Edição de Setembro e Outubro de 2011

Transcrição

Edição de Setembro e Outubro de 2011
OLEIROS
www.jornaldeoleiros.com
Director e Fundador
Paulino B. Fernandes
· Ano 2, Nº 18, Setembro/Outubro de 2011 • Preço: 0,01€ (inclui IVA) • Edição Bimestral
Jornal de
Influente na região do Pinhal Interior Sul, Beira Interior Sul e Cova da Beira
2.º Aniversário
UM PROJECTO consolidado
Foi aqui no belo resturante
COELHO DA ROCHA em
Campo de Ourique, de outro grande Oleirense onde
muitas vezes nos reunimos
para discutir o futuro. O
José António Martins, o João
Ramos o Luis Mateus e eu
próprio. Também no Centro
Cultural de Belém incluindo
aí a Maria da Conceição Rocha, e o Fernando Caldeira
da Silva, mas sempre concertados e em sintonia com
“outras Figuras basilares do
projecto” como a Inês Martins, a Ana Neves, a Soraia
Tomaz, o António Romão
de Matos, o António Mendes, a Catia Afonso, a Joana Rodrigues, o Fernando
Dias, o Miguel Marques, a
Maria dos Reis Fernandes,
o Fernando Carvalho a Ivone Roque Luis Fernandes, a
Maria Alda Barata Salgueiro, o Lopes Marcelo, o Artur
Brás, o Carlos Marques de
Almeida, o António Justo, o
António Moreira, o Serafim
Marques, o Augusto de Matos, o Carlos N. de Carvalho e, evidentemente, com
a Manuela Marques nossa
Presidente do Conselho
Editorial.
Aqui terçámos armas:
Vamos fazer mais páginas:
Quem paga?
Vamos colocar artigos
mais pequenos mesmo que
truncados: Jamais, nem pensar;
Vamos colocar mais fotos:
vamos sempre que possível;
Vamos dar mais notícias
do Concelho: Sem dúvida, o
mais possível.
Hoje sômos um jornal
muito respeitado, indepen-
Editorial
Paulino B. Fernandes
página 2
“De olho na
Educação”
Dra. Manuela Marques
página 2
O Norte da
Europa não...
Dr. António Justo
página 10
dente e não dependente,
salvo da vontade dos nossos
Leitores e Amigos.
Foi sempre o que fui lembrando, este é um projecto
Editorial dedicado à cultura da região, à sua promoção, à canalização de meios
para a região, ao aproveitamento de Quadros válidos
que hoje estão dispersos.
Não sômos um projecto
político e não o seremos sob
a minha Direcção.
E isso é claro entre todos,
mau grado cada um possa e
até deva ter projectos pessoais e políticos.
Desejo que neste dia 15 de
Outubro estejamos rodea-
dos de Amigos, que seja um
dia de FESTA e afirmação.
Faltarão alguns que tanto
recordamos e tanta falta nos
fazem.
Em homenagem, prosseguiremos o nosso caminho. n
Director
Agricultura a
troco...
Dr. António Moreira
página 10
Páginas
Especiais
página 9 e 13
LOURANTUNES, Lda
Telefone /Fax: 272 682 464
Telemóveis: 966092649 e 964785156
Pedro Santana Lopes é o
novo Provedor da Santa Casa
da Misericórdia de Lisboa.
Após recusar vários cargos no
exterior, aceitou sem salário
esta importante missão
num momento de grande
responsabilidade social. Um
aplauso a Pedro Santana
Lopes.
2
Jornal de OLEIROS
2011 SETEMBRO/OUTUBRO
De “Olho” na Educação
EDITORIAL
Professores bem
recebidos em Álvaro,
a «Olhar o Zêzere»
Manuela Marques
Festejamos o 2º Aniversário
seguramente rodeados de muitos Amigos.
15 de Outubro de 2011 será
um dia bom, marcante, mesmo
notável.
Fazêmo-lo num momento de
crise acentuada em Portugal
mas não só, contraditória também, onde são visíveis sinais
incontornáveis de desorientação, medidas pouco mobilizadoras causadoras de constrangimentos vários.
Mas é o nosso 2º Aniversário
o que nestes dias mais nos empolga.
Vai nascendo o Grupo Económico, já com dois jornais
com edições em papel e em online, vai nascer a Editora Povo
de Portugal e o Director possui
uma participação em directo
numa das maiores rádios de
portugueses no mundo que
faz cadeia com vários países,
nomeadamente o Canadá, a
França, a Alemanha e os EUA
evidentemente, além da África
do Sul, onde às 5ª feiras pelas
16 horas de Portugal, estare-
mos em directo.
Não é de somenos para quem
nasceu com a crise.
Aos Colaboradores iniciais
vieram juntar-se outros muito
qualificados e que ampliaram
muito a penetração do Jornal.
O Jornal cresceu, tornou-se
referência obrigatória - mérito
da Equipa que aqui saúdo.
O ano que aí vêm é de luta
pelos jornais, mas, também
pelo país.
Vão desencadear-se as grandes batalhas “pelas nossas Câmaras, Freguesias e nelas estaremos empenhados fortemente
- politicamente - se necessário.
Libertos de peias partidárias
que não possuimos e de que
não dependemos, lutaremos
pelo que fôr justo e exequível,
com realismo.
Podem contar com a nossa
independência. n
Director
Email: [email protected].
–Cabeleireiro–Manicure–Pedicure–
–Depilação–Unhas de Gel–
Praça da República - Oleiros
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Telefone 272 682 50
FAÇA
A SUA
ASSINATURA
No dia seis de Setembro, o Agrupamento de Escolas Padre António
de Andrade recebeu o grupo de professores que estará à frente dos destinos académicos dos alunos do nosso
concelho. Depois de uma reunião geral na escola sede do Agrupamento,
partiram todos em busca dos segredos desvendados e por desvendar
da (antiga vila) aldeia de Álvaro. O
Lagar da Casa Museu da Gaspalha
foi um dos primeiros alvos da visita
que o senhor presidente da junta de
freguesia de Álvaro preparou para
os docentes. Primeiramente, o mimo
passou pela receção junto à interceção que leva à Gaspalha, para que
ninguém perdesse o norte ao lugar
bafejado de cheiros deliciosos de
mato e flores silvestres e estendeu-se
depois ao saborosíssimo porto, caseiro, que naquela Casa Museu fez as
delícias de todos. Ali se preservam
largas memórias das gentes passadas
e de seus afazeres singelos, telúricos,
mas de suma importância para a sobrevivência de outros tempos.
Posteriormente, subiu-se o monte,
em direção a Álvaro, esse recanto
que o Zêzere teima em embelezar e
cortar a respiração a todo aquele que,
no alto da igreja, vê aquela paisagem
indescritível de natureza, em zéfiros
quentes de um verão que teimou não
ser tão estival quanto se desejara.
A Igreja da Misericórdia também
foi canto privilegiado de visita pela
sua provisão de paramentos, painéis,
mortalhas e outros objetos afins de
um lugar sagrado, de culto, de todos
quantos naquela porta batem e bateram para encontrar o conforto do
espírito e da alma perturbada ou tão
somente orar pelos seus semelhantes, numa busca infindável de paz e
sabedoria celeste.
O tempo gastou-se por aquelas
paragens, e parece não existir...nas
pedras da calçada, nas ruas sóbrias
e varonis calcorreadas, outrora, por
homens de enxada na mão, por
crianças de sacola a tiracolo, por lavadeiras, pessoas simples e, agora,
por tão poucos que teimam em não
abandonar aquele perfeito planalto
ou dizem que ali nasceram, ali morrerão...
Depois de apreciada a paisagem,
de todo aquele possível paraíso terreno, «olhar o Zêzere» impunha-se
junto ao rio a convidar a aromas e
sabores deliciosos que uma natureza tão verdadeira e plena de ar puro
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Ficha nesta edição
na pag 14
propicia. Seguiu-se, então, o jantar,
tão bem servido, oferecido pela Câmara Municipal de Oleiros que há
muito considera esta iniciativa do
Agrupamento uma forma de aproximar os docentes da restante comunidade, para que conheçam a realidade
do concelho e se unam aos esforços
de fomentar o desenvolvimento do
mesmo.
Mais uma vez se esqueceu o tempo
em conversas amenas de uma tarde
de quase fim de verão para que os
novos professores conhecessem os de
cá e estes conhecessem os dalém, um
além mais perto ou mais longínquo
em terras de todos nós. Iguarias, bem
regadas, esperavam no restaurante
Olhar o Zêzere, à beira rio, num convívio caloroso, do qual fizeram parte
as entidades já referenciadas. E tudo
decorreu com a normalidade de um
jantar entre gente que se entende,
que partilha muitas alegrias e muitos
dissabores, que luta diariamente para
impor um ensino de qualidade, que
viaja todos os dias daquém e dalém
para vislumbrar um olhar de curiosidade num rosto pequeno de aprendiz, ávido de saber, de aprender e
que vê no seu professor a forma carinhosa e altruísta, digna e responsável
com que transmite cultura, tradições,
letras, números, o saber ser e o saber
estar para que um dia os pequenos, já
crescidos, saibam fazer e inventar...
Seguiram-se os discursos da praxe.
A Diretora pronunciou-se em agradecimentos a todos quantos proporcionaram aquele dia a nós docentes
e desejou-nos um ano auspicioso. O
mesmo desejou o Presidente da Câmara Municipal e acrescentou que o
apoio daquela instituição não esmo-
Escreva-nos também para:
[email protected]
recerá, reafirmando a sua luta pela
educação e pelas crianças do concelho de Oleiros.
Por fim, a direção do Agrupamento ofereceu uma lembrança simbólica aos presentes e ouviu-se por entre
os docentes, que pela primeira vez
chegam à nossa Escola, «Nunca fui
recebido assim em nenhum outro
lugar». E por isto, nem que seja só
um a dizê-lo, vale a pena todo o esforço que se faz anos e anos, sempre
remando contra uma maré que se
vai engrossando e que parece nos
irá tragar num futuro próximo...
Basta que um repare e mude o rumo
dos acontecimentos, como um efeito
borboleta, para que tudo esteja no
seu devido lugar, como casa arrumada, arejada, livre de pó bafiento
e asfixiante! Contudo, nada parece
mudar e ainda não veio aquele que
vai olhar em frente e agarrar o leme
firmemente contra a corrente que
teimosamente nos quer engolir. E
vamos continuar na mesma, com
um rumo de incertezas, sem saber o
que verdadeiramente se passa neste
país e quão má e gravíssima é a situação de todos os portugueses, com
os governantes a “taparem o sol com
a peneira”...E corte aqui, corte ali,
este ano, para o ano, nos próximos
largos anos...e tudo parece infrutífero
e sentimo-nos como numa trincheira
à espera que a bomba rebente!
Aqui, em Oleiros, foi assim o nosso dia...e alegra-me saber que é nos
lugares esquecidos pela Pólis que os
docentes sabem o que é ser bem recebido, sabem o que é um gesto verdadeiro e justo.
