Usinas Itamarati: 30 anos de ousadia

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Usinas Itamarati: 30 anos de ousadia
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Publicação da Usinas Itamarati • Nova Olímpia - Mato Grosso - nº 33 - Dezembro/2010
Início da década de 1980. Nascia no Centro-Oeste, em
agropecuário do Grupo Itamarati, que enfrentou muitos
pleno cerrado mato-grossense, um empreendimento que viria
desafios decorrentes das condições inóspitas da região naquele
tornar-se um dos maiores do setor sucroenergético brasileiro
período e da total falta de infraestrutura e mão de obra
e um dos mais importantes marcos na história da região.
especializada.
Uma usina para produção de etanol é construída no coração
Mas a percepção que Olacyr de Moraes tinha do Estado
da América do Sul pelo Grupo Itamarati, em total integração
o levou a apostar neste investimento. “Tinha certeza de que o
com suas atividades agropecuárias, imprimindo o caráter de
Mato Grosso se tornaria um grande produtor agrícola, pois tem
pluralidade que a acompanharia em toda sua trajetória.
terras abundantes, clima regular, solo de grande fertilidade,
Essa história tem raízes em outras épocas. As primeiras
empresas do Grupo Itamarati, ligadas aos setores de transporte
além de uma população em franca expansão desde aquela
época”, conta Olacyr de Moraes.
e construção civil, nasceram ainda na década de 1950,
O Grupo Itamarati passou, então, a implantar um
em São Paulo, pelas mãos do empresário paulista Olacyr
ambicioso projeto. Criou um complexo agroindustrial integrado,
Francisco de Moraes. Foi ele que, em 1967, vislumbrou
com a aquisição de várias fazendas na região e investimento
novos caminhos para os negócios no distante Estado do Mato
em pesquisa. Buscando a modernização da agricultura
Grosso.
Destilarias Itamarati S/A
no Centro-Oeste, o Grupo apostou em seu potencial de
Com interesse voltado para a agropecuária, o empresário
desenvolvimento e trilhou os novos caminhos com ousadia.
investiu no setor e criou em Barra do Bugres (MT) a ORPECA
S/A - Organização Pecuária da Amazônia, um projeto de cria,
Acervo do Arquivo Público do Estado de Mato Grosso
recria e engorda de gado. Este foi o primeiro empreendimento
Destilaria
A fábrica de açúcar
A empresa parte para nova fase de expansão em
1993, com a instalação da fábrica de açúcar, que passou a
Impulsionada pelo Proálcool (Programa Nacional do
funcionar com energia própria (cogerada a partir do bagaço da
Álcool), em 1980 surge a Destilarias Itamarati S/A. O que
cana). Nesse ano, a Destilarias passa a denominar-se Usinas
também levou o Grupo a investir no setor sucroenergético,
Itamarati S/A.
como relata o próprio Olacyr de Moraes, foi o fato do
Mato Grosso, na época, importar do Estado de São Paulo
aproximadamente dois milhões de sacas de açúcar para
consumo interno.
Uma moderna destilaria é montada, com capacidade
de produção de 35 milhões de litros de etanol. Um projeto
arrojado para as atividades de todo o Estado. A construção
da empresa gerou euforia na população; as pessoas viam ali
o embrião do desenvolvimento. “Isso criou nos moradores
uma perspectiva de crescimento, com criação de empregos e
geração de renda”, conta o empresário.
O novo cenário causou impacto. Empresas começaram
a chegar, assim como equipamentos e maquinário pesado.
O açúcar produzido é beneficiado e empacotado na
unidade de Assari (distrito de Barra do Bugres), numa
estrutura adaptada do que originalmente era um conjunto de
silos para armazenagem e secagem de arroz, outro projeto de
Olacyr de Moraes, que também foi pioneiro do cultivo de soja
e algodão no Centro-Oeste.
Nessas três décadas, a Usinas Itamarati já foi considerada
a maior produtora do Brasil de etanol carburante e cana
moída, e tornou-se uma das maiores do setor sucroenergético.
Competitiva e saudável, com foco na sustentabilidade, atua
na produção de etanol, açúcar e energia elétrica, atingindo os
mais altos índices de desempenho do país, com o percentual
de 97,5% de colheita mecanizada e 80% de cana crua.
Pessoas de outros Estados se instalavam na região. Crescendo
A empresa alcançou importantes conquistas. Foi a primeira
ao lado da Destilarias, o distrito de Nova Olímpia se
do mundo no setor sucroenergético a receber a certificação ISO
transformaria em cidade, oficialmente em 1986. Com o
9001:2000 em qualidade na produção de açúcar, etanol e,
uso da mais moderna tecnologia, a Destilarias Itamarati
posteriormente, em energia elétrica. Em 2001, a UISA passa
contava também com um corpo técnico de renome nacional,
a comercializar o excedente de energia cogerada para a rede
responsável por sua implantação.
concessionária do Estado do Mato Grosso. Em 2007, entra no
Em 1983, depois de cultivar sete mil hectares de canade-açúcar, tem início a primeira safra da Usinas Itamarati,
Estrada aberta na década de 1970 para viabilizar o processo de
colonização de Mato Grosso
Acervo da Usinas Itamarati
Usinas Itamarati: 30 anos de ousadia
mercado de créditos de carbono e, nesse mesmo ano, recebe a
certificação ambiental ISO 14.001.
com a produção de 150 mil litros de etanol por dia. O
Emprega atualmente em torno de três mil pessoas,
novo empreendimento gerou na época mais de 300 novos
a maioria mão de obra fixa, moradores das cidades de
empregos diretos e cinco mil indiretos, abrindo nova fronteira
Arenápolis, Barra do Bugres, Denise, Nova Olímpia, Tangará
no desenvolvimento do Estado do Mato Grosso.
da Serra e dos distritos de Assari e Progresso.
