Leucomalácia Periventricular - Digimax
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Leucomalácia Periventricular - Digimax
XX Reunião Clínico-Radiológica “ Dr. RosalinoDalasen” www.digimaxdiagnostico.com.br/ Identificação • S.H.P., masculino, 7 dias de vida • Prematuro (IG 31 sem; PN 1250g) • Realizada cesariana por DPP (gestante com DHEG e em tratamento para ITU) Achados anormais no US transfontanelar do RNPT Hemorragia periventricular Leucomalácia periventricular • US transfontanelar Dilatação ventricular Hidrocefalia 7 dias 7 dias ULTRASSONOGRAFIA TRANSFONTANELAR Substância branca periventricular dos lobos occipitais ligeiramente isoecogênica em relação aos plexos coroides (“Flaring”?). Tal achado pode estar desprovido de significado clínico ou estar relacionado à leucomalácia periventricular da prematuridade leve (grau I). Sugere-se controle ultrassonográfico em uma semana para elucidação diagnóstica. Demais áreas do parênquima cerebral com textura e ecogenicidade habituais. Eco da linha média centrado. Imagem anecogênica identificada entre os cornos occipitais dos ventrículos laterais, podendo corresponder ao Cavum vergae (variação anatômica). Ventrículos laterais e III ventrículo apresentando forma, tamanho e ecogenicidade habitual. Regiões talâmicas apresentando aspecto ecográfico característico, com ecogenicidade e ecotextura preservadas. Fossa posterior com IV ventrículo e cerebelo de apresentação habitual. 2 semanas ULTRASSONOGRAFIA TRANSFONTANELAR Substância branca periventricular dos lobos occipitais permanecem ligeiramente isoecogênica em relação aos plexos coroides, sendo mais evidente a esquerda. Tal achado pode estar relacionado à leucomalácia periventricular da prematuridade leve (grau I). A critério clínico, sugere-se controle ultrassonográfico em duas semanas. Demais áreas do parênquima cerebral com textura e ecogenicidade habituais. Eco da linha média centrado. Imagem anecogênica identificada entre os cornos occipitais dos ventrículos laterais, podendo corresponder ao Cavum vergae (variação anatômica). Ventrículos laterais e III ventrículo apresentando forma, tamanho e ecogenicidade habitual. Regiões talâmicas apresentando aspecto ecográfico característico, com ecogenicidade e ecotextura preservadas. Fossa posterior com IV ventrículo e cerebelo de apresentação habitual. 4 semanas 4 semanas ULTRASSONOGRAFIA TRANSFONTANELAR Substância branca periventricular dos lobos occipitais apresenta-se menos ecogênica em relação ao exame prévio, estando no presente estudo hipoecogênica em relação aos plexos coroides, sugerindo processo resolutivo habitual da leucomalácia periventricular da prematuridade leve (grau I). Demais áreas do parênquima cerebral com textura e ecogenicidade habituais. Eco da linha média centrado. Imagem anecogênica identificada entre os cornos occipitais dos ventrículos laterais, podendo corresponder ao Cavum vergae (variação anatômica). Ventrículos laterais e III ventrículo apresentando forma, tamanho e ecogenicidade habitual. Regiões talâmicas apresentando aspecto ecográfico característico, com ecogenicidade e ecotextura preservadas. Fossa posterior com IV ventrículo e cerebelo de apresentação habitual. 8 semanas 8 semanas ULTRASSONOGRAFIA TRANSFONTANELAR Não se identifica mais alterações na ecogenicidade da substância branca periventricular dos lobos occipitais, como descrito em exames prévios. Parênquima cerebral com textura e ecogenicidade habituais. Eco da linha média centrado. Imagem anecogênica identificada entre os cornos occipitais dos ventrículos laterais, podendo corresponder ao Cavum vergae (variação anatômica). Ventrículos laterais e III ventrículo apresentando forma, tamanho e ecogenicidade habitual. Regiões talâmicas apresentando aspecto ecográfico característico, com ecogenicidade e ecotextura preservadas. Fossa posterior com IV ventrículo e cerebelo de apresentação habitual. Leucomalácia periventricular • Refere-se à necrose da substância branca dorsal e lateral dos ângulos externos dos ventrículos laterais (centro semioval e radiações ótica e acústica). • Estes locais correspondem a zonas fronteiriças entre ramos penetrantes da ACM e a ACP ou a ACA. • Acomete RNPT, estando presente em cerca de 40% daqueles com menos de 33 semanas de IG ou com menos 1500g ao nascimento. • Hipóxia pré ou perinatal e corioamnionite são os principais fatores envolvidos no processo fisiopatológico (lesão de reperfusão). • Pode evoluir com paralisia cerebral, déficit cognitivo e déficit visual. Leucomalácia periventricular - Classificação • Na primeira semana, o aumento da ecogenicidade periventricular (“flaring”) pode ser um achado normal. • O aumento da ecogenicidade na LPV grau I reflete congestão vascular ou infarto hemorrágico consequente a lesões cerebrais isquêmicas. • A LPV cística ocorre por liquefação do centro das áreas necróticas. • O controle ultrassonográfico é mandatório por pelo menos 4 semanas, pois a degeneração cística pode se desenvolver ao longo deste período. “Flaring” Termo usado para descrever o aumento da ecogenicidade da substância periventricular na primeira semana de vida. Pode ser uma variante normal ou um sinal de LPV grau I. O controle ultrassonográfico com persistência do aumento da ecogenicidade após a primeira semana é necessário para o diagnóstico de LPV grau I. Sagittal and transverse images demonstrating flaring in a premature infant. Caracterizada por áreas de hiperecogenicidade periventricular, sem formação cística associada, persistindo por mais de 7 dias. LPV grau I Alguns aspectos podem sugerir que o “flaring” se trata de LPV grau I: - “flaring” assimétrico entre os hemisférios cerebrais; - “flaring” de aspecto grosseiro, globular; - “flaring” hiperecoico em relação ao plexo coroide. Geralmente regride em até 2 semanas, sem deixar sequelas. A resolução após o 14ª dia está relacionada com paralisia cerebral em 8% dos casos. Aumento da ecogenicidade de aspecto grosseiro. Ecogenicidade maior que a do plexo coroide. Caracterizado por pequenos cistos periventriculares. LPV grau II Os cistos se formam a partir das áreas de aumento da ecogenicidade, pelo menos duas semanas após o evento adverso. 2% dos prematuros de menos de 32 semanas de gestação desenvolvem LPV cística. A severidade das sequelas clínicas relaciona-se com o tamanho e a distribuição dos cistos. LPV grau III Caracterizada pelo desenvolvimento de extensos cistos periventriculares nas regiões occipitais e fronto-parietais. 50% dos prematuros com LPV grau III terão paralisia cerebral. LPV grau IV Caracterizada pelo acometimento da substância branca profunda com o desenvolvimento de extensos cistos subcorticais 1 semana 4 semanas 8 semanas