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A Importância da atenção farmacêutica no uso de fitoterápicos emagrecedores contendo sene (Cassia
angustifólia Vanh)
dezembro/2015
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A Importância da atenção farmacêutica no uso de fitoterápicos
emagrecedores contendo sene (Cassia angustifólia Vanh)
Isabella Cristina Figueiredo Costa- [email protected]
Atenção Farmacêutica e Farmacoterapia Clínica
Instituto de Pós-Graduação e Graduação - IPOG
Belo Horizonte-MG, 12 de Janeiro de 2015
Resumo
Atualmente, a população vem se demonstrando cada vez mais interessada no uso de produtos
naturais devido à busca por um estilo de vida mais saudável. Diversas espécies de plantas
medicinais já são comercializadas na forma de fitoterápicos, extratos e planta seca com a
finalidade de auxiliar no tratamento obesidade. Uma grande preocupação que se tem com o
uso de fitoterápico é por esse ser julgado como inofensivo pela maioria dos usuários. A
Cassia angustifólia Vanh, popularmente conhecida como sene, vem sendo utilizada como
fitoterápico emagrecedor devido ao seu efeito laxativo, porém o seu uso prolongado pode ser
maléfico, não sendo indicado para determinados quadros clínicos. Nesse contexto, cabe aos
profissionais de saúde, incluindo o farmacêutico, orientar o paciente sobre a ação de
determinados medicamentos, as consequências de seu uso e quais as possíveis interações
medicamentosas e alimentares. Por tanto, esse estudo tem como objetivo estudar e destacar a
importância da atenção farmacêutica no uso de fitoterápicos, dando enfoque ao uso do sene
utilizado no auxílio do tratamento da obesidade. Para isso, foi realizado um levantamento
bibliográfico para a realização do estudo. A partir desse, conclui-se que apesar dos
fitoterápicos, incluindo o sene, apresentarem resultados positivos sobre a obesidade, ainda são
incompletos e necessitam de pesquisas mais aprofundadas pra que se tornem confiáveis,
sendo indispensável à orientação do seu uso racional a partir da atenção farmacêutica.
Palavras-chave: Atenção farmacêutica. Fitoterapia. Sene. Obesidade.
1. Introdução
Um importante recurso terapêutico desde os primórdios da antiguidade e que persiste até os
dias de hoje, são as plantas medicinais. Essas foram por muito tempo a principal arma
terapêutica conhecida (BIESKI, 2006).
Apesar da grande evolução da medicina alopática a partir da segunda metade do
século XX, o seu acesso nem sempre é possível pelas populações carentes,
existindo obstáculos básicos que vão desde o acesso aos centros de atendimento
hospitalares, à obtenção de exames e medicamentos. Esses motivos, associados
com a fácil obtenção e a grande tradição do uso de plantas medicinais, contribuem
para sua utilização até os dias de hoje (VEIGA-JÚNIOR; PINTO, 2005).
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015 dezembro/2015
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No Brasil, o uso das plantas medicinais iniciou-se com os índios, tendo contribuições dos
negros e europeus. A prática da medicinal tradicional era restrita às metrópoles e a população
da zona rural e/ou suburbana recorria ao uso das plantas medicinais. A construção desta
terapia alternativa de cura surgiu da articulação dos conhecimentos dos indígenas, jesuítas e
fazendeiros. A fusão destes conhecimentos resultou numa enorme diversidade de saberes
sobre plantas e seus aspectos medicinais (REZENDE; COCCO, 2002). Recentemente, o
Ministério da Saúde publicou a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares
no Sistema Único de Saúde (SUS), que visa ampliar as opções terapêuticas oferecidas aos
usuários do SUS, com garantia de acesso a plantas medicinais, fitoterápicos e outros serviços
relacionados, com segurança, eficácia e qualidade (BRASIL-Ministério da Saúde, 2006a).
