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NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012 - Nº- 96
QUALIDADE SE
PÕE À MESA
produtos Premium serão o destaque
neste FIM de ano Pág. 8
SEGURANÇA_ Ser classe mundial também nessa área é o objetivo da BRF – Pág. 4
LOGÍSTICA_ A distribuição fica mais eficiente e está preparada para a expansão – Pág. 18
EDITORIAL
08
Atitude pessoal,
ganho coletivo
03
Divulgação
04
COMPETITIVIDADE
A desoneração dos salários beneficia a BRF
04
SEGURANÇA
A frequência de acidentes está em queda
07
MÍDIA DIGITAL
BRF: mais de 1,5 milhão de fãs em redes sociais
08
MERCADO
Um fim de ano com mais produtos premium
12
VITRINE
As embalagens novas dos produtos Elegê
14
EXPORTAÇÃO
A abertura do mercado japonês de suínos
16
ESPORTES
Perfil de Mayra Aguiar, medalhista em Londres
17
ORIENTE MÉDIO
BRF compra 49% de empresa em Abu Dhabi
18
LOGÍSTICA
R$ 400 milhões são investidos na distribuição
20
INTERNACIONALIZAÇÃO
Novos produtos consolidam a BRF na Argentina
22
Dentre as boas notícias desta edição, merece atenção especial a que traz um balanço dos progressos da BRF com o programa Saúde, Segurança e Meio Ambiente (SSMA). Iniciado em
2008, o SSMA reforça um dos valores essenciais da BRF, que é o
respeito à integridade de cada pessoa que trabalha em nossas
unidades de produção, armazéns, escritórios, laboratórios ou em
trânsito com os produtos. Um dos indicadores perseguidos pelo
SSMA é a redução da ocorrência de acidentes. Comparando os
dados de setembro de 2012 com os de 2007, ano anterior à criação do programa, obtivemos corte de quase 88% na frequência
de acidentes com afastamento. Uma das áreas do negócio, a de
Logística, já conseguiu atravessar o ano de 2011 e os nove primeiros meses de 2012 sem nenhuma necessidade de afastamento de trabalhador por acidente. É essa, aliás, a meta para toda a
BRF e que seguiremos buscando com persistência. Por trás do
avanço do SSMA, está uma importante mudança cultural, pois
é a atitude individual que faz a diferença na segurança, na saúde e na conservação do ambiente. O objetivo coletivo depende
desse comportamento de cada um – no nosso caso, de mais
de 115 mil pessoas que aqui trabalham. E, certamente, vai gerar
benefícios para todos nós.
ACONTECE
José Antonio Fay
Presidente da BRF
Fábrica de Videira vai ampliar a produção
A revista BRF é uma publicação
periódica, de circulação externa
e distribuição gratuita.
Coordenação: Rosa Baptistella, Miguel Jimenez
e Roberta Pavon
Colaboração: Jones Broleze
Conselho Editorial: Wilson Mello,
Kristhian Kaminski, Luciana Ueda,
Mauricio Cherobin, Pérsio Pinheiro
e Roberta Morelli
JBX Conteúdo e Comunicação
Tel.: (11) 2613-5044 | 2533-5044
E-mail: [email protected]
Coordenação Editorial: Antonia Costa
Projeto Gráfico: Graphic Designers
Direção de Arte: Ronaldo da Silva Rego
Impressão: Pancrom
Tiragem: 10 mil exemplares
SAC – BRF:
0800-7017782
COMPETITIVIDADE
Estímulo
por ser
grande
empregador
medida do plano Brasil Maior que
desonera a folha de pagamentos irá
beneficiar a BRF em 2013
A
BRF já tem uma boa notícia
garantida para começar o
ano de 2013. A partir do dia
1º- de janeiro, a empresa, assim como
todo o setor produtor de aves e suínos, poderá se beneficiar dos
efeitos de uma mudança
autorizada pelo governo na
forma de contribuição à Previdência Social. Em vez de recolher 20% sobre sua folha de
pagamento, a empresa passará a contribuir com valor
de 1% sobre o faturamento.
Para uma companhia de atividade intensiva em mão de obra como a BRF
– uma das cinco maiores empregadoras no Brasil, com mais de 115 mil
funcionários –, essa substituição na
contribuição previdenciária resultará em uma desoneração significativa. “Ainda não sabemos exatamente qual será o ganho porque faltam
alguns detalhes sobre como
o cálculo será feito, mas
nossas simulações indicam
que a companhia terá uma
boa economia”, diz Wilson
Newton de Mello Neto, vice-presidente de Assuntos
Corporativos da BRF.
A desoneração da folha
de pagamento é uma das medidas
que fazem parte do plano Brasil
Maior do governo federal. Iniciado
em 2011, o plano tem por objetivo
Empresa ganhará ainda
mais competitividade
tornar as empresas brasileiras, em
especial aquelas que são exportadoras, mais competitivas no cenário
internacional. Nos últimos anos, o
custo crescente da mão de obra se
tornou um dos motivos de muitas
empresas no país sentirem mais dificuldade no confronto com suas concorrentes no exterior e no próprio
mercado doméstico. Ao criarem
condições para uma redução no
custo do trabalho, as medidas do governo também impulsionam o crescimento da produção e incentivam a
geração de empregos.
No caso da BRF, embora o tamanho do benefício não esteja mensurado, já é possível afirmar que a
empresa ganhará ainda mais competitividade. “Nossa perspectiva é
ter mais poder de fogo na disputa
por mercados em outros países, o
que deverá levar a BRF a ampliar os
investimentos e a contratação de trabalhadores”, diz Mello.
