Newsletter 82

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Newsletter 82
Boletim Bimestral
Agroindústria
Alimentos
Bebidas
Comércio
Embalagens
Celulose e Madeira
Energia
Número 82
27 / Mar / 2006
Química e Petroquímica
Materiais Plásticos
Mineração e Siderurgia
Bens de Capital
Materiais de Transporte
Telecom
Informática
Transportes
Imobiliário
Comunicações
Financeiro
Serviços
Outros Setores
Ambiente Macroeconômico e de Investimentos
Conquanto o ritmo de crescimento da economia brasileira permaneça medíocre, a sistemática redução
do Risco-Brasil e dos juros internos tem viabilizado um clima seguro para os investimentos físicos e
negócios em geral. E isso, a despeito dos deslizes políticos do Governo que, se não chegam a ser
desastrosos para o cenário econômico, são, no mínimo, agressivos ao exercício democrático do poder.
O fato, contudo, é que não há previsão de reversão na tendência econômica e, na seara política, as
perspectivas não envolvem ameaças ao Estado de direito. Dessa forma, mantém-se o ritmo favorável a
novos negócios no País, o que, apesar de não configurar nenhum boom de investimentos, apresenta
algumas características desejáveis do ponto de vista de sua sustentabilidade no médio prazo.
O grande destaque em termos de decisões nesse início de ano tem sido a avalanche de operações e
intenções envolvendo ofertas em bolsa. Sejam vendas primárias ou secundárias, essa forma de
movimentação do capital traz grandes possibilidades para as empresas e investidores, pois constituem
uma alternativa mais barata de funding para novos projetos e permitem uma maior mobilidade ao capital
empreendedor.
Cenário Econômico
PIB (PM) - Var %
2003
0,5
2004
4,9
2005
2,3
9,3
7,6
5,7
Tx de Câmbio - R$/US$ Fim de Ano
2,889
2,654
2,341
2,34
2,20
2,42
2,40
Tx de Juros Nominal - % Acum. Ano
23,3
16,2
19,0
15,9
14,4
13,0
13,5
Dívida Pública - % PIB
57,2
51,7
51,6
50,5
48,8
49,0
Saldo Comercial - US$ Bilhões
24,8
33,6
44,8
38,7
40,0
Trans. Correntes - US$ Bilhões
4,2
11,7
14,9
8,2
9,0
Investimentos Diretos - US$ Bilhões
10,1
18,2
15,2
Inflação IPCA - Var %
2006 (*)
3,5
2007 (*)
3,6
3,7
4,6
4,5
35,5
5,6
15,0
4,6
16,3
(*) Cenário Anterior e Cenário Atual. Fonte: Relatório de Mercado - Banco Central do Brasil - 17/03/2006
Conjuntura de Investimentos - Principais eventos entre 17/Jan/2006 e 16/Mar/2006
Agroindústria
* A Sipcam Agro, braço do grupo italiano Sipcam-Oxon, está investindo US$ 10 m em sua segunda
fábrica brasileira, em Uberaba (MG). A empresa fabrica defensivos agrícolas (fungicidas,
inseticidas e acaricistas) e a inauguração da unidade está prevista para entre julho e agosto. A
Sipcam Agro responde por 25% dos negócios da Sipcam-Oxon, que atua na Europa, África do Sul,
EUA e Austrália.
* O grupo Cosan, maior companhia de açúcar e álcool do Brasil e segunda maior do mundo, ficará
com 100% do controle da Açucareira Corona. A Corona conta com duas usinas em SP e a Cosan
já detinha 35% de seu capital, por meio da holding Água Santa. O negócio, no valor de R$ 398 m,
envolve 35% de participação adquiridos da trading S/A Fluxo e 30% de outros controladores. A
Cosan hoje controla 16 usinas no País.
* Por meio da subsidiária Pasa, a Petrobras pretende investir US$ 50 m em uma nova fábrica de
fertilizantes e em um porto para escoamento de produtos agrícolas na Argentina. A Pasa foi
adquirida pela estatal brasileira em 2002. O início das operações da nova planta está previsto para
o segundo semestre de 2007.
* A Adeco Agropecuária, empresa com negócios na Argentina e Uruguai e controlada por
investidores norte-americanos, adquiriu a Usina Monte Alegre, de Monte Belo (MG). A operação
marca a entrada da Adeco no setor sucroalcooleiro e seu valor não foi divulgado. No Brasil, a
Adeco já possui terras no interior da Bahia.
* A Tortuga Cia. Zootécnica Agrária está iniciando as obras de sua nova fábrica de suplementos
minerais para animais, que ficará no Complexo de Pecém, em São Gonçalo do Amarante (CE). A
unidade está orçada inicialmente em R$ 50 m e deve ser inaugurada em março de 2007.
Alimentos
* A Ferreira International pretende duplicar em 2006 sua produção de beef jerky, petisco à base
de carne bovina. A empresa processa carnes em Três Rios (RJ) e é controlada pelo grupo norteamericana Bruce Bac. A expansão da fábrica, arrendada do grupo Sola, exigirá investimentos de R$
10 m e toda sua produção tem como destino o mercado dos EUA.
* A Pomar Brasil vai investir R$ 35 m em uma fábrica de polpas e concentrados de frutas em Jaíba,
norte de MG. Os produtos visam abastecer as indústrias de sorvetes, sucos e iogurtes. A previsão é
de que a unidade entre em operação em 2007. A Pomar Brasil pertence ao Grupo Brasil, ligado à
área siderúrgica.
