TERBINAFINA NO CONTROLE DO OOMICETO Saprolegnia
Transcrição
TERBINAFINA NO CONTROLE DO OOMICETO Saprolegnia
I CONGRESSO BRASILEIRO DE MICROBIOLOGIA AGROPECUÁRIA, AGRÍCOLA E AMBIENTAL (CBMAAA) 09 a 12 de maio de 2016 - Centro de Convenções da UNESP, Câmpus de Jaboticabal, SP TERBINAFINA NO CONTROLE DO OOMICETO Saprolegnia aenigmatica EM CONDIÇÕES in vitro TERBINAFINE FOR OOMYCETE Saprolegnia aenigmatica CONTROL in vitro CONDITIONS Silvia Patrícia Carraschi (1) Mayara Galatti Tedesque (2) Guilherme Carnio Della Torre (3) Claudinei da Cruz (4) Maria José Tavares Ranzani-Paiva (5) Resumo Espécies de Saprolegnia tem causado infecções micóticas em peixes adultos e seus ovos. O objetivo deste estudo foi avaliar in vitro a concentração efetiva 50% (CE50;72h) e a concentração mínima da terbinafina que causa 100% de inibição (MIC100) para o patógeno causador de dermatomicose em peixes, Saprolegnia aenigmatica . A cepa do fungo foi isolada de água de piscicultura e identificada por biologia molecular (GenBank KP941579). As concentrações utilizadas no ensaio de CE50 foram de 1,0 a 157,30 mg L-1 e no ensaio de MIC100 foram de 50 a 150 µg mL-1 , além do grupo controle. Nestes ensaios o fungicida foi diluído em meio de cultivo BDA (batata dextrose ágar) e após solidificação, um amostra de 6 mm do fungo foi disposto na posição central e mantido à 25°C por 72 horas. CE50;72h observada da terbinafina foi 8,82 mg L-1 (7,46 - 10,41 mg L-1) pois com 1,0 mg L-1 não ocorreu inibição; com 2,75 mg L-1 ocorreu 17,78%, seguindo-se correlação positiva até chegar a 100% de inibição, com 157,3 mg L-1. A MIC foi considerada 125 µg mL-1, pois para concentrações de 50µg mL-1, 75µg mL-1 e 100µg mL-1 ocorreu 83,56%, 85,11% e 87,11% de inibição, sendo 100% a partir de 125 µg mL-1. A terbinafina demonstrou potencial para inibir o crescimento deste oomiceto e posteriormente deve ser avaliada sua eficácia em condições in vivo, assim com, o sua toxicidade para os peixes. Palavras-chave: Fungo. Peixe. Saprolegniales. Toxicidade. Tratamento. Abstract Saprolegnia species have been implicated in significant fungal infections of fish and their eggs. The aim of this research was evaluate, in vitro, the 50% effective concentration (EC50;72h) and the minimum inhibitory concentration (MIC100) of terbinafine for pathogen which causes dermatomycosis in fish, Saprolegnia aenigmatica. The strain was isolated from fish farming water and it was identified according to molecular technique and deposited in GenBank as KP941579 code. The concentrations used in the EC50 were from 1.0 at 157.30 1 Pós Doutoranda do Instituto de Pesca de São Paulo, SP, Brasil [http://www.pesca.sp.gov.br]. Bióloga pela Faculdade de Taquaritinga (FGTA), SP, Brasil [http://www.faculdadedetaquaritinga.edu.br]. Estudante de biologia da UNESP, Jaboticabal, SP, Brasil [www.fcav.unesp.br]. 4 Professor Doutor da Fundação Educacional de Barretos, SP, Brasil [www.unifeb.edu.br]. 