Bom ano para todos nós professores e para os nossos alunos. n
atenção de algumas coisas tendo por base exactamente os números dos
Censos. O quadro dos resultados para a zona a que pertencemos
e por ela 3
Jornal de OLEIROS
lutamos – Zona do Pinhal Interior Sul – apresenta resultados que todos já
esperávamos mas que alguns políticos fingiam não ser assim.
2011 SETEMBRO/OUTUBRO
Desertificação?
Cada vez somos menos
No conjunto dos concelhos só Castelo Branco ganhou habitantes (+325) e
Vila de Rei (+95). Idanha-a-Nova é o que perde mais em percentagem (17,69), mas em número de pessoas é o da Covilhã que mais perde (-2.735
com -5,02%). É claro que, estes números lidos sem a conjugação entre o
número de habitantes que tinham e os que agora têm, podem indicar para
leituras algo distorcidas. O quadro mais pormenorizado aqui fica, por ordem
alfabética:
Dr. Luís Mateus
conjugação entre o número de habitantes que tinham e os que agora
têm, podem indicar para leituras
algo distorcidas. O quadro mais
pormenorizado aqui fica, por ordem alfabética:
Os Censos 2011 aí estão disponíveis para todas as análises,
comparações, estatísticas para
decisões, números muitas vezes
chocantes, outros surpreendentes,
mas aí estão eles e a serem já base
para imensas abordagens políticas,
jornalísticas, programadores, decisores. Quantos somos? Quem somos? Como vivemos? Quais foram
os comportamentos, em termos de
migração, dos portugueses?
Por falta de espaço neste número
limito-me a ser mais um dos que
chama a atenção de algumas coisas
tendo por base exactamente os números dos Censos. O quadro dos
resultados para a zona a que pertencemos e por ela lutamos – Zona
do Pinhal Interior Sul – apresenta
resultados que todos já esperávamos mas que alguns políticos fingiam não ser assim.
No conjunto dos concelhos só
Castelo Branco ganhou habitantes
(+325) e Vila de Rei (+95). Idanhaa-Nova é o que perde mais em percentagem (-17,69), mas em número
de pessoas é o da Covilhã que mais
perde (-2.735 com -5,02%). É claro
que, estes números lidos sem a
Em dez anos foi isto. Perdemos.
Perdemos nós por aqui e perdeu o
país porque, nem os fundos que há
anos chegaram a Portugal para o
seu desenvolvimento não foi aplicado estrategicamente e com visão
de futuro. Gastámos muito em
festas cerimónias, formação sem
nexo, subsídios quase inexplicáveis, criação do sentimento de que
a “cunha” continua e continuará e
quem não é da cor nos meios mais
pequenos é estar do outro lado, as
suas ideias não interessam. A preferência pelo partidarismo, o amiguismo, e outros ismos vão sendo
a descrença – que os verdadeiros
políticos não gostam quem falemos – da nossa democracia.
Já li várias intervenções para o
problema da “desertificação” seja
combatido. Se unam esforços. Se
reúnam génios. Se estudem as soluções para alterar este ritmo avas-
CONCELHOS
Belmonte
Castelo Branco
Covilhã
Fundão
Idanha-a-Nova
Oleiros
Penamacor
Proença-a-Nova
Sertã
Vila de Rei
Vila Velha de Ródão
TOTAL -------------
Em 2001
TOTAL
7 592
55 708
54 505
31 482
11 659
6 677
6 658
9 610
16 720
3 354
4 098
208 063
VARIAÇÃO
-787
+325
-2735
-2310
-2062
-975
-1006
-1347
-793
+95
-519
-10,37%
0,58%
-5,02%
-7,34%
-17,69%
-14,60%
-15,11%
-14,02%
-4,74%
2,83%
-12,66%
Em 2011
TOTAL
6 805
56 033
51 770
29 172
9 597
5 702
5 652
8 263
15 927
3 449
3 579
195 949
salador. Mas… na agenda política os autarcas dos nossos concelhos nâmicas ultrapassadas, com rotide muitos
anos. Háoexceções?
têm de ter projetos
âncora, nós
têm depornasaqui
não
próximos
temposPerdemos.
Ementrará
dez nos
anos
foi isto.
Perdemos
e perdeu
país
este enorme problema. Porque a entre eles terem lideranças a pen- Há! E felizmente boas. Mas, como
porque,
nem
os nafundos
que
anose os
chegaram
Portugal
para
o seudo
o Presidente
da concelhia
maishá
alargado
outros não adizia
“crise”
não deixa.
Porque
troika sar
PSD
da
Sertã
no
Comarca
da Sertã
considerarem
o
seu
concelho
como
está
o
contrário:
matar
freguesias,
desenvolvimento não foi aplicado estrategicamente e com visão de futuro.
talvez (improvável) concelhos e já uma quinta (ou quintal). E isto, “Sem tibiezas é urgente repensar
Gastámos
muito
em festas
cerimónias,
formaçãoque
semo nexo,
subsídios
INTERIOR
e agir semquase
demora.
retira o reconhecimento
caminhamos
para
as Câmaras
mo- não
tenho por alguns desses autarcas. O despovoamento não tem de ser
nocolores.
inexplicáveis,
criação do sentimento de que a “cunha” continua e continuará
Neste momento considero que Mas outras “governam” com di- uma fatalidade”. n
Recebi há dias um e-mail que considero interessante e também oportuno.
Dizia assim:
A Presidenta foi Estudanta?!
Alda Barata Salgueiro
(Este artigo não segue o novo acordo ortográfico)
No português existem os particípios activos derivativos verbais.
Por exemplo: o particípio activo do
verbo atacar é atacante, de pedir
é pedinte, o de cantar é cantante,
o de existir é existente, o de mendicar é mendicante……Qual é o
particípio activo do verbo ser? O
particípio activo do verbo ser é
ente. Aquele que é: o ente. Aquele
que tem entidade. Assim, quando
queremos designar alguém com
capacidade para exercer a acção
que expressa um verbo, há que se
adicionar à raiz verbal os sufixos
-ante, -ente ou -inte.
Portanto, a pessoa que preside é
PRESIDENTE e não “presidenta”,
independentemente do sexo que
tenha. Diz-se capela ardente e não
capela ardenta; diz-se estudante e
não “estudanta”; diz-se paciente e
não “pacienta”.
Um bom exemplo de erro grosseiro seria:
-A candidata a presidenta comporta-se como uma adolescenta
que imagina ter virado eleganta
†
A Inês Barata, jovem promissora, boa estudante,
premiada diversas vezes, foi vítima de brutal assassínio e sepultada em Oleiros no pretérito dia 30 de
Agôsto.
A Seus Pais Cecília Barata e a Dinis apresentamos as
mais sentidas condolências.
Jornal de Oleiros - Direcção
para tentar ser nomeada representanta. Esperamos vê-la algum dia
sorridenta numa capela ardenta,
pois esta dirigenta política, dentre
tantas outras atitudes barbarizentas, não tem o direito de violentar
o pobre português, só para ficar
contenta».
Apesar de humorística, esta reflexão trata de um assunto sério,
direi mesmo muito sério. As línguas evoluem como os seres vivos,
mas também como os seres vivos
não devem perder o ADN que
as caracteriza. Esta necessidade
de afirmação femininista não tem
qualquer mérito, ou antes, contribui sim, como uma menos valia
para a causa feminina, porque é
atrevidamente ignorante.
Os substantivos e os adjectivos
designados uniformes, devem
manter-se uniformes porque não
transportam qualquer equívoco,
mesmo para designar entidades
que desempenham cargos por
mais prestigiados que sejam, pois
o artigo definido que os antecede
†
Maria Odete Santos, de 81, residente no Estreito, tendo
exercido durante largos anos a profissão de professora,
faleceu no passado dia 8 de Setembro.
À sua filha, Dra. Maria do Céu Garcia (com Cartório
de Notária frente ao El Corte Inglês), netos e restante
família, apresentamos as mais sentidas condolências.
Jornal de Oleiros - Direcção
define, por natureza, o seu género:
o intendente, a intendente; o residente a residente.
Senhora arquitecta Helena Roseta, a senhora doutora Assunção Esteves não é a presidenta da
Assembleia da República, ela é a
Presidente da Assembleia da República.
Depois desta afronta, espero que
o senhor Prof. Aníbal Cavaco Silva
não deseje passar a ser designado
por: o presidento de todos os portugueses! n
4
Jornal de OLEIROS
2011 SETEMBRO/OUTUBRO
Avaliação internacional
do Geopark Naturtejo passa por Oleiros
O Geopark Naturtejo da Meseta
Meridional recebeu uma missão
decisiva da Rede Europeia de
Geoparques, sob os auspícios da
UNESCO, que veio reavaliar o
estatuto internacional alcançado
em 2006, servindo de suporte de
análise à votação da permanência
do Geopark Naturtejo nas redes
Europeia e Global de Geoparques para o quadriénio 2012-2015.
Após mais de dois meses de auditoria aos instrumentos de gestão
do Geopark Naturtejo e conservação do seu património geológico,
Pablo Rivas Palomo, coordenador
do Geoparque Cabo de Gata-Níjar
(Espanha), Reserva da Biosfera da
UNESCO, e Marie-Luise Frey, directora de Messel Pit (Alemanha),
Património Mundial da UNESCO,
estiveram no terreno a avaliar o
trabalho desenvolvido pela Naturtejo - EIM, ao longo dos últimos 5 anos, em conjunto com os
seus municípios fundadores e os
seus parceiros privados. Os dois
especialistas percorreram a região para confirmar a evolução
do plano de acção definido para o
território Geopark Naturtejo, analisando o grau de protecção e valorização patrimonial, o sucesso
das parcerias públicas e privadas,
a qualidade das actividades educativas desenvolvidas pela Naturtejo com as escolas, municípios e
parceiros privados e a implantação
de uma estratégia turística de base
sustentável.
Com o objectivo de abordar os
diferentes pontos de análise, a
Naturtejo preparou um rigoroso
programa de visita ao Geopark.
Saliente-se que, no decorrer do
programa, os avaliadores atravessaram grande parte do território
e visitaram os principais geomonumentos, unidades de alojamento e de restauração, empresas de
animação turística, espaços museológicos, culturais e postos de turismo, contactando as pessoas nas
suas áreas de responsabilidade, na
rua ou em festivais de cariz popular.