A fitoterapia tem se tornado cada vez mais popular, sendo reconhecida a importância dos
produtos naturais, incluindo aqueles derivados de plantas, no desenvolvimento de modernas
drogas terapêuticas (CALIXTO, 2001). Porém, a maioria dos medicamentos fitoterápicos
utilizados por automedicação ou prescrição médica não apresenta perfil tóxico conhecido e
para muitos, a toxicidade de medicamentos preparados com plantas pode parecer trivial,
quando comparada com os tratamentos com os medicamentos sintéticos. Porém, as plantas
medicinais podem desencadear reações adversas pelos seus próprios constituintes, devido a
interações com outros medicamentos ou alimentos, ou ainda relacionados a características do
paciente (idade, sexo, condições fisiológicas, características genéticas, entre outros).
Diagnósticos errôneos, identificação incorreta de espécies de plantas e uso diferente da forma
tradicional podem ser perigosos, levando a superdose, a inefetividade terapêutica e reações
adversas. Além disso, o uso desses produtos pode comprometer a eficácia de tratamentos
convencionais, por reduzir ou potencializar seu efeito (VERENGIA et al, 2013; BALBINO;
DIAS 2010).
Nesse sentido vem se buscando cada vez mais alertar os pacientes sobre os riscos do uso
discriminado desses medicamentos naturais, destacando a importância da atenção
farmacêutica no uso dos mais variados medicamentos fitoterápicos, uma vez que o
farmacêutico pode quantificar os riscos e identificar os fatores de riscos e mecanismos,
padronizar termos, divulgar experiências, entre outros, permitindo seu uso seguro e eficaz
(SILVEIRA et al., 2008). As atribuições do farmacêutico no âmbito das Plantas Medicinais e
Fitoterápicos abrangem as farmácias, drogarias, saúde pública, indústrias, distribuidoras,
educação, qualificação profissional, pesquisa e desenvolvimento. Conforme a Resolução do
Conselho Federal de Farmácia nº 477, de 28 de maio de 2008, cabe privativamente ao
farmacêutico, inscrito no CRF da sua jurisdição, a direção e/ou responsabilidade técnica na
farmácia magistral, na farmácia comunitária, no serviço público de Fitoterapia, nas ervanarias,
nas indústrias farmacêuticas, nas distribuidoras e demais locais onde são desenvolvidas
atividades de atenção farmacêutica relacionada a Plantas Medicinais e Fitoterápicos.
Na busca de novas perspectivas para o tratamento da obesidade, a fitoterapia desponta como
mais uma alternativa. O baixo custo e poucos efeitos colaterais são fatores que tornam os
medicamentos fitoterápicos cada vez mais populares (VERENGIA et al., 2013). Por tanto,
esse trabalho tem como objetivo analisar a importância da atenção farmacêutica no uso do
medicamento fitoterápico utilizados no auxílio do tratamento da obesidade dando destaque ao
uso da espécie Cassia angustifólia Vanh, popularmente conhecida como sene. Para isso, uma
pesquisa bibliográfica foi realizada a partir de artigos científicos nas bases de dados online:
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Science Direct, Scielo, Pubmed, Medline e Google acadêmico, focando em estudos sobre
medicamentos fitoterápicos com ação emagrecedora, principalmente aqueles contendo o sene
em sua formulação, sem restrição do tipo de publicação e sem limite de ano. Sendo as
palavras-chaves utilizadas na pesquisa: fitoterápicos emagrecedores, plantas medicinais,
atenção farmacêutica, sene, Cassia angustifólia Vanh.
2 A FITOTERAPIA
2.1 Os Fitoterápicos
O ser humano utiliza as espécies vegetais para avaliar ou tratar suas enfermidades em várias
culturas desde a antiguidade. O potencial curativo das plantas foi descoberto pelas
civilizações primitivas, quando perceberam a existência de plantas de menor toxicidade das
quais os animais faziam o uso para a cura de suas afecções, sendo o primeiro relato de uso de
plantas medicinais datado em 2.600 a.C. na Mesopotâmia (OLIVEIRA; CORDEIRO, 2013).
Mesmo com o desenvolvimento de novos fármacos de origem sintética, é possível notar o
crescente uso de produtos naturais na produção de medicamentos. Isso se deve a diversos
fatores, os quais inclui a dificuldade em se produzir substâncias bioativas presentes em
espécies vegetais e também devido ao alto custo dos medicamentos sintéticos (OLIVEIRA et
al., 2012).