5 Professora Doutora do Instituto de Pesca de São Paulo, SP, Brasil [http://www.pesca.sp.gov.br] 2 3 C ! " #$ %&'' ( )*+ , I CONGRESSO BRASILEIRO DE MICROBIOLOGIA AGROPECUÁRIA, AGRÍCOLA E AMBIENTAL (CBMAAA) 09 a 12 de maio de 2016 - Centro de Convenções da UNESP, Câmpus de Jaboticabal, SP mg L-1 and in the MIC100 were from 50 at 150 µg mL-1, besides a control. IN this assay the fungi was diluted in PDA (potato dextrose agar) medium and after solidification a sample of 6 mm was disposed in the central position and kept at 25 0C by 72 hours. EC50;72h of terbinafine was 8.82 mg L-1 (7.46 – 10.41 mg L-1) because with 1,0 mg L-1 there was no inhibition; 2.75 mg L-1 occurred 17.78% following the positive correlation until 100% iwith 157.3 mg L-1. MIC was 125 µg mL-1 because with 50, 75 and 100 µg mL-1 occurred 83.56%, 85.11% and 87.11% of inhibition, being 100% from 125 µg mL-1. Terbinafine showed potential to inhibit the growth of this oomycete and after should be tested in vivo conditions to control Saprolegnia aenigmatica and his toxicity for the fish. Keywords: Fungi. Fish. Saprolegniales. Toxicity. Treatment. 1 Introdução O gênero Saprolegnia sp. é um oomiceto que causa doenças micóticas em ovos e peixes adultos, geralmente em épocas de temperaturas baixas (CHUKANHOM et al., 2004). Neish (1997) sugere que a imunossupressão causada por estressores ambientais proporciona este organismo normalmente não patogênico se tornar patogênico. Saprolegniaceae compreende fungos com hifa cenocítica, um ou dois tipos de zoósporos móveis, zoosporângio terminal, subterminal ou intercalar e reprodução sexual com gametângios distintos, sendo o feminino chamado de oogônia, o qual produz oosferas haplóides e o masculino, chamado de anterídeo, que se desenvolve na ponta de outros filamentos do mesmo indivíduo e produz núcleos masculinos. No micélio, o anterídio cresce próximo à oogônia e forma expansão filamentosa denominada tubo de fecundação. O núcleo masculino passa por este tubo, encontra-se com o feminino e ocorre a fecundação. A partir da fusão forma-se um zigoto de parede espessa (oósporo) (ALEXOPOULOS, MIMS e BLACKWELL, 1996; VEGA-RAMÍREZ et al., 2013). Saprolegnia sp. infecta pele, brânquias e ovos dos peixes, manifestando-se como micélio branco-acinzentado, facilmente visíveis a olho nu. Este parasita causa destruição da pele e das nadadeiras devido à necrose celular causada pela penetração das hifas na epiderme e derme (FREGENEDA-GRANDES, FERNANDEZ DIEZ e ALLER GANCEDO, 2007), ocasionando perdas massivas com sérios prejuízos econômicos aos piscicultores (Das et al., 2012; Corrêa et al., 2013). A utilização de fármacos no tratamento das enfermidades na aquicultura é indispensável, porém há poucos produtos com registro no Brasil (DAS et al., 2012), sendo que especialmente para fungo, estes registros ainda não existem. Assim, o uso de produtos químicos sem eficácia comprovada, sem controle de dose/concentração, tempo de exposição, dias de tratamento e monitoramento de resíduo no ambiente e no peixe se torna uma prática C ! " #$ %&'' ( )*+ , I CONGRESSO BRASILEIRO DE MICROBIOLOGIA AGROPECUÁRIA, AGRÍCOLA E AMBIENTAL (CBMAAA) 09 a 12 de maio de 2016 - Centro de Convenções da UNESP, Câmpus de Jaboticabal, SP comum, tornando emergencial a prospecção de moléculas para a aquicultura para o controle dos principais patógenos que acometem os peixes de criação. Esse fato incentiva o desenvolvimento de pesquisas que buscam um químico eficaz com baixa toxicidade para os animais e seguro para ambiente (FUANGSAWAT, ABKING e LAWHAVINIT, 2011). Neste contexto, o antifúngico terbinafina atua como composto fungicida ceratinofílico, altamente lipofílico, pertencente ao grupo das alilaminas (Costa e Górniak, 2002), com efetividade contra dermatófitos in vitro e in vivo (Ghannoum e Rice, 1999; DAVIS, BALFOUR e TERBINAFINE, 1995), fungos filamentosos, dimórficos e dematiáceos e algumas espécies