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SEGURANÇA
Rumo ao padrão
mais alto
A rquiv
o BR F
BRF alcança menor taxa de frequência de acidente
com afastamento de sua história, com índice
de 1,58 em setembro de 2012
4 BRF
CADA VEZ
MENOS
ACIDENTES
Os dados mostram
a redução na taxa
de frequência de
acidentes com
afastamento na
BRF como um todo
10
8,56
2007
8,96
2007
Arquivo BRF
P
ara uma empresa que mantém
86 mil pessoas trabalhando
na produção, contar com um
ambiente sadio é estratégico. Por
isso, há seis anos, a BRF desenvolve
o sistema de gestão SSMA – Saúde, Segurança e Meio Ambiente.
Até o fim de 2013, as 64 fábricas da
BRF no Brasil estarão adequadas ao
SSMA. No momento, o programa
está chegando às áreas administrativas. Os resultados são palpáveis. “O
SSMA proporciona bem-estar aos
funcionários e garante sustentabilidade ao negócio”, diz Gilberto Orsato,
vice-presidente de Recursos Humanos da BRF. O investimento dá retorno financeiro: a BRF já economiza
R$ 10 milhões por ano com a queda
de custos relacionados a acidentes e
indenizações trabalhistas.
Em setembro, a BRF alcançou a
menor taxa de frequência de acidente com afastamento de sua história,
com o índice 1,58. Cinco anos atrás,
a taxa era de 8,96. Isso indica que a
companhia caminha vigorosamente
Gilberto Orsato, VP de Recursos Humanos
para atingir seu objetivo. Algumas
unidades estão mais adiantadas. As
fábricas de Videira e Capinzal, em
Santa Catarina, pioneiras na implantação de medidas, já atingiram
padrão considerado de classe mundial. Nessas unidades, a frequência
de afastamento é inferior a um acidente por milhão de horas-homem
trabalhadas. “A nossa meta é que a
companhia toda seja classe mundial
em segurança em 2015”, diz Orsato.
8,61
7,05
2007
8
6
5,01
4
3,06
2007
2
2,06
0
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
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SEGURANÇA
O aperfeiçoamento da segurança na BRF ganhou impulso com a
contratação, em 2008, dos serviços
da DuPont. Com mais de 200 anos
de atuação no setor químico, a DuPont criou uma metodologia mundialmente reconhecida para prevenir acidentes e diminuir o impacto
ambiental das atividades.
Entre as iniciativas do SSMA se
destacam as de caráter educacional.
“A principal mudança é a cultural
porque 96% dos acidentes decorrem
do comportamento humano”, afirma
Orsato. “A conscientização das pessoas é essencial.” O SSMA é monitorado por comitês que representam
os funcionários: comitês gerais e
comitês regionais e de unidades de
segurança. Há ainda 121 Comitês
Internos de Prevenção de Acidentes
(Cipas), com 2 mil membros. Completam o quadro 647 profissionais
especializados, entre engenheiros
de segurança, médicos, fonoaudiólogos, enfermeiros e técnicos em saúde ocupacional e segurança.
A participação das lideranças,
incluindo a alta administração, é
fundamental no processo de reforçar para os funcionários a necessidade de incorporar atitudes de segurança dentro e fora do ambiente
de trabalho. O próprio presidente da
BRF, José Antonio Fay, costuma dar
o exemplo e comunicar diretamente
o valor estratégico do SSMA para a
companhia em oportunidades como
a II Semana Nacional de Saúde, Segurança e Meio Ambiente, realizada
de 9 a 15 de setembro em todas as
unidades da BRF.
Arquivo BR F
As práticas coletivas de ginástica laboral e o estímulo a atividades esportivas
em academias instaladas em unidades da empresa também fazem parte
do programa Saúde, Segurança e Meio Ambiente da BRF
6 BRF
MÍDIA DIGITAL
A força
da internet
O uso das
redes sociais pelos
consumidores para
trocar informações sobre
produtos é crescente — marcas
da BRF já têm mais de 1,5 milhão de fãs
U
m estudo divulgado recentemente pela DraftFCB, uma
das maiores agências de
marketing do mundo, confirma uma
tendência: é crescente a utilização da
internet como fonte de pesquisa antes de comprar (ou não) produtos ou
serviços em lojas físicas ou virtuais.
As pessoas usam a rede não só para
procurar descrições e preços, mas
para ver comentários de outros consumidores, avaliações, recomendações ou reclamações. Assim, formam
repertório, fazem comparações e direcionam seu gasto.
Essa parcela de consumidores,
chamados de information obsessed,
foi identificada pelos pesquisadores
da DraftFCB em entrevistas com 3 mil
pessoas de cinco países (Brasil, China, Índia, Estados Unidos e Alemanha). Entre os brasileiros, 19% foram
considerados information obsessed.
Um grande trunfo para as marcas
é, portanto, ter uma boa estratégia de
marketing digital, algo que vá além
do site oficial. Estar presente em redes sociais como Facebook, Twitter
e Google+ é parte importante desse
jogo de relacionamento e ajuda a conhecer melhor os consumidores.
“Monitoramos as redes sociais
para entender o que as pessoas falam sobre nossas marcas e as marcas dos concorrentes. É muito produtivo, pois mergulhamos em um
ambiente de pesquisa espontâneo e
verdadeiro”, diz Paula Ziegert, gerente de Mídia da BRF.
Acompanhar e analisar o comportamento dessa audiência online
é sempre vantajoso e estratégico, pois oferece
elementos para direcionar ações de
marketing digital
e também no
ambiente fora da
internet. “O relacionamento da empresa
com o consumidor enriquece e é fortalecido”, afirma Paula.
