Amor com Amor se paga

Transcrição

Amor com Amor se paga
M/16
MECENAS DA TEMPORADA 2010
dossier
de apresentação
SINOPSE
Amor com Amor se Paga (Um acto teatral para Mário Viegas) é uma peça, ou melhor,
é um conjunto de actos teatrais, que se assumem no seu todo como uma sentida
homenagem ao co-fundador da Companhia Teatral do Chiado no ano em que esta
comemora 20 anos de actividade artística.
Juvenal Garcês assume-se como Mestre de Cerimónias deste espectáculo, acumulando a função de encenador e “aparador” de textos da autoria de Anton Tchékhov,
August Strindberg, Henrik Ibsen e Karl Valentin.
Sempre de uma forma cómica, o espectáculo aborda temas como o amor, a desilusão
e a perda. É a transposição cénica da máxima de Mário Viegas: “A vida é uma anedota muito séria”. É o espectáculo que teria posto Mário Viegas a chorar a rir e a rir
de tanto chorar. Mas sempre a rir.
CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA
M16
Dossier Apresentação 2
SOBRE A COMPANHIA
Quando em 1989 os actores Mário Viegas e Juvenal Garcês põem em cena com
assinalável êxito O Regresso de Bucha e Estica, espectáculo construído a partir
da adaptação de vários textos de Stan Laurel, era dado um passo decisivo
para a fundação da Companhia Teatral do Chiado [CTC] em 1990 (Dezembro)
concretizando o desejo mútuo de pôr em prática uma sensibilidade estético-teatral
comum, em grande medida contra a corrente prevalecente à época ao consagrar um
repertório reabilitador do chamado teatro popular e convocatório de novos e de
antigos públicos. E essa visão própria da arte teatral seria expressa indelevelmente
nas suas encenações que, com excepções episódicas, conhecem dois ciclos: um
até 1995 com a marca autoral de Mário Viegas e o actual, iniciado em 1996, com
a assinatura de Juvenal Garcês. Sem constituir um espartilho programático, este acto inaugural prenunciaria a
importância que o registo de comédia, no seu sentido mais lato, assumiria no
repertório da Companhia: A Birra do Morto, farsa de Vicente Sanches em 1990, e
primeiro espectáculo da CTC em nome próprio,as duas peças de Eduardo de Filippo
em 1992, respectivamente Nápoles Milionária (comédia dramática) e A Arte da
Comédia, com reincidência feliz de crítica e de público em 1994 com A Grande
Magia, a peça do também italiano Peppino de Fillippo Um Suicídio Colectivo em
1992, com encenação de Filipe Crawford, a tripla abordagem à obra do dramaturgo
inglês Peter Shaffer, a primeira em 1995 com a peça Uma Comédia às Escuras e
a segunda com o díptico Um Ouvido Só Para Ele e Um Olho Para Toda a Gente
em 2000, e na esteira do gosto pela encenação de dramaturgia anglo-saxónica
O Mocho e a Gatinha de Bill Manhoff e Paris É Uma Miragem de John Godber, nos anos
consecutivos de 2004 e 2005, confirmam um itinerário de comédia capaz de
criar e manter uma corrente de público, apta, contudo, a outras propostas artísticas da Companhia.
Explorando o sentido festivo e burlesco da farsa de Vicente Sanches, o
cénico do Chiado encenaria outras três farsas, momentos de não menor exultação
criativa: em 1996, As Obras Completas de William Shakespeare em 97 Minutos
de Adam Long, Jess Borgeson e Daniel Singer, cuja permanência em cena há
mais de treze anos (consecutivos) a consagram como o maior êxito teatral português, em 2006 As Vampiras Lésbicas de Sodoma do consagrado actor e dramaturgo norte-americano Charles Busch, em cartaz há quatro anos, e em 2007
A Bíblia – Toda a Palavra de Deus (d’uma assentada) de Adam Long, Austin Tichenor
e Reed Martin, confirmando todas elas, com salas esgotadas,a vitalidade do género.
