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0,75 € AGRUPAMENTO VERTICAL DAS ESCOLAS DO AVELAR ANO 7 NÚMERO 20 http://www.agavelar.ccems.pt/palavrinhas JUNHO 2004 APRENDA A RECICLAR! TRATAMENTO DE EFLUENTES: Muito daquilo que deitamos fora podia ser reciclado em novos produtos, economizando dinheiro, recursos e energia, ou mesmo usado para gerar energia. Aguarda-se a construção de duas novas ETARS Actualmente existem duas, uma em Avelar e outra Dar a Conhecer, página 9 em Ansião, mas o tratamento dos esgotos da rede pública só vai E COM A ESCRITA NOS FAZEMOS GRANDES! mesmo melhorar quando se construírem duas novas Os nossos pequenos alunos revelaram-se uns pequenos grandes escritores e, com a ajuda da Câmara, tivemos que publicar o livro, o primeiro da Escola/Agrupamento. ETARS, em Ansião e Maçãs de Dona Maria. Entrecurta, páginas 13 e 14 AQUECIMENTO GLOBAL: ESTAREMOS A AQUECER DEMAIS? Biblionotícias, página 18 . Nos últimos 150 anos, aquecimento planeta o do tem aumentado, pois a acumulação de poluentes na atmosfera tem crescido. Dar a conhecer, Página 6 FORÇA PORTUGAL! E ASSIM SE APROFUNDAM OS LAÇOS… III encontro europeu/intercâmbio entre escolas O Clube Europeu da Escola Básica 2.3 de Avelar promoveu a participação de alunos do Concelho, de 1 a 9 de Maio de 2004. Actualidades, páginas 7 e 8 PALAVRINHAS SUMÁRIO EDITORIAL.................................................................... 2 ACTUALIDADES........................................................... 2 CRIAÇÕES...................................................................... 5 DAR A CONHECER ...................................................... 6 ENTRECURTA............................................................. 13 NOSSAS TERRAS NOSSAS GENTES....................... 14 OUTROS ASSUNTOS.................................................. 16 SITEADOS..................................................................... 17 BIBLIONOTÍCIA ......................................................... 18 EDITORIAL Que Fazer para Proteger o Ambiente? Nos tempos que correm esta é uma pergunta que silenciosamente deveríamos fazer todos os dias. Isto porque é um dado adquirido que o meio ambiente – água, solos, ar – está pior na nossa geração do que na dos nossos pais. Não é difícil ouvir de quando em vez: “ no meu tempo nadei aqui muitas vezes com os meus pais, agora não tenho coragem para molhar as mãos”. De facto, é na qualidade da água, mas também na do ar, que se sente mais a degradação do meio ambiente, com consequências mais ou menos evidentes na flora e na fauna característica de cada região. Os responsáveis existem, ou melhor, os principais responsáveis estão bem identificados, mas irei mostrar que todos somos responsáveis e, à nossa maneira, poderemos contribuir para que as próximas gerações tenham um ambiente melhor. Comecemos pelos grandes responsáveis. Em primeiro lugar, estão os políticos no poder dos vários países, principalmente os mais industrializados, por ironia, aqueles que mais se comprometem em reduzir as emissões de poluentes e os que mais poluem. Não vamos, com certeza, esperar que muitos países asiáticos e africanos, em que as suas principais preocupações são garantir a subsistência do povo, tenham preocupações em reduzir a poluição! Em segundo lugar, temos as leis que regulam aquilo que as indústrias e nós podemos ou não fazer em relação à produção de poluição. É que as leis são claras quando dizem que é necessário instalar filtros e ETARES para reduzir o impacto ambiental dos poluentes. O pior é que muitas destas leis não se fazem cumprir por falta de fiscalização das entidades competentes, o que cria um ambiente de impunidade, pois há aquela ideia “ vou poluir, mas não me vão apanhar”. Enquanto em Portugal existir este tipo de mentalidade, o desenvolvimento sustentado está em causa e o legado para as gerações futuras está nas mãos de todos aqueles, começando por cada um de nós, que pensam e acima de tudo fazem por não deitar lixo para o chão, despejar electrodomésticos em encostas de ribeiras ou queimar pneus velhos a céu aberto. AGRUPAMENTO VERTICAL DAS ESCOLAS DE AVELAR ANO VII - nº20 – Junho de 2004 Numa altura em que o tema aglutinador do nosso jornal é “Que fazer para proteger o ambiente”, digo que é necessário indispensável sermos praticantes de acções protectoras do meio ambiente e, ao mesmo tempo, estarmos vigilantes de possíveis actos poluentes, pois considero que a nossa sociedade é pouco interventiva. Não podemos praticar o “deixar fazer, deixar andar”, já que a poluição não tem fronteiras e acaba por tocar a todos. Convido-vos a ler a edição nº 20 do nosso jornal. São já oito anos a contar notícias no nosso, agora, Agrupamento de Avelar. Não queria, por isso, deixar aqui de reconhecer todos os que contribuem para que este jornal seja uma realidade trimestral. Termino deixando-vos uma fotografia tirada pelos alunos do Clube de Fotografia, suporte da parte gráfica da versão em papel e electrónica deste jornal. Na versão On-line, podes sempre consultar milhares de fotografias organizadas em galerias fotográficas. Aqui está uma delas, uma orquídea selvagem existente nas terras de SICÓ, um bem que podes descobrir junto à escola – Fevereiro a Junho - e que urge conhecer e preservar, para que as próximas gerações tenham que contar. Boas Férias! Professor Mário Júlio Marinho ACTUALIDADES Visita de estudo ao Alqueva No passado dia trinta de Abril, a Barragem do Alqueva recebeu uma visita de estudo por parte das turmas do 8ºano da Escola Básica 2º e 3º ciclos de Avelar. Os jovens começaram por assistir à visualização de alguns diapositivos informativos sobre a barragem, os seus componentes, fins e aplicações, seguidos de dois vídeos. De seguida, os alunos foram visitar a barragem, nomeadamente, o espaço exterior, pois o espaço interior foi-lhes vedado devido à visita do Primeiro Ministro para a inauguração da central hidroeléctrica. A visita foi muito proveitosa, pois além de muitas outras coisas, ficámos a saber por exemplo: - que as margens da albufeira são mais compridas que a costa de Portugal; - que é o maior lago artificial da Europa; - que para ser construído se mudou uma aldeia e se conservou um castelo; - que terá uma albufeira com 250km2 de superfície; - e que poderá ter uma capacidade até aos 4150 milhões de m3 de água. Luís Pinto, 8ºB Pág. 2 de 20 PALAVRINHAS Visita o Palavrinhas On-Line http://www.agavelar.ccems.pt/palavrinhas ANO VII - nº20 – Junho de 2004 L u í Está na sua mão. Vidro, papel, embalagens, pilhas Escolha bem o contentor, Cada lixo a sua cor” A visita à Barragem do Alqueva e a Évora No passado dia 30 de Abril, os oitavos anos da nossa escola realizaram uma visita de estudo à barragem do Alqueva e a Évora. Nesta viagem, visitámos a barragem do Alqueva, a Sé de Évora e o Templo de Diana. Na barragem do Alqueva, tivemos direito a uma grande e prolongada explicação sobre como, quando e onde foi construída a barragem do Alqueva. Nessa explicação, podemos salientar que o projecto da barragem do Alqueva foi pensado pela primeira vez em 1957 e que demorou mais ou menos 5 décadas a ser construída. Também ficámos a saber que neste momento esta barragem está a produzir energia eléctrica para abastecer 250 000 habitantes e para construir esta obra foram necessários 1100 trabalhadores. O que é para admirar não é o número de trabalhadores, mas sim o caso de a maioria dos trabalhadores serem alentejanos. Estamos a brincar, claro. Em Évora visitámos a Sé da mesma cidade, onde pudemos observar vários elementos do estilo Gótico e Românico (matéria do 7º ano), como por exemplo os arcos em ogiva do portal, a abóbada de arcos em ogiva cruzados no tecto da entrada, entre outros. Logo de seguida, fomos ver o templo de Diana, que foi construído no século I a.c. Fábio e Ana Neves, Clube A Palavra Protecção Ambiental no Dia da Espiga No nosso Jardim de Infância falámos sobre a importância da protecção ambiental e ficámos a saber quais os benefícios em proteger a Natureza e os cuidados necessários para que possamos tirar o melhor partido dela. Assim, aprendemos que devemos separar os lixos para que possam ser reciclados. Desta forma, construímos ecopontos a partir de materiais usados e agora sabemos separar o lixo. Aprendemos também uma canção que a fada Verdinha nos ensinou: No dia da Espiga, fomos fazer um piquenique ao Anjo da Guarda e pusemos em prática o que aprendemos. Foi bom respirar o ar puro, apanhar flores e espigas, ver o moinho e o relógio de sol. Foi assim que as nossas Educadoras nos ensinaram a contribuir para melhorar o ambiente. Os meninos do Jardim de Infância de Avelar e Chão de Couce Plantas ajudam famílias carenciadas No dia 31 de Março e seguintes, a turma C do 6º ano, realizou no bar da escola a primeira feira da planta. O objectivo era angariar fundos para ajudar as famílias mais carenciadas da freguesia de Avelar. Com esse espírito de solidariedade, os alunos em colaboração com a directora de turma, professora Isabel Antunes, organizaram-se em grupos de trabalho e realizaram uma exposição / venda de plantas. Foi com animação e entusiasmo que os alunos recolheram as flores e plantas mais bonitas dos seus jardins. Assim, o bar da escola viu-se transformado num espaço colorido, e engalanado pelas plantas de diferentes espécies, cores e aromas. Com este gesto de solidariedade, os alunos conseguiram angariar setenta e dois euros e sessenta e três cêntimos que foi gasto em mercearia para ajudar dez famílias da zona. Houve a preocupação de uma distribuição equitativa, daí que tenham sido arranjados dez pacotes de produtos alimentares, para as famílias com maior fragilidade económica. Com este gesto de solidariedade, a escola transformou-se num jardim onde a alegria de ajudar os outros foi a flor mais perfumada! Alunos do 6º C “Lixo é problema, Você é solução. O primeiro gesto AGRUPAMENTO VERTICAL DAS ESCOLAS DE AVELAR Pág. 3 de 20 PALAVRINHAS