Newsletter 19/2015

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Newsletter 19/2015
Newsletter
20 de Maio de 2015
SEMINÁRIO: TÉCNICAS E ESTRATÉGIAS PARA O GERENCIAMENTO DE
RISCOS NA SAÚDE SUPLEMENTAR
Data e horário: 29/05/15- 9h às 17h
Local: Rua Treze de Maio, 1540 - Bela Vista - São Paulo – SP.
"O enfrentamento dos riscos em saúde, sejam eles operacionais e/ou em relação aos indivíduos, está nas principais pautas
de discussão dos gestores do segmento de saúde no país. Muitos são os fatores ofensores a estes riscos e, seu controle
efetivo, está longe de ser alcançado, uma vez que as estratégias rumo a esta gestão estão ainda centradas em ações
administrativas e contenciosas, com pouco ou nenhum efeito em resposta a um modelo de atenção à saúde que caminha
para a integralidade de suas ações tendo como foco de atenção os indivíduos.
Neste contexto, desenvolver ações de gestão em torno destes indivíduos e/ou de seus grupos populacionais, tornou-se uma
questão de estratégia para que o segmento da saúde encontre sua tão sonhada sustentabilidade. E, desta forma, tornou-se
urgente a necessidade da implantação de programas de gestão de riscos baseados em conceitos mais abrangentes
contemplando a revisão dos modelos de atenção em si, dos modelos de remuneração, das intervenções administrativas e
processuais e por fim das intervenções em saúde.
Discutir as melhores práticas que estão sendo implantadas, em acordo com estes conceitos, é um dos objetivos cruciais
deste seminário".
Objetivos
“Discutir as melhores estratégias e técnicas que estão sendo mundialmente utilizadas pelo mercado de saúde, para o
enfrentamento do risco atribuído ao negócio da operação e da gestão da saúde.
“Promover uma visão ampla dos modelos mais adequados de atenção à saúde, permitindo aos gestores uma gestão mais
efetiva frente aos riscos do segmento.
Público-Alvo:
Diretores, gestores, empresas que administram e compram seus planos de saúde, seguradoras e administradoras de
benefícios.
Programação:
09h00 – Abertura
09h10 - Conceitos
- Conceito de Gerenciamento de Riscos
- Modelos de Atenção à Saúde - Visão Mundial
- Experiências de gestão adotadas e seus resultados, negativos e positivos.
- Aculturação - Um desafio a ser vencido
10h30 - Coffee Break
10h45 - Organização do Setor de Saúde
- Modelo atual de organização baseado no fee-for-service
- A Reforma do setor, partindo de novos modelos de remuneração como alternativa de sustentabilidade.
12h00 – Almoço
13h30 - Estratégias para a Implantação de Medidas Efetivas de Gerenciamento de Riscos na Saúde
- A quebra dos paradigmas
- Novo posicionamento dos atores - Alianças Necessárias
- A introdução da Gestão Integral da Saúde no Gerenciamento do Risco
14h45 - Coffee Break
15h00 - Técnicas para a Construção de Programas de Gerenciamento de Riscos na Saúde
- Captura de dados de saúde – Desafios
- Desafio da transformação do dado em informação
- Integração das informações
- Ferramentas e metodologias de integração de dados
- Capacitação dos gestores - Introdução e formação do Gerente de Riscos em Saúde
- Definição das tecnologias corretas para ações de gerenciamento de riscos
- Construção do perfil de risco do grupo populacional como estratégia para a correta intervenção em saúde
- Ativação (engajamento) dos pacientes - Incentivos para a educação rumo ao auto cuidado
17h00 – Encerramento
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Palestrante:
Luiz Coelho - Administrador. Atuante no mercado de saúde desde 1996 na gestão e direção de Operadoras de Planos de
Saúde, empresas do segmento de Tecnologia e Inteligência Médica. Founder e atual Diretor de Mercado da HS do Brasil Aliança de Serviços em Saúde e Coordenador do Grupo de Saúde Corporativa da AAPSA - Associação Paulista de Gestores
de Recursos Humano e de Gestores de Pessoas. Possui expertise no desenvolvimento de soluções para estruturação e
monitoramento dos riscos relacionados aos sinistros do mercado de saúde. Passagem pelo Grupo ECOM, ePrimeCare e 2iM
Inteligência Médica, empresas reconhecidas e formadoras de opinião nos assuntos relacionados à gestão dos riscos
assistenciais e populacionais. Reúne amplos conhecimentos de parametrização de softwares ERP para a adequação dos
mesmos as necessidades de gestão do risco das operadoras de saúde. Possui significativa experiência na construção de
indicadores de saúde assistenciais, ocupacionais e de qualidade vida. Experiência na formação de critérios de elegibilidade
para apoio aos serviços de inteligência médica aplicados na auditoria e na regulação de serviços. É defensor dos modelos de
atenção à saúde com foco na integralidade da assistência tendo como bases as verticais assistenciais, ocupacionais e de
qualidade de vida. Congrega importante vivência na análise e gestão do risco de sinistralidade em carteiras de planos de
saúde e corporações baseado em curvas de tendência de risco epidemiológico e na construção de base de dados em saúde.
Como Participar:
Taxa de Inscrição (individual) - Vagas Limitadas
“R$ 460,00 (Quatrocentos e sessenta reais) para associados da ABRAMGE.
“R$ 590,00 (Quinhentos e noventa reais) para não associados.
Incluso Material de Apoio, Certificado, Coffee breaks e Almoço.
Depósito no Banco Itaú - Agência 9279 - C/C 79292-4 em nome da Universidade Corporativa Abramge - CNPJ:
11.997.751/0001-40.
Estacionamento conveniado - MultiPark - Rua Carlos Sampaio, 201.
Enviar comprovante de depósito juntamente com a ficha de inscrição para o e-mail: [email protected].
Somente serão aceitas substituições se utilizadas no mesmo evento.
O não comparecimento do participante, inscrito no evento, não dará direito à devolução do valor pago.
Mais informações: Fone: (11) 3289 - 7511 com Fabiana.
Obs.: Vagas Limitadas..
VERGONHA DA TABELA SUS CONTINUA!
Saúde Business - Enio Salu - 20/05/2015.
Me permito a arrogância de considerar que ninguém tem mais isenção para criticar o congelamento da Tabela SUS porque
defendo a tese de que os hospitais públicos e santas casas reclamam da tabela, mas não sabem fazer uso dela.
Vou citar o prêmio que o IOT acabou de ganhar no Qualihosp pelo trabalho apresentado sobre aumento do faturamento
SUS, apesar da redução do volume de atendimento, no qual tenho a honra de participar como apoio técnico e metodológico,
como exemplo de que quando um hospital público deixa a postura de simplesmente recamar da tabela, e transforma o
faturamento em um departamento proativo na busca de receita, as coisas melhoram.
O IOT e o prêmio que recebeu no Qualihosp é a prova de que a qualidade é tão importante para gerar receita, quanto
captar o máximo de receita possível é importante para a qualidade – com mais recursos é possível prestar uma assistência
de melhor qualidade.
Mas isso não nos impede de criticar o absoluto descaso que as autoridades competentes com os hospitais que dependem da
tabela de preços SUS para sobreviver. Não é possível que depois de tantos anos de luta, de tanta gente gabaritada
reclamando o reajuste, não tenhamos o mínimo sinal de que o reajuste seja feito.
Gostaria de aproveitar este espaço para listar alguns preços da tabela para que as pessoas que não conhecem o assunto
tenham noção do que estamos tratando.
Por uma consulta com um profissional de nível superior, não médico, altamente especializado, como fisioterapia ou terapia
ocupacional por exemplo, o SUS paga R$ 6,30. Imagine que este profissional faça 4 procedimentos por hora (afinal o
paciente merece um mínimo de 15 minutos de atenção na consulta): R$ 26,00 / hora. Com todo o respeito que o pedreiro
merece – alguém conhece algum pedreiro que trabalha à R$ 26,00 à hora ?
Se for um médico, o SUS paga pela consulta R$ 10,00. Também com o devido respeito, a secretária do consultório do
médico que atende convênio (não vamos nem falar do particular) custa mais para ele do que conseguiria arrecadar do SUS
nas 180 horas de trabalho mensais dela.