* A Nestlé, líder mundial em alimentos, vai testar a regionalização de sua produção no Brasil, mas
precisamente no Nordeste, que representa entre 20% e 25% de seus negócios locais. Os planos
contemplam a abertura de uma unidade em Fortaleza (CE) para recondicionamento de produtos
fabricados no Sul, como café solúvel, cereais e bebidas. Também estão previstas uma fábrica de
macarrão instantâneo e farinha láctea, investimento de R$ 100 m em Feira de Santana (BA), e uma
unidade de ração para animais domésticos em Recife (PE).
* A Assolan firmou acordo para a compra da Etti, divisão de atomatados e vegetais em conserva da
Parmalat. O valor do negócio não foi divulgado, mas é estimado em aproximadamente R$ 90 m. A
venda precisa ser autorizada pela Justiça devido ao processo de recuperação da Parmalat. Ela
envolve a fábrica da Etti em Araçatuba (SP) e todas as suas marcas e linhas.
* Foi oficialmente aprovada a aquisição da unidade de farinhas infantis da Support pela paranaense
Nutrimental, que produz a barra de cereais Nutry. A Support pertence à holandesa Royal Numico
e está instalada em Arceburgo, MG. A transação ocorreu em agosto de 2005. Com ela, a
Nutrimental absorve 20% do mercado de farinhas infantis, que é liderado pela Nestlé. A
Nutrimental tem sede em São José dos Pinhais (PR) e conta com um centro de distribuição em
Campinas, SP.
* O BNDESPar, braço de participações do BNDES, está realizando um aporte de R$ 60 m no
Grupo Netuno, maior exportador de pescados e frutos do mar do País. Com isso, o BNDESPar
assumirá 33% do capital da empresa. Os recursos deverão alavancar a produção da Netuno no
segmento de tilápias e também ampliar seus negócios com camarão e produtos empanandos.
* A SLC Alimentos, do grupo gaúcho SLC, inaugurou uma unidade de beneficiamento de arroz em
Paraíso do Tocantins (TO). A estratégia da empresa é avançar nos mercados do Norte e do Nordeste
do País, onde atua com as marcas Butuí, Namorado e Bonzão. A SLC Alimentos possui unidades
em Cuiabá (MT), Pelotas (RS), Alegrete (RS) e Barueri (SP).
* O grupo cearense M. Dias Branco, do setor de massas e biscoitos, planeja investir R$ 200 m para
construir três unidades industriais em PE. O empreendimento será no Complexo Industrial e
Portuário de Suape e visa estabelecer uma plataforma exportadora. Haverá uma unidade de massas
e biscoitos, uma de margarinas e um moinho de trigo. O M. Dias Branco atualmente possui 12
unidades industriais em todo o País.
Bebidas
* O grupo sergipano Albano Franco deve iniciar em julho as operações de sua primeira fábrica de
cervejas. Trata-se da Indústria de Bebidas Igarassu (IBI), que fica na região metropolitana de
Recife (PE). Em sua primeira fase, a unidade está recebendo investimentos de R$ 70 m, que podem
ser dobrados num prazo de cinco anos.
* A Cervejaria Petrópolis, que tem atuação concentrada no RJ e SP, pretende construir duas novas
fábricas nos próximos cinco anos. A primeira será em MG e a outra na BA. Somados, os
investimentos nas novas unidades podem chegar a R$ 600 m. A Cervejaria Petrópolis atua com as
marcas Crystal, Itaipava e Petra. Suas atuais fábricas ficam em Petrópolis (RJ) e Boituva (SP).
* A AmBev vendeu 25% da AmBevPerú para o grupo peruano Romero, que atua com alimentos,
finanças e logística. A decisão foi motivada pelas dificuldades da AmBev em avançar no mercado
cervejeiro local, dominado pela Bavaria. A AmBev entrou no mercado peruano pelo setor de
refrigerantes, comprando duas fábricas da Embotelladora Rivera em 2003. Sua unidade de cervejas
começou a operar em outubro de 2005.
Comércio
* A Leader, uma das maiores redes varejistas do RJ, tem planos de investir R$ 8 m nesse ano para
abrir seis novas lojas e ampliar outras duas. Serão cinco novas unidades no Estado do RJ e uma no
ES. A Leader possui 36 lojas no País e está reagindo ao avanço de redes como a Renner e a C&A
em sua região de atuação. Em 2005 a Leader firmou parceria com o Bradesco para administrar a
Leadercard.
* O Grupo Pão de Açúcar está centralizando em São Paulo (SP) alguns de seus departamentos, com
destaque para as áreas de compras e contratação de serviços. A corporação hoje conta com 555
lojas em 13 Estados e possui três unidades de negócio: Pão de Açúcar, Extra e
CompreBem/Sendas. Também serão centralizados os departamentos de contabilidade, recursos
humanos e contratos de aluguel, dentre outros.
* Numa operação de management buy out, a chilena Fasa (Farmacias Ahumada) vendeu sua
divisão brasileira, a Drogamed. A Fasa é a maior cadeia de varejo farmacêutico na América Latina.
A Drogamed, adquirida pela Fasa em 2000, concentra suas atividades no Paraná e atualmente conta
com 88 lojas.
* O Carrefour vai acabar com a marca de supermercados Champion no Brasil. Nos últimos dois
anos várias unidades já foram fechadas ou devolvidas a antigos proprietários. Ainda restam 60
lojas, mas ficarão apenas 34 em MG, SP e Brasília, que irão adotar a marca Carrefour Bairro. Na
área de hipermercados, o Carrefour tem planos de investir € 200 m em 2006 para acrescentar 13
novas lojas às 99 que possui atualmente.