ANO VII - nº20 – Junho de 2004 COJ- um mundo de aventuras Está a chegar ao fim mais um ano lectivo. Foi para todos um ano cheio de testes, trabalhos e muitas horas de aulas. No entanto, existe na nossa Escola um espaço, o COJ, onde quem se encontra lá inscrito pode aliviar um pouco da vida dura de estudante. Ao longo do ano, os vossos colegas que por lá passaram puderam não só descontrair um pouco durante os períodos em que não havia aulas, mas também realizar alguns trabalhos bastante engraçados para assinalar ocasiões, como o Dia do Pai e da Mãe ou o Halloween. Além disto, o COJ organizou ao longo deste ano lectivo vários passeios/visitas de estudo, que foram momentos únicos na vida dos vossos colegas. Na memória de todos, deverão estar as horas passadas durante o Acantonamento em Albufeira ou os divertidos momentos vividos na pista de gelo em Viseu e na Expo-Criança em Santarém. Além de toda a diversão, há também o enriquecimento pessoal de cada um, pois nas visitas como as que realizámos ao Museu do Ar ou ao Ecomuseu da Marinha da Troncalhada ou à Fábrica dos Rebuçados foi possível aprender algo, quer seja sobre a evolução da aviação, quer seja sobre o processo de feitura do sal ou como são feitas algumas das guloseimas (amêndoas) que todos gostamos. O final das aulas está para breve, mas para os que frequentam o COJ há, ainda, muitas sensações e diversões para serem vividas. A todos os que fazem parte deste mundo, assim como a toda a restante comunidade escolar (alunos, professores, funcionários), desejamos umas boas férias. COJ- Avelar No tempo em que os animais falavam No início do ano lectivo, decidimos tratar no nosso Projecto Curricular de Turma o tema “Os animais” e demos-lhe o nome “No tempo em que os animais falavam”. Nas aulas de Área de Projecto, seleccionámos as fábulas “Os quatro bons amigos”, “Os ratos reunidos em conselho” e “A lebre e a tartaruga”, que adaptámos e ensaiámos ao longo do ano. Tudo isto nos levou bastante tempo. Entretanto, passámos à realização das máscaras e à pintura dos cenários, que fomos fazendo nestas aulas e nas de Educação Tecnológica. AGRUPAMENTO VERTICAL DAS ESCOLAS DE AVELAR No dia quatorze deste mês, representámos, finalmente, as nossas fábulas para os alunos do 1º Ciclo das escolas de Avelar. Todos os alunos da turma participaram, ou como narradores, ou como personagens. Gostámos bastante de realizar este trabalho! Os alunos do 5ºB Demonstração prática de capacidades adquiridas por animais adestrados No passado dia 19 de Maio, pelas 12h00, realizou-se na nossa Escola uma Demonstração Prática de Capacidades Adquiridas por Animais Adestrados, no espaço onde está o actual campo de jogos, realizada por cinco elementos da Guarda Nacional Republicana, de Pombal, em conjunto com três dos seus cães de Patrulha. A demonstração contou com a presença dos alunos do 3.º Ciclo acompanhados pelos seus professores, com professores que não estavam a leccionar no decorrer da demonstração e por outros elementos da comunidade educativa. Os K-9 (treinadores pessoais dos animais) começaram por concentrálos, tendo depois demonstrado as capacidades adquiridas pelos animais durante os treinos a que foram submetidos, através de algumas ordens gestuais e sonoras e da realização pelos animais de um circuito de obstáculos. Para concluir, agradecemos a disponibilidade das professoras Anabela Gonçalves e Conceição Ferreira que nos ajudaram a realizar a demonstração e dos agentes da Guarda Nacional Republicana, de Pombal em conjunto com os seus cães. A demonstração foi muito apreciada por todos os alunos. Alunos do 9ºC Visita de estudo à CENTINFE Visita de estudo à CENTINFE (Centro Tecnológico da Industria de Moldes, Ferramentas Especiais e Plásticos) Chegámos em frente ao edifício pelas 10.00h e entrámos às 10.20. Ao entrar, deparámo-nos com uma recepção muito acolhedora. Esperava-nos um senhor que depois nos levou para um auditório, onde no fim de todos nos termos instalado com os blocos de notas preparados, deu início à conversa (explicação de várias coisas que íamos ver e que tipo de centro era aquele, etc.). Disse-nos que este tipo de centros se espalha por todo o país, que trabalhavam em colaboração com indústrias nacionais e também estrangeiras, o que era um molde, etc. Pág. 4 de 20 PALAVRINHAS ANO VII - nº20 – Junho de 2004 Depois foi feita uma distribuição de pequenas lembranças. Às 10.50 iniciou-se a visita, fomos a um pequeno escritório, onde se encontrava uma grande máquina, que com a explicação do responsável que por acaso era muito simpático, fiquei a saber que se chamava Prototipagem Rápida e que servia para passar um projecto desenhado no computador para um protótipo tridimensional. Fomos visitar a Oficina de Moldes, o Centro de Maquinação, o Sistema de Injecção de Plástico e ainda fomos ao Laboratório de Controlo Dimensional. Por fim, para terminar a visita fomos à sala “Pense Industria”, onde nos foi explicado que alunos do 7º, 8º e 9º ano das escolas da Marinha Grande se dirigiam lá de 15 em 15 dias para fazerem actividades relacionadas com o projecto “Pense Industria”. No final da visita fomos almoçar… Gladys Alexandra, 7º B Visita de Estudo ao Museu do Vidro No dia 31 de Março de 2004, as turmas do 7º ano realizaram uma visita de estudo ao Museu do Vidro que fica situado na Marinha Grande. O edifício onde se situa o museu tem uma arquitectura neoclássica, inspirada na Grega e Romana, sendo o telhado liso, tinha uma espécie de triângulo, o frontão e tinha colunas, elemento inventado pelos egípcios. Por dentro, tem tecto trabalhado, os azulejos mostram uma antiguidade, com escadas de madeira e o corrimão de madeira, com uma pintura a imitar pedra mármore, tendo três pisos. Observámos copos, cálices, quadros, taças, pratos, candeeiros a petróleo, castiçais, frascos de farmácia, um design de Carmo Valente, travessas, garrafas, serviços de mesa, frascos para perfume, livros (centro documental), garrafões, olhos e vários objectos em vidro. Observámos, também, formas e moldes para o vidro, varetas, e os acessórios que os vidreiros usavam para trabalhar. Os que eu mais gostei foram: um quadro com um olho, um golfinho, os copos e um conjunto de cache-pats. Todos estes objectos me atraíram, mas há um que me atraiu mais, foi um copo enorme de vidro que estava na entrada do museu. Tiago Gonçalves, nº 7; 7ºC Um dia diferente… No dia 25 de Maio, fomos ao Teatro Académico Gil Vicente, em Coimbra, ver uma peça de teatro, “Os Renascentistas”, levada à cena pelo grupo A AGRUPAMENTO VERTICAL DAS ESCOLAS DE AVELAR Barraca….e estas são as nossas opiniões… O que mais me fascinou foi a linguagem, pois estava actualizada para os jovens compreenderem melhor e se entusiasmarem a frequentar mais o teatro ou a assistir a estas representações, que explicam de forma diferente a História dos nossos livros escolares. Assim, o estudo é-nos facilitado. Na minha opinião, também gostei da forma como eles se expressavam, notando-se a alegria com que representavam. Paula, nº 18, 8ºA A peça tratava a época dos Descobrimentos, nomeadamente as chegadas ao Brasil e à Índia. A parte que eu mais apreciei foi a chegada ao Brasil, porque acho que os actores demonstraram ser bons e corajosos, pois estiveram muito à vontade quanto tiveram que despir a roupa à frente de tantas pessoas. Gostei muito da peça, também, porque, tinha sentido de humor. A minha primeira ida ao teatro foi uma experiência boa. Joana Antunes, 8ºB CRIAÇÕES Visita de Estudo a Alter do Chão Eu fiz uma visita, uma visita a Alter do Chão, onde vi muitos cavalos e até um lindo falcão! Havia cavalos grandes, mas também havia pequenos, quando relinchavam faziam eco, mas isso já todos sabemos. Entre os falcões o macho era pequeno, ao contrário, a fêmea era grande. Estavam presos pelas patas, abanavam a cabeça a todo o instante. Perto da coudelaria, havia um belo museu, onde estavam expostas as peças, que o falcão no treino usaria. De regresso ao Avelar, o quinto A veio a cantar, mas não cantavam nada bem, então, tivemos que os acompanhar… Quando chegámos à Escola, vínhamos muito cansados e para tirarmos as malas, ficámos um pouco cansados. Carla Filipa Simões Henriques, nº 10, 5º B Pág. 5 de 20 PALAVRINHAS Ser Criança Na comemoração do Dia Mundial da Criança, promoveram algumas oficinas de escrita nas aulas de Língua Portuguesa, ora pensando esse dia em verso, ora recordando como era ter cinco anos… Criança A criança é um ser vivo, Um ser vivo muito especial. A criança é uma pessoa Que necessita de uma família, Uma família que lhe dê amor, Carinho, educação, liberdade, Conforto e paz. Precisa de alguém solidário Que a ajude, alguém que a tolere. A criança precisa de ser livre, de brincar, De correr, de jogar e de conviver, Para ser criança hoje e adulto no futuro A criança precisa de tudo isto, Para que amanhã seja um cidadão exemplar. Juliana Silva, nº 12, 5ºA Toda a criança No seu olhar terno Tem esperança, esperança De ter um amor eterno. Criança Vive sempre alegre, sorridente e contente. Amar uma criança com paz Toda a gente é capaz. Toda a criança tem o direito A ser tratada com respeito. Ana Gertrudes, nº 1, 5ºC Criança alegre Que precisas de amor e carinho Criança que corres e saltas, brincas e jogas. Criança que tens conforto e educação Criança que choras, que falas e que dormes, Diz-me uma coisa: és feliz? Ana Soares, nº 1, 5ºA Quando eu tinha cinco anos… O que mais gostava de fazer era brincar com barbies e com o meu primo aos pais e às mães. Era muito divertido, porque nós íamos para a varanda da minha mãe e AGRUPAMENTO VERTICAL DAS ESCOLAS DE AVELAR ANO VII - nº20 – Junho de 2004 montávamos a cozinha, o quarto e a sala. Eu ia buscar os tachos, as panelas, os pratos, o arroz, massa, ervas, terra e tínhamos a cozinha. No quarto havia uma manta e almofadas. Para a sala arranjávamos umas cadeiras de plástico e uma mesa e bebíamos água com açúcar. O problema era quando a minha mãe aparecia, ralhava-nos