A importância da fitoterapia atualmente é reconhecida pela Organização Mundial da Saúde
(OMS), sugerindo uma alternativa viável para o tratamento de diversas enfermidades pelas
populações dos países em desenvolvimento, já que seu custo é reduzido (REZENDE;
COCCO, 2002). Em 2002, a OMS lançou diretrizes que apontam a necessidade de se
incentivar as práticas populares no tratamento de enfermidades, fundamentando esses
procedimentos sob uma base científica sólida, identificando práticas seguras e eficazes das
quais os tratamentos alternativos tornem-se válidos.
No contexto da utilização de fitoterápicos faz-se importante a existência de normas a serem
cumpridas com a finalidade de garantir a qualidade dos medicamentos fitoterápicos, de forma
a possibilitar um adequado tratamento das enfermidades (OLIVEIRA et al, 2012).
No Brasil duas importantes políticas foram estabelecidas em 2006 pelo governo federal
brasileiro, a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no Sistema Único de
Saúde (SUS), aprovada através da Portaria Ministerial MS/GM nº 971 de 03 de maio de 2006,
e a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, publicada através do Decreto nº
5.813 em 22 de junho de 2006 (BRASIL, 2006). Ambas as políticas apresentam em suas
diretrizes o incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento com relação ao uso de plantas
medicinais e fitoterápicos, culminando na aceitação, legitimação e legalização da utilização de
fitoterápicos para o auxílio e tratamento de diversas patologias.
Segundo a Portaria 06/95 da ANVISA, fitoterápicos pode ser definido como:
Todo medicamento tecnicamente obtido e elaborado, empregando-se,
exclusivamente, matérias primas ativas vegetais com a finalidade profilática,
curativa ou para fins de diagnóstico, com benefício para o usuário. É caracterizado
pelo conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso, assim como pela
reprodutibilidade e constância de sua qualidade; é o produto final acabado,
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embalado e rotulado. Na sua preparação podem ser utilizados adjuvantes
farmacêuticos permitidos pela legislação vigente. Não podem estar incluídas
substâncias ativas de outras origens, não sendo considerado produto fitoterápico
quaisquer substâncias ativas, ainda que de origem vegetal, isoladas ou mesmo suas
misturas.
O estímulo ao uso de fitoterápicos objetiva reduzir o custo da prevenção, cura, ou
minimização dos sintomas das doenças, tornando o tratamento mais acessível e barato à
população e aos serviços de saúde, quando comparado àqueles tratamentos com os
medicamentos sintéticos, que são, em geral, mais caros, devido às patentes tecnológicas
envolvidas (TOLEDO et al; 2003).
2.2 A Obesidade
Segundo a Sociedade Brasileira de Endocronologia e Metabologia (SBEM, 2014) a obesidade
pode ser definida como uma doença resultante no acúmulo anormal ou excessivo de tecido
adiposo devido a um balanço energético positivo e que pode causar prejuízos à saúde,
podendo levar ao óbito. A etiologia não está totalmente esclarecida, mas há relatos na
literatura um consenso que a obesidade não se caracteriza como uma desordem singular, mas
sim como um grupo heterogêneo com múltiplas causas, que refletem em um fenótipo obeso.
Entre as causas da obesidade podem ser citadas os fatores genéticos, ambientais, sociais,
econômicos, culturais e as desordens endócrinas. O ganho de peso também pode estar
associado a alguns momentos da vida (casamento, separação, viuvez), fatores psicológicos
(depressão, ansiedade e estresse), o tratamento medicamentosos (psicofármacos e
corticoides), a redução drástica de prática de exercícios, a suspensão do hábito de fumar
entres outros (SIMÃO, 2013).