UISA 30 anos
Rodrigo Petterson
Portas abertas
Chegamos ao final de 2010 com um balanço
favorável de nosso desempenho. Embora
Renovando caminhos
tenhamos sofrido os revezes da estiagem
JornalCana
O mesmo pioneirismo que alavanca e
deste ano, que nos trouxe enormes desafios
diferencia, às vezes demanda altos sacrifícios.
financeiros e operacionais ao reduzir cerca de
Foi o que aconteceu com o Grupo Itamarati,
15% da produtividade de nossos canaviais, a
que passou por uma série de dificuldades
empresa manteve sua posição no mercado e foi
a partir de um determinado período. Nesse
favorecida pelos bons preços de comercialização
momento, a Usinas Itamarati precisou
do açúcar e etanol.
desenhar novos caminhos e se renovar. Em
comemora 30 anos no dia 11 de dezembro. O pioneirismo e a ousadia que
2004 houve uma completa reestruturação e
teve início uma nova fase.
marcam a empresa desde o seu nascimento certamente se devem ao espírito
“A
Usinas
Itamarati
apresentava
visionário de seu fundador, o empresário Olacyr Francisco de Moraes, e à equipe
estrutura moderna e flexível, porém passava
de profissionais que se envolveu neste projeto. Na marcha rumo à colonização
por um período delicado. Não conseguia
do Mato Grosso, o Grupo Itamarati começou bem antes. No final da década de
mais se sustentar na força do passado e
60 iniciou seu processo de fixação no Estado. Terras inóspitas foram exploradas,
sua capacidade de investimento estava
estruturas construídas onde nada havia.
comprometida”, relembra Ana Cláudia de
É com orgulho que hoje vemos o papel fundamental exercido pelo Grupo e, em
Moraes, sócia controladora, que preside o
especial, pela Usinas Itamarati, no desenvolvimento do Estado do Mato Grosso e
Conselho de Administração da UISA. Depois
em seu avanço tecnológico. A Usinas continua crescendo e influenciando a vida
de seis anos de trabalho árduo, a nova rota
cotidiana de milhares de pessoas, e os passos neste caminho são orientados
foi ajustada.
pela sustentabilidade, uma cultura abraçada por toda a empresa. Temos uma
O olhar agora se volta para o futuro.
relação de respeito com o meio ambiente, com nossos fornecedores e clientes,
“O
com a comunidade e, sobretudo, com nossos empregados.
potencialidade, a exemplo da produção de
setor
sucroenergético
tem
grande
Com muita satisfação, recebemos recentemente os prêmios MasterCana
energia limpa através da biomassa da cana-
Social, o MasterCana Brasil em Responsabilidade Social e o Certificado em
de-açúcar e do próprio etanol”, analisa Sylvio
Responsabilidade Social do Mato Grosso, como reconhecimentos ao trabalho
Nóbrega Coutinho, diretor presidente da
desenvolvido, que se expande como uma grande rede, envolvendo cada
Usinas Itamarati.
vez mais projetos e pessoas. A área de TI também teve destaque, resultado
Ele aponta que a proposta estratégica
da implantação do Sistema de Gestão de Segurança da Informação, sendo
da empresa é investir em áreas essenciais
agraciada com os prêmios MasterCana Centro Sul e MasterCana Brasil.
à operação, como plantio, renovação de
Agora em novembro, o Açúcar Itamarati recebeu o Prêmio Top of Mind –
RDM/BSB Brasil, como a marca mais lembrada do Mato Grosso e a Usinas
Itamarati, o Prêmio Visão da Agroindústria, pelo desempenho da área logística.
Estes prêmios se completam ao mostrar o expertise da empresa no escoamento
de sua produção de açúcar e etanol. Além da excelência em qualidade, a
Usinas Itamarati nestes últimos anos investiu pesado na distribuição de seus
produtos e hoje conhece como poucos o Centro-Oeste e Norte do País. E, mais
recentemente, tem investido também no mercado peruano, com bons resultados
e excelentes perspectivas.
Nada mais oportuno que a comemoração dos 30 anos da Usinas Itamarati
para elogiar o trabalho dos empregados pioneiros da empresa, exemplos de garra
Ana Cláudia de Moraes, sócia controladora
da Usinas Itamarati
Arquivo pessoal
Encerraremos o ano com um evento significativo: a Usinas Itamarati
canaviais, em máquinas e equipamentos
agrícolas, com o objetivo de modernizar e
elevar a produtividade de seus canaviais
Sr. Olacyr Francisco de Moraes, projeto
pioneiro e inovador
e a capacidade industrial. Segundo Sylvio
Coutinho, “esse projeto vai elevar a empresa
a um outro patamar de uso de tecnologia,
diretamente com a empresa, analisa o futuro
com motorização de moendas, atualmente
de seu projeto visionário. “Houve dificuldade
operadas por turbinas, assim como o aumento
com o pioneirismo, quando não existia
da produtividade da cana em mais de 15%”.
infraestrutura e condições adequadas. Mas,
O fundador da Usinas Itamarati, Olacyr
a Itamarati conquistou um mercado cativo
Francisco de Moraes, hoje não mais envolvido
muito importante”, avalia ele.
entanto, para manter esta trajetória vitoriosa é preciso o esforço e o empenho de
todos. Cada um de nós faz parte desta história e ela se renova dia a dia.
Entre os muitos desafios que nos esperam no próximo ano, se destaca a
renovação da frota do Corte, Carregamento e Transporte, através da aquisição
de novas colhedoras e tratores, com o objetivo de efetivar a colheita mecanizada
em 98% e atingir o índice de 85% de cana crua. Que em 2011, possamos
dar continuidade a essa caminhada com sucesso. Neste ano que se encerra,
agradeço a colaboração de nossos empregados e parceiros, assim como às suas
famílias, desejando um Natal de muita luz e paz. Que tenhamos muita garra
neste ano que se inicia.
