MRV lidera ranking de valor aos acionistas e EZTEC

Transcrição

MRV lidera ranking de valor aos acionistas e EZTEC
8/4/2016
MRV lidera ranking de valor aos acionistas e EZTEC possui a melhor
reputação corporativa no segmento de incorporação imobiliária
LDI lidera valor e Yuny tem a melhor reputação corporativa entre as empresas de capital fechado
PROPÓSITO E CONSIDERAÇÕES
A alta gestão de empresas (diretores e conselheiros de administração) de capital aberto ou fechado tem
como responsabilidade principal a definição da estratégia dos negócios e sua respectiva
operacionalização, no sentido de criar valor para os stakeholders e minimizar riscos operacionais.
Entretanto, a ausência de índices públicos e comparáveis prejudicava o entendimento de como essa
máxima empresarial estava sendo materializada na prática.
Nesse sentido, a MZ” desenvolveu, com apoio da Sagire Consultoria e da Reputation Dividend,
indicadores de valor e de reputação. O objetivo é medir, em tempo real, e tangibilizar os esforços e a
assertividade das companhias em suas respectivas jornadas de criação de valor e redução de riscos
administráveis (detalhamento metodológico no Anexo 1). O acompanhamento desses dois indicadores
ao longo do tempo permite não apenas comparar o desempenho de empresas pares e a avaliar os seus
administradores, como também identificar tendências e atuar proativamente na gestão da reputação.
Contudo, vale ressaltar que os indicadores, gaps e pesquisa aqui apresentados (reputação e valor) têm
por finalidade prover informações ao mercado em geral e não representa, em hipótese alguma, uma
recomendação para e/ou solicitação de compra e venda de qualquer valor mobiliário ou instrumento
financeiro. As opiniões contidas neste documento são baseadas em informações públicas e/ou
fornecidas pelas companhias, em opiniões de stakeholders, e em julgamentos e estimativas da MZ” e da
equipe de consultores parceiros estando, portanto, sujeitas a mudanças.
ANÁLISE DO SEGMENTO DE INCORPORADORAS NO BRASIL (REAL ESTATE)
O cenário que as incorporadoras brasileiras vêm enfrentando nos
últimos anos tem sido bastante desafiador. De um modo geral, todas
as empresas listadas em bolsa perderam valor de mercado de 2013
para cá, com exceção da MRV, que atualmente se destaca
positivamente no setor quanto ao IVE (valor aos acionistas),
assumindo a posição que pertencia à EZTEC em 2013 e 2014. Entre
as companhias de capital fechado, a LDI apresenta o maior índice de
valor aos acionistas e ocupa a terceira posição no geral.
Conforme relatório de pesquisa de mercado mais recente elaborado
pela Nexto1, o volume de novos lançamentos das 15 incorporadoras
de capital aberto caiu 42,5% no último trimestre de 2015, quando
comparado ao mesmo período de 2014. Nesse mesmo período, as
vendas recuaram 36,6% e a receita líquida retraiu 28,3%, em função
da desaceleração econômica, de maior critério de bancos
financiadores (risco de inadimplência), da redução do volume
disponível de recursos na poupança, do encarecimento dos
financiamentos (maior taxa de juros) e do receio dos consumidores
quanto ao desemprego crescente.
1
Pesquisa de mercado 4T2015, Real Estate, Nexto Investments (março, 2016)
1
8/4/2016
Índice e Valor Engage (IVE) e Gap de Valor Engage (GVE)
A tabela e o gráfico a seguir ilustram o Índice de Valor Engage (IVE3) e o Gap de Valor Engage (GVE), com
base nos múltiplos de preço/valor patrimonial (PBV) ao final de cada período (IVE1 é para EV/EBITDA,
IVE2 é para P/E, etc.). O upside de preço foi calculado levando-se em conta o preço alvo dos analistas
(mediana das estimativas dos últimos 12 meses, de cada ano base). Em 2015, o preço da ação e o valor
de mercado foram atualizados para 31/3/2016 (para demonstrar a realidade corrente).
