Cobertura da Agência SAFRAS AgroBrasil/Rio+20

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Cobertura da Agência SAFRAS AgroBrasil/Rio+20
Cobertura da Agência SAFRAS
AgroBrasil/Rio+20 - 12 a 23 de junho de 2012
PRÉ-EVENTO
-RIO+20: AGRONEGÓCIO QUER MOSTRAR SUA GRANDEZA E DESTACAR
PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS
Por Dylan Della Pasqua / [email protected]
SAFRAS (13) - A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que
acontece entre os dias 13 e 22 de junho, no Rio de Janeiro, é a grande chance do agronegócio brasileiro
mostrar ao mundo a sua potencialidade e o compromisso com as práticas sustentáveis. A sustentabilidade
econômica, social e ambiental deixou de ser apenas uma exigência dos consumidores internacionais e
passou a ser uma obsessão do setor brasileiro.
Dentro deste contexto, o agronegócio nacional está pronto para se defender das acusações de
ambientalistas e disposto a apresentar a sua contribuição para a conservação do planeta, discutindo os
mais diversos temas de interesse do setor.
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) lidera o espaço AgroBrasil, localizado no
Pier Mauá, um dos locais oficiais do evento. A ideia é ressaltar as vantagens da agropecuária desenvolvida
no Brasil, destacando projetos e tecnologias destinados à produção de alimentos com conservação
ambiental. A Agência SAFRAS vai acompanhar os eventos realizados no espaço AgroBrasil, com
cobertura exclusiva do local.
"Vamos mostrar que o Brasil tem a maior e a melhor agropecuária do planeta, produzindo em 27% do
território nacional e preservando 61% dos biomas", afirmou a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu,
lembrando que o desmatamento está em queda e que o Brasil atingirá, muito antes do previsto, a meta de
redução do desmatamento assumida pelo País em Copenhague, na Dinamarca, em 2009.
A queda do desmatamento e as várias iniciativas sustentáveis desenvolvidas pelos produtores
brasileiros dão ao Brasil autoridade moral para discutir questões ambientais na Rio+20, segundo a
presidente da CNA. Acrescentou que os produtores rurais são os principais interessados na preservação de
suas propriedades. "Fazenda degradada reduz produtividade, renda e lucro. A preservação faz bem ao
patrimônio do produtor", afirmou a presidente da CNA.
A CNA divulgará, durante a Conferência, o documento de posicionamento do setor agropecuário para
a Rio+20, que recebeu contribuições de lideranças rurais, técnicos, produtores, universidades e
instituições do agronegócio. Foram realizados workshops de orientação para a coleta de subsídios para o
documento em Brasília (18/04), Uberaba/MG (02/05) e São Paulo (08/05), consolidados em propostas
que serão apresentadas pela presidente da CNA, Kátia Abreu, no dia 21 de junho, em evento com a
presença de autoridades e negociadores.
Para o presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), Luiz Carlos Corrêa Carvalho, a
Rio+20 será a grande oportunidade para o setor mostrar a grandeza do agronegócio nacional. "A
discussão principal vai ser a produção de mais alimentos de forma sustentável".
Na avaliação de Carvalho, a mídia tem que entender que o Brasil é o país do agronegócio. "Nosso
negócio é fazer e não conversar", acrescentou. O dirigente lembrou que o mundo depende do agronegócio
brasileiro para se alimentar. E, claro, a Conferência é a grande oportunidade de destacar esta
importância da agricultura brasileira.
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PRÉ-EVENTO
MAPA
Um total de 12 ministros de Agricultura de vários países já estão com contatos bilaterais confirmados,
durante a realização da Rio+20, conforme o ministro Mendes Ribeiro. No total, 40 ministros de
agricultura já confirmaram a vinda para o Rio de Janeiro. O Ministério da Agricultura divulgou o
documento que contem 11 pontos e será levado à Conferência que será realizada de 13 até 20 de junho, no
Rio. Além da ênfase às práticas sustentáveis de produção agropecuária; o documento aborda também a
liberalização dos mercados agrícolas internacionais; maior uso de tecnologia na produção;
fortalecimento da extensão rural; investimentos em infraestrutura rural; apoio ao associativismo e ao
cooperativismo, entre outros.
Segundo Mendes Ribeiro, a liberalização dos mercados "é questão de governo e existem sinais muito
positivos neste sentido, pois tudo está caminhando mas não posso falar". Esperamos notícias boas da
China, dos Estados Unidos e do Japão. Mas o ministro não falou sobre os efeitos da crise europeia como
fator que poderá retardar esta abertura. "A Rússia vai fazer um ano do embargo, mas não desistimos,
porque uma nova missão técnica da Rússia deve vir ao Brasil em julho. Citou como alternativa os
mercados europeus a China, Japão, Coreia, e Ucrânia.
Na questão ambiental voltado à energia limpa o ministro disse que deverá ter destaque o Programa
Plurianual para setor sucroalcooleiro envolvendo etanol, açúcar. "O governo está analisando a
disponibilidade de recursos para renovação e implantação de canaviais. A data de corte é 2015 e não será
apenas para o etanol, pois envolverá também o biodiesel.
(JL)/(DP)
-RIO+20: "VAMOS MOSTRAR QUE TEMOS A MELHOR AGROPECUÁRIA DO PLANETA" KÁTIA ABREU
SAFRAS (05) - As iniciativas desenvolvidas pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil
(CNA) e pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) no âmbito do Projeto Biomas, as
ações sustentáveis voltadas para o setor agropecuário, a proposta de criação de um conceito mundial de
Área de Preservação Permanente (APP) nas margens dos rios e uma política de governança climática que
garanta a comercialização de créditos de carbono oriundos da atividade rural. Essas são as principais
iniciativas que serão apresentadas pela presidente da CNA, senadora Kátia Abreu, na Conferência das
Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que acontece entre os dias 13 e 22 de
junho, na cidade do Rio de Janeiro. “Vamos mostrar que o Brasil tem a maior e a melhor agropecuária do
planeta, produzindo em 27% do território nacional e preservando 61% dos biomas”, afirmou.
Em São Paulo, onde inaugurou o Espaço CNA, na sede da Sociedade Rural Brasileira (SRB), a
senadora lembrou que o desmatamento está em queda e que o Brasil atingirá, muito antes do previsto, a
meta de redução do desmatamento assumida pelo País em Copenhague, na Dinamarca, em 2009. Na
época, o Brasil comprometeu-se a reduzir para 5,4 mil quilômetros quadrados o desmatamento até 2020.
Em 2010, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o desmatamento foi de
6.600 quilômetros quadrados. “O Brasil cumpriu 80% da meta muito antes de 2020”, afirmou.
A queda do desmatamento e as várias iniciativas sustentáveis desenvolvidas pelos produtores
brasileiros dão ao Brasil autoridade moral para discutir questões ambientais na Rio+20, segundo a
presidente da CNA. Acrescentou que os produtores rurais são os principais interessados na preservação de
suas propriedades. “Fazenda degradada reduz produtividade, renda e lucro. A preservação faz bem ao
patrimônio do produtor”, afirmou a presidente da CNA. Como uma das práticas sustentáveis típicas do
Brasil, citou o plantio direto, que evita a aração da terra, evitando, assim, a perda de CO2. De acordo com
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PRÉ-EVENTO
a presidente da CNA, 25 milhões de hectares são cultivados no Brasil a partir do sistema do plantio direto.
Defendeu, também, o plantio de florestas e os sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta.
APP
Como parte da programação do AgroBrasil, espaço que será ocupado pela CNA no Píer Mauá, será
realizado um debate com cientistas para viabilizar a definição de um conceito de APP mundial. Já
confirmaram participação neste debate oito cientistas do mundo todo. Especialistas da Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) e da Agência Nacional de Águas (ANA) também
participarão desta discussão. “As pessoas discutem questões relacionadas ao acesso à água, mas ninguém
debate a necessidade de preservação da fonte da água. Sobre esse tema, a ideia é debater o conceito e não a
questão das metragens”, afirmou.
Código Florestal
A presidente da CNA também comentou sobre os vetos da Presidência da República ao projeto do
Código Florestal. Para suprir as lacunas jurídicas resultantes dos vetos, o Governo federal editou uma
Medida Provisória (MP), já em tramitação na Câmara dos Deputados. Para a senadora Kátia Abreu, a
tramitação da MP é “uma oportunidade de encontrar consensos”. Para ela, o ideal seria que os Estados,
por meio de seus órgãos ambientais, pudessem definir as metragens das APPs. Também comentou que o
conceito de veredas adotado na nova lei vai impedir a produção agrícola em áreas irrigadas. Hoje, essa
produção é desenvolvida em 5 milhões de hectares e há potencial, segundo a presidente da CNA, para
desenvolvê-la em outros 24 milhões de hectares, o que será inviabilizado se a regra for mantida.
(DP)
- RIO+20: CNA LEVARÁ A AGRICULTURA SUSTENTÁVEL DO BRASIL PARA CONFERÊNCIA
SAFRAS (05) - Mostrar a realidade da agropecuária brasileira para o mundo. Esse é um dos objetivos
da presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, na
Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. A CNA lidera o espaço
AgroBrasil, localizado no Pier Mauá, um dos locais oficiais do evento, que acontece entre os dias 13 e 22
de junho, na cidade do Rio de Janeiro. A ideia é ressaltar as vantagens da agropecuária desenvolvida no
Brasil, destacando projetos e tecnologias destinados à produção de alimentos com conservação
ambiental.
No espaço do estande, a CNA criará um túnel sensorial para mostrar aos visitantes o que é uma
fazenda degradada e as tecnologias utilizadas para a sua recuperação. A ideia é que, durante o caminho, a
propriedade se transforme. “Teremos um túnel virtual para explicar à sociedade a importância de tirar
uma fazenda de um solo fraco e maltratado e a melhora de tudo isso por meio da tecnologia e boas
práticas”, revelou a senadora. O espaço AgroBrasil será ancorado por projetos da CNA, entre eles o
Biomas.
Desenvolvido pela entidade em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(Embrapa), o Projeto Biomas pretende ampliar o uso das árvores nas propriedades rurais para
diversificar os sistemas produtivos com ganhos econômicos e ambientais. Para isso serão criadas soluções
técnico-científicas à prática da produção sustentável e à preservação da água nos seis biomas brasileiros.
Com 240 pesquisadores envolvidos, a senadora acredita que o projeto será um espelho para o mundo já
que pode ser aplicado em qualquer bioma desde que respeitadas as características locais.
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PRÉ-EVENTO
“Com 61% do território preservados, segundo os dados do Censo Agropecuário de 2006, o Brasil é um
modelo de como produzir com qualidade e abundância”, diz a senadora Kátia Abreu. Otimista com a
Rio+20, ela acredita que o País tem autoridade moral para discutir, em qualquer fórum, as questões
ambientais. “Nós só produzimos arroz, feijão, carne e frutas em 27% do nosso território, enquanto 61%
são preservados. Isso é uma riqueza e motivo de orgulho para mostrar ao mundo”, declarou.
Agenda Rio+20
A CNA divulgará, durante a Conferência, o documento de posicionamento do setor agropecuário para
a Rio+20, que recebeu contribuições de lideranças rurais, técnicos, produtores, universidades e
instituições do agronegócio. Foram realizados workshops de orientação para a coleta de subsídios para o
documento em Brasília (18/04), Uberaba/MG (02/05) e São Paulo (08/05), consolidados em propostas
que serão apresentadas pela presidente da CNA, Kátia Abreu, no dia 21 de junho, em evento com a
presença de autoridades e negociadores.
Os três workshops organizados pela CNA mobilizaram diversos segmentos do setor para o debate das
posições que serão levadas à Rio+20. No primeiro encontro, em Brasília, reuniram-se os técnicos da área;
o segundo, em Uberaba, concentrou os produtores rurais e, em São Paulo, foram recebidas contribuições
do setor como um todo. Durante os workshops foram abordados temas como meio ambiente, inovação e
tecnologia, educação no meio rural, segurança alimentar e nutricional e erradicação da pobreza.
Além deste evento, foi programada uma agenda de atividades, no espaço AgroBrasil, para o período de
realização da Conferência, entre os dias 13 e 22 de junho, destinada a promover a agropecuária
brasileira, difundir novas tecnologias e apresentar cases de sucesso de sustentabilidade. Localizado no
Pier Mauá, um dos espaços oficiais da Conferência, o estande será aberto para o público no dia 13 de
junho, a partir das 11h. No entanto, a abertura oficial do espaço acontece no dia 18 para a imprensa e
autoridades.