Dossier Apresentação 3
Mas o repertório da CTC, num trajecto de dezoito anos de actividade, inclui também
encenações de tragi-comédias como Ensaio Geral, em 1997, do prolífico dramaturgo
norte-americano Israel Horovitz e a visitação em diversas ocasiões à obra de Samuel
Beckett, um dos precursores do chamado teatro moderno: em 1991 e 1993 com A
Última Badana de Krapp, Enquanto Se Está à Espera de Godot, também em 1993, e
em 1995 com os textos Vai e Vem e Acto Sem Palavras II, sob o título Duas Comédias Sem Palavras e respectivamente com encenações de Sandra Faleiro e Carlos
Pisco, e em 2003 com a encenação solar de Oh Que Ricos Dias, peça com a qual se
inaugura o Teatro-Estúdio Mário Viegas, resultado da reconstrução e requalificação
arquitectónica e técnica da antiga Sala-Estúdio do Teatro São Luiz e justificada
homenagem ao actor, encenador, tradutor e empresário teatral Mário Viegas, a quem
a edilidade lisboeta reconhecidamente concedera a sua exploração artística em
1990 e cujo génio criativo e interpretativo foi por demais evidenciado nos espectáculos a solo: logo em 1991 com Mário Gin-Tónico Volta a Atacar, adaptação de textos
inéditos de Mário-Henrique Leiria, do mesmo ano ainda Tótó, adaptação de textos
inéditos de António de Curtis (Tótó), António dos Santos (Tóssan) e outros poetas de
nome António, tais como: António Botto, António José Forte, António Nobre, António
Aleixo e António Reis, em 1994 com o irreverente Europa Não! Portugal Nunca!!!
e ainda no pretérito ano de 1993, também sob concepção sua, o espectáculo de
poesia Aquela Nuvem e Outras, de Eugénio de Andrade; todos eles obtendo enorme
êxito de público e de crítica, confirmando o seu inequívoco estatuto de ‘vedeta’.
Pedra angular no repertório da Companhia é do mesmo modo o espaço concedido
ao drama: em 1994 o espectáculo Ensaio de Um Sonho, baseado em textos de
Ingmar Bergman e August Strindberg, constituiu-se como primeiro momento dedicado a este género teatral e o acolhimento auspicioso então obtido iria favorecer
outras incursões, uma delas em 1996 com a peça Dá Raiva Olhar Para Trás, do
dramaturgo e argumentista inglês John Osborne, em 1998 uma outra ainda que
assinalará o regresso à obra de Israel Horovitz, a peça Fora de Jogo, constituída
por duas peças em um acto: Pêra Doce e Jogo da Macaca. Nesse ano ainda e
no subsequente ano de 1999 e confirmando a maturidade artística da Companhia
dar-se-ia palco à grande dramaturgia nórdica através dos seus mais proeminentes
autores: respectivamente com Hedda Gabler, do norueguês Henrik Ibsen, a que
se retornaria em 2005 com A Casa da Boneca, e A Menina Júlia, do sueco August
Strindberg. Por direito próprio inclui-se neste rol a estreia em 2005 da peça Antes de
Começar, fábula de Almada Negreiros, o grande dramaturgo português do séc. XX.
Se a primazia do repertório encenado tem sido inequivocamente dirigido ao público
adulto, registe-se contudo três momentos de atenção ao público infanto-juvenil, todos
eles a partir de dramaturgia de autores portugueses, cuja rememoração terá continuidade com a estreia já para a nova temporada do espectáculo Perguntem aos Vossos
Gatos e aos Vossos Cães, adaptação do texto de Manuel António Pina: um primeiro
em 1991 com O Cantinho de Maria, de Maria Vieira, e outros dois a partir de textos
da autoria de José Jorge Letria, O Pirata Que Não Sabia Ler, com encenação de João
Carracedo, em 1998, e Lendas do Mar, com encenação de Manuel Mendes, em 2004.
Dossier Apresentação 4
Desde 1990 a Companhia tem desenvolvido, com pertinência do seu nome, uma
actividade ‘teatral’ em sentido próprio, isto é: fazendo do trabalho performativo
(tradução, adaptação, encenação e interpretação) a sugestão para um conjunto
doutras iniciativas vivificadoras do teatro, como por exemplo Chá das Cinco no Chiado
Com, em 1994, encontros de diálogo aberto e livre entre o público e vários actores de
gerações diferentes - apresentados por Mário Viegas. Por duas vezes, 1992 e 1995, a
CTC empreendeu à realização de Feiras do Livro de Teatro, proporcionando a troca de
centenas de publicações nacionais e estrangeiras indisponíveis nas livrarias. Registo
também para a realização de exposições temáticas (Samuel Beckett, Laurel & Hardy
[Bucha & Estica], Tóssan [quadros, desenhos e gravuras inéditos], etc.), sessões
videográficas (obras inéditas em Portugal de Samuel Beckett, Eduardo De Filippo, Stan
Laurel & Olivier Harddy e de diversas produções teatrais nacionais e internacionais),
lançamento de livros e discos (O Libertino Passeia-se por Braga, de Luís Pacheco;
Auto-Foto-Biografia Não Autorizada, de Mário Viegas e Múgica, de Amélia Muge)
e uma significativa política de acolhimento, num total de vinte e três produções,
contemplando teatro, poesia, música (sobressaindo as cincos edições da Festa
do Jazz), dança contemporânea, clássica e flamenco e, inédito, uma estreia duma
curta-metragem dum jovem realizador português, política essa que no mais confirma
a abertura da Companhia e do seu espaço a outras vivências e sensibilidades criativas.
