Dissertação EFEITO DO SUCO DE UVA SOBRE O CONTROLE
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Dissertação EFEITO DO SUCO DE UVA SOBRE O CONTROLE
1 Dissertação EFEITO DO SUCO DE UVA SOBRE O CONTROLE AUTONÔMICO DA PRESSÃO ARTERIAL E FREQUÊNCIA CARDÍACA EM RATOS HIPERTENSOS Denise Ruttke Dillenburg 2 INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL FUNDAÇÃO UNIVERSITÁRIA DE CARDIOLOGIA Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde Área de concentração: Cardiologia Efeito do suco de uva sobre o controle autonômico da pressão arterial e freqüência cardíaca em ratos hipertensos Autora: Denise Ruttke Dillenburg Orientadora: Dra.Maria Cláudia Costa Irigoyen Co-Orientadora: Dra. Katya Vianna Rigatto Dissertação submetida como requisito para obtenção do grau de Mestre ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde: Cardiologia, da Fundação Universitária de Cardiologia / Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul. Porto Alegre 2012 3 Aos meus queridos pais, que sempre me mostraram o caminho a seguir. iv 4 AGRADECIMENTOS Muitos foram os que contribuíram para a construção desta conquista e merecem meus agradecimentos. Agradeço à Instituição e ao Programa de Pós-Graduação pela oportunidade de crescimento. À Katya Rigatto, pelas valiosas orientações e aprendizado. À Maria Cláudia Irigoyen, pelo exemplo de dedicação na área de pesquisa em hipertensão. À Silvia Goldmeier, pela ajuda constante. Às alunas bolsistas Daiane Ferreira e Denielli Bós, pela parceria. Em especial à minha querida amiga Ana Amélia, por me acompanhar nesta caminhada. Ao Tales, pela palavra que me impulsionou a seguir. v 5 LISTA DE ABREVIATURAS DCV Doença Cardiovascular PA Pressão Arterial AVE Acidente Vascular Encefálico DIC Doença Isquêmica do Coração HAS Hipertensão Arterial Sistêmica PAS Pressão Arterial Sistólica PAD Pressão Arterial Diastólica SNA Sistema Nervoso Autônomo NO Óxido nítrico EDHF Fator Hiperpolarizante Derivado do Endotélio L-NAME L-Nitro-arginina-metil-ester PAM Pressão Arterial Média NOS Óxido Nítrico Sintase NADPH Nicotinamida adenina dinucleotideo fosfato oxidado NS Nodo sinusal FC Freqüência Cardíaca AV Atrioventricular PF Polifenóis LDL Lipoproteína de Baixa Densidade vi 6 SUMÁRIO 1. REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................................. 1 1.1 Hipertensão .............................................................................................................. 2 1.2 Endotélio .................................................................................................................... 4 1.3 Óxido Nítrico ............................................................................................................... 6 1.4 Regulação da Freqüência Cardíaca: importância do Sistema Nervoso Autônomo ......................................................................................................................... 8 1.5 Efeito do Estresse Oxidativo, Resveratrol e Suco de Uva sobre a Pressão arterial ............................................................................................................................ 10 2. HIPÓTESES .................................................................................................................. 13 3. OBJETIVO..................................................................................................................... 14 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 15 5. ARTIGO......................................................................................................................... 24 6. APÊNDICE I (Aprovação Comitê de Ética) ................................................................... 62 vii 1 REFERENCIAL TEÓRICO 2 1.1 HIPERTENSÃO As enfermidades cardíacas vêm atingindo proporções epidêmicas em diversos países, sendo importante causa de mortalidade, principalmente nos países ocidentais.1 A mortalidade por doença cardiovascular (DCV) aumenta progressivamente com a elevação da pressão arterial (PA) a partir de 115/75 mmHg de forma linear, continua e independente. Em 2001, cerca de 7,6 milhões de mortes no mundo foram atribuídas a elevação da PA (54% por acidente vascular encefálico (AVE) e 47% por doença isquêmica do coração (DIC)), sendo considerada hipertensão arterial sistêmica (HAS) valores de pressão arterial sistólica (PAS) igual ou superior a 140 mmHg e pressão arterial diastólica (PAD) igual ou superior a 90 mmHg. 2 De acordo com uma Revisão Sistemática quantitativa de 2003 a 2008, de 44 estudos em 35 paises, revelou-se uma prevalência global de 37,8% em homens e 32,1% em mulheres.3 Inquéritos populacionais em cidades brasileiras nos últimos 20 anos apontaram uma prevalência de HAS acima de 30%.4,5 Em estudo transversal, tendo como base populacional o Estado do Rio Grande do Sul, realizado entre 1999 a 2000, obteve como resultado uma prevalência de hipertensão de 33,7%.6 Entre os fatores de risco mais significantes para a hipertensão, destacam-se o sedentarismo, obesidade, dislipidemias, diabetes e tabagismo, entre outros.7,1,8 A hipertensão arterial envolve mecanismos complexos como fatores genéticos e ambientais 9, sendo resultante de disfunções nos mecanismos de controle da PA. Essas disfunções são observadas em quase todos esses mecanismos, sendo difícil estabelecer qual fator é responsável pela 3 manutenção dos valores elevados de pressão.10, 11 A adequada pressão arterial garante a perfusão dos tecidos tanto em condições de repouso como em diferentes atividades12 sendo que em condições fisiológicas as alterações comportamentais não causam grandes variações da PA, pois o controle reflexo consegue tamponá-las. Porém, em condições patológicas, o prejuízo no controle reflexo da pressão pode causar não só aumento dos valores de pressão como também o aumento da variabilidade da PA. 11 De fato, o controle reflexo da PA é realizado pelo sistema nervoso autônomo (SNA), acionado por diferentes sensores periféricos 12 e que atua sobre as eferências nervosas simpática e parassimpática 13, determinando as alterações fisiológicas necessárias para diminuir as variações da PA.10 Essa regulação promove ajustes através da bradicardia e da taquicardia reflexas que são moduladas pelos pressorreceptores.14 Os pressorreceptores arteriais são mecanorreceptores localizados no seio carotídeo e arco aórtico sensíveis a deformações da parede vascular.15 Atuam no controle tônico da atividade simpática (inibição) e parassimpática (estimulação), sendo que seu comprometimento pode levar ao estabelecimento de alterações no controle da função cardiovascular devido à incapacidade de modular esse sistema.16 4 1.2 ENDOTÉLIO As artérias são órgãos complexos cuja parede é composta por células endoteliais, células musculares lisas e fibroblastos, ligados uns aos outros por uma rede de interações autócrinas e parácrinas, capazes de se adaptar a múltiplas variações hemodinâmicas e mecânicas. O vaso é sensível às alterações no seu interior e capaz de se adaptar em longo prazo a determinadas condições hemodinâmicas, modificando-se por produção local de mediadores, fatores de crescimento e substâncias vasoativas, que influenciam tanto estrutura, levando a alteração celular e remodelamento de matriz, como função, desencadeando um processo complexo e dinâmico denominado remodelamento vascular. 