Em Oleiros, a comitiva passou
pelo Posto de Turismo e pela Casa
S. Torcato-Moradal, tendo sido
muito bem recebidos pelo Vereador da Câmara Municipal de Oleiros, Vitor Antunes, pelo representante dos parceiros privados da
Naturtejo, João Paulo Ribeiro da
Pirotecnia Oleirense e pela responsável pela comunicação deste
município, Inês Martins. Os avaliadores puderam fazer uma visita guiada ao excelente posto de
turismo e centro de exposições,
verdadeiro exemplo no território
do Geopark, através das entusiasmantes explicações de Inês Martins. Ficaram a conhecer a nova
estratégia Oleiros/Geopark de integração dos produtos turísticos
de Oleiros, numa única marca – A
Rota das Montanhas -, à qual se
alia uma nova abordagem de marketing dos produtos tradicionais
– Produtos da Montanha – que se
encontram disponíveis para venda neste Posto de Turismo, tais
como os Geodoces, os tropeços, a
aguardente de medronho ou o artesanato em linho, madeira ou xisto. Este Posto de Turismo é ainda
pioneiro na criação de um espaço
internacional de divulgação do
Geopark Naturtejo e dos restantes 42 geoparques existentes na
Europa, para os seus visitantes.
Os avaliadores foram muito bem
acolhidos pela família Bártolo na
Casa S. Torcato-Moradal, a primeira Casa Naturtejo. Em fase
de crescimento, com a construção
de 5 novos quartos e apostando
numa hospitalidade familiar rodeada dos aromas da aldeia, o S.
Torcato-Moradal reforçou a oferta
do Geopark Naturtejo, tornandose ponto de partida para a descoberta do valioso património
geológico e botânico da Serra
do Moradal. Aqui, e em jantar
de despedida, os avaliadores da
Rede Europeia de Geoparques e
restante comitiva puderam experimentar algumas das maravilhas
da gastronomia local em ambiente
de genuína hospitalidade, assim
como comprovar o conforto do
silêncio numa noite muito bem
passada em S. Torcato.
O sucesso que se espera desta
missão para o futuro do Geopark
Naturtejo da Meseta Meridional
dependeu fundamentalmente do
trabalho realizado e dos projectos implementados nos últimos 5
anos, da demonstração do sentido
de união e pertença sempre presentes no dia-a-dia deste território, do entusiasmo das suas gentes
e de cada um de nós e da qualidade da informação disponibilizada
nos municípios e pelas entidades
por onde a missão passou. No dia
15 Setembro serão conhecidos os
resultados da avaliação do Geopark Naturtejo pela Comissão de
Coordenação da Rede Europeia
de Geoparques e UNESCO, que se
irá reunir no Geopark Gea Norvegica, em Larvik, Noruega. n
Carlos Neto de Carvalho e
Joana Rodrigues
Oferta
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Condução de Obra
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Apoios:
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“Qualificar é Crescer”
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2011 SETEMBRO/OUTUBRO
Jornal de OLEIROS
ruralidades
Inês Martins
Empreendedorismo em
espaço rural, precisa-se!
Todos os territórios, em particular os
espaços rurais, necessitam que haja empreendedorismo para que ocorra a sua
revitalização. Consultando no dicionário o significado do verbo “empreender”,
este consiste em “tomar a resolução de fazer
uma coisa (de certo vulto) e começá-la: empreender um trabalho”. Na verdade, estão
aqui subjacentes as noções de trabalho e
de iniciativa, seja esta última de natureza
pública ou privada.
É este espírito de iniciativa, gerador
de riqueza e emprego, que dinamiza os
territórios e aumenta a sua capacidade
de atracção. Só desta forma se consegue fixar pessoas em territórios de baixa
densidade populacional, sendo este um
factor preponderante para a revitalização das economias locais.
Acarinhar as empresas empreendedoras existentes numa região, as quais em
muito têm contribuído para a fixação de
recursos humanos, é fundamental para
garantir a vitalidade do território. Na
maioria dos casos, estas têm feito um
esforço heróico, e muitas vezes altruísta,
para se manterem em certos locais do
interior, criando algo diferente, dedicando todo o tempo e trabalho necessários
e assumindo todos os riscos correspondentes, em prol do acréscimo de riqueza
e valor das regiões.
Por outro lado, a fixação de novas empresas, com inovadores modelos de desenvolvimento, poderá contribuir para a
afirmação de uma renovada identidade
do território. O aparecimento de novos
produtos, muitos deles possuidores de
valor acrescentado, será um importante
vector de valorização dos territórios, os
quais surgem desta forma regenerados e
com uma nova imagem.
Do mesmo modo, a existência de novos empreendimentos pode potenciar a
atracção de recursos humanos e consequentemente, de população, tão necessária nestes territórios de baixa densidade.
Concluindo, o conceito de empreen-
Contabilidade . Salários . IRS/IRC . Pocal
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dedorismo (que foi utilizado pela primeira vez em 1950, tendo sofrido um
longo processo de evolução), é hoje em
dia consensualmente considerado pela
sociedade como principal promotor do
desenvolvimento económico e social de
um determinado território.
O papel do empreendedor consiste em
identificar oportunidades, agarrá-las e
encontrar os recursos necessários para as
transformar num negócio lucrativo. Tendo como referência os espaços rurais, o
processo assume contornos específicos,
quer no que diz respeito às oportunidades existentes, como no que se refere aos
riscos inerentes.
Face ao contexto que vivemos actualmente, forçosamente marcado por novos desafios, o futuro terá de passar pela
regeneração do interior e nesse sentido,
é fundamental uma dose considerável
de empreendedorismo, num processo
que tem tanto de gratificante como de
urgente. n
5
Em 15 de Outubro
de 2009 nascia
o Jornal de Oleiros
A data era intencional, havia
Eleições em 12
e o Projecto não
era meramente
político.
Recordo aliás
a conversa prévia com o Senhor Comendador José Santos
Marques, nosso
Presidente, que
também a recordará.
Foi uma grande decisão, uma
paixão que nasceu e se mantém,
ajudada a construir por muitos Amigos a quem
aqui agradeço pessoalmente. n
6
Jornal de OLEIROS
2011 SETEMBRO/OUTUBRO
O FAROL
Pensamentos de Verão
Nota: O presente texto não segue as regras do novo acordo ortográfico
António Graça
O Verão é a estação do ano mais
desejada, uma vez que com ela
chega o habitual ( por enquanto)
período de férias, no qual, quem
trabalhou o ano inteiro, procura recuperar forças e recarregar as baterias para o período de 12 meses que
se segue, e, quem nada fez durante
o ano, continua mais uns dias sem
nada fazer, mas, desta vez, com
uma justificação consistente.
É também no Verão que “ o sol
bate forte nas cabeças” , parecendo
por vezes alterar o funcionamento
dos neurónios a ele expostos. Essa
alteração é mais notória no caso das
chamadas figuras públicas, uma
vez que os seus actos e afirmações
são mais divulgados.
Desse fenómeno, daremos em seguida alguns exemplos:
O Álvaro
O Álvaro, que é como gosta de ser
tratado o actual ministro da Economia, teve a original ideia de sugerir
a criação de portagens no IC19 e no
IC2, as principais vias de entrada
na cidade de Lisboa, usando como
argumento que isso já é feito em várias cidades da Europa. Oh Álvaro,
o senhor veio do Canadá e a mudança das temperaturas frias para
as nossas fez-lhe mal.
Para começar, diremos que o hábito de querer comparar-nos com o
que se passa na Europa quando se
trata de medidas a tomar, normalmente negativas, é desonesto, uma
vez que Portugal pertence à Europa
por mero acidente geográfico, pouco mais tendo em comum com os
restantes países europeus. Depois,
tanto quanto sabemos, apenas duas
cidades europeias têm esse sistema,
Estocolmo e Londres. Finalmente,
com a situação criada com as medidas de austeridade, criar-se-ia, com
essa atitude um detonador para
forte agitação social, que o chefe do
seu governo não deseja.
dia menos dia, a pertencer ao grupo dos mais desfavorecidos.
Homem rico homem
pobre
Um dos casos ultimamente mais
falados nos órgãos de comunicação
é o caso dos ENVC, que consideramos um caso emblemático do desperdício das potencialidades nacionais, senão vejamos:
Os ENVC têm uma história de
67 anos no ramo da construção
naval. São um dos maiores estaleiros de construção naval da Europa
Ocidental, têm pessoal altamente
qualificado, equipamentos tecnicamente actualizados e instalações
adequadas e bem localizadas.
Ao longo dos seus 67 anos de
vida, foram ali construídos mais de
duzentos navios de diversos tipos e
aplicações, desde navios mercantes
a navios de pesca, e até navios de
guerra.
Porquê então a situação a que se
chegou?
Salvo melhor opinião, é um caso
de má gestão.
Um estaleiro de construção naval, é uma empresa como outra
qualquer, tem de ter uma estratégia comercial activa, produtos inovadores, capacidade de resposta,
procurar novos mercados, etc., não
pode viver de negócios virtuais
com qualquer estagiário para ditador sul-americano, cuja palavra
vale o que vale, nem pode ser administrado por uma administração
passiva.
Os últimos administradores, que
custavam cada um 110.000€ por
Portugal, pelo caminho que as
medidas para combater o deficit
nos levam, corre o risco de se transformar, dentro em breve, num local
onde só existem ricos e pobres.
De facto, nas últimas semanas,
verificámos como é difícil e pouco
conveniente cobrar mais impostos aos ricos. Houve até um deles,
que tem uma fortuna avaliada em
2,6 mil milhões de euros, que veio
logo dizer, desavergonhadamente,
que não é rico, mas sim um simples
assalariado. Ora, como a trabalhar
ninguém enriquece, donde vieram
os tais 2,6 milhões de euros?
Por outro lado, criou-se a moda de,
sempre que são decretados aumentos de serviços ou taxas, criar um
regime especial para os chamados
mais desprotegidos. Não estamos a
querer duvidar da necessidade de
proteger determinados extractos da
população, mas também sabemos
que há muita gente que, não declarando os rendimentos que aufere se
enquadra nos tais desprotegidos, e
vive à grande, recebendo, para além
dos rendimentos não declarados da
sua actividade, todos os subsídios
que consegue caçar.
A não haver uma inversão da
tendência actual de recessão da
economia, passaremos todos , os
portugueses da classe média, mais
ENVC (Estaleiros
Navais de Viana do
Castelo)
ano à empresa, não trouxeram, em
um ano do seu mandato, nenhum
negócio para os estaleiros, decerto
ficaram quietinhos nos seus gabinetes à espera que as encomendas caíssem do céu. Também não se percebe a razão porque se foi buscar
um administrador a Espanha, ao
qual se pagam as deslocações semanais a casa. Em Portugal há pessoas
com profundos conhecimentos do
sector e competência superior para
ocupar o lugar.
Olhos nos olhos
O Jornal de Oleiros e O Farol,
pautam a sua orientação pela Independência e pela Frontalidade.
Foi nessa linha que O Farol foi um
activo crítico do governo de Sócrates, e os factos vieram, infelizmente,
a dar-nos razão.
Será esse o mesmo tipo de actuação que seguiremos com o actual
governo, ou com quaisquer outros
poderes instituídos ou com aspirações a virem a sê-lo.
Nesse sentido, parece-nos oportuno deixar aqui algumas perguntas a que o Sr,. Primeiro-Ministro
deveria responder aos portugueses
“olhos nos olhos”.