por a varanda estar toda suja e por teros ido buscar as almofadas. A aluna do 9º C preferiu ver o seu nome omitido Aquilo que eu mais gostava de fazer era ir para a préescola, onde estava o dia todo a brincar, a desenhar, e onde falava junto às grades com a Rita, que se encontrava na creche. Entre as coisas que eu gostava na Pré, era o passeio que fazíamos à tarde junto a um lago, onde cantávamos uma canção que as educadoras (D. Laura e Educadora Francisca) nos ensinavam. Gostava muito do que fazíamos e do que aprendíamos. Era tudo muito divertido. A aluna do 9º C preferiu ver o seu nome omitido DAR A CONHECER Aquecimento Global O aquecimento global é um fenómeno que actualmente afecta o nosso planeta. Nos últimos 150 anos, o aquecimento do planeta tem aumentado, pois a acumulação de poluentes na atmosfera tem crescido. O que os homens têm feito para aumentar o aquecimento global tem sido, por exemplo, aumentar o número de utilizações de CFCs, que são os gases utilizados nos frigoríficos, ar condicionado e em algumas latas de spray. Outra causa principal é a utilização dos combustíveis fósseis em meios de transporte e aparelho produtivo que emitem para a atmosfera gases como o dióxido e monóxido de carbono, óxidos de azoto e dióxido de enxofre. A melhor maneira de travar o aquecimento global é banir a utilização de produtos com CFCs, utilizar mais as energias renováveis e utilizar menos carvão e petróleo. O aquecimento global segundo estudos científicos vai levar à extinção de mais de um quarto de toda a fauna e flora de todo o planeta e à perda de zona continental devido à subida do nível do mar que poderá ir de poucos centímetros até um metro. Fábio Mendes, André Teodósio, André Marques, Clube do Ambiente Pág. 6 de 20 PALAVRINHAS III Encontro Europeu na Alemanha /Intercâmbio escolar com escola francesa JOVENS ALUNOS DO CONCELHO PARTICIPAM NO III ENCONTRO EUROPEU, NA ALEMANHA, E NUM INTERCÂMBIO ESCOLAR COM ESCOLA FRANCESA O Clube Europeu da Escola Básica 2.3 de Avelar promoveu a participação de alunos do Concelho, no III Encontro Europeu, que teve lugar na cidade “mais alta” da Europa, de 1 a 9 de Maio de 2004, numa parceria com a Câmara Municipal de Ansião, a Escola Básica 2.3/Sec. de Ansião e o Instituto Vasco da Gama, de Santiago da Guarda. À semelhança do que havia já acontecido no I Encontro Europeu, que decorreu em Bourges, em Abril de 2002, e no II Encontro Europeu, que decorreu no nosso concelho, em Maio de 2003, cerca de 100 jovens de cinco nacionalidades trabalharam em conjunto, partilharam experiências, fizeram amizades, enriqueceram-se cultural e linguisticamente, durante 9 dias inesquecíveis para a maioria, numa iniciativa da Wöhlerschule, uma das maiores escolas de Frankfurt, na Alemanha. Esta Escola é uma das parceiras do Programa Sócrates, Acção Comenius I “Teaching each other”, em que a Escola de Avelar está envolvida. A comitiva portuguesa constituída por 15 alunos da Escola de Avelar, 8 da Escola de Ansião e 6 da Escola de Santiago, acompanhados por 2 professores de cada escola, foi acarinhada por todos e muito especialmente pela simpática presença do Sr Vice-Consul de Portugal naquela cidade, a quando da recepção na Câmara Municipal de Frankfurt. No mesmo autocarro, juntos com este grupo, foram ainda outros 13 alunos do Clube Europeu da Escola Básica 2.3 de Avelar, acompanhados de 2 professores, para participar num Intercâmbio Escolar com a turma Comenius do Collége Littré, de Bourges, França. Este convite surgiu graças aos laços de amizade que os alunos e professores destas escolas mantêm e proporcionou aos participantes a excelente oportunidade de estreitarem ainda mais esses laços e de se enriquecerem. Isabel Serra (Coordenadora do Clube Europeu) Intercâmbio com o Collége Littré No dia 1 de Maio de 2004, dia em que 10 países entraram para a União Europeia, por volta das 18h40, nós, um grupo de alunos da E. B. 2,3 de Avelar, alunos da E.B. 2,3 e Secundária de Ansião e também do Instituto Vasco da Gama, de Santiago da Guarda, partimos rumo à participação no Intercâmbio com o Collége Littré, em Bourges, França e também ao III Encontro Europeu, em Frankfurt, na Alemanha. AGRUPAMENTO VERTICAL DAS ESCOLAS DE AVELAR ANO VII - nº20 – Junho de 2004 A viagem foi longa e cansativa mas mesmo assim, na passagem pelas fronteiras conseguimos fazer a contagem decrescente 3… 2… 1… entramos num país diferente! Divertimo-nos imenso, ainda na viagem! Já no dia 2 pelas 18h30 chegámos a Bourges, cansados, como era de esperar. Contudo, à nossa espera tínhamos os nossos amigos e as respectivas famílias. Cada português foi para casa da respectiva “família adoptiva”. Foi no dia seguinte que alguns alunos de Avelar e todos os de Ansião e também de Santiago da Guarda, logo pela manhãzinha, seguiram viagem até à Alemanha. Nós, que ficamos por terras de França, estivemos sempre muitos contentes, a “irradiar”de alegria e divertimo-nos imenso, superando todas as nossas expectativas. Logo nessa segunda-feira fomos agrupados 2 a 2 para assistir a aulas, integrados nas turmas de 9º ano da escola. Passámos o resto do dia num passeio pedestre à volta de um lago magnífico. Ao fim da tarde recolhemos às famílias. Dia quatro, prontos para mais uma nova etapa, passámos a manhã, com os nossos 2 professores e com uma professora francesa, a passear por um pântano esplêndido e podemos ir ainda às compras ao maior hipermercado de Bourges. À tarde fomos assistir, novamente, a aulas com as nossas novas turmas. Dia cinco, mais um dia, desta vez passado em aulas e com as famílias. Na quinta-feira fomos de manhã fazer Rally-paper pela cidade e a tarde passámo-la com os nossos correspondentes a praticar vários desportos na escola. No último dia na escola assistimos a aulas e depois fomos visitar a grande catedral de Bourges. Ao fim do dia recebemos a notícia de que os nossos colegas, que tinham ido para a Alemanha, já se encontravam acolhidos na cidade. À noite, alguns de nós, com as famílias, tivemos a oportunidade de ir ver a cidade à noite. A Catedral rodeada de luzes azuis e ainda imagens projectadas nos monumentos com um espectáculo de luzes, acompanhadas de uma música de fundo. Sábado, dia do regresso a Portugal e da despedida, as lágrimas voltaram a cair. Também já tinham caído, no ano passado, quando os recebemos cá! Assim, um pouco tristes e alegres, iniciámos a nossa viagem de regresso à nossa terra natal. No dia 9 de Maio, Dia da Europa, chegámos ao nosso país. Correu tudo muito bem e como o esperado penso que, todos realizamos um sonho mas, … o que é bom acaba depressa!!! Agora, depois destes dias parece que todos acordamos de um sonho mas com uma maior cultura, a nível histórico, gastronómico, linguístico, … Adorámos! Andreia Vieira (9ºA – Avelar) Pág. 7 de 20 PALAVRINHAS III Encontro Europeu - Alemanha Chegou o dia que tanto esperávamos!! Finalmente, com as malas arrumadas de mais, já estávamos todos na rotunda da escola à espera da limusine que nos iria levar na viagem de sonho. A alegria e a expectativa estavam presentes... Vimos ao longe chegar o autocarro, que iria ser o nosso refúgio durante as próximas 24 horas. Passados alguns minutos, a multidão agitava-se loucamente com despedidas. Partimos e foi aqui que tudo começou...saudades...que é isso?! Passámos a fronteira para Espanha deviam ser 22h, onde festejamos o aniversário da nossa amiga Tânia Oliveira e saboreamos o delicioso bolo de morangos com chantilly...hummmmm...abre o apetite não abre?! Sem descrever muito mais a viagem, resumo que a noite foi passada em branco e de forma divertida. A chegada a Bourges foi por volta das 18h de domingo. Depois do reencontro, tão esperado, com os nossos grandes amigos franceses e de uma visita passageira para a maioria, seguimos na manhã seguinte para a Alemanha. Na manhã de segunda-feira, partimos para a aventura em que o tema principal de conversa foi a comida e os hábitos dos franceses. Uma cultura bem diferente da nossa, como é óbvio… Bem, vocês passavam-se com a cidade de Frankfurt!! Não é que nos perdemos no centro da cidade, antes de chegarmos a Wölherscule? Mas como os portugueses são inteligentes (ou disfarçam que não são), o brain-storming dos nossos professores e motoristas deu resultado. Quando chegámos à escola fomos recebidos num pequeno convívio e fomos apresentados à nossa “Família Alemã”. Depois de um mini jantar, seguimos para as nossas novas casas com o compromisso de nos encontramos todas as manhãs às 8h na escola, acompanhados pelos nossos parceiros. Nos três maravilhosos dias, enquanto que os parceiros iam às aulas (coitados!), nós participámos as mais diversas actividades, organizadas por grupos de alunos, de anos de escolaridade mais avançada: jogos de basquetebol e dança, passeios pelo jardim Palm Garten, passeios de bicicleta pela cidade (isso é que perdemos calorias!), visitas a indústrias ecológicas e realização de análises à água do rio Meno, entre muitas outras. Na Quarta-feira à noite, houve um sarau em que todos os países participantes apresentaram trabalhos. Nós apresentámos um desfile de moda feito de materiais reciclados. Na quinta-feira, também à noite, houve uma apresentação de peças de teatro, dança, jogos para entreter e as peças musicais da orquestra composto pelos jovens das diferentes escolas participantes. Mais tarde houve uma mini disco onde todos abanámos o capacete para despedida… Sexta de manhã, o mesmo cenário dos outros Encontros Europeus: as horríveis despedidas e as lágrimas AGRUPAMENTO VERTICAL DAS ESCOLAS DE AVELAR ANO VII - nº20 – Junho de 2004 de tristeza por deixarmos estes novos amigos. Lá partimos nós de volta a França com um aperto no coração. Aqui foi a reviver da primeira noite em França. Também as famílias francesas nos encheram de mimos, que nos deixaram saudades. De novo, com o sono em dia, passámos Espanha e após mais vinte e quatro horas de viagem fomos recebidos por uma esplendorosa chuva