17 O endotélio participa ativamente da manutenção da homeostase vascular pelo balanço entre substâncias vasodilatadoras (óxido nítrico (NO), prostaciclinas, fator hiperpolarizante derivado do endotélio (EDHF)) e vasoconstritoras (endotelina, prostaglandina-H2, tromboxano-A2, angiotensina II). Sua importância vem sendo demonstrada na regulação de várias respostas vasculares, uma vez que as células endoteliais desempenham um importante papel na regulação de propriedades arteriais, tais como liberação de óxido nítrico (NO), tônus vascular, permeabilidade e, portanto, na pressão arterial.18 Também regulam a proliferação de monócitos,19 a inflamação, o metabolismo lipídico,20,21o crescimento celular, a migração celular e a integração com matriz extracelular através de mecanismos mediados por receptores. Moléculas de adesão expressas pelo endotélio agem como iniciadores críticos para a resposta inflamatória, mediando a passagem de leucócitos da circulação para o tecido.22 5 Alterações nas condições hemodinâmicas ou de fatores humorais podem resultar no desequilíbrio destas forças moduladoras, favorecendo a vasoconstrição ou vasodilatação e contribuindo para o aumento da resistência periférica.23 . A maioria das complicações cardiovasculares estão relacionadas com alterações na estrutura e função vascular, e uma perda da função endotelial está associada ao envelhecimento e à hipertensão.24 A disfunção endotelial pode, então, ser considerada como uma das mais importantes causas fisiopatológicas que atuam no desenvolvimento da doença cardiovascular. 25 6 1.3 ÓXIDO NÍTRICO Desde os primeiros achados de Furchgott e Zawadzki em 1980 26 e pela comprovação de Moncada em 1991, o óxido nítrico tem sido envolvido em muitos processos fisiológicos e fisiopatológicos, incluindo uma variedade de doenças cardiovasculares.20 O óxido nítrico (NO) é uma molécula gasosa e reativa que funciona em altas concentrações como defesa a patógenos e células tumorais, e em baixas concentrações como um sinal em diversos processos fisiológicos, incluindo regulação do fluxo sangüíneo, neurotransmissão, aprendizado e memória. É um notável sinalizador celular devido a seu baixo peso molecular e rápida difusão, habilidade para permear as membranas celulares (natureza lipofílica), propriedade que elimina a necessidade de receptores ou da presença de enzimas proteolíticas para NO.27 Talvez o efeito mais importante do NO seja sua propriedade vasodilatadora. 18 Em condições fisiológicas o NO provavelmente atua como um importante “scavenger” de radical livre, como o ânion superóxido (O2-), limitando a toxidade associada com estas moléculas, inibindo a agregação plaquetária e a adesão leucocitária na célula endotelial. A importância do NO para a homeostase cardiovascular pode ser demonstrada pelo bloqueio agudo 28,29,30 ou crônico31 da síntese do NO por L-Nitro-arginina-metil-ester (L-NAME) que levam à hipertensão arterial. Foram observadas alterações no mecanismo autonômico32,33 e na sensibilidade do barorreflexo 34 envolvidos no controle cardiovascular na hipertensão induzida por bloqueio da síntese do NO. Redução na variabilidade da PAM após bloqueio agudo também se observa em animais submetidos a sobrecarga salina.35 Além disso, muitos 7 estudos têm demonstrado que o modelo experimental de hipertensão por bloqueio da síntese do NO está freqüentemente associada com resistência periférica à ação da insulina, sugerindo a necessidade de mais pesquisas que elucidem as possíveis correlações entre estas alterações fisiológicas..36,37 A biossíntese do NO no organismo ocorre via oxidação da L-arginina que é catalisada pela enzima NO sintase (NOS), com a participação da forma reduzida do fosfato de nicotinamida adenina dinucleotídio (NADPH) como um doador de elétron. Um esquema geral da reação da NO sintase é ilustrada na Figura 1, onde observa-se que a conversão da L-arginina para L-citrulina e NO, catalisada pela NOS, é uma oxidação de cinco elétrons de um dos nitrogênios guanidínicos da L-arginina. O primeiro passo, a oxidação de dois elétrons, é uma hidroxilação que forma NG-hidroxi-L-arginina como um produto intermediário ligado à enzima. O segundo passo, uma oxidação de três elétrons envolve remoção de elétron, inserção de oxigênio e quebra da ligação carbono-nitrogênio para formar L-citrulina e NO. O mesmo doador de elétrons, a forma reduzida do NADPH, é requerido em ambas as etapas. Os átomos de oxigênio que são incorporados ao NO e à L-citrulina derivam-se de moléculas distintas de oxigênio.38 Alterações na expressão da NOS têm sido amplamente associada à hipertensão. 18 L-arginina NG-Hydroxy-L-arginina L-citrulina Óxido Nítrico FIGURA 1 – Reação de síntese do NO (Andrew & Mayer 1999) 8 1.4 REGULAÇÃO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA: IMPORTÂNCIA DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO O sistema nervoso autônomo controla a PA através de sua influência sobre o coração e células vasculares musculares lisas.39 Na ausência de qualquer influência hormonal ou neural, em seres humanos, o nodo sinusal (NS) gera uma freqüência cardíaca (FC) intrínseca em torno de 100 a 120 batimentos por minuto.40 Em situações fisiológicas este nodo está sob controle do sistema nervoso simpático e parassimpático. Tanto o nervo vago direito quanto o esquerdo estimulam o NS, o nodo atrioventricular (AV), bem como o músculo atrial. A atividade vagal diminui a FC quando predomina o efeito do nervo vago direito.41 Fibras pós-ganglionares simpáticas inervam quase todo o coração.42 Da mesma forma, as fibras simpáticas direitas influenciam mais a FC, enquanto as fibras simpáticas esquerdas apresentam maior impacto sobre o volume de ejeção. 43 Em seres humanos e em condições de repouso, o SNA está tonicamente ativado com a dominância da regulação vagal. 42 Alterações mais rápidas da FC são normalmente causadas pela regulação vagal. 44,45 O sistema nervoso responde ao comando vagal dentro de 1 ou 2 batimentos cardíacos, mas o efeito total é de curta duração. As alterações da FC induzidas pelo vago ocorrem dentro de 5 segundos 42, enquanto as respostas cardíacas do sistema nervoso simpático ocorrem mais lentamente, iniciando com um atraso de 5 segundos. A máxima resposta simpática ocorre após 20 a 30 segundos.42,46 Essas diferenças são, em parte, devidas à lenta exocitose que ocorre para liberação de noradrenalina da terminação nervosa simpática. Outra diferença se refere à localização dos corpos celulares: o corpo celular 9 do neurônio pós-ganglionar parassimpático se localiza no coração enquanto o simpático localiza-se na cadeia ganglionar. Além disso, as fibras préganglionares parassimpáticas são mielinizadas enquanto as simpáticas são amielinizadas. 