Por um exame de Contagem de Plaquetas o SUS paga R$ 2,73. Pagamos mais por uma passagem de ônibus do que o SUS
paga para que se faça coleta, triagem, processamento, análise, liberação, confecção do laudo, impressão e entrega.
Por uma Artroplastia de Quadril, com todo material e profissionais envolvidos, se faturar bem e o paciente não complicar
ficando na UTI, o SUS vai pagar algo em torno de R$ 4.800,00. Uma conta de convênio para o mesmo procedimento não sai
por menos de R$ 20.000,00. Num hospital de primeira linha, se o paciente internar e não fizer nada, apenas ficar no leito
esperando o tempo passar, o que o SUS paga não daria para quitar as diárias.
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Já que estamos citando diária: por uma Diária de UTI o SUS paga R$ 508,63. Uma diária em hotel 3 estrelas custa R$
200,00 na Cidade de São Paulo – no quarto do hotel o único equipamento que tem é a televisão, enquanto em uma UTI tem
uma infinidade de equipamentos, gases, e profissionais monitorando a vida de uma pessoa.
Por uma Diária de Permanência a Maior, quando o paciente fica internado por um período maior que o normal, o SUS paga
R$ 145,71. Me desculpe o exemplo: acho que em um hotel da ‘boca do lixo’ isso não pagaria uma diária com 3 refeições – é
um absurdo, imaginar que o hospital consiga suprir seus custos das unidades de internação com esta referência de preços.
Por uma Radiografia de Bacia o SUS paga R$ 7,77. Imagine recepcionar e triar o paciente, fazer o exame consumindo
insumos caríssimos, queimar o filme e pedir para um médico ‘laudar’ o resultado por R$ 7,77 – menos do que uma padaria
cobra para um ‘chapeiro’ fazer um misto quente.
Vou poupar quem não conhece o tema com mais exemplos aviltantes – quem não sabe do que se trata é melhor que
continue na ignorância para não ficar revoltado como todos os profissionais que se dedicam à saúde pública já estão há
décadas.
Mas as autoridades governamentais sabem do que estamos falando – e não fazem nada a respeito … isso é humilhante.
O que mais deixa os profissionais de saúde revoltados é ainda ver reportagens na televisão, rádio e revistas criticando os
administradores hospitalares pelos absurdos de falta de agenda, falta de medicamentos, falta de materiais … ofendem os
que trabalham no hospital afirmando que eles são incompetentes e que tratam a população com descaso, como se eles
pudessem dar um tratamento VIP para os pacientes da Radiologia recebendo R$ 7,77 por exame.
O que a mídia mostra é o descaso justamente das pessoas que estão lá cara a cara com a população sem condições de
mudar o cenário, enquanto as pessoas que poderiam mudar a situação estão ‘sei lá aonde’ em reuniões e congressos que
não servem para absolutamente nada, andando com carros de luxo, trabalhando algumas horas por semana e sem nunca
ver uma pessoa necessitada aflita ou reclamando de dor sem o acolhimento que merece.
Estamos na época da semana da enfermagem.
De todos os profissionais assistenciais, eles são os que mais ouvem reclamação sobre o que não podem resolver, e sempre
se esforçam em fazer o que estiver ao seu alcance, muitas vezes sem condições mínimas e até se expondo à riscos.
Que bom seria que nesta semana alguma autoridade iluminada, ao invés de fazer algum discurso político de homenagem a
eles, acenasse com a possibilidade do reajuste da tabela SUS, que possibilitaria melhores condições de trabalho e de vida
para todos que cuidam da vida dos outros !
Comentário Adicional para os Desavisados
Aqueles que caíram no conto do vigário: que a solução para o sistema era a contratualização, e criticaram pessoas como eu
que sempre disseram que não ia funcionar …
Aqueles que não conhecem a estrutura da tabela SUS e não sabem que ela é muito bem desenvolvida e que a apresentação
detalhada das contas é adequada – que não têm conhecimento para admitir que o que está inadequado é simplesmente o
preço …
Aqueles que não sabem que a tabela SIGTAP é consultada como referência de estrutura em dezenas de países pela Internet
– e elogiada …
Aqueles que acharam que com uma ‘canetada’ o problema do SUS seria resolvido …
… já é tempo de admitir o horror dos hospitais que foram vítimas da contratualização e agonizam seus momentos finais
antes do óbito …
… já é tempo de admitir que a contratualização só funciona quando por motivo político alguém libera mais dinheiro do que
foi combinado, e sem critério técnico algum...
MAPFRE E GAMA AGORA FAZEM PARTE DA MAIOR ASSOCIAÇÃO DO
SETOR DE SAÚDE SUPLEMENTAR
CATEGORIA SEGUROS – Por André Gonzalez – 19/05/2015.
A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) conta com mais duas operadoras em seu grupo de associadas:
Mapfre Saúde e Gama Saúde. Agora, são 26 operadoras de planos de saúde vinculadas à Federação, que já atende a 40%
do mercado de beneficiários.
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A Mapfre Saúde é uma empresa pertencente ao Grupo Mapfre da Espanha. No Brasil, a companhia faz parte do Grupo
Mapfre Serviços Financeiros. A operadora adotará o modelo pós-pago, sistema que consiste na cobrança dos custos após a
utilização dos serviços de saúde.
O produto terá abrangência nacional, começando por São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Contará com uma rede
completa de prestadores, como hospitais, médicos e laboratórios. A expectativa da operadora é atingir, já em 2015, 75 mil
vidas seguradas.
A Gama Saúde tem 25 anos de atuação no mercado de planos assistenciais, também oferecendo planos de saúde pós-pago
(custo operacional). A rede de atendimento tem 36 mil pontos em todo o país.
Com a entrada das novas associadas, a FenaSaúde reunirá 18 grupos líderes no segmento, com 26 operadoras ao todo –
das quais 10 seguradoras especializadas em saúde, 11 medicinas de grupo e cinco odontologias de grupo.
Associadas à FenaSaúde:
Allianz Saúde
Grupo Amil Saúde
Grupo Bradesco Saúde
Caixa Seguros Saúde
Care Plus Medicina Assistencial
Gama Saúde
Golden Cross
Grupo Intermédica
Hapvida Sistema de Saúde
Itauseg Saúde
Mapfre Saúde
Marítima Saúde Seguros
Metlife Planos Odontológicos
OdontoPrev
Omint Serviços de Saúde
Porto Seguro - Seguro Saúde
Grupo SulAmérica Saúde
Unimed Seguros Saúde
Beneficiários FenaSaúde:
As operadoras de planos e seguros de saúde associadas à FenaSaúde reúnem 29,2 milhões de beneficiários de planos
médicos e exclusivamente odontológicos, respondendo por 40,5% do total do setor (números consolidados até dezembro de
2014) – tendo aumentado sua base de beneficiários em 3,5% na comparação com o ano anterior.
Beneficiários Mercado:
Em dezembro de 2014, o mercado de Saúde Suplementar alcançou 72,2 milhões de beneficiários, com expansão de 3,4%
em relação a igual período de 2013. No ano, os planos de assistência médica cresceram 2,5%, e os odontológicos, 5,6%.
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ABRAMGE: VÍDEOS SOBRE IMPORTÂNCIA DOS PLANOS DE SAÚDE
SEGS – 19/05/2015.
Com o objetivo de disseminar dados sobre a contribuição da iniciativa privada para a melhoria da saúde, geração de
empregos e desenvolvimento econômico no Brasil, a Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge) produziu dois
vídeos da série “Desvendando a saúde suplementar”. Os números divulgados apontam para mais de 50 milhões de
beneficiários no País que realizam mais de 1 bilhão de procedimentos por ano entre consultas, exames, cirurgias, terapias e
internações.
O primeiro vídeo, “A importância dos planos de saúde para a qualidade de vida dos brasileiros”, traça um paralelo entre o
desenvolvimento do setor de saúde suplementar no Brasil dos anos de 1950 aos dias atuais com o crescimento de renda e a
melhoria dos indicadores sociais no período.
