3 2 4 Sindicatos condenam despedimento abusivo
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3 2 4 Sindicatos condenam despedimento abusivo
A nossa força está na nossa união! Sector da construção Cursos em Portugal e Espanha são um sucesso 2 Hotelaria e restauração Subsídio de desemprego Lançamento da campanha «Formação vale a pena» Os direitos de trabalhadores desempregados 3 4 Nr. 3 | April 2009 | português Erscheint als Beilage zur Zeitung «work» | Redaktion T +41 31 350 21 11, F +41 31 350 22 11 | [email protected] | www.unia.ch Manor desrespeita os direitos de livre expressão e liberdade sindical 1° de Maio Combater a crise, defendendo emprego e seguros sociais! Na origem da crise estão gestores e bancários, a quem apenas o lucro importa. Enquanto esses perdem a sua reputação, os trabalhadores perdem o seu emprego e a segurança. No dia 1 de Maio vamos sair à rua e dizer basta! A solução para a crise não tem que ser encontrada à custa dos ‘mais pequenos’. Políticos e patrões têm que assumir responsabilidade. Este ano, no Dia Internacional do Trabalhador – o 1° de Maio, os sindicatos exigem que, perante os efeitos nefastos da crise, o patronato, o governo e os políticos tomem medidas que favoreçam a população, em geral, e os trabalhadores assalariados, em particular. As soluções apresentadas não podem simplesmente continuar a beneficiar uma pequena elite de poderosos, enquanto que os interesses daqueles que dependem do seu trabalho e salário para sobreviver continuam a ser negligenciados. Por isso, as reivindicações apresentadas pela União dos Sindicatos Suíços (USS) de combate à crise passam pela defesa do emprego e dos seguros sociais. A USS reivindica, entre outros: Medidas alternativas ao despedimento. Sempre que possível, as empresas devem evitar o despedimento e recorrer a outras medidas, como a redução do tempo de trabalho. I Uma ofensiva de formação contínua. Os trabalhadores devem ter oportunidade de fazer formação, I com apoio de dinheiros públicos. Um programa de investimento de pelo menos 5 mil milhões de francos. A ajuda financeira não pode ser apenas a favor dos bancos. Os lucros dos anos de prosperidade económica devem ser investidos na criação de emprego. I O reforço do poder de compra. Os prémios dos seguros de doença devem ser estabilizados, os abanos de família aumentados e os salários reforçados. Tais medidas conduzirão a um maior poder de compra por parte de pessoas com rendimentos baixos e médios. I A eficácia do seguro de desemprego. O desmantelamento deste benefício social deve ser combatido. I A defesa dos seguros de invalidez e velhice. São os mais fracos, pessoas com incapacidades de trabalho e reformados, que mais apoio necessitam. I Defesa do seguro do 2° pilar, caixa de pensões. Este seguro não pode ser sujeito a cortes ao nível da taxa de conversão e de juros, pois tal significa uma perda de dinheiro para os segurados. Sindicatos condenam despedimento abusivo I A USS apela a todos para que no 1° de Maio saiam à rua e juntos reivindiquem medidas sustentáveis de combate à crise. Um pouco por toda a Suíça realizar-se-ão manifestações e diversos eventos. Para informações mais concretas sobre o programa na sua região, dirija-se à secção local do Unia. Participe nos festejos do 1° de Maio! Lutemos juntos por mais justiça e equidade social! A nossa força está na nossa união! Em várias cidades suíças, o Unia levou a cabo protestos frente às filiais da Manor. A grande superfície Manor, em Genebra, despediu uma das suas empregadas, por esta ter falado em defesa dos direitos laborais no seu ramo de trabalho. Numa conferência de imprensa, o sindicato Unia e a União dos Sindicatos Suíços (USS) exigiram a retirada deste despedimento abusivo. Em meados de Fevereiro, Marisa Pralong, empregada da grande superfície Manor na cidade de Genebra e representante do pessoal do ramo do comércio na comissão paritária, foi despedida. As razões apresentadas pelo empregador, na carta de despedimento, relacionam-se