47 Dessa forma, o estudo da hipertensão com modelos experimentais permite aos pesquisadores estudar isoladamente os vários fatores associados com o controle da PA e determinar os possíveis mecanismos envolvidos na sua fisiopatogenia. 9 Ratos tratados com N-nitro-L-arginina-metil-ester (L-NAME), um potente inibidor da síntese de óxido nítrico (NO), constituem um modelo utilizado para estudo da hipertensão arterial sistêmica. A administração oral crônica de LNAME leva ao desenvolvimento de HAS persistente em ratos, dose e tempodependente. 48 Dessa forma, neste estudo os animais serão tratados com L-NAME após um período de administração de suco de uva para verificar o possível efeito preventivo do suco sobre o desequilíbrio entre o sistema nervoso simpático e parassimpático, que ocorre em situações em que a síntese de óxido nítrico está diminuída ou inibida. 10 1.5 EFEITO DO ESTRESSE OXIDATIVO, RESVERATROL E SUCO DE UVA SOBRE A PRESSÃO ARTERIAL Em sujeitos com fatores de risco para doença cardiovascular ou em portadores de doenças coronarianas, a função endotelial está prejudicada e a agressão à parede do vaso reduz ainda mais a biodisponibilidade de NO, prejudicando a resposta vasodilatadora endotélio-dependente, caracterizando a disfunção endotelial e favorecendo o aparecimento de hipertensão. 8 Os polifenóis (PF), presentes no vinho tinto, têm demonstrado exercer efeitos benéficos na prevenção de doenças cardiovasculares como a hipertensão. Resultados sugerem que o tratamento crônico com PF previne o aparecimento de hipertensão e de disfunção cardiovascular. Este efeito devese em parte à inibição da atividade da NADPH oxidase, que diminui a produção de ânion superóxido e o estresse oxidativo, e/ou à redução na liberação de endotelina (ET-1).49,50 O estresse oxidativo causado pelo ânion superóxido presente nos vasos, e a inativação do óxido nítrico, desempenham um papel importante na patogenia da hipertensão.51,52 É sabido que, nas frutas como maçãs e uvas, os derivados fenólicos e flavonóides com ação anti-oxidante estão presentes predominantemente na casca, mas não na sua polpa. 53 A casca de uvas frescas contém de 50-100 mg/g resveratrol, enquanto que no suco de uva sua quantidade pode variar entre 3 e 15 µg/L 54 e 690 a 14.500 µg/L.55 No vinho o resveratrol e seus derivados podem variar de 0 a 25000 µg/L.56 As quantidades destes compostos variam consideravelmente nos diferentes tipos de sucos de uva e vinhos. Dependem da variedade da uva, de fatores ambientais nas videiras e da forma de preparo do suco ou do vinho.57 11 O Resveratrol, um dos polifenóis encontrado nas uvas, tem sido apontado como um dos responsáveis pela inibição da oxidação das lipoproteínas de baixa densidade (LDL) 58 e pela redução da agregação plaquetária. 59. Estudos sugerem que o consumo de uvas e produtos que contêm uva podem reduzir a pressão arterial através dos efeitos favoráveis dos polifenóis presentes nas uvas que atuariam sobre a função endotelial e inflamção podendo reduzir a rigidez arterial. 60 Dessa forma, possivelmente todos os produtos que contenham na sua formulação parte da casca da fruta, como o suco da uva, apresentem tais propriedades antioxidantes.61 Um estudo randomizado mostrou uma redução na pressão arterial em homens coreanos após o consumo de suco de uva durante 8 semanas. 62 Embora a ingestão de suco de uva apresente algumas vantagens em relação ao vinho, poucos trabalhos na literatura demonstram sua ação na hipertensão. Mesmo considerando que o suco de uva possa apresentar efeitos protetores para o sistema cardiocirculatório de menor intensidade do que o vinho, o fato de não haver contra-indicação para o consumo diário, em doses maiores e ao longo da vida, pode representar uma forma de potencializar os resultados cardiocirculatórios. Além disso, o suco de uva é uma alternativa mais barata do que o vinho, podendo ser adquirido por uma parcela maior da população, e ainda, ser recomendado para pessoas que não devem consumir bebidas alcoólicas, como as crianças. Dessa forma, este estudo pretende investigar o efeito preventivo da ingestão de suco de uva sobre o controle autonômico da pressão arterial e da freqüência cardíaca e sobre o estresse oxidativo no coração de animais 12 hipertensos pelo bloqueio da síntese do óxido nítrico. Com isto, pretendemos melhor entender seu efeito sobre o controle da pressão arterial através da introdução de um hábito alimentar saudável. 13 2 HIPÓTESES H1 : O suco de uva apresenta efeitos antioxidantes preventivos e melhora o balanço autonômico sobre a pressão arterial e freqüência cardíaca de animais hipertensos. H0 : O suco de uva não apresenta efeitos antioxidativos preventivos e não melhora o balanço autonômico sobre a pressão arterial e freqüência cardíaca de animais hipertensos. 14 3 OBJETIVOS O presente estudo propõe-se a estudar o efeito preventivo do suco de uva sobre o controle autonômico da pressão arterial, da freqüência cardíaca e estresse oxidativo em ratos hipertensos pelo bloqueio da síntese do óxido nítrico. 15 4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Hermsdorff HHM, Pelúzio MCG, Franceschini SCC, Priore SE. Evolução histórica dos valores de referência para perfil lipídico: o que mudou e por quê. Rev Bras Nutr Clin 2004; 19(2):86-93. 2. 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Princesa Isabel, 370 – Santana – Porto Alegre 90620-000 Fone/Fax: 51 3219.2082 – Ramal 24 Email: [email protected] 1 Unidade de Pesquisa, Fundação Universitária de Cardiologia / Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil. 2 Departamento de Hipertensão, Instituto do Coração (InCor), Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil. 3 Departamento de Fisiologia, Instituto de Ciências Básicas da Saúde, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, RS, Brasil. 26 RESUMO OBJETIVO: Avaliar os efeitos do resveratrol e do suco de uva sobre o controle autonômico da pressão arterial e da freqüência cardíaca, parâmetros redox cardíaco e sensibilidade do barorreflexo. MÉTODOS: O experimento foi realizado em ratos machos wistar. Os animais foram divididos em 3 grupos (7 por grupo): Controle (L-NAME), Resveratrol (L-NAME+R) e Suco de Uva (L-NAME+S) e acompanhados durante 30 dias. Nos últimos 7 dias, receberam por gavagem 60mg/Kg/dia de L-NAME, um bloqueador da sintese do óxido nítrico. Sinais de pressão arterial (PA) foram obtidos através de cateterização arterial, gravados por um período de 30 minutos. O intervalo de pulso (IP) e a variabilidade da pressão arterial sistólica (VPS) foram analisados no domínio do tempo e da frequência. Sensibilidade do barorreflexo foi determinada pelo índice alfa. Glutationa reduzida e oxidada foram determinadas no tecido cardíaco. RESULTADOS: PA e freqüência cardíaca (FC) não foram diferentes entre os grupos. Pressão arterial média (PAM) (LNAME=124±4, LNAME+R= 126±3 e LNAME+S=125±4 mmHg) e FC (LNAME= 380±6.3, LNAME+R= 377±9 e LNAME+S= 382±8 bpm). A variabilidade