* O site Submarino vai realizar uma nova oferta pública primária e secundária de ações e deve
passar, de fato, a ter controle pulverizado. A operação está prevista em US$ 300 m. Atualmente,
70% do capital do Submarino (que só tem ações ordinárias) já está no mercado, mas seus sócios
fundadores, o GP Investimentos e a T.H. Lee Putnam Ventures, controlam a empresa com a
maioria em seu conselho de administração.
* O Wal-Mart vai investir R$ 600 m em 2006 para inaugurar 15 novas lojas no Brasil, sendo mais
da metade na Região Nordeste, onde opera principalmente com a bandeira Bompreço. A primeira
inauguração será a do Hiper Bompreço em Maceió (AL). A rede norte-americana também está
investindo R$ 150 m na reforma das 116 lojas de sua bandeira própria. Paralelamente, o Wal-Mart
tem planos de abrir em Salvador a primeira unidade nordestina da bandeira atacadista Sam´s Club,
na qual serão investidos R$ 35 m. A rede do Sam´s, que conta com 15 lojas, passará a ter mais
quatro unidades, sendo duas delas no Nordeste. O investimento total será de R$ 100 m.
Embalagens
* A suíço-alemã Sig Combibloc, fabricante de embalagens tipo longa vida, vai instalar uma fábrica
em Campo Largo, PR. O município fica próximo de Ponta Grossa, onde a sueca Tetra Pack, sua
principal concorrente, possui uma unidade. Os investimentos previstos pela Sig Combibloc são de €
100 m. O início das obras está previsto para o segundo semestre e suas operações deverão ser
inauguradas no final de 2007.
* A fabricante de latas de alumínio Latapack vai investir US$ 22 m para ampliar a produção de sua
fábrica de latas em Jacareí (SP) e mais US$ 8 m na sua unidade de tampas em Simões Filho (BA). O
objetivo da empresa é acompanhar o crescimento dos setores de cerveja e refrigerantes. O aumento
de capacidade está previsto para outubro.
* A Brasilata, fabricante de embalagens e sistemas de vedação para latas, planeja um investimento
de US$ 10 m para instalar uma fábrica nos EUA. O empreendimento terá a parceria da norteamericana Phoenix Container. Internamente, a Brasilata está investindo R$ 15 m para expandir sua
fábrica em São Paulo (SP). Além dessa, a empresa também conta com outras duas unidades, em GO
e RS.
Celulose e
Madeira
* A Sateri International, ligada ao grupo RGM de Cingapura, aprovou investimentos de US$ 400 m
para ampliar a produção de celulose solúvel da Bahia Pulp, sua subsidiária brasileira. Os aportes
serão na fábrica de Camaçari (BA) e se estenderão até 2007. A Bahia Pulp atende basicamente a
demanda das indústrias de tecidos de viscose e lyocell, mas o aumento de sua produção visa a
demanda dos setores tabagista, de alimentos, de produtos farmacêuticos e de tintas.
* A Fibraplac, empresa do grupo Isdra, vai investir R$ 400 m no município de Glorinha, RS.
Metade dos recursos será utilizada para duplicar sua produção de chapas de MDF, sendo que as
novas operações estão previstas para junho. O restante será investido em uma unidade de painéis de
madeira aglomerada, a ser concluída em 2008. Ambos os produtos são empregados pela indústria
moveleira.
* A Orsa Florestal está investindo US$ 10 m em uma unidade de beneficiamento de madeira
certificada (ambiental e trabalhista). O produto vem sendo cada vez mais exigido no mercado
internacional, em especial pelos países europeus. A nova unidade, em Monte Dourado (PA), ficará
pronta em 2007 e vai produzir pisos e molduras de portas.
Energia
* A Alliant Energy vendeu todos os seus ativos no Brasil para a Sobrapar. O pacote foi avaliado
em US$ 152 m e envolve 50% da Cataguazes Leopoldina, 45,6% da Energisa (controladora da
sergipana Energipe), 49,9% da PBPartSEI (controladora da paraibana Saelpa) e 50% da térmica
de Juiz de Fora. Segundo a Alliant, seus investimento na área de energia no Brasil chegaram a US$
500 m.
* A RGE, distribuidora de energia do RS controlada pela CPFL Energia, deverá investir R$ 122,8
m na melhoria de seu sistema. O foco será a ampliação de subestações e de redes de distribuição,
instalação e troca de equipamentos. A empresa atende 254 municípios e já investiu um total de R$
979 m desde sua privatização, em 1998.
* A Usiminas fechou contrato de US$ 100 m para instalar uma termelétrica junto a sua usina de
Ipatinga, MG. A unidade garantirá metade do consumo da siderúrgica mineira e a Camargo Corrêa
Comércio e Construções foi a escolhida para gerenciar as obras. O prazo de construção foi
estipulado em 26 meses.
* A CVRD vendeu sua participação de 40% no projeto da Usina Hidrelétrica de Foz do Chapecó
por R$ 10 m. O comprador foi a estatal Furnas, que também adquiriu outros 9% da gaúcha CEEE.
A CEEE ainda ficará com 11% da Foz do Chapecó, na qual a CPFL Energia também é sócia
(40%). Os investimentos previstos na usina chegam a R$ 1,8 bilhão e suas operações estão previstas
para 2010.
* A Petrobras adquiriu a El Paso Rio Claro e a El Paso Rio Grande, empresas da norte-americana
El Paso que controlam a térmica de Macaé, RJ. A aquisição custou US$ 357,5 m e encerra uma
disputa judicial entre a Petrobras e a El Paso. A Macaé Merchant é a terceira usina do tipo
merchant adquirida pela Petrobras nos últimos anos, sendo que ela já pagou US$ 331 m para ficar
com a Eletrobolt e com a Termo Ceará.