Atualmente, Sadia, Perdigão e
Batavo são alguns dos nomes da BRF
nas redes sociais com estratégias distintas e de acordo com o posicionamento no mercado e o perfil do público. Para cada uma das marcas, há
um interlocutor da área que conhece
profundamente produtos e serviços e
pode interagir com os consumidores,
orientá-los, tirar dúvidas e encaminhar soluções. No Facebook, as Fan
Pages (páginas de relacionamento
com fãs e seguidores)
dessas marcas já reúnem
mais de 1,5 milhão de fãs.
Algumas linhas de produtos têm
sua própria Fan Page, o que permite,
entre outras ações, fazer promoções
segmentadas. A linha Hot Pocket de
lanches rápidos da Sadia e
a família de iogurtes
sem lactose Naturis Soja são bons
exemplos. É possível medir os
resultados dos
conteúdos publicados pelas marcas em
seus perfis.
“Mensalmente analisamos o desempenho de cada uma das publicações feitas por nós nas redes sociais
e conseguimos calcular o alcance
dos comentários, saber quais os temas mais compartilhados, conferir
as recomendações que as pessoas
fazem das nossas marcas e produtos”, diz Paula. “Do ponto de vista de
mídia, a recomendação de um amigo vale mais do que a propaganda
convencional, esse é um grande poder das Fan Pages.”
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MERCADO
O AVANÇO
DOS PRODUTOS
PREMIUM
8 BRF
A estratégia das
marcas da BRF para
aproveitar o FIM de
ano está centrada
em lançar alimentos
com inovação – um
anseio crescente do
consumidor brasileiro
M
ais que em qualquer outra época, é nas comemorações do Natal e da passagem de ano que famílias e amigos querem se reunir em torno de uma
mesa com produtos de qualidade, aqueles que são considerados premium. Novidades e opções mais refinadas de
alimentos para essas ocasiões agradam cada vez mais aos
brasileiros, conforme têm mostrado pesquisas e a própria
evolução das vendas. A BRF, atenta à tendência, está reforçando sua variedade de produtos comemorativos, feitos
especialmente para o consumo durante as festas de fim de
ano. A inovação é o ponto forte dos lançamentos de carnes
natalinas – nas linhas de aves e suínos – programados para
este último trimestre de 2012.
“As vendas de produtos com inovação vêm crescendo
em importância na cesta de Natal de ano para ano”, afirma
Fabrício Amorim, gerente executivo de Marketing da BRF
responsável pelas categorias in natura e comemorativos. “O
consumidor mostra que quer mais novidade e mais sofisticação.” Os números corroboram as afirmações de Amorim. A participação dos novos produtos no total de vendas
de carnes natalinas da BRF, capitaneadas pelo Chester
da Perdigão e pelo Peru da Sadia, passou de 3% em 2008
para 9% em 2011. A expectativa deste ano é que a fatia das
inovações no faturamento cresça para ao menos 10% – o
restante das vendas se refere aos produtos natalinos que já
estavam tradicionalmente na linha.
BRF amplia a linha de produtos
premium para este Natal
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MERCADO
Ouça o podcast sobre os
lançamentos deste Natal no site
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Sadia lança
uma nova ave:
a Supreme.
Chester Perdigão
agora é oferecido
em seis opções
Assa Fácil_ O pacote de produtos para as festas de 2012 avança em
outro ponto que hoje é decisivo para
o consumidor: a conveniência. Para
atender a esse anseio, estão sendo
lançados o Chester Assa Fácil e o
Peru Assa Fácil, carnes que podem
ser retiradas do congelador e levadas diretamente ao forno, tornando
o preparo mais fácil e rápido. No
caso do Chester, a grande estrela natalina da Perdigão, as inovações são
constantes ano a ano desde 2008.
“O Chester se tornou a marca mais
inovadora do Natal”, diz Amorim. O
Chester Assa Fácil chega ao mercado também na versão Desossado e
Recheado com Farofa e, em São Paulo e estados do Sul, será oferecido o
Chester Assa Fácil com Molho ao
Pesto, uma tradicional receita italiana adaptada ao gosto brasileiro. Ao
todo, a linha Chester neste ano contará com seis opções.
A marca Sadia, além do Peru Assa
Fácil, será reforçada com o lançamento de uma nova ave, a Supreme,
e um novo produto suíno, o Pernil ao
Molho de Vinho Espumante. A linha
Tender, outro produto tradicional das
festas de fim de ano, passa a oferecer,
na região Sul e em São Paulo, mais
uma opção bem prática: o Tender
Aperitivo, que já vem fatiado e em
embalagem de 200 gramas. Somente no sul do país, a Sadia lança ainda o Pernil de Cordeiro ao Molho de
Hortelã com Toque de Alecrim. “São
produtos com maior valor agregado
e visam atender à vontade de experimentar sabores novos e mais requintados que notamos hoje no Brasil”,
diz Ligia Kashiwagi, gerente de produto da linha de comemorativos.
Expectativas do mercado_
Os lançamentos são apoiados em
campanhas de comunicação em TV
e revistas que valorizam a praticidade das opções Assa Fácil para o consumidor. Nos sites das marcas, novas
receitas especiais para o Natal e o
ano-novo estarão disponíveis. Também haverá estímulos nos pontos de
venda. Nos supermercados, bolsas
térmicas com brindes serão distribuídas para quem comprar mais produtos Sadia e Perdigão. As padarias e
inovação vende cada vez mais
Participação dos produtos novos no total de vendas da
categoria carnes natalinas da BRF no último trimestre do ano
3%
4%
6%
2008
2009
2010
(*) previsão
10 BRF
9%
10%*
2011
2012
rotisserias terão apoio para propagar
o “encomende aqui”, incentivando
os consumidores a comprar Chester
e Peru ali preparados.