do IP (VIP) e a VPS expressa pela variância foram similares entre os grupos. No entanto, os componentes LF e HF normalizados da VIP foram menores e maiores, respectivamente, nos grupos tratados quando comparados ao grupo L-NAME. Além disso, o equilíbrio simpato-vagal foi significativamente diminuído nos grupos L-NAME + R e LNAME + S quando comparado com o grupo L-NAME. A sensibilidade do baroreflexo (alfa índice) foi melhorada apenas no grupo L-NAME + R e não foram observadas diferenças entre os grupos L-NAME + S e L-NAME. CONCLUSÃO: Resveratrol e suco de uva podem promover benefícios cardiovasculares e redox, mesmo quando a síntese do óxido nítrico está bloqueada. A melhora adicional observada na modulação simpática dos vasos (componente LF da VPS) em ratos hipertensos tratados apenas com resveratrol pode ser atribuída à melhoria da sensibilidade do barorreflexo observada somente neste grupo. Palavras-chave: Resveratrol Hipertensão, Controle autonômico, Suco de Uva, 27 ABSTRACT OBJECTIVE: Evaluate the effects of resveratrol and grape juice treatments in cardiac redix parameters, hemodynamics, baroreflex sensitivity and heart rate (HR) and arterial pressure (PA) variability. METHODS: Experiment were performed on male Wistar rats. The animals were divided in 3 groups(n=7/each): Control group (LNAME), Resveratrol treated (LNAME + R), Grape juice treated (LNAME + G) and accompanied during 30 days. On the last 7 days they were treated by gavage with 60mg/kg/day of LNAME, a blocker of nitric oxide synthesis. AP signals obtained by arterial catheterization were recorded over a 30-minute period and Pulse Interval (PI) and Systolic Arterial pressure (SAPV) variability were analyzed in the time and frequency domains. Baroreflex sensitivity (BRS) was determined by alpha index. Oxidized and reduced glutathione concentrations were determined in cardiac tissue. RESULTS: AP and HR were not different among groups. Mean AP (LNAME=124±4, LNAME+R= 126±3 and LNAME+G=125±4 mmHg) and HR (LNAME= 380±6.3, LNAME+R= 377±9 and LNAME+G= 382±8 bpm). The variability of PI and SAPV expressed by variance were similar among groups. However, normalized LF and HF component of PIV were lower and higher, respectively, in treated groups when compared to L-Name group. In addition, sympatho-vagal balance was significantly decreased as well as sympathetic modulation of the vessels (LF from SAPV) was lower in LNAME+R and LNAME+G groups. BRS was improved only in LNAME+R rats and no differences were observed between LNAME+G and LNAME rats. GSH/GSSG ratios were higher in LNAME+R, (41±5) and LNAME+G (39±4 ) than in LNAME group (18±3 ). CONCLUSION:Resveratrol and grape juice treatment can promote cardiovascular and redox benefits even when the nitric oxide is decreased by the inhibition of nitric oxide synthase. The additional improvement observed in sympathetic modulation to the vessels (LF component of SAPV) in the rats treated only with resveratrol may be attributed to the improvement in BRS only observed in this group. Key words: Hypertension, Autonomic Control, Grape Juice, Resveratrol 28 Introduction Hypertension is a clinical condition of high prevalence and difficult control. About 7.6 million deaths worldwide are attributable to the elevated blood pressure (BP) levels. Among the risk factors for hypertension are age, gender, ethnicity, overweight, obesity, sedentary lifestyle and unhealthy eating habits (1). Furthermore, for each 20 mmHg increase in systolic BP (SBP) or 10 mmHg in diastolic BP (DBP), the risk of mortality from ischemic heart disease and stroke is doubled. On the other hand, a reduction of 5 mmHg in DBP and / or 10 mmHg in SBP may lower the risk of stroke by one-third and the risk of coronary heart disease by a sixth. (2) Therefore, strategies for changing eating dietary habits and increasing the consumption of polyphenols have been proposed to prevent or help the treatment of hypertension. In this context, the properties of resveratrol, a polyphenol found in red wine and grape juice wiith antioxidant, antiapoptotic and anti-inflammatory effects has been investigated in many studies, as it seems to prevent endothelial dysfunction. (3) Indeed, a significant decrease in BP in Korean hypertensive males was found in male subjects who ingested grape juice for 8 weeks. (4) In addition, in nephrectomized spontaneous hypertensive rats, resveratrol consumption attenuated hypertension and prevented endothelial nitric oxide synthase uncoupling. (5) However, when these rats were treated with resveratrol and LName, these benefits were no longer observed. In contrast, other studies have shown that the red wine treatment approach may prevent the increase in BP, cardiovascular remodeling and the oxidative stress in L-Name rats. (6) 29 Additionally, in rats with heart failure, resveratrol seems to both improve survival and attenuate systolic dysfunction and BP levels. (7) These benefits have been explained by the positive effect of resveratrol and other polyphenols on endothelial nitric oxide synthase expression .(8,9) However, other mechanisms such as redox balance and autonomic modulation and barorrelfex sensitivity have been poorly explored. The autonomic functional indexes such as heart rate variability, BP variability (BPV) and baroreflex sensitivity (BRS) have been regarded as important markers of mortality and organ damage, regardless of BP levels.(10,13)Indeed, this interaction between antioxidant enzymes, inflammatory conditions redox parameters and autonomic nervous system has been shown in recent studies. (14,15) However, we have not yet found any study which well covers the autonomic effects of grape juice and the association of these effects with redox parameters. The aim of this study was to evaluate the effects of resveratrol and grape juice treatments on cardiac redox parameters, BRS, heart rate and BP autonomic modulation. The demonstration of an improvement in these parameters would offer a new tool for early prevention of CVD, beginning in childhood, particulary for those with ancestral background or genetic ancestry. 30 Materials and methods Animals Experiments were performed on male Wistar rats (251±10 g), with 12 weeks of age, from the Animal Shelter at Federal University of Pelotas, Rio Grande do Sul, Brazil, receiving standard laboratory chow and water ad libitum. The animals were housed in cages with 3 or 4 animals each in a temperature-controlled room (22 °C) with a 12-h dark–light cycle. All surgical procedures and protocols used were in accordance with the Guidelines for Ethical Care of Experimental Animals approved by the International Animal Care and Use Committee. (Goldim,1997) The rats were L-Name treated and randomly assigned into 1 of 3 groups: controls, resveratrol treated and grape juice treated. Concentrations of resveratrol were calculated in order to obtain the same proportion found in grape juice (Wood Cellar House ®), and were established after analyzing the juice composition. In this analysis, we determined the amount of 0.062 mg of resveratrol per 100ml of juice. The choice of the volume to be administered to the animals was determined based on the beneficial effects found in the daily intake of 500 ml of grape juice / day for a healthy individual. (4) For the 30 days of trial duration,2 ml of the solutions were daily administered at 17h00min by gavage according to the following regimen (n=7/each):Control group (L-NAME),Resveratrol treated (L-NAME + R),Grape juice treated (L-NAME + G).In the last 7 days of treatment,at around 9h00min, they were given gavage with 60mg/kg/day L-NAME diluted in ~ 1mL of water. 