* A BR Distribuidora vai participar da construção de 13 pequenas centrais hidrelétricas (PCHs),
que somarão investimentos de R$ 1,3 bilhão. A estatal terá como sócias as empresas BSB
Energética, Araguaia e Eletroriver, que se unirão na holding Brasil PCH. A BR ficará com 49%
da sociedade, cuja energia produzida será integralmente adquirida pela Eletrobrás.
* A Suez Energy South America, controladora da Tractebel Energia, e a Alcoa compraram os
16,48% da australiana BHP Billiton no consórcio que vai construir a Hidrelétrica de Estreito, entre
TO e MA. Com isso, a Suez, que tinha 30%, passa a 40,07%, e a Alcoa, de 19,08% para 25,49%. A
CVRD e a Camargo Corrêa mantiveram suas participações de 30% e 4,44%, respectivamente. O
investimento previsto no projeto é de US$ 1 bilhão e a previsão é de que ele seja inaugurado em
2011.
* O grupo Schahin está vendendo cinco concessões na área de transmissão de energia para o
consórcio formado pela Alusa, Cemig e a norte-americana Montana Distribution Utilities (MDU).
O valor da operação é de pouco mais de R$ 500 m. A Alusa já é parceira nos cinco projetos e deve
ficar majoritária no negócio. As concessionária vendidas foram a Amazonense, a Paraense, a
Catarinense, a Norte e a Regional.
Química e
Petroquímica
* A White Martins, subsidiária brasileira do grupo norte-americano Praxair, vai investir US$ 45 m
para instalar uma planta de oxigênio e outros gases junto à Ceará Steel, ex-Usina Siderúrgica do
Ceará (USC). O cronograma prevê que a unidade estará operacional em 2008, quando será
inaugurada a usina cearense.
* A Innova, produtora de estireno e poliestireno no Pólo Petroquímico de Triunfo (RS), anunciou
investimentos de US$ 168 m para duplicar suas atividades. A empresa é controlada pela subsidiária
da Petrobras na Argentina, a Petrobras Energía SA (Pesa). A primeira fase do projeto consiste na
construção de uma planta de etilbenzeno, insumo para o estireno, com investimentos de US$ 54 m e
operações previstas para meados de 2008.
* A Petroquímica União (PQU) atualizou seu orçamento de investimentos e vai gastar R$ 840 m na
ampliação de sua unidade produtiva de eteno em Mauá (SP). O produto é utilizado na fabricação de
resinas termoplásticas. A PQU tem como principais acionistas a Unipar, a Petroquisa e a Dow. A
previsão é de que sua nova capacidade entre em operação em abril de 2008.
* A Copesul, produtora de petroquímicos básicos no pólo de Triunfo (RS), também quer ampliar sua
produção de eteno. A ampliação será em duas fases, até 2008 e até 2011, e os investimentos serão
basicamente em atualização das plantas. Na primeira fase deverão ser investidos US$ 50 m. Mas a
Copesul também está concluindo estudos para uma nova unidade de butadieno (US$ 60 m) e, neste
ano, iniciará projetos para a produção de isopreno (US$ 60 m), matérias-primas utilizadas na
fabricação de borrachas.
* A Petroquisa, subsidiária petroquímica da Petrobras, deve iniciar em meados desse ano as obras
de sua fábrica de PTA (ácido teraftálico purificado) em PE. O empreendimento está orçado em US$
490 m e também tem como investidores a italiana Mossi & Ghisolfi (M&G) e a holding Citene,
formada pela Vicunha Têxtil, Polyenka e FIT. A Petroquisa deverá ficar com 40% do projeto e
seus sócios com 30% cada um. E juntamente com a Braskem, a Petrobras ainda desenvolve planos
de construir uma outra unidade de PTA em Camaçari, BA. O investimento está inicialmente previsto
em US$ 350 m.
* A Dow Chemical, maior empresa química dos EUA, está reestruturando sua atuação mundial. A
administração da empresa, fragmentada por país e linha de produto, será centralizada e a unidade
latino-americana terá sede em São Paulo, SP. Na região, o parque industrial da Dow concentra-se na
Argentina, mas o Brasil é seu maior mercado. Aqui, a empresa possui 23 fábricas, além de
participação no controle da PQU.
Materiais
Plásticos
* A Metalúrgica Barra do Piraí vai instalar uma unidade de baldes, frascos e outros produtos
plásticos em Belford Roxo, RJ. A empresa será uma das processadoras do polietileno produzido
pela Rio Polímeros (Riopol). Os investimentos na planta serão de R$ 45 m. Além de plásticos, a
Metalúrgica Barra do Piraí também fabrica tintas e produtos metálicos, de latas a telhas e painéis
frigoríficos.
* A brasileira Unigel está fazendo sua primeira investida internacional e comprou a Plastiglas,
fabricante mexicana de chapas acrílicas. O produto é utilizado em placas para comunicação,
coberturas, barreiras acústicas e até móveis. O valor da transação foi de R$ 50 m e ela envolve
100% da Plastiglas. Além de duas plantas industriais no México, a compra dará à Unigel acesso a
canais de distribuição nos EUA.
* A PHB, empresa de Serrana (SP), pretende investir US$ 50 m em uma fábrica para transformar
açúcar em plástico. O produto visa o segmento de cartões de crédito e embalagens de frutas e seu
foco será o mercado externo. A unidade será a primeira do mundo a produzir polímeros de origem
vegetal em escala comercial e suas operações estão previstas para 2008.