Dossier Apresentação 5
FICHA TÉCNICA
FICHA DO ESPECTÁCULO
INTERPRETAÇÃO: Alexandra Sargento, Emanuel Arada, João Carracedo,
Manuela Cassola, Maximilian Paul, Aritz Bengoa
ENCENAÇÃO: Juvenal Garcês
ESCOLHA DE FIGURINOS: Luciano Cavaco
ASSISTÊNCIA DE ENCENAÇÃO: Aritz Bengoa
CONTRA-REGRA: Aritz Bengoa
PRODUÇÃO: Companhia Teatral do Chiado
LOCAL: Teatro-Estúdio Mário Viegas
CLASSIFICAÇÃO: M/16
Companhia Teatral do Chiado
Teatro-Estúdio Mário Viegas
Largo do Picadeiro, 1200 – 330 Lisboa
Tel.: 213 257 652 Fax: 213 257 656
E-mail: [email protected]
Site: www.companhiateatraldochiado.pt
FICHA DE APOIO E PATROCÍNIOS
Mecenas da temporada 2010:
Patrocinador Principal:
Apoios e Patrocínios:
Apoio Institucional:
Dossier Apresentação 6
ENCENAção
JUVENAL GARCÊS
Nasceu na ilha da Madeira, a 31 de Maio de 1961. Iniciou-se no Teatro
Experimental do Funchal e teve a sua estreia como profissional em 1980, na peça
Baal, de Bertolt Brecht, encenada por João Lourenço. Até 1990, foi actor em múltiplos
espectáculos. Destaque para três encenações de Xosé Blanco Gil em que participou:
Gardel, El Dia Que Me Quieras, de Ignacio Cabrujas; A Celestina, de Fernando Rojas;
e Ai Que Saltinhos Me Dá oCoração, com textos de Anton Tchekov. Foi também
dirigido por Filipe La Féria, na Casa da Comédia, nomeadamente em A Marquesa
de Sade, de Yukio Mishima, e Electra, de Marguerite Yourcenar. Voltou a representar
Anton Tchekov, agora sob a direcção de Mário Viegas, no espectáculo Deus os Fez,
Deus os Juntou. E, dirigido por Carlos Avilez, entrou ainda na peça Jedermann, de Hugo
von Hofmannsthal. Depois de ter protagonizado a comédia itinerante O Regresso de
Bucha e Estica (sobre textos de Stan Laurel e Oliver Hardy), associou-se ao actor
e encenador Mário Viegas para fundar, em 1990, a Companhia Teatral do Chiado.
Destacam-se, de 1990 a 1995, os papéis que desempenhou na C.T.C. em peças
encenadas por Mário Viegas: A Birra do Morto, de Vicente Sanches; Nápoles
Milionária e A Arte da Comédia, de Eduardo de Filippo; Enquanto se Está à Espera
de Godot, de Samuel Beckett; O Ensaio de um Sonho, de August Strindberg e
Ingmar Bergman; A Grande Magia, de Eduardo de Filippo; e Uma Comédia às Escuras,
de Peter Shaffer. Com encenação de Filipe Crawford, participou também
no espectáculo Um Suicídio Colectivo, da autoria de Peppino de Filippo.
Após a morte de Mário Viegas, em 1996, assumiu a Direcção Artística da
Companhia Teatral do Chiado e passou a ser o seu encenador principal.