2015
Índice de Valor Engage
(IVE) e Gap de Valor
Engage (GVE)
P/BV
UPSIDE
PREÇO
MRV*
0,758
EZTEC
2014
IVE 3
MKT CAP
(R$ MM)
GVE
P/BV
UPSIDE
PREÇO
0%
0,758
5.321
0%
0,716
0,740
6%
0,701
2.513
8%
CYRELA
0,426
0%
0,426
4.269
EVEN
0,359
1%
0,355
TRISUL
0,380
20%
0,317
DIRECIONAL*
0,289
0%
GAFISA
0,288
TECNISA
2013
IVE 3
MKT CAP
(R$ MM)
GVE
P/BV
UPSIDE
PREÇO
22%
0,588
3.344
29%
0,915
0,998
20%
0,832
3.227
0%
44%
0,665
15%
0,576
4.235
936
53%
0,488
15%
0,424
235
58%
0,412
28%
0,321
0,289
888
62%
0,707
20%
3%
0,280
991
63%
0,272
0,277
23%
0,225
443
70%
RODOBENS
0,222
1%
0,220
223
CR2
0,257
20%
0,215
HELBOR
0,265
35%
VIVER
0,120
PDG
IVE 3
MKT CAP
(R$ MM)
GVE
32%
0,691
3.994
37%
1,150
5%
1,098
4.276
0%
31%
0,947
38%
0,687
5.865
37%
1.181
49%
0,821
46%
0,563
1.901
49%
235
61%
0,531
28%
0,415
318
62%
0,588
1.227
29%
1,145
51%
0,759
1.834
31%
13%
0,242
832
71%
0,457
6%
0,432
1.470
61%
0,406
2%
0,397
691
52%
1,029
26%
0,817
1.625
26%
71%
0,473
6%
0,445
434
46%
0,651
35%
0,481
624
56%
86
72%
0,373
0%
0,373
128
55%
0,470
0%
0,470
184
57%
0,195
412
74%
0,683
18%
0,579
1.216
30%
1,173
43%
0,820
2.010
25%
0%
0,120
10
84%
0,411
0%
0,411
34
51%
0,266
0%
0,266
84
76%
0,062
0%
0,062
227
92%
0,225
312%
0,055
1.138
93%
0,449
305%
0,111
2.395
90%
ROSSI
0,058
42%
0,041
87
95%
0,154
142%
0,064
284
92%
0,347
125%
0,154
855
86%
JOÃO FORTES**
0,235
17%
0,201
229
73%
0,372
88%
0,198
323
76%
0,630
92%
0,328
629
70%
BROOKFIELD
0,248
15%
0,216
473
72%
0,413
74%
0,238
799
71%
0,746
84%
0,405
1.630
63%
LDI
0,481
10%
0,439
239
42%
0,690
13%
0,613
296
26%
1,042
23%
0,848
319
23%
YUNY
0,240
10%
0,217
76
71%
0,423
3%
0,410
107
51%
0,561
18%
0,477
124
57%
(*) Empresas que atuam exclusivamente no segmento de baixa renda.
1
(**) Listada, entretando tratada como fechada em função de KPI's
Em termos de maximização do valor aos acionistas, a EZTEC liderou o segmento nos anos de 2013 e
2014. Em 2015 (com o preço da ação atualizado de 31/3/2016), a MRV assumiu a liderança. De fato, o
IVE da MRV foi o único dentre os índices das 18 empresas analisadas que cresceu em comparação a
2013, e isso é confirmado pelo crescimento do valor de mercado e, consequentemente, da satisfação
dos acionistas/sócios.
2
8/4/2016
Quatro companhias aparecem destacadas na tabela acima como de capital fechado. João Fortes tem
capital aberto, entretanto seus indicadores destoam daqueles das demais 14 empresas listadas em bolsa
(provavelmente por baixa liquidez de suas ações e alta concentração acionária). Por isso, optou-se por
tratá-la como Brookfield, LDI e Yuny, que também disponibilizam suas demonstrações financeiras.
A análise do GVE (Gap de Valor Engage) das 18 empresas, para o múltiplo P/BV, propicia as seguintes
considerações (o Anexo 2 contém uma visão geral do negócio dessas incorporadoras):

A MRV é a única companhia que vem criando valor para os acionistas, mesmo diante do cenário
atual do mercado de incorporações imobiliárias;

A Cyrela, que até recentemente liderava em valor de mercado, foi ultrapassada pela MRV. Apesar de
também atuar no segmento de baixa renda, a Cyrela não tem seus negócios focados exclusivamente
nesse mercado. Do ponto de vista de posicionamento, a Cyrela é mais parecida com a EZTEC e é
atualmente negociada com um gap de valor (GVE) de 39%. Assim, os acionistas da Cyrela poderiam
capturar R$1,7 bilhão a mais no valor de mercado caso a empresa zerasse o GVE em relação à EZTEC;

As empresas Helbor, Tecnisa e Direcional foram as que mais se distanciaram da líder do setor
(atualmente MRV) desde 2013. Atualmente, Helbor, Tecnisa e Direcional são negociadas com um gap
de valor de 74%, 70% e 62% em relação aos respectivos valores de mercado, porcentagens que
representam o montante que os acionistas deixam de capturar no presente momento. Mesmo
considerando que a Direcional é a única das três que atua no mesmo segmento (baixa renda) que a
MRV, e que a comparação mais apropriada de Helbor e Tecnisa deveria ser com EZTEC, tal
distanciamento (perda de valor para os acionistas) também se confirma;

As companhias Viver, PDG e Rossi estavam no “bottom 3” em 2013 e continuam nessa mesma
posição em termos de geração de valor para os acionistas; e

A LDI é destaque entre as empresas de capital fechado e, mesmo no quadro geral, ocupa a terceira
colocação, logo à frente da Cyrela (detalhamento metodológico no Anexo 1).