A incidência de sobrepeso e obesidade vem se tornando um problema de saúde pública, sendo
já considerada uma epidemia mundial. Segundo a OMS, a relação de peso (em quilograma,
Kg) pelo quadrado da altura (em metros, m), denominada como Índice de Massa Corpórea
(IMC), é um adequado indicador do estado nutricional de uma pessoa. Pessoas com IMC ≥ 25
Kg/m2 são classificadas como pessoas com sobrepeso e IMC ≥ 30 Kg/m2 são consideradas
obesas (OMS, 2004).
A fisiopatologia da obesidade se baseia em um consumo calórico maior que o gasto calórico
efetivo. Uma das formas de alcançar o déficit energético e reduzir o peso corporal é diminuir
a ingestão calórica total por meio de dieta, associada à atividade física regular, que além de
elevar o gasto energético (CARNEIRO, et al., 2008).
O excesso de peso pode ocasionar danos à saúde, sendo considerado um fator de risco para
hipertensão arterial, hipercolesterolemia, diabetes mellitus, doenças cardiovasculares e
algumas formas de câncer (GIGANTE, 1997).
2.3 Tratamento da obesidade
A obesidade deve ser reconhecida como uma enfermidade e deve ser tratado como tal, para
isso o tipo de tratamento deve ser baseado na gravidade do problema e na presença de
complicações associadas, envolvendo uma equipe multidisciplinar (SIMÃO, 2013).
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O ponto principal no tratamento da obesidade é a mudança do estilo de vida, envolvendo
mudança dos hábitos alimentares com restrições calóricas (500 A 1000 Kcal) e a prática de
exercícios físicos são exemplos de medidas utilizadas no tratamento não farmacológico. Há
também as medidas cirúrgicas (colocação de grampos ou derivação gástrica) que devem ser
restritas às pessoas com obesidade de grau II e grau III, as quais apresentam IMC ≥ 35 Kg/m 2
e IMC ≥ 40 Kg/m2, respectivamente. A cirurgia só é indicada em pacientes que não
conseguem reduzir o peso com as medidas não farmacológicas e farmacológicas (TOLEDO et
al., 2010).
O tratamento farmacológico da obesidade deve servir como auxílio no tratamento não
farmacológico e não como a base fundamental do tratamento dessa patologia. Desse modo
deve sempre visar auxiliar no processo de mudança de estilo de vida, auxiliando na adaptação
às mudanças dietéticas. Os medicamentos utilizados no processo de perda de peso são
divididos em três grupos, sendo eles: os que diminuem a fome ou modificam a saciedade, os
que reduzem a digestão e a absorção de nutrientes e os que aumentam o gasto energético
(NONINO-BORGES et al., 2006).
Na tentativa de controlar o apetite os fármacos anorexígenos são utilizados, sendo os mais
utilizados no Brasil a anfepramona (dietilpropiona), o femproporex, a sibutramina e o
mazindol (ROSA, 2010). Eles auxiliam no emagrecimento de duas formas: aumentando a
saciedade do indivíduo, ou diminuindo a absorção de nutrientes. As anfetamina, primeiro
anorexígeno utilizado no manejo dos regimes de emagrecimento, atua no sistema nervoso
central, inibindo o apetite, porém causa efeitos colaterais como irritação, insônia, ansiedade,
taquicardia e dependência (MASSUIA et al., 2008).
Os medicamentos que alteram a ingestão dos alimentos aumentam a disponibilidade de
neurotransmissores (principalmente noradrenalina, adrenalina, serotonina e dopamina) no
sistema nervoso central. Apesar de serem aceitos no tratamento da obesidade, o seu uso não é
recomendado principalmente devido ao risco de abuso e dos efeitos colaterais, além da
recuperação do peso após a interrupção do seu uso (NONINO-BORGES et al., 2006).
Outro grupo de drogas utilizado são os inibidores seletivos da lípase pancreática, diminuem
em um terço a absorção de gorduras da dieta, esses medicamentos se ligam à lípase
lipoproteica pancreática no lúmen intestinal, reduzindo sua ação e, assim, a digestão de
triglicerídeos. Um exemplo desse grupo é o Orlistat, o uso de 120 mg ao dia reduz a absorção
de gordura em até 30%, reduzindo a oferta de gordura e calorias aos tecidos corporais. Porém
seus efeitos colaterais são incontinência fecal, esteatorréia, flatulência e deficiências
vitamínicas lipossolúveis A, D, E, K (MASSUIA et al.,2008; LI, et al., 2005).