Mineração e
Siderurgia
* A Vale do Rio Doce anunciou que pretende fechar o capital da Caemi, incorporando todas suas
ações em mercado. Cerca de 40% do capital da Caemi encontra-se pulverizado. Na reestruturação
do grupo, a holding Caemi deve desaparecer e as suas controladas MBR (minério de ferro) e
Cadam (caulim) serão transformadas em subsidiárias. O valor da transação é estimado em
aproximadamente US$ 2,5 bilhões.
* E do ponto de vista de novos investimentos em mineração e siderurgia, os planos da Vale
envolvem aplicações US$ 4,6 bilhões em 2006. Desse montante, US$ 2,1 bilhões serão destinados
ao aumento na produção de minério de ferro e de pelotas, com destaque para as minas de
Carajás-PA (US$ 330 m) e Brucutu-MG (US$ 310 m) e para a nova planta de pelotização em
Itabirito-MG (US$ 338 m). Na área siderúrgica destacam-se os projetos da Usina Siderúrgica do
Ceará (USC) e da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA). A Vale vai reservar ainda US$
491 m para investimentos em pesquisa e desenvolvimento, dos quais 43% fora do Brasil.
* Já a anglo-australiana BHP Billiton pretende instalar um centro distribuidor de carvão em
Anchieta (ES), projeto que inclui a construção de uma coqueria. A decisão é uma contra-ofensiva à
pretensão da CVRD de desenvolver um mega projeto mínero-siderúrgico na região. A BHP Billiton
divide com a Vale o controle da Samarco, que é dona do porto (Ponta do Ubu) e de duas
pelotizadoras de ferro no local.
* Defendendo-se de uma oferta hostil da Mittal Steel, a européia Arcelor, segundo maior grupo
siderúrgico do mundo, adquiriu o controle da canadense Dofasco. A operação envolve 88,38% do
capital da Dofasco e um valor de US$ 4,9 bilhões em dinheiro. Ela deve trazer reflexos positivos
para a CST, subsidiária capixaba da Arcelor, que poderá ampliar suas exportações de placas para o
setor automotivo norte-americano. A Mittal Steel é a maior siderúrgica do mundo e anunciou que,
se assumir a Arcelor, venderá a Dofasco para a ThyssenKrupp.
* O grupo austríaco Böhler-Uddeholm, fabricante de aços especiais de alta liga, vai investir R$ 152
m em suas atividades brasileiras nesse ano. Aqui, a empresa controla a Villares Metals, que possui
fábricas nas cidades paulistas de Sumaré e Sorocaba. A maior parte do investimento, R$ 100 m, será
aplicada na compra de um laminador para a planta de Sumaré.
* A Gerdau Ameristeel, subsidiária da Gerdau na América do Norte, adquiriu os ativos da norteamericana Callaway Building Products. O valor da operação não foi divulgado mas, com ela, a
Gerdau chega a sua trigésima operação de corte e dobra de aço nos EUA. A Gerdau é a maior
produtora de aços longos das Américas.
Bens de
Capital
* A Volvo Construction Equipment, fabricante sueca de máquinas pesadas, pretende investir US$
10 m em 2006 para ampliar e modernizar sua fábrica de Pederneiras (SP). A unidade é a única da
empresa na América Latina e sua ampliação visa acompanhar principalmente a demanda do setor de
mineração.
* A Lupatech, fabricante de válvulas para a indústria de petróleo e peças fundidas para a indústria
automobilística, realizará uma oferta inicial de ações. Sua intenção é vender entre R$ 300 m e R$
400 m de ações ordinárias. A Lupatech tem sede em Caxias do Sul (RS) e seus principais acionistas
são o BNDESPar, o GP Investimentos e a Inetexis. Enquanto prepara sua estréia em bolsa, a
Lupatech também negocia a aquisição das concorrentes Itasa, empresa argentina da área de
fundição, e Mipel, fabricante de válvulas industriais de Jacareí-SP.
Materiais de
Transporte
* A sexta subsidiária da Marcopolo será na Rússia. A nova unidade produzirá modelos rodoviários
e começará a operar em setembro. Para tanto, foi formada joint venture entre sua controlada Ciferal
e a Ruspromauto, maior fabricante russa de ônibus. O investimento anunciado é de US$ 6,5 m,
dividido entre os sócios. A Marcopolo entrará com tecnologia e a Ruspromauto com as instalações
industriais.
* A fabricante de bicicletas e motos Brasil & Movimento, conhecida pela marca Sundown, quer
abrir e ampliar seu capital. Os recursos captados deverão ser investidos na ampliação da fábrica de
motocicletas e na liquidação de dívidas. Mas além de uma oferta primária também deve haver uma
venda secundária, por parte do fundo Tophill (administrado pela Planner), que quer alienar os
74,99% de participação que detém na companhia.
* A Honda vai investir R$ 41 m nesse ano para implantar três projetos em PE. Desse montante, R$
16 m serão aplicados em uma central de distribuição para autopeças e os R$ 25 m restantes irão
para dois centros de treinamento e serviços. As obras devem ser concluídas no segundo semestre.
Além desses aportes, a Honda está concluindo investimentos de US$ 100 m para ampliar sua fábrica
de Sumaré, SP.
* A Renault conclui nesse ano o investimento de US$ 120 m para lançar no Brasil o Logan, sua
nova linha de carros de baixo custo. O modelo já é fabricado pela montadora francesa no Leste
Europeu e sua primeira versão deverá estar no mercado no início de 2007. O projeto inclui mais
duas versões do carro. A Renault possui fábrica em São José dos Pinhais (PR) e atualmente domina
3% do mercado brasileiro.
