ou população.
Por isso, conclui-se que sem possibilidades económicas e
sem saber geri-las não se usufrui de uma boa qualidade de
vida.
Tânia e Patrícia Aires
Na minha opinião, ter qualidade de vida é conseguir
gerir o dinheiro que ganhamos para que não existam
pobres nem ricos, mas que sejamos todos iguais, porque
para que serve existirem grandes centros comerciais ou
consultórios médicos privados se por vezes só as pessoas
mais endinheiradas é que os podem utilizar? Isto não é ter
qualidade de vida.
Bruno Nunes
Para ter uma boa qualidade de vida, é necessário
passar por várias etapas do nosso dia-a-dia, que nos vão
proporcionando o bem-estar. Essas etapas passam pela
saúde, pelo dinheiro, pela higiene e sobretudo pelo bemestar social e psicológico. É chegar a casa e dizer "que bem
que me correu o dia - é bom viver".
Ana Rita e Raquel
A Prevenção Rodoviária
LÊ E ESCREVE,
NÃO TE ESQUEÇAS!
Achamos que todos os condutores devem ter
consciência do perigo que podem causar.
Tito e Fábio
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Hoje em dia, as pessoas já não respeitam o código da
estrada. Quando o respeitam, pensam mais no dinheiro que
pode vir a sair do bolso ao apanharem multas, do que na
sua própria segurança e das outras pessoas. Nós achamos
que isto não está correcto e que deve haver segurança
rodoviária, porque acima de tudo está a protecção da nossa
vida.
Dora e Sara
Os condutores devem ter em conta que, para além de
respeitarem o código da estrada, devem respeitar também
os outros condutores. Não devem conduzir de uma
maneira agressiva e para isso não devem conduzir sob o
efeito de qualquer tipo de estupefacientes (Drogas, álcool)
nem conduzirem num estado de cansaço físico.
Tânia e Mara
Eu acho que a escola deve contemplar este tipo de
educação (rodoviária), visto que é uma parte importante da
educação dos jovens. Quando forem adultos, podem
transmitir esta mensagem para as próximas gerações.
Bruno Nunes e Sérgio Jardim
Muito dos condutores não cumprem algumas regras de
segurança, uma delas é a distância de segurança que se
deve manter do veículo da frente. Se todos os condutores
respeitassem esta regra, o número de acidentes era muito
menor.
Armando Norte e Cláudio Santos
Para que os condutores respeitem as regras e os
placares existentes nas estradas, é necessário que tenham
uma boa formação cívica. Devemos ter em conta que o
dinheiro que se perde em multas e outros deve ser menos
importantes do que a nossa segurança.
Raquel Neto e Patrícia Aires
Os condutores, por vezes, não respeitam as regras
mínimas de segurança e assim acontecem os inevitáveis
acidentes ou travagens bruscas.
Vítor Pedro, Raquel Santos, Patrícia Silva e Ana Rita
Para que os condutores respeitem as regras e os
placares existentes nas estradas, é necessário que tenham
uma boa formação cívica.
Raquel Neto e Patrícia Aires
CRIAÇÕES
Poema A Paz
A paz é a cor,
A alegria,
A vida com amor
E também com fantasia.
A guerra
Prejudica a paz.
Por terra
Toda a gente faz.
A paz
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Está na cruz
Que traz
Muita luz.
A paz
É o que as crianças
Esperam.
Que a paz
Tenha alianças.
Ana Beatriz, 4.º ano da EB1 de Avelar
Uns têm Paz
Outras não a têm
Porque não querem,
Porque todos juntos
Conseguiremos vencer.
A Paz
É precisa
Em tempo
De gerar.
Paz é precisa,
Para que todos
Os meninos e
meninas
tenham uma boa vida.
António Jorge e Cátia Filipa, 4.º ano da EB1 de Avelar
O pintainho Piu-piu e o coelho Malhado
O pintainho Piu-piu e o coelho malhado são animais
domésticos que vivem na terra.
O pintainho come grãos, tem o corpo coberto de
penas, duas patas, duas asas e um bico. Reproduz-se por
ovos.
O coelho Malhado come vegetais, tem o corpo coberto
de pêlos e quatro patas. Reproduz-se a partir da barriga da
mãe.
Diogo Filipe, 2.º ano da EB1 de Avelar
Dia da Árvore
Nós no Dia da Árvore (21 de Março)
fomos plantar uma árvore e depois eu,
quando ia para cavar, o sacho partiu-se.
Depois, o António cavou um bocado de
terra muito grande.
Ele cavava muito devagar e o Fábio
foi lá cavar. Mas a terra ficava lá na mesma.
E a seguir foi experimentar o Tiago Matias e cavou
um bocado fundo. Plantámos a árvore.
Metemos terra, água e tapámo-la.
A seguir fomos brincar.