Os medicamentos chamados termogênicos também têm sido usados na farmacoterapia da
obesidade uma vez que esses atuam em vários sistemas do organismo, aumentando o
metabolismo da gordura e o aumento do gasto energético como a cafeína, hormônios da
tiróide e efedrina. Os efeitos colaterais mais graves são: perda muscular e complicações
cardíacas (MCNEELY; GOA, 2008).
Devido à gravidade da obesidade e os efeitos colaterais do tratamento medicamentoso, muitos
estudos tem buscado soluções para auxiliar no controle da obesidade, uma das alternativas
que tem sido eficaz é a utilização de produtos naturais através dos fitoterápicos ou dos
suplementos dietéticos, os quais contêm princípios ativos com atividade antiobesidade
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originados dos metabólitos secundários das plantas medicinais, também conhecidos como os
nutracêuticos (SIMÃO, 2013; TEIXEIRA, et al., 2014).
Devido a presença de metabólitos secundários nas plantas como os flavonoides, alcaloides,
terpenoides, antraquinonas, essas podem favorecer o emagrecimento, principalmente com
atividade hipolipidemicos, hipocolesterolêmico, anti-hiperglicêmicos, anti-hiperlipidêmicos e
anti-oxidantes, incluindo a redução na absorção de lipídios, aumento do gasto energético,
diminuição da diferenciação e proliferação de pré-adipócitos, ou diminuição da lipogênese e
aumento da lipólise (YUN, 2010; MANENTI, 2012).
A indicação dessas alternativas apontadas como naturais, ganhou destaque após a aprovação
da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) Nº 52/11, na qual determinou a proibição das
substâncias anorexígenas anfepramona, femproporex e manzidol por um longo tempo. Além
de definir regras mais rígidas para a prescrição, dispensação e o uso da sibutramina
(TEIXEIRA et al., 2014).
Esses produtos, muitas vezes, encontram-se na forma de compostos, e entre eles podemos
citar a associação de sene e chitosan. O chitosan, extraído da casca de crustáceos, apresenta
efeito benéfico ao se ligar aos efeitos lipídicos da dieta, reduzindo assim, a absorção intestinal
desses. Já os antranóides contidos no sene proporcionam o efeito laxativo, estimulando a
motilidade intestinal, aumentando o peristaltismo, a absorção de água e eletrólitos. Ambos
possuem restrições de uso, interações e efeitos adversos que a maioria dos pacientes
desconhecem (GERLACK; MORRONE, 2006).
Em um estudo desenvolvido por Teixeira et al (2014) foram identificadas as principais
plantas medicinais, fitoterápicos e/ou nutracêuticos utilizadas para o controle de obesidade. A
tabela 1 mostra os resultados obtidos.
Item
Família
Nome Científico
Nome
Popular
Alcachofra
Parte
Utilizada
Folhas
Uso
medicinal
reportado
Diurética, estomago
1.
Asteraceae
Cynara scolymus L.
2.
Lamiaceae
Lavandula
angustifólia Mill.
Alfazema
Folhas
Digestivo,
calmante
3.
Myracrodruon
urundeuva Allemão
Aroeira
Casca
Anacardiaceae
Diurética, laxante,
digestão, tônica
Folhas
Asteraceae
Vernonia polyanthes
(Spreng.) Less.
Assa-peixe
4.
Tônica,
diurética
Folhas
Diurética
Oxalidaceae
Oxalis hirsutissima
Mart. ex.Zucc.
Azedinha
5.
Babaçu
Mesocarpo
Emagrecimento
Arecaceae
Orbignya
Burret.
oleifera
6.
Carqueja
Folhas e Talo
Diurética, digestão
Asteraceae
Baccharis
(Less) DC.
trimera
7.
tônico,
fígado,
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Cascarasagrada
Laxante
Rhamnaceae
Rhamnus purshiana
DC
Casca
8.