Índice de Reputação Engage (IRE) e Gap de Reputação Engage (GRE)
A tabela e o gráfico a seguir ilustram o Índice de Reputação Engage (IRE) e o Gap de Reputação Engage
(GRE) derivados do prêmio de reputação, calculado na modelagem e do sentimento geral da mídia
(tradicional e redes sociais, utilizando uma plataforma líder de monitoramento na última semana de
janeiro/2016, exemplificativo para este relatório – depois tornar-se-á tempo real no Engage-x).
Índice de Reputação
Engage (IRE) e Gap de
Reputação Engage
(GRE)
2015
2014
VALOR
REPUT.
(R$ MM)
GRE
PREMIO
REPUTAÇÃO
SENT.
MÍDIA
IRE
2013
VALOR
REPUT.
(R$ MM)
GRE
PREMIO
REPUTAÇÃO
SENT.
MÍDIA
IRE
VALOR
REPUT.
(R$ MM)
PRÊMIO
REPUTAÇÃO
SENT.
MÍDIA
IRE
EZTEC
7,6%
9,2%
8,3%
208
0,0%
11,0%
9,2%
12,0%
388
0,0%
23,2%
9,2%
25,3%
1.082
MRV*
3,9%
8,6%
4,2%
226
4,0%
3,6%
8,6%
4,0%
132
8,1%
7,8%
8,6%
8,4%
336
16,9%
EVEN
4,0%
0,1%
4,0%
38
4,2%
3,5%
0,1%
3,5%
41
8,6%
7,8%
0,1%
7,8%
149
17,5%
DIRECIONAL*
3,6%
10,0%
4,0%
35
4,3%
4,0%
10,0%
4,4%
55
7,6%
9,6%
10,0%
10,6%
194
14,7%
CYRELA
3,3%
3,7%
3,4%
145
4,9%
2,7%
3,7%
2,7%
116
9,3%
5,0%
3,7%
5,1%
301
20,2%
HELBOR
3,1%
7,0%
3,3%
14
4,9%
3,9%
7,0%
4,2%
51
7,9%
9,5%
7,0%
10,1%
203
15,2%
TECNISA
3,0%
-0,6%
3,0%
13
5,3%
1,1%
-0,6%
1,1%
8
10,9%
3,3%
-0,6%
3,3%
53
22,0%
GAFISA
2,6%
5,0%
2,8%
28
5,5%
-0,3%
5,0%
-0,3% -
3
12,4%
1,4%
5,0%
1,4%
21
23,9%
RODOBENS
2,5%
0,0%
2,5%
6
5,8%
2,1%
0,0%
2,1%
9
9,9%
4,6%
0,0%
4,6%
28
20,8%
TRISUL
0,5%
0,0%
0,5%
1
7,8%
0,4%
0,0%
0,4%
1
11,6%
0,8%
0,0%
0,8%
3
24,5%
PDG
0,3%
1,9%
0,3%
1
8,0%
-2,1%
1,9%
-2,1%
-
24
14,1%
-1,7%
1,9%
-1,8%
42
27,1%
ROSSI
-0,3%
-6,8%
-0,3% -
0
8,6%
-1,6%
-6,8%
-1,5% -
0
13,5%
1,1%
-6,8%
1,0%
1
24,3%
CR2
-1,7%
0,0%
-1,7%
-
16
9,9%
-2,3%
0,0%
-2,3%
-
27
14,3%
-1,2%
0,0%
-1,2%
-
28
26,5%
VIVER
-2,9%
0,0%
-2,9% -
3
11,2%
-6,9%
0,0%
-6,9%
-
20
18,9%
-9,7%
0,0%
-9,7%
-
83
35,0%
JOÃO FORTES
-1,3%
0,0%
-1,3% -
-1,3% -
BROOKFIELD
-4,1%
10,0%
-3,8%
LDI
3,6%
0,0%
YUNY
6,3%
0,0%
3
9,6%
-1,3%
0,0%
18
12,0%
-4,8%
10,0%
-4,3%
3,6%
9
4,7%
4,8%
0,0%
6,3%
5
2,0%
6,3%
0,0%
Obs: sentimento da mídia adotado 2013 e 2014 = 2015
-
0,0%
4
13,3%
-5,3%
0,0%
-5,3%
-
33
30,6%
35
16,4%
-8,9%
10,0%
-8,1%
-
132
33,4%
4,8%
14
7,2%
11,4%
0,0%
11,4%
36
13,9%
6,3%
7
5,8%
13,8%
0,0%
13,8%
17
11,5%
-
(*) Empresas que atuam exclusivamente no segmento de baixa renda.