de leveduras (Balfour e Faulds, 1992) e fungos invasivos, tais como espécies de Candida, Aspergillus e Penicillium marneffei (MOORE, WALLS e DENNING, 2001; RYDER, WAGNER e LEITNER, 1998). A terbinafina age especificamente numa etapa precoce da biossíntese do ergosterol com a inibição da enzima esqualeno epoxidase, resultando em deficiência de esterol na membrana celular fúngica, acúmulo intracelular de esqualeno e consequentemente a morte celular (N’Diaye et al., 2006). Assim, o presente estudo avaliou a concentração efetiva 50% (EC50;72h) e a concentração mínima da terbinafina que causa 100% de inibição (MIC100) do crescimento micelial do oomiceto Saprolegnia sp., em condições in vitro. 2 Material e Métodos A cepa utilizada foi NESS1, código GeneBank KP941579, isolada de água de piscicultura e identificada por biologia molecular como Saprolegnia aenigmatica. Uma amostra da cepa foi disposta no centro de uma placa de petri contendo o meio BDA (batata dextrose ágar) e mantida por 24 horas em estufa de demanda biológica de oxigênio a 25 ± 2°C. Inicialmente foi avaliada a sensibilidade do fungo ao dicromato de potássio, como substância referência, utilizando as concentrações 18,4; 44,0; 101,6; 238,0 e 560,0 mg L-1, sendo a CE50;72h de 136,28 mg L-1, com intervalo de confiança de 121,3 a 153,11 mg L-1. Após a validação da sensibilidade da cepa, foram realizados ensaios preliminares com a terbinafina para determinar o intervalo de concentração que causam zero e 100% de inibição. Nos ensaios definitivos para determinar a CE50 foram utilizadas as concentrações: de 1,0; 2,75; 7,6; 20,8; 57,2 e 157,30 mg L-1 e para o MIC100: 50; 75; 100; 125 e 150 µg mL-1. A terbinafina foi inicialmente dissolvida em dimetilsulfóxido (DMSO), água destilada e por último em BDA a 45°C, conforme a descrição da norma NCCLS M38 A2 (2008). A C ! " #$ %&'' ( )*+ , I CONGRESSO BRASILEIRO DE MICROBIOLOGIA AGROPECUÁRIA, AGRÍCOLA E AMBIENTAL (CBMAAA) 09 a 12 de maio de 2016 - Centro de Convenções da UNESP, Câmpus de Jaboticabal, SP mistura de cada concentração em meio BDA foi vertida em placas de petri e após a solidificação um disco de 6 mm de diâmetro do cultivo do oomiceto foi disposto na posição central da placa e mantida em estufa bacteriológica a 25°C, durante 72 horas. Além das concentrações da terfinafina os ensaios apresentaram um grupo controle contendo 1% de DMSO e um grupo controle somente com BDA, com cinco repetições por tratamento. Diariamente o crescimento micelial de Saprolegnia spp. foi avaliado por meio da medida do diâmetro do halo de crescimento em dois eixos (cm). Ao final de 72 horas foi estimada a CE50;72h utilizando o software Trimmed Spearman Karber (HAMILTON, RUSSO e THURSTON, 1977) e o MIC100 foi determinada como a concentração que inibiu 100% o crescimento do fungo. 3 Resultados e Discussão A CE50;72h estimada da terbinafina foi de 8,82 mg L-1 com limite inferior de 7,46 e superior de 10,41 mg L-1. O controle com meio BDA e com 1% de DMSO foram similares, com crescimento total da placa em 72 horas, ou seja, 9x9 cm (63,6 m2). Com 1,0 mg L-1 não ocorreu inibição do crescimento do fungo, sendo o crescimento similar aos controles. Já com 157,30 mg L-1 ocorreu 100% de inibição (Figura 1 e 3). Figura 1. Relação concentração resposta da terbinafina para o oomiceto Saprolegnia aenigmatica em ensaio de CE50;72h. Em relação a MIC100, a menor concentração que causa 100% de inibição do crescimento do fungo é 125 µg mL-1, pois com - . !