Telecom
* A operadora de telefonia GVT vai investir R$ 200 m para expandir suas operações em 2006. A
empresa concorre com a Brasil Telecom em nove Estados das Regiões Sul, Centro-Oeste e Norte. A
maior parte dos gastos será em novas redes e equipamentos.
* A TIM Brasil está iniciando uma reestruturação societária, na qual pretende unir todas suas
empresas sob a holding TIM Participações. Essa última terá capital aberto e uma receita estimada
de R$ 8,4 bilhões em 2005. Atualmente, estão na estrutura do grupo a TIM Celular (SP, RJ, RS,
Norte e Centro-Oeste); a TIM Participações, que presta serviços no Nordeste, PR e SC; e a TIM
Maxitel, que atua na BA, SE e MG.
* A espanhola Telefônica está promovendo uma reestruturação societária em seus negócios
brasileiros. Sua subsidiária focada em serviços corporativos, a Telefônica Data Brasil Holding
(Telefônica Empresas), será incorporada pela Telesp, concessionária de telefonia fixa de SP. A
operação visa reduzir custos, incorporar ganhos fiscais e obter sinergias comerciais.
Informática
* A Totvs realizou uma oferta primária e secundária de ações ordinárias, que atingiu o valor de R$
460 m. A Totvs é controladora das fabricantes de softwares Microsiga, Logocenter e da
consultoria Totvs BMI. Entre os vendedores da colocação secundária estão o BNDESPar, a
LC-EH Participações e a Logocenter. A Totvs é líder no mercado brasileiro de softwares de
gestão empresarial (ERP). A injeção de recursos será direcionada para aquisições, P&D,
treinamento e vendas.
* A Datasul pretende realizar duas ofertas de ações, sendo uma primária de papéis ordinários e uma
secundária. Atualmente, os principais acionistas da empresa são a M. Abuhab Participações
(84,29%) e a JS Participações (11,95%). A Datasul é a segunda maior empresa brasileira de
softwares de gestão empresarial, atrás da apenas da Totvs.
Transportes
* A Vale do Rio Doce, por meio da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), vai comandar investimentos
de R$ 684 m na Variante Litorânea Sul, que ligará Cariacica (ES) a Cachoeiro do Itapemirim
(ES), com um ramal de acesso ao Porto de Ubu (ES). A obra será uma alternativa ao Porto de
Tubarão e permitirá o transporte de produtos siderúrgicos, celulose, rochas ornamentais e cimento.
* O Opportunity e a Multi STS, do grupo Multiterminais, conseguiram uma opção de compra dos
50% de participação que o Citigroup, a Previ e a Sistel possuem no capital votante da Santos
Brasil. A Santos Brasil é um dos maiores terminais de contêineres da América do Sul. O Citigroup
detém 15% de suas ações ordinárias, a Previ 20% e a Sistel 15%. O valor da transação é estimado
em R$ 333,8 m.
* A ALL Logística vendeu seus 25% de participação na Ferropar para os demais sócios da
empresa. A Forropar opera no Paraná e seus outros sócios são a Fao Empreendimentos, a Gemon
e a Pound. A operação foi realizada em dezembro passado por R$ 1 m, valor simbólico que se
justifica pelas dificuldades enfrentadas pela empresa privatizada em 1996.
* A Líder Aviação vai investir US$ 43 m para expandir sua frota de helicópteros. Serão seis novas
aeronaves, o que elevará para 40 a frota da empresa mineira. A divisão de helicópteros é hoje o
principal negócio da Líder. As novas aeronaves devem ser entregues entre maio e dezembro e serão
utilizadas na prestação de serviços para a Petrobras.
* A oferta pública de ações preferenciais da companhia aérea TAM atingiu R$ 1,495 bilhão. A
operação foi realizada no Brasil e nos EUA e marca a estréia da TAM na Bolsa de Valores de Nova
York. A maior parte dos papéis oferecidos pertenciam a fundos de participação e outros acionistas,
mas também houve emissão primária. Com os recursos obtidos, a TAM pretende basicamente
financiar a expansão e a renovação de sua frota.
* O Estaleiro Corema, da Bahia, pretende ampliar sua capacidade de reforma e construção de
navios. Serão investidos aproximadamente R$ 40 m nas obras de uma nova unidade, cuja construção
deverá se estender por dois anos. Ela deverá substituir a atual base, que fica em Salvador.
Imobiliário
* O grupo hoteleiro SuperClubs tem planos de investir R$ 500 m em 15 empreendimento no Brasil
ao longo dos próximos oito anos. O SuperClubs tem origem jamaicana e suas operações atualmente
concentram-se no Caribe. Já estão previstos hotéis da bandeira Breezes em Búzios (RJ),
Canavieiras (BA) e Fortaleza (CE). Em Imbassaí (BA) será construída uma unidade da bandeira
StarFish. Atualmente, o único hotel do grupo no Brasil é o Breezes, localizado no resort baiano
Costa do Sauípe.
* A oferta global de ações da Gafisa atingiu o valor de R$ 927 m, já considerado o lote suplementar
de 15%. Investidores estrangeiros ficaram com 72% das ofertas primária e secundária de ações
ordinárias. O montante vendido equivale a 45,6% do capital da construtora e incorporadora, cujo
valor de mercado atingiu R$ 2 bilhões. Na colocação secundária os vendedores foram os fundos
Emerging Markets Capital Investments (GP Investimentos) e Havertown Investments
Holdings.
* A Camargo Corrêa vai investir R$ 150 m para construir o Complexo Megacenter, um shopping
center de grande porte em Salvador (BA). O empreendimento exigirá 18 meses de obras e estão
previstas sete lojas-âncora. Uma segunda etapa do projeto prevê a construção de mais 24 prédios
residenciais e cinco comerciais em torno do shopping.