Os lançamentos da BRF encontrarão um ambiente de mercado promissor. Ainda que este tenha sido
um ano de crescimento econômico
modesto e que muitos consumidores aproveitem o 13º- salário para
abater dívidas, o cenário geral é de
aumento da renda e estabilidade
do emprego. O comércio varejista
tem expectativa de encerrar o ano
com crescimento da ordem de 7%
– e aposta que o consumidor vai às
compras no Natal. Ao contrário de
2011, o humor deste fim de ano é melhor, com a economia saindo de um
período prolongado de desempenho fraco. E até o calendário pode
ajudar: enquanto em 2011 o Natal e
o ano-novo caíram em fim de semana, neste ano, serão na terça e na
segunda-feira, ou seja, dando mais
tempo para preparação dos almoços e jantares de celebração. Resta
torcer para que sejam, afinal, boas
festas para todos.
O CONSUMO NO BRASIL
GANHA SOFISTICAÇÃO
Pesquisa confirma que as
famílias querem novas opções
Novidades, sofisticação e qualidade. A busca desses traços
está mais presente nas escolhas dos consumidores brasileiros
em relação a uma série de produtos, dos artigos de limpeza aos
alimentos. A tendência foi confirmada por recente pesquisa da
empresa de análise de mercado Kantar Worldpanel sobre o consumo no Brasil. O levantamento mostrou que os brasileiros estão
gastando mais especialmente em produtos que levam para casa.
E que fazem a opção por itens mais caros e marcas de maior
prestígio quando percebem que oferecem mais atributos. Isso é
fruto da situação favorável acumulada no país nos últimos anos,
quando a renda da população cresceu, o acesso ao crédito foi
ampliado e o desemprego caiu. O brasileiro tem mais dinheiro,
mas procura fazer bom uso desse adicional.
Exigência de qualidade_ O resultado é que há uma alta
nas vendas das categorias de produtos chamadas de premium.
De acordo com a pesquisa, o dispêndio com artigos de valor
mais alto ocorre em diversos itens de consumo doméstico. No
caso dos alimentos, o gasto com os produtos mais caros subiu
de 28% para 35% do total adquirido, comparando-se as cestas
de compras de 2010 e 2011. A predisposição em gastar mais vem
acompanhada de uma exigência maior por qualidade. E de uma
vontade de experimentar coisas que ainda não conhecem. São
boas notícias para uma empresa inovadora como é a BRF.
Gasto maior com sofisticados
Índice de vendas dos produtos mais caros em
cada categoria – variação de 2010 para 2011
2010
2011
Cuidado pessoal
47%
51%
Artigos de limpeza
38%
40%
alimentos
28%
35%
bebidas
25%
28%
Fonte: Kantar Worldpanel
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VITRINE
Produtos da Elegê
de roupa nova
Reformuladas, embalagens de lácteos ajudam a divulgar o
novo slogan da marca: “Um gesto, Dois sorrisos”
D
ê uma olhada nas caixinhas
de leite das fotos ao lado. As
embalagens de leite UHT
da Elegê foram totalmente reformuladas. Agora, elas trazem no verso
histórias de demonstração de afeto
e, na lateral, um espaço para que
as pessoas deixem recados umas
para as outras. Quem acordar mais
tarde pode encontrar um bilhetinho
de “bom dia” escrito por quem tomou café mais cedo e precisou correr para o trabalho. A tipografia da
logomarca também foi alterada e é
estampada no topo. A tradicional vaquinha e o xadrez estão mais moder-
nos e atraentes. “O objetivo é estar
presente em todos os momentos do
dia, desde o café da manhã, criando oportunidades para que as pessoas possam mostrar o quão importantes são umas para as outras”, diz
Luciane Matiello, diretora de Marketing da Unidade de Lácteos da BRF.
As novas embalagens de leite fazem parte do reposicionamento da
marca que lançou, em setembro, o
conceito “Um gesto, dois sorrisos”.
Além do UHT, todos os produtos da
Elegê foram repaginados seguindo a
mesma linguagem (veja as fotos), com
o propósito de aumentar a percepção
de qualidade e destacar os produtos
nas gôndolas dos supermercados.
A estratégia de ampliar e fortalecer a presença da Elegê em todas as
regiões do Brasil já foi bem-sucedida
no Rio Grande do Sul e no Rio de
Janeiro, locais em que a marca lidera em várias categorias. O mesmo direcionamento será, agora, replicado
em todo o país. No Nordeste, há o diferencial de lançar alguns produtos
específicos, como a bebida láctea
em sachê. “Esta embalagem, de preço mais acessível, reforçará nossa
presença em um mercado promissor”, afirma Luciane.
Saiba mais no site
www.elege.com.br
12 BRF
< MANTEIGA
LEITES UHT >
E ESPECIAIS
Requeijão >
cremoso
NATA >
< LEITE EM PÓ
LEITE CONDENSADO >
E CREME DE LEITE
MOLHO PRONTO >
< BEBIDA LÁCTEA
www.revistabrf.com.br 13
EXPORTAÇÃO
SUÍNOS RUMO AO
O maior importador de carne
de porco no mundo pode se
abrir para receber produtos
brasileiros em 2013. É
uma ótima notícia para
o Brasil – e para a BRF
14 BRF
O
setor produtor de carne suína no Brasil
está perto de alcançar uma grande conquista: a abertura do mercado japonês.