/ C ! " (-. !/ #$ %&'' . !/ ( )*+ , # I CONGRESSO BRASILEIRO DE MICROBIOLOGIA AGROPECUÁRIA, AGRÍCOLA E AMBIENTAL (CBMAAA) 09 a 12 de maio de 2016 - Centro de Convenções da UNESP, Câmpus de Jaboticabal, SP 01 # 2 " ! 3 +- 4 - 4 ( 4 # 3 56 $ " "3 - . !/ 2 3 4 (Figura 2) . Figura 2. Relação concentração resposta da terbinafina para o oomiceto Saprolegnia aenigmatica em ensaio de MIC100. Os oomicetos foram considerados auxotróficos de esterol, o que significa que são dependentes deste nutriente, porém devido à ausência da enzima CYP51 utilizam esteróis do ambiente ou do hospedeiro (Marshall et al., 2001). Isto explica a ineficácia de antifúngicos azóis para muitas espécies de oomicetos. Porém recentes descobertas indicam que Aphanomyces euteiches (Madoui et al., 2009) e Saprolegnia parasitica apresenta uma via de metabolismo de esterol, incluindo o gene CYP51 (Warrilow et al., 2014). Warrilow et al., (2014) relata a dificuldade de controle de Saprolegnia sp. após a proibição do verde malaquita devido ao seu efeito teratogênico e carcinogênico (Hu et al., 2013). Esta realidade é observada mundialmente na aquicultura uma vez que a o ozônio não é prático na cura de peixes infectados (Fornerisa et al., 2003); o formaldeído é perigoso para o ambiente e para a saúde ocupacional (GIESEKER, SERFLING e REIMSCHUESSEL, 2006; Khodabandeh e Abtahi, 2006); o peróxido de hidrogênio, o sulfato de cobre e o diquat são utilizados como profiláticos para inibir zoósporos (FITZPATRICK, SCHRECK e CHITWOOD, 1995; MARKING, RACH e SCHREIER, 1994; Mitchell e Collins, 1997) e é desconhecido o efeito tóxico dos óleos essenciais para os peixes (Pirbalouti et al., 2009). C ! " #$ %&'' ( )*+ , I CONGRESSO BRASILEIRO DE MICROBIOLOGIA AGROPECUÁRIA, AGRÍCOLA E AMBIENTAL (CBMAAA) 09 a 12 de maio de 2016 - Centro de Convenções da UNESP, Câmpus de Jaboticabal, SP Figura 3. Inibição de crescimento do fungo Saprolegnia aenigmatica exposto a terbinafina em ensaio de CE50;72h. A CE50;72h da terbinafina foi superior (8,82 mg L-1) que da azaxistrobin e do kresomim-metil, com CE50;48h de 0,21 e 0,24 mg L-1 para Saprolegnia sp. (Hu et al., 2013). Já a MIC100 (125 µg ml-1) da terbinafina foi similar a apresentada por outros fungicidas à Saprolegnia sp., como propiconazol, tiabendazol e diniconazol (100 µg mL-1) (Hu et al., 2013), porém, mostrou-se mais eficaz que epoxiconazol, fluconazol, itraconazol e posaconazol (MIC100 > 256 µg mL-1) (Warrilow et al., 2014). Vários fungicidas vêm sendo estudados na busca de uma molécula capaz de controlar o oomiceto Saprolegnia sp. com eficácia ao menos similar ao verde malaquita. Clotrimazol demonstra grande potencial devido ao seu baixo MIC100;72h variando de 1 a 2 µg ml-1 para espécies de Saprolegnia, um MIC similar ao do verde malaquita (1 µg mL-1) (Warrilow et al., 2014). C ! " #$ %&'' ( )*+ , I CONGRESSO BRASILEIRO DE MICROBIOLOGIA AGROPECUÁRIA, AGRÍCOLA E AMBIENTAL (CBMAAA) 09 a 12 de maio de 2016 - Centro de Convenções da UNESP, Câmpus de Jaboticabal, SP Altos valores de MIC100 são provavelmente devido a pobre absorção ou a um eficiente efluxo dos fármacos pelas células. Além disso, para um antifúngico ser eficaz ele precisa ter uma forte interação com a enzima CYP51(Warrilow et al., 2014). A próxima etapa envolve a avaliação in vivo, porém esta transposição nem sempre é possível devido às variáveis ambientais e individuais. Hu et al. (2013) encontraram antifúngicos como kresomim-metil e azaxistrobin eficazes contra Saprolegnia, com MIC de 1,0 e 0,5 mg L-1, respectivamente, porém estes compostos são tóxicos para os peixes, destacando o problema de transposição de experimentos in vitro para eficácia in vivo. 4 Conclusões A terbinafina tem potencial terapêutico para tratamento contra infecções por Saprolegnia aenigmatica, porém são requeridos estudos in vivo antes do uso prático deste fungicida na aquicultura. 