portuguesa e pela nossa família à chegada à nossa escola. Foi uma viagem muito divertida onde fizemos muitos amigos, também de Ansião e Santiago da Guarda, onde podemos confirmar que as línguas estrangeiras são muito úteis e não são assim tão difíceis! Mesmo não sabendo muito, o diálogo foi a chave do sucesso! O nosso muito obrigada a todas as pessoas que tornaram esta viagem possível! Fernanda Mateus, 9º Ano, E.B 2,3 de Avelar Poluição atmosférica como factor de poluição da água Chuvas ácidas O que são as chuvas ácidas? As chuvas ácidas formam-se pela combinação, na atmosfera, de alguns gases (óxidos de azoto e óxidos de enxofre), com vapor de água formando ácido nítrico e o ácido sulfúrico. Esses gases podem ser libertados pela Natureza (pelos vulcões, por exemplo), mas na sua maior parte são formados e libertados pelas actividades humanas. O que provoca a formação desses gases é, por exemplo, a queima de combustíveis fósseis (petróleo, carvão, gás natural), os motores dos carros (gases de escape) e algumas fábricas que produzem electricidade (centrais termoeléctricas). Quando chove, a água da chuva transporta também esses ácidos para a Terra. Consequências das chuvas ácidas: - Acidificação dos solos. - Acidificação das águas e consequente desaparecimento de grande parte da vida aquática. - Destruição das florestas, principalmente as de árvores com folha persistente. - Destruição das colheitas. - Contaminação dos aquíferos e reservas de água superficiais. -Destruição de monumentos e construções humanas, nomeadamente as cujo material de construção são rochas carbonatadas. Comportamentos e medidas capazes de diminuir a incidência deste fenómeno: - Utilização preferencial dos transportes públicos. - Compartilha de automóveis. - Condução regrada. - Aplicação da legislação vigente nas indústrias. Alunos do Clube do Ambiente Pág. 8 de 20 PALAVRINHAS Distribuição da água no planeta - Hidrosfera O planeta Terra é rico em água, sob os estados sólido, líquido e gasoso, estando os cerca de 144.000.0000 Km3 de água repartidos pelos oceanos, continentes e atmosfera. De toda a quantidade de água existente na Terra, apenas podemos utilizar cerca de 1.3%, que corresponde à água contida em lagos, rios e algumas águas subterrâneas. A água das calotes polares é de difícil acesso e 97% da água existente é salgada. Distribuição da "água doce" As águas subterrâneas são uma das fontes mais importantes na obtenção de água, com uma quantidade 3000 vezes superior à que, num dado momento, corre em todos os rios. Os aquíferos são formações geológicas, com capacidade de armazenar e transmitir água. O seu potencial para fornecer água ao homem é enorme, mas a sua sensibilidade é extrema. Deste modo, são constantes os casos de poluição ou de destruição das reservas de água subterrânea. Para as conservar, além de as proteger da poluição, tem que se reduzir a descarga, proteger as áreas de recarga (infiltração) e proceder a recargas artificiais. Os cursos de água são outra fonte importante deste recurso, o seu caudal pode ser controlado através de desvios, construção de barragens e de lagos artificiais. Estas medidas são geralmente acompanhadas de efeitos negativos, como sejam a erosão das praias a jusante, a perda da navegabilidade dos rios, eutrofização* das águas, impactos negativos sobre as espécies biológicas e o perigo de catástrofes resultantes do envelhecimento das estruturas de represa. Eutrofização é o enriquecimento das águas naturais em nutrientes, normalmente azoto ou fósforo. Este problema foi originalmente identificado em águas doces, lagos e rios, mas é um problema crescente em estuários lagunas e águas costeiras. A fonte de eutrofização pode ser natural ou pode resultar da acção humana devido a descargas provenientes da agricultura ou de efluentes da indústria alimentar. http://www.naturlink.pt/canais/Artigo.asp?iArtigo=23 69&iLingua=1 ANO VII - nº20 – Junho de 2004 plástico que podem ser usados novamente, podem ter um custo, mas são mais fortes e duram mais. Quando for fazer compras, lembre-se de já levar consigo os sacos plásticos em vez de pedir mais na caixa…talvez não precise do saco que lhe é oferecido. Diga ao empregado da loja que não precisa de um saco extra para carregar as suas compras ou, se acha que um produto está excessivamente embrulhado, devolva o excesso de embrulho e sugira à loja para, no futuro, usar menos material. Comprar artigos como cereais para o pequeno-almoço ou ração para animais em embalagens por atacado pode reduzir o lixo e economizar embalagens. Aprenda a reciclar! - Podemos começar pelo vidro. Nem todo o vidro é reciclável. - No eco ponto verde devem ser colocadas garrafas, contudo Eis algum vidro que não é reciclável, como as lâmpadas, as cerâmicas, as porcelanas, as tampas de garrafas. - No eco ponto amarelo devem ser colocadas as embalagens de pacotes de leite, garrafas de plástico sem tampa e latas. Não esqueçamos, porém, alguns exemplos de embalagens não recicláveis, como as seringas e as luvas de borracha. - No eco ponto azul deve ser colocado papel e cartão: jornais, revistas e caixotes. Deves, contudo, ter atenção a papéis e cartões não recicláveis, como os papéis e cartões contaminados com outro tipo de material, como autocolantes e guardanapos. - O lixo que não pode ser reutilizado ou reciclado, deve ser queimado ou enterrado em locais próprios e devidamente controlados. Outro conselho: mande consertar as suas coisas! Procure lojas, locais de reparação e encoraje a sua família e amigos a usá-las, em vez de deitar as coisas fora quando elas não funcionam. Lixeira a céu aberto Elementos do clube do Ambiente O que dizer sobre Reciclagem… Para o ambiente proteger, reciclagem temos que fazer! Muito daquilo que deitamos fora podia ser reciclado em novos produtos, economizando dinheiro, recursos e energia, ou mesmo usado para gerar energia. Devemos conhecer as opções locais para a reciclagem e encorajar a família a separar o lixo e usar novamente ou reciclar o máximo possível. Mesmo quando vamos às compras podemos proteger o Ambiente. Muitos supermercados oferecem sacos de AGRUPAMENTO VERTICAL DAS ESCOLAS DE AVELAR http://www.terravista.pt/meiapraia/2289/146lixeira.jpg Ana Matos, Carla Santos, Cátia Nunes, Clube do Ambiente Pág. 9 de 20 PALAVRINHAS ANO VII - nº20 – Junho de 2004 No ano de 2999 educando as habilidades e atitudes necessárias para dita transformação." Estamos no ano 2999 e, resultado das inúmeras asneiras que o Homem fez até hoje, a vida das pessoas que sobreviveram está um autêntico caos... Hoje de manhã, dia 28 de Maio, acordei, lavei-me, vesti a minha roupa à prova do ar e chuvas ácidas e sai apressadamente para o meu trabalho. Antes de sair de casa vou dizer-vos qual é propriamente a minha profissão. Aliás, a minha e a de todos, que são poucos, habitantes do nosso poluído planeta, a TERRA. Eu, engenheiro de limpeza das ruas e da atmosfera, tenho como função matinal apanhar os plásticos e vidros espalhados pelas ruas. De tarde, faço quilómetros pelas ruas da cidade do Avelar com o meu atmosfero-aspirador. Tenho que purificar o ar cheio de resíduos tóxicos e de monóxido de carbono e reenviá-lo para a atmosfera. É um dia muito cansativo e horrível, onde só como uns comprimidos para não matar mais animais e plantas. Um ano sem férias e sem fins-de-semana, pois, se paro um só dia, corremos todos o risco indesejado de morrermos. Chegou a pouco desejada noite, mas o sono chamanos e para podermos dormir temos de nos enrolar nos lençóis à prova do ar ácido e tentar passar pelas brasas... Assustaram-se??!!! Por enquanto, não se assustem, ainda estamos no ano 2004 e ainda podemos ter uma vida normal. Isto foi só uma previsão do futuro, mas se continuarmos a poluir a atmosfera, a não praticar a reciclagem e a comer um chocolate e de seguida a atiramos o papel para o chão, corremos o risco de isto se tornar verdade e, assim, os nossos filhos e netos sofrerão Vamos a reciclagem praticar, O mau hábito de poluir perder, A Natureza respeitar E melhor poderemos viver! Equipa “os recicladores” Conferência Sub-regional de Educação Ambiental para a Educação Secundária, Chosica/Peru (1976) "A educação ambiental é um processo de reconhecimento de valores e clarificações de conceitos, objectivando o desenvolvimento das habilidades e modificando as atitudes em relação ao meio, para entender e apreciar as inter-relações entre os seres humanos, suas culturas e seus meios biofísicos. A educação ambiental também está relacionada com a prática das tomadas de decisões e a ética que conduzem para a melhora da qualidade de vida" O que dizer sobre…Educação Ambiental... “Processo que consiste em reconhecer valores e clarificar conceitos com o objectivo de incrementar as atitudes necessárias para compreender e apreciar as interrelações entre o Homem, a sua cultura e o meio biofísico.” Primeira definição de Educação Ambiental - em 1970, no “workshop” internacional de educação ambiental em Carson City - Estado do Nevada, USA. Outras definições surgiram... "A educação ambiental é a acção educativa permanente pela qual a comunidade educativa têm a tomada de consciência de sua realidade global, do tipo de relações que os homens estabelecem entre si e com a natureza, dos problemas derivados de ditas relações e suas causas profundas. Ela desenvolve, mediante uma prática que vincula o educando com a comunidade, valores e atitudes que promovem um comportamento dirigido a transformação superadora dessa realidade, tanto em seus aspectos naturais como sociais, desenvolvendo no AGRUPAMENTO VERTICAL DAS ESCOLAS DE AVELAR Conferência Intergovernamental de Tbilisi (1977) "Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a colectividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade." Artº. 10 da Lei n.