O estande terá ainda apresentações de projetos e ações sobre a agropecuária brasileira. Temas como
Extensão Rural, Agricultura de Precisão e Governança Climática farão parte dos seminários que ocorrem
no dia 18, 19 e 20, respectivamente. No dia 22 haverá ainda o seminário sobre Bioenergia. O projeto de
Capacitação da Agricultura de Baixo Carbono, a exposição multisensorial do projeto Biomas e a
exposição da história da agricultura no Brasil são algumas das várias atrações do espaço AgroBrasil.
Durante a programação está previsto ainda dois lançamentos: a terceira edição do Fórum
Internacional de Estudos Estratégicos para Desenvolvimento Agropecuário e Respeito ao Clima (FEED2012) e a proposta de criação da área de preservação permanente mundial, ambos no dia 19. A APP
Mundial será discutida no dia 20 em uma audiência pública conjunta das Comissões de Meio Ambiente,
Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) e de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), do
Senado. A proposta foi apresentada em março, na França, pela CNA, Embrapa e ANA (Agência Nacional
de Águas) durante o 6º Fórum Mundial da Água.
(DP)
-RIO+20: CNA, EMBRAPA E FASER DEBATEM EXTENSÃO RURAL NO DIA 18
SAFRAS (13) – O atual modelo de serviço de assistência técnica e extensão rural no Brasil e as
perspectivas para os próximos anos serão debatidos no Espaço AgroBrasil, liderado pelo Sistema
CNA/SENAR, no Píer Mauá, um dos locais oficiais da Conferência das Nações Unidas sobre o
Desenvolvimento Sustentável – Rio+20, no dia 18 de junho, a partir das 14h.
Participam do Seminário de Extensão Rural a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária
do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, o ex-ministro da Agricultura, Alysson Paolinelli, e o pesquisador
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PRÉ-EVENTO
da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), Eliseu Alves, além de representantes da
Faser (Federação Nacional dos Trabalhadores da Assistência Técnica e do Setor Público Agrícola do
Brasil), Álvaro Simon, e da Fundação Dom Cabral, Gilberto Porto.
Houve significativo recuo na prestação de serviços de assistência técnica e extensão rural no Brasil.
Dados do Censo Agropecuário 2006 demonstram que apenas uma pequena parcela (9,32%) do universo
total de produtores brasileiros recebeu assistência técnica regularmente, indicando a deficiência do atual
modelo. Com o fim da Embrater (Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural), nos anos
90, poucos Estados assumiram essa tarefa. E sem apoio, técnico, nem financeiro, o pequeno produtor não
conseguiu acompanhar as novas tecnologias que transformaram a agricultura brasileira numa das
melhores do mundo.
Para a presidente da CNA, se os produtores forem capacitados, “terão mais condições de produzir sem
a necessidade de abrir novas áreas de produção”. Para ela, a melhoria da assistência técnica e do processo
educativo da extensão rural garantirá a inserção socioeconômica dos pequenos agricultores. Defende,
ainda, a adoção de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento sustentável, que permitam a inclusão
desses produtores ao sistema produtivo. A proposta do Seminário é repensar e propor melhorias
funcionais que contribuam para tornar o atual modelo de assistência técnica e extensão rural compatível
com a evolução socioeconômica do campo, considerando que a agropecuária é um dos principais
segmentos produtivos do País.
(DP)
-RIO+20: CNA DIVULGA DOCUMENTO DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO DIA 18
SAFRAS (13) - A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora
Kátia Abreu, apresentará o documento de posicionamento do agronegócio brasileiro para a Conferência
das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável – Rio+20, em entrevista coletiva, no próximo dia
18 de junho, às 12h, no Espaço Agrobrasil, no Píer Mauá S/A - um dos endereços oficiais da Conferência , localizado na Avenida Rodriguez Alves, 10, Praça Mauá, Rio de Janeiro, entre os armazéns 01 e 02
(área externa).
Este documento recebeu contribuições de lideranças rurais, técnicos, produtores, universidades e
instituições do agronegócio, durante três workshops de orientação, organizados pela CNA para a coleta
de subsídios, em Brasília (18/04), Uberaba/MG (02/05) e São Paulo (08/05). Durante os workshops
foram abordados temas como meio ambiente, inovação e tecnologia, educação no meio rural, segurança
alimentar e nutricional e erradicação da pobreza. As sugestões foram organizadas e consolidadas em
propostas, que serão entregues oficialmente, pela presidente da CNA, às autoridades e negociadores
durante a Conferência.
No espaço AgroBrasil, local onde se realizará a coletiva, os jornalistas também poderão conhecer
projetos e tecnologias desenvolvidos pelo Sistema CNA/SENAR com o objetivo de estimular a produção
de alimentos com preservação ambiental, entre eles o Projeto Biomas, lançado internacionalmente
durante a COP 16, em Cancún, no México. Também será possível conhecer a história da agropecuária no
Brasil, as vantagens da agropecuária sustentável e cases de sucesso com o uso de tecnologias de baixo
carbono.
(DP)
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PRÉ-EVENTO
-RIO+20: USO DE BIOGÁS NO MS ABRE DISCUSSÕES NO ESPAÇO AGROBRASIL
Por Dylan Della Pasqua, do Rio de Janeiro/RJ
SAFRAS (13) – A contribuição do agronegócio brasileiro ao debate em torno da sustentabilidade
durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, terá início às
13hs desta quarta-feira.
O uso de biogás, a partir da suinocultura e bovinocultura de confinamento, na geração de energia para o
setor produtivo e industrial de Mato Grosso do Sul abrirá os debates no espaço AgroBrasil, com eventos
que acontecem de 13 a 22 de junho, no Rio de Janeiro.
Esse é um dos cases de sucesso de Mato Grosso do Sul que serão apresentados pela Federação da
Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul – FAMASUL e Federação das Indústrias de MS (Fiems).
A pesquisa aponta as vantagens econômicas e ambientais do uso do gás metano obtido pela biomassa
da suinocultura de São Gabriel do Oeste e de confinamento em Rio Verde de Mato Grosso para produção
de energia ao Pólo Cerâmico da região Norte. Os experimentos para a pesquisa foram desenvolvidos com
produtores da Cooperativa Agropecuária de São Gabriel do Oeste (Cooasgo), com total de 160 mil suínos,
que produzem a média de 80 mil milímetros cúbicos de gás por dia que, após a purificação, rendem 40 mil
milímetros de gás natural. A Cooasgo conta com 38 propriedades com 75 biodigestores instalados para
geração do gás.
O sistema integrado lavoura, pecuária e floresta (ILPF), a geração de carbono das cadeias produtivas
do Estado e as potencialidades turísticas sul-mato-grossenses também serão apresentados no local, que
conta com a participação da Embrapa Gado de Corte, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento
Agrário da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo (Seprotur) e do Sistema Fiems.
Programação específica de MS na Rio + 20
Data: 13 de junho de 2012
13 h – Abertura – governador de MS, André Puccinelli, e presidente da Famasul, Eduardo Riedel.
13h30 – 14h10 – 1ª Apresentação: Potencialidades Turísticas de MS – Fundação de Turismo do Estado
de MS – FUNDTUR
14h10 – 14h50 – 2ª Apresentação: Agronegócio com Sustentabilidade – A Eficiência das Cadeias
Produtivas do Agronegócio no Mato Grosso do Sul – Cleber Oliveira Soares – Chefe Geral da Embrapa
Gado de Corte.
15h10 – 15h30 – 3ª Apresentação: A eficiência no uso de biogás de suinocultura e ovinocultura para
geração de energia – Marco Aurélio Candia Braga – engenheiro mecânico
15h30 – 15h50 – 4ª Apresentação: Programa de Avanços da Pecuária – Novilho Precoce – Alexandre
Scaff Raffi – Presidente da Associação do Novilho Precoce
15h50 – 16h10 - 5ª Apresentação: Pecuária Orgânica no Pantanal – Exemplo de produção sustentável.
Leonardo Leite de Barros – Presidente da Associação Brasileira de Produtores Orgânicos
16h10 – 16h40 - 6ª Apresentação: Pecuária de corte brasileira; redução do aquecimento global pela
eficiência dos sistemas de produção. Davi J. Bungenstab – Pesquisador da Embrapa Gado de Corte.
16h40 – 17h – Debate
(DP)
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13 DE JUNHO
RIO+20: MS VISA RECUPERAR ÁREA DEGRADADA E PRODUZIR COM
SUSTENTABILIDADE
Por Dylan Della Pasqua, do Rio de Janeiro/RJ
SAFRAS (13) – O grande objetivo do governo do Mato Grosso do Sul é recuperar a área degradada de
cerca de 10 milhões de hectares, acrescentando-a no processo produtivo. Para isso, o estado conta com a
utilização por parte do produtores dos recursos disponibilizados pelo programa ABC – Agricultura de
Baixo Carbono -, através do governo federal. A meta foi colocada pela Secretaria de Desenvolvimento
Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo do Mato Grosso do Sul, Tereza Cristina
Correa da Costa Dias, durante a palestra de abertura do espaço AgroBrasil, na Conferência das Nações
Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável – Rio+20.
“O Mato Grosso do Sul é o estado verde e estamos aproveitando esta vitrine para apresentar os cases de
sucesso do estado, que contribuem para uma produção sustentável”, frisou a secretaria. “Estamos na
Rio+20, mas o Mato Grosso do Sul é mais verde”, brincou.
O Estado, com PIB de R$ 40,4 bilhões, tem um rebanho de 21,7 milhões de cabeças. A pecuária
extensiva é praticada há mais de 200 anos no Pantanal, convivendo de forma harmoniosa com o meio
ambiente. A produção agrícola sul-matogrossense ocupa 2,3 milhões de hectares e disponibiliza 9,8
milhões de toneladas de grãos, sendo 5,3 milhões de toneladas de soja e 3,5 milhões de toneladas de milho,
além de 38 milhões de toneladas de cana-de-açúcar.
Sendo um Estado exportador, a infraestrutura ainda é o grande desafio “para que tudo que seja
produzido seja escoado de maneira economicamente sustentável”, conforme disse a secretaria. “Estamos
investindo em ferrovias, hidrovias, rodovias, em um etanolduto e também no terminal intermodal de
cargas de Campo Grande, que está em fase final de conclusão”, enumerou Teresa Cristina.
A secretaria destacou ainda os incentivos e benefícios fiscais oferecidos pelo Estado às empresas,
criando empregos e visando agregar valor aos produtos de exportação agrícola. “Estamos incentivando a
industrialização da carne e do leite, incentivamos também o plantio de florestas, dispensando o
licenciamento ambiental para espécies nativas e exóticas”, apontou, lembrando ainda que o estado possui
24 usinas de processamento de cara e que o objetivo do estado é cultivar 6,8 milhões de hectares com cana
até 2018.
Também presente ao evento, o presidente do Sindicato Rural de Campo Grande, Ruy Fachini Filho, fez
questão de ressaltar a importância da agropecuária, que gera amplo superávit comercial ao Estado. “A
agropecuária tem se desenvolvido muito no Mato Grosso do Sul e, importante destacar, atendendo aos
preceitos de sustentabilidade”, completou.
(DP)
-RIO+20: EXPANSÃO DO AGRONEGÓCIO DO MS NÃO TEM RELAÇÃO COM
DESMATAMENTO
Por Dylan Della Pasqua, do Rio de Janeiro/RJ
SAFRAS (13) – A expansão do agronegócio do Mato Grosso do Sul não tem relação com um possível
aumento no desmatamento. A afirmação foi feita pelo chefe-geral da Embrapa Gado de Corte Cleber
Oliveira Soares, durante o ciclo de palestras do espaço AgroBrasil, na Conferência das Nações Unidas
sobre Desenvolvimento Sustentável – Rio+20. “O Estado tem um balanço positivo em termos de produção
e consumo de serviços ambientais. A integração das atividades agropecuárias, com o uso de tecnologia,
põe o Mato Grosso do Sul em papel de destaque na preservação ambiental”, assegurou.
Como exemplo, o chefe-geral da Embrapa Gado de Corte lembrou que em cinco anos o estado mitigou o
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13 DE JUNHO
equivalente a mais de três cidades de São Paulo em termos de poluição.