5 Agradecimentos/ Apoio financeiro Fapesp/Proc. 2013/25113-2 e 2015/10645-4 Referências ALEXOPOULOS, C. J.; MIMS, C.W.; BLACKWELL, M. Introductory Mycology. 4th. Ed. John Wiley, New York, 1996. BALFOUR, J. A.; FAULDS, D. TERBINAFINE. A review of its pharmacodynamic and pharmacokinetic properties, and therapeutic potential in superficial mycoses. Drugs, v. 43, n. 2, p. 259-284, 1992. COSTA, E.O.; GÓRNIAK, S.L. Agentes Antifúngicos e Antivirais. In: Spinosa, H.S.; Górniak, S.L.; Bernardi, M.M. Farmacologia Aplicada à Medicina Veterinária. 3a ed, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p. 430-442, 2002. CHUKANHOM, K.; HATAI, K. Freshwater fungi isolated from eggs of the common carp (Cyprinus carpio) in Thailand. Mycoscience, v. 45, n. 1, p. 42-48, 2004. CORRÊA, B. F.; STOHLI, F. E.; ROBALDOII, R. B.; PEREIRAI, D. I. B. Efeito in vitro de químicos no crescimento micelial de Saprolegnia spp. Ciência Rural, v. 43, n. 6, p. 10211024, 2013. C ! " #$ %&'' ( )*+ , I CONGRESSO BRASILEIRO DE MICROBIOLOGIA AGROPECUÁRIA, AGRÍCOLA E AMBIENTAL (CBMAAA) 09 a 12 de maio de 2016 - Centro de Convenções da UNESP, Câmpus de Jaboticabal, SP DAS, S. K.; MURMU, K.; DAS, A.; SHAKUNTALA, I.; DAS, R. K.; NGACHAN, S. V.; MAJHI, S. K. Studies on the identification and control of pathogen Saprolegnia in selected Indian major carp fingerlings at mid hill altitude. Journal of Environmental Biology, v. 33, p. 545-549, 2012. DAVIS, R.; BALFOUR, J. A. TERBINAFINE. A pharmacoeconomic evaluation of its use in superficial fungal infections. Pharmacoeconomics, v. 8, n. 3, p. 253–69, 1995. FITZPATRICK, M. S.; SCHRECK, C. B.; CHITWOOD, R. L. Evaluation of three candidate fungicides for treatment of adult spring chinook salmon. The Progressive Fish Culturist, v. 57, p. 153–155, 1995. FREGENEDA-GRANDES, J. M.; FERNANDEZ DIEZ, M.; ALLER GANCEDO, J. M. Experimental pathogenicity in rainbow trout, Oncorhynchus mykiss (Walbaum), of two distinct morphotypes of long spined Saprolegnia isolates obtained from wild brown trout, Salmo trutta L., and river water. Journal of Fish Disease, v. 24, n. 6, p. 351-359, 2001. FORNERISA, G.; BELLARDIB, S.; PALMEGIANOC, G. B.; SAROGLIAD, M.; SICUROA, B.; GASCOE, L.; ZOCCARATO, I. The use of ozone in trout hatchery to reduce saprolegniasis incidence. Aquaculture, v. 221, p. 157–166, 2003. FUANGSAWAT, W.; ABKING, N.; LAWHAVINIT, O. A. Sensitivity comparison of pathogenic aquatic fungal hyphae to sodium chloride, hydrogen peroxide, acetic acid and povidone iodine. Kasetsart Journal: Natural Science, v. 45, p. 84-89, 2011. GIESEKER, C. M.; SERFLING, S. G.; REIMSCHUESSEL, R. Formalin treatment to reduce mortality associated with Saprolegnia parasitica in rainbow trout, Oncorhynchus mykiss. Aquaculture, v. 253, p. 120–129, 2006. GHANNOUM, M. A.; RICE, L. B. Antifungal Agents: Mode of Action, Mechanisms of Resistance, and Correlation of These Mechanisms with Bacterial Resistance. Clinical Microbiology Review, v. 12, n. 4, p. 501-517, 1999. HAMILTON, M. A.; RUSSO, R. C.; THURSTON, V. Trimed Sperman-Karber method for estimating medial lethal concentrations in toxicology bioassays. Environmental Science Technology, v. 7, p. 714-719, 1977. HU,, X.