Sylvio N. Coutinho
Diretor Presidente
02
Rodrigo Petterson
e coragem a serem seguidos. Temos hoje uma usina moderna e competitiva. No
UISA 30 anos
Pluralidade e expansão no Sudoeste do Mato Grosso
em Nova Olímpia – à época era ainda apenas “Olímpia” –,
Arquivo pessoal
no Centro-Oeste brasileiro. Escolhe o Mato Grosso e se instala
filhas (Edna e Ednalva). Os filhos deram a ele
18 netos e dois bisnetos. Aos 71 anos, Mané
Baiano afirma ter orgulho de ter feito parte da
história do Grupo Itamarati, durante 35 anos.
Carlos Lugli
O ano era 1957. O jovem Manoel Oliveira de Almeida
deixa sua cidade na Bahia e parte em busca de uma vida nova
pertencente ao município de Barra do Bugres. A gleba havia
que em 1986 foi elevada a município. Na enxada, abriu ruas
e estradas. “Também já arranquei um tanto de mato para fazer
campo de futebol. Fui eu quem trouxe a primeira bola pra
cá”, diverte-se Mané Baiano, como ficou conhecido por estas
bandas. Apaixonado por futebol, ele até virou nome de ginásio
de esportes na cidade.
Em 1969, ele trabalhava na derrubada de matas para
fazer pasto. Foi nessa época que o empresário Olacyr de
Moraes comprou a Fazenda Guanabara. Mané Baiano passou
a cuidar do gado para ele.
Com o passar do tempo, o empresário ampliou suas
fazendas na região e Mané Baiano lembra da dificuldade
em se deslocar de algumas delas até o vilarejo de Olímpia, o
transporte era complicado. Casado com dona Maria, com quem
teve oito filhos, ele decidiu deixar a fazenda em 1974. “Era
muito longe. Voltei para a cidade e comprei um bar, o único na
época que vendia bebida gelada”, recorda.
Uma nova realidade no cerrado
Não demorou muito e Mané Baiano estava de volta
ao Grupo Itamarati para acompanhar a criação de um
empreendimento que viria mudar a história de toda a região.
Em 1980, Olacyr de Moraes resolveu implantar um novo
negócio e deu início à instalação da Destilarias Itamarati. Dois
anos depois, começaram a montar a estrutura.
Nova Olímpia entrou em expansão, ganhou construções
e loteamentos, centro comunitário, posto de saúde e telefônico,
correios, além de hospital e das primeiras agências bancárias.
Com a instalação da destilaria e o plantio de lavouras de cana
nas redondezas, a região aproveitou as oportunidades de
trabalho. A vida nas cidades vizinhas de Denise, Arenápolis
e Nortelândia também mudou com a construção da empresa.
Com a instalação da empresa, Mané Baiano passou a
desempenhar nova função: deslocar-se até a Bahia para buscar
mão de obra para o corte de cana. Viajava dias, acompanhado
de um dos filhos. “Quando acabava a safra lá no Nordeste,
começava aqui. Então eu buscava o pessoal que já tinha
experiência no corte.”
Nem todos se adaptavam à região, voltando para suas
cidades. Outros terminavam a safra e iam para casa buscar
mulher e filhos, trazendo-os para o Centro-Oeste. “Até hoje tem
baiano aqui que fui eu quem trouxe”, comenta. “O pessoal do
Nordeste era o que mais se adaptava. Tinha gente de Sergipe e
Uma terra de muitos sotaques
A mudança provocada na região e a
influência que a Itamarati passou a exercer
no desenvolvimento das cidades contribuíram
para o avanço tecnológico e a melhoria na
vida cotidiana. Novos imigrantes vieram de
estados do Nordeste, de São Paulo, Paraná,
Minas Gerais, trazendo suas experiências.
Nova Olímpia tornou-se uma cidade de muitos
sotaques e culturas diferentes.
A Usinas Itamarati marcou a história de Mané Baiano – assim como a de praticamente
todos da região. Ao lado, o pioneiro em foto de 1974
Mané Baiano recorda que trazia homens de várias
partes do Brasil para trabalhar no corte da cana, e acabava
encaminhando os mais jovens para a indústria. Um deles
era Adauto Gomes de Almeida. “Daltinho veio da Bahia para
trabalhar como cortador de cana. Transferi o rapaz para a
indústria e botei na cabeça dele que era preciso estudar.”
Pertencente a uma família de 12 irmãos, Adauto chegou
ao Mato Grosso em 1986. Foi direto para o campo, onde
plantou e cortou cana. Pouco depois, preparou a documentação
e, pelas mãos de Mané Baiano, foi contratado na indústria
como ajudante na fabricação de adubo.
Três meses mais tarde, surge uma vaga na destilaria e a
oportunidade de trabalhar na fabricação de etanol. “Comecei
como ajudante e cheguei a encarregado”, conta. Foi nesse setor
que Adauto sentiu a real necessidade de estudar. Concluiu o
curso supletivo e entrou para a faculdade de Pedagogia.
Não parou por aí. Fez duas pós-graduações em
Psicopedagogia e, recentemente, concluiu sua especialização
em “Pós-gestão Sucroalcooleira” na Universidade Federal do
Mato Grosso. Há três anos, exerce a função de supervisor de
produção.
“Comecei de baixo e hoje ocupo um cargo almejado por
muitos. Minha autoestima profissional cresceu. Quando faço
essa reflexão, tenho um orgulho muito grande”, comenta ele,
que coordena uma equipe de 49 empregados diretos.
Ele conta que quando chegou a Nova Olímpia, a cidade
tinha um hotel, um mercado e um posto de telefone. “A usina
cresceu muito, num curto espaço de tempo, e ajudou a região
a se formar.”