3
-
GRE
8/4/2016
Para facilitar a comparação, o mesmo dado da coluna de sentimento geral de mídia, referente a 2015, foi
utilizado para os anos de 2014 e 2013. No entanto, assim que a plataforma Engage-x2 estiver
operacional, esse indicador será diário, proporcionando um melhor acompanhamento e antecipação de
eventuais crises em tempo real.
A liderança atual do setor em termos do IRE (Índice de Reputação Engage) é da EZTEC, que vem
apresentando essa posição desde 2013, mesmo levando-se em consideração o ambiente econômico de
recessão que o Brasil atravessa. Atualmente, o valor da reputação corporativa da EZTEC é de R$ 208
milhões, o equivalente a 8,3% do valor de mercado da companhia (em 2013, o valor da reputação
corporativa da EZTEC representava mais de R$ 1 bilhão, o que corresponde a 25,3% de seu valor de
mercado).
A MRV, que lidera atualmente a geração de valor aos acionistas (IVE), apresentou o maior valor de
reputação corporativa entre as 18 companhias analisadas (R$ 226 milhões), mesmo sendo este
equivalente a apenas 4,0% do seu valor de mercado atual (IRE). Esse valor é R$ 94 milhões superior ao de
sua reputação corporativa em 2014 e, com o crescimento do valor da ação nos primeiros três meses de
2016, a tendência para a MRV é de alta – o que pode levar a companhia a passar a liderar também em
IRE.
Merece destaque a Yuny, que apresentou o segundo melhor índice de reputação (IRE = 6,3%) em 2015.
Conclusão
A crise político-econômica brasileira impacta o setor de incorporadoras a ponto de apenas a MRV estar
criando valor para os acionistas (comparativamente a 2013). Esse cenário impacta intangíveis, retornos
superiores e recorrentes e, por consequência, o valor tangível da reputação corporativa, sendo a EZTEC o
2
Engage-x, onde “x=xtakeholders” – Startup criada em 2015 e controlada pela MZ”. Engage-x é uma plataforma colaborativa
que simplifica e inova a comunicação e a interação entre stakeholders e empresas/marcas de interesse (smartphones e web).
Registros: USPTO #86950947 e INPI #909108153.
4
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integrante melhor posicionado desde 2013. Vale lembrar que em julho/20153, as empresas com
melhores reputações chegaram a representar 45% de seus respectivos valores de mercado.
Considerando que a maioria dos executivos atribui maior importância ao risco reputacional em
comparação aos demais riscos estratégicos organizacionais, e que a responsabilidade maior da alta
gestão é a criação de valor aos stakeholders, os indicadores e gaps desenvolvidos e exemplificados para o
segmento de incorporadoras precisam monitoramento e pró-atividade em tempo real. E mais do que
isso, faz-se necessária uma transformação na forma de como os stakeholders interagem entre si e como
se comunicam/colaboram com empresas e marcas de interesse.
É nesse contexto que a plataforma Engage-x (lançamento previsto no primeiro semestre/2016) desponta
como uma inovação disruptiva na mensuração e no mapeamento destes riscos, na viabilização de
oportunidades de comunicação, colaboração e engajamento e no apoio à tomada de decisões
corporativas. Um novo patamar de relacionamento (simples, pessoal e direto) entre companhias e
marcas com seus públicos de relacionamento, permitindo crescimento reputacional e criação de valor
aos sócios/acionistas. Por ser em tempo real, o Engage-x também suportará os executivos das
companhias no direcionamento, acompanhamento e ajuste das estratégias corporativas, de forma muito
mais efetiva que qualquer outro método tradicional.
**************
Sobre a MZ” (www.mzgroup.com): Fundada em 1999, a MZ" é a consultoria líder em comunicação de
negócios, reputação e valor na América Latina. Com uma operação fundamentada em relações
estratégicas e engajamento com stakeholders, a agência cresceu, expandiu seus negócios e conquistou a
confiança de seus mais de 400 clientes em 13 países.
Mais informações: Rodolfo Zabisky, [email protected], (11) 3529.3770.
3
As empresas com as melhores reputações da Bovespa (Exame, 31/07/2015)
5
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ANEXO 1 – RACIONAL E METODOLOGIA
REPUTAÇÃO E VALOR DE EMPRESAS E MARCAS
Empresas existem para criar valor para todos os stakeholders (consumidores, acionistas, funcionários,
analistas, comunidade, jornalistas, fornecedores, governo, etc.), não apenas para parte deles. Aqueles
modelos de negócio que conseguem atingir posição de destaque junto a seus públicos de interesse, ou
seja, são percebidos como acima da média em seu setor de atuação, precisam se reinventar e se provar
continuamente, caso queiram continuar a ser reconhecidos como tal (vital para melhoria da
competitividade empresarial e acesso mais qualificado a capital para crescimento).