Soares enumerou alguns fatores de eficiência do estado na direção da sustentabilidade. No que diz
respeito à produção de grãos, o aumento no rendimento da soja nos últimos 10 anos ajudou a evitar a
abertura de 1,55 milhão de hectares de novas áreas e também impediu a emissão de quase 1,9 milhão de
toneladas de dióxido de carbono ao ano.
O cultivo de cana-de-açúcar cresceu 311% no Estado nos últimos cinco anos, principalmente sobre
áreas degradadas, sem causar desmatamento e sem prejudicar a produção de alimentos. A cogeração de
energia pelo setor sucroalcooleiro aumentou 10 vezs nos últimos três anos. Só a substituição da gasolina
pelo etanol produzido no MS entre 2006 e 2010 corresponderia à redução de 20,8 milhões de toneladas
de emissões de CO2.
O crescimento médio em área de florestas plantadas foi de quase 30% ao ano nos últimos cinco anos. O
sequestro de carbono pelo setor é de aproximadamente 1,2 milhão de toneladas por ano. Já a pecuária de
corte cedeu aproximadamente 1 milhão de hectares para os setores sucroalcooleiros e florestal, mas
manteve o volume de produção.
(DP)
-RIO+20: EXEMPLOS DO MS REFORÇAM DEFESA DO AGRONEGÓCIO SUSTENTÁVEL
Por Dylan Della Pasqua, do Rio de Janeiro/RJ
SAFRAS (13) – A principal defesa do agronegócio nacional às investidas de grupos ambientalistas e a
ratificação do caráter sustentável da agropecuária brasileira podem ser bem compactados nos exemplos.
No caso do Mato Grosso do Sul, dois “cases” mostram o cuidado do setor com o desenvolvimento
sustentável: o programa Novilho Precoce e a Pecuária Orgânica do Pantanal, apresentados durante o
ciclo de palestras do espaço AgroBrasil, na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento
Sustentável – Rio+20.
A Associação do Novilho Precoce engloba 230 produtores e um rebanho de 600 mil cabeças. Desde que
foi fundada, há 14 anos, a Associação contabiliza mais de 500 mil abates. O Programa se firma na
parceria produtor, frigorífico e supermercados e abate cerca de 65 mil cabeça por ano. “Isso agrega valor
ao produto. A produção responsável faz parte de nossa filosofia, dentro de normas e regras estabelecidas,
que envolvem bem estar animal, gestão, questões trabalhistas, entre outros”, explica o presidente da
Associação, Alexandre Scaff Raffi.
Entre as vantagens do Novilho Precoce, o presidente enumera o maior índice de produtividade, o
menos risco de acidentes, uma gestão econômica mais eficiente e uma maior consciência ambiental. “Se
produz mais em uma mesma área, há um maior sequestro de carbono e uma menor emissão de gases de
efeito estufa. Portanto, temos um sistema de produção altamente sustentável”, assegura Raffi.
Já a Associação Brasileira de Produtores Orgânicos (ABPO) decidiu adotar o protocolo orgânico
como certificação. “Nosso objetivo é agregar valor, respeitando a sociedade e o meio-ambiente”, destaca
o presidente da ABPO, Leonardo Leite de Barros, ressaltando as especificidades inerentes ao gado
pantaneiro. A Associação tem 10 associados, em uma área de 115 mil hectares, com 60 mil cabeças. O
abate mensal é de 500 animais.
Segundo Barros, não há dúvidas de que a pecuária do Pantanal é uma atividade econômica sustentável,
que atende a requisitos históricos, culturas e geográficos. “Já são 200 anos de atividade e o Pantanal
permanece com 87% da vegetação original”, indica. O presidente da ABPO não se furtou a fazer um
balanço mais geral do evento. “Estamos na Rio+20 para reconstruir as besteiras que fizemos lá atrás.
Todos somos responsáveis. Apontar vilões não é solução”, disse.
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13 DE JUNHO
Para Leonardo Leite de Barros, a Conferência pode ser um ponto de partida para a adoção de uma
nova liderança, que teria como meta reverter uma situação insustentável. “Esta nova governança tem que
estipular metas auditáveis rumo à sustentabilidade. São tarefas globais e medidas simplistas devem ser
repudiadas neste momento”, concluiu.
(DP)
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14 DE JUNHO
-RIO+20: ILPF E BOAS PRÁTICAS AGRÍCOLAS NA PAUTA DE HOJE DO AGROBRASIL
SAFRAS (14) – A programação de hoje do espaço AgroBrasil, na Conferência das Nações Unidas
sobre Desenvolvimento Sustentável – Rio+20, reserva espaço para os sistemas sustentáveis de produção
agropecuária. Destaque para as discussões em torno do sistema de Integração Lavoura, Pecuária e
Floresta (ILPF) e outras boas práticas agropecuárias.
Entre 11hs e 13hs, no auditório 1, será apresentando o Programa Produtor de Água, da Secretaria de
Agricultura de Rio Verde, Goiás. No mesmo horário, no auditório 2, as discussões serão sobre a ILPF,
com o “case” da Fazenda Santa Brígida, também de Goiás.
Das 14hs às 17hs, a Farsul – Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul – palestra sobre
as Boas Práticas Agropecuárias do Estado, no auditório 1. Já no auditório 2, o tema de Debate é a
Economia Verde e Educação para as Boas Práticas Agrícolas.
(DP)
-RIO+20: ILPF COMBINA RENTABILIDADE ECONÔMICA COM BENEFÍCIO AMBIENTAL
Por Dylan Della Pasqua, do Rio de Janeiro/RJ
SAFRAS (14) – O sistema de Integração Lavoura, Pecuária e Floresta (ILPF) centrou as discussões
da manhã desta quinta-feira no espaço AgroBrasil, na Conferência das Nações Unidas sobre
Desenvolvimento Sustentável – Rio+20. O exemplo da Fazenda Santa Brígida, em Ipamerí, no sudoeste
de Goiás, resumiu os benefícios e os resultados positivos da adoção da prática, combinando melhores
resultados econômicos com preservação do meio ambiente.
“A Santa Brígida usa o melhor da agricultura intensiva e também da agroecologia, o que resulta em
colheitas fartas e crescentes, com uso intensivo de insumos e melhora nos atributos de sustentabilidade do
solo”, destacou engenheiro-agrônomo Roberto José de Freitas, um dos responsáveis pelo processo de
adoção do sistema de integração, no ano de 2006.
A Fazenda possui 922 hectares, sendo que 600 são destinados à ILPF. A situação em 2006 era muito
ruim. O clima na região não era o mais adequado, com grandes períodos sem chuva, e o solo era ácido e
com baixa produtividade.. A partir daquele ano, a associação entre a Santa Brígida, Embrapa e John
Deere fez com que a Integração Lavoura e Pecuária fosse adotada em todos os anos. Em 2008/09, a
plantação de eucaliptos deflagrou a prática de Integração Lavoura, Pecuária e Floresta.
Neste período, a produtividade da soja pulou de 2.400 quilos por hectare para 4.080 quilos por
hectare, bem acima da média nacional. O rendimento do milho mais que dobrou, pulando de 4.800 quilos
para 10.800 quilos por hectare. No caso da pecuária, a produtividade passou de 2 arrobas para 16
arrobas por hectare, a idade média de abate de 4 para 3 anos e o custo de produção de carne baixou de 73
reais para 34 reais por arroba.
A proprietária da fazenda, Marize Porto Costa, destacou a exploração sustentável da Santa Brígida.
“Recuperamos quase 1.000 hectares de solo degradado. Era uma propriedade que não dava lucros,
economicamente inviável. A adotar os sistemas de integração, assumidos uma prática complexa, mas
completa, que exige pessoas preparadas para gerir e planejar. Ainda temos gargalos, mas os resultados
são muito bons”, explicou.
O pesquisador da Embrapa Solo do Rio de Janeiro, Luís Hernani, lembrou que a ILPF é o ideal que se
busca dentro do sistema de produção agropecuária. “Os resultados são surpreendentemente bons, mas
temos que desenvolvê-lo de maneira correta, obtendo alta rentabilidade com benefício ao meio
ambiente”, resume.
(DP)
11
14 DE JUNHO
-RIO+20: SPEROTTO ALERTA PARA NECESSIDADE DE INVESTIMENTO
EM IRRIGAÇÃO NO RS
Por Dylan Della Pasqua, do Rio de Janeiro/RJ
SAFRAS (14) – O presidente do sistema Farsul, Carlos Sperotto, destacou hoje, durante o ciclo de
palestras no espaço AgroBrasil, na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável –
Rio+20, o papel da irrigação e as perspectivas de investimentos no Rio Grande do Sul. “Precisamos
investir em capacitação para aumentar a utilização da irrigação no estado”, frisou. O Estado tem uma
área de 1,050 milhão de hectares de arroz irrigado por inundação. Mas as outras técnicas de irrigação
ainda tem uma participação pequena, de 110 mil hectares. “Pretendemos que essa área passe para pelo
menos 200 mil hectares nos próximos dois anos”, projetou.
A necessidade de investimentos em irrigação no Rio Grande do Sul tomou maior forma depois dos
resultados da atual temporada. A produção agrícola gaúcha foi drasticamente prejudicada pelos efeitos
da estiagem. “A demanda tende a crescer”, admitiu Sperotto. “O governo gaúcho está fazendo o esforço
necessário para dirimir os efeitos da estiagem, também com ações voltadas à maior utilização de técnicas
de irrigação, mas esbarra nas exigências da legislação ambiental”, resumiu Sperotto.
Ao abrir o seminário sobre Boas Práticas Agropecuárias no Rio Grande do Sul, o presidente do Sistema
Farsul afirmou que o objetivo dos representantes do agronegócio gaúcho é “na ficar de fora desta
discussão”, envolvendo a produção agropecuária e sua contribuição para as práticas sustentáveis.
“Queremos dar nossa contribuição a Rio+20. Nunca ficamos de fora e sempre nos posicionamos em
questões envolvendo a conciliação da agropecuária e da sustentabilidade”, disse.
Irrigação
Em relação à irrigação, o chefe da divisão técnica do Senar do Rio Grande do Sul, João Augusto Telles,
ressaltou as possibilidades de expansão do sistema no Brasil e no Rio Grande do Sul e sua importância
para atender às demandas de aumento na produção mundial de alimentos. “A saída para produzir mais é
investir em produtividade. O futuro da irrigação no terceiro mundo vai depender do aumento na demanda
por alimento, no crescimento da população e na qualidade do meio ambiente”, apontou, lembrando que
hoje o Brasil tem cerca de 4 milhões de hectares de área irrigada e potencial para cultivar 30 milhões de
hectares, sem prejuízo ambiental.
Segundo Telles, cada hectare irrigado produz o equivalente a 3,5 hectares de sequeiro. “A irrigação
gera emprego e desenvolvimento sustentável. Temos espaço, solo apropriado, abundância de recursos
hídricos, mão de obra disponível e até fronteira agrícola para expandir”, apontou.
No caso do Rio Grande do Sul, há 110 mil hectares de área irrigada por métodos que não sejam de
inundação, sendo 75 mil hectares de pivô central, 30 mil de aspersão e 5 mil hectares de forma localizada,
significa 2% da área total cultivada no Estado. Entre os gargalos para a expansão, Telles cita a legislação
ambiental, a pouca disponibilidade de energia elétrica e a dificuldade de acesso ao crédito.
(DP)
12
14 DE JUNHO
-RIO+20: RS TEM 41,3% DO BIOMA PAMPA PRESERVADO - FARSUL
Por Dylan Della Pasqua, do Rio de Janeiro/RJ
SAFRAS (14) – O avanço da agropecuária gaúcha está dentro da legislação. Não há desmatamento
ilegal no Estado. Nos últimos anos, houve um aumento de 43% nas matas naturais do Rio Grande do Sul e
o Bioma Pampa tem 41,3% de sua área preservada, bem acima o exigido pela legislação ambiental. O
resumo foi feito pelo assessor técnico do sistema Farsul, Eduardo Condorelli, durante o ciclo de palestra
do espaço AgroBrasil, na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável – Rio+20.