com as declarações que Marisa terá feito ao jornal «Tribune de Genève» em nome das/os empregadas/os do comércio, em relação às condições de trabalho e aos horários prolongados. Apesar de nessas declarações nunca ter sido mencionado o nome do armazém Manor, este alega que a sua empregada se revelou desleal para com o seu empregador. Contudo, esta razão será apenas uma desculpa encontrada pela empresa para se ver livre de uma trabalhadora que durante anos se empenhou na defesa dos direitos laborais no seu local de trabalho. O seu despedimento surge no momento em que os 140 empregados/as da Manor, em Genebra, exigiam que se constituísse uma comissão de pessoal. Ataque contra os direitos sindicais «O despedimento de Marisa Pralong é um ataque contra os direitos sindi- cais e os sindicatos em geral», afirmou Paul Rechsteiner, Presidente da USS na conferência de imprensa do dia 2 de Março, em Genebra, denunciando, assim, este despedimento abusivo. O Co-Presidente do Unia, Andreas Rieger, também, reivindicou a retirada do despedimento e exigiu a readmissão de Marisa. «Não podemos nem devemos aceitar que o direito à livre expressão de opiniões de sindicalistas sejam desrespeitados.», sublinhou Rieger. O despedimento levado a cabo pela Manor é, de facto, abusivo e desrespeita as regulamentações do Contrato colectivo de trabalho, bem como da legislação que defendem que um despedimento por motivos de actividade sindical não deve ocorrer. Em defesa dos direitos laborais «Como vendedora e militante sindical tenho o direito de me pronunciar sobre os horários de trabalho prolongados que afectam o pessoal do ramo do comércio, em determinadas épocas, como o Natal’, disse Marisa Pralong na conferência de imprensa. «Estou convencida de que tenho uma excelente profissão. Mas estou, igualmente, convencida de que vou continuar a empenhar-me na defesa e melhoria dos direitos laborais no ramo do comércio», fez questão de salientar. horizonte Notícias breves Lidl Instala-se na Suíça: Unia controla condições de trabalho A cadeia de supermercados Lidl é conhecida como mau empregador, por não cumprir com determinadas regulamentações laborais e fazer uso de práticas pouco correctas. Ao instalar-se na Suíça, os responsáveis da Lidl alegam respeitar as normas vigentes e oferecer boas condições laborais, não aceitando, contudo, negociar um contrato colectivo de trabalho (CCT) com os sindicatos. O Unia exige da Lidl postos de trabalho a tempo inteiro, salários mínimos mais elevados para o pessoal com e sem aprendizagem e um CCT. O Unia vai continuar a observar e controlar as condições de trabalho dentro desta empresa. Clariant anuncia despedimento em massa: Unia e comissão do pessoal lutam contra despedimentos Perante o anúncio, da empresa Clariant, na região de Basileia, de reduzir o pessoal e levar a cabo despedimentos em massa, o Unia, em conjunto com a comissão dos trabalhadores, está a levar a cabo medidas de luta. Uma das reivindicações é que a direcção adopte outras mediadas para fazer face à baixa de produção, como a redução do tempo de trabalho, e evitar os despedimentos. Após alguma pressão exercido pelo Unia e as acções de protesto por parte dos trabalhadores, os gestores da Clariant já sinalizaram alguma disponibilidade para entrar em conversações com os mesmos. Indústria alimentar: Unia reivindica aumentos salariais A conferência profissional do ramo da indústria alimentar do Unia fez um balanço positivo em relação aos aumentos salariais alcançados para 2009 que se situaram entre 2.6 e 3.1%. De registar é ainda que em várias empresas foi introduzido um aumento considerável ao nível dos salários mínimos e procurou-se acertar diferenças salariais. No entanto, o Unia exige para as próximas rondas negociais uma compensação salarial para o custo de vida e uma subida real dos salários para 2010. 