* A Company, empresa do setor de construção civil, vendeu R$ 244 m em uma emissão primária de
ações ordinárias. A construtora e incorporadora segue os passos da Cyrela, Rossi e Gafisa, que
também realizaram ofertas públicas recentemente. Os novos recursos obtidos serão direcionados à
compra de terrenos para o desenvolvimento de empreendimentos.
Comunicações
* A Vivax realizou uma distribuição primária e secundária de ações, operação que no total atingiu
R$ 470,4 m. Os novos recursos serão direcionados para a digitalização do sistema da operadora de
TV por assinatura. Já na colocação secundária foram vendidos papéis da norte-americana Horizon
Telecom International, sendo que o outro sócio, a Brasil TV a Cabo, não vendeu participação. A
Vivax possui mais de 50 licenças de TV por assinatura no País.
* A Saraiva vai realizar uma oferta de ações preferenciais com o intuito de captar novos recursos e
permitir a saída parcial de alguns de seus controladores. A expectativa é de que a operação também
amplie a liquidez dos papéis da editora no mercado. A Saraiva possui dois braços de negócios, a
editora e as livrarias, e atua com três selos: Saraiva, Atual e Formato. Ela conta com 31 lojas, das
quais 15 megastores.
Financeiro
* O grupo Itaú e a XL Capital formaram uma joint venture para atuar no mercado de seguros
especializados em grandes riscos comerciais e industriais. A nova empresa vai se chamar Itaú XL e
terá R$ 170 m de capital inicial. Seu foco será o mercado brasileiro, sendo que ela absorverá o
ramo de propriedades da Itaú Seguros e da XL Insurance Seguradora, subsidiária brasileira da
XL. A XL opera no mercado global de seguros, resseguros e outros serviços financeiros.
* O Bradesco firmou sua décima parceria com o comércio varejista e vai financiar as operações da
Lojas Esplanada e Otoch. A transação compreende a gestão do cartão de crédito private label
Esplanada Card/Otoch Card. A rede Esplanada e Otoch está concentrada na Região Nordeste (25
lojas), na qual o Bradesco tem buscado reforçar sua posição, inclusive com a recente privatização
do BEC, no Ceará.
* A Lojas Renner pretende realizar parcerias com instituições financeiras a fim de vender crédito,
seguros e títulos de capitalização em suas unidades. Sua intenção é estabelecer acordos pontuais em
cada segmento, mas não descarta fechar uma acordo mais amplo, a exemplo de seus concorrentes. A
Renner atualmente conta com 64 lojas, sendo a maioria em shopping centers. Ela prevê
investimentos de R$ 70 m e a abertura de oito unidades em 2006.
* Para amparar seus planos de expansão no middle market, o Banco Votorantim vai reforçar seu
patrimônio e receberá uma injeção de R$ 500 m. O banco já atua no crédito para grandes empresas e
no varejo. E com a BV Financeira passou a operar no financiamento de veículos e no crédito
consignado em folha de pagamentos.
* O Banco Fibra, que nos últimos anos focou sua estratégia no middle market, decidiu abrir uma
financeira para atuar junto ao consumidor. Para reduzir sua desvantagem em relação à concorrência,
o Fibra adquiriu a promotora de vendas Portocred, com atuação na Região Sul, o que já lhe garantiu
uma rede de 550 lojas. A financeira nasce com ativos de R$ 40 m.
* A Rio Bravo está fundindo sua atuação em fundos de venture capital com a carioca Mercatto
Venture Partners (MVP). Com a união, o nome MVP deixa de existir e será criada a Rio Bravo
Venture Partners (RBVP), com patrimônio de R$ 100 m e uma carteira de investimentos em 14
empresas. A empresa terá escritórios em São Paulo, Rio de Janeiro e Recife.
Serviços
* Mais uma empresa decidiu pulverizar seu controle acionário. Trata-se da Diagnósticos da
América (Dasa), que anunciou a intenção de realizar uma oferta primária e outra secundária de
ações. A previsão é de que a Dasa Participações, que hoje controla 59% do capital da rede de
laboratórios, fique com apenas um terço dele. Ou seja, os atuais controladores podem vender até
26% da empresa, o que corresponderia a aproximadamente R$ 780 m.
* A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) realizou uma colocação primária de
30,6% de seu capital em bolsa. A oferta levantou R$ 813,4 m para a empresa, que é controlada pelo
Governo de MG e pela Prefeitura de Belo Horizonte. Investidores estrangeiros ficaram com 73% do
total ofertado. Com os recursos, a Copasa pretende ampliar seus serviços de esgoto nas 600 cidades
em que atua e ainda atingir novos municípios.
* Menos de um ano depois de abrir seu capital, a Localiza volta a ofertar seus papéis em mercado.
A intenção da locadora e revendedora de veículos é realizar uma venda primária e outra secundária.
Os recursos obtidos com o aumento de capital deverão ser utilizados na quitação de dívidas de curto
prazo. A Localiza hoje possui 310 agências e atua em nove países da América do Sul.
Outros
Setores
* A Xerox concluiu a ampliação de sua fábrica de toner e outros componentes para impressão em
Simões Filho, BA. Com isso, a unidade torna-se a terceira maior produtora de toner da companhia
no mundo. Os investimentos totais na ampliação, iniciada há seis anos, foram de US$ 100 m. Cerca
de três quartos da produção da unidade serão exportados.