Estreou-se nesta função com a peça Dá Raiva Olhar Para Trás, de John Osborne. Desde
aí dirigiu os seguintes espectáculos: As Obras Completas de William Shakespeare em
97 Minutos (Adam Long, Jess Borgeson, Daniel Singer),êxito de público há mais
de 12 anos em cena; Ensaio Geral (duas peças de Israel Horovitz: Acrobatas e
Linha); Fora de Jogo (duas peças de Israel Horovitz: Pêra Doce e Jogo da Macaca);
Hedda Gabler, A Casa da Boneca e Rosmersholm (Outubro de 2007) de Henrik
Ibsen; A Menina Júlia de August Strindberg; Um Ouvido Só Para Ele (onde
regressou ao palco como actor) e Um Olho Para Toda a Gente, ambas de
Peter Shaffer; Oh Que Ricos Dias, de Samuel Beckett, a peça que inaugurou,
em 2003, a nova sala do Teatro-Estúdio Mário Viegas; O Mocho e a Gatinha,
de Bill Manhoff; Paris É Uma Miragem, de John Godber; Antes de Começar, de
Almada Negreiros; As Vampiras Lésbicas de Sodoma, de Charles Busch (em cena
há três anos); A Bíblia – A Palavra de Deus d’uma assentada, de Adam Long, Reed
Martin e Austin Tichenor e A Arte do Crime, um policial de Richard Harris.
Dossier Apresentação 7
ELENCO
JOÃO CARRACEDO
Nasceu em Lisboa, a 21 de Agosto de 1968. Tem o Curso de Formação de Actores da
Escola Superior de Teatro e Cinema, concluído em 1995. Antes disso, concluíra, sob
a direcção de Adolfo Gutkin, o Curso de Formação de Actores do IFICT, em 1992.
Estreou-se como actor nesse mesmo ano, representando uma adaptação teatral
do romance Os Possessos, de Dostoievski, encenada por Aldona Skiba-Lickel. E foi
ainda em 1992 que passou a integrar o elenco da Companhia Teatral do Chiado,
participando em vários espectáculos dirigidos por Mário Viegas: Nápoles Milionária,
A Arte da Comédia e A Grande Magia, todos de Eduardo de Filippo; Enquanto Se
Está À Espera de Godot, de Samuel Beckett; Uma Comédia às Escuras, de Peter
Shaffer. Com encenação de Filipe Crawford, integrou o elenco da peça Um Suicídio
Colectivo, de Peppino de Filippo. A partir de 1996 e já sob a direcção de Juvenal
Garcês, representa As Obras Completas de William Shakespeare em 97 Minutos
(actualmente em cena) e participa nas peças Um Ouvido Só Para Ele e Um Ouvido
Para Toda a Gente, de Peter Shaffer, As Vampiras Lésbicas de Sodoma, de Adam Long,
Reed Martim e Austin Tichenor. Em 1998, representa Gases, de René d’Obaldia,
numa encenação de Joaquim Nicolau, e estreia-se como encenador na peça infantil
O Pirata Que Não Sabia Ler, de José Jorge Letria, onde também participou como actor.
Dossier Apresentação 8
EMANUEL
ARADA
Nasceu a 22 de Março 1978. Frequenta o 3.º ano do Curso de Actores
da Escola Superior de Teatro e Cinema a que acrescem os workshops de Técnica
da Máscara I, orientado por André Gago, e Técnica de Clown e de Bufão,
orientado por João Ricardo; frequentou também o curso de História da
Faculdade de Letras de Lisboa. Inicia a sua experiência como actor em 1998
na peça Tristão e Aspecto da Flor, de Francisco Luís Parreira, encenada pelo
autor, por Paula Sousa e por Ana Paula Vinagre para o Teatro do Gil, onde
também representou Quando eu Sonhava era assim…, a partir de textos de
Almeida Garrett, (1999) e Hom’Eça, a partir de textos de Eça de Queiroz (2000),
ambas também com adaptação e encenação de Paula Sousa e Ana Paula
Vinagre. Em 2001 estreia-se como actor profissional e inicia uma colaboração
regular no Espaço Teatroesfera onde participa em diversos espectáculos: O Sangue,
a partir de O Sangue, de Camilo Castelo Branco, com adaptação e encenação de
Fernando Gomes (2001), Kikapoo, de e encenada por Paula Sousa (2001), Cíntia
Prometida, de e encenada por Paulo Oom (2002), A Saque, de Joe Orton, com
encenação de Almeno Gonçalves (2002), Não Há 4 sem 3, a partir de A Senha de José
Carretas e Teresa Faria, com encenação de Teresa Faria (2002), S.O.Eça, a partir de Eça
de Queiroz, adaptação e encenação de Paula Sousa e Paulo Oom (2003),
Anónimos, a partir de textos de José Carretas, Teresa Faria, Manuel de Lima e
Daniil Harms, com adaptação e encenação de Paula Sousa e Paulo Oom (2003),
Galináceos, de Paula Sousa e Paulo Oom com encenação dos próprios,
Nuvem Avariada de João Ricardo e Paula Sousa e encenação dos próprios
(2005) e Nem tudo começa com um beijo, de Jorge Araújo e Pedro Sousa
Pereira, com dramaturgia de Paulo Oom e encenação de João Ricardo (2006).