Como dissemos anteriormente,
parece-nos que a maioria dos portugueses entende que o estado a
que o país foi conduzido implicaria
a adopção de medidas difíceis, o
que parece ser difícil de entender é
o seguinte:
-Todos os dias surgem notícias de
casos de gestão ruinosa dos bens
públicos. Não são apuradas responsabilidades pelo sucedido?
- Porque é que são sempre os mes-
mos a fazer os sacrifícios, os que
vivem do seu salário ou reforma, e
outros não contribuem com nada,
falamos dos rendimentos de capital
dos beneficiários de dividendos, de
mais-valias, etc.?
- Porque é que nos são pedidos
sacrifícios para ajudar os bancos,
quando estes não ajudam ninguém
e andaram anos e anos a ter lucros
fabulosos, recorrendo a todos os artifícios fiscais para pagarem o mínimo possível de impostos?
Esta ajuda, feita com o sacrifício
dos portugueses, deveria ter uma
contrapartida, por parte dos bancos.
Por exemplo, estes, ficarem impedidos de cobrar “spreads” superiores
à taxa de referência dos créditos
que contratam. Hoje há bancos a
cobrar o dobro, é agiotagem
Será o Senhor Primeiro-Ministro
capaz de dar, olhos nos olhos dos
portugueses, respostas satisfatórias
a estas questões.
-A propósito de bancos, pode
explicar-nos as razões da oferta, em
condiçõesruinosas para o país, dos
despojos do BPN ao banco angolano, ou melhor, ao grupo Amorim
e a Isabel dos Santos, sendo voz
corrente que o senhor Amorim tem
uma dívida ao mesmo banco que é
mais de 50 vezes superior ao valor
pelo qual ele lhe foi vendido?
- Finalmente, entende o senhor
Primeiro-Ministro, em perfeita
consciência, que as medidas que
têm vindo a ser tomadas, vão contribuir para a sustentabilidade da
nossa economia, ou não estaremos
nós a sujeitar-nos à aplicação de
medidas que já provaram a sua
ineficácia?.
Até breve! n
IPN recebe distinção BIC Business Innovation Centre
O Instituto Pedro Nunes (IPN),
organismo da Universidade de
Coimbra (UC), acaba de obter o
“selo” de qualidade de BIC - Business Innovation Centre. Os BIC
são centros de apoio à criação de
empresas que seguem um modelo europeu e estão integrados na
EBN - European Business & Innovation Centres Network. A sua
missão é contribuir para a criação
de novas gerações de Pequenas e
Médias Empresas (PME’s) inovadoras e para o desenvolvimento e
modernização das empresas existentes.
Os critérios de avaliação estão
organizados em critérios que vão
desde a coerência da missão do
BIC e capacidade de concretizar
objectivos relacionados com inovação e empreendedorismo, até à
qualidade dos serviços prestados
nessa área e os resultados históricos obtidos. O IPN, devido aos
seus resultados, obteve a classificação máxima em todos os critérios.
A equipa multidisciplinar do
IPN que engloba o Departamento de Inovação, a Incubadora de
empresas e a nova “aceleradora”
de empresas será a responsável
por este novo BIC. Esta equipa,
alicerçada na rede europeia na
EBN - European Business & Innovation Centres Network, «poderá agora estender o seu leque
de serviços de apoio a empresas
de base tecnológica, facilitando
a internacionalização e a instalação em novos mercado, através
das relações privilegiadas com
os restantes 150 BIC’s e mais de
2.000 profissionais de inovação,
cerca de 4.000 empresas incubadas e mais 11.000 empresas associadas», afirma o responsável
do Departamento de Valorização
do Conhecimento e Inovação do
IPN, Carlos Cerqueira.
Sobre o IPN:
Criado em 1991 por iniciativa
da Universidade de Coimbra, o
Instituto Pedro Nunes (IPN) - Associação para a Inovação e Desenvolvimento em Ciência e Tecnologia - tem como missão contribuir
para a transformação do tecido
empresarial e das organizações
em geral, promovendo uma cultura de inovação, qualidade, rigor e empreendedorismo, assente
num sólido relacionamento universidade/empresa e actuando
em três frentes que se reforçam
e complementam: Investigação
e desenvolvimento tecnológico,
consultadoria e serviços especializados, Incubação de ideias
e empresas e Formação especializada e divulgação de ciência e
tecnologia. n
Coimbra, 6 de Setembro de
2011
Cristina Pinto
Assessoria de Imprensa - Universidade de Coimbra
91 7575022 | 96 7654006
2011 SETEMBRO/OUTUBRO
Jornal de OLEIROS
7
CRÓNICAS DE LISBOA
BPN = Buraco Pago (por) Nós
Serafim Marques
Economista
Há decisões cujo resultado final
não foi o desejado, pois este só se
conhecerá depois de decidida uma
das opções que pudessem existir.
Foi o caso da opção da nacionalização, por parte do governo PS,
do BPN – Banco Português de Negócios, quando foram detectadas
irregularidades, em vez da opção
de o deixar falir. Foi o medo de
contágio aos outros bancos portugueses, com efeitos imprevisíveis e
podendo mesmo gerar uma “banca
rota”, face ao exemplo que tinha
acontecido com a falência banco
Lehman Brothers dos USA, onde
esta teve reflexos graves em todo
o sistema financeiro mundial. Sabemos agora, que aquela decisão
gerou um enorme buraco nas contas públicas e, consequentemente,
nos nossos impostos, isto é, o buraco vai ser pago por nós. Grave,
diria mesmo muito grave e por isso
o caso está em processo de justiça,
terão sido as irregularidades cometidas pelos seus responsáveis e o
falhanço das instituições reguladoras e fiscalizadoras (BdP - Banco de
Portugal, etc, cujo governador foi
“premiado” com a Vice-Presidência do BCE, lavando as mãos como
Pilatos) que deveriam ter auditado
todo o processo de gestão do banco,
ligações pessoais e institucionais e
não o fizeram. Alegaram que cumpriram a lei existente, mas face à
visibilidade de determinados sintomas, agiram e ou pediram reforço
das leis?
O autor destas linhas, que nunca teve qualquer ligação ao banco,
nem como cliente, teve contactos
profissionais, por parte de dois
quadros duma agência local do
banco, a aliciarem-nos (à empresa)
para a abertura de conta e o início
de negócios entre as duas partes.
Isto aconteceu no início de 2003 e,
nessa abordagem e face às condições oferecidas, a nossa percepção
era de que algo de estranho se poderia passar naquela instituição,
tipo Dona Branca de má memória
para muitos portugueses, principalmente para os mais gananciosos e os mais aflitos, pois é este o
padrão de clientes que aderem a
este tipo de negócios, no qual e
obviamente não se incluem todos
os clientes do BPN. Felizmente, não
aderimos e à pergunta de como poderia o banco oferecer aquelas altas
taxas de juros passivas (sobre os
depósitos), responderam-nos que
também o banco cobravam taxas
altas dos empréstimos (taxas activas) aos seus clientes. Insistimos,
perguntando, que tipo de clientes
eram e a resposta foi de que eram
aqueles que (já) não conseguiam
obter empréstimos nas outras
instituições bancárias, pelo que
aceitavam pagar essa taxas de juro
altas. Para bom entendedor.....,
mas, pelos vistos, o BdP não desconfiou destas opções e das consequências destas práticas. Foi este
o monstro ou polvo (por causa de
outra ligações de negócios) que o
Estado nacionalizou e que (nós) temos vindo a sustentar e que agora
o governo (PSD) tinha que tomar
uma das duas opções de que dispunha, pois o anterior governo não
o fez quando deveria, evitando o
crescimento do buraco: vender o
BPN ou extingui-lo, neste caso com
riscos de contágio aos outros bancos.Tomou a primeira opção, mas
levantou uma onda de confusões
quanto ao valor negociado e também quanto ao parceiro comprador escolhido (o angolano BIC).
Esta não é uma matéria facilmente tratável pela nossa imprensa
generalista, pela complexidade e
valores integrantes no balanço do
banco, mas o assunto tem sido relatado de forma pouco clara, para
não dizer mesmo envenenadora da
opinião pública, pois não será facilmente entendido pelo povo e leigos
nestas matérias, mas é este que recebe as mensagens da imprensa
e depois fica desconfortável com
esta engenharia financeira vs sacrifícios que lhe são exigidos. Por
exemplo, dizer que o Estado vai
vender por quarenta milhões de
euros, mas terá que injectar quinhentos e cinquenta milhões no
BPN é muito confuso, se não for
dito que este último valor (bem
maior do que o da venda) corresponde à tomada de créditos que
serão transferidos para o Estado
e que sem esta limpeza do balanço do banco, este não seria viável
e não satisfaria as exigências do
sistema bancário, definidas pelo
BdP, pelo que a solução teria que
ser a extinção, com custos maiores
para todos nós. Disseram ainda e a
oposição questionou que um outro
concorrente ofereceu cem milhões
de euros pelo banco, mas foi preterido! Contudo e acreditemos que
o governo está a defender os interesses do país, nem sempre neste
tipo de negócios, quem dá mais
pode ser o melhor parceiro, porque pode haver outras variáveis
em jogo. Talvez se entenda melhor
este negócio, se pensarmos que
muitas vezes se vendem empresas
por um euro, significando isso que
o comprador assume o património
(neste caso de valor negativo) e as
responsabilidades dessa empresa
e mantendo-a em actividade, de
modo a evitar outras consequências se fosse à falência. É isto que
se passa com o BPN onde a extinção do banco teria mais custos (directos e indirectos) para todos nós.
Infelizmente, não apenas para os
portugueses, o sistema financeiro
(nacional e internacional) continua com fragilidades de supervisão e regulação ao seu poder de
criar moeda virtual e, por isso, as
crises acabam por serem cíclicas,
reflectindo-se na economia real e
na vida de todos. Mas se nos USA,
por exemplo, os culpados são condenados, no nossos país nunca há
responsáveis por estes factos e “a
culpa morrerá sempre solteira”?.
Triste sina a nossa! n
Agricultura a troco de um prato
de lentilhas...
Dr. António Moreira
No suplemento de Economia do
jornal “Expresso”, alusivo ao estudo actual da nossa agricultura, na
edição do dia 20.08.2011, vem um
artigo da autoria do ex-ministro
da agricultura, Dr. Arlindo Cunha,
com o seguinte título:
“A agricultura portuguesa e a
PAC: De casamento forçado a relação respeitosa”, em que, em resumo, considera que não vendemos
os campos por um prato de lentilhas (SIC).
Com todo o respeito que nos merece o Senhor Dr. Arlindo Cunha,
de cuja boa-fé e sentido de serviço
público não duvidamos, não podemos deixar de discordar desta sua
opinião, pelo estado que consideramos, não só um autêntico desastre nacional, a que chegou a nossa
agricultura, assim como as nossas
pescas, mas também um verdadeiro crime contra a nossa economia
e a nossa soberania, e que é o seguinte:
Mais de 2.000.000 (dois milhões)
de hectares dos nossos campos totalmente abandonados.