Na avaliação de Condorelli, ainda há espaço para a abertura de fronteiras agrícolas na região do
Pampa, sem desrespeitar as leis ambientais. “Estamos buscando produção integrada, técnicas de manejo
mais adequadas à região, buscando sistemas agrossilvopastoris e integração lavoura pecuária”, disse. A
participação das lavouras de soja, milho e sorgo se integram ao arroz irrigado e à pecuária. Com isso, o
Estado visa a manutenção do homem no campo, reforçando o papel social da sustentabilidade, além da
geração de novos postos de trabalho e a preservação do patrimônio cultural gaúcho, fechando o pacote de
contribuição em busca da economia verde.
O Rio Grande do Sul é o terceiro maior produtor de grãos do Brasil, com 28,9 milhões de toneladas de
grãos. É o oitavo no ranking de abate bovino, com 1,9 milhão de cabeças. Segundo dados da Farsul, o
agronegócio contribui com 29% do PIB do Estado e tem 43% das exportações. Na suinocultura, o
Estado tem o segundo maior rebanho, com 6,9 milhões de cabeças e participação de 14,4% sobre o total
do País. São 10 mil suinocultores, gerando mais de 14 mil empregos. Na avicultura, o Estado é o terceiro
maior produtor, com 10.300 integrados e 32.612 aviários.
(DP)
13
15 DE JUNHO
-RIO+20: TECNOLOGIA NA PRODUÇÃO DE ALIMENTOS EM DEBATE NO AGROBRASIL
SAFRAS (15) – A utilização de tecnologia no aumento da produção de alimentos centra as discussões
de hoje no espaço AgroBrasil, na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável –
Rio+20, que ocorre no Rio de Janeiro.
No auditório 1, entre 11hs e 13hs, a Embrapa faz palestra sobre Alimentos Biofortificados. Entre 14hs
e 15hs, o tema será As Tecnologias e o Incremento da Produção de Alimentos, iniciativa da Abisolo. Entre
15hs e 16hs, a ANDA debate A Importância dos Fertilizantes na Sustentabilidade. Das 16hs às 17hs, a
Abisolo faz palestra sobre Fertilizantes Organominerais – Uma Opção para a Agricultura Sustentável.
No auditório 2, a Universidade de Viçosa apresenta o Projeto Mudar Gerais, entre 11hs e 13hs. A partir
das 15hs, o SusteinAGRO debate Melhores Práticas e Oportunidades Tecnológicas para Produtores
Rurais na América do Sul. Às 17s, será lançado o livro Inovação, Agricultura e Alimentos para o Futuro
Sustentável, pela Andef e pela ABAG.
(DP)
-RIO+20: CNA, EMBRAPA E ANA VÃO DEFENDER CRIAÇÃO DE APP MUNDIAL
SAFRAS (15) - A proposta de criação de um conceito mundial de Áreas de Proteção Permanente
(APPs) será apresentada no Espaço AgroBrasil, no Píer Mauá, um dos locais oficiais da Conferência das
Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável – Rio+20, no dia 19 de junho, a partir das 11h. A
presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, o diretorpresidente da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), Pedro Arraes, e o diretorpresidente da Agência Nacional das Águas (ANA), Vicente Guillo, falarão sobre a experiência brasileira
de preservação das margens de rios, nascentes e áreas de recarga de aqüíferos, incentivando a criação, em
todo o mundo, de áreas protegidas para a preservação dos recursos hídricos do planeta.
Uma maquete de 100m² estará em exposição no estande AgroBrasil, durante a Rio+20, para mostrar
aos visitantes como funciona uma propriedade rural brasileira dentro das exigências da legislação
ambiental em vigor no Brasil, a exemplo das Áreas de Preservação Permanente (APPs) e de Reserva
Legal. Mostrará, também, as novas tecnologias da agricultura de baixo carbono, como o plantio direto e a
Integração Lavoura-Pecuária-Floresta. A ideia é que o público entenda o modelo brasileiro e que a
experiência bem-sucedida seja compartilhada com o mundo, com a adoção do conceito de APP Mundial.
“O que nós queremos é encontrar adeptos a um conceito mundial de áreas de proteção permanente e
que cada país possa, de forma autônoma, adotar uma legislação própria para a revitalização e a
conservação das matas ciliares”, destaca a presidente da CNA. A proposta de universalização do conceito
das áreas de preservação permanente foi apresentada, em março, pela CNA, ANA e Embrapa, durante o
6º Fórum Mundial da Água, em Marselha, na França. De acordo com a legislação brasileira, as Áreas de
Preservação Permanente (APPs) são aquelas localizadas ao longo de cursos d'água, nas nascentes e nas
áreas de forte recarga. “Por que não compartilhar esse modelo com o mundo?”, indaga a senadora Kátia
Abreu.
(DP)
14
15 DE JUNHO
-RIO+20: BIOFORTIFICAÇÃO COMBINA MENOR INSEGURAÇA ALIMENTAR E
SUSTENTABILIDADE
Por Dylan Della Pasqua, do Rio de Janeiro/RJ
SAFRAS (15) – A biofortificação de cultivos é uma intervenção sustentável que objetiva diminuir a
desnutrição e aumentar a renda dos produtores familiares. No Brasil, a Embrapa Agroindústria de
Alimentos lidera o projeto Biofort, que conta também com onze unidades da empresa. No país, são
conduzidos ao mesmo tempo trabalhos com oito culturas diferentes: abóbora, arroz, batata-doce, feijão,
feijão-caupi, mandioca, milho e trigo. A contribuição da biofortificação foi apresentada hoje, no espaço
AgroBrasil, na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável – Rio+20, pelo
pesquisador da Embrapa, José Luiz Viana de Carvalho.
“Visamos o maior conteúdo nutricional do alimento e procuramos a melhor característica agronômica
das cultivares, objetivando a diminuição da insegurança alimentar”, disse o pesquisador, acrescentando
que o projeto quer enriquecer a dieta da população, em regiões carentes. Para atingir esta meta, as
variedades são modificadas geneticamente. O projeto foi criado e 2003 e uma das diferenciações no caso
brasileiro é que o programa não muda os hábitos alimentares da região e também não cria novas culturas.
“Utilizamos as culturas mais comuns na região”, esclarece o pesquisador.
(DP)
-RIO+20: APESAR DE MAIS PERMISSIVO, CÓDIGO FLORESTAL PODE SER CUMPRIDO
Por Dylan Della Pasqua, do Rio de Janeiro/RJ
SAFRAS (15) – Apesar de todas as concessões, o novo Código Florestal brasileiro pode apresentar
resultados mais positivos para a preservação ambiental, já que o texto anterior, de 1965, não era
cumprido. A avaliação é do advogado especializado em direito ambiental da Universidade Federal de
Viçosa, Lucas Carvalho, que palestrou no espaço AgroBrasil, na Conferência das Nações Unidas sobre
Desenvolvimento Sustentável – Rio+20. “Mesmo sendo mais permissível, na prática teremos
propriedades rurais ambientalmente mais corretas”, completa.
Para o advogado, que participa do Projeto Mudar Gerais, o novo Código não vai aumentar o
desmatamento, mas diminui a recomposição de florestas. “Mas existem no texto instrumentos de
incentivo a esta recomposição que precisam ser efetivamente implantados. Não podemos falar com
certeza se o código é melhor ou pior que o antigo, mas este texto pode ser cumprido, diferentemente do
antigo”, disse.
Entre os pontos mais controversos do Código, Carvalho destaca a anistia aos produtores que
desmataram até julho de 2008. Para o advogado, a retroatividade da lei não está correta. Para ele, a
anistia teria que ter validade a partir da vigência da nova legislação. Outro ponto que gera muita discussão
é o referente ao uso consolidado.
Quem se posiciona contrário à norma lembra que pelo atual Código o infrator até 2008 não será
penalizado e quem cumpriu a lei será prejudicado. “Isso tira a credibilidade da norma”, afirma o
advgado. Já os favoráveis ao uso consolidado destacam a manutenção da área produtiva e o impacto
social da decisão, além de ressaltar a impossibilidade de cumprimento da legislação anterior. “Também
temos que lembrar dos programas governamentais que estimularam o desmatamento e o descumprimento
da lei”.
Os pontos positivos em termos ambientais do novo Código, segundo o advogado, são o pagamento por
serviços ambientais, que gera um estímulo grande, o cadastro ambiental rural e o programa de
regulamentação ambiental.
15
15 DE JUNHO
O economista da Universidade e também participante do Projeto Mudar Gerais, Pedro Máximo,
lamenta que a discussão em torno do novo Código pode não conduzir a uma solução. “É difícil encontrar
parâmetros. Em alguns casos, o antigo código inviabilizaria a produção. Mas o novo gera casos em que a
preservação exigida é inferior ao desejo dos próprios produtores”.
Para ele, parâmetros únicos não atendem à realidade do Brasil, já que a lei e a atuação governamental
deveriam observar as peculiaridades regionais. “Há uma contradição muito grande entre os parâmetros
de proteção e o tratamento diferenciado a pequenas propriedades. As respostas são específicas e fica
difícil generalizar”, completa o economista.
(DP)
-RIO+20: ALGODÃO OGM VIABILIZA RETOMADA DO CULTIVO NO NORTE DE MG
Por Dylan Della Pasqua, do Rio de Janeiro/RJ
SAFRAS (15) – A adoção da variedade transgênica Bollgard, resiste a insetos e pragas, é a base do
Projeto de Retomada do Algodão no Norte de Minas Gerais. A cultura, praticamente dizimada na década
de 90, começa a dar resultados e trazer de volta ao campo o pequeno produtor local. O exemplo Catuti,
município da região, foi abordado hoje durante o ciclo de palestras no espaço AgroBrasil, na Conferência
das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável – Rio+20.
“A biotecnologia nos deu a chave para a recuperação da lavoura na região. Essa foi a solução viável que
encontramos, apesar da aparente contradição em combinar agricultura familiar com transgênicos”,
explica o técnico acropecuário da Cooperativa dos Produtores Rurais de Catuti (Coopercat), José
Tibúrcio de Carvalho Filho, responsável pelo início do projeto, em 2005, com a adoção o algodão
transgênico por cinco famílias da região.
Com o algodão convencional, as aplicações de defensivos eram 25. Agora passaram para sete. A
produtividade não chegava a 30 arroba por hectare. Nos últimos dois anos, este número superou a casa de
200 arrobas. “O custo com o algodão convencional ficou muito alto. Não saíamos do vermelho. Agora a
realidade é outra, estamos beneficiando o algodão e negociando diretamente com a indústria. Recebemos
o certificado Better Cotton e com a adoção da mecanização, temos por onde melhorar ainda mais”,
comemora o produtor local Hermínio Costa.
Tibúrcio destacou a importância social do projeto, com os produtores retomando a atividade rural,
migrando da zona urbana. “O algodão transgênico mudou a qualidade de vida local e trouxe perspectiva
positiva para a região”, concluiu, lembrando que muito agricultores na região estão demandando o
ingresso no Projeto. “Mas precisamos expandir de forma adequada”, ressalvou.
(DP)
16
16 DE JUNHO
-RIO+20: COOPERATIVISMO ESTÁ COMPROMETIDO COM A SUSTENTABILIDADE - OCB
Por Dylan Della Pasqua, do Rio de Janeiro/RJ
SAFRAS (18) – O cooperativismo está alinhado na proposta de construir um mundo melhor, já que é
um sistema comprometido com a sustentabilidade, tanto em termos econômicos como social e
ambientalmente. A avaliação foi feita pelo presidente do Sistema OCB/SESCOOP, Márcio Lopes de
Freitas, no sábado, Dia do Cooperativismo no espaço AgroBrasil, durante a Conferência das Nações
Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável – Rio+20.
Freitas lembrou que 2012 é o Ano Internacional do Cooperativismo, afirmando que “mais do que a
comemoração de um ano, o significado transparece o reconhecimento mundial do papel do
cooperativismo, que foi capaz de mitigar os efeitos da crise econômica internacional”. O presidente
reiterou que mesmo com o agravamento da crise de confiança no sistema financeiro, o cooperativismo
cresceu, disponibilizando um volume crescente de crédito, enquanto as instituições tradicionais
seguraram a oferta de capital. “As cooperativas supriram esta demanda por credito”, completou.
“Precisamos de um cooperativismo forte e que o nosso papel seja reconhecido pela sociedade”,
afirmou Freitas, usado como exemplo a participação do setor no agronegócio. O presidente lembrou que
48% da produção agropecuária brasileira passará pelas cooperativas.