Caso as últimas pendências formais para a liberação dos negócios sejam removidas em breve,
as exportações poderão começar em 2013. “Estou otimista. A etapa mais difícil já foi ultrapassada”, diz Pedro de Camargo Neto, presidente da
Associação Brasileira da Indústria Produtora e
Exportadora de Carne Suína (Abipecs). “Agora
é só vencer algumas questões burocráticas.” O
que falta é a definição da certificação sanitária
para os produtos brasileiros que poderão entrar
no Japão – último passo de um processo de aprovação que tem ao todo 12 etapas. A certificação
terá de acompanhar cada contêiner embarcado.
Há pelo menos cinco anos, Camargo batalha, no
Brasil e no exterior, em prol da permissão para a
venda de produtos suínos no mercado japonês, o
maior importador mundial, com gasto superior a
US$ 5 bilhões por ano. Em 2011, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, o
Japão comprou 1,2 milhão de toneladas de carne
de porco, principalmente americana. A abertura
日本
N
日本
Pedro de Camargo Neto,
presidente da Abipecs
Arquivo BRF
seleção: “Temos
a moderna fábrica de Campos Novos,
construída dentro dos melhores
padrões mundiais, e vamos indicar
também a de Herval d’Oeste, que
sempre recebeu muitos investimentos”. A expectativa é que as vendas
da BRF ao Japão alcancem US$ 200
milhões por ano dentro de quatro
anos. Hoje, a exportação de suínos
rende à empresa cerca de US$ 450
milhões por ano.
Além do que pode representar
diretamente, a abertura do mercado japonês é relevante pela repercussão em outros potenciais
compradores. “A chancela é o mais
importante de tudo”, diz De Toni.
União Europeia, México e Coreia do
Sul são os próximos alvos. “Um mercado puxa outro”, afirma Camargo.
“Esperamos que em seguida venha a
Coreia do Sul.”
Divulgação
J A PA
de um mercado desse porte,
estima a Abipecs, pode somar no longo prazo 350 mil
toneladas por ano às exportações do Brasil, que foram de
516 mil toneladas em 2011.
A perspectiva de liberação começou a se concretizar no
fim de agosto, quando o governo japonês reconheceu o estado de Santa Catarina como área livre de febre
aftosa sem vacinação – um pré-requisito indispensável para o fornecimento ao Japão. Após a certificação,
será decidida a lista de frigoríficos
aptos a embarcar suínos para lá,
com base em sugestão do Ministério
da Agricultura do Brasil. “O ministério está tomando o cuidado de indicar as fábricas mais qualificadas”,
diz Antonio Augusto De Toni, vice-presidente de Mercado Externo da
BRF. De acordo com ele, a companhia está habilitada a fazer parte da
N
JAPÃO
J A PA
Antonio Augusto De Toni,
VP de Mercado
Externo da BRF
Tonkatsu, subuta, shabu shabu – e guioza
A imagem estereotipada sobre
os hábitos alimentares no Japão é
a de um povo que vive à base de
arroz, peixes, frutos do mar, algas
e alguns legumes, devidamente seguidos de um chá. É verdade que esses produtos são fundamentais nas
refeições do povo japonês e, mais
ainda, no cardápio dos restaurantes
de origem nipônica no Brasil – onde
nos acostumamos com os sushis, os
sashimis e os tempurás. Mas as carnes têm também presença marcante
na mesa japonesa atual, muito mais
farta desde que o país se tornou um
dos mais ricos do mundo, com poder de compra para importar o que
não produz – 60% dos alimentos que
consome vêm de fora.
A carne de porco, em especial,
é tão apreciada que tornou o Japão
o maior importador de produtos suínos do mundo. O porco aparece
em diversos preparos na cozinha
japonesa. O prato mais familiar aos
brasileiros – também virou um sucesso aqui – é o guioza, pastelzinho
de origem chinesa que pode ser frito, cozido ou grelhado. Nele, a carne
suína misturada a legumes é o re-
cheio. Também de origem chinesa,
os japoneses consomem o subuta,
que consiste de porco em pedaços
com molho agridoce. Costeletas, filés ou lombos fritos e empanados
são chamados de tonkatsu. No popular katsudon, uma tigela de arroz
é coberta com porco cozido, cebola
e ovo. Shabu shabu é um cozido em
que a carne é mergulhada em caldo
quente de peixe ou carne.
São múltiplas as formas de o
consumidor japonês apreciar uma
boa carne de porco. Em breve, de
suínos criados no Brasil.
www.revistabrf.com.br 15
ESPORTES
M AY R A
AGUIAR
Revista BRF: Como o esporte entrou
na sua vida?
Treino desde os 6 anos de idade. Meus pais
queriam que eu fizesse alguma atividade física,
sempre me estimularam. Já pratiquei atletismo,
ginástica olímpica e balé, mas gosto mesmo do
judô. Não consigo viver longe do tatame, porque
quando estou ali me esqueço de qualquer problema, me sinto ótima.
Depois de conquistar a
primeira medalha olímpica
em Londres, a judoca
Mayra Aguiar já pensa em 2016
Como é sua rotina?
Tem de ter muita disciplina. Os treinos são
fortes. Por isso, descansar e ter uma alimentação
balanceada é fundamental para um bom rendimento. Treino duas vezes ao dia, duas horas pela
manhã e mais duas à noite. Gosto de ler, ver filmes
e ir à praia. Posso fazer tudo, mas na hora certa.
E
E como é a alimentação?