Mais de 220.000 agricultores a
receberem subsídios, para não produzirem, deixando os seus prédios
rústicos ao abandono.
Das 17.997 embarcações de pesca em 1986, passou a 8.492 embarcações em 2010 (Cfr. declarações
da Senhor Secretário de Estado
do Mar, em 31.07.2011), apesar de
termos a maior ZEE (zona económica exclusiva) de toda a União
Europeia.
Todos os dias saem do país dezenas de milhões de euros para
comprar alimentos no estrangeiro
que podiam, e deviam, ser produzidos dentro das nossas fronteiras,
na sua esmagadora maioria.
Consequências:
Termos de importar, em especial
dos nossos parceiros comunitários,
mais de 80% dos bens alimentares
de que necessitamos para alimentar o nosso povo, desde alhos da
China, batatas e frutas de Espanha,
da França e do Chile, cebolas da
Bolívia, cereais da América e da
Rússia, carnes da Argentina e do
Brasil, etc. etc. etc.
Termos de importar mais de 60%
do pescado que consumimos, apesar da nossa imensa ZEE.
Os campos assim abandonados
enchem-se de mato, sendo alvos
fáceis dos incêndios florestais,
que todos os anos devoram mais
de 100.000 hectares de florestas e
custam, ao erário público, mais de
100.000.000 (cem milhões) de euros, anualmente no seu combate e
prevenção.
As aldeias de todo o interior ficaram abandonadas, sem população
jovem, sem postos de trabalho, fechando todos os anos centenas de
escolas por falta de alunos.
A desertificação e consequente
despovoamento do nosso interior,
sendo já o nosso País, o segundo
mais desertificado de toda a UE,
logo a seguir a Itália, que nos levará a um desastre ambiental de
consequências dramáticas.
A economia, no chamado sector primário, agricultura e pescas,
deixou praticamente de funcionar,
não absorvendo mão de obra, que
não soubemos qualificar oportunamente, não cria postos de trabalho,
não gera receitas fiscais, nem consegue aliviar a nossa gigantesca dívida soberana, nem a nossa Segurança Social, o que é gravíssimo.
E não menos grave é a perda
considerável de uma parte da nossa soberania, já que a nossa vida
colectiva depende, em larga escala, dos nossos fornecedores de
alimentos e dos nossos credores
internacionais.
O que é também preocupante é
que se nos anos de 1970/80 a nossa
agricultura e as nossas pescas so-
friam de um atraso de décadas, em
relação aos restantes países da então
CEE, hoje esse atraso é mais acentuado ainda, já que as gerações de
agricultores e pescadores de então,
foram abandonando as suas actividades e os seus postos de trabalho
sem que, nos mesmos, fossem substituídos pelas gerações seguintes.
A continuarmos nesta perigosa
caminhada, fácil se torna concluir
que a economia do nosso País não
se aguentará por muito mais tempo a pagar juros elevadíssimos (7%
a 8% em média) da nossa gigantesca dívida soberana, quando o seu
crescimento é nulo, quando não
negativo
Pelo que é tempo de nos começarmos a questionar das reais
vantagens da nossa integração europeia e da real coesão económica
social e da solidariedade entre os
Estados Membros, por todos assumidas, entre outros, pelo artigo 2º
do Tratado de Roma. n
8
Jornal de OLEIROS
2011 SETEMBRO/OUTUBRO
ACONTECEU EM OLEIROS
Liga dos Amigos da Amieira
Celebrou mais um
aniversário com sala
cheia. Grande noite
Convívio anual na Póvoa da
Ribeira, 27 de Agosto de 2011
Realizou-se no passado sábado o
tradicional convívio da Associação
da Póvoa da Ribeira, que se revelou
como um dos mais participados de
sempre, tendo juntado mais de 150
pessoas.
São de destacar as presenças
do vereador da Câmara Municipal de Oleiros, Sr. Vitor Antunes,
vários presidentes de Juntas de
Freguesia e Associações do concelho.
Póvoa da Ribeira,
caminhada
O encontro constou de um almoço cultural, constituído por ementa
com pratos tradicionais da região,
passeio pedestre e campeonato de
Grandioso XV FESTIL
organizado pela
“ARCO”
sueca durante a tarde, e jantar com
animação, que viria a prolongar-se
pela noite dentro.
Tratou-se de um excelente dia de
confraternização,
extremamente
animado, que mobiliza cada ano
mais gente, nomeadamente jovens,
facto que merece realce. n
* Agradecemos o apoio do no nosso
Muito Amigo e Colaborador Fernando
Carvalho.
Roqueiro promoveu
a sua festa anual
Festa estupenda a que assistimos com gôsto. O Rancho de Oleiros actuou como sempre com enorme sucesso e deixamos uma imagem de parte da Comissão
de Festas. n
Centro Cultural
de Oleiros
Director do nosso Jornal na
www.radiocomunidadeusa.com
em todo o mundo
Fizémos uma muito merecida
reportagem no nosso Online às
Amigas do Centro Cultural de
Oleiros. Elas bem a merecem,
APLAUSOS para o Vosso trabalho. n
Todas as 5ªs feiras pelas 16
horas de Portugal, Paulino
Fernandes é o Convidado de
Nelson Leite, Presidente daquela conceituada e muito ou-
vida Estação que trabalha em
cadeia com o Canadá, Brasil e
Europa.
. Fará os destaques da semana na Sua óptica e de tudo o
que tem interesse para as nossas Comunidades, principalmente os exemplos de afirmação positiva em Portugal ou no
exterior - a não perder. n
2011 SETEMBRO/OUTUBRO
Jornal de OLEIROS
Importantes Instituições Concelhias - As Freguesias
Álvaro
amieira
cambas
estreito
isna
oleiros
madeirã
mosteiro
orvalho
sobral
sarnadas s. simão
vilar do barroco
9
10
Jornal de OLEIROS
2011 SETEMBRO/OUTUBRO
O Norte da Europa não se quer responsabilizar
pela Carência do Sul entre o Fundo de Resgate
Euro e a Criação de Títulos-Euro
António Justo
O pacote de resgate é uma medida provisória para salvar, do risco
da bancarrota, economias fracas
da zona euro. Países, como a Finlândia, que não querem ver o seu
empréstimo reduzido a fundo perdido, exigem garantias para o seu
próximo empréstimos de emergência à Grécia. Torpedeia assim as
intenções dos parceiros europeus.
Estes não têm tido coragem para
enfrentar os problemas inerentes à
criação do Euro. Têm-se limitado a
circundar o problema como o gato
à volta do leite quente.
Também a ampliação do fundo
de resgate (EFSF/ESM), agora em
negociação, não é mais que a tentativa de adiar soluções, além de
se revelar ineficiente para os próximos candidatos (Espanha e Itália).
Títulos do tesouro da EU serão a
melhor maneira de se criar um instrumento equilibrador de diferentes economias e, ao mesmo tempo,
fomentador de regiões com estruturas deficitárias. Isto terá como
consequência maior inflação e o
enfraquecimento do Euro, o que
não agrada às economias fortes
interessadas num Euro forte e estável. Com a criação de títulos EU
(Euro) toda a Comunidade seria
chamada a contas. Os países mais
ricos passariam a ser os credores
(assumindo o risco) e ao mesmo
tempo co-financiadores dos juros
dos países com défices estruturais.
Isto impediria os especuladores
globais de levarem os países endividados à ruina com juros astronómicos e obrigaria os países fortes a
deslocar empresas para a periferia.
Os países fortes receiam que os países devedores, com a introdução
de Títulos a nível de EU, deixariam
de ter pressão para evitar fazer dívidas.
O preço da EU e do Euro traz
consigo a solidariedade dos mais
ricos para com os mais pobres exigindo aqueles, em contrapartida,
mais disciplina destes. As tácticas
dilatórias de países nórdicos, como
a Alemanha, só serão compreendidas em sociedades disciplinadas e
habituadas à estabilidade económica e social; tal não se dá nas sociedades latinas, o que explica animosidades entre as nações latinas
e as nórdicas. Aqui não se poderá
esperar justiça equitativa. Quem
trabalha e tem mais produtividade
terá que pagar mais!
Para se salvar a EU e o Euro, os
países fortes não têm outra alternativa senão aceitar Títulos-Euro
ou fazer transferência de dinheiro
e bens para os países da periferia.
Quem suporta a maior carga são e
serão os alemães. Se quiserem estabilidade na EU terão que a pagar
ou optar por adequarem os seus
costumes aos latinos, o que corresponderia a um empobrecimento
da Europa.
A distribuição da carga na união
monetária traz consigo mais centralismo e mais dirigismo dado
que quem paga quer receber algo
em troca. O Sul terá mais dinheiro
na algibeira mas mais presença de
nórdicos na direcção dos destinos
da EU. A situação é tão complicada e as economias do norte e do
sul são tão diferentes que, neste
processo, numa primeira fase, só
poderá haver descontentes dum
lado e do outro. O maior problema
estará na perda de independência
nacional e na destruição dos diferentes biótopos culturais europeus.
Tudo cada vez mais igual, tudo em
serviço de Mamon.
O descontentamento
já chegou aos andares
superiores dos Estados
Ontem, o presidente da RFA,
Christian Wulff, homem reserva-
do, criticou o Banco Central Europeu (EZB) por ter comprado títulos
(bonds) de alguns Estados. O Artigo 123 do tratado sobre o modo de
trabalhar da EU proíbe, para assegurar a independência do Banco
Central, o EZB de comprar títulos
de dívidas. Wulff critica também
a política dos governos: “O pecado contra a geração jovem tem
que acabar”. O desenvolvimento
faz lembrar um jogo de dominó:
“Primeiro os bancos salvaram
outros bancos e depois os Estados
salvaram os bancos, depois uma
comunidade de Estados salva alguns Estados. Quem salva no fim
os salvadores?” A política não se
deve deixar “conduzir (como puxados) na argola do seu nariz, por
gerentes de bancos, por agências
Rating ou por Media voláteis”.
A política tem actuado como um
acossado. De facto não tem defendido as aquisições da economia social de mercado, como protectora
da necessária solidariedade, nem
impede a ganância anti-social dos
jogadores globais.
Todas as iniciativas, como o plano de resgate do euro para tornar
a zona euro resistente às especulações tem deixado todos descontentes. A Europa e os europeus
encontram-se a saque.
A repartição da dívida por todos
os Estados da zona euro através de
obrigações-euro constitui um sapo
difícil de engolir especialmente
para a Alemanha. A queda do euro
ou a exclusão de países da zona
euro teriam consequências sociais
irreparáveis para a estabilidade
europeia. Será óbvia a cooperação
na política económica e fiscal. Para
defender o espaço económico europeu não chega defender o Euro,
é urgente uma política de transferência de riqueza para os países
pobres ou através de Euro-Bonds
(títulos) assumir a responsabilidade das dívidas dos países mais
carentes. Doutro modo estes serão
impossibilitados de equilibrar os
seus orçamentos estatais, por terem de pagar juros usurários a especuladores sem escrúpulos.