31 Cardiovascular assessments After the protocol period, 2 catheters filled with 0.06mL saline were implanted into the femoral artery and vein (PE- 10) in anesthetized animals (Ketamine 80mg/kg+Xylazine 12 mg/kg) for direct measurements of BP. Rats were studied 1 day after the catheter placement; they were conscious and allowed to move freely during the experiments. An arterial cannula was connected to a strain-gauge transducer (P23Db, Gould-Statham, Oxnard, CA), and AP signals were recorded over a 30-minute period by a microcomputer equipped with an analog-to-digital converter board (Windaq, 2 kHz sampling frequency; Dataq Instruments, Inc., Akron,OH). The recorded data were analyzed on a beat-to-beat basis to quantify changes in mean AP and heart rate (HR). (16,18) Heart rate and blood pressure variability Time-domain analysis consisted of calculating mean pulse interval (PI) and diastolic BP, PI variability (PIV) and SBP variability (SPV) as the PI and SP variance from its respective time series. For frequency domain analysis, the whole 20-min time series of PI and SBP were cubic-spline-interpolated (250 Hz) and –decimated to be equally spaced in time. Following linear trend removal, power spectral density was obtained by the autoregressive method over 16,384 points with a Hanning window (512) and 50% overlapping. Spectral power for very low- (VLF 0–0.20 Hz), low- (LF 0.20–0.75 Hz), and high- (HF 0.75–3.0 Hz) frequency bands was calculated by means of power spectrum density integration within each frequency bandwidth, using a customized routine (MATLAB 7.0, Mathworks). 32 Given the fact that in freely moving animals the proportional contribution of the very low frequency component may increase in 20- minlong recordings, data were also submitted to another processing routine, whereby the 20-min recordings of the decimated PI signal (2048 points) were segmented in 2.5-min periods, and only steady segments were processed as above described. Spectral power within the low frequency component and high frequency component bands in each animal along the 20-min recordings were averaged across the 2.5-min segments and used for analysis. (19) The baroreflex sensitivity was evaluated by alpha index. The alpha index analysis evaluates short-term changes in the systolic blood pressure and in the RR interval. The coherence between the PI and the SBP signal variability was assessed by means of a cross-spectral analysis. The alpha index in the LF band was calculated only when the magnitude of the squared coherence between the PI and SBP signals exceeded 0.5 (range, 0-1). After coherence calculation, the alpha index was obtained from the square root of the ratio between PI and SBP variability in the two major LF bands Determination of oxidized (GSSG) and reduced (GSH) glutathione concentration To determine oxidized and reduced glutathione concentrations, cardiac tissue was deproteinized with 2 mol/L perchloric acid, centrifuged for 10 min at 1000 g, while the supernatant was neutralized with 2 mol/L potassium hydroxide. The medium reaction contained 100 mmol/L phosphate buffer (pH 7.2), 2 mmol/L nicotinamide dinucleotide phosphate acid, 0.2 U/mL 33 glutathione reductase, and 70 µmol/L 5,5' dithiobis (2-nitrobenzoic acid). For the determination of reduced glutathione, supernatant was neutralized with 2 mol/l potassium hydroxide in order to react with 70 µmol/l 5,5' dithiobis (2nitro benzoic acid), and the absorbance values were measured at 420 nm. (20) Statistical analysis Data are reported as means ±SEM, and ANOVA (one-way) was used to compare groups, followed by the Student– Newman–Keuls test. Pearson correlation was used to study the association between variables. Results Hemodynamic evaluations The direct BP evaluation performed at the end of the protocol was not significant different among groups in SBP (LNAME= 174±2 , LNAME+R= 176±3 and LNAME+G=173±3 mmHg), DBP, (LNAME= 138±3, LNAME+R= 141± 2 and LNAME+G 140 ±4 mmHg), mean BP (LNAME=124±4, LNAME+R= 126±3 and LNAME+G=125±4 mmHg) and heart rate (LNAME= 380±6.3, LNAME+R= 377±9 and LNAME+G= 382±8 bpm). These results indicate that hemodynamic changes induced by L-Name treatment were not modified by treatments, resveratrol or grape juice. PIV and SPV in time and frequency domains The results of PIV and SPV are presented in Figure 1. The PIV and SPV in time domain expressed by variance (PIV) were similar among groups. 34 Analyzed in the frequency domain, PIV showed that absolute LF and absolute HF power components of PIV were similar among groups. However, the normalized LF component of PIV was lower in LName + R and LNAME + G when compared to L -Name group. In addition, the normalized LF component of PIV was similar between L-NAME+R and L-NAME + G groups. The HF component of PIV was increased in L-NAME +R and LNAME + G in comparison with L-NAME. However, no significant difference between normalized HF component of L-NAME +R and L-NAME+G rats was observed. Consequently, sympathovagal balance was significantly decreased in L-NAME+R and LNAME+G groups when compared to the L-NAME group. The LF component of SPV was lower in L-NAME+R than L-NAME group while L-NAME + G rats were not different from L-NAME animals. Similarly, BRS (alpha index) was improved only in L-NAME+R rats and no differences were observed between L-NAME+G and L-NAME rats. Cardiac redox Parameters GSSG values were lower in L-NAME+R (0.0023±0.0008 mmol/gtec) and L-NAME+G (0.0026±0.0008 mmol/gtec) than in L-NAME (0.0052±0.0005 mmol/gtec) group. However, GSH values were similar among the groups LNAME+G (0.10±0.01 mmol/gtec), L-NAME+R (0.095±0.011 mmol/gtec) and L-NAME (0.08±0.01 mmol/gtec). Consequently, GSH/GSSG ratios were higher in L-NAME+R, (41±5 ) and L-NAME+G (39±4 ) than in L-NAME group (18±3 ). 