Alexandre Nogueira e João Filipe,
4.º ano da EB 1 de Avelar
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SITEADOS
Prof. Paulo Alves (Caso queiras sugerir sites interessantes é só enviares o endereço para [email protected])
http://cr3.cea.ucp.pt/lei/const/const66.htm -Artigo 66º Ambiente e qualidade de vida, da Constituição da República Portuguesa
http://www.apq.pt/pt/template.html -Associação Portuguesa para a Qualidade
http://www.aeportugal.pt/Index.asp - Associação Empresarial de Portugal
http://www.agroportal.pt/index.htm - Portal sobre relacionado com a agricultura
http://193.136.121.102/iqa - Direcção Geral do Ambiente
http://www.qualidadeonline.com/ - Jornal on-line sobre qualidade
http://www.empresas.qualidadeonline.com/ - Site que nos indica empresas ou organizações relacionadas com a qualidade
http://www.ensino.qualidadeonline.com/ - Ensino de qualidade, escolas, material didáctico, formação...
http://www.envc.pt/index.htm - Estaleiros Navais de Viana do Castelo, a qualidade na construção e reparação naval
http://www.ipq.pt/ - Instituto Português da Qualidade
http://www.icgzn.pt/ - Página do Instituto da Qualidade em saúde
http://www.infocid.pt/aguas/ - Qualidade da água em zonas balneares
http://www.icp.pt/ - Página da ANACOM – Autoridade Nacional de Comunicações
http://www.vivapraia.com/qualidade_zonas.php- - Site informativo sobre a qualidade de zonas preferenciais de lazer
Poderás consultar estes e muitos outros sites relacionados com a Qualidade em
www.agavelar.ms/palavrinhas
A CÂMARA MUNICIPAL DE ANSIÃO
APOIA O NOSSO
JORNAL
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PALAVRINHAS
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INQUIRINDO
Começou mais uma guerra…
Assistimos todos os dias e a toda a hora a notícias sobre a guerra no Iraque, os seus
desenvolvimentos, os bombardeamentos, a contabilização dos feridos e dos mortos, que
muitos continuam a insistir em designar de «danos colaterais».
Porque uma guerra é, ou devia ser, sempre um acontecimento extraordinário e com
tantas implicações na Humanidade, resolvemos ouvir a opinião dos nossos alunos e dos
outros elementos da comunidade educativa sobre o primeiro conflito bélico do século XXI.
À semelhança dos Inquirindos anteriores, o inquérito será feito a vinte alunos do 2º e
3º Ciclos, e a dez professores/auxiliares de acção educativa
Perguntas
Respostas
Não
Sim
Consideras necessárias as guerras?
Acreditas que a guerra era a única solução
para o conflito entre os E.U.A e o Iraque?
85%
15%
Sim
Não
15%
85%
Que outra solução poderia ter sido seguida? Polític Prolongamento das
Outra
Nenhuma
Só respondem a esta questão aqueles que
a
Inspecções da O.N.U
tenham respondido negativamente.
60%
0%
40%
0%
Consideras que a intervenção dos E.U.A e
Sim
Não
da Inglaterra no Iraque sem o aval das
15%
85%
Nações Unidas é legítima?
O que mais te impressiona nas imagens que Feridos
Casas
Fuga/
Bombardeamentos
vês na televisão?
/ mortos destruídas
sofrimento
das pessoas
80%
0%
5%
15%
Podemos concluir, perante as respostas diversificadas, o seguinte:
• 85% dos alunos considera que a Guerra não é necessária nem a única solução para o conflito entre a coligação
E.U.A./Inglaterra e o Iraque;
• Todos os elementos da comunidade educativa pensam que poderia ter sido encontrada outras soluções, nomeadamente
a política (60%);
• Apenas 15% das pessoas auscultadas considera que os E.U.A. e a Inglaterra intervieram legitimamente no Iraque, o
que nos leva a concluir que a esmagadora maioria dos inquiridos entende que as Nações Unidas foram ultrapassadas
pela decisão unilateral de dois países;
• Ninguém fica insensível às imagens violentas e sanguinárias transmitidas pela televisão. Registe-se que as imagens de
feridos e mortos são as que impressionam mais a comunidade escolar (80%)
Outras conclusões interessantes:
• A guerra não é solução para nada, sendo causadora, ao invés, de violência, sofrimentos…
Informações recolhidas de Inquéritos efectuados por alunos do Clube A Palavra
Ficha Técnica
Propriedade e Edição:
Escola Básica 2/3 de Avelar,
do Agrupamento Vertical das
Escolas de Avelar.
Dinamizadores:
Clubes A Palavra e Fotografia
Responsáveis:
Prof. José António Abreu
Prof. Mário Júlio Marinho
Composição informática:
Clube A Palavra e Fotografia
Colaboradores:
alunos dos clubes A Palavra e Fotografia ;
alunos que contribuíram com textos;
professores Filomena Pedro, Filomena
Batista, Margarida Meneses, Margarida
Oliveira, Paulo Alves, Isabel Serra, Paula
Dias, Eugénia Almeida, Luísa Fareleiro;
Anabela Monteiro, Virgínia Neto, Catarina
Gonçalves, Biblioteca; Clubes Europeu,
Informática; Professores do 1º Ciclo e
Educadoras que participaram com textos.
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