Ainda em 2004, numa Co-Produção Trigo Limpo, Teatro ACERT e Teatroesfera integra o elenco do espectáculo Num Abril e Fechar d’Olhos, a partir de textos de
Abril, com encenação de José Rui Martins. No mesmo ano, mas pela Actus,
participa em três clássicos da dramaturgia portuguesa: Frei Luís de Sousa,
de Almeda Garrett, Auto da Barca do Inferno e Auto da Índia, de Gil Vicente.
Pela Associação Tenda participa no espectáculo Velho Ciumento, de Cervantes,
numa encenação colectiva para apresentação na Feira da Luz (2005). No ano
anterior, agora pelo Teatromosca, integra o elenco da peça Depois de Julieta, de
Sharmman McDonald e encenação de Ruben Tiago. Fez parte ainda dos elencos
das peças Blhac, sobre boas maneiras, com encenação de Pedro Saavedra, pela
PROTO-Associação Teatro Observatório (2006), Expurga, a partir de Zowie, de
Sergi Pompermayer, com adaptação e encenação de João Ricardo (2006), Hamlet, de William Shakespeare, numa tradução e encenação de André Gago (2007),
Visões sobre Cemitério de Pianos, a partir de Cemitério de Pianos, de José Luís
Peixoto, adaptação e encenação de Luís Castro (2007). Já em 2008 participa no
espectáculo Polegarzinho, a partir de Pollicino, de Hans Werner Hen, com adaptação e
encenação de Marcantónio del Carlo e estreou em Novembro, pela Companhia
Teatral do Chiado, o drama policial A Arte do Crime, de Richard Harris, com encenação de Juvenal Garcês.
A sua actividade como actor inclui ainda participações especiais para televisão: Inspector
Max [1.ª e 2.ª séries] (respectivamente em 2004 e 2005, NBP para a TVI), telenovela
Mundo Meu (2005, NBP para a TVI) e a série Conta-me como foi (2007, SP Filmes
para a RTP); e teatro radiofónico, sob direcção de Francisco Luís Parreira: Otelo, de
sua autoria (2006), Rafael Sanchez reconta “Era uma vez no Oeste”, de Eberhard
Petschinka & Rafael Sanchez, (2007) e A Noite, de Harold Pinter, todas para a RDPAntena2. Estreia-se em cinema com a participação no filme 20,13 (Purgatório), de
Joaquim Leitão (2006). Reparte ainda a sua actividade como actor em trabalhos de
animação e dobragem.
Dossier Apresentação 9
ALEXANDRA
SARGENTO
Nasceu a 28 de Outubro de 1975, em Almada. Foi actriz residente na Companhia
de Teatro de Almada, entre 1998 e 2001. Terminou o Curso Profissional de Artes
e Ofícios do Espectáculo (12º ano), do Chapitô, em 1996. Realizou uma especialização em
técnicas de fogo, trapézio e animação de rua. Teve formação Teatral com Yolanda Alves, no
Teatro de Papel, 1993-98; e com Luísa Cruz.
Estagiou com Marcia Haufrecht (2009), com Peter Michael Dietz (bailarino e coreógrafo
- 2008), com John Romão (actor e encenador; 2007), com Inês Nogueira (expressão teatral
- 2001), com Etelvino Vázquez (encenador do Teatro del Norte, Espanha - 1992), com
Theodoros Terzopoulos (encenador do Attis Theatre, Grécia - 1993), com Peter Michael Dietz
(bailarino e coreógrafo - 1993), com Nola Rae (mimo - 1994) e com John Been (criador de
espectáculos de rua - 1995).
A sua primeira participação no teatro ocorreu em 1991, no Teatro de Papel, na peça
O Aniversário da Infanta, de Oscar Wilde, em 1991/92. Em 1992/93 participou em Alazon, de
Plauto, e em 1993/04, em Medeia, de Eurípides, todas sob a encenação de Y. Alves.