Normal, mas faço uso de suplementos alimentares e não abro mão de massas. Só sinto falta
dos doces.
Um bronze que vale ouro
la gosta de ler e ir à praia. Não abre mão de um belo
prato de massa, principalmente lasanha. O filme predileto é o drama juvenil Conta Comigo, de 1986, dirigido por Rob Reiner. Mayra Aguiar, gaúcha de 21 anos, diz que
não consegue viver longe dos tatames. “Quando estou ali,
me esqueço de qualquer problema, me sinto ótima.” Atleta
patrocinada pela Sadia, é uma das judocas mais prestigiadas
do Brasil. É a primeira do ranking mundial na categoria até
78 quilos, recordista mundial de medalhas nos Campeonatos Mundiais sub-20, vice-campeã mundial (2010) e ouro no
IFJ Masters (2012). Dos jogos realizados
em Londres neste ano, Mayra trouxe a medalha de bronze. Foi sua
primeira conquista olímpica.
Que produto da Sadia não pode faltar na
sua alimentação?
Adoro o presunto e a linha de comidas préprontas. São deliciosas e muito práticas.
Qual a importância de ser patrocinada
pela marca Sadia?
O atleta que alcança alto rendimento tem de
pensar no esporte. A segurança e a perspectiva de
continuidade proporcionada por um patrocinador
forte como a Sadia dão tranquilidade para o esportista se concentrar no que interessa.
16 BRF
Marcio Rodrigues / FOTOCOM.NET
O que você achou da participação
em Londres?
Aprendo muito em cada competição, a gente
sai com uma bagagem enorme. A conquista da
primeira medalha olímpica é um grande incentivo.
Como judoca, quais são seus
próximos objetivos?
O foco é 2016, os Jogos Olímpicos do Rio de
Janeiro. Mas até lá há um caminho longo de competições também importantes, como o Mundial e
os Jogos Pan-Americanos.
ORIENTE MÉDIO
BRF compra 49%
da Federal Foods
Companhia com sede em Abu
Dhabi é líder em distribuição
da indústria de alimentos nos
Emirados Árabes
Mesquita Sheikh Zayed
em Abu Dhabi
E
m outubro, a BRF assinou a
oferta para a compra de 49%
das ações da Federal Foods
Limited, empresa com sede em Abu
Dhabi e que há mais de 20 anos distribui produtos da marca Sadia nos Emirados Árabes Unidos. O investimento
será de US$ 36 milhões e dará à BRF
poder de decisão sobre a companhia.
A Federal Foods é uma empresa
de capital fechado, líder em distribuição de alimentos nos Emirados Árabes. Em 2011, atingiu receita líquida
de US$ 266 milhões, com 92 mil toneladas de produtos comercializados
em atacado, varejo e food services.
A companhia, fundada em 1991,
tem seis filiais nos Emirados Árabes
e uma no Catar. Ao todo, são mais
de 1.350 funcionários e frota logística de 260 caminhões e vans para
resfriados e congelados.
Atualmente, os produtos da BRF
distribuídos pela Federal Foods representam 65% das receitas líquidas
da empresa, que também é distribuidora de resfriados, congelados
e linha seca de outras marcas e fornecedores. As parcerias devem ser
mantidas com a aquisição.
A BRF irá comercializar produtos
nos Emirados Árabes por meio da
Federal Foods, incluindo as marcas
Sadia e Perdix, e a produção de sua
fábrica local, que começa a funcionar em 2013.
“O acordo com a Federal Foods
vem ao encontro do planejamento
estratégico de nossa empresa”, diz o
presidente da BRF, José Antonio Fay.
“Pretendemos crescer em mercados
estratégicos, avançando na cadeia
de valor com produção local, marcas
fortes e distribuição. Essa parceria
tornará nossa presença ainda mais
relevante no Oriente Médio, mercado
no qual estamos presentes há mais
de 30 anos.”
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LOGÍSTICA
PRONTA
PARA CRESCER
GRANDES INVESTIMENTOS FORAM FEITOS NA INFRAESTRUTURA DE
MOVIMENTAçãO E ARMAZENAGEM DO MERCADO INTERNO PARA ATENDER
OS PLANOS DE CRESCIMENTO E MELHORIA DE NíVEL DE SERVIÇOS DA BRF
U
m sistema de distribuição
mais eficiente e reforçado
está emergindo da fusão das
estruturas de Perdigão e Sadia. A junção de duas empresas, outrora concorrentes, criou coincidências de
operação. Uma das primeiras providências pós-fusão foi a identificação
das oportunidades de ganho com a
unificação da logística. O processo,
iniciado em 2010 com a concepção
de um plano mestre para a área,
está perto de ser concluído. “Após
a revisão completa das operações,
identificamos sinergias, oportunidades de melhorias e definimos mudanças para otimizar a malha de dis-
18 BRF
tribuição”, diz Luiz Henrique Lissoni,
vice-presidente de Supply Chain da
BRF. “O resultado é uma logística
preparada para o futuro, com custos
mais competitivos e mais qualidade
no serviço aos clientes.”
Investimentos significativos foram destinados às mudanças. Elas
compreendem criação de novos
centros de distribuição localizados
em áreas estratégicas, ampliações
de unidades existentes, encerramento de atividades de algumas instalações mais antigas, ampliação do
número de pontos de transbordo
e adoção de novas tecnologias. As
adequações levam em conta as de-
terminações do Conselho Administrativo de Defesa Econômica para
aprovar a fusão, que incluíram a
venda de oito CDs. De acordo com
Lissoni, 80% do que foi planejado
estará concluído até o fim de dezembro e o restante, no início de 2013.