Todos terão de participar na
solidariedade: países, bancos, credores, contribuintes e não contribuintes. A situação é demasiado
problemática para nos fecharmos
em nacionalismos ou em receitas
simplistas. n
[email protected]
www.antonio-justo.eu
11 de Setembro (português) tão terrível...
Recordamos o imenso trabalho dos
Bombeiros, das populações e especialmente das vítimas nunca determinadas - SEC Estado José Cesário
faz bem ao estar presente
No dia 11 de setembro de 1985,
teve lugar um dos mais trágicos
acidentes ferroviarios portugueses
entre o comboio Sud Express com
mais de 400 Emigrantes sendo a sua
grande maioria naturais do Norte
do País, abrangendo os distritos de
Viseu, Coimbra, Aveiro, até Viana,
Braga e Vila Real. O grande desastre
das Beiras...
Iam a caminho de Paris, no regresso das férias em Portugal.
O Sud Express embateu frontalmente com um outro comboio
regional proveniente de Vilar Formoso e com destino a Coimbra, que
também transportava cerca de 200
pessoas.
Foi um erro humano que provocou cerca de uma centena de mortos
(números ainda por confirmar!) e
cerca de 300 feridos.
Este ano vai ter lugar mais uma
cerimónia para lembrar que “o primeiro 11 de setembro no mundo, infelizmente portugues” diz Augusto
Sá, familiar de vìtimas do acidente e
que desde sempre se tem batido pela
memória de quem padeceu carbonizado e das respectivas famílias.
A homenagem vai acontecer no
mesmo local onde ocorreu o acidente,
em Alcafache, Moimenta de Maceira
Dão, na estrada nacional 234, entre
Nelas e o concelho de Mangualde.
Em 2002, Augusto Sá fundou a
Associacao dos Emigrantes de Sta.
Maria de Vaìlega-Ovar e comecou
por realizar todos os anos uma homenagem ás vitimas “e extensivamente a todo o corpo de socorrismo
envolvido no acidente”.”Um monumento que aí tinha sido erguido em
1986, estava encoberto pelo silvado.
“A partir dessa data nunca mais
foi o mesmo. Agora já tem uma nova
cara” diz Augusto Sá
Foi posteriormente colocado um
painel com 432 azulejos com uma
resenha histórica recordando como
foi o acidente.
Entretanto, as relacões entre os dirigentes da associacão degradaramse, mas Augusto Sá não abandonou
a ideia e as cerimónias do proximo
dia 11 de setembro vão ser organizadas pela “COMAFA”, a Comissão
Organizadora do Movimento do
Acidente Ferroviaìrio de Alcafache,
“composta por antigos diretores,
sócios e amigos” da Associacão dos
Emigrantes de Sta Maria de Vaìlega,
no Concelho de Ovar.
Augusto Sá costuma levar dois
autocarros com “pessoas ligadas
com a Comunidade emigrante, onde
inclui familiares de quase todos os
falecidos”. Mas convidou também
o Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, o
ex-Presidente da República, General
Ramalho Eanes, o Presidente da
Camara de Mangualde, Deputados, e o Presidente do Conselho de
Administracão da Refer, e várias outras personalidades.
Do programa constam a deposicão de coroas de flores junto ao
monumento, a projecão de uma retrospetiva de 15 minutos sobre o acidente e uma missa campal.
Os organizadores querem impli-
car “quem viveu esses dias tristes na
remocão dos escombros e na descoberta de restos mortais” explica Augusto Sá, indicando que convidou
todas as corporacões de bombeiros
da região.
“Existem muitos vivos que apresentam muitas lesões corporais e até
mentais que vão estar presentes nas
cerimónias.
Nos seus mais diretos familiares,
o seu sangue que era vermelho,
tornou-se mais preto, que por muito possa fazer nas suas preces ainda
hoje teima em não voltar à sua cor
normal”.
* Recordamos o acidente, estava
no Carregal do Sal...é a homenagem
possível aos Bombeiros que tanto vi
sofrer naquela noite, às populações
e, especialmente às vítimas. Já pouco recordamos daquela noite, da falta de meios de socorro da imprevisibilidade de um acidente daqueles
ali, mas existiu. n
2011 SETEMBRO/OUTUBRO
Jornal de OLEIROS
ECONOMIA
política
Desacordos
na Coligação
O novo aumento de impostos, nomeadamente em sede de IRS e de
IRC, aprovado e anunciado esta semana pelo Governo, está a suscitar
algum incómodo junto do parceiro
de coligação do PSD.
As medidas do Executivo. pacíficas no Conselho de Ministros, foram discutidas ontem na reunião do
grupo parlamentar do CDS e, ao que
apurámos levaram alguns deputados a manifestar o seu desacordo e
protesto.
A principal razão prende-se com o
facto de este agravamento das cargas
fiscais ser «completamente contraditório» com tudo aquilo que o partido
- e até o parceiro de coligação - andou
a defender durante a campanha para
as eleições de 5 de Junho.
«Estas medidas não vão ao encontro do que defendemos na campanha. Bem pelo contrário», lamentou
ao SOL um deputado centrista, que
não esconde a sua preocupação, bem
como a de outros colegas de bancada,
com as contradições do Governo.
Ainda assim, os deputados do
CDS mantêm a expectativa de que
estas medidas mais duras marquem
apenas uma primeira fase e que dentro de pouco tempo a carga fiscal
possa ser aliviada. n
VILA DE REI
Vila de Rei recebe
novos CET’s
O Município de Vila de Rei, em
parceria com os Institutos Politécnicos de Portalegre e de Leiria, vai receber, no ano lectivo de
2011/2012, novos Cursos de Especialização Tecnológica.
Desta forma, os interessados
nos CET’s de Contabilidade e de
Condução de Obra, do Instituto
Politécnico de Portalegre, devem
realizar a sua inscrição na Câmara
Municipal de Vila de Rei até ao dia
10 de Setembro.
Por outro lado, os interessados
no CET de Serviço Social e Desenvolvimento Comunitário, do
Instituto Politécnico de Leiria, devem realizar a Manifestação de Interesse no site do IPL, através do
link http://www.ipleiria.pt/portal/
ipleiria?p_id=141313. As inscrições deverão também ser efectuadas directamente no site daquele
instituto. n
Um país inviável?
Subida é transversal a todos os
países periféricos. "Yields" nos prazos mais curtos avançam mais de
100 pontos base em Portugal.
Os juros das obrigações gregas
estão a disparar no mercado secundário e já tocaram num novo máximo desde, pelo menos, a entrada no
euro ao alcançarem os 46%, com o
anúncio de que a recessão na Grécia vai ser mais profunda do que
inicialmente prevista em 2011.
As "yields" dos títulos a dois anos
estão a ganhar 357 pontos base (3,57
pontos percentuais) e seguem nos
46,5%. No fecho de ontem, estavam
nos 42,9%.
O avanço significativo é transversal a todos os prazos, subindo mais
de 100 pontos base também nas
maturidades a três e quatro anos. A
cinco anos, o juro está em 22,16%,
ao passo que a dez anos se situa nos
18,18%.
O ministro das Finanças grego,
Evangelos Venizelos, indicou que
a recessão helénica será próxima de
5% no presente ano, o que é pior do
que as previsões iniciais, isto numa
altura em que terminou ontem a revisão trimestral das contas públicas
da troika naquele país.
É esta a razão que está a dinamizar os juros pedidos pelos investidores no mercado de dívida
secundário, o mercado em que os
privados trocam títulos obrigacionistas entre si.
Esta informação está não só a dinamizar os juros gregos mas também os dos países periféricos. As
"yields" exigidas pelos investidores
para as obrigações portuguesas ganham igualmente terreno e avançam 46 pontos base para 12,33% no
prazo a dois anos. Nos prazos mais
curtos, o avanço nos juros é superior a 10 pontos base.
Na Irlanda, o aumento dos juros
das obrigações com maturidades
mais reduzidas é acima de 30 pon-
tos base, embora todos permaneçam abaixo de 10%.
Itália e Espanha não escapam à
forte subida dos retornos exigidos
pelos investidores para deterem dívida dos países periféricos. O movimento sinaliza uma maior pressão
sobre os títulos, com o adensar da
desconfiança face à consolidação
orçamental dos países intervencionados pela troika.
Pelo contrário, os juros das obrigações alemãs estão a perder terreno. O recuo das "bunds" sinaliza
uma maior procura por estes títulos, o que mostra que os investidores se estão a refugiar nas obrigações germânicas em detrimento das
periféricas. n
Dr. António Moreira, nosso
Colaborador fez entrega
de petição na A.R.
Educação
O PSD, antes das eleições, já tinha
criticado o monstro burocrático do
Ministério da Educação, defendendo o fim das direcções regionais,
mas estas vinham previstas no programa de Governo, o que gerou algumas críticas.
O ministro Nuno Crato decidiu
iniciar a “reestruturação” administrativa do Ministério da Educação que passará, desde já, pela extinção das Direcções Regionais de
Educação (DRE). O Governo cumpre assim com aquilo que o PSD já
defendia antes das eleições.
“O Ministério da Educação e Ciência está a dar início ao processo de
reestruturação e simplificação administrativa. Neste processo, uma medida central é a extinção das Direcções Regionais de Educação (DRE)
e sua substituição por estruturas
simplificadas”, lê-se no comunicado
do Ministério da Educação e Ciência
(MEC) enviado às redacções.
“Esta medida tem como principais
objectivos facilitar a comunicação
directa entre as escolas e o Ministério da Educação e Ciência, aumentar progressivamente a autonomia
das escolas e reduzir os custos da
Administração Pública, diminuindo
o número de direcções superiores”,
continua.
Os dirigentes interinos tomam
posse já a partir de hoje e “irão garantir o normal funcionamento destas estruturas até que o processo
esteja finalizado”, o que terá que
acontecer “até ao fim de 2012, altura
em que a transição estará completa”,
esclarece o ministério.
O orçamento para o funcionamento das cinco direcções regionais é,
este ano, de 5,5 milhões de euros. Os
sindicatos também já defenderam o
fim das mesmas. n
11
PETIÇÃO.
SALÁRIOS, BÓNUS E PRÉMIOS DOS GESTORES PÚBLICOS
No passado dia 30.08.2011, no âmbito da apreciação desta Petição, foi recebida, na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública, na Assembleia da República, uma Delegação dos peticionários, para
cumprimento do n.º 1 do art.º 21º da Lei do Direito de Petição.
Fomos recebidos pelos Senhores Deputados Afonso Oliveira, Carlos Silva, e João Almeida que, com toda
a cordialidade e elegância, ouviram detalhadamente as nossas motivações.
Entregámos a esta Comissão o anexo requerimento para que, se assim o entendessem, tomassem uma
iniciativa legislativa, na sequência do já requerido, a todos os Grupos Parlamentares da Assembleia da República no dia 22 de Julho de 2010.