Hoje, Adauto é casado e tem dois filhos. A família é
seu alicerce, mas ele não esquece o apoio dos amigos e da
equipe de trabalho. “Em minha trajetória no Mato Grosso,
muito alagoano que fixou família e aqui permanece até hoje. A
Oportunidade nos estudos foi o que buscou Severino
Freire Alves. O alagoano chegou a Nova Olímpia em 1990, em
busca de uma vida profissional melhor. Depois de trabalhar oito
anos no corte de cana, tornou-se auxiliar de campo no preparo
de solo e chegou a operador de máquinas agrícolas.
“Como a tecnologia no campo estava avançada, era
preciso mais, para não ficar pra trás”, destaca Severino,
referindo-se à necessidade de buscar aprimoramento no
trabalho. Foi então que ele começou a estudar.
Há seis anos integrou-se ao EJA (programa de Educação
de Jovens e Adultos) e está cursando a 6ª série. Ele estuda
à noite e acorda às
seis da manhã para
trabalhar. O filho mais
velho, de 14 anos, dá
uma força nos estudos.
A mulher de Severino
também retomou as
aulas e, junto com ele,
participa do EJA.
O
operador
diz que todo esforço
compensa. “Minha vida
melhorou, a condição
financeira
também,
e pude buscar minha
Severino, no controle da colhedora
mulher no Nordeste.
de cana: tecnologia e aprendizado
Meus
dois
filhos
nasceram na cidade.
Tudo isso foi possível aqui dentro”, destaca o profissional, que
completou duas décadas na empresa.
operar uma moderna colhedora de cana, que exige do
Mané Baiano, hoje aposentado, continua a acompanhar
operador, atenção, habilidade e capacitação. E ele não
a trajetória da Itamarati. “A empresa abriu oportunidades
pretende estacionar. Já tem um novo desafio a vencer dentro
para mulheres, para rapazinho que quer aprender e também
da empresa. “Quero ir para o transporte.”
incentiva o empregado a ler e a escrever. Isso é bom para a
Seu Manoel construiu sua vida junto de Nova Olímpia e
da Itamarati. Viu a empresa transformar-se numa grande usina,
onde trabalhou até 2005. Na UISA também estão duas de suas
Qualificação e crescimento
Severino, que está com 36 anos, orgulha-se de hoje
cidade de Nova Olímpia cresceu junto com a empresa.”
região.”
tive a confiança da família do seu Manoel Baiano, que me
acolheu. Lutei para chegar aqui, mas a Itamarati sempre deu
oportunidades a quem quer crescer”.
Adauto:
Profissionais como Severino e Adauto, que tiveram a
do corte da
oportunidade de se qualificar e ocupar novas funções dentro de
cana para a
uma empresa como a UISA, são exemplos de como é possível,
supervisão
de produção
com dedicação e esforço, transformar-se através da educação.
03
Carlos Lugli
Pioneiro na região, Manoel ajudou a construir a cidade,
Carlos Lugli
sido fundada pouco antes, em 1954, por imigrantes paulistas.
UISA 30 anos
Eu faço parte desta história
O crescimento da Usinas Itamarati foi acompanhado
Carlos Lugli
por muitos profissionais ao longo de suas três décadas.
Mas são poucos os que presenciaram essa trajetória
antes mesmo de seu início. Crachá número 20, José
de Fátima Borges – o Zezão – foi um dos primeiros da
empresa e já trabalhava no Grupo antes da criação da
UISA. Começou em 1979, na área de manutenção da
Fazenda Guanabara. No final de 1982, ele trabalhou
a empresa ter se transformado em polo regional de
variedades do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) em
2006, um dos 11 polos existentes no Brasil inteiro. Depois
de tantos anos dedicados à pesquisa, Catarino viu com
satisfação a realização, agora em novembro, da primeira
reunião técnica do polo regional. “Fiz e continuarei fazendo
parte de histórias de progresso em nossa empresa”,
comemora ele.
na terraplenagem para a construção da indústria, no
processo de instalação da Destilarias Itamarati.
Patrimônio
Zezão lembra das dificuldades com transporte
Paulista, vindo do interior, Ernesto Valdomiro Possari
entrou no Grupo Itamarati em 1977. Hoje, aos 69 anos,
“Dr. Ernesto” – como é conhecido na empresa – avalia
que seus 33 anos de trabalho junto ao Grupo são um
verdadeiro patrimônio que reúne experiência, convívio,
companheirismo e aprendizado.
demorava duas horas no rádio, tentando falar com São
Paulo. O transporte, nem se fala. Por isso ficava até 30
dias na fazenda, sem ir para Nova Olímpia”. Porém,
nada impediu que na região se erguesse uma moderna
destilaria, com projeto de implantação e equipamentos
nacionais, capaz de produzir 35 milhões de litros de
etanol.
Segundo ele, a estrutura começou a funcionar com
Zezão trabalhou na terraplenagem da Destilarias Itamarati
uma moenda, uma caldeira e um gerador pequenos.
“Em setembro de 1983, passaram a primeira cana
na destilaria. Com as duas mil toneladas moídas num
Ele se emociona ao falar da Usinas Itamarati. “Tenho
orgulho dessa empresa, faço parte dela, porque eu ajudei
a formar. A Itamarati é minha vida e meu sustento.
Quero ver a empresa cada vez melhor”, diz. Com 31
anos de Grupo Itamarati, Zezão comemora sua trajetória:
“Vi muita gente passar por essa indústria. Minha história
no trabalho foi aqui, onde colhi bons frutos, fiz boas
dia, eram produzidos 150 mil litros de etanol. Hoje,
produzimos essa quantidade em 40 minutos”, compara.