º 9.795 de Abril de 1999 "Processo em que se busca despertar a preocupação individual e colectiva para a questão ambiental, garantindo o acesso à informação em linguagem adequada, contribuindo para o desenvolvimento de uma consciência crítica e estimulando o enfrentamento das questões ambientais e sociais. Desenvolve-se num contexto de complexidade, procurando trabalhar não apenas a mudança cultural, mas também a transformação social, assumindo a crise ambiental como uma questão ética e política." Patrícia Mousinho. Glossário, in Trigueiro, A. (Coord.) Meio ambiente no século 21. Rio de Janeiro: Sextante. 2003. E para ti o que é educação Ambiental? Clube de Informática O Infante D. Henrique O infante D. Henrique foi o quinto filho de D. João I e de D. Filipa de Lencastre. O infante nasceu no Porto, em 1394, e morreu em Sagres, em 1460. Toda a sua figura está envolta em algum mistério e muita contradição. Participou, em 1415, na conquista de Ceuta, estando encarregado de organizar a frota com as pessoas do Norte da Europa. Após a conquista, foi armado cavaleiro, na mesquita de Ceuta, por D. João I (seu pai), com seus irmãos D. Duarte e D. Pedro. No regresso a Portugal, foilhe doado o ducado de Viseu. Em 1416, D. João I encarrega-o dos negócios de Ceuta e da defesa marítima da costa algarvia contra os ataques dos piratas mouros e, em 1417, é nomeado Mestre da Ordem de Cristo. O infante D. Henrique foi o condutor da expansão ultramarina, com as motivações e os objectivos a terem uma evolução natural. As primeiras navegações chegam a Pág. 10 de 20 PALAVRINHAS Porto Santo (1419) e Madeira (1420), que logo procura colonizar, pois um dos motivos é o económico, isto é, ter acesso às matérias-primas (como o ouro do Sudão), abastecer o reino dos daquilo que lhe faltavam (como os cereais) e desviar as rotas comerciais africanas a favor de Portugal. Para além destes motivos ainda há o político, com a posse de novos domínios, ao mesmo tempo que se alargam os horizontes de intervenção da nobreza, e o religioso, inserido numa época em que os Turcos eram uma ameaça para a Europa e em que se falava na existência de um reino cristão em África, a Terra do Preste João, e que se queria atingir contornando a África. Para que tal empresa fosse possível, o infante D. Henrique instala-se em Lagos, procura rodear-se de cartógrafos e de gente sábia na navegação, e procura obter o máximo de informações sobre as terras a conquistar e dos novos conhecimentos de navegação. Entretanto, vão-se aperfeiçoando os instrumentos náuticos, como o astrolábio e o quadrante, bem como cartas de marear mais perfeitas. Finalmente, em 1434, Gil Eanes passa o Cabo Bojador, pondo fim à lenda do Mar Tenebroso e abrindo novas perspectivas ao avanço das navegações, que vão prosseguir em grande ritmo. Atinge-se Arguim, a foz do Senegal, Guiné e Serra Leoa, ainda em vida do Infante. Mais tarde, o infante D. Henrique trata da defesa dos interesses portugueses junto do Papa, pedindo bulas que outorgavam a posse das ilhas e territórios entretanto descobertos. O infante D. Henrique é uma das figuras mais marcantes da nossa História, sendo igualmente uma figura da humanidade. Fábio, 8ºA, clube A Palavra Visita de estudo à ETAR da Finistex No passado dia 10 de Maio, os alunos do 7ºA, no âmbito das actividades da Área Projecto, visitaram a ETAR da Finistex. Fomos recebidos pela Sra. Engenheira Química, Manuela Marques, que serviu de guia à nossa visita. Iniciámos a visita pela tinturaria da fábrica, onde vimos diversas máquinas que cuja função era tingir o fio. Percebemos que ao usarem tantos produtos químicos, deveriam poluir imenso as águas, e por isso entendemos logo a necessidade que tiveram de construir a ETAR. Apresentamos a seguir o questionário efectuado durante a visita e as respostas que recolhemos. Quais os produtos que se produzem nesta empresa? Os produtos que se produzem nesta empresa são tecidos tintos e fios tintos. Que matérias-primas utilizam? As matérias-primas que utilizamos são a lã e fibras sintéticas, como o poliéster e o acrílico. Que espécie de resíduos são mais comuns nesta fábrica? Os resíduos mais comuns nesta fábrica são os efluentes líquidos resultantes da tinturaria e da ultimação, AGRUPAMENTO VERTICAL DAS ESCOLAS DE AVELAR ANO VII - nº20 – Junho de 2004 e resíduos sólidos (lamas biológicas, desperdícios de fibras). A Finistex foi obrigada a construir a ETAR? Porquê? Devido a alguns problemas ambientais originados pela descarga dos efluentes na ribeira, sem qualquer tratamento. A finalidade desta ETAR é o tratamento dos efluentes (são todos os líquidos resultantes do processo industrial). Em que ano começou a funcionar a ETAR? A ETAR começou a funcionar em Janeiro de 2002. A ETAR precisa de operários para estar em funcionamento? Sim, precisa de um operário para ver se está tudo a funcionar com normalidade, e para fazer tarefas de rotina tais como a remoção das lamas biológicas que resultam da ETAR. Como funciona? Os efluentes líquidos que são produzidos na tinturaria e na ultimação juntam-se à entrada da ETAR, passando por grelhas manuais e mecânicas onde ficam retidos todos os resíduos de maiores dimensões (gradagem). Seguidamente num tanque chamado desoleador/desaredenador, são removidas areias e gorduras do líquido a tratar. Daqui passam os efluentes para um tanque de neutralização, onde é corrigida a sua acidez chegando finalmente ao tanque maior que se chama tanque de arejamento. Aqui, as bactérias aeróbias (bactérias que necessitam de oxigénio para se desenvolverem), vão alimentar-se das substâncias poluentes que os efluentes contêm, começando então a separação entre a água e as substâncias poluentes nos tanques de decantação que finalizam este processo. Há perigo de contaminar quem aqui trabalha se estiver em contacto directo com os resíduos? Pode haver contaminação como por exemplo da hepatite B e problemas de pele, se as pessoas entrarem em contacto directo com o material biológico. Foi necessária uma localização específica dentro da empresa? Não, não foi necessário uma localização específica, foi utilizado um espaço existente em terrenos pertencentes à empresa. Que quantidade de resíduos tiram normalmente das águas tratadas? A quantidade de efluentes líquidos tratados diariamente é de 900 000 litros. Deste tratamento resultam em média 5 toneladas de lamas por mês. Que utilidade podem ter estas lamas depois de tratadas? As lamas depois de tratadas vão para um aterro onde ficam armazenadas. Poderiam ser utilizadas na agricultura, caso fossem sujeitas a tratamento específico para este fim. Para onde vão as águas tratadas? São reutilizadas na fábrica ou são reentregadas na natureza? Pág. 11 de 20 PALAVRINHAS Neste momento a água tratada é descarregada na ribeira e parte dela é utilizada para as operações da manutenção da ETAR. A sua reutilização no processo industrial ainda não está a ser feito. Antes da existência desta ETAR havia queixas dos habitantes da zona? E agora ainda há queixas dos habitantes? Havia, porque a água ia para a ribeira, sem qualquer tratamento. Agora já não há mais queixas. Para a construção desta ETAR tiveram apoio do estado? Sim, há programas de apoio do estado que ajuda bastante na construção. Tem conhecimento de outras ETAR (S) no Avelar? Esta é a única estação de tratamento de efluentes industriais na zona. Foi interessante ver o funcionamento da ETAR e perceber que a nossa ribeira está mais protegida. Agradecemos a disponibilidade da administração da Finistex, e da nossa simpática guia, que gentilmente nos facultaram esta visita de estudo. Os alunos do 7º Ano, Turma A Prova do mel Mais uma vez fomos visitados pela Associação Sicólmeias, que, nesta sessão, apresentou os vários tipos de mel. Ficámos a saber que existem tipos de mel de Primavera e outros de Inverno. Os primeiros têm uma tonalidade mais clara, enquanto os outros são mais escuros. Os tipos de mel têm, também, vários sabores, dependentes da flor, de onde as abelhas colheram o pólen. Vimos tipos de mel, cujos pólenes foram colhidos das flores de laranjeira, do rosmaninho, da urze, do castanheiro e do eucalipto. Aprendemos ainda a constituição do mel, que para além da água (21 a 23%), também é constituído por glucose (30 a 35%), sacarose (5 a 10%), frutose (40 a 50%) e por outras substâncias (5%). Depois de nos terem sido dadas estas informações, fomos fazer um teste. Era um teste muito simples. À nossa frente foram-nos colocados cinco copos com líquidos com vários paladares: amargo, salgado, ácido, doce e água simples. Depois da prova, tínhamos que identificá-los. Algo de estranho se passou durante a prova… O nosso amigo José Diogo, quando provou a água com sabor amargo, achou-a tão boa que a bebeu toda... para o resto da turma deu muitos problemas de sabor… Feita primeira prova, seguiu-se outra muito melhor… a prova de mel. ANO VII - nº20 – Junho de 2004 sabão ou sabonete perfumado, não se deve beber café… qualquer cheiro pode interferir na prova de mel. Os diferentes tipos de mel estavam dentro de pequenos frascos e identificados de um a quatro, e a cada um de nós foram dados dois exemplares. Tínhamos que identificar o tipo de mel e a flor que tinha dado origem a esse mel. Aqui, foi caso para se dizer “gostos não se discutem” pois uns gostaram mais do um (de laranjeira), outros do dois (de rosmaninho), outros do três (de eucalipto) e outros, ainda, do quatro (de castanheiro com urze) … Mas o preferido da maioria foi o número dois! Nem uma gota sobrou… Que gulosos! Foi sem dúvida uma sessão de Área de Projecto muito diferente! Nela pudemos aprender muito mais sobre o mel! Os alunos do 7º A A Dúzia é Mais Barato Sipnose: A história começa quando Tom Barker (Steve Martin) tem uma oferta de emprego para treinar uma equipa de futebol na Universidade Northwestern, em Chicago. Ele e a sua mulher, Mary (Bonnie Hunt), mudam-se para a grande cidade. Uma grande alteração de vida para eles e para os seus 12 filhos, que vão desde os gémeos Kyle e Nigel, ainda na pré-primária, e Anne (Piper Perabo), de 22 anos, que já saiu de casa. Mary (Bonnie Hunt) publica