O Primeiro Signatário
António Martins Moreira
Advogado
12
Jornal de OLEIROS
2011 SETEMBRO/OUTUBRO
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2011 SETEMBRO/OUTUBRO
Jornal de OLEIROS
OLEIROS
www.jornaldeoleiros.com
Director
Paulino B. Fernandes
13
· Ano 2, Nº18, Outubro de 2011
• Preço: 0,01€ (inclui IVA) • Edição Bimestral
Jornal de
INFLUENTE NA REGIÃO DO PINHAL INTERIOR SUL, BEIRA INTERIOR SUL E COVA DA BEIRA
2º ANIVERSÁRIO DO JORNAL DE OLEIROS
HOMENAGEM
1º edição do Jornal de Oleiros
Paulino B. Fernandes
Director e Fundador
Inês Martins
Ivone Roque Fernandes
Maria C. Rocha
Manuela Marques
Presidente do Conselho Editorial
António Mendes
Fernando Dias
Carlos Marques de Almeida
Luís Mateus
Presidente Cons. de Fundadores
António Graça
Serafim Marques
Carlos N Carvalho
António Moreira
Lurdes Breda
Silvino Potêncio
Augusto Matos
Fernando Caldeira da Silva
Miguel Silva Costa Marques
Fernando Carvalho
Joana Rodrigues
Ana Neves
António da Cunha Justo
Magistrado João Ramos
1º Presidente do Conselho Editorial
António Romão Matos
Maria Alda B. Salgueiro
EDITORIAL
No final de Agôsto de 2009, numa entrevista efectuada ao Presidente José Santos Marques para o Jornal
Povo de Portugal, nasceu a ideia de fazer o JORNAL
DE OLEIROS. A ideia avançou com a ajuda e incentivo de muitos Amigos e em 15 de Outubro de 2009
nasceu o nosso Jornal, cuja 1ª capa aqui exibimos ao
lado do título.
Nascemos no início da crise que a todos veio atin-
gindo, mas, fômos avançando e hoje celebramos o 2º
aniversário.
O país não abandonou a crise, pelo contrário, mas,
sempre com os Amigos e defendendo árduamente a
nossa região e a nossa cultura, continuamos a avançar e, esta edição de aniversário, sairá inclusivé com
mais páginas.
A todos quero agradecer, desta forma simples, mas
para memória futura.
Mesmo os que já partiram, mas nos acompanham
seguramente, a esses em especial, um enorme abraço
de saudade.
Paulino B. Fernandes
Director e Fundador
email: [email protected]
14
Jornal de OLEIROS
2011 SETEMBRO/OUTUBRO
Nós e os
Outros
Ana Neves
[email protected]
Durante a Feira do Pinhal, no âmbito da actuação do artista Emanuel,
vieram à nossa vila jornalistas do
Expresso, a fim de concluírem uma
reportagem que decorria há algum
tempo. Como leitora regular daquele
semanário, comprei a edição do dia
27 de Agosto. Ao ler o artigo em causa, fiquei perplexa.
Deslocaram-se da capital profissionais deste jornal de referência, acompanhando o artista por todo o país,
para falarem apenas no seu aspecto
retocado, nas bailarinas pouco vestidas, na música considerada “pimba”
e no público que, segundo eles, de
cerveja numa mão e cigarro na outra,
gritava vulgaridades.
É inacreditável que não haja preocupação em fazer serviço público nestas reportagens e deslocações. Não
houve sensibilidade para mostrar o
que somos, exibido naquele certame
através das nossas danças e cantares,
do nosso folclore, da filarmónica, da
gastronomia e dos stands das nossas
freguesias que mostravam as belezas
e o melhor de cada uma, num país
cada vez mais descaracterizado.
Não houve também referência aos
bons espectáculos destes dias de festa, muitos deles com a qualidade do
melhor que se faz no país, onde um
público interessado interagiu em
convívio. Nem tão pouco referiram
o magnífico espectáculo pirotécnico,
ao mais alto nível internacional, feito por Oleirenses e apresentado nas
maiores capitais do Mundo, onde
conquista prémios.
Nada disso interessou aos jornalistas, porque vem de terras do interior que esperaram décadas por
novas estradas e onde, segundo eles,
apenas existem analfabetos e gente
inculta, boa para ser caricaturada.
Pensam alguns que a cultura e o saber são exclusivos dos habitantes da
capital…
Indiferente a tudo isto, Santa Margarida, bem ornamentada, percorreu
as ruas da vila, numa procissão onde
há uma dignidade e um silêncio que
dá gosto sentir. Mais uma vez, num
bonito apontamento etnográfico, o
Rancho Folclórico contribuiu para a
sua dignificação, transportando as
singelas fogaças que vêm de outros
tempos.
A Filarmónica, por seu lado, tocou
as músicas de sempre que gostamos
de ouvir. Muitos dos seus talentosos
executantes interpretam actualmente
os mesmos temas, e nalguns casos
com os mesmos instrumentos, dos
seus pais e avós.
Nas varandas e nas ruas, houve
olhares húmidos que contemplavam
a imagem da Virgem Mártir que continua jovem e bonita, fazendo recordar outras festas, sem ausências que
fazem sofrer…
Estamos no segundo aniversário
do Jornal de Oleiros. Este serve, essencialmente, para divulgar o que é
nosso e que outros ignoram. É essencial a colaboração de todos para que
cresça sempre em qualidade. Parabéns ao seu Director e a todos os que
com ele têm colaborado. n
ronda pelo distrito
Ferreira do Zêzere
A Câmara Municipal de Ferreira
do Zêzere vai financiar a aquisição
dos livros escolares dos alunos do
1.º Ciclo do Ensino Básico do concelho, recomendados pelo Agrupamento de Escolas local.
Apesar das restrições orçamentais impostas à administração local,
a autarquia de Ferreira do Zêzere
deliberou por unanimidade voltar,
este ano, mais uma vez a comparticipar os manuais escolares dos
alunos do 1º ciclo, aliviando assim
as famílias de uma carga financeira que, todos os anos, se torna um
peso difícil de suportar para uma
grande parte dos agregados familiares.
Segundo o presidente da Câmara,
Dr. Jacinto Lopes, esta é uma forma
de “garantir que todas as crianças
recebem os manuais sem que as famílias tenham de fazer grandes sacrifícios nesta altura de crise, sendo
a melhor forma da Câmara investir
na educação e desenvolvimento
daqueles que serão os adultos e
profissionais de amanhã.”
O apoio na totalidade dos manuais escolares deste nível de ensino
será feito mediante apresentação
de cópia das facturas em nome do
educando e do preenchimento da
respectiva ficha de comparticipação, até 15 de Outubro de 2011.
No ano lectivo de 2010/2011, a
autarquia também pagou os manuais escolares aos alunos do 1º ciclo,
numa medida que muito auxiliou a
população do concelho. n
Proença-a-Nova
Câmara vai atribuir 50 nomes de ruas em diferentes locais do
Concelho a Personalidades locais,a aproveitando para renovar a toponímia da cidade destacando vultos que se distinguiram. n
Florestas
Secretário de Estado
da Agricultura visita AATM
em Mirandela
O Secretário de Estado da Agricultura, Eng.º José Diogo de Albuquerque, visitou esta terça-feira,
6 de Setembro, a Associação de
Agricultores de Trás-os-Montes
(AATM), Balcão Verde de Mirandela, para acompanhar o desenvolvimento do plano de revisão
de parcelas declaradas no Pedido
Único 2011.
A AATM está ligada à CONFAGRI encontrando-se a desenvolver
a tarefa com 23 técnicos acreditados para o efeito. O Secretártio
de Estado constatou localmente o
empenho dos técnicos, bem como
a qualidade e rigor do trabalho em
curso.
O Presidente da AATM, Sr. Dinis Alves Cordeiro, considerou
esta tarefa exigente e de grande
responsabilidade, mas essencial
para a manutenção das ajudas aos
agricultores da região de Trás-osMontes.
Esteve ainda presente a Sr.ª Presidente do IFAP, Dr.ª Ana Paulino,
que mais uma vez reconheceu o
trabalho que está ser desenvolvido
pelas organizações de agricultores,
e em particular as organizações a
colaborar com a CONFAGRI.
A Secretária Geral Adjunta da
CONFAGRI, Eng.ª Maria Antónia
Figueiredo, referiu que esta tarefa
é, acima de tudo, a única esperança
para evitar a redução das ajudas aos
agricultores nacionais, sendo encarada com espírito de Missão. n
Um estudo
sobre as actividades
económicas de Oleiros
As principais actividades económicas do nosso concelho são a
indústria e os serviços, mas a agricultura, a silvicultura e o comércio
também são importantes.
Em Oleiros, há zonas industriais
onde estão localizadas as várias fábricas do concelho. As serrações de
Oleiros, Milrico, Orvalho e Roqueiro
são as fábricas que empregam maior
número de trabalhadores. A existência de muita matéria prima explica o
facto de haver muitas indústrias ligadas à madeira. A par desta actividade, a exploração florestal também
é muito importante porque fornece
os materiais para transformação
nas fábricas. Há muitas pessoas que
trabalham no corte de pinheiros, na
limpeza de matos (desmoita) e na
plantação de árvores (eucaliptos e
pinheiros).
Outra indústria importante é a
Pirotecnia Oleirense que emprega
cerca de 40 trabalhadores. Nesta
fábrica, são produzidos artefactos
pirotécnicos, como, por exemplo,
balonas, vulcões, foguetes e candelas. A “Steiff”, mais conhecida por
Fábrica dos Bonecos, emprega cerca
de 90 operários, na sua maioria mulheres. Esta unidade fabril produz
bonecos de peluche que são exportados para a Alemanha.
Para além destas, há ainda uma
fábrica de lenha (“NovaLenha”),
uma fábrica de mármores, destilarias, uma padaria, várias oficinas de
serralharia e os Parques Eólicos.
A agricultura, embora não sendo
a actividade principal, ocupa quase
todas as pessoas desta região. Depois de saírem do emprego, as pes-
soas cultivam as hortas para terem
legumes e hortaliças frescas. Outras
produções agrícolas são também as
batatas, o azeite e as frutas, das quais
se destacam a castanha e o medronho. A criação de animais aparece
quase sempre ligada à agricultura.
Há pequenas explorações familiares, onde se criam habitualmente
animais de capoeira, cabras, ovelhas
e porcos. Há ainda algumas pessoas
que “criam bácoro” e fazem a respectiva matança no Inverno.
No concelho, existem muitos serviços que empregam um grande
número de pessoas. Um dos serviços que tem mais funcionários é a
Câmara Municipal. Os serviços mais
utilizados são o Centro de Saúde, os
Bombeiros, a G.N.R e as Escolas.
O comércio na nossa região é fraco porque a população é pouca. A
venda de produtos faz-se no “Minipreço”, nas mercearias e nas várias
lojas tradicionais espalhadas pelo
concelho. O mercado das terças-feiras traz muita gente à vila para fazer
as suas compras.