Dentro da indústria, ele passou por quase todas as
áreas e adquiriu experiência para dividir o aprendizado
com outros profissionais. “Aqui temos um desafio
constante, produzir sempre mais com menos. E é disso
que eu gosto”, ressalta. O mineiro José Borges chegou
ao Mato Grosso, em 1972, com 15 anos. A família se
instalou em Nova Olímpia. “Mais tarde, meu pai faleceu e
deixou minha mãe e seis irmãos pra eu cuidar. Só depois
pude sair de casa e formar minha própria família”, conta
Zezão, que é casado e tem dois filhos. Aos 56 anos, ele
trabalha como coordenador técnico de utilidades. “Sou
igual a uma pessoa que está começando agora. Não
quero me acomodar. Gosto de desafios”.
amizades e conquistei respeito”, finaliza.
Pesquisa e Crescimento
Carlos Lugli
Tempo similar de empresa tem Egidio Venturin,
conhecido como “Catarino”. Formado como Técnico
em Agropecuária, em Santa Catarina, foi contratado por
Alberto Keiti Nomura para trabalhar no Grupo Itamarati
em fevereiro de 1978, ainda no Mato Grosso do Sul.
Dois anos depois integrou-se à equipe de pesquisa.
Um fato que marcou a vida de Catarino foi quando
Nomura – então presidente da recém-implantada
Destilarias Itamarati – precisou deslocar parte da equipe
de Ponta Porã (MS) para o Mato Grosso. Catarino lembra
que pediu para vir, sendo prontamente atendido por ele.
“Minha equipe são vocês”, disse Nomura à época, o que
deixou Catarino muito feliz. Em 1987 foi transferido para
Denise (MT).
Arquivo pessoal
Já no Mato Grosso, Catarino trabalhou com diversas
culturas de grãos e, em 1993, passou a pesquisar
especificamente a cana-de-açúcar.
“Continuo até hoje. A pesquisa
não pode parar, será sempre uma
sequência de trabalhos em busca de
melhores resultados.”
Catarino: há 30 anos na pesquisa
04
Aos 53 anos, Egidio Venturin
é supervisor de pesquisa da Usinas
Itamarati, e acompanhou com orgulho
Atual diretor jurídico da UISA, o advogado trilhou
a maior parte de sua carreira junto ao Grupo Itamarati.
Começou como contador numa empresa de informática do
Grupo em São Paulo e, meses depois, foi transferido para
o Banco Itamarati. “O ‘contador geral’ do Banco adoeceu
e fui chamado para substituí-lo. Após um tempo acabei
assumindo definitivamente o cargo”, conta Dr. Ernesto.
Casado e pai de dois filhos, passou a trabalhar
posteriormente como advogado junto à Ferronorte,
Constran, Mape e a empresas da área agrícola, incluindo
a Usinas Itamarati. “Fui gerente jurídico da UISA até o
final de 2004, quando me convidaram para ser Diretor
Jurídico”, relembra.
Segundo Dr. Ernesto, apesar das dificuldades na
implantação da Destilarias Itamarati, a empresa veio
suprir uma grande carência no mercado do Centro-Oeste
e Norte. “O exemplo
de empreendedorismo
e desprendimento de
Olacyr de Moraes
e sua equipe, com
disposição para o
novo, abriu espaço
para que outras
empresas
viessem
e se instalassem
na região, o que
provocou crescimento
Dr. Ernesto: desde 1977
econômico e social”.
no Grupo Itamarati
O
advogado
pontua que, desde a
sua fundação, a UISA vem contribuindo para a implantação
de novas tecnologias e para o aprimoramento constante
de suas atividades. “Para isso, tem adotado políticas de
responsabilidade socio ambiental, respeito à legalidade,
à comunidade e, principalmente, compromisso com os
empregados”, diz.
“Considero-me uma pessoa de sorte, ao vir do interior
de São Paulo, com pouca experiência e ter sido recebido
com tanto carinho e respeito”, analisa Dr. Ernesto, ao olhar
para o passado.
Arquivo pessoal
e comunicação: “Para fazer compras da empresa,
Sustentabilidade
Uma rede que só faz aumentar
voluntário da “Turma do Bem”, graças ao relevante trabalho
Em sua trajetória, a Usinas Itamarati tem dado passos
Carlos Lugli
firmes quando o assunto é sustentabilidade. Para a UISA, crescer
é fundamental, desde que com respeito ao meio ambiente e
contribuindo para a qualidade de vida de seus trabalhadores e da
realizado.
O Florescer priorizou o atendimento aos filhos dos
empregados através da criação da escolinha de esportes, cuja
comunidade. A Política de Responsabilidade Social faz parte de
finalidade é desenvolver aptidões nas modalidades de futebol,
seu planejamento estratégico, o que significa investimentos em
vôlei, atletismo e capoeira.
programas e projetos que priorizem a saúde, educação, esporte,
“Para alcançar nossos objetivos, todos os participantes
cultura e geração de renda.
dos projetos passam por palestras formativas de saúde, ética e
Como há 30 anos, a empresa continua tendo influência
civismo, de modo a contribuir para o desenvolvimento integral do
direta sobre a região e a vida de milhares de pessoas. A gerente
ser humano”, conclui Verônica.
de Recursos Humanos da Usinas Itamarati, Cinthia Xavier
Martins de Lima, explica que a empresa tem o olhar voltado para
Criando oportunidades
a comunidade – priorizando jovens, crianças e mulheres, através
dos projetos – e para seus empregados, aos quais desenvolve
Professor Fábio Lemes e seus alunos do Projeto Estrelas de Denise
Para a Usinas Itamarati, a responsabilidade social deve
ações de capacitação e treinamento, visando o crescimento
e Nova Olímpia. Atrás dele, Igor Dezinho, destaque no Sub-13 em
olhar primeiro para dentro da própria empresa. Segundo a
Campo Grande (MS)
profissional e a melhoria da qualidade de vida.
gerente de RH, Cinthia Lima, além de capacitar e melhorar a
qualidade de vida de seus empregados, é preciso também abrir
No planejamento de Recursos Humanos da Usinas
espaço para a formação de novos profissionais.