um livro, cujo nome é “À dúzia é mais é barato”. Depois da publicação do seu livro, Mary tem imensas propostas para sair de casa. O seu emprego toma-lhe tanto tempo como o novo emprego de Tom e os dois são obrigados a tentar novas formas de cuidar das crianças e solicitam a ajuda da filha mais velha. Contudo, acabam por descobrir que nem sempre os seus estilos são compatíveis. Finalizando, uma excelente comédia para a família inteira. Ficha técnica: Ben Myron, Michael Barnathan e Robert Simonds, numa produção de 20th Century Fox / Robert Simonds Productions apresenta, um filme de Shawn Levy (EUA, 2003), com Steve Martin, Bonnie Hunt, Piper Perabo, Tom Welling, Hilary Duff, Kevin Schmidt, Alyson Stoner, Jacob Smith, Liliana Mumy, Morgan York, Forrest Landis, Blake Woodruff, Brent Kinsman e Shane Kinsman. Ana Neves, 8ºA, clube A Palavra Há cuidados a ter quando se faz uma prova de mel… não se deve pôr perfume, não se deve lavar as mãos com AGRUPAMENTO VERTICAL DAS ESCOLAS DE AVELAR Pág. 12 de 20 PALAVRINHAS ENTRECURTA Entrevista ao Presidente do Concelho Executivo da Escola Básica 2.3 de Avelar Nós pertencemos à equipa dos “Recicladores” do concurso PLASTIKIDS, que tem como função promover o plástico e a sua reciclagem. Na 3º actividade deste interessantíssimo concurso foi-nos proposto que realizássemos um jornal do plástico. Pensámos então em preencher uma das secções do nosso jornal com uma entrevista ao Presidente da Escola, com o intuito de pedir a sua opinião em relação a este concurso e sobre muitas outras coisas que nos preocupam a respeito da reciclagem. Para começar qual a sua opinião a respeito da nossa participação neste concurso? Já tinha conhecimento da existência deste concurso e das actividades que este promove? Acho muito importante a vossa participação no concurso, pois podem, assim, alertar toda a comunidade escalar para a recolha e reciclagem do plástico. Sim, tinha conhecimento deste concurso e desta actividade. No que respeita à nossa primeira actividade, a realização de um mostruário sobre os materiais a colocar e a não colocar no contentor amarelo, acha que este género de actividades pode mudar a mentalidade daqueles que ainda não praticam a reciclagem e que nem sequer sabem o que fazer quanto à reciclagem? Este tipo de mostruários servirá para nos ensinar a seleccionar e plástico, e, além disso, promover a política dos três Rs. Que outras actividades poderão promover a reciclagem do plástico e dos outros materiais na nossa escola? Publicações de artigos escritos por vocês no jornal da escola “Palavrinhas”, em formato papel ou “on-line”. Considera que a nossa Escola está preparada para promover a reciclagem? Porquê? Ainda é necessário adquirir ou elaborar mais alguns “plasticões” e sensibilizar alguns alunos, funcionários e professores para a recolha do plástico. No Bar e na Cantina, por exemplo, existem recipientes para separar os lixos? E no Conselho Executivo? Não existem. Podemos começar a colocar recipientes apropriados nestes locais. Desculpe a pergunta, mas, em sua casa, pratica a reciclagem de algum material? De que modo? Sim, selecciono as embalagens plásticas e o papel, cartão e vidro, colocando-as nos recipientes próprios. Tem alguma solução possível, à excepção da reciclagem, para evitar a poluição que existe em todo o mundo? Haver uma maior preocupação por parte de todos nós em utilizar embalagens bio-degradáveis. A equipa “os recicladores” AGRUPAMENTO VERTICAL DAS ESCOLAS DE AVELAR ANO VII - nº20 – Junho de 2004 Entrevista ao Sr. Vereador da Câmara Municipal de Ansião Nome: Fernando Pimenta Idade: 49 anos Profissão: Engenheiro electrotécnico Local de residência: Santiago da Guarda Qual a sua naturalidade? Portuguesa J.P. - Há quantos anos é responsável pelo pelouro do ambiente? F.P. - Em termos de pelouro, há pelo menos dois mandatos, há oito anos. De qualquer forma, estou ligado ao ambiente desde 1990, altura em que vim para a Câmara Municipal. Por estas razões, digamos que há 14 anos, mais ou menos, que lido com estas questões e vamos tentando melhorar cada vez mais esta situação no nosso concelho. J.P - Antes de ser vereador do ambiente ocupou outro pelouro? F.P. – Não, eu sou o vice-presidente desde 1990, e nessas circunstâncias não havia uma divisão muito estanque no que eram os pelouros, uma vez que nessa altura estava apenas o presidente e eu a tempo inteiro na Câmara. Não havia, portanto, uma divisão das funções, logo não tive um pelouro específico. Havia uma abrangência um pouco maior sem uma limitação muito grande naquilo que era um sector ou um pelouro. J.P. - Sabendo que os efluentes domésticos devem e têm de ser tratados, qual é a situação actual no nosso concelho, no que diz respeito ao tratamento das águas residuais? F.P. - Neste momento, quanto às águas residuais, nós temos duas Estações de Tratamento (ETAR). Uma no Avelar, no Pontão, e outra em Ansião. Portanto, aquilo que existe em termos de esgotos fundamentalmente é na vila freguesia de Avelar, que tem os esgotos na sua totalidade, e na vila de Ansião, que também tem uma percentagem grande de cobertura de esgotos. Há dois anos, foi feita a ligação dos esgotos de Chão-de-Couce à estação do Avelar que estão quase a funcionar e também foram feitos em Santiago da Guarda, onde também ainda não está a funcionar a Estação de Tratamento. Em suma, existem duas, uma em Avelar e outra em Ansião. J.P. - As ETAR’s funcionam a 100%? F.P. - Não funcionam a 100%, por isso é que nós temos tido uma luta grande relativamente à construção que temos, sobretudo ao sector privado, só que não tínhamos possibilidade de financiamento nos quadros comunitários, porque isso depende das empresas que iram ter essa responsabilidade. Posso dizer que é, fundamentalmente, a de Ansião que tem deficiências e que é urgente que ela seja reconstruída. Já temos o projecto aprovado pelo ministério do ambiente, portanto apenas a candidatura está dependente da constituição desta empresa, para depois podermos avançar rapidamente com essa construção. Pág. 13 de 20 PALAVRINHAS Relativamente à ETAR do Avelar, ela sofreu há dois ou três anos remodelações, melhor, adaptações, e neste momento está com alguma capacidade de resposta em termos dos efluentes que lá chegam. De qualquer forma, todas estas situações vão ser melhoradas, a partir do momento em que tivermos a nova ETAR em Ansião e com a outra que vai ser construída na freguesia de Maçãs de Dona Maria que vai ficar a receber efluentes da freguesia do Avelar, de Chão-de-Couce e do concelho de Alvaiázere. J.P. - A capacidade das ETAR’s é suficiente para as necessidades do concelho? F.P. – Como já afirmei, neste momento não, a de Ansião, porque não tem capacidade dos efluentes que está a receber, mas a de Avelar já foi feita para acolher os efluentes que está a receber. J.P. - A qualidade da água devolvida à Natureza está dentro dos parâmetros aceitáveis? F.P. - A de Avelar está, mas a de Ansião não está a cumprir com todas as normas que existem e, por isso, é que o novo projecto já devia ter sido construído. J.P. - Como é feito esse controlo? F.P. - A Câmara Municipal tem um contrato com uma empresa que faz as análises às águas residuais e à água do consumo humano, contrato esse que também está legislado e contém os mínimos e os máximos admissíveis na entrada e saída dos efluentes. J.P. - Quanto aos resíduos sólidos, qual é a situação? F.P. - A Câmara Municipal aderiu a uma empresa que é a ERSUC que faz a recolha e o transporte dos resíduos sólidos da estação de transferência que está situada no Camporês para o aterro sanitário da Figueira da Foz. Portanto, aquilo que a Câmara tem de fazer é a recolha diária dos resíduos sólidos e levá-los para o Camporês. A partir daí, já é da responsabilidade da ESUC. J.P. – Quanto à reciclagem, são suficientes os pontos de recolha no concelho? F.P. - Não, nunca são suficientes. Nós temos neste momento, no concelho, cerca de 30 pontos de recolha. Nós pretendemos que haja uma colocação de mais eco-pontos, de forma a que estejam mais perto das populações e que seja mais fácil para as pessoas que queiram reciclar. Contudo, um eco-ponto custa cerca de 900 contos, os três recipientes. J.P. - Qual a evolução da separação dos lixos domésticos no nosso concelho? F.P. - A evolução é positiva, tem vindo a crescer nos últimos anos porque já temos eco-pontos no concelho há 5 anos e, portanto, isso ajuda ao aumento de ano para ano. J.P. - Para que aterro vão os resíduos sólidos não recicláveis? F.P. - Os não recicláveis vão para a Figueira da Foz. São recolhidos diariamente e são postos na estação de transferência. J.P. - Existe encaminhamento especializado para resíduos mais problemáticos? F.P. - A questão é a seguinte, a responsabilidade da Câmara Municipal é recolher todos os lixos urbanos, e apenas urbanos. Os lixos industriais, como óleos, pneus, os lixos dos centros de saúde, das farmácias, já têm de ser os AGRUPAMENTO VERTICAL DAS ESCOLAS DE AVELAR ANO VII - nº20 – Junho de 2004 próprios organismos a contratar empresas especializadas para fazer essa mesma recolha. J.P. - Existem alguns problemas ambientais na nossa zona? F.P. - O problema ambiental mais grave no nosso concelho é derivado aos aviários. Há uma grande produção de excrementos de aves, nomeadamente na freguesia de Santiago da Guarda, mas há já um projecto aprovado para solucionar essa questão. Os avicultores formaram uma cooperativa para criar uma unidade de tratamento desses excrementos. João Serra, Manuel Rosa, 8ºA, clube A Palavra NOSSAS TERRAS NOSSAS GENTES Entrevista ao Sr. Godinho Dados biográficos: Nome: Amândio Lopes Godinho; Idade: 55 anos; Profissão: Comerciante; Local de Residência: Urbanização José Faria, Avelar. No âmbito da secção que tem como objectivo conhecer melhor os locais em que vivemos e os seus habitantes, desejávamos colocar-lhe algumas questões: JP - Qual a sua naturalidade? Sr. Godinho - Sou natural aqui do Avelar. JP - Há