35 Analysis of Correlation Correlation was carried out by associating autonomic and cardiac redox parameters (Figure 2). A positive correlation was found between GSH/GSSG ratio and PIV (r=0.88 p=0.0001). Additionally, a positive correlation was found between GSH/GSSG and alpha index (0.73 p=0.004). The simpathovagal balance and absolute LF component of SBP showed a negative correlation with GSH/GSSG (r=0.7 p=0.004 and r=0.63 p=0.01 respectively ) Discussion The present study have shown that L-NAME rats undergoing resveratrol and grape juice treatments did not present any significant attenuation of hypertension compared to those which had not undergone this treatment. However, resveratrol and grape juice treatments did promote autonomic and cardiac redox improvements. These results may be explained in the light of other findings in the literature showing the positive effects of resveratrol and other polyphenols. (9) on endothelial nitric oxide synthase. In the present study, the benefits of the treatments could probably not be associated with these positive effects, since all animals received L-NAME, a known blocker of the isoforms of nitric oxide synthases. Moreover, resvertrol may act on endothelial cells through different mechanisms such as: 1activation of Sirt 1 (silent mating type information regulation 2 homolog) and KLF2, (Krüppel-like factor 2), 2-phosphorylation mediated by AMPK (adenosine monophosphate (AMP) - activated protein Kinase) and ERK1/2 36 (extracellular – signal-regulated kinase) and 3- by enhancing antioxidant enzymes expression and lowering reactive oxygen species. (21) In this context, and given the inhibition of NO,, we believe that these other forms of resveratrol action may partially account for our results in both treated groups, L-NAME+R and L-NAME+G. As far as we know, this is the first study showing beneficial effects of resveratrol and grape juice in autonomic modulation. Our results clearly demonstrated a decrease in simpathovagal balance in both treated groups, and an additional decrease in SBP sympathetic modulation and an increase in alpha index only in resveratrol group. This finding is relevant because several other studies have reported that increased sympathetic modulation may lower BRS,, and decrease vagal modulation of the heart. These effects could be associated not only to increase in both mortality and morbidity, but also to the end organ damage. (11,22,23) Therefore, strategies wich improve BRS, and as such, attenuate autonomic disturbance can contribute to greater longevity and less targetorgan damage in hypertension. The mechanisms by which resveratrol and grape juice would promote these changes seem to be different, since sympathetic modulation of SBP and BRS was improved only in L-NAME+R group. Moreover, in our protocol, no significant difference between GSH/GSSG ratio was observed in either treated group. This result indicates that other changes in the antioxidant enzymes such as glutathione peroxidase, superoxide dismutase and thioredoxin may be related to these autonomic improvements. Another possibility is the fact that resveratrol may attenuate autonomic modulation by 37 reducing both the expression and activity of NADPH oxidase. (24) Indeed, it has been demonstrated that NADPH activation is associated with increased sympathetic nervous system modulation in physiopathological conditions such as in central inflammation.(14). Similarly, other researchers have suggested that Xanthine oxidase inhibition promotes an increase in the left ventricular function, a decrease in the catecholamine levels, an attenuation of arrhythmias and sympathetic hiperinnervation in postinfarct rat hearts. (15) Additionally, our group has shown that exercise training in SHR rats promotes a decrease in sympathetic modulation associated with decreased lipid peroxidation, and an increased in both superoxide dismutase activity and total nitrates/ nitrite ratio. (25) The positive correlation found between PIV with GSH/GSSG and barorreflex index with GSH/GSSG reinforces this hypothesis. In fact, the negative correlation between the simphathovagal balance and sympathetic modulation with GSH/GSSG suggests an interaction between autonomic modulation and cardiac redox parameters. In conclusion, our results indicate that resveratrol and grape juice treatment can promote cardiovascular and redox benefits even when the nitric oxide is decreased by the inhibition of nitric oxide synthase. The additional improvement observed in sympathetic modulation of the vessels (LF component of SPV) in the rats treated only with resveratrol may be attributed to the improvement in BRS wich was only observed in this group. Further studies should be performed to better understand the mechanisms involved in the beneficial effects of grape juice, since it may 38 represent an important CVD early prevention tool beginning in childhood and a significant addition to other prevention strategies for CVD in adults 39 References 1. WHO.: World health statistics 2009. 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There was no differences between PIV and SPV in time domain and absolute values in frequency domain among groups . However normalized index of PIV in frequency domain and baroreflex index (alpha index) shown to be altered after treatment.*p<0.05 vs. LNAME 44 Figure 2- The graphs are showing the association between GSH/GSSG ratio and autonomic indexes: PIV (Pulse Interval Variability, A) and alpha index (B) were positively correlated with GSH/GSSG raio. LFSPV (Low Frequency component of systolic pressure variability) and LF/HF (sympathovagal balance) were inversely associated with GSH/GSSG ratio 45 Introdução A Hipertensão Arterial Sistêmica é uma condição clínica de alta prevalência e difícil controle. Cerca de 7,6 milhões de mortes em todo o mundo são atribuídas a níveis elevados de pressão arterial (PA). Entre os fatores de risco para hipertensão estão idade, sexo e etnia, sobrepeso, obesidade, sedentarismo e maus hábitos alimentares.(1) Além disso, para cada aumento de 20 mmHg na pressão arterial sistólica (PAS) ou 10 mmHg na pressão arterial diastólica (PAD), dobra o risco de mortalidade por doença isquêmica do coração e acidente vascular cerebral. Por outro lado, uma redução de 5 mmHg na PAD e / ou 10 mmHg na PAS diminui o risco de acidente vascular cerebral em um terço, e o risco de doença cardíaca coronária por um sexto.(2) Portanto, estratégias para a mudança de hábitos alimentares e aumento no consumo de polifenóis têm sido propostos para prevenir ou ajudar no tratamento da hipertensão. Neste contexto, o Resveratrol é um polifenol encontrado no vinho tinto e suco de uva com efeitos antioxidantes, anti-apoptóticos e anti-inflamatórios que tem sido investigado em muitos estudos no campo cardiovascular e parece prevenir a disfunção endotelial. (3) Em um estudo com homens coreanos hipertensos, o consumo de suco de uva por 8 semanas promoveu uma diminuição significativa da PA. (4) Além disso,em ratos SHR nefrectomizados o consumo de resveratrol atenuou a hipertensão e preveniu o desacoplamento da síntese do óxido nítrico endotelial.