transferência de imunidade passiva em cordeiros da raça santa inês
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transferência de imunidade passiva em cordeiros da raça santa inês
XXIV Congresso de Iniciação Científica da UFLA Inic. Científica - Medicina Veterinária TRANSFERÊNCIA DE IMUNIDADE PASSIVA EM CORDEIROS DA RAÇA SANTA INÊS Felipe Barbosa Junqueira - 9º módulo de Zootecnia, UFLA, iniciação científica voluntária. Nadja Gomes Alves - Orientadora DZO, UFLA. Ana Carolina Alves - Mestranda DMV, UFLA. Ivan Júnior Ascari - Mestrando DMV, UFLA. Adriana de Souza Coutinho - Colaboradora DMV, UFLA. Juan Ramon Olalquiaga Pérez - Colaborador DZO, UFLA. Resumo Nos ruminantes a placenta do tipo sindesmocorial não permite a passagem de imunoglobulinas, devido ao maior número de extratos tissulares que separam a circulação materna da fetal. É fundamental a ingestão de colostro pelos cordeiros devido à grande quantidade de imunoglobulinas e nutrientes que contém. As imunoglobulinas do colostro, principalmente a IgG, garantem proteção no período inicial da vida. Cordeiros que não possuam concentração sérica adequada de IgG são mais susceptíveis às infecções. O valor de 15mg/mL de IgG no soro do cordeiro é considerado como crítico, abaixo do qual considera-se que a transferência de imunidade passiva não foi bem sucedida. O objetivo deste estudo foi analisar as concentrações de IgG no colostro de ovelhas e no soro de cordeiros Santa Inês, com a finalidade de avaliar a transferência de imunidade passiva. O experimento foi realizado no Setor de Ovinocultura do DZO/UFLA, com 14 ovelhas da raça Santa Inês e seus cordeiros. Após o parto, as ovelhas foram submetidas à ordenha com o esgotamento do colostro contido no úbere. O colostro foi homogeneizado e uma amostra de 10 mL foi retirada para análise da concentração de IgG, pelo método ELISA indireto. O restante do colostro foi oferecido ao cordeiro em intervalos de 30 minutos na mamadeira. Amostras de sangue dos cordeiros foram coletadas às 36 horas após o nascimento. Para análise da transferência de imunidade passiva, foram consideradas três faixas de ingestão de colostro em relação ao peso corporal do cordeiro ao nascer: A - de 3 a 5% (n=8), B - de 6 a 8% (n=8) e C - de 9 a 11% (n=8). As concentrações séricas de IgG aumentaram conforme o aumento da ingestão de colostro. Houve diferença entre as concentrações de IgG no soro dos cordeiros que ingeriram volume de colostro correspondente a 3 a 5% e os que ingeriram de 9 a 11% do peso corporal (P<0,05). A concentração de IgG no colostro oferecido aos cordeiros que ingeriram de 3 a 5%, de 6 a 8% e de 9 a 11% em relação ao peso corporal foi de 41,38±34,34 mg/mL, 43,17±10,22 mg/mL e 42,33 ±14,27 mg/mL, respectivamente (P>0,05). Cordeiros com IgG sérica abaixo do limite de 15 mg/mL representaram 8% do total de cordeiros do estudo. Esse estudo sugere que uma estratégia que garanta a transferência adequada de imunidade passiva é a ingestão de colostro nas primeiras horas de vida, em intervalos curtos entre as mamadas e em volumes entre 6 a 11% em relação ao peso corporal do animal. Palavras-Chave: anticorpos, colostro, transferência de imunidade passiva. Instituição de Fomento: FAPEMIG e CNPq Identificador deste resumo: 907-3-977 setembro de 2011
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