Castanha-daíndia
Tônico
Sapindaceae
Aesculus
hippocastanum L.
Semente
9.
Caule
Equisetaceae
Equisetum
L.
Cavalinha
10.
Diurético,
emagrecimento
Apiaceae
Centella asiatica (L.)
Urban.
Centelaasiatica
Folhas
11.
Diurético,
emagrecimento
Folhas
Theaceae
Camellia
sinensis
(L.) Kuntze
Chá-branco
12.
Folhas
Malvaceae
Diurética, fígado
Alismataceae
Chapéu-decouro
Folhas
14.
Chá-verde
Folhas
15.
Theaceae
Byttneria
melastomifolia A.St.
Hil.
Echinodorus
macrophyllus
(Kunth) Micheli
Camellia
sinensis(L.) Kuntze
Chá-de-bugre
13.
Termogênicos,
diurético,
emagrecimento
Emagrecimento,
diurética
Termogênicos,
emagrecimento
Casca
Malvaceae
Guazuma ulmifolia
Lam.
Chico-magro
16.
Folhas
Malpighiaceae
Douradão
Folhas
Diurética
18.
Rubiaceae
Banisteriopsis
argyrophylla (A.
Juss.) B. Gates
Rudgea viburnoides
(Cham.) Benth.
Cipó-prata
17.
Emagrecimento,
fígado e
Hipercolesterolemia
Emagrecimento,
diurética
Rubiaceae
Palicourea coriácea
schum
Douradinhado-campo
Folhas
19.
Emagrecimento,
diurética
Casca e fruto
Termogênico
Clusiaceae
Garcinia cambogia
Desr.
Garcinia
20.
21.
Ginkgoaceae
Ginkgo biloba L.
Folhas
Anti-oxidante
22.
Araceae
Tubérculos
23.
24.
Annonaceae
Salicaceae
Graviola
Guaçatonga
Folhas e talos
Folhas
Emagrecimento,
saciedade
Diurética
Fígado
25.
Apocynaceae
Gymnema
Folhas
26.
Malvaceae
Amorphophallus
Konjac K.
Annona muricata L.
Casearia silvestris
Sw.
Gymnema
sylvestre(Retz)
Hibiscus sabdariffa
L.
Ginkgo
biloba
Glucamanano
Hibiscus
Cálice
27.
Fabaceae
Juca
Casca
arvense
Caesalpinea Ferrea
Mart.
Emagrecimento,
diurético
Laxante,
emagrecimento,
diurético
Diurético
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28.
Cactaceae
Koubo
Planta inteira
Diurético, tônico
Mangavabranca
Maracujá
Casca
Oleaceae
Cereus
peruvianus(L.)Mill.
Lafoensia pacari St.
Hil
Passiflora incarnata
L.
Olea europaea L.
29.
Lythraceae
Oliveira
Folhas
32.
Simaroubaceae
Quassia Amara L.
Casca
33.
Vochysiaceae
34.
Boraginaceae
Pholia-magra
Folhas
35.
Aquifoliaceae
Pholia-negra
Folhas
36.
Fabaceae
Vochysia tucanorum
Mart
Cordia ecalyculata
Vell.
Ilex paraguariensis
A. St. Hil
Cassia angustifólia
Vanh
Pau-detenente
Pau-doce
Sene
Folhas
Diurético,
emagrecedora
Calmante,
ansiolítica
Diurético,
hipercolesterolemia
Diurético,
emagrecedora
Diurético,
emagrecedora
Termogênico,
diurético
Diurético,
emagrecedora
Laxante,
emagrecedora
30.
Passifloraceae
31.
Folhas e talos
Caule
Tabela 1: Principais plantas medicinais, fitoterápicos e/ou nutracêuticos utilizadas para o controle de obesidade.