Itamarati, um grande desafio é a capacitação dos trabalhadores
Para a presidente do Instituto Florescer, Verônica Boechat
rurais. “A empresa tem compromisso formal em escolarizar seus
Coutinho, o trabalho de voluntariado amadureceu desde sua
A empresa desenvolve programas para profissionalizar
empregados e inseri-los em outras funções. Em poucos anos, eles
implantação. O que era um grupo informal de voluntários
jovens da comunidade, como o Projeto Caminhar (voltado a
não poderão mais exercer atividades braçais, pois a mecanização
assumiu, agora em novembro, um novo formato estrutural,
maiores de 18 anos, com ensino médio completo), que oferece
no processo produtivo é inevitável. Nosso compromisso social é
passando a Instituto (uma Associação, pessoa jurídica de direito
um ano de treinamento em função operacional. Além dele, o
capacitar e motivar este trabalhador”, explica Cinthia Lima.
privado, sem fins lucrativos). O próximo desafio é fortalecer
“Jovem Aprendiz” abre as portas da empresa para jovens de 18
ainda mais os projetos implantados, dando aos participantes,
a 24 anos. Atualmente, a UISA tem 60 aprendizes em três cursos
sempre que possível, a condição de caminharem de forma
técnicos, gerando qualificação e possibilidade de aproveitamento
autossustentável.
no mercado de trabalho ou na própria empresa.
Para isso, a empresa apoia vários projetos educacionais
nas escolas municipais e estaduais como o EJA (Educação de
Jovens e Adultos), que estimula seus profissionais a darem
continuidade aos estudos. E, em parceria com o SESI, a UISA
“A Usinas Itamarati acredita muito no Florescer, é um de
também desenvolve o programa “Escrevo Meu Futuro”, que
seus principais patrocinadores e estimula o envolvimento de seus
além de incentivar o retorno aos bancos escolares, promove a
empregados, comprometidos com o voluntariado. O que faz o
alfabetização.
projeto dar certo são as pessoas e o conjunto que elas formam
Há mais de um ano, Thiago Moreira de Lima tornouse aprendiz de mecânico na Usinas Itamarati.
Em 2008,
quando trabalhava como repositor em um supermercado de
Nova Olímpia, procurou o programa, buscando uma área que
Carlos Lugli
nas ações”, avalia Verônica.
O programa atende hoje 342 trabalhadores, que estão
Atualmente, o Instituto Florescer conta com 12 projetos,
anos, esses empregados já tenham atingido o nível médio
atendendo 511 pessoas, entre crianças, jovens e mulheres.
completo. Eles poderão ser aproveitados em outras funções e
Tem por finalidade “contribuir para a promoção integral do
crescer na empresa, melhorar sua qualidade de vida e de sua
ser humano, despertando a consciência dos direitos e deveres
família”, enfatiza Cinthia Lima.
do cidadão; defender, preservar e conservar o meio ambiente;
Elizabete,
trabalhar em benefício das inclusões sociais por meio da saúde,
que tinha
Rodrigo Petterson
investindo em seu crescimento. “A nossa meta é que, em dois
educação, cultura, esporte e lazer, em defesa dos direitos
humanos de crianças, jovens e adultos; combater a pobreza, a
medo de
choque,
hoje é
fome, toda e qualquer forma de discriminação e preconceito, seja
aprendiz de
de origem, raça, religião, sexo, cor, idade”, detalha a presidente
eletricista
do Instituto.
Uma das ações que o Florescer desenvolve há três anos em
parceria com a UISA, entre tantas outras, é o Projeto Estrelas,
que oferece aulas de judô a 129 crianças dos municípios de
Denise e Nova Olímpia. “Nosso objetivo, a princípio, não é criar
campeões. É manter essa garotada de olho no futuro”, diz o
Programa “Escrevo Meu Futuro”: qualidade de vida e crescimento
profissional
professor responsável, Fábio Leme.
pudesse dar a ele uma profissão. O curso de Mecânico Diesel
veio a calhar. “Quando era pequeno tinha vontade de ser
mecânico. Minha mãe sempre me incentivou”, relembra Thiago
– o penúltimo de uma família de oito irmãos. O aprendiz de
mecânico, que aos 21 anos trabalha com máquinas agrícolas,
abraçou a oportunidade e pretende se especializar na área.
As mulheres também têm ampliado sua participação
Outro projeto que tem despertado sorrisos de crianças e
na empresa. Em 2005, o quadro funcional contava com 136
adolescentes da comunidade é o Dentista do Bem. Trazido para
profissionais. Hoje, elas já são 216. Elizabete Maria de Lima, 22
Cidadania e Educação
a região em 2007 pelo Instituto Florescer, conta com quatro
anos, é uma das candidatas a engrossar o time feminino. Há três
O leque de projetos desenvolvidos pela Usinas Itamarati tem
dentistas em Nova Olímpia, dois em Denise e três em Tangará
meses ela entrou para a turma de Eletricista de Manutenção, por
da Serra.
meio do Programa Jovem Aprendiz. Foi incentivada pelo pai, o
aumentado significativamente. São muitas as ações, e o número
de pessoas atendidas - tanto interna quanto externamente -
Entusiasmada, uma das coordenadoras do projeto na
cresce na mesma proporção. “Buscamos apoiar programas
região, Maria Madalena de Oliveira, diz que quanto mais
motorista Paulo José de Lima, empregado da UISA há 10 anos.
Elizabete concluiu o 3º ano do Ensino Médio e pretende
compatíveis com a nossa política de investimento social, sempre
cuida dos pacientes, mais quer se dedicar a eles.