* A Sonopress Rimo, empresa controlada pela alemã Bertelsmann, está assumindo o controle da
brasileira Videolar, líder no mercado local de produção e gravação de CD´s e DVD´s. O valor da
transação é estimado em US$ 80 m, dos quais 60% à vista. A Sonopress Rimo e a Videolar
replicam conteúdo de empresas como Disney, Fox, Paramount, Sony Music e BMG. A nova
empresa terá 70% do mercado brasileiro de DVDs e 50% do de CDs.
* A BenQ Mobile, companhia de Taiwan que assumiu a divisão de celulares da Siemens, planeja
investir R$ 75 m em 2006 em pesquisas e desenvolvimento de produtos na fábrica de Manaus (AM).
Está previsto o lançamento de 15 a 20 aparelhos com a marca BenQ Siemens até meados de 2007.
A BenQ tem o direito de utilizar o nome Siemens em seus produtos até 2010.
* A farmacêutica suíça Novartis vai investir R$ 150 m para transformar sua fábrica de Taboão da
Serra (SP) em plataforma para exportação de medicamentos genéricos. O projeto se estende até
2010, quando a capacidade produtiva da unidade deverá estar quintuplicada. Parte dos investimentos
será realizada em processos de certificação da fábrica. A Novartis utilizará a marca Sandoz em
todos os seus produtos genéricos.
* A fabricante de painéis de madeira, louças e metais Duratex vai realizar uma oferta de ações com
valor total estimado em R$ 500 m. A operação envolve a venda de parte das ações preferenciais da
Previ e do Itaú, controlador da empresa. Atualmente, as duas instituições detêm 41,96% dos papéis
preferenciais. Mas também haverá aumento de capital por emissão de ações ordinárias equivalentes
a 7,6% do capital total da empresa. Os atuais acionistas terão preferência na subscrição dessas
ações.
* A Santista Têxtil, maior fabricante brasileira de dênin, e a espanhola Tavez Algodonera, maior
da Europa, estão fundindo suas atividades. Isso criará a maior produtora mundial de jeans, com
fábricas no Brasil, Argentina, Chile, México, Espanha e Marrocos. Sua sede ficará na Espanha. O
objetivo das duas empresas é fazer frente à concorrência asiática. A Santista Têxtil é controlada
pelo grupo Camargo Corrêa, que ficará com 59% da nova companhia. A empresa também anunciou
investimentos de R$ 89 m em 2006 para instalar uma nova unidade na América Central. Ela ficará na
Nicarágua, Guatemala ou Honduras e visa abastecer o mercado dos EUA. Suas operações estão
previstas para 2007.
A BRASILPAR possui mais de 25 anos de experiência em assessoria a fusões e aquisições, avaliação
de projetos e negócios e gestão de capital de risco. Já acumulou transações que somam mais de
US$ 3 bilhões. Seus atuais serviços englobam: assessoria em compra, venda e associações entre
empresas; atração de sócios e levantamento de capital para projetos e empresas; desenvolvimento
de planos de negócios e assessoria estratégica; assessoria em investimentos em novos negócios;
aconselhamento financeiro e estratégico em geral.
BPE INVESTIMENTOS, a denominação atual do antigo grupo de capital de risco da Brasilpar, é
um dos mais tradicionais e experientes grupos de investimentos de private equity brasileiros.
Desde a sua criação a equipe da BPE já investiu em mais de 15 empresas de porte médio com valor
total de mercado superior a R$1,5 bilhão. Desse total a BPE já negociou com êxito a saída de 5
dessas participações. A BPE investe preferencialmente em médias empresas, provendo capital e
intenso suporte gerencial e estratégico para seu amadurecimento. A diferenciação da BPE resulta
da sua reconhecida experiência no ambiente de negócios das empresas médias brasileiras, da sua
habilidade no trato com empresas de propriedade familiar e da sua rede proprietária de
originação de negócios e recrutamento de talento gerencial. Atualmente a BPE administra os
fundos South America Private Equity Growth Fund Coinvestors, L.P. e o FIRE – Fundo Mútuo de
Investimentos em Empresas Emergentes, os quais têm nos seus portfolios participações nas
empresas
Getec, Armco-Staco, Metalkraft, Mr.Clean, Latina e CBE.
BRASILPAR:
Adalmário Ghovatto do Couto
Alberto Ortenblad Filho
Antonio Carlos Molina
Carlos Augusto Vitti
Daniel Baldin
Daniel Dumas Nascimbeni
Luiz Eduardo Costa
Luiz Roberto Carvalho Pereira
Marco Antonio Serra
Maria Silvia Santos
Tom Waslander
BPE Investimentos:
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
Cláudio A. Peçanha
R. Duncan Littlejohn
Luis Fernando Salem
Paulo Chueri
www.brasilpar.com.br
[email protected]
[email protected]
[email protected]
[email protected]
www.bpei.com.br
Tel.: (011) 3269-5200
Fax : (011) 3285-6582
O boletim NEGÓCIOS E INVESTIMENTOS é editado bimestralmente pela BPE Investimentos e pela Brasilpar Serviços
Financeiros.
Av. Paulista, 949 16º andar SP Tel: (011) 3269-5200 Fax: (011) 3285-6582. Diretores: Paulo Chueri e Antonio Carlos Molina.
O cenário econômico contido neste boletim refere-se aos resultados de nossas simulações e podem ser modificados sem prévia
comunicação. A BPE Investimentos e a Brasilpar não se responsabilizam pela utilização comercial ou financeira dessas previsões.
Os projetos e valores de investimentos das empresas citadas nesse boletim referem-se aos divulgados nos principais meios
jornalísticos. A BPE Investimentos e a Brasilpar não se responsabilizam pela veracidade dessas informações. Não é permitida a
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