2 Nr. 3 | April 2009 | português Resolução de combate à crise A crise são eles, nós somos a solução Cerca de 600 delegados do Unia, de mais de 50 empresas do sector da indústria, aprovaram, no dia 9 de Março, numa resolução um programa de 10 pontos de combate à crise. Depois de uma manifestação, no centro de Berna, entregaram a um representante da Ministra das Economia a resolução. Vindos dos mais variados pontos da Suíça, reuniram-se, no dia 9 de Março, em Berna, cerca de seis centenas de delegados sindicais do sector da indústria, entre eles muitos migrantes. O principal objectivo desta reunião era, por um lado, chamar a atenção da opinião pública para os problemas de um O descontentamento dos trabalhadores foi levada à rua. sector que em muito está a ser afectado pela crise económica, e por outro lado, protestar contra as decisões políticas tomadas neste contexto. «Estamos fartos!», «Agora chega!», «Não temos que ser nós a pagar pelos erros dos directores financeiros!», foram algumas das palavras de ordem ouvidas durante a reunião e o protesto. Na sequência de algumas intervenções e de uma acesa discussão, foi aprovada uma reso- lução, sob o título ‘A crise são eles, nós somos a solução’., que salienta a responsabilidade dos políticos e do governo em proteger os assalariados e a economia real dos erros dos especuladores financeiros. Propostas concretas Foi aprovado um programa de combate à crise que inclui medidas concretas que devem ser postas em prática. Entre elas está um pacote de in- vestimento de mais de 5 mil milhões de francos para uma reconstrução ecológica, bem como crédito facilitado para pequenas e médias empresas e para a promoção de projectos inovadores na indústria e tecnologia. Outros pontos centrais do programa são uma ofensiva a nível da formação profissional contínua, redução do tempo de trabalho em vez de despedimentos, a obrigação de um plano social em casos de despedimentos em massa, o reforço do poder de compra dos trabalhadores, e um fim ao desmantelamento dos seguros sociais. Depois de um protesto no centro de Berna que terminou na Praça federal, os delegados sindicais entregaram a um representante da Conselheira federal e Ministra da Economia, Doris Leuthard, a resolução com as reivindicações, na esperança de que a Ministra tenha as mesmas em conta e as concretize. A Comissão de Migração do sindicato Unia reivindica Medidas para proteger os postos de trabalho A Comissão de Migração do sindicato Unia reivindica uma ofensiva em matéria de formação para trabalhadores menos qualificados, o reconhecimento de diplomas obtidos no estrangeiro e medidas de luta contra a discriminação dos migrantes no mundo do trabalho. Na sua reunião do passado dia 3 de Março, a Comissão de Migração do Unia expressou a sua preocupação pelo facto de serem os grupos mais débeis, ou seja, os jovens, as mulheres e os migrantes, os primeiros a sofrer as consequências da actual crise económica e atingidos de forma mais directa pelo desmantelamento das condições de trabalho. A situação pode tornar-se ainda mais dramática para pessoas provenientes de países não pertencentes à União Europeia que ao perderem o seu posto de trabalho, podem vir a não renovar a sua permissão de estadia. O medo de perder essa garantia faz com que numerosos trabalhadores se sujeitem a postos de trabalho especialmente precários. Mais direitos para trabalhadores migrantes Os membros da Comissão de Migração esperam que, tal como prometeram as autoridades competentes, se continue a melhorar as medidas de acompanhamento e se intensifique os controlos salariais nas empresas. Por outro lado, deve se seguir lutando contra a discriminação dos migrantes no mundo do trabalho. Neste sentido, é especialmente importante o reconhecimento de diplomas obtidos no estrangeiro, de modo a evitar tratamento e salários desiguais entre trabalhadores qualificados suíços e estrangeiros. A referida Comissão exige ainda uma ofensiva em matéria de formação, principalmente para pessoal menos qualificado, para que os postos de trabalho possam ser mantidos. Cursos para trabalhadores da construção em Portugal e Espanha Mais vantagens graças à formação