Já “O que os planos de saúde têm a ver com a saúde da economia” ressalta a importância do negócio da saúde privada para
a economia do País, em relação à geração de empregos e ao desenvolvimento econômico, na comparação com outros
setores, como o automobilístico e o de construção civil.
“É importante esclarecer a contribuição econômica e social da saúde suplementar e deixar claro que não queremos competir
ou substituir a saúde pública, mas complementá-la”, explica Antonio Carlos Abbatepaolo, diretor executivo da entidade. “A
melhoria da qualidade da assistência à saúde no País será resultado da convergência de esforços dos setores público e
privado, que somados representam quase 10% do PIB brasileiro”, conclui o executivo.
LIVRO: 'A SAÚDE DOS PLANOS DE SAÚDE'
FOLHA DE S. PAULO – Por Fernanda Mena – 19/05/2015.
Vida saudável deve dar bônus em plano, diz Drauzio em livro
'A Saúde dos Planos de Saúde', escrito em parceria com o médico Maurício Ceschin, é lançado nesta segunda
Obra aponta que o sistema atual não é sustentável e indica coparticipação de paciente no pagamento
O médico e colunista da Folha Drauzio Varella emprestou do filósofo inglês Thomas Hobbes a expressão que usa para
descrever o sistema de planos de saúde no Brasil: uma guerra de todos contra todos. Foi a partir de conversas sobre o
tema com o colega Maurício Ceschin, ex-diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar, que surgiu "A
Saúde dos Planos de Saúde" (ed. Paralela), livro que diagnostica entraves do sistema atual e sugere soluções. Segundo
Drauzio, o usuário fica contra o plano porque paga caro e tem dificuldades no atendimento. E fica contra o médico porque a
consulta é rápida demais. O médico está contra o plano porque recebe mal, e contra o usuário porque não cria vínculo com
ele. E o plano, contra os usuários porque eles entram na Justiça para obter tratamentos que não estavam no contrato. E
contra os médicos porque prescrevem exames demais, aumentando os custos. Some-se a isso a baixa margem de lucro das
operadoras de seguro (de 2% a 3%) e o envelhecimento da população brasileira e está prescrita a tragédia. "Um sistema
assim não pode dar certo." "Falta noção de economia à medicina. As faculdades não ensinam valores de procedimentos e
medicamentos", avalia. "Os médicos não tem noção dos custos envolvidos na própria medicina." Os pacientes, por outro
lado, tendem a achar que são mais bem atendidos quanto mais exames lhes receitam.
"Não é verdade. E exames não são inócuos", diz. "Uma tomografia desnecessária, por exemplo, prejudica o paciente porque
o expõe a radiação, que oferece riscos, e sobrecarrega seus rins por causa do contraste", explica. Para ele, a livre demanda
por consultas e exames não é boa para ninguém. "É como consumo de água em prédio: seu vizinho toma cinco banhos por
dia e você toma um, mas a conta é dividida igualmente." O resultado, no caso dos planos, é uma mensalidade mais alta.
Duas medidas impopulares, segundo Drauzio, podem ajudar na questão. A primeira é a coparticipação do paciente no
pagamento de consultas e exames, que funcionaria como freio de exageros. A segunda é atribuir ao cidadão parte da
responsabilidade por sua saúde, premiando o paciente que tem um estilo de vida saudável. "Em algum momento faremos
como os seguros de carro: desconto para quem não fuma, por exemplo, porque fumante gasta mais, vive menos e tem mil
problemas de saúde por causa do cigarro." A solução sugerida pelo médico, como seu diagnóstico, vem de Hobbes: ampla
discussão e novo contrato.
AXISMED REDUZ 88% DAS INTERNAÇÕES ENTRE PACIENTES CRÔNICOS.
REVISTA APOLICE - 18/05/2015.
A AxisMed conquistou números expressivos por meio de dois programas implementados na Fundação Sistel de Seguridade
Social (DF). O primeiro deles é o Viver Melhor, que promove o gerenciamento de doentes crônicos desde 2005. A ação
acompanha um total de 2.489 vidas ativas, com idade média de 70 anos, e monitora doenças como hipertensão,
dislipidemia, diabetes, doença arterial coronariana, depressão, síndrome metabólica, insuficiência cardíaca, asma,
bronquite, enfisema pulmonar e insuficiência renal não dialítica. Constatou-se que em 80% das intercorrências (passagens
pelo pronto"socorro ou internações) acompanhadas não houve necessidade de intervenção hospitalar.
Já o Programa de Acompanhamento de Pacientes Internados - Lado a Lado consiste em um acompanhamento contínuo dos
beneficiários por uma equipe composta por enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeuta, farmacêuticos, psicólogos,
assistentes sociais, entre outros. Esse grupo mantém contatos telefônicos periódicos com o paciente, hospital e familiares
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para esclarecer dúvidas e auxiliar os assistidos no que for necessário. Esse acompanhamento vai desde o momento em que
o associado é internado até depois de receber alta.
Do total de pessoas monitoradas por mais de 12 meses, 96% passaram a ter médico, 99% aderiram totalmente à
medicação prescrita, 80% não entraram em intercorrência nos últimos três meses e 88% não passaram por internação nos
últimos três meses. Em cinco anos, o Programa monitorou 9.243 internações e constatou uma redução de 26% das
reinternações. Foram evitadas 238 internações.
ANS SUSPENDE A COMERCIALIZAÇÃO DE 87 PLANOS DE 22
OPERADORAS.
OPERADORAS E SERVIÇOS DE SAÚDE - 18/05/2015.
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) suspende, a partir de quarta-feira (20), a comercialização de 87 planos de
saúde de 22 operadoras por não cumprimento dos prazos máximos de atendimento e por outras queixas de natureza
assistencial, como negativas indevidas de cobertura. Na mesma data, 34 planos de saúde que estavam com a
comercialização até então suspensa poderão voltar a ser comercializados, já que houve comprovada melhoria no
atendimento ao cidadão.
Neste 13º ciclo do programa de Monitoramento da Garantia de Atendimento, a medida protege aproximadamente 3,2
milhões de beneficiários que estão vinculados aos planos com comercialização suspensa, tendo em vista que as operadoras
terão que resolver os problemas assistenciais para que possam receber novos beneficiários. Há hoje no país 50,8 milhões de
consumidores com planos de assistência médica e 21,4 milhões com planos exclusivamente odontológicos.
“O programa de Monitoramento da Garantia de Atendimento deve sempre acompanhar a evolução do setor de saúde
suplementar e, dessa forma, manter-se como uma medida preventiva eficaz na proteção dos consumidores”, avalia a
diretora-presidente substituta da ANS, Martha Oliveira.
Desde o início do programa, 1.099 planos de 154 operadoras já tiveram as vendas suspensas. Outros 924 planos voltaram
ao mercado após comprovar melhorias no atendimento.
“Trata-se de um mecanismo de monitoramento do setor, que visa à mudança de comportamento das empresas. O
consumidor tem que ter acesso a tudo o que contratou com qualidade e em tempo oportuno”, enfatiza o diretor de Normas
e Habilitação dos Produtos, José Carlos Abrahão.
Detalhamento das medidas
Das 22 operadoras com planos suspensos neste novo ciclo, 8 já tinham planos em suspensão no período anterior, 14
operadoras não constavam na última lista de suspensões. Destas, 11 terão a comercialização de planos suspensa pela
primeira vez. A medida é preventiva e perdura até a divulgação do 14º ciclo.
No período de 19/12/2014 a 18/03/2015, a ANS recebeu 21.294 reclamações de beneficiários de planos de saúde. Todas
foram tratadas pela mediação de conflitos, sendo que 6.621 eram relacionadas a temas não assistenciais (contratos e
reajuste, por exemplo) e 14.673 referentes a cobertura assistencial. Dessas últimas, 11.007 foram consideradas pelo
programa de Monitoramento. Foram excluídas as reclamações sobre planos de operadoras em portabilidade de carências ou
em liquidação extrajudicial, que já não podem mais ser comercializados, uma vez que as empresas estão em processo de
saída ordenada do mercado. No universo avaliado, 85,17% das queixas foram resolvidas pela mediação feita pela ANS via
Notificação de Intermediação Preliminar (NIP).