Em 1993, entrou em Humanauta, com texto e encenação de João Garcia Miguel,
da Olho; seguiu-se o Mestre Ubu, de Alfred Jarry, do Chapitô, com encenação de
José Wallenstein (1994). No ano seguinte participou em TAC, poemas de Alexandre
O’Neill, também do Chapitô, com encenação de Nuno Carinhas. Em 1996 actuou n’A
Casa de Bernarda Alba, de Federico García Lorca, pela Companhia das Calendas, com
encenação de Y. Alves; n’O Mosquito ZZZ, deOrlando Neves, e na peça Morte, de
Woody Allen, ambas pelo Teatro de Papel e com encenação de Y. Alves. Ainda no
mesmo ano participou em Avestruz...Truz...Truz, inspirado num texto de Mrozeck, pelo Chapitô, uma criação da própria em parceria com Marta Mateus, com encenação de Miguel Guilherme; e no espectáculo de rua As 1001 Noites, de Els Comediants.
Em 1997, fez O Carteiro de Pablo Neruda, de Carlos Porto/Antonio Skármeta, da CTA, com
encenação de J. Benite, e 3, 2, 1,...0; Dramaturgia de Alexandra Sargento, com
coreografia de Cláudia Dias. Pela CTA, participou nas Aventuras de Guinhol, com
dramaturgia e encenação de Teresa Gafeira (1998); no Memorial do Convento, de
Carlos Porto/José Saramago, e encenação de Joaquim Benite (1999); n’O Corcunda
por Amor/O Noivado no Dafundo, de Almeida Garrett, e encenação de Vítor Gonçalves
(1999/2000). Pela Companhia de Teatro de Almada participou, em 2001, nas peças
Mãe Coragem, de Bertolt Brecht., com encenação de Joaquim Benite, e O Barbeiro de Sevilha, uma adaptação da ópera de Rossini, com encenação de Teresa Gafeira.
Em 2002, entrou em Salomé, de Oscar Wilde, Ninho de Víboras, com encenação de Karas; em Ecos, poesia de Herberto Helder, com encenação da própria; e iniciou a peça Falar
Verdade a Mentir, de Almeida Garret, no Teatro o sonho, que esteve em cena até 2006.
Nos anos de 2003/2004, participou nas peças Kvetch, de Steven Berkoff, Ninho
de Víboras, com encenação de Eduardo Condorcet; e Inimigos, de Nigel Williams,
Inimpetos, com encenação de Pedro Barão. Actuou ainda em Hamlet Da Silva, com
encenação de Eduardo Condorcet, e no Auto Da Barca Do Inferno, de Gil Vicente,
pelo Teatro o Sonho, ambas nos anos de 2005/2006; em Lídia – Mulher Bomba, com
encenação de Cláudio da Silva, Encontros Imediatos do Festival Alkantara (2006);
em Feliz Aniversário, de Harold Pinter, com encenação de Karas (2007,2008); em
Tontos, de Maria João Garcia e Vítor de Andrade, com encenação de Maria João
Garcia (2008); em Apenas jardim, de Hugo Amaro e Alexandra Sargento, no Teatro da
Trindade, com encenação de Hugo Amaro (2008); em Concerto para 3 Irmãs, na Casa
de teatro de Sintra, com encenação de João de Mello Alvim (2008); em Terra de Fuga,
de Eduardo Condorcet, Ninho de Viboras, no Teatro Da Trindade, com encenação de Eduardo
Condorcet (2008); e em Não se paga. Não se paga, de Dário Fo, da Casa de Teatro
de Sintra, com encenação de João de Mello Alvim (2009). Ingressou na Companhia
Teatral do Chiado com a peça A Dama de Copas e o Rei de Cuba, de Timochenco Whebi,
sob encenação de Juvenal Garcês, no ano de 2009,
Dossier Apresentação 10
Contactos
Morada: Companhia Teatral do Chiado
Teatro-Estúdio Mário Viegas
Largo do Picadeiro
1200 – 330 Lisboa
Produção
Telefone: (351) 213 257 641 . (351) 213 461 306
Fax: (351) 213 257 656
Bilheteira e Informações
Telefone: (351) 213 257 652 . (351) 707 234 234 (Ticketline)
Fax: (351) 213 257 656
Horário de Bilheteira
Segunda a Sexta das 14h às 20h
Sábados, Domingos e Feriados das 17h às 20h
Horário de Páscoa
Dia 10 e 11 deAbril, das 17 às 20h;
Dia 12 de Abril – ENCERRADA
Dossier Apresentação 11
autores
Anton
Tchekhov
Importante escritor e dramaturgo russo, considerado um dos mestres do conto moderno.