“É muito
fazer outros cursos técnicos de eletricista. Pensa ainda em cursar
junto com a equipe de voluntários do Instituto Florescer, que
gratificante ver uma criança sorrir após o tratamento”, orgulha-se.
Administração de Empresas. “A Usinas Itamarati é uma empresa
desde 2006 apoia as ações, trabalhando na base dos projetos e
Representado por Maria Madalena, o município de Nova Olímpia
de grande porte. Tenho que dar valor a essa oportunidade e me
viabilizando parcerias”, observa a gerente de RH.
foi o único do Mato Grosso na final do melhor coordenador
esforçar. Quem sabe eu possa fazer parte dessa história?”.
05
Retrospectiva 2010
Universo UISA
A Indústria do
Conhecimento, centro
Nesta edição comemorativa, a UISA presta uma homenagem a todos que ajudaram
a construir 2010. Vitórias cotidianas, avanços de cada um fortalecendo equipes,
aprendizado, reconhecimento do setor sucroenergético, respeito, comemoração e
multimídia que
promove o acesso à
informação e cultura,
é um projeto do SESI
solidariedade. Algumas ações simbólicas apresentam aqui um panorama – apenas
em parceria com a
representativo – do imenso universo que se tornou a Usinas Itamarati e sua gente. Um
Usinas Itamarati. Foi
feliz Natal a todos e que 2011 traga força para enfrentar os novos desafios!
inaugurada em maio,
em Nova Olímpia
A 1ª Semana de
Em março, a
Responsabilidade
Celebração
Socioambiental da Usinas
Ecumênica
Itamarati, de 7 a 11 de
tradicionalmente
junho, foi um espaço
abriu a safra
para discussão e troca
2010/2011 na
de experiências. O evento
Usinas Itamarati
reuniu trabalhadores
de toda a empresa e
convidados da região
Em setembro, a área de meio
ambiente da Usinas Itamarati
efetuou o plantio de mudas
nativas, ação direcionada às
Ao abrir a safra
crianças de Nova Olímpia e
deste ano, a Usinas
Denise, em comemoração ao Dia
Itamarati promoveu a
da Árvore.
reunião “Perspectivas
de Safra 2010/2011”,
com a presença da
imprensa, autoridades
A Usinas Itamarati conquistou
e representantes da
o Prêmio MasterCana Social
setor e da comunidade
2010. A presidente do Instituto
Florescer, Verônica Boechat
Coutinho, recebe o prêmio em
Sertãozinho (SP)
A aula inaugural
dos programas
EJA (Educação de
Jovens e Adultos) e
“Escrevo Meu Futuro”
foi realizada em
julho, no Gercafi
de Nova Olímpia,
reunindo mais de 400
trabalhadores
Abertura oficial
das aulas da
nova turma de
capoeira, no
Distrito do Assari,
uma iniciativa do
Instituto Florescer
em parceria com a
Usinas Itamarati
Usinas Itamarati
desenvolve a segunda
etapa do Programa
Jovem Aprendiz. Na
foto, Thiago Moreira
de Lima, aprendiz de
mecânico
Um dos assuntos tratados na Semana
de Segurança, e m setembro, foi a
importância do uso do cinto e da
cadeirinha de segurança
06
Cirilo Carlos
Monteiro de
Oliveira, gerente
de Tecnologia da
Informação (TI) da
Usinas Itamarati,
recebe o Prêmio
MasterCana
Desempenho 2010
em sua área
Maria Madalena de
No Dia das
Oliveira, do projeto
Crianças, a
Dentista do Bem:
comemoração
finalista na escolha
reuniu filhos de
nacional do melhor
empregados de
coordenador voluntário
toda a região nas
da “Turma do Bem”,
cidades de Denise
ocorrida em São Paulo
e Nova Olímpia
no mês de outubro
O programa Educação
Financeira, em parceria
com o SESI, formou quase
Equipe da Usinas
Itamarati prestigia
a inauguração do
30 multiplicadores no mês
Atacado Modelo, em
de outubro e treinou mais
Tangará da Serra, no
de 100 empregados da área
mês de julho
administrativa
Entrega de prêmios no
“Futebol da Indústria”, evento
beneficente que arrecadou
cerca de 450 kg de alimentos
para as famílias carentes de
Nova Olímpia
A 4ª Semana Tecnológica da
Usinas Itamarati aconteceu
No dia 16 de dezembro, a UISA realiza o 6º Seminário
em outubro, com palestras
do CCQ (Círculo do Controle de Qualidade), com a
de profissionais do CTC,
apresentação dos melhores trabalhos do ano
Dedini, EdeniQ e de Josias
Messias (foto), presidente
do JornalCana
De 13 a 17 de dezembro, acontece
a 6ª Semana Integrada de Saúde e
Segurança da Usinas Itamarati
Orientação médica no
campo: trabalhadores
assistiram nos
alojamentos a palestras
O Açúcar Itamarati
participa do tradicional
passeio ciclístico da
Rede de Supermercados
Comper, no mês de
outubro, em Cuiabá. A
atividade reuniu centenas
de pessoas
de conscientização e
prevenção na área da
saúde
A Usinas Itamarati
esteve representada
no MasterCana
Brasil pelas áreas
de “Tecnologia
da Informação” e
O “Natal Encantado - 30 Anos
“Responsabilidade
de Usinas Itamarati” está
Social”, vencedoras do
programado para
Prêmio em 2010
9 de dezembro, com muitas
surpresas para a criançada
07
Logística
A forte presença do Açúcar Itamarati nas regiões
O gerente de logística da UISA, Jean Carli da Silva,
Centro-Oeste e Norte do Brasil, com participação de
viveu a experiência anterior de coordenar o trabalho de três
mercado acima de 80% em alguns estados, revela o
centros de distribuição, entre eles Sinop (MT) e Manaus
desempenho eficiente da comercialização e logística no
(AM). Por isso, ele também ressalta a importância de
escoamento do produto, área na qual a Usinas Itamarati
conhecer de perto o funcionamento de cada unidade.
tem expertise atualmente.