A mediação de conflitos agiliza a solução de problemas do beneficiário de planos de saúde. Com a notificação, as operadoras
são comunicadas diretamente pelo portal da ANS, em espaço próprio, onde acompanham as demandas. O prazo máximo
para a adoção das medidas necessárias à solução da reclamação é de até 5 dias úteis em casos assistenciais e de até 10
dias úteis para não assistenciais. A contagem do prazo começa no primeiro dia útil seguinte à data da notificação. É
importante esclarecer que os prazos da mediação de conflitos não comprometem o tempo máximo de atendimento que
deve ser cumprido pela operadora.
Além de ter a comercialização suspensa, as operadoras que negaram indevidamente cobertura podem receber multa que
varia de R$ 80 mil a R$ 100 mil.
RECEITA DE HOSPITAIS POR PACIENTE RECUA 7,3%
FOLHA DE S. PAULO- Por Maria Cristina Frias – 18/05/2015
Os hospitais privados tiveram em 2014 uma queda de 7,3% na receita média líquida por paciente, segundo a Anahp
(associação do setor).
O tíquete médio do segmento passou de R$ 20,3 mil em 2013 para R$ 18,8 mil no ano passado. Foi a primeira baixa desde
2007, quando o valor havia recuado 0,8%.
A retração não está ligada diretamente à crise econômica, mas, sim, a adequações feitas pelas empresas para enfrentar um
cenário de margens mais apertadas, segundo Francisco Balestrin, presidente da entidade.
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"Em 2014, ainda não foi possível observar redução de demanda causada pela crise", afirma. "Mas os hospitais buscaram
melhorar a eficiência por causa do aumento de despesas. Isso reduz o custo de procedimentos e, consequentemente, o
tíquete médio."
Substituição de materiais e equipamentos, além de compras conjuntas, têm sido adotadas pelas empresas para segurar as
despesas.
A falta de reajuste de preços por parte das operadoras de planos de saúde também tem pressionado as margens, diz
Rodrigo Lopes, CEO do Hospital Bandeirantes, de São Paulo. A receita média por paciente recuou cerca de 10% na empresa
em 2014.
"Esse quadro nos obriga a rever processos para otimizar recursos e tentar recuperar parte da margem", afirma.
O Bandeirantes deverá investir cerca de R$ 10 milhões neste ano em infraestrutura, modernização e TI. "Uma das metas é
eliminar o uso de papel em até dois anos."
A PERNA ADOECEU? AMPUTE-A!
IDEC/CAPITÓLIO - Por Carlos Thadeu de Oliveira e Joana Indjaian Cruz - 18/05/2015.
Essa parece ser a receita da ANS para tentar “reativar” a ínfima oferta de planos de saúde individuais.
Atualmente, a regulação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para planos de saúde individuais/familiares
(pessoa física contratante) é diferente da regulação dos planos coletivos (pessoa jurídica contratante: empresas,
associações e sindicatos). Pode-se dizer que, somente os primeiros, são integralmente regulados pela ANS, pois apenas
para eles a agência reguladora limita valores de reajustes de mensalidades e proíbe o cancelamento unilateral do contrato
pela operadora. Já para os planos coletivos, a ANS permite que as operadoras reajustem o quanto quiserem e cancelem o
contrato quando bem entenderem. Obviamente, a regulação dos planos individuais é bem mais fiel aos direitos do
consumidor, enquanto a dos coletivos passa por cima desses direitos, agradando (em muito) as operadoras de planos de
saúde.
As consequências da omissão regulatória da ANS já são conhecidas: hoje, apenas 20% dos planos são individuais e 80%
coletivos. Mesmo que o consumidor queira ser cauteloso e contratar um plano com limitação de reajustes e cancelamento
de contrato, é difícil encontrar operadoras que ainda ofertem planos individuais. Assim temos enxurradas de ações judiciais
de consumidores buscando seus direitos contra reajustes abusivos e cancelamentos de contratos. Felizmente, o Poder
Judiciário tende a aplicar o Código de Defesa do Consumidor e a julgar em favor dos consumidores.
Por conta desse cenário, o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) historicamente pleiteia que a ANS pare de
passar por cima dos direitos dos consumidores de planos coletivos. Para tanto, deve fixar o valor teto dos reajustes de
planos coletivos e proibir seu cancelamento unilateral, assim como faz para planos individuais. Essas medidas não somente
trariam mais efetividade aos direitos dos consumidores, mas também diminuiriam a procura pelo Poder Judiciário e
resolveriam a questão da baixa oferta de planos individuais.
Recentemente, dois grandes veículos de comunicação noticiaram que a ANS pretende criar medidas para fomentar a oferta
de planos de saúde individuais/familiares. Entretanto, as medidas propostas representam um verdadeiro retrocesso na
agenda da defesa do consumidor de planos de saúde. Segundo as notícias, ao invés de cumprir seu papel social e regular os
reajustes e cancelamentos dos 80% do mercado, a ANS passará a deixar de fixar os reajustes e passará a permitir o
cancelamento dos contratos individuais. Além disso, foi mencionada a redução do número de exames nos planos de saúde.
Em seu site, a ANS divulgou uma nota dizendo que tal medida não se aplicaria aos direitos e contratos adquiridos, dando a
entender que valeria para novos planos individuais.
Ora, de que serve poder contratar um plano individual que tem as desvantagens de planos coletivos? O consumidor que
procura planos individuais – e que com grande dificuldade consegue encontrá-los – o faz justamente para poder ter maior
proteção de seus direitos, com reajustes limitados e proibição de cancelamento de contrato pela operadora. A proposta de
oferta de planos individuais sem essas características pode ser resumida da seguinte forma: planos com as desvantagens
dos contratos coletivos serão vendidos, sob o nome de individuais. Isso é, basicamente, vender gato por lebre para a
população que cobra há tempos uma resposta da ANS aos seus problemas com planos de saúde.
Se o mercado de planos de saúde individuais/familiares está minguando, a solução não é acabar com seus diferenciais,
sobretudo, quando sabemos que esses diferenciais são exatamente o que os fazem melhores que os planos coletivos para
os consumidores. O caminho não seria o contrário, isto é, regular mais fortemente os planos coletivos?
É preciso deixar claro: esta realidade da total ausência de regulação dos reajustes prejudica a todos, inclusive as empresas
que contratam os planos coletivos, pois ao término de um ano se veem obrigadas a engolir reajustes absurdos impostos
pelas operadoras ou mudar de operadoras, trazendo um custo administrativo extraordinário e inconvenientes a todos seus
funcionários.
Devemos participar ativamente das consultas públicas, audiências e outras formas de participação social que discutirão tais
propostas escandalosas, de forma a cobrar que os direitos do consumidor sejam respeitados na regulação dos planos de
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saúde. Caso sejam aprovadas, cabe a todos nós rechaçá-las fortemente. O Idec fará isso de maneira incansável e obstinada
recorrendo, se necessário for, a outras autoridades além da própria ANS. Aliás, fica no ar uma pergunta: saúde privada não
é assunto do Ministério da Saúde? É só da ANS?.
CUSTOS DAS OPERADORAS SUPERAM EM 2,5 VEZES A INFLAÇÃO
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Os custos das operadoras de planos de saúde com consultas, exames, terapias e internações, apurado pelo Índice de
Variação de Custos Médico-Hospitalares (VCMH) do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), cresceram 17,7%
nos 12 meses encerrados em junho de 2014. Esse é o segundo maior índice da série histórica do VCMH/IESS, menor
apenas do que os 18,24% do período encerrado em março de 2014. O resultado de 17,7% é 11,2 pontos porcentuais
superior ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que ficou em 6,5% no mesmo período.
O VCMH/IESS é o principal indicador utilizado pelo mercado de saúde suplementar como referência sobre o comportamento
dos custos. O cálculo utiliza os dados de um conjunto de planos individuais de operadoras, e considera a frequência de
utilização pelos beneficiários e o preço dos procedimentos.