Além de ressaltar a importância de ser o ano internacional, o presidente do Sistema OCB destacou a
relevância do cooperativismo estar na pauta oficial da Rio+20. “Precisamos bater tambor e ecoar dentro
da Conferência, mostrando o nosso caráter sustentável”, concluiu.
Declaração oficial
A diretora da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), Betsy Dribben, destacou o crescimento da
economia brasileira, ressaltando a grande participação do cooperativismo esta expansão. “O
cooperativismo tem que fazer parte do cotidiano de todos. Isso já existe no Brasil e é exemplo para o
mundo”, frisou.
Dribben se mostrou esperançosa de que a declaração oficial da Rio+20 reconheça o papel do
cooperativismo no desenvolvimento sustentável e na erradicação da pobreza mundial. “Esperamos o
reconhecimento adequado. O cooperativismo torna o mundo melhor. Queremos que este reconhecimento
seja comprovado por escrito”, acrescentou.
Seguindo nesta linha, o presidente da Embrapa, Pedro Arraes, destacou o avanço das cooperativas
brasileiras e como o agronegócio do País se desenvolveu de forma sustentável. “Temos muito o que
mostrar na Rio+20, como o Programa ABC e o Projeto Biomas”, exemplificou. “Nós temos que nos
orgulhar do Brasil. Construímos a agricultura mais sustentável do planeta, temos a agricultura mais verde
do planeta”, ratificou, ressalvando que o setor tem muito a crescer e que vai atingir este crescimento
através da pesquisa e junto com o cooperativismo.
Representando o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o secretário do
Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, Erikson Camargo Chandoha, assegurou que o governo
federal está fazendo ações fortes em prol do sistema cooperativista. “Isso ficou evidente no esforço
desprendido para incluir o cooperativismo na pauta oficial da Rio+20”, indicou. O secretário lembrou
ainda que o governo, junto com o setor, está enfrentando o desafio da sustentabilidade e de tornar “o
mundo melhor ambientalmente”.
(DP)
17
16 DE JUNHO
-RIO+20: CNA LANÇA POLÍTICA DE GOVERNANÇA CLIMÁTICA DA AGRICULTURA DIA 20
SAFRAS (18) - A agropecuária brasileira pode se tornar um modelo mundial de sustentabilidade.
Para consolidar essa condição, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) promove no
dia 20 de junho, a partir das 15h, no Espaço AgroBrasil, no Pier Mauá, o Seminário Governança
Climática da Agropecuária. Com a iniciativa, a entidade que representa mais de cinco milhões de
produtores rurais brasileiros pretende contribuir para a redução da emissão dos Gases de Efeito Estufa
(GEE) e transformar em vantagem competitiva no mercado internacional a adoção de práticas que
minimizem os reflexos do aumento da temperatura global sobre a produção de alimentos.
Segundo a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu, uma das finalidades da Política de Governança
Climática da Agropecuária (PGCA) é atuar em favor do clima e da produção rural de baixo carbono.
“Vamos procurar medir essas emissões e buscar os caminhos necessários para uma atividade cada vez
mais eficiente e menos emissora de carbono”, destacou.
Considerado um dos setores mais vulneráveis às alterações climáticas devido aos impactos nos recursos
hídricos, no solo e na produtividade, a agropecuária brasileira resolveu assumir o compromisso de ser
também protagonista da discussão. Com a Política de Governança Climática da Agropecuária (PGCA)
será possível mobilizar o setor – produtores rurais, fornecedores, distribuidores e comerciantes – além de
viabilizar a cooperação do governo e da sociedade civil na direção de uma cultura setorial de baixo
carbono.
Um dos instrumentos criados pela CNA para estimular o setor a adotar boas práticas na atividade, sem
afetar a produtividade, é a implentação de programas, como o de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e
Tecnológico e de Treinamento e Capacitação, por meio do Instituto CNA e SENAR (Serviço Nacional de
Aprendizagem Rural). Por ser uma norma voluntária de boas práticas, a PGCA servirá de exemplo para a
execução de ações que levem à redução das emissões de carbono, nos moldes manifestados pelo Governo
brasileiro, a exemplo do Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC), do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
(DP)
-RIO+20: REPRESENTANTE DA FAO NO BRASIL LANÇA LIVRO NO ESPAÇO AGROBRASIL
SAFRAS (18) - O Espaço AgroBrasil, liderado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil
(CNA) durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável – a Rio+20, recebeu
na sexta-feira (15), no Pier Mauá, a visita do representante da Organização das Nações Unidas para
Agricultura e Alimentação (FAO) no Brasil, Hélder Muteia, para o lançamento do livro “Alimentos:
produzir mais e melhor”.
A obra relata as propostas apresentadas no Fórum Inovação, Agricultura e Alimentos para o Futuro
Sustentável durante os três anos em que o evento aconteceu em São Paulo. Criado em 2009, em parceria
com a FAO, Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef) e Associação Brasileira do Agronegócio
(Abag), o Fórum reuniu dezenas de convidados e palestrantes, cuja participação foi condensada neste
livro lançado pela FAO no espaço AgroBrasil, da Rio+20.
Segundo Hélder Mutela, “agricultores, pesquisadores e analistas agora têm uma linguagem comum.
“A ideia do livro foi divulgar as reflexões do Fórum e ter uma linguagem única, com o objetivo de
caminhar para uma fase de maior sustentabilidade no Brasil”, explicou o representa da FAO no Brasil.
O Fórum Inovação, Agricultura e Alimentos para o Futuro Sustentável, que originou o livro, integra a
Semana Mundial da Alimentação e promove a reflexão de temas sobre a produção e o consumo de
alimentos, fibras e energia, aliados às práticas sustentáveis. A finalidade do Fórum é oferecer uma ampla
visão sobre o papel da ciência e das inovações tecnológicas, com base na preocupação da Organização das
18
16 DE JUNHO
Nações Unidas (ONU) com a erradicação da pobreza e o combate à fome. “Sabemos que grande parte do
problema pode ser resolvido com as tecnologias”, destacou o representante da FAO.
(DP)
-RIO+20: PRESIDENTE DA CNA APRESENTA POSIÇÃO DA AGROPECUÁRIA ÀS 12HS
SAFRAS (18) - A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora
Kátia Abreu, apresenta documento com posição oficial da agropecuária brasileira para a Conferência das
Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável – Rio+20, em entrevista coletiva, na nesta segundafeira,às 12h, no Espaço AgroBrasil, no Píer Mauá S/A.
O documento do agro brasileiro recebeu contribuições de lideranças rurais, técnicos, produtores,
universidades e instituições do agronegócio, durante três workshops de orientação, organizados pela CNA
para a coleta de subsídios, em Brasília (18/04), Uberaba/MG (02/05) e São Paulo (08/05). Durante os
workshops foram abordados temas como meio ambiente, inovação e tecnologia, educação no meio rural,
segurança alimentar e nutricional e erradicação da pobreza.
As sugestões foram organizadas e consolidadas em propostas, que serão entregues oficialmente, pela
presidente da CNA, às autoridades e negociadores durante a Conferência.
(DP)
19
18 DE JUNHO
-RIO+20: MENDES DESTACA PUJANÇA E CELEBRA PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA
Por Dylan Della Pasqua, do Rio de Janeiro/RJ
SAFRAS (18) – O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho,
destacou hoje a pujança do agronegócio nacional e ressaltou a parceira público-privada, entre o Mapa e as
principais entidades representativas do setor. “É a maior parceria nestes níveis que eu conheço”,
destacou, durante a abertura oficial do espaço AgroBrasil, na Conferência das Nações Unidas sobre
Desenvolvimento Sustentável – Rio+20.
Mendes aproveitou a ocasião para estender o convite à sociedade urbana “que precisa conhecer o que o
agronegócio tem feito para levar alimento de qualidade à mesa do brasileiro”. O ministro sugeriu ainda
que o Mapa e a CNA leve o espaço para todo o Brasil, com o intuito de mostrar à população “porque a
agropecuária brasileira chegou no nível de excelência atual”.
O ministro frisou ainda a importância da Rio+20, classificando a Conferência como um paradigma
histórico. “Estamos discutindo o agronegócio com na Rio+20. Estamos discutindo temas juntamente
como o Ministério do Meio Ambiente”, disse.
A presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil, senadora Kátia Abreu,
também fez questão de valorizar a Rio+20, criticando àqueles que consideram o evento vazio. “Quem em
92 sabia ou discutia sustentabilidade? Naquele ano, nem fomos convidados a participar e hoje a sociedade
urbana está tendo a possibilidade de conhecer o campo”, disse, acrescentando que os serviços ambientais
merecem ser recumerados. “Uma árvore em pé tem que valer mais que uma derrubada”.
O secretário executivo do Meio Ambiente, Francisco Gaetani, aproveitou a ocasião para celebrar a
parceria entre a agricultura e o meio ambiente. “A divisão destes dois setores não é sustentável. A área
ambientalista não pode se fechar em um gueto. Precisamos de uma política ambiental compatível com as
necessidades da população”, finalizou.
(DP)
-RIO+20: CNA PROPÕE CRIAÇÃO DE ÍNDICE GLOBAL DE DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL
Por Dylan Della Pasqua, do Rio de Janeiro/RJ
SAFRAS (18) – A criação de um índice global de desenvolvimento sustentável, com o intuito de
permitir a abertura de mercados para países que adotam práticas ambientais corretas, e a constituição de
um fundo internacional para financiamento de tecnologia, que desenvolva a agricultura, são os principais
pontos do Documento de Posicionamento do Setor Agropecuário a Rio+20, divulgado hoje pela
presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu,
no espaço AgroBrasil.
A presidente da CNA disse que, a partir da criação de um índice global de desenvolvimento, os países
que produzem de formar sustentável poderão obter remunerações mais adequadas para manejo e
comercialização de seus produtos, premiando os serviços ambientais. Abreu disse que o índice não é
apenas uma ideia ou uma sugestão, que já há trabalho concreto em cima da adoção e que a CNA pretende
anunciá-lo em breve.
A economista da CNA, Rosemeire Santos, afirmou que a ideia do índice é contemplar as práticas
sustentáveis, levando em conta aspectos sociais, ambientais e econômicos. “Também vamos propor um
ranking com os países que adotarem o índice”, completou.
Entre os temas destacados pelo documento, destaque para tecnologia e inovação, economia verde
trabalho decente e meio ambiente. “Com o uso de tecnologia e a recuperação de áreas degradadas, o
Brasil poderá liberar até 70 milhões de hectares nos próximos anos e produzir em torno de 400 milhões de
toneladas de grãos e fibras”, projeta a senadora.
(DP)
20
18 DE JUNHO
-RIO+20: KÁTIA ABREU DESTACA INCLUSÃO DO SETOR PRODUTIVO NO EVENTO
Por Dylan Della Pasqua, do Rio de Janeiro/RJ
SAFRAS (18) – A inclusão do setor produtivo nas discussões em torno da sustentabilidade na Rio+20 a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável – é muito relevante. A afirmação foi
feita pela presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senador
Kátia Abreu, durante a divulgação do Documento de Posicionamento do Setor Agropecuário a Rio+20,
nesta segunda-feira, no espaço AgroBrasil.
“Em 1992, não participamos nem das visitações. Por isso, estamos felizes em fazer parte, nos fazendo
presentes. Estamos mostrando o que estamos fazendo e que nos importamos com a preservação do meio
ambiente e que estamos comprometidos com a sustentabilida”, reiterou a senadora. Para Abreu, todas as
teses ambientalistas são teorias e quem “as coloca em prática é o setor produtivo”.
“Estamos contentes com esta quebra de paradigmas. Deixamos de ser só assistentes e colocamos fim ao
monopólio das discussões, que eram restritas aos ambientalistas”, frisou.
A senadora também contradisse os críticos da Rio+20. “Não posso admitir que reconheçamos que em
20 anos nada tenha evoluído em termos ambientais. A questão do meio ambiente é tema recorrente em
todo os eventos. Virou uma mania. Uma mania positiva”, afirmou a presidente da CNA, acrescentando
não esperar da Rio+20 medidas imediatas, mas uma mudança de comportamento.