“Esse foi o grande acerto: saber o que o cliente precisa e
O projeto contribuiu para que, pelo quinto ano
iStockphotos
UISA abre caminhos de eficiência pelo Centro-Oeste e Norte
como gosta de ser atendido”, confirma Jean.
consecutivo, o Açúcar Itamarati recebesse o Prêmio Top
lembrada no Mato Grosso. Na avaliação do gerente geral
de vendas da Usinas Itamarati, Paulo César Leite, o
resultado do Prêmio Top of Mind está diretamente atrelado
ao nosso market share, pois a eficiência de logística
no abastecimento do produto tem relação direta com a
lembrança da marca junto aos consumidores, além dos
investimentos em qualidade e na área de marketing.
A Usinas Itamarati também acaba de ser contemplada
com o Prêmio Visão da Agroindústria, na área de logística.
Crescimento monitorado
Somente depois de atingir o mercado do Pará, que
é o ponto mais distante de abastecimento da empresa no
Norte do Brasil, é que a UISA investiu no canal industrial,
direcionando para ele um volume anual de 1 milhão e
200 mil sacas de 50kg. Para o varejo, a Usinas Itamarati
mantém um fornecimento de 3,8 milhões de sacas. A
Em uma das rotas para a região Norte, os carregamentos de
empresa fecha esta safra com uma produção de 4,66
açúcar são levados de caminhão até Porto Velho (RO), seguindo
milhões de sacas de açúcar e perspectiva de chegar a 5,2
em barcaças pelo Rio Madeira até Manaus (AM), Santarém e
milhões em 2011/2012.
O que diferencia o trabalho da UISA, segundo Paulo
A competitividade logística proporcionou outro
César, é o know-how adquirido em um conjunto de
avanço. “Começamos a exportar para o Peru, fornecendo
ações envolvendo comercialização e logística, qualidade,
à região de Iquitos de 12 a 15 mil toneladas de açúcar,
conhecimento dos parceiros, garantia de fornecimento
ou seja, 300 mil sacas de 50kg por ano”, detalha Paulo
do produto no mercado durante os 12 meses do ano e a
César. Para atingir a Amazônia peruana, as barcaças
concepção dos Centros de Distribuição (CDs), instalados
saem de Porto Velho (RO), vão até Manaus (AM), de onde
nos estados de Mato Grosso, Rondônia, Amazonas e Pará.
seguem pelo Rio Solimões até o Peru, em um trajeto que
Belém (PA)
Acervo da Usinas Itamarati
of Mind RDM/BSB Brasil, como a marca de açúcar mais
leva de 30 a 35 dias.
Desde o início da comercialização do açúcar
em 1993, os Centros de Distribuição da UISA foram
implantados gradativamente, de acordo com o crescimento
da produção.
“Em função das dificuldades logísticas para o
mercado externo, a empresa definiu que toda a produção,
empacotamento e comercialização do açúcar teriam uma
estrutura própria e atenderiam o mercado vocacional (Mato
Grosso, Acre, Rondônia, Amazonas, Pará e Roraima)”,
conta Paulo César. Dessa forma, foram criados Centros de
Distribuição com equipes de vendas focadas na qualidade
e no atendimento ao varejo e atacado.
Ao gerar empregos, manter fortes vínculos de parcerias
e conviver com as culturas locais, a Usinas Itamarati tem
uma participação efetiva nas regiões em que mantém
Centros de Distribuição. “Visitamos anualmente os CDs
com o intuito de estreitar o relacionamento com o cliente.
Como sabemos das dificuldades enfrentadas, buscamos
melhorias que atendam às necessidades locais.”
Para que tudo saia dentro dos prazos e conforme
combinado com o cliente, a empresa desenvolveu
parcerias estratégicas. “Temos frotas fidelizadas o ano
todo, o que nos dá tranquilidade para os escoamentos
rodoviário e fluvial tanto na safra quanto na entressafra”,
informa Paulo César. No período de seca, com a baixa
dos rios, a UISA antecipa o escoamento, uma vez que as
balsas reduzem o fluxo de transporte.
Acervo da Usinas Itamarati
Centros de distribuição estratégicos
O desempenho na distribuição dos produtos da
Usinas Itamarati é motivo de destaque nos 30 anos da
empresa. “Conseguimos desbravar uma região com muita
dificuldade, mas com grande êxito. Temos qualidade
do produto, uma política de comercialização eficiente
e equipes muito comprometidas em cada Centro de
Distribuição”, conclui o gerente Paulo César.
O crescimento do mercado do etanol, decorrente
do advento dos veículos flex, também levou a Usinas
Itamarati a migrar para seu mercado vocacional. Paulo
César destaca que “atualmente a empresa direciona 90%
da produção de etanol para essa região, na modalidade
FOB”.
Descarregamento do Açúcar Itamarati em Santarém (PA)
Publicação da Usinas Itamarati S/A
Usinas Itamarati S/A
Fazenda Guanabara • Caixa Postal 60 • Nova Olímpia (MT) •
CEP 78.370-000 • Fone: (65) 3332 3672 • Fax: (65) 3332 3670
www.usinasitamarati.com.br • www.acucaritamarati.com.br
08
Coordenação de Produção: Daisy Gontijo • Edição: Jackeline Seglin - Londrina -
PR - E-mail: [email protected] •
Jornalista Responsável: Jackeline Seglin (MTB/PR 3225) • Diagramação: Visualitá • Envie sugestões de assuntos para o jornal
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