quantos anos chegou à filarmónica? Sr. Godinho - Ora bem, a primeira vez que eu cheguei à filarmónica já vai talvez para 16 anos. JP - Quando chegou à S.F.A (Sociedade Filarmónica Avelarense), foi logo presidente da S.F.A.? Sr. Godinho - Não, primeiro estive como tesoureiro e como vice-presidente durante alguns anos e só mais tarde fui presidente, cargo esse que ocupo há 10 anos. Faz precisamente este ano 10 anos. JP- Era diferente da actualidade? Sr. Godinho - Sim, era um pouco diferente, embora a realidade seja a mesma era o ensino de música e preparar os jovens para a bandinha, se bem que não há 10 mas há 16 ou mais anos era diferente porque a maior parte das pessoas que tocavam na banda não sabiam música, portanto a maioria das pessoas tocavam por ouvido e agora todas as pessoas, principalmente os jovens sabem música, e essa é uma realidade bastante diferente. JP - Quais as diferenças que considera mais importantes? Sr. Godinho - As diferenças são precisamente essas, portanto o nível da qualidade musical é muito superior ao que era antigamente, porque nessa altura, como disse há pouco, as pessoas tocavam por ouvido e uns tinham menos ouvido que outros. Agora, a preparação musical faz-se através do estudo, das pautas e, portanto, é diferente. Na realidade, as dificuldades eram como antigamente, com as mesmas dificuldades que é a falta do dinheiro mas tudo isso se tem de superar. Pág. 14 de 20 PALAVRINHAS JP - Qual o ano em que chegou ao cargo de presidente da direcção da filarmónica? Sr. Godinho- Como disse atrás, foi em 1994 que concorri para presidente da filarmónica e a nossa lista ganhou. JP - É uma experiência interessante? Sr. Godinho - É bastante interessante, se bem que para mim não é novidade, porque também já tinha estado anteriormente no Atlético Clube Avelarense, do qual fui um dos sócios fundadores e que fiz parte como vicepresidente e como tesoureiro durante muitos anos. Antes da experiência no Atlético Clube Avelarense, tinha feito parte da comissão de festas da Nossa Senhora da Guia e tudo isso são experiências interessantes que uma pessoa vai acumulando ao longo da vida. JP - Qual a situação actual na filarmónica em termos financeiros? Sr. Godinho - Ora bem, em termos financeiros não se pode considerar que sejam maus, se bem que não nadamos em dinheiro. Vivemos com muitas dificuldades, às custas das quotas dos sócios, dos subsídios das autarquias, principalmente da Câmara, da Junta de Freguesia, do Governo Civil e dos projectos que, de vez em quando, candidatamos à delegação regional da cultura do Centro. De qualquer modo, não é uma situação financeira boa, porque para ser uma situação financeira boa era necessário que tivéssemos dinheiro para tudo aquilo que queremos, o que não acontece. JP - Diga-me uma situação mais engraçada ou caricata que a filarmónica tenha vivido? Sr. Godinho - Bom, a que me recorde está relacionada com os contratos que eram feitos por exemplo há 30 ou 40 anos atrás e os contratos que são feitos agora com a filarmónica. Antigamente, fazia-se um contrato e dizia-se o preço que se levava por ir actuar numa festa e depois mais um almude de vinho. Agora nós pedimos só o dinheiro, mas se pedíssemos duas grades de Coca-Cola, também não ficava mal, porque antigamente a banda era constituída por pessoas mais velhas, principalmente homens. Agora são jovens e também já há muitas raparigas, portanto bebe-se muito mais Coca-Cola do que vinho. JP - A filarmónica já editou algum CD? Sr. Godinho - Já, a banda propriamente dita, uma das mais valias da Sociedade Filarmónica Avelarense que editou um CD no ano passado integrado nas 10 melhores bandas do distrito de Leiria, e o Grupo de Cantares da Sociedade Filarmónica Avelarense também já tem um CD que é Cantar dos Tempos, sendo este grupo também uma das mais valias da Sociedade Filarmónica Avelarense. JP - Acha que os jovens da bandinha possam ser o futuro da S.F.A.? Sr. Godinho - Eu não acho, eu tenho a certeza, porque de pequenino é que se começa e é fazendo parte da bandinha e de outros grupos similares que podem ir para a frente e dar continuidade à Sociedade Filarmónica Avelarense, não só na banda, mas também no grupo de cantares ou noutro grupo qualquer que possa vir a surgir na Sociedade Filarmónica Avelarense, portanto o futuro é dos mais jovens. ANO VII - nº20 – Junho de 2004 OS MALUCOS DA BOLA Artigos de Manuel Rosa, 8ºA, clube A Palavra Os 23 eleitos de Scolari No passado Maio, Scolari deu a conhecer ao pais os 23 jogadores que irão representar Portugal no Campeonato da Europa de Futebol, a realizar em Portugal entre 12 de Junho e 4 de Julho. Portugal integra o Grupo A da fase final do Euro2004, juntamente com Espanha, Rússia e Grécia. Eis os 23 eleitos: Posição Jogador José Moreira Guarda-redes Quim Ricardo Miguel Defesa direito Paulo Ferreira Nuno Valente Defesa Rui Jorge esquerdo Beto Defesas Jorge Andrade centrais Fernando Couto Ricardo Carvalho Costinha Petit Maniche Tiago Cristiano Ronaldo Médios e Luís Figo avançados Simão Sabrosa Deco Rui Costa Hélder Postiga Nuno Gomes Pedro Pauleta A equipa do ano Equipa do Ano Vitor Baía Miguel Rossato Ricardo Carvalho Andersson Polga Maniche Petit Simão Deco Adriano Benni João Serra, 8ºA, clube A Palavra AGRUPAMENTO VERTICAL DAS ESCOLAS DE AVELAR Pág. 15 de 20 PALAVRINHAS SuperLiga O Porto voltou a conquistar, merecidamente, o título de campeão nacional pela 2ª vez consecutiva, enquanto o Alverca, Paços de Ferreira e Estrela da Amadora foram despromovidos da SuperLiga. No que diz respeito a subidas, Estoril Praia, Vitória de Setúbal e Penafiel foram promovidos à mais importante prova nacional, a SuperLiga. O Porto e o Benfica são as equipas portuguesas que irão representar Portugal na mais importante prova da Europa (Liga dos Campeões), título conquistado pelo Porto esta época e o Sporting, Nacional da Madeira (equipa sensação da SuperLiga na presente época), Sp. Braga e Marítimo vão disputar a Taça UEFA (taça conquistada pelo Porto na época 02/03). ANO VII - nº20 – Junho de 2004 Vamos então esperar que os alunos do 9º ano obtenham bons resultados, habituados que estão a lidar com as TIC desde cedo, fruto das boas condições existentes na nossa escola. Jogador revelação Nome: Manuel Henriques Tavares Fernandes Idade: 18 anos (05/02/1986) Nacionalidade: Portuguesa Altura: 1.75 m Peso: 69 Kg Posição: Médio Defensivo Clube actual: SLBenfica Nº usado: 37 Títulos: Taça de Portugal (2003/2004) Manuel Fernandes, jogador do SLBenfica, foi o eleito pelo nosso jornal como o jogador revelação do ano. O jogador formado nas escolas do Benfica estreou-se pela equipa principal através de José António Camacho e esta época já contabiliza 10 jogos, sendo 3 deles a titular. Manuel Henriques Tavares Fernandes é um jogador que tenta dar o seu máximo em cada jogo. Manuel Fernandes, uma das mais promissoras promessas do nosso futebol. Parabéns, Manuel!!! Visita o Palavrinhas On-Line www.agavelar.ccems.pt/palavrinhas OUTROS ASSUNTOS O próximo ano lectivo e a nova disciplina TIC É já a partir do próximo ano lectivo que arranca a valer a nova disciplina: Tecnologias de Informação e Comunicação – TIC. Com conteúdos obrigatórios iguais, neste primeiro ano, para o nono e décimos anos, os alunos serão avaliados sobre três grandes temas: 1) As tecnologias da informação e comunicação; 2) O processamento de Texto; e 3) A criação de apresentações. São cerca de mil salas de aula TIC que serão criadas e/ou reorganizadas para receber esta nova disciplina, abrangendo cerca de 19 mil alunos do 9º e 10ºanos. AGRUPAMENTO VERTICAL DAS ESCOLAS DE AVELAR A equipa do Palavrinhas deseja a todos umas boas férias! Ficha Técnica Propriedade e Edição: Colaboradores: Escola Básica 2/3 de Avelar, do Agrupamento alunos do clube A Palavra ( Ana Neves; Vertical das Escolas de Fábio Mendes, João Serra, Manuel Rosa, Avelar. Rafael Dinamizadores: contribuíram com textos; professores Clubes A Palavra e Filomena Sardinha); Pedro, alunos Filomena que Batista, Fotografia Margarida Meneses, Paulo Alves, Isabel Responsáveis: Serra, Eugénia Almeida; Helena Sá; Prof. José António Abreu Fátima Silvestre; Ana Rita Amorim; Prof. Mário Júlio Ricardo Pimentel e Isabel Lourenço; Marinho Equipa da Biblioteca; Clubes Europeu, Composição Informática; Professores do 1º Ciclo e informática: Educadoras que participaram com textos. Clube A Palavra e Fotografia http://www.ccems.pt Pág. 16 de 20 PALAVRINHAS SITEADOS Prof. Paulo Alves Caso queiras sugerir sites interessantes é só enviares o seu endereço para [email protected] http://www.ecoportal.net/EcoPortal.net é o maior Portal de Internet em espanhol, dedicado ao Meio Ambiente, à Natureza e à Qualidade de Vida. Criado no início de 2000 por um grupo de pessoas com o objectivo de se transformar na maior ferramenta de consulta e espaço informativo e educacional nesta temática http://www.pontoverde.pt/ A Sociedade Ponto Verde (SPV) é uma organização privada sem fins lucrativos, constituída em 1996 e licenciada oficialmente para promover a recolha selectiva, a retoma e a reciclagem de resíduos de embalagens ao nível nacional. http://www.unfpa.org/ UNFPA, Fundo de População das Nações Unidas, é a maior fonte internacional de financiamento para programas de população e saúde reprodutiva em todo o mundo. Desde o início das suas operações, em 1969, a UNFPA proporcionou quase 6.000 milhões de Euros para prestar assistência aos países em desenvolvimento. ANO VII - nº20 – Junho de 2004 obter ganhos de eficácia, promovendo sinergias entre funções próximas ou complementares, até aqui confinadas a serviços distintos e veio a obter confirmação pelo Decreto-Lei n.