Igualdade salarial: Unia participa na jornada de acção ‘Equal Pay Day’ No passado dia 10 de Março decorreu por toda a Suíça, bem como em outros países europeus, uma jornada de acção, ‘Equal Pay Day’ (dia de pagamento igual), a favor da igualdade salarial entre homens e mulheres. O Unia também participou, distribuindo no total 10 000 sacos de compras vermelhos. Os referidos sacos faziam referência à diferença salarial que continua a ser marcante – as mulheres continuam a ganhar, em média, 19% menos que os homens por trabalho igual. O Unia reivindica junto das empresas a eliminação desta discriminação e a adopção de mediadas que conduzam à igualdade salarial. Participantes dos cursos em 2009 no CICCOPN em Avioso, Porto. Os muito apreciados cursos de formação contínua para trabalhadores da construção integrados nos projectos ‘Projecto Portugal’ e ‘Operación España’ são este ano, de novo, um grande sucesso. Foi isto que comprovou a delegação do fundo paritário da construção (Parifonds Bau), na sua visita aos centros de formação em Portugal e Espanha. «Para além dos conhecimentos técnicos e do aumento salarial, este curso também contribui muito para a nossa valorização pessoal e profissional», afirmou João M., um dos participantes dos cursos de 2009. O seu colega. Luís A., acrescentou ainda: «Outra vantagem é que o curso é na nossa própria língua. Assim, compreendemos tudo e facialmente esclarecemos dúvidas e mal-entendidos. Seria bom que houvesse mais cursos assim». De facto as vantagens desta formação são numerosas: obtenção de um certificado profissional suíço; maiores conhecimentos técnicos; melhor integração no mercado de trabalho suíço; prolongamento do contrato de trabalho para o ano seguinte; e subida de categoria profissional (classe salarial A) com correspondente aumento salarial, em alguns casos cerca de Fr. 1000 de diferença por mês. Um projecto muito válido Na sua visita aos centros de formação em Ateixo (Espanha) e em Avioso (junto ao Porto), e no Prior Velho (uma zona de Lisboa), a delegação do Parifond Bau, constituída por elementos da direcção desta organização, bem como por representantes da Sociedade dos empreiteiros suíços e dos sindicatos, constatou que este projecto é muito válido para todas as partes: trabalhadores, patronato e instituições portuguesas e espanholas. E todos foram unânimes em considerar que os mesmos devem ser defendidos, já que o seu sucesso é muito relevante. «Para o nosso centro este projecto de cooperação com a Suíça é muito importante. E os participantes são um exemplo para outros formandos. Estamos muito satisfeitos com o seu comportamento, empenho e moti- vação», declarou o Engenheiro Sampaio, director do CICCOPN, o centro de formação em Avioso. Há mais de vinte anos que este projecto se desenvolve e com grande sucesso. Cerca de dois mil trabalhadores já beneficiaram desta formação. Este ano, foram cerca de 80 os participantes dos cursos. O sindicato Unia continuará, de futuro, a defender de forma determinante o ‘Projecto Portugal’ e a ‘Operación España’. O Unia vê nesta iniciativa uma importante forma de contribuir para uma melhor formação e valorização profissional de trabalhadores migrantes da construção, bem como para a sua integração laboral e social na Suíça. Margarida Pereira horizonte Sector da limpeza na Suíça alemã Prevenção de acidentes Soluções por ramos profissionais são vantajosas O sector da limpeza conta, a partir do início deste ano, com algumas alterações importantes, nomeadamente: I Aumento dos salários mínimos (para todas as categorias, ver tabela), I 75% do 13° salário mensal para a limpeza de manutenção (+25%), I Aumento do subsídio de almoço para 16.– Fr., a partir de 6 horas de trabalho diário. Há cerca de 10 anos está em vigor a regulamentação da segurança de trabalho da Comissão federal para a segurança laboral. A mesma regulamenta a função de médicos e outros especialistas da segurança de trabalho e contribui para a constituição de sistemas de segurança dentro das empresas. 