Como a alta gestão das companhias (diretores e conselheiros) monitora e atua no
processo de criação de VALOR aos stakeholders? Como esses públicos de interesse
percebem e reconhecem a REPUTAÇÃO de empresas e marcas?
Em cenários competitivos agravados por incertezas (mercadológicas, macroeconômicas, políticas,
tecnologias disruptivas, riscos operacionais, etc.), torna-se cada vez mais difícil determinar e atuar sobre
os elementos-chave para o sucesso das companhias. Esse desafio é ainda maior quando se constata que:
(i) atualmente empresas rápidas ganham de empresas lentas (outrora as grandes ganhavam das
pequenas); e (ii) a participação dos ativos intangíveis no valor das companhias cresce de importância ao
longo dos anos, atingindo 84% do valor de mercado dos integrantes do S&P 5004 em 2015.
O que são esses ativos intangíveis4? Como atuar de maneira consistente e impactante sobre eles? O
principal ativo intangível é reputação corporativa (composta por atributos como qualidade dos
executivos, posicionamento estratégico, ambiente de trabalho e gestão de talentos, governança e
sustentabilidade/ESG, capacidade de inovar, solidez dos resultados financeiros/estrutura de capital e
qualidade de produtos/serviços). “Outros ativos intangíveis” incluem marcas, patentes, amortização de
ágio de aquisições, reservas de mercado e conhecimento.
De fato, pesquisa recente da AON sobre a gestão de riscos globais5 (realizada com 1.418 gestores de
risco atuando em 28 setores industriais de 60 países) comprova o crescimento da relevância da
reputação nos últimos anos. Pela primeira vez desde 2007 o dano à marca/reputação apareceu como o
4
Ocean Tomo releases 2015 annual study of intangible asset market value (Ocean Tomo, 5/3/2015), The intangible corporation
(Bloomberg, 18/3/2015) e Finding the 84% of stock market value that most investors ignore (Equities.com, 17/4/2015).
5
Global Risk Management Survey (AON, 2015).
6
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principal (#1) risco global a ser gerenciado pela alta administração, seguido por desaceleração econômica
(#2) e mudanças regulatórias (#3).
Como tangibilizar a REPUTAÇÃO CORPORATIVA? Como evoluir de tradicionais pesquisas
periódicas de imagem corporativa e monitoramento de notícias para indicadores com
maior SIGNIFICÂNCIA para a alta administração?
Compreender o que leva uma determinada companhia a obter e sustentar resultados melhores do que
aqueles obtidos pelos seus concorrentes é desafio crescente e cada vez mais relevante para a alta
administração. Contudo, não basta apenas essa compreensão. É necessário ter capacidade de pró-agir,
impactar e engajar stakeholders – afinal, o engajamento dos públicos de interesse é o principal elemento
de gestão da reputação corporativa.
NOVA METODOLOGIA PARA REPUTAÇÃO E VALOR – EM TEMPO REAL
Métricas econômico-financeiras customizadas, indicadores de desempenho (KPIs) internos das
empresas, relatórios de recomendação de analistas, pesquisas junto a stakeholders e monitoramento de
notícias (mídia tradicional e redes sociais) são bons indicadores. Entretanto apresentam desvantagens
por estarem dispersos em diversas plataformas, terem metodologias/ratings não padronizados e
possuírem baixa frequência de divulgação. Adicionalmente, tais indicadores não estão livremente
disponíveis a todos os stakeholders (até porque não abrange todos os públicos de interesse) e não
possibilitam antecipação a eventuais crises reputacionais (baixa responsividade na gestão desse risco).
Entre as “pesquisas junto a stakeholders” mais conhecidas estão: RepTrak (Reputation Institute); CRQ Corporate Reputation Quotient (The Harris Poll); BMAC - Britain’s Most Admired Companies
(Management Today/LBS); e AMAC - America’s Most Admired Companies (Fortune).
Mais recentemente, a Reputation Dividend (Simon Cole6, 2012) demonstrou “o impacto da reputação no
valor de mercado das companhias”, com uma metodologia híbrida/aperfeiçoada e que contempla três
componentes: (i) pesquisa junto a stakeholders (AMAC e BMAC); (ii) modelagem dos intangíveis, valor de
mercado e do desempenho financeiro; e (iii) notícias na mídia. Simon Cole demonstrou que o
comportamento de investidores está intimamente relacionado à confiança que eles têm nas
empresas/empresários no que se refere à habilidade de entregar bons resultados (reputação) e,
consequentemente, criar valor para os acionistas/sócios.
