vitrine - Revista Mundo OK
Transcrição
vitrine - Revista Mundo OK
editorial 6 8 9 10 11 12 14 16 18 20 22 24 30 45 46 48 50 51 52 56 58 60 61 62 63 64 65 66 agenda e notas cultura cidades automóveis liderança e motivação esportes mulher beleza e saúde okids educação bem estar gastronomia especial capa lazer pervisões p/ 2009 6 8 9 10 11 12 14 16 18 20 22 24 30 43 44 46 48 49 50 52 53 54 57 60 61 62 63 64 65 66 multimídia encontro pets agricultura dekasegui casos da vida mundo oriental click eventos cosplay anime mangá tokusatsu j-music opinião Luz no fim do túnel Em tempos de crise e recessão econômica, a saída muitas vezes é usar a criatividade para driblar as dificuldades. Nisso, o brasileiro costuma ser eficaz. Com a escassez do emprego e vendo-se à beira do abismo financeiro, a solução é recorrer a negócios próprios. Seja pela questão do dinheiro ou mesmo para satisfazer um sonho, um empreendimento sempre é uma questão plausível. Mas como começar algo se a perspectiva não é das melhores? Para responder essa dúvida, a Revista Mundo OK traz uma matéria especial abordando um assunto mais que especial em tempos de turbulência: o empreendedorismo. Como abrir um negócio próprio, seus riscos e desafios, bem como cursos de aprimoramento são os destaques. Segundo pesquisas da Global Entrepreneurship Monitor, principal órgão de estudo sobre o assunto, o Brasil está no sétimo lugar entre os países com mais número de empreendedores. Portanto, se esta for sua escolha, mão na massa! Se por um lado a hora é de buscar novos desafios, do outro lado da corda estão os nipo-brasileiros residentes no Japão, que enfrentam uma das piores épocas. Se a ambição era formar um péde-meia e retornar ao Brasil de forma tranquila, agora o fantasma do desemprego assusta até os familiares que estão no Brasil – preocupados com a situação de seus entes. Pela previsão dos especialistas, os chamados dekasseguis devem retornar em massa. Muitos, como manda a tradição, devem seguir o caminho do empreendedorismo. É esperar para ver. Luz há sempre. Resta saber se o fim do túnel está próximo. Boa leitura. Capa: Empreendedorismo Imagem: Shutterstock Revista Mundo OK – Ano 2 – Número 14 • Diretores: Takashi Tikasawa e Marcelo Ikemori • Editor: Rodrigo Meikaru • Chefe de Arte: César Gois • Diagramação: Rodrigo Medeiros e Paulo Henrique Liberato• Redação: Cibele Hasegawa, Cintia Yamashiro, Tamires Alês, David Denis Lobão, Eugenio Furbeta, Fernando Ávila de Lima, Francisco Junqueira, Layla Camillo, Leandro Cruz, Tom Marques, Carolina Michelli • Desenhista: Diogo Saito • Assistente: Bianca Lucchesi • Revisão: Daniel Martini Madeira • Marketing: Leandro Cruz • Assistente de Marketing: Daniel Verna, Hideo Iwata, Nicolas Tavares • Assessoria de Imprensa: Ida Telhada • Atendimento ao leitor: Sheyla Arisawa • Comercial: Denis Kim, Fernando Ávila de Lima, Hideki Tikasawa, Keico Ishigaki, Luciana Kusunoki, Luciana Mayumi, Marcelo Ikemori, Fabio Seiti Tikazawa • Digital: Fabrizio Yamai • Assistente Digital: Rodrigo Medeiros • Administrativo: Sheyla Arisawa, Suzana Sadatsune • Planejamento: Karlos Kusunoki • Contato: [email protected] • A Revista Mundo OK é uma publicação da Yamato Corporation. O Núcleo de Edição da Yamato Editora se exime de quaisquer responsabilidades pelos anúncios veiculados, que são de responsabilidade única dos próprios anunciantes. Os artigos assinados e as imagens publicadas são de responsabilidade civil e penal de seus autores com a prévia, devida e expressa cessão de seus direitos autorais à Revista Mundo OK. Rua da Glória, 279 - 8° andar/ Conj. 84 • CEP 01510-001 • Liberdade • São Paulo - SP | Tel.: (11) 3275-1464 • (11) 3275-0432 cartas Você também pode colaborar e participar da Revista Mundo Ok, enviando suas críticas ou sugestões para: [email protected] Contamos com você para tornar as próximas edições ainda melhores! Sorte, dedicação