Fonte: Adaptado de TEIXEIRA et al., 2014
2.4 O sene
Entre as plantas medicinais mais utilizadas destaca-se o sene, cujo nome é científico Cassia
angustifólia Vanh. Apresenta outros sinônimos botânicos entre eles: Cassia senna L., Senna
alexandrina Mill., Cassia acutifolia Delile, Cassia alexandrina (Garsault) Thell., Senna
acutifolia (Delile) Batka, Senna alexandrina (Garsault), Senna angustifolia (Vahl) Batka e
como nomes populares: sena, cássia, sene, fedegoso-do-rio-de-janeiro, lava-pratos, mamangá.
A Cassia angustifólia é um pequeno arbusto que atinge um metro de altura, com caule ereto,
lenhoso e de flores amarelas. As folhas secas e as vagens são as partes mais utilizadas na
medicina popular e caracterizam-se pela presença de substâncias antraquinônicas livres e
combinadas (OLIVEIRA et al, 2012).
O sene é uma planta nativa da Arábia e África Ocidental, sendo muito cultivado na Índia. A
sua introdução na fitoterapia foi feita por médicos árabes no século IX. É considerado um
laxante estimulante, o qual promove o aumento da motibilidade do colón, o que leva a uma
redução do tempo do o trânsito intestinal com uma secreção dos eletrólitos (Na+, Cl-) para
dentro das células epiteliais e, ocorre simultaneamente, um aumento da permeabilidade das
junções e a estimulação da secreção de água e eletrólitos para o lúmen do cólon (MANSO,
2003). Esses efeitos se devem pela presença dos derivados antraquinônicos, como os
metabólitos secundários senosídeos A e B, que conferem ação colagoga e laxante, quando
administrada em doses baixas e purgantes em doses maiores. São também utilizados para
provocar o esvaziamento intestinal, para a da realização de exames ou cirurgias. A droga atua
cerca de 10-12 horas depois da administração (SILVA, 2009).
O extrato seco da Cássia angustifólia é comercializado na forma de extrato seco, sendo os
glicosídeos hidroxiantracênicos o marcador utilizado na sua padronização. Outra forma de
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comercialização da espécie é o chá, o qual é comercializado na forma de erva moída, podendo
ser encontrado também em cápsulas (Teixeira et al., 2014).
O sene é indicado no tratamento de obstipação quer seja em forma de comprimidos, de
cápsulas ou chás. As formas de administração mais comumente encontradas são (MANSO,
2003):
- Infusão: 0,5 a 2 g por chávena, 1 a 2 chávenas, repetir se for necessário.
- Pó: 100 a 300 mg, 1 a 4 vezes por dia, em cápsulas.
- Extrato seco (4:1): 0,5 a 2 g por dia (1g equivale a cerca de 4 g de planta seca).
- Enema: infusão de 15 a 20 g/litro.
2.5 A importância da Atenção Farmacêutica
A utilização de fitoterápicos no tratamento da obesidade tem aumentado consideravelmente
nos últimos anos, na maioria das vezes sem nenhum acompanhamento médico ou nutricional
devido ás crenças da população em que estes medicamentos são isentos de efeitos tóxicos ou
adversos, e que o uso popular serviria como validação para a garantia da utilização destes
medicamentos (CORRÊA et al., 2012).
Em virtude do alto índice de utilização e desinformação a respeito dos compostos
emagrecedores pelos pacientes, torna-se imprescindível a atenção farmacêutica, a qual faz a
interação direta do farmacêutico com o paciente, com a finalidade de atender às necessidades
do mesmo relacionadas com a farmacoterapia (GERLACK; MORRONE, 2006).
A atenção farmacêutica visa o paciente como o principal beneficiário das ações farmacêuticas,
assegurando que o paciente tenha acesso à informação acerca da utilização adequada dos
medicamentos, contribuindo para o seu uso racional. Além de o farmacêutico poder monitorar
a utilização dos medicamentos por meio da ficha de controle farmacoterapêutico e fazer o
aconselhamento dos doentes sobre o uso dos medicamentos de venda livre (medicamentos de
indicação farmacêutica), promover a participação dos pacientes em programas de educação
para a saúde em colaboração com outros membros da equipe de saúde e a construção de
indicadores que visem mensurar a efetividade das intervenções (ANDRADE et al., 2004).