Sobre a ausência de chefes de Estado dos países desenvolvidos, Abreu disse entender a falta de
importantes líderes. Para ele, estes chefes não vêm à Conferência por não terem condições, no momento,
de cumprirem com seu papel. “Estes países já desmataram tudo. A contribuição deles neste momento
seria mudar a matriz energética ou financiar os países emergentes que estão adotando práticas
sustentáveis. Com a atual situação da economia destes países, eles seriam muito cobrados aqui e pouco
poderiam apresentar”.
Em relação ao Código Florestal, Kátia Abreu lembrou que o Brasil tem uma legislação muito rígida.
Para ela, a agropecuária nacional chegou ao atual nível de produtividade e de adoção de praticas
sustentáveis, mais pela inovação tecnológica do que pelo caráter coercitivo da lei. “Assumimos
voluntariamente metas de diminuição do desmatamento e da emissão de carbono. Não estou pregando que
não tenhamos leis, só criticando os exageros. Leis que não ajudaram neste desenvolvimento”, explicou.
A senadora defendeu ainda a continuidade das discussões em torno do Código, buscando um consenso
para que o máximo de pessoas seja beneficiado. “Não podemos ser radicais em discussões que envolvem o
meio ambiente”.
Economia verde
A senadora fez questão de enumerar os principais desafios à consolidação da economia verde e criticou
duramente os ataques ideológicos. “O capitalismo é que vai assegurar a inclusão das práticas
sustentáveis. Esse produto que vai surgir da economia verde tem um custo e alguém vai pagar por isso”,
disse.
Outro ponto levantado pela presidente da CNA é a necessidade de enfrentar os custos da mudança de
matriz energética e também remunerar aquele produtor que deixou de desmatar. “Os produtores têm uma
tarefa árdua. Não é fácil produzir mais e preservar o meio ambiente. Este processo exige a remuneração
adequada”, alertou.
A adoção da economia verde tem o custo da sustentabilidade, que deverá ser repassado ao consumidor
final. Outro obstáculo, segundo a senadora, é a assimetria entre os países. “Aqueles que estão dispostos a
trabalhar sob os preceitos da economia verde não poderão concorrer com quem não respeita as normas”,
finalizou.
(DP)
21
18 DE JUNHO
-RIO+20: SISTEMAS DE PRODUÇÃO CONTRIBUEM PARA SUSTENTABILIDADE
Por Dylan Della Pasqua, do Rio de Janeiro/RJ
SAFRAS (18) – A agropecuária brasileira vem apresentando ao mundo sistemas de produção e
tecnologias que visam atender aos preceitos de sustentabilidade. Reunidas sob o Programa ABC –
Agricultura de Baixo Carbono -, estas práticas estão contribuindo para garantir o cumprimento das metas
de redução de emissão de carbono, assumidas durante a COP-15.
No domingo, no espaço AgroBrasil, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento
Sustentável – Rio+20, alguns exemplos e seus benefícios foram reforçados. O vice-presidente da
Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha (Febrapdp), Franke Dijkstra, disse que a tecnologia é
sustentável, contribuindo para preservar o ambiente com maiores níveis de produtividade.
“Utilizamos apenas 8% da área brasileira para produzir. E temos 20% da área do país agricultável”,
lembra Dijkstra. Segundo ele, o Brasil é o País do futuro com a inclusão do plantio direto. “Temos terra,
clima e homens para aumentar a produção sem danos ao meio ambiente”, reiterou. Em 40 anos de
adoção, 60% da área de produção do Brasil é feita através do plantio direto.
O representante da ABCZ – Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), João Brito,
destacou que a prioridade da entidade, e da pecuária brasileira em geral, é verticalizar a produção,
através da produção integrada. A ABCZ está incentivando os produtores a adotarem a Integração
Lavoura, Pecuária e Florestas (ILPF), através da campanha “Ponha seu Boi na Sombra”, que visa
manter a floresta nativa ou amplia o plantio de eucalipto. “Só vejo vantagens na ILPF”.
Brito disse ainda que todas as ações da pecuária a partir de agora são naturalmente sustentáveis. O
pecuarista tem a missão de produzir mais em áreas menores. “Temos muita área degradada. A
recuperação destas áreas será voltada à agricultura”, frisou. Os desafios, portanto, são populariza a
genética e a recuperação das pastagens através de manejos sustentáveis, como a ILPF.
Já o superintendente de energias renováveis da Itaipu Binacional, Cícero Bley Júnior, apresentou as
ações da empresa em prol da expansão do uso do biogás. “Queremos transformar o biogás em um produto
do agronegócio”, propôs, ressaltando que os desafios neste sentido são investir em tecnologia e
capacitação, maior acesso ao crédito, políticas públicas adequadas, pesquisa e regulação.
Bley lembra que o biogás pode ser utilizado pelo produtor para suprir a energia nas propriedades e
ainda há a possibilidade de vender o excedente. “Esta é uma tecnologia importante do Programa ABC e
tem muito espaço para crescer”, conclui.
(DP)
22
19 DE JUNHO
-RIO+20: PROPOSTA DE APP GLOBAL É DESAFIADORA, MAS ADEQUADA
Por Dylan Della Pasqua, do Rio de Janeiro/RJ
SAFRAS (19) – A proposta de adoção de APPs (áreas de preservação permanente) globais é uma ideia
desafiadora, mas muito adequada. A avaliação foi feita pelo presidente da Agência Nacional da Água
(ANA), Vicente Andreu Guillo, durante o lançamento da proposta de APP Mundial, no espaço
AgroBrasil, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável – Rio+20.
Segundo Guillo, a sugestão faz adequadamente a ponte entre a preservação ambiental, a produção e a
proteção aos recursos hídricos. Para o presidente da ANA, a proposta poderia ter ocupado uma posição
mais relevante nas discussões da Rio+20. Guillo aproveitou a ocasião para fazer a defesa do setor
produtivo. “O principal problema ambiental da água não é na agricultura, mas, sim, o saneamento básico.
A falta de tratamento da água é um dos maiores problemas do país em termos de indicadores de qualidade
de vida”, enfatizou.
O diretor-presidente da Embrapa, Pedro Arraes, também classificou o projeto como interessante e
destacou o momento conveniente em que a discussão vem à tona. “Estamos passando do período de
discussão do Código Florestal, onde a necessidade de informação e pesquisa terá que crescer para
subsidiar as políticas públicas”.
Arraes ressaltou, no entanto, que a ideia de APP global precisa ser tratada com a diversidade que ela
merece. “Esta é uma lição do Brasil ao mundo, mas precisará ser adaptada à realidade de cada país”,
disse, acrescentando que é necessário criar as bases técnicas para levar a ideia adiante.
O vice-presidente do Conselho Mundial da Água, Benedito Braga, ratificou a importância da APP
global, como ferramenta de gestão de recursos hídricos com o uso adequado do solo, destacando a
importância de fazer este processo com o uso da ciência e da tecnologia. “Precisamos fazer escolhas com
base científica. A CNA pode contar com o Conselho para dar continuidade ao processo”, concluiu.
(DP)
-RIO+20: CNA QUER APRESENTAR AO MUNDO EXEMPLO POSITIVO DAS APPs
Por Dylan Della Pasqua, do Rio de Janeiro/RJ
SAFRAS (19) – A proposta de adoção de APPs (áreas de preservação permanente) Mundial,
apresentada hoje no espaço AgroBrasil, na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento
Sustentável – Rio+20, visa apresentar ao mundo um exemplo positivo de preservação ambiental do Brasil.
“Não queremos desrespeitar a soberania dos países, mas temos autoridade para sugerir as APPs
globais”, explicou a presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil, senadora
Kátia Abreu.
Segundo a senadora, diante da falta de problemas mais graves de disponibilidade de água no Brasil e a
adoção da preservação de mata ciliares dão ao Brasil as condições para levar adiante esta proposta. “O
mundo precisa saber que a preservação destas matas é importante”, completou a presidente da CNA,
durante o Lançamento da proposta de APP Mundial.
Para Kátia Abreu, não há contradição no fato da CNA defender a preservação de matas ciliares em
âmbito mundial e debater a questão no Código Florestal. “Nenhum parlamentar, incluindo a mim, duvida
da importância das APPs. O problema é a questão gente, pessoas que habitam as margens dos rios. Não
temos recursos para tratar essa questão”, enfatizou, acrescentando ser por esta razão que a CNA quer que
a decisão sobre a extensão das APPs seja decida pelos estados, que poderão avaliar a questão com a
especificidade que ela demanda.
A senadora reiterou que preservar o ambiente e adotar práticas sustentáveis valorizam a propriedade e
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19 DE JUNHO
contribuem para o aumento da produção. “É impossível pensar a produção hoje sem ser sustentável.
Todos somos ecologistas e defendemos a sustentabilidade, mas cada setor tem as suas prioridades”,
ressalvou.
“É claro que nesse processo, a agropecuária cometeu erros, mas estamos dispostos a corrigi-los, mas
levando em conta a questão social e sob um ambientalismo científico, e não ideológico”, concluiu a
senadora.
(DP)
-RIO+20: PROJETO BIOMAS E APP MUNDIAL EM DEBATE NO AGROBRASIL
Por Dylan Della Pasqua, do Rio de Janeiro/RJ
SAFRAS (19) – A apresentação do Projeto Biomas e o lançamento da proposta de APP – Área de
Preservação Permanente – mundial marcam a programação do espaço AgroBrasil, na Conferência das
Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável – Rio+20 -, nesta terça-feira. Entre 11hs e 13hs, a
Agência Nacional da Água (ANA), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) e a
Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) debatem os dois temas.
Para a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu, é tema prioritário no debate da Rio+20 a
preservação dos recursos hídricos. Neste sentido, defende a criação de um conceito mundial de APPs nas
margens dos rios, proposta que tem sido apresentada pela CNA, Embrapa e pela ANA em fóruns
internacionais e que será o foco das conversas na terça.
Neste sentido, a entidade propõe que os governos implementem ações de saneamento básico urbano, de
modo a evitar a poluição dos recursos hídricos, garantindo assim a qualidade da água ao consumo e à
produção de alimentos.
Entre 14hs e 16hs, o Senar lança os Seminários Agricultura de Precisão, fechando o ciclo de palestras
do dia.
(DP)
-RIO+20: KÁTIA ABREU DEFENDE RESGATE DA ASSISTÊNCIA TÉCNICA NO BRASIL
SAFRAS (19) - O recuo na prestação de serviços de assistência técnica e extensão rural no Brasil foi
tema do seminário da segunda-feira (18), no espaço AgroBrasil, no Pier Mauá. “Temos que aproveitar o
bom momento da produção agropecuária no Brasil e precisamos resgatar a assistência técnica no País”,
disse a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu.
Dados do Censo Agropecuário 2006 demonstram que apenas uma pequena parcela (9,32%) do
universo total de produtores brasileiros recebeu assistência técnica regularmente. “Três milhões de
produtores rurais ficaram a margem da modernização da agricultura no Brasil. A extensão rural será
fundamental para liberar conhecimento para o campo por meio dos institutos de pesquisa”, declarou o
pesquisador e ex-presidente da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), Eliseu Alves,
um dos palestrantes do seminário.
A senadora Kátia Abreu acredita que a inserção social desses agricultores acontecerá com a melhoria
da assistência técnica e do processo educativo da extensão rural junto com as políticas públicas nacionais.
A classe D/E possui 3.645 milhões de estabelecimentos rurais, cerca de 70% do total de propriedades,
mas a renda média desses agricultores é de R$ 176,89 para cada hectare ao ano. “Nosso objetivo é
fortalecer a classe média e promover a ascensão social”, afirmou a senadora. “É importante lembrar,
também, que é fundamental levar as políticas públicas do Governo federal para o campo, como o
programa Minha Casa Minha Vida”.
24
19 DE JUNHO
Organizado para repensar e propor melhorias funcionais que contribuam para tornar o atual modelo de
assistência técnica e extensão rural compatível com a atual situação socioeconômica do País, o seminário
também contou com a participação de representante da Fundação Dom Cabral, Gilberto Porto.
Para ele, uma das soluções para a questão seria a adoção de um programa integrado e articulado,
baseado na meritocracia, que premiasse os técnicos em extensão rural pelo desempenho alcançado junto
aos produtores. “Com o fim da Embrater (Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural),
nos anos 90, só conseguiremos promover a ascensão rural com um programa integrado de conhecimentos,
recursos e ações”, destacou.