A boa reputação corporativa é uma combinação de capacidades únicas da companhia e
de seus profissionais que assegura a geração e a sustentação de resultados superiores à
média dos concorrentes
Em cooperação com a Reputation Dividend, a MZ” realizou o primeiro ranking de empresas brasileiras,
no qual a reputação corporativa é finalmente tangibilizada7. Na sequência a MZ” passou a focar no
desenvolvimento de dois novos indicadores em tempo real (não apenas com periodicidade anual),
expandindo o alcance dos trabalhos de Simon Cole para companhias fechadas e marcas de multinegócios, que possibilitassem à alta administração o acompanhamento e a atuação quanto: (i) à jornada
de criação valor para os sócios/acionistas; e (ii) à eficiente gestão de riscos corporativos, com especial
atenção ao risco reputacional (essencial para a sustentabilidade dos negócios em médio e longo prazos).
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The impact of reputation on market value (Cole, 2012) – Reputation Dividend.
As empresas com as melhores reputações da Bovespa (Exame, 31/07/2015)
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Índice e Valor Engage (IVE) e Gap de Valor Engage (GVE)
O valor de uma companhia pode ser, simplificadamente, explicado como um somatório de dois
componentes: um tangível, fundamentado no desempenho financeiro, e um intangível, no qual o
principal elemento é a reputação corporativa. Como mostrado por Black, Carnes & Richardson8 (2000),
referência dos trabalhos de Simon Cole (Reputation Dividend):
O Índice de Valor Engage (“IVE”) para empresas listadas em bolsa de valores foi então definido como os
múltiplos de análises (EV/EBITDA, PE, P/BV, entre outras, acoplando as particularidades setoriais),
ajustado ao upside de preço naquele momento (média de preço alvo dos analistas dividida pelo preço
corrente da ação). Para companhias não listadas em bolsa, o cálculo do IVE também pode ser realizado
(estimativamente) com base nas informações financeiras pretéritas (fornecidas espontaneamente pelas
companhias interessadas) e na correlação/modelagem9 com similares listados em bolsa, ou seja,
aproximações dada a ausência de cobertura de analistas e de referência de preço com liquidez em bolsa
(nesse caso, em vez de upside de preço, tem-se upside de valuation implícito). O valor da reputação
corporativa está incluso nesse indicador.
Além da relevância do IVE em uma determinada data, o processo de criação (ou destruição) de valor
para os acionistas/sócios pode ser quantificado acompanhando-se a evolução do Gap de Valor Engage
(“GVE”), obtido pela divisão de IVEs ao longo do tempo.
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The market valuation of corporate reputation (Black, Carnes & Richardson, 2000).
Modelagem matemática desenvolvida em conjunto com equipe da Sagire.
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(
)
Onde “Referência” significa a média entre os pares ou a empresa melhor posicionada ou qualquer outra companhia
O GVE expressa o quanto poderia ser o valor de mercado de uma empresa em relação a qualquer outra
companhia (ou em relação à média de mercado), tendo como base o múltiplo de mercado selecionado
(EV/EBITDA, PE, PBV, etc.). A evolução história do GVE explicita se uma determinada empresa está
criando (ou destruindo) valor para os acionistas/sócios.
Índice de Reputação Engage (IRE) e Gap de Reputação Engage (GRE)
O Índice de Reputação Engage (“IRE”) foi desenvolvido para tangibilizar o valor e a relevância da
reputação corporativa no processo de criação de valor para os acionistas/sócios. O IRE é calculado com
base em quatro conjuntos de dados principais, subsidiados por informações estruturadas e não
estruturadas disponíveis10:
(i)
opinião de todos stakeholders quanto aos atributos da reputação, ou seja, como esses públicos de
interesse percebem qualidade dos executivos, posicionamento estratégico, ambiente de trabalho e
gestão de talentos, governança e sustentabilidade/ESG, capacidade de inovar, solidez dos
resultados financeiros/estrutura de capital e qualidade de produtos/serviços. Inicialmente, para fins
deste relatório, essa opinião foi capturada por meio de estudo de percepção realizado com
formadores de opinião (investidores, analistas e jornalistas), a qual migrará para pesquisas online
com todos stakeholders após o lançamento do Engage-x11;
(ii) cálculo e modelagem para identificação do tamanho dos ativos intangíveis e respectiva relevância
no valor de mercado das empresas (incluindo reputação corporativa, marcas, patentes,
conhecimento, etc.);
(iii) modelagem e regressão das informações financeiras e projeções de analistas para identificação do
valor dos ativos intangíveis e, dentro desses, o valor da reputação corporativa com base em
indicadores do tipo WACC (custo de capital médio ponderado), ROE (retorno sobre patrimônio
líquido), ROA (retorno sobre ativos totais), ROIC (retorno sobre capital investido), rentabilidade
(lucros e dividendos) e crescimento do negócio. Para companhias listadas em bolsa, as informações
estão disponíveis publicamente. Para empresas não listadas em bolsa, a modelagem depende delas
se interessarem em compartilhar suas informações financeiras pretéritas e subsequente
correlação/modelagem com similares listados em bolsa realizada automaticamente pela plataforma
Engage-x; e
(iv) sentimento da exposição da companhia e suas marcas na imprensa tradicional (Brasil e exterior) e
nas redes sociais (indicador de sentimento ponderado). Inicialmente, esse sentimento é resultante
de análise automática capturada de relevantes plataformas de monitoramento/analytics, mas
evoluirá para a captura da percepção (qualificação) de tais notícias/comentários por colaboração
entre stakeholders com a utilização da plataforma Engage-x, o que permitirá analisar como as
notícias e os comentários impactaram na prática esses públicos de interesse.