(5) No entanto, quando estes ratos foram tratados com resveratrol e L-NAME, estes benefícios não foram observados. Em contraste, outros estudos têm mostrado que o tratamento com vinho pode prevenir o aumento 46 da PA, o remodelamento cardiovascular e o estresse oxidativo em ratos tratados com L-Name. (6 ) Em ratos com insuficiência cardíaca, o resveratrol parece melhorar a sobrevida e atenua a disfunção sistólica e os níveis de PA(7). Esses benefícios podem ser explicados, pelo efeito positivo do resveratrol e outros polifenóis na expressão da síntese do óxido nítrico pelo endotélio (8,9). Contudo, outros mecanismos como o balanço redox e a modulação autonômica e sensibilidade barorrelfexa tem sido pouco explorados. Os índices autonômicos funcionais, tais como variabilidade da freqüência cardíaca, variabilidade da pressão arterial (VPS) e sensibilidade do barorreflexo têm sido considerados importantes marcadores de mortalidade e danos em órgãos, independentemente dos níveis de PA. (10,13) De fato, a interação entre enzimas antioxidantes, condições inflamatórias, parâmetros redox e sistema nervoso autônomo tem sido demonstrado em estudos recentes. significativas sobre os associação desses efeitos (14,15) No entanto, não há informações autonômicos efeitos com do suco de parâmetros uva e a redox. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do resveratrol e do suco de uva sobre o controle autonômico da pressão arterial e da freqüência cardíaca, parâmetros redox cardíaco e sensibilidade do barorreflexo e se o bloqueio da síntese do óxido nítrico interfere nestes efeitos. A demonstração de uma melhora nesses parâmetros poderia oferecer uma nova opção para a prevenção precoce de doenças cardiovasculares. 47 Materiais e Métodos: Animais O experimento foi realizado em ratos Wistar machos (251 ± 10 g), com 12 semanas de idade, provenientes do Biotério da Universidade Federal de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. Os animais foram mantidos em gaiolas com 3 ou 4 animais cada em uma sala com temperatura controlada (22 ° C) com um ciclo claro-escuro de 12h. Todos receberam ração padrão e água ad libitum. Os procedimentos cirúrgicos e protocolos utilizados seguiram as Diretrizes de Ética em cuidados de animais experimentais. Os ratos foram tratados com L-Name e distribuídos aleatoriamente em 1 dos 3 grupos: controle, resveratrol e suco de uva. As concentrações de resveratrol foram calculadas para representar as mesmas encontradas no suco de uva (Adega Wood House ®), e foram estabelecidas após a análise de sua composição. Nesta análise, determinouse a quantidade de 0,062 mg de resveratrol por 100 ml de suco. A escolha do volume a ser administrado aos animais foi determinada com base nos efeitos benéficos encontrados na ingestão diária de 500 ml de suco de uva/ dia para um indivíduo saudável. (4) Durante os 30 dias do protocolo, diariamente às 17:00, foram administrados por gavagem 2 ml das soluções de acordo com os tratamentos (n=7/grupo): grupo controle (L-NAME), Resveratrol (L-NAME + R), suco de uva (L-NAME + S). Nos últimos 7 dias de tratamento, em torno de 9h00min, os animais receberam por gavagem 60mg/kg/day L-NAME diluído em ~ 1 mL de água. 48 Avaliações cardiovasculares Após o período do protocolo, 2 cânulas preenchidas com 0.06ml de soro fisiológico foram posicionadas no interior da artéria e veia femoral (PE10) nos animais anestesiados (Ketamina 80 mg/kg + Xilazina 12 mg/kg) para medidas diretas da PA. Os animais foram avaliados vinte e quatro horas após a cirurgia de canulação, acordados e com livre movimentação pela caixa durante os experimentos. A cânula arterial foi conectada a um transdutor (P23Db, GouldStatham, Oxnard, CA) e os sinais da PA foram gravados por um período de 30 minutos por um microcomputador equipado com um conversor analógicodigital (Windaq, freqüência de amostragem de 2000Hz por canal; Dataq Instruments, Inc., Akron,OH). Os dados registrados foram analisados batimento a batimento para quantificar as mudanças na pressão arterial média (PAM) e freqüência cardíaca (FC). (16,18) Variabilidades no Domínio da Freqüência (Análise Espectral Modelamento Auto-Regressivo) Após obtenção da análise do sinal e obtenção da série de PAS e intervalo de pulso em formato txt. ,os dados foram utilizados posteriormente na análise espectral pelo modelamento autorregressivo pelo programa Matlab 7.0 em trechos de 300 bpm, com sobreposição de 50% e modelo da ordem de 16 ( segundo critério de Akaike) . A faixa de freqüência de interesse para análise espectral no rato encontra-se no intervalo que vai de 0 até 3Hz. A potência espectral foi integrada em três faixas de freqüência de interesse: altas freqüências (AF), entre 0,75 e 3,0 Hz; baixas freqüências (BF), entre 49 0,20 e 0,75 Hz e muito baixas freqüências (MBF), menores que 0,20 Hz. Devido ao nosso tempo de coleta dos sinais de interesse para a análise espectral, esse estudo não aborda as faixas de muito baixas freqüências (MBF). Os resultados foram apresentados em seus valores absolutos e normalizados (Task Force 1998) A sensibilidade do barorreflexo foi avaliada pelo índice alfa. Este índice avalia mudanças na PAS e no intervalo RR. A coerência entre o IP e a variabilidade do sinal da PAS foi obtida através da análise espectral cruzada. O índice alfa na banda de LF foi calculado só quando a magnitude do quadrado da coerência entre o IP e a PAS foi maior do que 0,5 (variação de 0-1). Após o cálculo da coerência o índice alfa foi obtido pela raiz quadrada da razão entre a variabilidade do IP e da PAS nas duas maiores bandas de LF. Determinação da concentração de glutationa oxidada (GSSG) e reduzida(GSH) Para determinar a concentração de glutationa oxidada e reduzida, o tecido cardíaco foi desproteinizado com 2 mol/L de ácido perclórico, centrifugado por 10 min a 1000 g, enquanto o sobrenadante foi neutralizado com 2 mol/L de hidróxido de potássio. O meio de reação continha tampão fosfato 100 mmol/L (pH 7,2), 2 mmol/L de ácido fosfato de nicotinamida adenina, 0,2 U/mL de glutationa redutase, e 70 mmol/L de ácido ditionitrobenzóico. Para determinar a glutationa reduzida, o sobrenadante foi neutralizado com 2 mol/L de hidróxido de potássio, para reagir com 70 mmol/L de ácido ditionitrobenzóico. As reações foram medidas a 420 nm (Akerboom & Sies 1981 ). 50 Análise estatística Os dados são apresentados como média ± DP. ANOVA (one-way) foi utilizada para comparar os grupos, seguido pelo teste de Student-NewmanKeuls. Correlação de Pearson foi utilizada para estudar a associação entre as variáveis. Resultados Avaliações cardiovasculares A avaliação direta da PA, realizada no final do protocolo não mostrou diferenças significativas entre os grupos na PAS, assim como a frequência cardíaca (Tabela 1). Estes resultados indicam que alterações hemodinâmicas induzidas pelo tratamento com L-Name não foram modificadas por qualquer um dos tratamentos, resveratrol ou suco de uva. Variabilidade do Intervalo de Pulso e da Pressão Arterial Sistólica no domínio do tempo e da freqüência Os resultados da variabilidade do intervalo de pulso (VIP) e da pressão arterial sistólica (VPAS) são apresentados na Figura 1. A VIP e a VAPS no domínio do tempo expressas pela variância foram semelhantes entre os grupos. Analisado no domínio da freqüência, a frequência cardíaca mostrou que o LF absoluto e os componentes absolutos de potência HF da VIP foram semelhantes entre os grupos. No