O uso de medicamentos para o controle da obesidade deve ser feito com o auxilio de um
profissional da área da saúde, incluindo o farmacêutico, através da realização da atenção
farmacêutica. Cada medicamento, dependendo da sua composição farmacológica, apresenta
diversos efeitos colaterais, algum deles bastantes grave como arritmias cardíacas, surtos
psicóticos e dependência química. Por essa razão esses medicamentos devem ser utilizados
apenas quando há falha nas terapias não medicamentosas de acordo com o julgamento
criterioso do médico assistente. O papel do farmacêutico diante desta situação é de orientar o
paciente sobre a ação de determinado medicamento e as consequências de um uso
indiscriminado do mesmo, uma vez que a maioria dos medicamentos para obesidade são
fórmulas que visam a diminuição do apetite. Para esta redução se empregam anorexígenos
como, femproporex e dietilpropiona, associados a outros fármacos como benzodiazepínicos
(diazepam, bromazepam), diuréticos (hidroclotiazida), laxantes, hormônios tireoidianos,
estimulantes do sistema nervoso (cafeína) e vitaminas. Tais fórmulas podem levar a
dependência e a problemas de saúde secundários (Borsato et al., 2008).
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A Importância da atenção farmacêutica no uso de fitoterápicos emagrecedores contendo sene (Cassia
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2.6 Cuidados com o uso do sene
O sene é utilizado nas formulações fitoterápicas para o emagrecimento, atuando como
laxante. Um esclarecimento mais pertinente a esse emprego seria importante, pois, muitas
espécies vegetais, podem causar danos à saúde se não for bem orientado o seu uso e a sua
manipulação. Nos últimos anos, MATOS (1999) alertou sobre a planta Sene (Cassia
acutifolia, DELL) devido a ação tóxica das antraquinonas sobre os rins, que pode chegar a ser
fatal, não podendo ser utilizada em crianças ou em pessoas com insuficiência renal.
O consumo excessivo e contínuo de sene provoca vômitos, cólicas, diarreias, dores
abdominais, aumento do fluxo menstrual. Pode ainda provocar carência de potássio,
diminuição de globinas séricas e causar nefrites em tratamentos longos. Nestas situações a sua
utilização pode provocar: obstrução e estenose intestinal, atonia, doenças inflamatórias
intestinais apendicite, estados inflamatórios uterinos, cistite, insuficiência hepática, renal ou
cardíaca, náuseas, vomito, estados de desidratação severa. Ainda, hemorroidas, sintomas
abdominais não diagnosticados e obstipação crônica. Estudos recentes revelaram que a
toxicidade da espécie é mais proeminente em pacientes que usem infusões da planta de forma
crônica e continuada em vez de comprimidos doseados (RAPOSO; VELHO, 2009).
O uso contínuo do sene, por mais de duas semanas, não é recomendado, pois, pode levar a
dependência, de modo que o intestino não funcione normalmente sem o uso da planta. Além
do uso constante poder ainda alterar a quantidade ou o balanço de algumas substâncias
químicas no sangue (eletrólitos) e causar distúrbios cardíacos, fraqueza muscular. O seu uso é
contraindicado em pessoas com hipersensibilidade ao sene, gravidez, lactação e em crianças
menores de 12 anos (MANSO, 2003).
3-Conclusão
A busca constante por medicamentos emagrecedores levou ao aumento do uso de muitos
fitoterápicos, incluindo o uso da espécie Cassia acutifólia, popularmente conhecida como
sene, um famoso laxante natural, que atua no aumento da motibilidade do colon devido a ação
dos senosídeos presentes na espécie. Apesar da sua ação farmacológica, por ser considerado
uma planta medicinal, o seu uso é indiscriminado, uma vez que ainda há a cultura de tanto as
espécies medicinais quanto os fitoterápicos serem isentos de efeitos adversos. Portanto, cabe
aos profissionais de saúde, incluindo o farmacêutico, por meio da atenção farmacêutica,
orientar os pacientes do uso correto, indicações, contraindicações e efeitos adversos a respeito
do uso do sene tanto na forma de chás como em formulações fitoterápicas.
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