13° mês Mais segurança graças a ‘soluções por ramos’ Sucesso no ramo do trabalho com andaimes «Podemos referir que no ramo do tra- Mais salário para 2009 No sector da limpeza, nos cantões da Suíça alemã, foram estabelecidos os aumentos salariais para 2009, bem como algumas alterações ao nível do 13° mês e subsídio de almoço. Uma estatística da Suva prova que as medidas tomadas no ramo do trabalho com andaimes levaram a uma redução marcante dos riscos de acidentes nas obras. A parceria social no âmbito da segurança do trabalho e protecção de saúde tem conduzido a resultados positivos. As medidas de segurança têm como propósitos contribuir para a melhoria da protecção de saúde e segurança de trabalho, e evitar os acidentes laborais. As mesmas são postas em prática em muitas empresas através das chamadas ‘soluções por ramos profissionais’. Neste âmbito os sindicatos, em parceria com as associações patronais, elaboram os princípios e as bases da regulamentação a aplicar em relação à prevenção de acidentes de trabalho, doenças profissionais, problemas de saúde decorrentes da actividade laboral para determinados ramos. O sindicato Unia participa na elaboração das chamadas ‘soluções por ramos’ em mais de 20 casos, entre eles a que diz respeito ao ramo do trabalho com andaimes. 3 Nr. 3 | April 2009 | português É possível evitar accidentes. Em relação ao 13° mês, o pessoal pertencente à categoria profissional da limpeza de manutenção tem direito a 0,75 do salário mensal, o que corresponde a 6,25% sobre o salário pago à hora. Empregados/as das categorias de limpezas especiais e limpezas de hospitais recebem o 13° mês na totalidade, ou seja, 8,33% sobre o salário à hora. Devolução de 0,4% do salário aos sócios sindicais A ter em conta é que aos associados do Unia é devolvido o desconto salarial de 0,4% respeitante à contribuição profissional, utilizada para o controlo do Contrato Colectivo de Trabalho (CCT) e a formação profissional. Novo CCT para 2010 As negociações para o novo CCT em 2010 para este sector já tiveram o seu início e decorrem neste momento. Todos/as os/as trabalhadores/as do sector e sócios sindicais podem participar neste processo, através de grupos e assembleias profissionais do Unia. Para mais informações a este respeito, poderá entrar em contacto com o seu secretariado sindical. Pode contar com mais salário. balho com andaimes atingimos sucesso», diz Dário Mordassini, perito no âmbito da saúde e segurança do trabalho, do Unia. A estatística da Suva em relação aos acidentes laborais mostra claramente que, nos últimos anos, o número de acidentes ocorridos no local de trabalho entre trabalhadores do ramo acima referido reduziu drasticamente. É de salientar que são as empresas que têm aplicado ‘as soluções por ramo’ que apresentam o número mais baixo de acidentes. Estes resultados são encorajadores e vêm reforçar a convicção de que a parceria social entre sindicatos e associações patronais na elaboração de mais ‘soluções por ramos’ e a utilização das mesmas por parte de mais empresas são importantes, considera Moradissini. Referendo contra o corte das pensões do 2° pilar Atingimos o número de assinaturas suficiente A recolha de assinaturas foi bem recebida pela população em geral. O referendo contra a redução das reformas da caixa de pensões está a ser muito bem acolhido pela população suíça. O sindicato Unia conseguiu, antes da data prevista, recolher as assinaturas necessárias para levar avante o mesmo. mento positivo que a população suíça está a revelar perante esta iniciativa mostra bem que os cidadãos não estão dispostos a pagar pelos erros cometidos pelos gestores do dinheiro depositado nas caixas de pensões e nas companhias de seguros, não querendo aceitar uma redução das suas pensões. Em apenas 100 dias, isto é metade do prazo previsto para a recolha de assinaturas, o Unia conseguiu reunir quase a totalidade das assinaturas necessárias para apresentar o referendo contra a modificação da Lei de