UNIDADE 2 - aula1

Transcrição

UNIDADE 2 - aula1
09/09/2012
UNIPAC
Universidade Presidente Antônio Carlos
Faculdade de Medicina de Juiz de Fora
PATOLOGIA GERAL
Prof. Dr. Pietro Mainenti
Unidade II
ALTERAÇÕES CIRCULATÓRIAS
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09/09/2012
Unidade II
EDEMA
Unidade II
Distribuição da água no corpo humano
Intracelular
2/3 – líquido orgânico
compartimento intersticial
75%
Extracelular
1/3 – líquido orgânico
compartimento intravascular
25%
2
09/09/2012
Unidade II
Equilíbrio de pressões nos vasos
Pressão
hidrostática
Pressão
do líquido intersticial elevada
ducto torácico
veia subclávia esq.
Pressão
coloidosmótica do plasma
extremidade
arterial
extremidade
venosa
Unidade II
EDEMA
Definição:
Acúmulo de água no interstício e/ ou nas cavidades naturais do corpo
(ex. de cavidades: pleural, peritoneal, pericárdica, articular)
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09/09/2012
Unidade II
EDEMA
Distribuição do líquido
Localizado: órgão ou parte do organismo
. Hidrotórax ou derrame pleural (cavidade pleural)
. Hidrocele (interior da túnica vaginal do testículo)
. Hidrartrose (cavidade articular)
. Ascite ou hidroperitônio (cavidade peritoneal)
. Hidropericárdio (cavidade pericárdica)
Generalizado: todo o organismo
. Anasarca (edema em todo o corpo)
Unidade II
EDEMA
Patogênese
. Aumento da pressão intravascular (hidrostática)
. Aumento da permeabilidade da parede dos vasos
. Diminuição da pressão oncótica do plasma
. Retenção de sódio
. Obstrução do fluxo linfático
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09/09/2012
Unidade II
EDEMA
Aumento da pressão intravascular (hidrostática)
Causas:
Alteração venosa:
Impedimento do retorno venoso por insuficiência cardíaca*
Trombose venosa localizada (ex.: trombose nas vv. poplíteas)
Alteração arterial
Aumento do influxo arterial (ex.: inflamações)
Unidade II
EDEMA
Aumento da permeabilidade da parede dos vasos
Causa:
Inflamação:
Mediadores químicos como a histamina
Fragmentos do sistema complemento (C3a e C5a)
Bradicinina
Fator ativador de plaquetas
Leucotrienos
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09/09/2012
Unidade II
EDEMA
Diminuição da pressão oncótica do plasma
Causa:
Baixa na concentração de albumina (que sustenta a pressão)
Hipoalbuminemia:
Diminuição da síntese pelo fígado (doenças hepáticas de estágio terminal)
Aumento da perda pela urina (Síndrome nefrótica)
Ingestão protéica inadequada (Kwarshiorkor)
Unidade II
EDEMA
Mecanismos:
Edema na síndrome nefrótica (causada por infecções, diabetes, LES, etc)
(proteinúria e hipoalbuminemia, lipidúria e hiperlipidemia – Ag-AC no glomérulo)
1. Lesão glomerular
2. Aumento da permeabilidade glomerular
3. Proteinúria (+ lipidúria => a lesão glomerular deixa passar proteínas e lípides para a urina)
4. Redução da pressão oncótica intravascular
5. EDEMA
a síndrome nefrótica traz vulnerabilidade às infecções (perda de imunoglobulinas) e
complicações tromboembólicas (perda de fatores anticoagulantes)
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09/09/2012
Unidade II
EDEMA
Retenção de sódio
Supra-renal
(secreção de aldosterona)
Insuficiência cardíaca
Redução da perfusão renal
Tubos convolutos distais do rim
(retenção de sódio)
Aparelho justaglomerular
(secreção de renina)
Retenção de líquido intravascular
Aumento da pressão hidrostática
Unidade II
EDEMA
Obstrução do fluxo linfático
“linfedema”
Causa:
obstrução dos vasos linfáticos e impedimento da retirada da linfa
dos espaços intersticiais
Sempre localizado (exemplos):
Filariose – obstrução dos MMII por filárias (Wuhchereria bancrofti) – “elefantíase”
Edema após dissecção cirúrgica de linfonodos axilares – neoplasia de mama
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09/09/2012
Unidade II
EDEMA
TRANSUDATO X EXSUDATO
Transudato
ultrafiltrado do plasma, com poucas células e baixo peso molecular
ocorre:
1. por aumento da pressão hidrostática
2. por diminuição da pressão oncótica
Exsudato
líquido com células, proteínas plasmáticas de alto peso molecular
ocorre:
por aumento da permeabilidade vascular (inflamação)
Unidade II
EDEMA
Exemplos de edemas
Edema pulmonar
Insuficiência cardíaca esquerda > aumento da pressão venosa pulmonar
pneumonia
> aumento da permeabilidade capilar pulmonar
Ascite na cirrose
hipoalbuminemia
> síntese reduzida no fígado (edema oncótico)
obstrução do fluxo linfático
> (linfedema)
retenção de sódio
> renina-angiotensina = hiperaldosteronismo
hipertensão portal
> por impedimento de fluxo de sangue
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Imagens
EDEMA
a
b
c