Dessa forma, se em um determinado período o beneficiário usa mais os serviços e os preços médios aumentam, o custo
apresenta uma variação maior do que isoladamente com cada um desses fatores. A metodologia aplicada ao VCMH/IESS é
reconhecida internacionalmente e aplicada na construção de índices de variação de custo em saúde nos Estados Unidos,
como o S&P Healthcare Economic Composite e Milliman Medical Index.
Na última divulgação do VCMH/IESS, em agosto do ano passado, o indicador acumulava alta de 16% nos 12 meses
encerrados em dezembro de 2013. Agora, a alta foi intensificada para 17,7% e, na projeção do IESS, o VCMH deve ter
encerrado 2014 com uma variação entre 17% e 18%.
Para o superintendente-executivo do IESS, Luiz Augusto Carneiro, a permanência do VCMH/IESS em um patamar de dois
dígitos deve ser fator de preocupação para a sustentabilidade da saúde suplementar brasileira. "Sabemos que as variações
de custos da saúde acima da inflação é um fenômeno mundial. Entretanto, o caso brasileiro é muito preocupante, porque o
aumento dos custos tem se mantido em patamar muito alto", argumenta. "A diferença de 11,2 pontos porcentuais entre
VCMH/IESS e o IPCA é muito relevante."
Os gastos com Internações registraram alta de 17,3% nos 12 meses encerrados em junho. As despesas com Terapias
subiram ainda mais, 21%, no mesmo período. Contudo, entre os grupos de procedimentos analisados pelo VCMH/IESS,
Internações é o responsável pela maior parte dos gastos das operadoras, respondendo por 61% do total. No período, os
gastos com Exames subiram 14,1% e, com Consultas, 10,8%
SAÚDE SUPLEMENTAR:
ASSISTENCIAIS
EXPANSÃO
DE
18,8%
NAS
DESPESAS
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As despesas assistenciais do setor de Saúde Suplementar cresceram 18,8%, totalizando R$ 108,8 bilhões. Os dados são
referentes ao período de dezembro de 2013 a dezembro 2014. A análise é da FenaSaúde, com base nos dados da Agência
Nacional de Saúde Suplementar (ANS). No mesmo período, as receitas de contraprestações cresceram 15,6%, somando R$
130,4 bilhões.
O crescimento das despesas em 2014, de 18,8% ante 2013, se deve em parte ao aumento do número de beneficiários, de
2,5%, e a inflação geral de preços do período, de 6,4% (medida pelo IPCA). Em conjunto, esses dois indicadores cresceram
9,1%. A diferença, de 8,9%, representa o crescimento real per capita das despesas com assistência à saúde em 2014
relativamente a 2013. Ou seja, descontados o aumento de beneficiários e a inflação geral de preços. Essa taxa de
crescimento real per capita é muito elevada e, caso mantida, poderá não se sustentar no tempo.
Sinistralidade
Em 2014, a taxa de sinistralidade – isto é, a equação entre despesas e receitas - nas modalidades de assistência médica
(cooperativa médica, medicina de grupo e seguradora especializada em saúde) foi de 84,2%, com aumento de 2,4 pontos
percentuais, na comparação com 2013. No mercado, considerando todas as modalidades de planos médicos e
odontológicos, a taxa foi de 83,4%, com expansão de 2,1 pontos percentuais, na mesma base de comparação.
Nos últimos anos, o mercado de Saúde Suplementar constituiu mais de R$ 27,9 bilhões em provisões técnicas (posição até
dezembro de 2014). As provisões técnicas são o lastro financeiro que formam as garantias para os riscos assumidos pelas
operadoras. Nos últimos três anos, calculados até dezembro de 2014, foram provisionados R$ 9,3 bilhões, com expansão de
45,2% na comparação com 2011.
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Operadoras insolventes
Das 1.156 operadoras ativas que divulgaram o resultado do patrimônio líquido no quarto trimestre de 2014, 79 tiveram
resultado negativo, o que representa 6,8% do mercado. Destas, 55 operadoras já haviam apresentado patrimônio líquido
negativo também no terceiro trimestre do ano.
Número de beneficiários
Em dezembro de 2014, o mercado de Saúde Suplementar alcançou 72,2 milhões de beneficiários, com expansão de 3,4%
em relação a igual período de 2013. Os planos de assistência médica se expandiram em 2,5%, e os exclusivamente
odontológicos, 5,6%.
As 25 operadoras de planos e seguros de saúde associadas à FenaSaúde reúnem 29,2 milhões de beneficiários de planos
médicos e exclusivamente odontológicos, respondendo por 40,5% do total do setor (posição em dezembro de 2014) – com
expansão no número de beneficiários de 3,5% na comparação com o ano anterior
PLANOS INDIVIDUAIS DEVERÃO TER AUMENTO DE 13,5% ESTE ANO
O GLOBO - 15/05/2015.
Os planos de saúde individuais poderão ter reajuste de até 13,5% este ano, de acordo com uma
Nacional de Saúde Complementar (ANS) se reuniu, ontem, com representantes das operadoras
Segundo a fonte, existe forte resistência dos executivos em aceitar uma alta acima da inflação, já
migração dos beneficiários de planos individuais para os coletivos. Mesmo assim, ficou acordado
que deverá ser divulgado oficialmente até o fim desta semana, pelo órgão regulador do setor.
fonte do setor. A Agência
para debater o aumento.
que há um movimento de
o percentual de correção,
O aumento, que será válido até 2016, incidirá sobre os contratos de 8,8 milhões de beneficiários - o que representa 17% do
total de 50,8 milhões de clientes de planos de saúde no país.
Oficialmente, a ANS informou que ainda é cedo para falar em números e não deu previsão para a divulgação oficial do
índice de aumento. A Federação Nacional de Saúde Suplementar respondeu, em nome das operadoras associadas, que
aguarda o comunicado oficial do governo.
O percentual de reajuste anual é o teto para o aumento praticado pelas companhias. Pela legislação, as empresas não
podem ultrapassar o limite, mas são livres para adotar índices inferiores ou até manter as mensalidades sem correção.
No ano passado, o aumento permitido para os contratos individuais foi de 9,65%..
QUALICORP TEM LUCRO DE R$44,7 MI NO 1º TRI, AVANÇO DE 69
REUTERS - 15/05/2015.
Rio de Janeiro - A Qualicorp teve lucro líquido de 44,7 milhões de reais entre janeiro e março, avanço de 69,3 por cento na
comparação anual, informou a administradora de planos de saúde na quinta-feira.
A receita líquida total cresceu 20,3 por cento ano a ano e atingiu 393,6 milhões de reais, resultado da combinação do
reajuste de preço aplicado em meados de 2014 e do crescimento da carteira, disse a Qualicorp.
A carteira de beneficiários total cresceu 13,4 por cento sobre o mesmo período de 2014, a 5,2 milhões de vidas.
As despesas subiram 13,2 por cento, para 293,5 milhões de reais. O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros,
impostos, depreciação e amortização) subiu 24 por cento, para 144,2 milhões de reais no período.
JUSTIÇA CRIA NÚCLEO PARA MEDIAR AÇÕES CONTRA OS PLANOS EM SP
AGÊNCIA ESTADO - 15/05/2015.
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) vai criar uma espécie de núcleo de conciliação para processos movidos contra
planos de saúde. A câmara terá a participação de representantes das operadoras, o que foi considerado polêmico por
advogados e entidades de defesa do consumidor. A medida foi divulgada na quarta-feira, 13, pelo jornal Folha de S. Paulo.
Batizada de Núcleo de Apoio Técnico e de Mediação (NAT), a instância servirá para buscar uma solução amigável para
pedidos liminares contra os convênios médicos filiados às duas associações que fizeram o convênio com o TJ-SP: a
Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) e a Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge).
Também atuará como mediadora no NAT a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
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A proposta é que o núcleo analise e proponha uma solução, em até 24 horas, aos pedidos liminares que cheguem ao Fórum
João Mendes Júnior, onde o projeto será implementado. A ideia é agilizar os processos de julgamentos, já que é crescente o
número de ações judiciais na área da saúde.
Além disso, afirma o TJ-SP, o Estado de São Paulo tem quase metade de todos os clientes de convênios no País. Enquanto
em todo o Brasil, o porcentual da população que tem plano de saúde é de 25%, em São Paulo chega a 59%.