previdência profissional, aprovada pelo Parlamento para reduzir a taxa de conversão para 6,4%, até 2015. O acolhi- A entrega das assinaturas A entrega das assinaturas na Chancelaria federal está prevista para o próximo dia 8 de Abril. Antes desta data é importante que assinaturas que ainda estão a ser reunidas sejam enviadas para o secretariado central do Unia (Unia-Zentralsekretariat, Weltpoststrasse 20, Postfach 272, 3000 Bern). Salários mínimos para 2009 (salários por hora): Categoria: Limpeza de manutenção (por ex. escritórios) Anos de serviço Limpeza de hospitais Anos de serviço Limpeza especial (por ex. obras) Anos de experiência profissional ou diploma I 16.70 Fr. até 3 anos 17.10 Fr. até 3 anos 19.10 Fr. até 4 anos II 16.90 Fr. 4 a 6 anos 17.50 Fr. 4 a 6 anos 21.60 Fr. mais de 5 anos III 17.20 Fr. mais de 7 anos 17.90 Fr. mais de 7 anos 26.00 Fr. Certificado federal de aptidão Hotelaria-Restauração Lançamento da campanha «Formação vale a pena» O Unia quer aumentar e dar a conhecer ao pessoal da hotelaria e restauração, através de uma ampla campanha nacional, as ofertas de formação existentes no sector. língua. Para Mauro Moretto, responsável pelo sector da hotelaria e restauração do Unia, é importante a organização destes cursos para o pessoal do sector. «Uma grande parte das pessoas que trabalha na ho- Segundo as estatísticas 37% das pessoas que trabalham no sector da hotelaria e restauração carecem de estudos de formação profissional. Desde há alguns anos, o Unia vem organizando com êxito, conjuntamente com os centros de formação Ecap e Formazione, diferentes cursos para pessoas Formação na hotelaria e restauração traz vantagens. que trabalham no sector. Os bons resultados desta telaria e restauração é migrante, iniciativa dão relevância à im- com poucos conhecimentos da línportância de cursos específicos, gua local. Partimos da ideia de que, adaptados a necessidades de for- também, no futuro este sector emmação e horários laborais compatí- pregará mais migrantes. O Unia veis. Por isto, o Unia quer aumentar quer apoiar a formação profissional a sua oferta de cursos profissionais, dessas pessoas. O que só será possípor um lado, pondo em marcha os vel se, primeiramente, se lhes facilimesmos em regiões aonde ainda tar a aprendizagem da língua local», não existem. Por outro lado, pre- afirma Moretto. tende ampliar a oferta dos cursos de A formação como chave de integração no mundo laboral Melhores conhecimentos profissionais e linguísticos ajudam a aumentar a qualidade do trabalho e a integração no mundo laboral. Destes factos beneficiam tanto os trabalhadores, como as empresas. Com a sua ampla campanha de formação, o Unia quer dar a conhecer as diferentes possibilidades de formação existentes e divulgar melhor o seu programa de formação. Para tal, está a ser distribuido um flyer, em várias línguas, entre o pessoal do sector com o título ‘a formação vale a pena’ (em francês «La formation, ça paie» e em alemão «Bildung lohnt sich»). O referido flyer, assim como informação sobre os cursos de formação podem ser obtidos nos escritórios do Unia. E não se esqueça: os filiados e as filiadas do Unia podem frequentar cursos gratuitamente ou a um preço reduzido! Montaña Martín horizonte Pergunte, que nós respondemos Despedimento abusivo Trabalho desde o dia 1 de Março de 2008 a fazer quartos num pequeno hotel de Montreux e ganho 3 400 francos brutos mensais. Nos finais de Fevereiro de 2009, fui informada pelo Unia que na hotelaria e restauração, a partir do sétimo mês de trabalho, temos direito a 50% do 13° mês e que o meu chefe me deveria ter pago 566.66 francos com os salário de Dezembro. A 10 de Março informei-o e ele disse-me que teria que ver com o contabilista. A 18 de Março, o chefe informou-me de que eu tinha razão e que me pagaria a parte correspondente ao 13° mês no final deste mês. Acrescentou, ainda, que por dificuldades económicas não podia continuar a dar-me trabalho e que tinha que me despedir para finais de Abril. Eu