Edema facial
a e b – edema em fratura mandibular – 1º atendimento
c – ausência de edema após 5 dias
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Edema grave na perna – edema generalizado comum na
insuficiência cardíaca e em doenças renais associadas a perda de
proteínas na urina (síndrome nefrótica)
Edema pulmonar
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Edema pulmonar
S – septo alveolar
O – edema
A – pneumócitos descamados C - vaso
Edema pulmonar
Radiografia PA de tórax
Notar o severo edema
dos pulmões e o
apagamento da
silhueta do coração
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O corte coronal do cerebelo evidencia compressão dos ventrículos laterais
O caso se refere à hipóxia por altitude. As células sofreram edema
intracelular (edema citotóxico)
Edema cerebral
As superfícies sob as meninges se apresentam aumentadas e chatas (*)
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09/09/2012
Unidade II
HIPEREMIA
Unidade II
HIPEREMIA
(congestão)
ATIVA
Aumento do influxo de sangue por dilatação das arteríolas
Fisiológica: ocorre durante o exercício físico
Patológica: ocorre na inflamação (calor, rubor, tumor e dor)
Cor dos tecidos hiperemiados: vermelha (sangue oxigenado)
Temperatura e aspecto dos tecidos: quentes
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Unidade II
HIPEREMIA
(congestão)
PASSIVA
Estagnação do sangue nos capilares por impedimento de retorno
Causas:
1. insuficiência cardíaca
2. causas intrínsecas dos vasos
3. por compressão extrínseca das veias
Cor dos tecidos congestos passivamente: vermelho escuro ou azul (sangue venoso)
Temperatura e aspecto dos tecidos: frios e úmidos
Unidade II
HIPEREMIA
(congestão)
PASSIVA
AGUDA:
ex. compressão de um dedo - cianose
CRÔNICA:
por falência cardíaca
VENTRÍCULO ESQUERDO = Pulmões ficam hiperêmicos
VENTRÍCULO DIREITO = Fígado fica hiperêmico
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Unidade II
HIPEREMIA
(congestão)
volume de sangue
arterial normal
volume de sangue
arterial maior
volume de sangue
arterial normal
volume de sangue
venoso normal
volume de sangue
venoso normal
volume de sangue
venoso menor
Normal
Hiperemia
ativa
Hiperemia
passiva
Unidade II
HEMORRAGIA
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Unidade II
HEMORRAGIA
É a saída de sangue dos vasos ou do coração
Pode ser classificada segundo a origem:
Cardíaca:
por feridas penetrantes ou por infarto do miocárdio
Arterial:
por traumas ou ruptura de um aneurisma
Capilar:
por trauma ou cirurgias
por fraqueza vascular (síndrome de Ehlers-Danlos;
deficiência de vit. C)
Venosa:
por trauma ou cirurgias
Unidade II
HEMORRAGIA
TERMINOLOGIA:
Petéquias:
hemorragias puntiformes menores que 1 mm
Púrpura:
hemorragias entre 1 mm e 1 cm
Equimoses:
hemorragias maiores que 1 cm
Hematoma:
acúmulo de sangue extravasado com tumoração
Hemotórax:
hemorragia nas cavidades pleurais
Hemopericárdio:
hemorragia no saco pericárdico
Hematoperitônio:
hemorragia na cavidade peritoneal
Hemartrose:
hemorragia em cavidade articular
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Unidade II
HEMORRAGIA
TERMINOLOGIA:
Hematúria:
presença de sangue na urina (rins e trato urinário)
Hematêmese:
vômito de sangue (TGI alto)
Hematoquezia:
sangramento pelo reto (TGI baixo ou hemorróidas)
Melena:
sangue parcialmente digerido nas fezes (TGI alto)
Epistaxe:
sangramento pelo nariz
Hemoptise:
sangramento dos pulmões
Menorragia:
sangramento menstrual acentuado
Metrorragia:
sangramento não relacionado à menstruação
Unidade II
HEMORRAGIA
Controle da hemorragia – HEMOSTASIA
Deve ocorrer:
vasoconstrição
agregação plaquetária
coagulação sanguínea
NOTA:
Os eventos da hemostasia serão valorizados no estudo das inflamações
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Imagens
HEMORRAGIA
Petéquias – mucosa gástrica
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Petéquias – palato
Petéquias – pericárdio
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09/09/2012
Equimose
Equimose
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09/09/2012
Equimose – conjuntiva
Hemartrose
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09/09/2012
Hematoma
Hematoma subdural
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09/09/2012
a
b
Hemorragia arterial – ruptura de aneurisma (a) é seguida de
hemorragia em SNC (b)
a
b
Hemorragia pulmonar difusa – Síndrome de Goodpasture
A doença ocorre por ataques a antígenos das membranas
basais glomerulares e pulmonares
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Epistaxe
Hemorragia
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