10
Modelagem matemática desenvolvida em conjunto com equipe da Sagire.
Engage-x, onde “x=xtakeholders” – Startup criada em 2015 e controlada pela MZ”. Engage-x é uma plataforma colaborativa
que simplifica e inova a comunicação e a interação entre stakeholders e empresas/marcas de interesse (smartphones e web).
Registros: USPTO #86950947 e INPI #909108153.
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Onde:
SentimentoEmp.alvo: indicador que reflete a qualidade das notícias (mídia tradicional) e comentários (redes sociais) da Empresa
Alvo (por meio de ferramentas líderes no segmento de monitoramento/analytics de notícias e social media);
RepPremium: prêmio de reputação, indicado como percentual do valor de mercado atribuível à reputação corporativa;
OpiniãoStakeholders: indicador que reflete a percepção dos públicos de interesse sobre os atributos da reputação (qualidade dos
executivos, posicionamento estratégico, governança e sustentabilidade/ESG, gestão de talentos, capacidade de inovar, solidez
dos resultados financeiros/estrutura de capital e qualidade de produtos/serviços);
Ativos intangíveisEmp.alvo: proxy contábil para o valor de mercado de ativos e passivos, para então derivarmos o valor dos
intangíveis pela diferença com o valor de mercado; e
ComponentRepEmp.alvo: componente reputacional derivado dos ativos intangíveis, calculado em função do retorno sobre ativos
totais da empresa alvo, e demais relações acessórias como valor de mercado/valor patrimonial, histórico e projeções de
resultados financeiros comparativamente aos pares
O Gap de Reputação Engage (“GRE”), diferença entre IREs, expressa o quanto poderia ser o valor da
reputação de uma empresa em relação a qualquer outra companhia, ou em relação à média de mercado.
Onde “Referência” significa a média entre os pares ou a empresa melhor posicionada ou qualquer outra companhia
A evolução história do GRE explicita se uma determinada empresa está criando (ou destruindo)
reputação corporativa e, consequentemente, impactando positiva (ou negativamente) o valor aos
acionistas/sócios.
**************
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ANEXO 2 – VISÃO GERAL DAS INCORPORADORAS
É uma das incorporadoras líderes no
mercado imobiliário brasileiro, com
operações que incluem a aquisição
de terrenos, planejamento e
desenvolvimento de projetos,
marketing, vendas, construção e
serviço de atendimento ao cliente. A
Companhia é resultante da fusão de
negócios da Brascan, Company e MB
Engenharia. Presença: Brasil.
Atuação: SM e AP.
A CR2 foca na atividade de
incorporação imobiliária formando
parcerias para cada um de seus
projetos, especialmente com
construtoras e empreiteiras locais,
incorporando também
empreendimentos comerciais e
Shopping Centers. Presença: estados
de São Paulo e Rio de Janeiro.
Atuação: SM.
A marca Cyrela assina os
empreendimentos de alto padrão e
luxo. Já marca Living é voltada para
o segmento econômico e
supereconômico e Cyrela Urbanismo.
Presença: 67 cidades de 16 Estados
brasileiros e no Distrito Federal.
Atuação: BR, SM e AP.
Focada no desenvolvimento de
empreendimentos populares de
grande porte e atuação primordial
nas regiões norte, centro-oeste e
sudeste do Brasil, incluindo o
Programa Minha Casa, Minha Vida.
Desenvolve uma estrutura
verticalizada e um processo
construtivo padronizado
industrializado. Presença: região
norte, centro-oeste e sudeste do
Brasil. Atuação: BR.
A atividade de incorporação é
exercida por meio de duas marcas
comerciais voltadas para segmentos
distintos: Open (segmentos acessível
e emergente) e Even (segmentos
médio, médio-alto e alto). Presença:
região metropolitana de São Paulo,
Rio de Janeiro e Porto Alegre.