Um exemplo da otimização é
a mudança do papel dos CDs de
Jundiaí e Embu (ambos no estado
de São Paulo) que Perdigão e Sadia
tinham para abastecer São Paulo.
“Resolvemos designar o de Jundiaí,
da antiga malha da Sadia, para
servir o interior do estado, e o da
Perdigão no Embu foi expandido e
atenderá a Grande São Paulo”, diz
João Oneda, diretor de Inovação e
Desenvolvimento de Supply Chain.
No Rio de Janeiro (RJ), quatro armazéns antigos estão sendo substituídos por um novo. Em Salvador
(BA), não havia uma central que
comportasse a operação. A capital
baiana tem um CD novo, pronto
para o crescimento até 2020. Ele
receberá o primeiro sistema automático de separação de caixas no
ambiente refrigerado do país. O sistema gera ganho de produtividade:
o CD de Salvador terá 140 funcionários, em vez dos 500 que seriam requisitados no sistema antigo.
A readequação fará a rede de
CDs cair dos 38 de 2010 para 25 em
2015. Porém, os pontos de transbordo, onde a carga de carretas é
transferida para caminhões menores, passarão de 30 atualmente para
57 em 2015. “Os pontos de apoio
ajudam a dar vazão às cargas e diminuem estoques. Há também redução da quilometragem rodada pelos
veículos”, afirma Oneda. “Ganhamos
em eficiência e cortamos custos e
emissões de poluentes.”
O investimento na logística da
BRF é vital para enfrentar o fato de
que a infraestrutura saturada é um
problema que o Brasil demora a resolver. Já a empresa tem cada vez
mais pontos de venda para receber
seus produtos e se expande em novas categorias. “A entrega, última
etapa de uma cadeia de produção
que começa no campo, precisa estar apta a vencer as dificuldades e
em condições de apoiar o crescimento da companhia, com custos
competitivos e assegurando qualidade de serviços”, diz Lissoni. “Graças
ao comprometimento das equipes
de diversas áreas, a BRF conta com
a rede logística de frio mais moderna e eficiente do país.”
Mudanças PÓS-FUSÃO
Novos centros de distribuição
Expansões e realocação de unidades
Adoção de novas tecnologias
Aumento de 30% na capacidade geral
Diminuição de custos operacionais
Redução da dependência de mão de obra
A OTIMIZAÇÃO DA MALHA
A rede de distribuição está aproveitando sinergias. Em
2015, terá menos centrais e mais pontos de transbordo
25 centros de distribuição
57 pontos de transbordo
30 centros de distribuição
39 pontos de transbordo
38 centros de distribuição
48 pontos de transbordo
20
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INTERNACIONALIZAÇÃO
U
m fim de semana em Buenos
Aires ou uma visita a um restaurante argentino autêntico,
aqui mesmo no Brasil, descortina
muitos sabores. Além dos famosos
vinhos, carnes e doces de leite, a
empanada – um tipo de pastel recheado que pode ser assado ou frito
– é outro protagonista da culinária local. Mas nem só de empanada vive
o cardápio de massas dos vizinhos.
Assim como (quase) todos nós, eles
também apreciam as pastas de origem italiana. Por isso, desde setembro, a empresa Dánica, controlada
TIPO CASEIRO
Os sabores das
novas massas
prontas da marca
Dánica vendidas
na Argentina
20 BRF
pela BRF, começou a vender massas
frescas e prontas nos supermercados argentinos.
Os produtos lançados são nhoque de batata e três opções de massas recheadas: ravióli, sorrentine e
raviolone. “Até 2017, a Dánica pretende atingir 15% de participação em
um mercado que, segundo dados da
consultoria Nielsen, consome 32 mil
toneladas de massa por ano”, diz
Marcelo Gonzales, diretor de Proteínas Vegetais da BRF na Argentina.
Com duas fábricas e 22 centros re-
frigerados, na Argentina, a Dánica
é líder no segmento de margarina,
vice-líder em molhos e também fabrica óleos de cozinha.
A divulgação dos novos produtos da marca, com o maior investimento em propaganda e marketing
realizado até então, foi precedida
pelo lançamento de novos sabores e
embalagens da linha de margarinas,
notório carro-chefe da companhia.
Todo esse movimento faz parte da
consolidação de cinco empresas
NHOQUE
RAVIÓLI
Versão clássica à
base de batata
Quatro queijos,
mussarela com espinafre
e ricota e também
frango com espinafre
RAVIOLONE
SORRENTINE
Calabresa com
mussarela ou frango
com alho-poró
Tomate, mussarela
de búfala e
manjericão: “caprese”
conduzidas pela BRF
na Argentina atualmente.
Em 2011, foram compradas a
Dánica e a Avex, que abate e vende
frangos inteiros e em pedaços. Em
2012, em uma negociação resultante
do acordo de troca de ativos com a
Marfrig, a BRF assumiu o controle da
Quickfood, fabricante de alimentos
processados de carne.
Outras duas empresas já eram
dirigidas pela BRF na Argentina, a
Sadia Argentina, que importa produtos do Brasil, e a Levino Zaccardi,
fabricante de queijos.
Na atual fase de estruturação, a
BRF está empenhada em atribuir
frescor e modernidade a marcas que
já são consideradas boas e rentáveis.
É o caso do catálogo de produtos da
Avex. Frangos da categoria premium,
por exemplo, ganham novas embalagens e a chancela da Sadia. Eles
são comercializados internamente e
exportados também.