O turismo começa a ter alguma
importância nesta região. Os turistas vêm visitar as nossas lindas
paisagens, pescar nos nossos rios e
ribeiras, comer o afamado Cabrito
Estonado e os Maranhos e vêm também refrescar-se nas nossas piscinas
fluviais.
No estudo que fizemos sobre as
actividades produtivas da nossa região, percebemos que há pouca população activa. Nas aldeias, há muitas pessoas idosas, já reformadas.
Outras pessoas vão trabalhar para o
estrangeiro ou para diferentes localidades portuguesas. n
Trabalho elaborado pela
Turma do 4º ano da E.B.1 de Oleiros
2011 SETEMBRO/OUTUBRO
Jornal de OLEIROS
desporto
“ARCO” um ano que será
marcante
O “ARCO”, sob a direcção de RAMIRO ROQUE
tem vindo a criar as estruturas e hábitos que conduzirão aos grandes êxitos que esperamos e não só no
Futebol, na PESCA DESPORTIVA também.
Aqui deixamos as fotos da Equipa, do Capitão, do
Treinador e do Adjunto, em conjunto com o público
que se espera e as instalações disponíveis de grande
qualidade, teremos muitos muitos momentos de celebração que acompanharemos de perto. n
Onde pode encontrar
o Seu Jornal de Oleiros
CONTACTOS ÚTEIS
• Jornal de Oleiros - 922 013 273
• Agrupamento de Escolas
do concelho
de Oleiros – 272 680 110
• Bombeiros Voluntários de
Oleiros – 272 680 170
• Centro
de Saúde – 272 680 160
• Correios – 272 680 180
• G.N.R – 272 682 311
• LISBOA
- Papelaria Tabacaria Sampaio
Rua Reinaldo dos Santos, 12-C
1500-505 Lisboa
• Jardins da Parede
- Papelaria Tabacaria Resumos
Diários
Av. das Tílias, nº 136, Lj B
• OLEIROS
- Papelaria JARDIM
• ESTREITO
- Café “O LAPACHEIRO”
Estreito - 6100 Oleiros
Farmácias
.• PROENÇA-A-NOVA
- Da Idalina de Jesus
Avenida do Colégio, nº 1
6150-410 Proença-a-Nova
• Estreito – 272 654 265
• Farmácia
– Oleiros – 272 681 015
• Farmácia
– Orvalho – 272 746 136
- Tabacaria do Centro
Largo do Rossio
6150-410 Proença-a-Nova
Postos
de Abastecimento
• CASTELO BRANCO
- Quiosque da Cláudia
Zona Industrial, lote P-6 C
Loja nº 4, Edifício Intermarché
6000 Castelo Branco
• Galp (Oleiros) – 272 682 832
• Galp (Ameixoeira) – 272 654 037
• Galp (Oleiros) – 272 682 274
• António Pires Ramos
(Orvalho) – 272 746 157
• CERNACHE DO BONJARDIM
- Papelaria Boa Nova
Mercado Municipal
BAJA PROENÇA- OLEIROS
Miguel Barbosa foi segundo
em Proença-a-Nova
Miguel Barbosa garantiu hoje o
segundo lugar absoluto na Baja TT
Proença-a-Nova e, com este resultado, obteve mais uma pontuação
máxima para o Campeonato de
Portugal Vodafone de Todo-o-Terreno, dilatando de forma expressiva
o seu avanço para os mais directos
rivais na competição. O piloto da
BP Ultimate/Vodafone Team tinha
como meta repetir o triunfo à geral,
mas a verdade é que esta não era
uma prova talhada para as características do seu Mitsubishi Racing
Lancer .
A manhã não correu de feição
ao piloto da BP Ultimate/Vodafone
Team que chegou ao final dos primeiros 143 quilómetros, com um
atraso de pouco mais de um minuto
para Rui Sousa.
Miguel Barbosa imprimiu um ritmo forte, mas com uma margem de
segurança considerável “tudo porque a pista é muito estreita e, sinceramente, preferi acautelar-me do que
correr o risco de deitar tudo a perder.
A verdade é que este traçado é, tal
como eu previa, muito traiçoeiro e
um deslize, por pequeno que seja,
paga-se caro.”
Mesmo ciente de que o seu principal rival na prova não lhe tiraria
15
• AMEIXOEIRA
- BIG bar
Estação de Serviço, Estª Nacional
238, Ameixoeira 6 100 Oleiros
Infra-Estruturas
• COVILHÃ
- Pedro Luz
Rua General Humberto Delgado
Quiosque - 6200-014 Covilhã
• Câmara
Municipal – 272 680 130
• Piscinas Municipais/
/Ginásio – 272 681 062
• Posto de Turismo/Espaço net
– 272 681 008
• Casa da Cultura/
/Biblioteca – 272 680 230
• Campo
de Futebol – 272 681 026
• Pavilhão Gimnodesportivo
(Oleiros) – 272 682 890
• Pedrogão Grande
- Papelaria 100 Riscos
Lg. do Encontro, 47-A
• VILA VELHA DE RÓDÃO
- Galp na A23 nos dois sentidos
• SERTÃ
- Papelaria Paulino & Irmão
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Caldeira, 46-A
Cupão de Assinatura
a hipótese de somar a pontuação
máxima em termos de campeonato Rui Sousa não se encontra inscrito na
competição - Barbosa queria mostrar
mais e assim o fez.
Na segunda passagem pelo Sector Selectivo entrou forte e logo nos
primeiros 43 quilómetros (1º Controlo de Passagem) recuperou nada
mais nada menos que 36 segundos.
Porém, as dificuldades sentidas durante a manhã não desapareceram e,
percebendo que correria demasiados
riscos, Miguel Barbosa optou por garantir o segundo lugar final e os 25
pontos para o campeonato, que lhe
garantem uma confortável liderança
na competição e fortes possibilidades
de vir a festejar o seu quarto título de
Todo-o-Terreno (depois das conquistas de 2003, 2005 e 2007) já dentro de
Ficha técnica
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15 dias em Idanha-a-Nova, ou seja
uma jornada antes do final do campeonato.
“Entrámos bem na segunda
metade da corrida e estávamos a
recuperar, mas, já depois do CP1,
não consegui evitar uma saída de
pista que, mesmo não me tendo
custado muito tempo, acabou por
funcionar como uma espécie de
aviso... para não arriscar! Acabei
por abrandar um pouco ritmo e,
assim, assegurar a pontuação máxima, que me permite ganhar um
fôlego ainda maior em termos de
campeonato. Pessoalmente gostava mais de ter ganho a corrida, mas
chegar ao título é mais importante
e esse objectivo está agora muito
próximo...” esclareceu Miguel Barbosa no final da prova. n
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Distribuição: Massiva através dos CTT nas residências e postos de venda • Colaboradores: João H. Santos Ramos, Fernanda Ramos, Inês
Martins, António Mendes, Manuela Marques, António Romão de Matos, Rui Pedro Brás, Ana Maria Neves, Ivone Roque, Hugo Francisco,
António Moreira, Miguel Marques, Soraia Tomaz, Augusto Matos, António Lopes Graça, Cristina Ferreira de Matos, Cátia Afonso, Ana
Faria, Carlos N de Carvalho, Nelson Leite- New Jersey - EUA • Correspondentes: Silvino Potêncio (Natal, Brasil) • Fernando Caldeira da
Silva (África Austral) • Correspondente em Castelo Branco: Rui Manuel Almeida Nunes (www.ruianunes.no.sapo.pt) • Catarina Fernandes (Lisboa) • Fotografia: Rute Antunes, email: [email protected] • Vale do Souto (Mosteiro): Sílvia Martins, email: silvia.patricia77@
hotmail.com • Paginação e Impressão: Coraze, Oliveira de Azeméis
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Jornal de OLEIROS
2011 SETEMBRO/OUTUBRO
Pirotecnia oleirense - uma empresa
que nos orgulha
Na noite de encerramento
da 17.ª Edição da Competição Internacional Les Grands
Feux Loto - Québec, o Grupo Luso Pirotecnia foi eleito
como o Grande Vencedor.
O espectáculo JUKEBOX
impressionou tanto o júri,
como o público, que escolheu
a firma portuguesa para receber as honras da competição.
Foi à frente dos espectáculos
da Espanha, Rússia, México
e Itália que o espectáculo ficou, recolhendo os seguintes
comentários do presidente
do júri : ‘’Seduziu com uma
utilização única o recinto, sublinhando as características
do Parc de la Chute Montmorency, como nunca tinha sido
feito e uma banda sonora
dinâmica, colorida e favorita
que nos levou num universo festivo deixando todos os
membros do júri a bater o pé
e a exclamar ‘’wow’’!
Podemos então dizer que
a missão foi positivamente
cumprida pela equipa artística de JUKEBOX constituída
pelo Sr. Pedro Gonçalves, no
design pirotécnico, e Sr. Vitor
Machado e Sra. Mélanie Cagnon na concepção da banda
sonora. Pedro Gonçalves leva
assim para Portugal o 1º Troféu de Ouro da sua jovem
carreira. Um futuro promissor vislumbra jovem designer
da Luso.
A Luso Pirotecnia também
já apresentou este espectáculo “JUKEBOX” no Japão
e espera a decisão do júri
no final do corrente mês de
Agosto. Neste momento, a
equipa prepara a Seul em
Outubro de 2011. Vejamos
se a Ásia também será seduzida.
Para mais informaçõe consulte o nosso website em
www.lusopirotecnia.com n
WINNER CERIMONY - em ordem esquerda, direita - Sr. Jacques Dupuis Director Geral Grands Feux Loto-Québec, Mélanie Cagnon - Directora dos
Mercados Internacioanais Luso Pirotecnia, Sr. André Fortier - presidente
do Juri.
TEAM LUSO - em ordem esquerda, direita - Hugo Nunes, Mélanie Cagnon,
Joaquim Melo, Francisco Gonçalves e Pedro Gonçalves
LISE PAQUET
Rua do Ramalhal, Lj 2, r/c esq,
6160-418 Oleiros
Telefones 272688023/925228223
Fax 272688024
E-mail: [email protected]
Especialidades: Exame de Densitometria Óssea, Exames Auditivos, Electrocardiograma, Fisioterapia, Massagem facial e Corporal, Medicina Dentária,
Podologia, Hidrotox, Acupunctura, Terapia da Fala, Psicologia Clínica
Consultas Médicas de Clínica Geral ( Dra. Graça Veiga e Dr. Carlos David), Fisiatria (Dr. João Saraiva),
Pediatria (Dra. Almerinda Silva ), Ginecologia/Obstetrícia (Dr. Luis Abreu - Maternidade Bissaya
Barreto/Coimbra ), Oftalmologia (Dr. Pedro Nunes) e Analises Clínicas
Acordos com, ADSE, PT, Médis, Multicare, Mondial Assistance, CGD, Clinicard, Fidelidade, Mundial, Império Bonança

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