-G.; LIU, L.; HU, K..; YANG, X.-L.; WANG, G.-X. In vitro screening of fungicidal chemicals for antifungal activity against Saprolegnia. Journal World Aquaculture Society, v. 44, p. 528–535, 2013. KHODABANDEH, S.; ABTAHI, B. Effects of sodium chloride, formalin and iodine on the hatching success of common carp, Cyprinus carpio, eggs. Journal of Applied Ichthyology, v. 22, p. 54–56, 2006. MADOUI, M.-A.; BERTRAND-MICHEL, J.; GAULIN, E.; DUMAS, B. Sterol metabolism in the oomycete Aphanomyces euteiches, a legume root pathogen. New Phytologist, v. 183, p. 291–300, 2009. C ! " #$ %&'' ( )*+ , I CONGRESSO BRASILEIRO DE MICROBIOLOGIA AGROPECUÁRIA, AGRÍCOLA E AMBIENTAL (CBMAAA) 09 a 12 de maio de 2016 - Centro de Convenções da UNESP, Câmpus de Jaboticabal, SP MARKING, L. L.; RACH, J. J.; SCHREIER, T. M. Evaluation of antifungal agents for fish culture. The Progressive Fish Culturist, v. 56, p. 225–231, 1994. MARSHALL, J. A.; DENNIS, A.L.; KUMAZAWA, T.; HAYNES, A. M.; NES, W. D. Soybean sterol composition and utilization by Phytophthora sojae. Phytochemistry, v. 58, p.423–428, 2001. MITCHELL, A. J.; COLLINS, C. B. Review of the therapeutic uses of hydrogen peroxide in fish production. Aquaculture Magazine, v. 23, p. 74–79, 1997. MOORE, C. B.; WALLS, C. M.; DENNING, D. W. In vitro activities of terbinafine against Aspergillus species in comparison with those of itraconazole and amphotericin B. Antimicrobial Agents and Chemotherapy, v. 45, p. 1882–1885, 2001. NCCLS, M38-A2. Reference Method for Broth Antifungal Susceptibility Testing of Filamentous Fungi. Approved Standard , Second Edition, volume 38, n. 6, p. 35, 2008. N’DIAYE, B.; DIENG, M. T.; PEREZ, A.; STOCKMEYER, M.; BAKSHI, R. Clinical efficacy and safety of oral terbinafina in fungal mycetoma. International Journal of Dermatology, v. 45, p. 154-157, 2006. NEISH, G. A. Observations on saprolegniasis of adult sockeye salmon, Oncorhynchus nerka (Walbaum). Journal of Fish Biology, v. 10, p.513-522, 1997. PIRBALOUTI, A. G.; TAHERI, M.; BAHRAMI, H. R.; ABDIZADEH, R. In vitro antifungal activity of plant extracts on Saprolegnia parasitica from cutaneous lesions of rainbow trout (Oncorhynchus mykiss) eggs. Journal of Food Agriculture and Environment, v. 7, p. 94– 96, 2009. RYDER, N. S.; WAGNER, S.; LEITNER, I. In vitro activities of terbinafine against cutaneous isolates of Candida albicans and other pathogenic yeasts. Antimicrobial Agents Chemotherapy, v. 42, p. 1057–1061, 1998. VEGA-RAMÍREZ, M. T.; MORENO-LAFONT, M. C.; VALENZUELA, R.; CERVANTESOLIVARES, R.; ALLER-GANCEDO, J. M.; FREGENEDA-GRANDES, J. M.; DAMASAGUILAR, J. L.; GARCÍA-FLORES V.; LÓPEZ-SANTIAGO, R. New records of Saprolegniaceae isolated from rainbow trout, from their eggs, and water in a fish farm from the State of México. Revista Mexicana Biodiversidad, v. 84, n. 2, p. 637-649, 2013. WARRILOW, A. G.; HULL, C. M.; ROLLEY, N. J.; PARKER, J. E.; NES, W. D.; SMITH, S. N.; KELLY, D.E.; KELLY, S.L. Clotrimazole as a potent agent for treating the oomycete fish pathogen Saprolegnia parasitica through inhibition of sterol 14 -demethylase (CYP51). Applied and environmental microbiology, v. 80, n. 19, p. 6154-6166, 2014. C ! " #$ %&'' ( )*+ ,