(DP)
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20 DE JUNHO
-RIO+20: AGROPECUÁRIA TEM QUE SER PROATIVA NA QUESTÃO CLIMÁTICA
Por Dylan Della Pasqua, do Rio de Janeiro/RJ
SAFRAS (20) – Apesar das controvérsias, as mudanças climáticas causarão impactos para a
agricultura. Na avaliação do presidente da Comissão de Meio Ambiente da Confederação Nacional da
Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Assuero Veronez, o setor tem que se antecipar e ser proativo,
“transformando uma dificuldade em oportunidade”.
A recomendação de Veronez foi feita durante seminário no espaço AgroBrasil, na Conferência das
Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável – Rio+20. Na ocasião o Instituto CNA explicou duas
ações no sentido de se antecipar ao problema climático: a Política de Governança Climática da
Agropecuária (PGCA) e o Mercado Agropecuário de Redução de Emissões (MARE).
Assuero destacou o compromisso da CNA em ser protagonista nesta questão e por isso está colocando
em prática estes programas. “O mercado de emissões é uma oportunidade do produtor em obter renda.
Teremos benefícios econômicos. Também queremos incentivar que os produtores adotem os sistemas do
Programa ABC – Agricultura de Baixo Carbono”, disse, lembrando que os produtores que enfrentam
restrição no uso de sua propriedade precisam ser remunerados por isso.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso (Famato), Rui Prado,
apresentou o Projeto Verde Rio, que colocou em prática no Estado o mercado de redução de emissões.
“Temos que mostrar e valorizar os ativos ambientais do setor produtivo, amenizando um pouco o impacto
na mídia das cobranças em torno do passivo”, explicou.
Através de uma ação conjunta com o Instituto Ação Verde, uma organização não governamental, o
Projeto Verde Rio já tem negócios realizados de R$ 1 milhão com crédito de carbono, captando recursos
em empresas e utilizando a mão de obra da população ribeirinha para replantar mata nativa nas margens
dos rios. “Saímos do discurso e partimos para a prática”, sentenciou.
O presidente do Instituto Ação Verde, deputado Carlos Avalone, ressaltou que o projeto está mostrando
que a remuneração por redução na emissão de carbono já pode ser feita. “O Verde Rio é um exemplo
concreto de um projeto com responsabilidade e resultado sócio-ambiental”, concluiu.
(DP)
-RIO+20: CNA ENCAMINHA À PRESIDENTE DA REPÚBLICA PROPOSTAS DO SETOR
SAFRAS (20) - A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora
Kátia Abreu, encaminhou à presidente da República, Dilma Rousseff, uma carta que reúne as propostas da
CNA para os chefes de Estado que participam da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento
Sustentável, a Rio+20. O documento, entregue pela presidente da CNA à ministra-chefe da Casa Civil,
Gleisi Hoffmann, que visitou, ontem (19/6), o Espaço AgroBrasil, liderado pela CNA, no Pier Mauá, um
dos locais oficiais da Rio+20.
No documento, a CNA lembra que o setor rural vem respondendo com rapidez e eficiência às demandas
contemporâneas por desenvolvimento sustentável. “Dentro do princípio de que meio ambiente é ciência e
compromisso, e não ideologia, seguem propostas do setor rural para contribuir para a riqueza e
objetividade do debate”, afirmou, no documento, a senadora Kátia Abreu.
Abaixo, a íntegra das propostas da CNA para a Rio+20.
Propostas da CNA para os Chefes de Estado e à Conferência Rio + 20
Dentro do princípio de que meio ambiente é ciência e compromisso – e não ideologia -, a Confederação da
Agricultura e da Pecuária do Brasil (CNA) traz a esta Conferência as propostas a seguir relacionadas, no
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20 DE JUNHO
intuito de contribuir para a riqueza e objetividade do presente debate.
O setor rural – que tem na natureza sua fonte de sustento e conhecimento – vem respondendo com
rapidez e eficiência às demandas contemporâneas por desenvolvimento sustentável.
Por isso, a partir do Documento de Posição do Setor Agropecuário, hoje divulgado – e que segue em
anexo -, sente-se no dever de encaminhar ao exame dos Chefes de Estado, que conferem dimensão
histórica a esta Rio + 20, a presente contribuição.
1. Amazônia
Só a tecnologia pode garantir o desmatamento zero na Amazônia. Grande parte do que até aqui ocorreu
na região decorre da precariedade de meios que ainda predomina. Com baixa rentabilidade do sistema
produtivo, que impede a aquisição de tecnologia, esse quadro tende a se perpetuar, mantendo tensão
constante entre produção e floresta. A situação afeta, sobretudo, os pequenos e médios produtores rurais.
2. Serviços ambientais
O passivo ambiental é fruto do descaso e despreparo das gerações que nos precederam e nos legaram os
desafios presentes. Não é justo que esta geração arque sozinha com uma conta histórica, impagável de
uma só vez. Portanto, os governos precisam encontrar mecanismos de atenuar os custos presentes,
diluindo-os no tempo.
Os países ricos foram beneficiários do desenvolvimento sem as regras e amarras que hoje pesam sobre os
países de desenvolvimento tardio. É justo que contribuam pelos benefícios ambientais que recebem
gratuitamente desses países.
3. Redução de Emissões
A CNA está lançando uma ferramenta eletrônica para dar suporte ao processo de remuneração do
produtor rural pela redução de emissões de carbono e gases de efeito estufa. Trata-se da organização do
Mercado Agropecuário de Redução de Emissões (MARE), contribuição valiosa para a defesa do meio
ambiente. Propicia justa remuneração aos que o preservam e um mecanismo de compensação para
aqueles que não podem, no curto prazo, reduzir suas emissões.
4. APP Global
A CNA, Embrapa e a Agência Nacional de Águas (ANA) lançaram proposta de universalizar o princípio
da Área de Proteção Permanente (APP) nas nascentes, margens de rios e áreas de recarga de aquíferos
subterrâneos, como forma de proteger a integridade dos cursos d'água. No Brasil, APP é lei. Sendo um
conceito universal, benéfico aos rios de todo o planeta, deve ser estudado e aplicado conforme as
peculiaridades de cada país.
5. Fundos para terra degradada
Nenhum produtor é inimigo de sua própria terra. Degradação é fruto da pobreza. É a tecnologia que gera
a prosperidade. Daí a necessidade de integrar ecologia à economia, sem transformar a defesa ambiental
num tribunal. A prioridade não pode ser punir, mas instruir e viabilizar a recomposição, por meio de
pesquisa, financiamento e incentivos ao uso de tecnologia.
6. Extensão Rural
Os insumos tecnológicos agropecuários precisam ser democraticamente disseminados. Essa é a grande
revolução agrícola que a humanidade carece: a distribuição do conhecimento, fonte maior da
prosperidade e justiça social.
7. Assimetrias
É preciso reduzir as assimetrias de regulamentação ambiental entre as nações, sem ferir o princípio da
soberania. Para isso, fazem-se necessárias conferências internacionais como esta, com efetivo apoio dos
governos.
(DP)
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20 DE JUNHO
-RIO+20: APP GLOBAL É A OPORTUNIDADE DO PAÍS ASSUMIR PROTAGONISMO
Por Dylan Della Pasqua, do Rio de Janeiro/RJ
SAFRAS (20) – A proposta de adoção de APPs – áreas de preservação permanentes – globais é a
oportunidade do Brasil assumir posição de protagonismo na busca pela sustentabilidade. O recado foi
dado pelo diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa, Maurício Lopes, no espaço AgroBrasil, na
Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável – Rio+20.
O diretor, no entanto, admite que a sugestão, elaborada pela Embrapa, pela Confederação Nacional da
Agricultura e da Pecuária do Brasil (CNA) e pela Agência Nacional da Água (ANA), ainda tem que
ultrapassar alguns obstáculos para ser implementada. “Precisamos moldar a APP Global do ponto de
vista técnico, ambiental e científico, respeitando as especificidades de cada país”, afirmou enumerando
ainda o a questão jurídica e o componente da comunição como pontos a serem enfrentados.
“Necessitamos de um esforço de aproximação com a sociedade”.
Ao falar do Código Florestal, Lopes destacou o fato do Brasil ter tido a coragem de “abraçar uma
situação complexa. O País saiu na frente. Que outro país tem uma legislação ambiental como a nossa?”. O
diretor da Embrapa admitiu que, apesar de pujante e sustentável, a agricultura brasileira tem
dificuldades, mas que estas serão superadas, através da inovação tecnológica, apontando sistemas de
produção como o plantio direto e a integração lavoura, pecuária e floresta.
(DP)
-RIO+20: AUDIÊNCIA REFORÇA DESAFIO SUSTENTÁVEL EM MEIO A PROTESTOS
Por Dylan Della Pasqua, do Rio de Janeiro/RJ
SAFRAS (20) – A sustentabilidade e a erradicação da fome no planeta, temas centrais da pauta de
discussões da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável – Rio+20 – passam,
necessariamente, pela agricultura. A avaliação foi feita pelo presidente da Comissão de Agricultura e
Reforma Agrária do Senado, senador Acir Gurgacz, durante audiência pública conjunta das Comissões de
Agricultura e do Meio Ambiente, que se realiza nesta quarta-feira, espaço AgroBrasil.
“Pelas projeções da FAO, a demanda por alimentos deve crescer 70% até 2020 e 40% desta
necessidade será suprida pelo Brasil. É um desafio grande, mas temos capacidade para superá-lo, através
de aumento de produtividade, com uso de tecnologia, e recuperação de área degradadas, além de
expansão da fronteira agrícola”, enumerou o senador, acrescentando que o desmatamento zero é
incompatível com estas previsões e necessidades.
“Mas temos que fazer tudo dentro da lei, dentro da nova legislação ambiental”, ressalvou. O senador
destacou ainda o fato de o Brasil estar fazendo a lição de casa, inovado e adaptando novas tecnologias,
com sistemas produtivos como o plantio direto e a integração lavoura, pecuária e floresta (ILPF).
Gugacz defendeu ainda maiores investimentos no sentindo de incrementar a produção de etanol,
resgatando carbono e criando novos empregos. “Temos que ampliar a área a ser cultivada com a cana-deaçúcar, inclusive no norte do país”, sugeriu o senador, eleito por Rondônia, que ainda destacou as ações
sustentáveis adotadas pelo país, como o Programa ABC – Agricultura de Baixo Carbono – e Programa
Bolsa Verde, além da sugestão de APPs – áreas de preservação permanente.
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20 DE JUNHO
Desafios
O presidente da Comissão do Meio Ambiente do Senado, senador Rodrigo Rollermberg, registrou a
importância de se refletir como construir uma agricultura sustentável não só no Brasil, mas também no
mundo inteiro. “Estamos diante de um grande desafio. A população mundial deve passar de 7 bilhões para
9 bilhões de habitantes até 2050. Diante deste quadro, há a necessidade de produzir mais, preservando o
meio ambiente e com maio eficiência no uso da água. Isso só acontecerá com o uso cada vez maior de
tecnologia”.
Para Rollermberg, entre as prioridades do país devem estar o robustecimento dos investimentos em
pesquisa, através da Embrapa. O senador também defendeu o retorno dos investimentos em agroenergia.
“Temos um pré-sal verde, que é a agroenergia. A descoberta do pré-sal não pode cessar estes
investimentos”, completou.
A presidente da Confederação Nacional da Agricultura e da Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia
Abreu, reiterou o ganho extraordinário do setor produtivo em estar presente às discussões da Rio+20.
“Estamos presentes de corpo e alma. Em 92, na ECO-92, não imaginávamos a hipótese de estar presente
em uma conferência que trata do meio ambiente”, destacou.
Para a senadora, não há como discutir meio ambiente de forma dissociada da erradicação da pobreza e
da economia verde. “Será a valoração das práticas sustentáveis que levará ao cumprimento do que será
estabelecido nestas conferências, apesar das críticas e da contrariedade de alguns ambientalistas”,
frisou.
Protestos
A reunião de trabalho conjunta das Comissões de Agricultura e do Meio Ambiente marcou o primeiro
protestos de ambientalistas no espaço AgroBrasil. Na chegada da senadora Kátia Abreu, cerca de 20
ambientalistas fizeram duras manifestações, que obrigaram o reforço da segurança no local.