Nasceu em Taganrog, no sul da Rússia, em Janeiro de 1860. Terminou os estudos de Medicina em 1884 e começou a exercer nos arredores de Moscovo. Para ajudar financeiramente a família, faz pequenos trabalhos jornalísticos e as primeiras tentativas literárias.
Em 1887 ganhou o Prémio Pushkhin da Academia Russa e grande popularidade, com a
sua segunda antologia de contos. É no final da sua curta vida – morreu aos quarenta e
quatro anos - que escreve as peças que o consagram como grande dramaturgo: A Gaivota, Tio Vânia, As Três Irmãs e O Cerejal.
Karl
Valentin
Karl Valentin é um autor alemão, do início do século XX, cujo nome verdadeiro era
Valentin Ludwig Fey. Foi comediante, autor e produtor de filmes e teve grande influência
na cultura alemã. Com um humor aguçado, viveu no pós-guerra e tratou o assunto com
fina ironia. O humor de suas peças reside entre o Dadaísmo e o Expressionismo. Seu
trabalho centrava-se ao redor de jogos de palavras. Bertold Brecht disse uma vez que foi
Karl Valentin que o ensinou a escrever peças. Segundo Mark Stevens You’ll Laugh, You’ll
Cry, Karl Valentin foi o Charles Chaplin dos dadaístas de Munique.
August
Strindberg
Pintor, escritor e dramaturgo sueco, é autor, entre outros, de O Pelicano. Figura ao lado
de Henrik Ibsen, Søren Kierkegaard e Hans Christian Andersen como o maior escritor escandinavo. É um dos pais do teatro moderno. Seus trabalhos são classificados
como pertencentes os movimentos literários Naturalismo e Expressionismo.Frequentou
a Universidade de Uppsala, que abandonou para trabalhar como jornalista e actor, até
que ingressou na Biblioteca Real, em 1874, o que lhe permitiu assegurar o seu futuro
económico. As suas primeiras peças teatrais denotam influências de Ibsen e Kierkegaard
e aí transparece uma personalidade amarga e torturada: O Livre Pensador, Hermion, O
Professor Olof, A Viagem de Pedro Afortunado e A Mulher do Cavaleiro Bent. O fracasso
do seu primeiro matrimónio deu à sua obra um tom misógino, que está patente, em
especial, nos contos de Esposos e nos dramas de carácter naturalista Camaradas, O Pai
e A Menina Júlia, a sua obra mais importante.
Henrik
Ibsen
Ibsen nasceu em Skien, pequena cidade do sul da Noruega, no seio de uma família
de profissionais da marinha mercante. Passou 6 anos da sua infância numa situação
de grande pobreza devido aos negócios de seu pai não terem corrido de feição, o que
o levou a empregar-se, ainda muito jovem, como aprendiz de farmácia em Grimstad.
Permaneceu nestas funções até 1849, altura em que entrou para o Curso de Medicina da Universidade de Cristiânia (antigo nome de Oslo).
Escrevera, entretanto, o drama em três actos Catilina, inspirado nos estudos que
fizera da obra homónima de Cícero. O êxito obtido com esta peça desviou-o completamente do curso de medicina. Em Novembro de 1851, empregou-se como gerente do Teatro de Bergen. Em 1856, teatros noruegueses e suecos apresentaram o seu
primeiro drama: O Banquete de Solhang. Em 1857, passou a desempenhar as funções
de director do Teatro Norueguês em Cristiânia, tendo feito representar três peças
suas, entre as quais A Comédia do Amor. Mas se as suas peças foram um êxito, o
mesmo não se poderá dizer do modo como administrou o teatro que acabaria por
ir à falência. Tendo tido dificuldade em se empregar, vai para o estrangeiro durante
10 anos, primeiramente para Roma e posteriormente para Dresda. Mandaria, no entanto, as peças que ia escrevendo para o seu país natal. Em 1891, volta à Noruega,
fixando-se em Cristiânia. Entre as suas principais ideias poder-se-á referir a suprema
importância que deu ao carácter individual da personalidade e a sua crença de que o
maior mal que se pode cometer é o da negação do amor. Viu no desenvolvimento e
florescimento psíquico do indivíduo a única esperança de uma sociedade realmente
culta, tendo combatido contra o cristianismo convencional em nome de um Cristianismo mais genuíno e intenso.