O TJ-SP diz ainda que o NAT oferecerá aos juízes "ferramentas e informações técnicas da área da saúde, instrumentos que
auxiliam, previamente, o exame dos pedidos de concessão de provimentos jurisdicionais em caráter de urgência".
Para Renata Vilhena, advogada especializada em direito à saúde, a medida leva a uma situação de conflito de interesses na
análise dos processos. "É mais uma manobra das operadoras para tentar diminuir a chance de ganho dos pacientes. E, além
disso, o processo pode demorar mais ainda, porque, se não houver acordo, vai levar mais tempo para o juiz avaliar. Se as
operadoras querem uma conciliação, devem fazer isso antes de o paciente chegar ao Poder Judiciário." O núcleo deve
começar a operar nas próximas semanas e tem período inicial de funcionamento de dois anos.
MONITORAMENTO REMOTO DE PACIENTES REDUZ CUSTOS
SAÚDE BUSINESS – Por Eduardo Prado- 14/05/2015.
As operadoras de saúde não têm para onde correr: têm que reduzir seus custos operacionais para terem algum lucro, não
decretarem falência e/ou não serem adquiridas por grandes grupos multinacionais de saúde. "Se ficar o bicho pega, e se
correr o bicho come". Acabou o "eldorado" de ficar aumentando todo ano a mensalidade do plano de saúde - acima da
inflação - pois o segurado não conseguirá mais pagar a "prestação" e, vai abandonar o plano de saúde, trocando-o provavelmente - por um mais "em conta". "A combinação de custos crescentes, margens em queda e planos com preços
proibitivos não beneficia a ninguém".
Para piorar as coisas o segmento de Saúde está 20 anos - no mínimo - atrasado em termos de Tecnologia da Informação
(TI). E o que fazer então? Uma coisa é consenso no segmento: "precisamos melhorar a nossa eficiência e reduzir nossos
custos". Bingo! E agora José?! Como descascar o "cucumber"!
Alguém acorda e diz: temos que usar mais a tecnologia para nos ajudar a ver luz no fim do túnel depois dessa amarga
"encruzilhada"! Temos algumas opções: (a) estruturar nossas informações reduzindo a atual "desorganização" vigente nos
sistemas de TI da Saúde; (b) reestruturar o empreendimento de saúde para ele se voltar para um negócio baseado em
dados ("data driven"); (c) começar a apostar no "bálsamo" da tecnologia de "big data"; (d) quais as tecnologias que podem
nos ajudar nessa jornada? (p. ex., "wearable", Wi-Fi, RFID, detector de quedas de pacientes; GPS; "beacon", etc, etc); (e)
apostar mais em soluções de monitoramento remoto de pacientes; entre outras várias alternativas.
Nesta matéria vamos nos deter apenas na Monitoração Remota de Pacientes ou Monitoramento Remoto. A Monitoração
remota tem tido - e vai ter muito mais ainda - uma contribuição gigantesca da tecnologia de dispositivos "wearable" e das
telecomunicações (seja ela telefonia fixa ou móvel) para transmissão dos sinais vitais dos pacientes remotamente.
A tradicional clínica americana Mayo Clinic - destacado celeiro de inovação em saúde - aposta na monitoração remota dos
pacientes. É - sem dúvida - um apoio de um grande nome no segmento da saúde à monitoração remota dos pacientes.
Esta Monitoração pode ser muito importante por uma série de razões: (a) monitorar e prever doenças antes delas se
tornarem crônicas ou críticas; (b) para apoiar a desospitalização antecipada de pacientes (ajuda a humanizar o tratamento
de pacientes e na redução de custo de saúde); (c) auxiliar em testes clínicos de novos medicamentos; entre outras.
Nos testes clínicos dos novos medicamentos a análise de "big data" e as novas tecnologias clínicas - tais como soluções de
"mobile health" e dispositivos "wearables" - prometem mudar significativamente a forma de como os testes pilotos dos
novos medicamentos serão conduzidos e aumentar o valor dos dados e "insights" que serão produzidos nesses testes.
A monitoração remota dos pacientes vai ter um grande papel na desospitalização dos pacientes. As operadoras de saúde
vão ter um instrumento poderoso no tratamento dos pacientes nas suas residências. Isso vai ser fundamental na redução
do custo hospitalar pois a alta do paciente pode ser antecipada (alguns hospitais chamam isso de Internação Abreviada) e a
estabilização do paciente pode ser acompanhada no seu habitat natural através da tecnologia "wearable". Essa monitoração
"conectada" vai permitir - também - que as operadoras de saúde tenham uma atitude pró-ativa através de um serviço de
"call center". O que queremos dizer com isso? Por exemplo, quando um determinado sinal de um paciente monitorado for
descompensado (p. ex., pressão arterial), o serviço de "call center" deverá entrar em contato imediatamente com o
paciente. Além dessas vantagens, o paciente tem o ganho de ser tratado dentro do seu ambiente familiar em companhia
dos seus familiares o que humaniza seu tratamento.
Além do setor de Saúde os dispositivos "wearables" estão trazendo uma grande contribuição os setores de aptidão física
("fitness") e bem-estar ("wellness") das pessoas de uma forma geral (e não apenas de pacientes).
Um hospital americano de Nova Orleans - Hospital Ochsner - criou um programa muito interessante para monitorar a
hipertensão dos seus pacientes através do relógio inteligente Apple Watch. O hospital já tem até a sua página de um
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Programa de Medicina Digital da Hipertensão. Uma grande sacada que poderia ser "seguida" ou "copiada" por instituições de
saúde no Brasil. E como se diz do Lavoisier na vida mundana: "Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se copia".
A monitoração remota de pacientes - com a coleta de dados vitais através de "smartphone" e tecnologia "wearable" - vai
trazer uma grande contribuição para os casos de análises preditiva de "big data" em Saúde. A Intel está fazendo um
trabalho muito interessante na sua pesquisa sobre o Mal de Parkinson. Esta doença é devastadora e o conhecimento prévio
dela - como advoga a Mayo Clinic acima sobre monitoramento remoto - vai trazer uma grande contribuição para os
pacientes com esta morbidade. O Mal de Parkinson normalmente só é diagnosticado quando 60% do cérebro já foi afetado
pela doença! A Intel está utilizando nessa pesquisa a sua tecnologia Basis de relógio inteligente para o monitoramento dos
pacientes de Parkinson.
A Apple está apostando muito em Saúde e o seu relógio inteligente é um "hub" desse movimento. A Saúde Digital pode ser
a nova fronteira da Apple e ela quer transformar o seu Apple Watch em um "ecossistema para o corpo humano". Esse
dispositivo poderá ter um papel fundamental na monitoração remota de pacientes como já vimos acima no caso do hospital
de Nova Orleans.
A tecnologia "wearable" além de auxiliar na monitoração remota de pacientes terá um papel fundamental no papel do
"homem conectado" e na inovação na saúde. No futuro, alguns dispositivos "wearables" se tornarão invisíveis e serão
implantados no corpo humano.
Na Saúde, uma outra faceta da monitoração de pacientes, está associada a um fato completamente diferente de aspectos
clínicos de pacientes. Essa nova realidade está relacionada a uma "permuta" dos dados da monitoração de um segurado de
uma operadora de saúde, pela redução do seu valor do prêmio do seguro de saúde. O que estamos falando é algo mais ou
menos assim: o segurado permite que a operadora de saúde obtenha os dados biométricos dele via tecnologia "wearable" e,
em troca, a operadora reduz o valor da prestação mensal do seu seguro. Interessante "approach" comercial, não?! ? você
me dá informações sobre sua saúde e eu lhe dou uma redução no custo do seu seguro de saúde! Algumas operadoras já
começaram a usar esse modelo. Esse modelo e suas variações vão aparecer aos "montes" em futuro próximo pois as
operadoras de saúde vão querer coletar os dados dos seus segurados por uma série de razões (p. ex., análise preditiva da
saúde do seu segurado, no caso dos pacientes crônicos antecipar a atenção a esses pacientes para prestá-los um melhor
tratamento e minimizar "surpresas", entre outras). Aqui temos mais um exemplo onde a empresa de tecnologia "wearable"
Fitbug firmou uma parceria com uma seguradora de saúde.