Atuação: SM e AP.
Focada em empreendimentos
residenciais e comerciais, com
modelo de negócio integrado, atua
nas etapas de incorporação, venda e
construção, além de oferecer
financiamento aos seus clientes.
Presença: São Paulo e Região
Metropolitana Atuação: SM e AP.
Com atuação no setor de
incorporação e construção civil de
empreendimentos residenciais e
comerciais, o Grupo também detém
a marca Tenda, voltada ao segmento
de habitações destinadas à baixa
renda, e uma participação de 30% na
Alphaville. Atualmente 1,5 milhão de
pessoas residem em
empreendimentos da Gafisa.
Presença: regiões metropolitanas de
São Paulo e Rio de Janeiro. Atuação:
BR, SM e AP.
Desde 2011, mantém parceria com o
Grupo Suzano, na Alden
Desenvolvimento Imobiliário,
garantindo um banco de terrenos de
longo prazo para a realização de
projetos imobiliários. Além disso,
atua também no segmento hoteleiro.
Presença: 31 cidades localizadas em
10 estados, além do Distrito Federal,
localizadas nas regiões Sudeste, Sul,
Centro Oeste e Nordeste. Atuação:
SM e AP.
Além de incorporador e construtora,
expandiu para construtora para
terceiros, tanto por empreitada como
por administração, construindo além
de edifícios residenciais e comerciais,
cinemas, escolas, universidades,
clubes, centros esportivos e de lazer,
hospitais, shopping centers, hotéis,
edifícios-garagem, centro de
processamento de dados, centros de
pesquisas e obras industriais,
entregando mais de 500 edificações.
Presença: Brasil. Atuação: SM, AP.
Grupo LDI é uma full service real
estate developer que atua em quatro
áreas de negócios: incorporação,
urbanismo, shopping centers e
construção, atuando a partir das
marcas Lindencorp, REP, Construtora
Adolpho Lindenberg e Lindenhouse.
Presença: São Paulo, Grande São
Paulo e litoral Paulista. Atuação: AP.
Uma das maiores incorporadoras e
construtora brasileira no segmento
de empreendimentos residenciais
populares em número de unidades
incorporadas e atingindo 140
cidades. Presença: Brasil. Atuação:
BR.
Investe em empreendimentos
imobiliários através de coincorporação e portfólio, com as
empresas controladas “CHL” e
Goldfarb e Agre. Presença: Rio de
Janeiro e São Paulo. Atuação: BR,
SM e AP.
Incorporadora Imobiliária com foco
em cidades do interior com
população acima de 100 mil
habitantes, oferecendo
empreendimentos com qualidade,
segurança, conforto e lazer para
todos os consumidores. A Rodobens
investe em novas tecnologias e
avançados processos construtivos.
Assim, garante qualidade, eficiência
e a satisfação de seus clientes,
inovando em conceitos de projetos
que possibilitam aprimoramento
constante com redução de custos e
prazos. Atuação: SM e AP.
É parte de um dos principais grupos
de engenharia, construção e
incorporação do Brasil que atua na
construção de infraestrutura,
interligando à subsidiária Rossi
Residencial. Presença: Brasil
Atuação: SM.
11
Como diferencial da marca a
disposição de inovar continuamente
em todas as áreas, possui mais de
206 lançamentos, em 43,2 mil
unidades, sendo 37,7 mil
apartamentos, 3,6 mil unidades
comerciais, 180 unidades hoteleiras,
1 mil casas e 436 flats. Presença:
diversas regiões do Brasil. Atuação:
SM e AP.
No curso da sua história, a Trisul
lançou mais de 200
empreendimentos, totalizando 42 mil
unidades. Presença: estado de São
Paulo, além do Distrito Federal.
Atuação: BR e SM.
Com atuação em todas as etapas da
incorporação imobiliária. A Viiver
tem mais de três milhões de metros
quadrados construídos, focada no
segmento residencial, além de atuar
em segmentos comercial, turístico e
de loteamentos. Presença: Estado de
São Paulo. Atuação: BR e SM.
Focada no segmento de altíssimopadrão e tendo lançado 16
empreendimentos que se toraram
ícones em São Paulo, a Yuny
diversificou para segmentos
residenciais e comerciais de médioalto padrão, estabeleceu parceria
com a Golden Tree Insite Partners,
fundo de investimentos americano e
uma joint venture com a Econ
Construtora, derivando a Atua
Construtora, direcionada para o
segmento econômico. Além de
estabelecer parceria com o Grupo
GR. Presença: São Paulo. Atuação:
SM e AP.
Legenda de atuação: BR – Baixa
Renda; SM – Segmento Médio; AP –
Alto Padrão.