A senadora Ana Amélia Lemos aproveitou a confronto para avaliar a repercussão negativa na mídia
sobre o documento que será fechado nas negociações da Rio+20. “Mais importante que a frustração com
o documento, é o que está acontecendo em torno da conferência, inclusive a gritaria que aconteceu aqui na
frente. Temos que destacar a repercussão na mídia e o fato de ambientalistas e produtores terem a
oportunidade de colocar suas posições”, finalizou.
(DP)
-RIO+20: AGROBRASIL DEBATE MERCADO DE REDUÇÃO DE EMISSÕES
Por Dylan Della Pasqua, do Rio de Janeiro/RJ
SAFRAS (20) – O mercado agropecuário de redução de emissões será tema de debate nesta quartafeira, no espaço AgroBrasil, na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável –
Rio+20. O “Seminário Governança Climática da Agropecuária: Mercado Agropecuário de Redução de
Emissões” ocorrerá entre 15hs e 17hs.
Antes disso, entre 11hs e 15hs, o espaço será palco do Encontro das Comissões de Agricultura e Meio
Ambiente do Congresso Nacional. No final do dia, o tema será “Benefícios da Biotecnologia na
Agricultura”, com início às 17hs.
A audiência pública vai debater as Áreas de Proteção Permanente (APPs). Esse tema foi um dos mais
discutidos durante o processo de reformulação do Código Florestal brasileiro. A audiência, que será
presidida pelo senador Acir Gurgarcz (PDT-RO), iniciará às 11h, e contará com a presença da presidente
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20 DE JUNHO
da CNA, senadora Kátia Abreu.
“Não queremos ditar regras a outros países, mas temos autoridade para mostrar ao mundo a
importância das matas ciliares e propor um debate conceitual”, afirmou Kátia Abreu. Para o senador
Acir Gurgarcz, “o Brasil pode ser referência mundial na gestão ambiental, na implementação de políticas
ambientais e na condução desse debate em escala internacional”.
Gurgarcz acredita que o fato de o Brasil sediar mais uma vez a Conferência das Nações Unidas coloca o
país na condição de protagonista nessa discussão sobre a importância das APPs.
(DP)
-RIO+20: SENAR LANÇA SEMINÁRIOS DE AGRICULTURA DE PRECISÃO
SAFRAS (20) - O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) firmou na terça-feira (19)
parceria com a Indústria de Implementos Agrícolas Stara para disseminar a prática da agricultura de
precisão em todo o Brasil. O convênio foi assinado pela presidente da Confederação da Agricultura e
Pecuária do Brasil (CNA) e do Conselho Deliberativo do SENAR, senadora Kátia Abreu, e pelo presidente
da empresa, Gilson Larri Trennepohl, no Espaço Agrobrasil, no Pier Mauá, dentro da programação do
Sistema CNA/SENAR na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).
A parceria marcou o lançamento de uma série de seminários sobre o tema, que serão realizados em todos
os estados brasileiros com a finalidade de difundir a tecnologia em dez estados brasileiros.
“Vamos divulgar a agricultura de precisão para os produtores e trabalhadores rurais. Será um dia de
campo nessas cidades para que possamos levar essa tecnologia e, no futuro, fazer com que eles produzam
mais no mesmo espaço”, destacou a senadora. O convênio também permitirá a capacitação de produtores
e trabalhadores rurais para o uso das técnicas nas propriedades rurais. Com a agricultura de precisão, o
produtor poderá modernizar a sua atividade com instrumentos inovadores de operacionalização com
máquinas e equipamentos agrícolas. Outras vantagens são a coleta de dados da produção e a elaboração
de mapas georreferenciados que vão orientar o agricultor a tomada de decisões em suas atividades.
O programa Agricultura de Precisão foi dividido em duas áreas: mecanização e gestão. A ideia é
desenvolver instrumentos para ajudar os produtores a monitorar e avaliar os resultados da produção.
Entre os benefícios estão o retorno econômico dos investimentos a partir do aumento de produtividade e a
redução dos danos ambientais, com a utilização de menos insumos e maior controle sobre o solo. Após a
assinatura foi realizado um debate sobre o tema. Um dos palestrantes foi o representante do SENAR/RS,
João Telles. Segundo ele, as informações sobre a tecnologia ainda não chegaram de forma adequada ao
produtor rural. “Com essa parceria, podemos estimular o produtor a utilizar essa tecnologia”, afirmou.
(DP)
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21 DE JUNHO
-RIO+20: FAMATO DEFENDE ADOÇÃO DE CÓDIGO FLORESTAL MUNDIAL
Por Dylan Della Pasqua, do Rio de Janeiro/RJ
SAFRAS (21) – O presidente da Federação da Agricultura do Estado do Mato Grosso (Famato), Rui
Prado, defendeu hoje a ideia da adoção de um Código Florestal Mundial. A sugestão foi dada no espaço
AgroBrasil, na Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável – Rio+20, no Pier
Mauá.
“Quando se fala em meio ambiente não existem fronteiras. Sabemos que é uma empreitada difícil, mas
precisamos ter este conceito em nossas cabeças”, disse Prado. “Precisamos pensar como planeta. O
produtor rural ficou muito tempo olhando apenas para seu umbigo”, falou.
Com base nas projeções de oferta e demanda de alimentos, Prado sugere uma discussão racional e
menos emocional, pois “precisamos que fechar uma equação sem equilíbrio”. Números da FAO indicam
que entre 2012 e 2050, a população mundial pulará de 7 bilhões para 9 bilhões de habitantes. O consumo
de cereais deverá passar de 2,4 bilhões para 3 bilhões de toneladas.
“São cerca de 580 milhões de toneladas a mais. O Brasil precisaria de um crescimento de 3,6 vezes para
atender esta demanda”, lembra o presidente da Famato.
Prado também destacou a produção agropecuária sustentável do Mato Grosso. “Temos vocação para
a agropecuária e para o desenvolvimento sustentável”, lembrando que o Estado é o primeiro no ranking no
rebanho bovino e na produção de grãos e fibras. “Mesmo assim, preservamos 62% do bioma”. Entre
91/92 e 2011/12, a produtividade do estado crescer 50%, a produção 854% e a área 543%. Como
resultado, o desmatamento evitado ficou em 32%.
“O aumento na produção por hectare evitou a abertura de 27 milhões de hectares. Entre 2004 e 2011, o
desmatamento evitado foi de 90%. Estamos encaminhando o desmatamento zero”, completou.
(DP)
-RIO+20: PROTESTOS DO MST MARCAM A MANHÃ NO ESPAÇO AGROBRASIL
Por Dylan Della Pasqua, do Rio de Janeiro/RJ
SAFRAS (21) – A ação organizada do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e algumas
ONGS marcou a manhã da quinta-feira no espaço AgroBrasil, na Conferência das Nações Unidas sobre o
Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. Cerca de 100 manifestantes entoaram gritos de ordem em defesa
da reforma agrária e contra o agronegócio brasileiro.
“O Brasil é o maior consumidor de agrotóxico do mundo”, gritavam os manifestantes, enquanto
grudavam cartazes nos estandes, no palco e na maquete exposta no saguão, também atingida por tinta.
Após 20 minutos e com a ação da segurança, o grupo deixou o espaço, deixando para trás os estragos.
As entidades representativas do agronegócio e as empresas ligadas ao setor, principalmente as
multinacionais, eram o principal alvo da ação, que surpreendeu pela organização e premeditação. A forte
presença de público em um período sem programação já chamava a atenção de quem passava pelo local.
Em uma ação rápida, os visitantes se transformaram em manifestantes, dando início ao protesto.
Os organizadores do espaço AgroBrasil não pouparam críticas, considerando a ação um vandalismo e
um desrespeito à democracia e ao direito de ter uma opinião divergente. O primeiro ato de protesto no
AgroBrasil foi realizado ontem, mas de forma mais pacífica e com um menor número de participantes. O
protesto da quarta era uma performance, aparentemente sem liderança de uma entidade ou um
movimento. Hoje, ficou claro pelos cartazes que a ação foi liderada pelo MST.
Na entrada do Pier Mauá, onde está instalado o AgroBrasil, centenas de manifestantes do MST estão
concentrados, atrapalhando o trânsito e entrando em conflito com a polícia militar, atirando pedras e até
sapatos. As últimas informações dão conta que o movimento já está se dissipando.
(DP)
31
22 DE JUNHO
-RIO+20: BIOENERGIA CONTRIBUI PARA DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Por Dylan Della Pasqua, do Rio de Janeiro/RJ
SAFRAS (22) – A bioenergia contribui e tem potencial para auxiliar ainda mais na busca pela
economia sustentável. Tanto biodiesel como etanol têm um papel importante na matriz energética
brasileira e trazem benefícios para a sustentabilidade. As conclusões resultaram do seminário
“Bioenergia: Potencialidades e Desafios no Brasil”, realizado hoje no espaço AgroBrasil, na Conferência
das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável – Rio+20, no Pier Mauá.
O professor e coordenador do Projeto Biodiesel da Universidade Federal de Viçosa (MG), Aziz Galvão
da Silva, apresentou o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB), lançado no início de
2004 pelo governo federal, com “objetivos ambiciosos, incluindo metas sociais”. Segundo o professor, o
grande diferencial do Programa, através do selo combustível social, é o enfoque nos fatores sociais,
visando emprego e renda para a agricultura familiar.
O sucesso do programa pode ser medido pela antecipação nas metas de mistura do biodiesel no diesel.
Inicialmente, a mistura de 5% era projetada para 2013. O B5, no entanto, foi adotado já em 2010 e já se
projeta a implementação do B10. “A ideia inicial era a utilização da mamona e de outras matérias
primas. Mas, hoje, 80% do programa se baseia na soja, uma cadeia mais organizada, mesmo que a soja
possua apenas 18% de óleo”, explicou.
O professor destacou o caráter positivo do biodiesel em favor da segurança alimentar e do
desenvolvimento rural. “O biodiesel é muito importante para o Brasil. Mas, como toda a atividade
econômica, tem impacto ambiental”, ressalvou.
O gerente de Sustentabilidade da Unica – União da Indústria de Cana-de-Açúcar, Luiz Fernando do
Amaral, lembrou que o etanol reduz em 90%¨a emissão de gases de efeito estufa, na comparação com a
gasolina, levando em conta todo o processo de produção. Destacou ainda o fato de todas as usinas
associadas à Unica produzirem bioeletricidade, a partir do bagaço da cana.
“As usinas são autossuficientes em energia e 30% delas ainda vendem o excedente”, completou,
adicionando que a produção de energia hoje é de 1.000 mega watts e o potencial para 2020 é de 15 mil, o
equivalente a três usinas Belo Monte. “Nos falta legislação adequada e investimentos tecnológicos”.
Segundo Amaral, a cana tem papel essencial na busca da economia pós petróleo. “A experiência do
setor sucroenergético é extremamente relevante na busca pela sustentabilidade. Porém, diferentes
cadeias agropecuárias exigem as ferramentas adequadas e específicas”, alertou.
(DP)
32
22 DE JUNHO
-RIO+20: CNA DIVULGA NOTA DE REPÚDIO À DEPREDAÇÃO DO ESPAÇO AGROBRASIL
SAFRAS (22) – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) divulgou nota de repúdio
às manifestações de ontem no espaço AgroBrasil. Veja a íntegra abaixo:
“A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) vem a público manifestar o seu repúdio
aos tristes episódios ocorridos na manhã desta quinta-feira, dia 21 de junho, quando o Espaço AgroBrasil,
que lidera no Pier Mauá, um dos espaços oficiais da Rio+20, foi invadido por cerca de 200 manifestantes.
Rejeita a violência do grupo que portava cartazes do Movimento dos Sem Terra (MST), além de
materiais de outros movimentos não identificados.
Lamenta os atos de vandalismo que danificaram parte das instalações, especialmente uma maquete que
reproduz as várias técnicas de agricultura de baixo carbono, além de uma Área de Preservação
Permanente (APP).
Por esse motivo, protesta mais uma vez frente ao preconceito contra um setor que utiliza apenas
27,7% do território do país para produzir alimentos de forma sustentável, preservando 61% do Brasil
com cobertura vegetal nativa.
A CNA considera inaceitável que manifestações antidemocráticas como estas ainda tenham lugar em
um evento como a Rio+20, onde os povos e as nações buscam o entendimento e a convergência para um
mundo melhor, sempre respeitando a diversidade de ideias”.
Senadora KÁTIA ABREU
Presidente da CNA
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