Como a tecnologia "wearable" vai ter uma grande evolução na área da saúde, o mercado já sugere um padrão ("standard")
completamente novo para proporcionar a conectividade nessa nova era dos dispositivos "wearables", substituindo o Wi-Fi
pelo "Body Fi" (sic!).
Um fato aqui merece destaque: a monitoração remota de pacientes pode significar um novo negócio - e grande - para as
operadoras de telefonia móvel vender no mercado corporativo (para as operadoras de saúde) e grandes corporações (que
se preocupam com a saúde dos seus funcionários). Como assim?! Eu não vi qual negócio? É simples mas é um "pacote": (a)
garantir a conectividade - de forma simples e barata - no habitat dos pacientes a serem monitorados (p. ex., via Wi-Fi ou
tecnologia "small cell"); (b) utilizar aplicativos e sensores para monitorar os sinais vitais dos pacientes; (c) coletar, agrupar
e armazenar os dados dos pacientes em uma "nuvem" ("cloud"); (d) utilizar os dados dos pacientes para ações pró-ativas
de serviços de "call center", quando necessário; (e) utilizar os dados para diagnósticos e análise preditiva de "big data"
sobre a saúde dos pacientes e, dê "asas a sua imaginação" que vai descobrir mais funcionalidades. Segundo o analista de
indústria Berg Insight, o serviço de monitoração remota de pacientes deve crescer a uma taxa de 35% ao ano de 2013 a
2018, alcançando uma receita de 19,4 bilhões de euros no final desse período. A utilização da tecnologia de "big data" dos
dados dos pacientes promoverá uma série de novos negócios inclusive a possibilidade de fornecer serviços de "BDaaS" (Big
Data as a Service") de Saúde. Tenha fé Tomé, você chegará lá! Aproveite e veja com Vinod Khosla da Khosla Ventures o
que poderemos fazer com os dados dos pacientes coletados via "smartphone".
Um ponto interessante: a adesão à medicação dos pacientes em regime de monitoração remota pode ser um "plus". Aqui
temos o exemplo de uma plataforma de "mobile health" que além de endereçar essa adesão ainda concentra ("hub") alguns
sinais vitais dos pacientes.
Finalmente, a monitoração remota de pacientes trará novas oportunidades de negócios para o segmento de Saúde mas
também trará preocupações de segurança do serviço e de privacidade dos dados dos pacientes que devem ser endereçadas.
Pense nisso!
O MERCADO ESTÁ PREPARADO PARA A ENTRADA DO CAPITAL
ESTRANGEIRO?
SAÚDE BUSINESS - 13/05/2015.
Aprovação da Lei 13.097, que permite investimento de capital estrangeiro na saúde, abre oportunidades de crescimento
para o sistema brasileiro; resta saber se o mercado está preparado.
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Fim de janeiro. Aprovada via medida provisória (MP 656/2014), que entre outros itens discorria sobre imposto de renda,
dívidas de time futebol e regulamentação tributária para geradores aeroespaciais, a Lei 13.097 sancionada pela presidente,
Dilma Rousseff, alterou as "regras do jogo" para os investimentos no setor de saúde.
A nova lei modificou a Lei Orgânica da Saúde (8.080/1990) e autorizou a participação e até o controle do capital estrangeiro
nos serviços de saúde, incluindo hospitais, clínicas e entidades filantrópicas. Na prática, a mudança corrigi uma distorção de
mercado, pois desde de 1998, grupos de medicina diagnóstica e operadoras de saúde podiam captar estes investimentos e
distribui-los em sua rede própria de hospitais.
"A lei vem corrigir uma assimetria e dar aos hospitais a possibilidade de receber os investimentos externos", afirmou o
assessor de Relações Parlamentares da Anahp, Luiz Felipe Costamilan. De acordo com o ele, a necessidade de investimento
pode ser facilmente exemplificada ao analisar um setor que cresceu 4% de 2007 a 2012 e, ao mesmo tempo, apresentou
déficit de 12% para os leitos com fins lucrativos.
Para se ter uma ideia, a quantidade de leitos indicada Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 3 a 5 para cada mil
habitantes e no Brasil este número é 2,4 para cada mil pessoas. Outros fatores como envelhecimento da população, perfil
demográfico e novos beneficiários na saúde suplementar também caracterizam o cenário de desafios e oportunidades para
os novos investidores.
De olho nos números do mercado está o americano Curtis Lane, fundador da MTS Health Partner, consultoria e fundo de
private equity. "“ A classe C cresceu de forma consistente e se tornou um mercado significante para a saúde”, disse ele, em
visita ao Brasil no último mês de fevereiro, acrescentando que” a assistência à saúde se tornou um desejo das pessoas".
Lane analisou o mercado do Brasil e dos Estados Unidos e identificou pontos em comum como a entrada de novas pessoas a
cada ano e o envelhecimento da população. "Nos Estados Unidos pessoas com mais 65 anos usam quatro vezes mais a
assistência à saúde do que pessoas abaixo desta idade", acrescentou.
FICOU PRA TRÁS
Com passagem pelo Hospital São Luiz, antes da aquisição pela Rede D" Or, o sócio-fundador da Logika Consultoria, André
Staffa, conta que quando estava no comando do hospital enfrentou barreiras para viabilizar negociações com um fundo
imobiliário. "Enfrentei dificuldades em conseguir investidores para fazer uma parceria neste modelo, pois a lei não permite
despejar hospitais", relembrou ele, que na época acabou conseguindo parceria com um fundo imobiliário para a construção
da unidade Anália Franco.
Essa era a realidade antes da aprovação da lei: poucas alternativas para quem precisava crescer o negócio. Obviamente se
utilizava capital próprio, empréstimos de bancos de varejo ou do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES), mas fora isso se entrava em universo restrito. Tanto é que um dos casos emblemáticos do setor foi o do
filantrópico Hospital Sírio-Libanês, em 2012, quando a instituição fez empréstimo com três bancos internacionais para
viabilizar a construção de um novo prédio.
Outro exemplo é a Rede D"Or, que via operação de debêntures conversíveis com o BTG Pactual, recebeu recursos e
expandiu a rede chegando a 27 hospitais.
Até o fechamento desta edição (final de março de 2015), os rumores do mercado apontavam que a primeira operação após
lei seria justamente a venda de parte do capital do grupo para o fundo de private equity americano Carlyle. Procurada, a
Rede D"Or não quis se manifestar sobre o assunto.
A assimetria de direitos, ressaltada pelos executivos, é exemplificada pela Amilpar, que enquanto teve seu capital negociado
na bolsa de valores, investia em sua rede própria de hospitais e se tornou a maior operadora do Brasil. Foi via bolsa de
valores também que ocorreu a operação bilionária de compra da operadora pela americana UnitedHealth, um dos maiores
grupos de saúde do mundo.
NOVO PRESENTE
Com a abertura para investimento estrangeiro, os fundos têm mais oportunidades no mercado brasileiro. "No caso da minha
consultoria há três fundos de investimento querendo mapear o mercado brasileiro para investimentos em saúde", diz Staffa
acrescentando que não se trata apenas de hospitais.
De acordo com ele, os investidores estão olhando os mercados do Brasil, Índia, Coréia do Sul, entre outros países. "Temos a
Rede D?Or consolidando o setor hospitalar. Acredito que existam oportunidades para outros players investindo no setor
como uma forma de ganhar escala".
A atenção dos investidores também está voltada aos negócios singulares e menores. Essa é opinião de Lane. "Tanto
hospitais individuais quanto grandes grupos serão beneficiados", conta. "Será construído um espaço ativo de fusões e
aquisições no mercado brasileiro", prevê.
RISCOS E DESAFIOS
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Newsletter 20 de Maio de 2015
Muito aguardada por alguns setores da sociedade, principalmente pelo segmento privado, a nova lei causou polêmica para
alguns grupos ligados ao movimento da Reforma Sanitária, entre eles a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco).