acredito que o despedimento não é motivos económicos, mas sim por eu ter reclamado o 13° mês. O chefe pode despedir-me por eu fazer valer os meus direitos? Posso fazer alguma coisa contra o despedimento? O direito ao subsidio de desemprego Segundo o artigo 336 do Código de Obrigações (CO) suíço classifica-se como abusivo o despedimento cujo motivo vá contra a boa fé dos direitos resultantes do contrato de trabalho. Se está convencida de que a despediram por ter feito valer os seus direitos, tem que protestar contra o despedimento por escrito antes de terminar o pré-aviso de despedimento. No caso de não chegar a um acordo com o chefe para poder continuar a trabalhar, pode apresentar dentro dos 180 dias posteriores à extinção do contrato queixa em tribunal, solicitando uma indemnização que pode ir de um a seis meses de salário e que será fixada pelo juiz. Lamentavelmente, segundo a legislação laboral suíça, não é possível exigir a reintegração laboral. Nestes casos também tem que ser o trabalhador a provar que o chefe o despediu por ter reclamado um direito. As provas que se exigem são testemunhos ou um anúncio de trabalho que confirmem que o empregador contratou outra pessoa para fazer o mesmo trabalho. Com consequência da actual crise económica, o número de pessoas que é despedida e perde o seu posto de trabalho aumenta de dia para dia. Importante para quem se encontra em tal situação é conhecer os direitos e deveres relacionados com o subsídio de desemprego. Aqui fica um resumo dos pontos principais. Tem direito às prestações do fundo de desemprego quem cumprir os seguintes pré-requisitos: Desemprego Tem que se estar desempregado de forma total ou parcial. Poderá também contar como desempregado se se tiver um trabalho a tempo parcial e procurar trabalho a tempo inteiro. Importante: só conta como desempregado a partir do momento em que se inscrever no centro de desemprego (RAV/ORP). Tempo de quotização Tem que se ter feito descontos salariais durante, pelo menos, 12 meses nos últimos dois anos, independentemente de se ter trabalhado a tempo parcial ou completo. Para as mulheres que decidam interromper a sua actividade laboral para se dedicarem ao cuidado e educação dos filhos, existem regras especiais. Quando é que se considera um despedimento abusivo? Na Suíça existe a liberdade de despedimento e pouco se pode fazer contra um despedimento. Contudo, se é despedido por ter feito valer os seus direitos ou por assistir a uma reunião do sindicato, então pode se defender. Falta de período de quotização Casos existem em que o direito ao subsídio de desemprego é atribuído sem se ter descontado nos últimos dois anos para o fundo do desemprego. Esses casos podarão ser os seguintes: casos de doença, estudos, divórcio, falecimento do cônjuge, perda de uma pensão de invalidez. Nestas situações a pessoa deverá dirigir-se directamente aos centros regionais de emprego ou às caixas de desemprego (o Unia também tem uma caixa de desemprego que lhe poderá dar informações sobre o seu caso). Um despedimento é abusivo sempre que se observe uma das causas enumeradas no artigo 336 do Código de Obrigações suíço. Os motivos mencionados no citado artigo são múltiplos e vão desde motivo inerentes à personalidade do trabalhador (por exemplo o sexo, a idade, a orientação sexual, etc.) até motivos relacionados com o exercício de direitos que correspondem à participação num sindicato ou num comité de empresa, ou de fazer valer os seus direitos laborais. Também é considerado abusivo o despedimento em massa que viole as regras relativas ao procedimento de consulta. O que deve fazer nestes casos? Perante um despedimento abusivo deve se protestar por escrito de forma imediata e antes de terminar o prazo do pré-aviso do despedimento. No caso de não se chegar a um acordo com a empresa, o trabalhador poderá apresentar uma queixa em tribunal dentro dos 180 dias posteriores ao final do contrato de trabalho e exigir uma indemnização. No caso de ficar provado que o despedimento