entanto, o componente LF normalizado da VIP foi menor nos grupos LName + R e LNAME + S quando comparados ao 51 grupo L-NAME. Além disso, o componente LF normalizado da VIP foi semelhante entre os grupos L-NAME + R e L-NAME + S. O componente HF da VIP foi aumentado em L-NAME + R e LNAME + S quando comparado com L-NAME. No entanto, não houve diferença significativa entre o componente HF normalizado de L-NAME + R e L-NAME + S. significativamente quando Conseqüentemente, diminuído comparado nos o equilíbrio simpato-vagal foi grupos L-NAME + R e LNAME + S com o grupo L-NAME. O componente LF da VPS foi menor em L-NAME + R em comparação ao grupo L-NAME enquanto o grupo L-NAME + S não foi diferente do grupo L-NAME. Da mesma forma, a sensibilidade do baroreflexo (alpha índice) foi melhorada apenas no grupo L-NAME + R e não foram observadas diferenças entre os grupos L-NAME + S e L-NAME. Parâmetros cardíacos redox Os valores de GSSG foram menores em L-NAME + R (0,0023 ± 0,0008 mmol / gtec) e L-NAME + S (0,0026 ± 0,0008 mmol / gtec) do que no grupo L-NAME (0,0052 ± 0,0005 mmol / gtec). No entanto, os valores de GSH foram semelhantes entre os grupos L-NAME + S (0,10 ± 0,01 mmol / gtec), LNAME + R (0,095 ± 0,011 mmol / gtec) e L-NAME (0,08 ± 0,01 mmol / gtec). Conseqüentemente, os índices da relação GSH / GSSG foram maiores nos grupos L-NAME + R, (41 ± 5) e L-NAME + S (39 ± 4) que no grupo L-NAME (18 ± 3) Análises de Correlação 52 Análises de correlação foram realizadas associando parâmetros redox cardíacos e autonômicos (Figura 2). Uma correlação positiva foi encontrada entre GSH / GSSG e VIP (r = 0,88 p = 0,0001). Além disso, uma correlação positiva foi encontrada entre GSH / GSSG e índice de alpha (0,73 p = 0,004). O balanço simpato-vagal e o componente LF absoluto da PAS mostraram uma correlação negativa com GSH / GSSG (r = 0,7 p = 0,004 e r = 0,63 p = 0,01, respectivamente). Discussão Os resultados obtidos no presente estudo mostraram que ratos tratados com L-NAME submetidos a tratamentos com suco de uva e resveratrol não apresentaram nenhuma atenuação significativa da hipertensão em comparação com aqueles que não foram submetidos a este tratamento. No entanto, os tratamentos com suco de uva e resveratrol promoveram melhoras autonômicas e cardíacas redox. Estes resultados podem ser explicados a luz de outros achados na literatura que mostraram os efeitos positivos do resveratrol e outros polifenóis na síntese do óxido nítrico endotelial. (9) No presente estudo, os benefícios destes tratamentos podem não estar associados com estes efeitos positivos, devido ao fato de que todos os animais receberam L –NAME, um conhecido bloqueador de todas as isoformas das sínteses de óxido nítrico. Além disso, o resveratrol pode agir em células endotelias por diferentes mecanismos, tais como: ativação de Sirt 1 (Sirtuína do tipo ) e KLF2, (Krüppel-like fator 2); fosforilação mediada por AMPK (adenosina monofosfato (AMP) - proteína ativada quinase) e ERK1 / 2 (extracelular - sinal-regulado quinase) e pela melhora da expressão de 53 enzimas antioxidantes e reduzindo espécies reativas de oxigênio.(21).Neste contexto, em função da inibição do NO, acreditamos que essas outras formas de ação do resveratrol podem explicar parte dos resultados em ambos os grupos tratados, L-NAME + R e L-NAME + S. Até onde sabemos pela literatura, este é o primeiro estudo que mostra os efeitos benéficos do resveratrol e suco de uva na modulação autonômica. Nossos resultados demonstraram claramente uma diminuição do equilíbrio simpato-vagal em ambos os grupos tratados, e uma diminuição na modulação simpática da PAS assim como um aumento do índice de alfa apenas no grupo resveratrol. Este achado é relevante porque vários outros estudos têm relatado que o aumento da modulação simpática pode diminuir a sensibilidade do barorreflexo, e a diminuição da modulação vagal. Esses efeitos podem estar associados não só ao aumento da mortalidade e morbidade, mas também a lesões de órgãos alvo.11,22,23 Portanto, estratégias que contribuam para a melhorar a sensibilidade do baroreflexo, e assim atenuar distúrbios autonômicos, podem contribuir para uma maior longevidade e menor dano em órgãos-alvo na hipertensão. Os mecanismos pelos quais o resveratrol e suco de uva poderiam estar promovendo essas mudanças parecem ser diferentes, uma vez que a modulação simpática da PAS e a sensibilidade do baroreflexo foram melhorados apenas no grupo L-NAME + R. Além disso, em nosso protocolo, não foram observadas diferenças significativas entre a relação GSH / GSSG em ambos os grupos tratados (L-NAME + R e L-NAME +S). Este resultado indica que outras mudanças no papel de enzimas antioxidantes como a glutationa peroxidase, superóxido dismutase e tioredoxina podem estar 54 relacionadas a essas melhorias autonômicas. Outra possibilidade é o fato de que o resveratrol pode atenuar a modulação autonômica reduzindo tanto a expressão quanto a atividade da NADPH oxidase. (24) De fato, tem sido demonstrado que a ativação do NADPH é associada com aumento da modulação do sistema nervoso simpático central em condições fisiopatológicas, tais como na inflamação.(14) Da mesma forma, outros autores têm sugerido que a inibição da xantina oxidase promove um aumento na função ventricular esquerda, uma diminuição dos níveis de catecolaminas, uma atenuação de arritmias e hiperinervação simpática em corações de ratos pós-infarto (15). A correlação positiva encontrada entre VIP com a relação GSH / GSSG e índice barorreflexo com relação GSH / GSSG reforça essa hipótese. De fato, a correlação negativa entre o balanço simpato-vagal e a modulação simpática com a relação GSH / GSSG sugere uma interação entre a modulação autonômica e os parâmetros cardíacos redox. Em conclusão, nossos resultados indicam que os tratamentos com resveratrol e suco de uva podem promover benefícios cardiovasculares e redox, mesmo quando a síntese do óxido nítrico está bloqueada. A melhora adicional observada na modulação simpática dos vasos (componente LF da VPAS) em ratos hipertensos tratados apenas com resveratrol pode ser atribuída à melhoria da sensibilidade do barorreflexo observada somente neste grupo. 55 Referências Bibliográficas 1. WHO.: World health statistics 2009. Geneva: World Health Organization; 2009e. 2. 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Não houve diferença entre VIP e VPS no domínio do tempo e nos valores absolutos no domínio da freqüência entre os grupos. Entretanto, o índice normalizado de VIP no domínio da freqüência e o índice do barorreflexo (alfa índice) mostraram alteração após o tratamento .*p<0.05 vs. LNAME 60 Figura 2- Os gráficos mostram a associação entre a relação GSH/GSSG e indices autonômicos: VIP (Variabilidade do Intervalo de Pulso) (A) e alfa índice (B) foram positivamente correlacionados com a relação GSH/GSSG. LFSPV (Componente LF da variabilidade da pressão sistólica) e LF/HF (equilíbrio simpato-vagal) foram inversamente associados com a relação GSH/GSSG. 61 6 APÊNDICE I 62