Dossier Apresentação 12
espectáculos mais emblemáticos
Oh
que ricos dias!
Na famosa peça de Samuel Beckett, estreada
em Nova Iorque em 1961, e que a Companhia
apresentou em Portugal no ano de 2003, Winnie é
uma mulher com cerca de cinquenta anos, que
aparece enterrada até à cintura, falando num
quase monólogo que tem por única testemunha
o seu marido Willie.
Mas que faz Winnie, além de falar? Quase nada.
Esfrega os dentes, lima as unhas, pinta os lábios,
põe e tira um chapéu. E reza. Mas no segundo
acto, Winnie só pode falar: está agora enterrada
até ao pescoço e, se no primeiro acto já não
dispunha das pernas, neste já não dispõe das
mãos. Enterrada viva, o seu pequeno mundo
reduz-se ao pouco que consegue ver.
E continua a falar.
A Menina Júlia
Considerada a obra-prima de August Strindberg,
“A Menina Júlia...” relata-nos a atracção e o
choque entre uma jovem aristocrata, filha de
um conde, e o criado de seu pai.
Na adaptação feita pela CTC, a acção desenrola-se na cozinha da casa senhorial, na noite
de S. João. Júlia seduz Jean... Quando percebe
a situação em que se coloca resolve fugir com
Jean e, para conseguir dinheiro para a viagem,
assalta o escritório do pai. Já de manhã, o
conde regressa a casa e Júlia, aterrorizada
com o que o futuro lhe reserva e induzida por
Jean, resolve suicidar-se. Cristina, a cozinheira
e noiva de Jean, assiste ao nascimento desta
relação sempre com o olhar resignado de quem
sabe pertencer a uma classe menos favorecida.
Strindberg faz com que estas três personagens
se movam, tendo sempre como pano de fundo
a guerra dos sexos e a luta de classes. Um texto
altamente político sob a capa de uma intriga
aparentemente romântica.
Dossier Apresentação 13
Hedda Gabler
Hedda Gabler faz parte das obras de fase
final de Henrik Ibsen, dramaturgo e poeta
norueguês, principal representante da literatura escandinava no século XIX, que escreveu
Hedda Gabler em 1890.
Em 1998, a CTC, representou a peça que retrata Hedda, uma mulher fria, egoísta, perversa e manipuladora, que vive com pouco
empenho o casamento, a promissora carreira
do marido, a casa remodelada, a vida nova e
a sombra da maternidade.
A peça, encenada por Juvenal Garcês,
combinou mistério e humor, diálogos e
acção, realismo, tragédia e, sobretudo, muitas perguntas sem respostas.
As Obras Completas de William
Shakespeare em 97 minutos
Este espectáculo, escrito por Adam Long, Jess
Borgeson e Daniel Singer, é uma condensação
de alta velocidade, género montanha-russa,
das obras do grande dramaturgo inglês, William
Shakespeare.
Uma comédia / farsa hilariante que revisita as
trinta e sete obras de Shakespeare: as tragédias,
as comédias, as peças históricas e até os
sonetos!
Este enorme êxito teatral português, conforme
toda a crítica o atesta, está em cena há mais de
13 anos.
As Vampiras Lésbicas de Sodoma
Com As Vampiras Lésbicas de Sodoma, a CTC
orgulha-se de apresentar ao público português
uma das mais originais figuras do showbizz da
actualidade: o dramaturgo, actor, estrela de
cinema, artista e romancista Charles Busch.
«As Vampiras Lésbicas» é uma mistura de
sangue, ódio, ciúme, inveja, paixão, êxtase,
perfídia e luxúria, que começa nos tempos
bíblicos até aos dias de hoje.
Rita Lello, Simão Rubim, João Carrecedo,
João Marta, Manuel Mendes e Pedro Luzindro
fizeram parte do elenco da peça que esteve
quase cinco anos em cena no Teatro-Estúdio
Dossier Apresentação 14
destaques
“Mário Viegas: Saudades e Brindes”
In Expresso
“Companhia Teatral do Chiado Celebra Mário Viegas
nos 20 anos de Fundação”
In Jornal de Notícias
Dossier Apresentação 15
“Vinte anos de CTC – Actos de Amor e Liberdade”
In Jornal das Letras
“Rir como na Broadway – CTC faz 20 anos e dedica
uma peça ao fundador: Mário Viegas”
In SOL
Dossier Apresentação 16
www.companhiateatraldochiado.pt

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