Para eles, “o domínio pelo capital estrangeiro na saúde brasileira inviabiliza o projeto de um Sistema Único de Saúde e
consequentemente o direito à saúde, tornando a saúde um bem comerciável, ao qual somente quem tem dinheiro tem
acesso".
Para Costamilan, da Anahp, não há espaço para a discussão de uma mudança de lei. "Acho pouco provável que prospere
uma possibilidade de alteração da lei que permitiu o capital, até porque os argumentos são fracos", afirma.
A mesma posição é compartilhada por Staffa. "É remota a probabilidade de mudança, até porque há um paradigma com a
possibilidade de entrada de capital em operadoras e medicina diagnostica".
Os desafios estão muito mais relacionados às características do mercado brasileiro do que aos possíveis riscos jurídicos com
a nova lei. São hospitais de pequeno porte, sem escala, sem tecnologia da informação, desempenho financeiro duvidoso,
sistemas entidades e a configuração do mercado atual. "Existe uma preocupação dos investidores em relação à
concentração de operadoras de saúde em algumas cidades no Brasil porque isso dificulta a negociação de tabelas", destaca
Staffa.
FILANTRÓPICOS
A legislação aprovada possibilita o investimento inclusive em instituições filantrópicas, o que é alvo de dúvidas, pois a
característica básica dessas entidades é ser sem fim lucrativos. "Hospitais filantrópicos não podem distribuir lucros", afirma
Costamillan, ressaltando que as entidades podem receber recursos, o impeditivo neste caso, é resgatas os lucros obtidos.
Staffa conta o que existe hoje são "diversas entidades filantrópicas estudando a possibilidade de deixar de ser filantrópicos
para tornarem-se com fins lucrativos".
*Curtis Lane, da MTS Health Partners, Luiz Felipe Costamilan, da Anahp, e André Staffa, da Logika Consultoria, participaram
do Saúde Business Debate no dia 26 de fevereiro.
Entenda:
O QUE É A LEI?
A Lei 13.097 foi sancionada pela presidente, Dilma Roussef, no dia 19/01/2015, via medida provisória (MP 656), que
abordava diferentes assuntos. O capitulo XVII, artigo 142 da nova lei, altera a Lei orgânica da Saúde (8.080/1990)
permitindo: "participação direta ou indireta, inclusive controle, de empresas ou de capital estrangeiro na assistência à
saúde". Os casos especificados no artigo são de doações de organismos internacionais vinculados à Organização das Nações
Unidas, de entidades de cooperação técnica e de financiamento e empréstimos. Ele também faz menção às "pessoas
jurídicas destinadas a instalar, operacionalizar ou explorar: hospital geral, inclusive filantrópico, hospital especializado,
policlínica, clínica geral e clínica especializada e ações e pesquisas de planejamento familiar.
QUEM É A FAVOR?
De maneira geral, o setor de saúde recebeu a notícia como positiva para o crescimento e a profissionalização do setor de
saúde. Além disso, a lei corrige uma assimetria, pois antes dela, as operadoras podiam captar recursos e investir em sua
rede própria. Mesmo a favor da lei, alguns representantes ressaltam a necessidade de não deixar o lucro se sobressair à
principal atividade fim dos hospitais que é cuidar da saúde e salvar vidas.
QUEM É CONTRA?
Por outro lado, entidades ligadas ao Movimento da Reforma Sanitária, entre ele a Abrasco, acreditam que a lei é prejudicial
ao Sistema Único de Saúde (SUS). Após a aprovação, a lei foi questionada no Supremo Tribunal Federal pela Confederação
Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU), no mês de fevereiro.
LADO BOM E LADO RUIM
Perfil demográfico, incidência de doenças crônicas e envelhecimento populacional somado à carência de leitos e crescimento
do mercado suplementar são fatores que tornam o País atrativo. Por outro lado, carência de gestão, marco regulatório,
judicialização podem se tornar empecilhos.
O QUE VEM POR AÍ
Até o fechamento desta edição (final do mês de março), rumores do mercado apontavam para a compra de parte da Rede
D"Or, pelo fundo americano Carlyle, o que seria a primeira operação após a aprovação da lei.
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HOSPITAIS FORMALIZAM PARTICIPAÇÃO NO PROJETO EM PROL DO
PARTO NORMAL
ANS - 13/05/2015.
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e o Hospital Israelita Albert Einstein reuniram na sexta-feira (8), em São
Paulo, representantes dos hospitais e maternidades selecionados para participar do projeto Parto Adequado. Na ocasião, as
instituições privadas e públicas formalizaram a adesão à iniciativa, que tem como objetivo incentivar o parto normal e
reduzir a ocorrência de cesarianas desnecessárias. Ao todo, 42 hospitais devem participar do projeto, que conta com apoio
do Ministério da Saúde e parceria do Institute for Healthcare Improvement (IHI).
Na cerimônia de assinatura dos contratos e termos de compromisso, a diretora-presidente substituta da ANS, Martha
Oliveira, ressaltou a importância da adesão dos hospitais à iniciativa e da parceria firmada. "Essas instituições vão fazer
parte de um projeto que, sem dúvida, vai contribuir para mudar o modelo de atenção ao parto e nascimento, qualificando a
assistência e garantindo mais saúde para mães e bebês", disse Martha.
O diretor do Hospital Albert Einstein, Miguel Cendoroglo, reforçou a importância da participação das instituições. "Esta
parceria entre o Einstein, a ANS e o IHI está sendo possível pois também conta com a participação e engajamento de vocês.
Acredito que seremos capazes de transformar o cenário atual e proporcionar ainda mais saúde para a população do país",
disse o dirigente.
No evento, além da assinatura dos documentos, foram abordadas as expectativas relacionadas ao projeto e experiências de
sucesso no Brasil. A partir de agora, os hospitais participarão de sessões de aprendizagem e treinamentos práticos,
incluindo o contato com outros hospitais que já desenvolveram experiências similares. Ao longo dos trabalhos, os
participantes vão colaborar para o desenvolvimento de três modelos assistenciais, a serem customizados, testados e
aperfeiçoados em conjunto com o hospital Albert Einstein, o IHI e a ANS. Está prevista a criação de manuais contendo a
metodologia desenvolvida e as recomendações resultantes dos resultados observados, de modo a contribuir para
gradativamente transformar a atenção a parto e nascimento no país.
A ANS recebeu inscrições de hospitais e maternidades de todas as regiões do país para participar do projeto. A seleção
obedeceu a critérios técnicos, como quantidade de partos e percentual de cesarianas realizados por ano. Devido ao grande
número de interessados, os candidatos foram organizados em dois grupos: os hospitais-piloto, que estarão em contato mais
direto com a equipe do projeto, e os hospitais seguidores, que terão acesso aos materiais dos debates e treinamentos por
intermédio da ANS. Tanto participantes do grupo piloto quanto seguidores serão acompanhados pela Agência por meio de
reuniões periódicas e do monitoramento de dados padronizados.
Cenário - As altas taxas de cesáreas verificadas no país - 84% na saúde suplementar e 40% no sistema público - são
motivo de preocupação do governo brasileiro. Quando não há indicação clínica, a cesariana ocasiona riscos desnecessários à
saúde da mulher e do bebê: aumenta em 120 vezes a probabilidade de problemas respiratórios para o recém-nascido e
triplica o risco de morte da mãe. Cerca de 25% dos óbitos neonatais e 16% dos óbitos infantis no Brasil estão relacionados
à prematuridade.
Para enfrentar essa situação, a ANS está propondo uma série de medidas coordenadas, que se somam às iniciativas
implementadas pela Agência desde 2005. Além do projeto-piloto que está em andamento, em julho entrará em vigor a
Resolução Normativa nº 368, com medidas que garantem o acesso de beneficiárias de planos de saúde aos percentuais de
cirurgias cesáreas (por operadora, por hospital e por médico) e a utilização do partograma e do cartão da gestante. Outra
ação em andamento é a participação no grupo de trabalho coordenado pelo Ministério da Saúde para o desenvolvimento de
diretrizes clínicas para o parto, que resultou em consulta pública promovida pela Comissão Nacional de Incorporação de
Tecnologias no SUS (CONITEC).
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