VANTAGEM_ É interessante para
a BRF produzir na Argentina,
onde o preço dos grãos, especialmente milho e soja, é inferior
ao do Brasil. “É um país bastante
competitivo na agroindústria e
isso é positivo tanto no mercado
interno quanto nas exportações”,
diz Antonio Carlos Zanella, diretor de Finanças e Administração. “Fabricar localmente permite contornar os transtornos de
importação e aproveitar melhor a
matéria-prima.”
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ACONTECE
BRF amplia fábrica
em Santa Catarina
Unidade de Videira receberá investimentos de R$ 84 milhões
A
BRF ampliará a unidade industrial de Videira, em
Santa Catarina, criando 270 novos empregos e aumentando o número de funcionários para 4.469.
Com o aporte, a produção de salsichas aumentará em
50%, passando de 240 para 360 toneladas por dia. Será
construída ainda uma área exclusiva para a fabricação
de linguiças congeladas, e a produção atual deve dobrar,
chegando a 140 toneladas diárias.
O investimento será de R$ 84 milhões e a previsão é
de que a reforma esteja concluída em até um ano. “Será a
maior fábrica de salsichas da América Latina”, diz Nilvo Mittanck, vice-presidente de Operações e Tecnologia da BRF.
Em 2011, o abate de suínos foi
deslocado de Videira. Com a mudança, a planta herdou disponibilidade
– SC
de energia, geração de vapor e traBRF de Videira
tamento de água, o que foi determinante para sua escolha como destino
dos investimentos.
Além de salsicha e linguiça, a unidade produz outros
itens, como mortadela, apresuntado e defumados de suínos e aves. A fabricação atende o mercado interno, o
Canadá e países da Europa, da África, do Oriente Médio
e da América do Sul.
no ranking da Forbes
BRF está entre as empresas mais inovadoras do mundo
N
a lista das 100 empresas mais inovadoras do mundo feita pela revista Forbes, a BRF está em 54º- lugar. Em sua segunda edição, o ranking é liderado
pela americana Salesforce e destaca marcas de vários
segmentos, como Amazon (terceira), Baidu (quinta), Pernod Ricard (15º-), Rolls-Royce (81º-) e Adidas (93º-). Entre
22 BRF
as empresas brasileiras, a BRF ocupa a primeira posição,
seguida pela Ultrapar Participações.
A classificação é feita pelo indicador “prêmio de inovação”, que projeta o impacto da inovação no valor das
ações de cada companhia. Exemplo: o prêmio de inovação da BRF é de 26,4%. Na expectativa dos investidores,
a companhia tem potencial para melhorar os resultados por meio de ações e produtos inovadores e com
isso elevar em 26,4% o preço de suas ações.
O que posiciona uma empresa à frente
das demais, diz o relatório da Forbes, é o
modo como ela alavanca pessoas, processos e filosofias, mantendo viva a inovação ano após ano. O comportamento
dos líderes faz diferença. “Os inovadores
fazem perguntas provocativas, observam
o mundo como antropólogos para detectar novas formas de fazer as coisas e se
aproximam dos que pensam diferente para
obter outras perspectivas. Experimentando sempre, eles estimulam a produção
de ideias revolucionárias.”
Batavo lança
queijo prato
e mussarela
Mercado de R$ 7 bilhões cresce
quase dois dígitos ao ano
O
Intercâmbio
com a Esalq
Ao participar da Semana Luiz de Queiroz,
BRF ajuda a aproximar a agroindústria
do meio acadêmico
N
o início de outubro, a BRF esteve na 55ª- Semana Luiz de
Queiroz, promovida em Piracicaba pela Escola Superior
de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São
Paulo, a Esalq. Ao longo do mês, o evento apresentou debates e
exposições sobre tecnologia, pesquisa, inovação e tendências do
setor. Algumas dessas atividades contaram com a participação de
representantes da agroindústria.
O público, formado principalmente por engenheiros agrônomos, acadêmicos de agronomia e agricultores, visitou o estande da
BRF no local e acompanhou sua apresentação em um painel focado
na arquitetura da profissão na agroindústria. Foi uma oportunidade
para a empresa mostrar como está organizada e, junto com
outros participantes, professores e alunos, discutir possibilidades de trabalho, pesquisa e desenvolvimento do setor. “É
sempre positivo se aproximar do ambiente, poder mostrar
nossas demandas de mão de obra e de tecnologia e também
ajudar a escola a levar ao mercado profissionais cada vez mais
preparados”, avalia Ricardo Santini, diretor agroindustrial da BRF.
brasileiro está consumindo mais queijo e,
atenta a esse movimento, a Batavo incorpora
duas opções em seu portfólio: mussarela e
prato. “É um mercado que cresce quase dois dígitos
ao ano e movimenta cerca de R$ 7 bilhões”, afirma
Luciane Matiello, diretora de Marketing da Unidade
de Lácteos da BRF.
Calcula-se que o consumo de queijo no Brasil já tenha ultrapassado a ordem de 4 quilos por
ano, por pessoa. É uma média considerada baixa,
sobretudo se comparada com países europeus
como França, Dinamarca, Itália e Holanda. Por
outro lado, fica evidente que se trata de um segmento bastante promissor, relacionado ao aumento da procura por alimentos práticos e saudáveis e com muito espaço para crescer.
Além das tradicionais peças de 2 e 3 quilos
(mussarela) e 2,7 e 3,7 quilos (prato), disponíveis em supermercados e padarias, os queijos
da Batavo serão vendidos também em embalagens de 150 gramas já fatiados. São opções
ricas em proteínas, cálcio, lipídios, carboidratos, fósforo e vitaminas.
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