é abusivo, o juiz decide a favor de uma indemnização que pode ir até seis meses de salário. A anulação do despedimento e a posterior reintegração no posto de trabalho não são possíveis. Viver na Suiça Tem que se viver na Suíça. No caso de se ser estrangeiro/a tem que se ter uma autorização de estadia ou de residência válida. Grande manifestação em Lisboa Sabia que como membro do Unia tem direito a formação sindical? O descontentamento dos portugueses foi bem patente na manifestação em Lisboa. Este ano organizamos dois cursos em língua portuguesa, a nível nacional, para todos os sócios e as sócias que têm interesse em aprofundar os seus conhecimentos em matérias sindicais e conhecer melhor os seus direitos como trabalhadores. Curso sindical em língua portuguesa A CGTP, a maior central sindical portuguesa, organizou, no passado dia 14 de Março, uma grande manifestação em Lisboa. Para além das criticas às políticas do governo, nomeadamente ao novo Código de Trabalho, foram também denunciadas as atitudes dos patrões que aproveitam a situação de crise para praticar ilegalidades de toda a ordem e reduzir os custos do trabalho, baixando salários e transferindo encargos para a Segurança Social, através do recurso ao lay-off. Tema: Trabalho saudável I I Governo ignora protestos A manifestação foi uma grande demonstração da força popular, que é a força da democracia de resposta ao desemprego, ao trabalho precário, ao abuso enorme que se instalou na sociedade portuguesa. O protesto contra o aumento do desemprego, da precariedade e da injustiça social e a favor de mais emprego e direitos soou bem alto, pelas ruas da capital portuguesa, no passado dia 14 de Março. Contudo, é de esperar que o governo e os senhores do poder continuem a fazer ‘orelhas moucas’ à voz do povo! Estar em idade de trabalhar Tem que se ter terminado a escolarização obrigatória e não se pode ter alcançado a idade da reforma ou estar a receber uma reforma de velhice. Estar apto a trabalhar Tem que se estar em situação de poder trabalhar e de aceitar um trabalho adequado, assim como participar nas medidas de integração no mercado de trabalho. Cumprir com as normas de controlo Tem que se comparecer pontualmente às reuniões e cursos que sejam facultados pelo RAV/ORP, entregar nos prazos estipulados toda a documentação exigida e fazer todo o possível para acabar com a sua situação de desempregado, seguindo as indicações do responsável do RAV/ORP. Cursos de formação para sócios sindicais Por mais emprego e direitos Com o lema «Mudar de Rumo, Mais Emprego, Salários e Direitos», 200.000 portugueses e portuguesas encheram a Avenida da Liberdade em Lisboa. Foi uma das maiores manifestações deste tipo, nos últimos tempos, em Portugal. 4 Nr. 3 | April 2009 | português O trabalho não deve prejudicar a saúde. Aplicar as regulamentações relativas à protecção da saúde e segurança no trabalho significa melhorar as condições laborais. O que os membros sindicais e sócios activistas podem fazer. Datum 13./14.06.2009, Hotel Freienhof, Thun 12./13.09.2009, Hotel Préalpina, Chexbres Inscrições As inscrições podem ser feitas nos secretariados do Unia ou directamente com através do e-mail: [email protected]. O número de lugares é limitado, portanto, inscreva-se o mais rapidamente possível. As despesas com custos inerentes ao curso, à estadia e viagem serão cobertos pelo sindicato. Beilage zu den Gewerkschaftszeitungen work, area, Événement syndical | Herausgeber Verlagsesellschaft work AG, Zürich, Chefredaktion: Marie-José Kuhn; Événement syndical SA, Lausanne, Chefredaktion: Alberto Cherubini; Edizioni Sociali SA, Lugano, Chefredaktion: Françoise Gehring Amato | Redaktionskommission M. Akyol, M. Pereira, D. Filipovic, H. Gashi, M. Martín | Sprachverantwortliche Margarida Pereira | Layout Simone Rolli, Unia | Druck Ringier Print, Adligenswil | Adresse Redaktion «Horizonte», Weltpoststrasse 20, 3000 Bern 15, [email protected] www.unia.ch
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