º 97/2003, de 7 de Maio, que estabelece a Lei Orgânica do Ministério das Cidades, do Ordenamento do Território e Ambiente, na qual se identifica o Instituto do Ambiente como um dos seus organismos. http://ecoponto.com/ Guia ecológico na Rede. http://www.abae.pt/ A Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE / FEE Portugal) é uma Organização não Governamental, inscrita como Associação de Defesa do Ambiente e que visa a Sensibilização e a Educação Ambiental. A ABAE / FEE Portugal é membro da Fundação para a Educação Ambiental (FEE), a qual agrupa entidades Internacionais que, em conjunto, promovem actividades de sensibilização e educação ambiental dos cidadãos Europeus, actualmente em mais de 35 países, a maioria deles europeus mas também está presente na Rússia, continente americano e africano. http://www.nationalgeographic.pt/revista/0504/default.asp Página da versão portuguesa da prestigiada revista "National Geographic" http://www.iambiente.pt/ O Instituto do Ambiente (IA) foi criado pelo Decreto-Lei n.º 8/2002, de 9 de Janeiro, e resulta da fusão da Direcção Geral do Ambiente (DGA) e do Instituto de Promoção Ambiental (IPAMB). Esta fusão teve como principal objectivo rendibilizar os recursos e AGRUPAMENTO VERTICAL DAS ESCOLAS DE AVELAR Estes e outros links relacionados com o ambiente em http://www.agavelar.ccems.pt/palavrinhas/arqui vo/siteados/ambiente.htm Pág. 17 de 20 PALAVRINHAS BIBLIONOTÍCIA Boletim Informativo da Biblioteca da Escola E. B. 2/3 de Avelar Nº9 | Junho | 2003/2004 SUMÁRIO Editorial p. 18 Pequenos grandes escritores p. 18 Reflexões p. 19 Um livro, um amigo p.19 Clube Amigos da Biblioteca p. 19 Novidades p. 20 ANO VII - nº20 – Junho de 2004 utilização estivesse a ser a mais correcta...No entanto, apesar de tudo, partilho a opinião de Umberto Eco, quando diz que só poderemos ser bons utilizadores de computadores se tivermos utilizado muitos livros! Na verdade, penso que a técnica de pesquisa e leitura no impresso é muito útil quando passamos para o digital! No momento em que lerem estas linhas, já terá acontecido uma iniciativa em que a biblioteca se empenhou muito e que é uma actividade conjunta dos clubes e projectos do nosso agrupamento: uma mostra de actividades a realizar num sábado (dia 19 de Junho), na praça de Avelar, associada à comemoração da renovação da elevação do Avelar a vila, iniciativa da Junta de Freguesia de Avelar. A participação da Biblioteca será a realização de uma feira de livro usado e novo. Aproveito para agradecer a todos quantos colaboraram com materiais para a feira do livro usado! Também estamos envolvidos na visita de estudo à zona de Belém a efectuar pelos Clubes/Projectos do Agrupamento que acontecerá no dia 22 do corrente! A conversa vai longa, por isso fico por aqui, esperando que as férias sirvam para leituras de fruição e para recarregar energias para os novos desafios! Até p’ró ano! Professora Lucília Santos EDITORIAL E eis que é chegado ao fim mais um ano lectivo! Como o tempo passa depressa.... Nas nossas bibliotecas, sim nas nossas bibliotecas, porque agora falamos no plural, o trabalho foi muito, mas também achamos que ainda há muito para fazer! O grande acontecimento foi sem dúvida o lançamento das bibliotecas do primeiro ciclo em Chão de Couce e Avelar, que no início do próximo ano serão inauguradas. Associada a esta novidade está o início de um processo de cooperação concertado entre a Biblioteca Municipal e as bibliotecas escolares do concelho. Neste sentido está programada a criação de um protocolo de cooperação concelhio, a elaborar entre as instituições envolvidas. Fruto já, das bibliotecas do primeiro ciclo é a publicação de um livro de histórias criadas pelas crianças do pré-escolar, primeiro ciclo e respectivas famílias: o “Era uma vez...”. As ilustrações são também da responsabilidade das crianças e a capa é uma gentil colaboração da professora Paula Dias, que há uns anos exerceu na nossa escola sede e connosco continua a colaborar. Também fruto dessas bibliotecas e do trabalho conjunto entre as suas coordenadoras, a equipa de trabalho da biblioteca da escola sede e professores e educadores, foi apresentado um projecto de candidatura a financiamento à Fundação Calouste Gulbenkian, para desenvolver no próximo ano lectivo! Aguardamos o resultado! Aproveitamos para, como é usual, divulgar algumas novidades entradas na biblioteca e para informar os nossos utilizadores que não foi possível satisfazer alguns pedidos pertinentes de aquisição, devido a falta de verbas, mas não estão esquecidos! Para o próximo ano temos um largo campo de trabalho, sobretudo porque constatamos o desviar significativo da frequência da biblioteca, do sector impresso para o multimédia. Não que isso fosse muito alarmante se essa AGRUPAMENTO VERTICAL DAS ESCOLAS DE AVELAR PEQUENOS GRANDES ESCRITORES… Os nossos pequenos alunos revelaram-se uns pequenos grandes escritores. Com a sua imaginação e criatividade, e a preciosa ajuda dos professores e dos pais, criaram um conjunto de pequenas e belas histórias. Alguém dizia que era preciso contar histórias… não precisávamos de grandes histórias, mas de histórias que pudessem povoar o imaginário das nossas crianças e que lhes permitissem voar na imaginação e assim crescer… Pág. 18 de 20 PALAVRINHAS Parece cumprido esse objectivo. O de imaginar e crescer… As “histórias itinerantes” ficaram completas e com a colaboração da Câmara Municipal de Ansião e do Centro de Formação de Professores “Ansiázere” foram publicadas, sob o título: “Era uma vez…”. O livro está disponível no Agrupamento de Escolas de Avelar. Não se esqueçam de entrar neste “baú de sonhos”. ANO VII - nº20 – Junho de 2004 UM LIVRO UM AMIGO… Clube Amigos da Biblioteca (CAB): “Oficina de Conservação e Restauro” REFLEXÕES… Precisamos de pensar um pouco sobre a utilização que damos à nossa Biblioteca. De facto são muito variados os recursos que ela oferece, desde os audiovisuais até aos meios informáticos. Certo é que não deixou de ser uma Biblioteca. Como tal, tem livros. Livros para ler, para manusear, para entender e ajudar a entender. Ora, o que temos verificado ultimamente, através dos registos estatísticos e da observação, é que o número de utilizações nas zonas multimédia têm aumentado, contrariamente ao que se verifica na zona do material livro. Cada vez mais, os alunos procuram como fonte de pesquisa a Internet, com muita informação, mas com muita informação sem qualidade, numa língua que não é a nossa. Sim! Porque o brasileiro não é a nossa língua materna! E todos sabemos, por sussurros nos corredores e na sala de professores, que os alunos fazem “copy e past” de informação em brasileiro, que depois somos obrigados a corrigir. Ficamos muito irritados. Esquecemos…E na próxima vez deparamo-nos com o mesmo problema. Está na altura de reflectirmos um pouco sobre isto. Porque não orientar os alunos para o uso mais frequente do livro como fonte de pesquisa? Porque não limitar o uso da pesquisa na Internet? Porque não indicar os sites que devem consultar? Que tal sugerirmos uma lista de pesquisa bibliográfica quando mandamos fazer determinados trabalhos? Ou fazer ao contrário. Sugerir um levantamento bibliográfico para determinado tema de trabalho? São algumas reflexões… e também um desafio para o próximo ano lectivo. Agora, no terminar de mais um Ano Lectivo, e se olharmos retrospectivamente para o trabalho que desenvolvemos no “CLUBE AMIGOS DA BIBLIOTECA/Oficina de Conservação e Restauro", consideramos que foi bastante positivo e que valeu a pena o nosso esforço e dedicação, num trabalho simples mas bastante interessante. Nas nossas sessões de trabalho, aplicámos várias técnicas de recuperação e encadernação a um conjunto volumoso de livros, alguns deles num avançado estado de degradação, pertencentes ao fundo documental da Biblioteca da nossa escola. Um vasto conjunto desses livros encontrava-se em mau estado de conservação devido ao facto de já terem muitos anos e terem sido manuseados por muitas, muitas mãos; Outros, e estes sim, é de lamentar, pelo facto dos nossos colegas não saberem manusear os livros sem os danificar e muitas das vezes estragando-os, como se isso lhes desse prazer. Agora, e depois de todo o trabalho que tivemos, olhamos para os livros “semi-novos”, se nos é permitido chamar-lhe assim e verificamos que valeu a pena todo o esforço que fizemos ao longo do ano para tentar melhorar/restaurar o maior número de livros possível. Consideramos na globalidade que o nosso trabalho foi bastante positivo e só nos resta apelar a todos os nossos colegas que não mal tratem os livros. Boas férias e boas leituras! AGRUPAMENTO VERTICAL DAS ESCOLAS DE AVELAR Pág. 19 de 20 PALAVRINHAS ANO VII - nº20 – Junho de 2004 NOVIDADES VERNE, Jules – A volta ao mundo em 80 dias. Porto: Público, 2004 Phileas Fogg, membro do Reform Club de Londres,· homem metódico e singular, faz uma aposta em que se compromete a dar a volta ao mundo em oitenta dias. Estamos no ano de 1872 e afigura-se quase impossível realizar tal façanha. Acompanhado do fiel Passepartout e seguido pelo detective da polícia Fix, que pensa que ele é um ladrão, o nosso imperturbável inglês, após mil aventuras, chegará pontualmente ao seu destino e vencerá milagrosamente a aposta. Embarca também nesta aventura! 100 Anos de fado: 1904-2004, CD 1: Público, 2004 Se queres saber mais sobre Fado, ouve este CD e lê o livrinho acompanhante. Aí poderás conhecer compositores, poetas e intérpretes! COPPARD, Yvonne – Quero vestir-me à minha maneira. Lisboa: Editorial Presença, 2000 O que fazer quando se tem uns pais superantiquados, que acham o máximo a roupa do Marks and Spencer e usam expressões como “à moda” porque pensam que são uns modernaços? Neste livro, através dos seus diários, podes encontrar o ponto de vista da filha e da mãe. Lê! Verás que encontrarás razões para te divertires NAIK, Anita – Amigas ou Inimigas?: Aprende a fazer (e a manter grandes amizades). Lisboa: Editorial Presença, 1998 Queres algumas receitas sobre amizades, amigas, discussões de amigas, pazes após uma discussão? Então lê este livro e segue os conselhos de Anita Naik. AGRUPAMENTO VERTICAL DAS ESCOLAS DE AVELAR Pág. 20 de 20
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