e força para vencer Hoje já estou com 66 anos completos, com saúde e muita energia. E grande parte dessa disposição devo a um dos grandes negócios Equipe da Revista Mundo Ok que fiz em minha vida, um dos empreendimentos que comecei antes de completar 30 anos. Imaginem que um dia eu, que cursava o último ano de economia, ainda na casa de meus pais, recebi em minha casa uma comitiva formada por seis pessoas recém chegadas do Japão. Tinham acabado de comprar uma grande área que fazia frente para a Via Anchieta em São Bernardo do Campo. O chefe chamava-se Teruo Wakabayashi, que nos contou que iam construir uma fábrica de leite fermentado. Eu, quase economista, o senhor Fumio Tachibana (presidente do Banco América do Sul), e o sr. Takenaka (presidente da Adubos Jaguaré) acreditamos que eles iam começar e em poucos anos iriam embora após fracasso, pois as mulheres na época quase não trabalhavam fora, ainda mais puxando um carrinho carregado de frascos para serem vendidos. Após alguns anos, a Yakult não parava de crescer e o meu pai tornou-se muito amigo do sr. Wakabayashi. Tornamos consumidores do produto e tivemos a idéia de pedir a concessão de uma área de venda do produto. Fomos aceitos como concessionário na área do Vale do Paraíba de Jacareí a Pindamonhangaba e de São Sebastião a Parati. Conheci a revista há seis meses e, desde então, Começamos com uma loja em São José dos Campos, sendo os sócios eu, meu pai e um amigo venho acompanhando as matérias. Gostaria de judeu, colega de Faculdade Rubens. Abrimos uma filial em Taubaté, e muitos pontos de distribuisugerir mais espaço para matérias de comportações em cidades do Vale. mento – especialmente as que tratam dos jovens O empreendimento andava por si só, dava uma boa renda e pouco trabalho, até que em 1989 (cultura, relacionamentos etc.). No mais, parafomos consultados pela matriz se não queríamos vender a concessão. Se só vendíamos os probéns pelo excelente trabalho! dutos de uma só indústria e esta queria comprar a nossa concessão, só tinha uma resposta: SIM, dependia de definir o preço. Renata Lima – Mogi das Cruzes Nessa história toda, o que tiro de conclusão é: para você ser um bom vendedor de qualquer produto, precisa acreditar e gostar do mesmo. Eu continuo consumidor regular do Yakult porque acredito e sempre acreditei que o produto melhora a flora intestinal e regulariza nossa digestão. Portanto, obrigado Yakult pela oportunidade! Akio Ogawa é o atual presidente do Instituto Icaro Sugestões Especial de Natal Interessante saber que na Ásia as pessoas também comemoram o Natal. Contudo, fica a impressão de que trata-se exclusivamente de uma influência norte-americana. Infelizmente, a globalização não trouxe somente benefícios, mas também um comportamento (irracional) espelhado nos Estados Unidos. Harumi Shimane – São Paulo agenda e notas Diálogo TV Digital Viagem de volta O presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, e o primeiro-ministro japonês, Taro Aso, confirmaram a vontade de impulsionar a desnuclearização norte-coreana, mediante o diálogo de seis lados no qual ambos participam. Em entrevista coletiva realizada ao término de sua primeira cúpula bilateral em Seul, ambos os líderes concordaram em cooperar “com paciência” para conseguir o desarmamento nuclear do regime norte-coreano. Ambos os países trabalharão juntos para enfrentar a crise econômica mundial. Um acordo oficializado no fim de dezembro entre os governos do Brasil e Japão prevê adaptações às regras da TV Digital. O documento foi firmado durante o quinto encontro do Grupo de Trabalho Conjunto (GTC), em conjunto com membros do Fórum Brasileiro de TV Digital (SBTVD). As alterações têm como base as áreas de financiamento, cooperação tecnológica, propriedade intelectual, recursos humanos e semicondutores. Conhecido pela população mexicana como o “homem do aeroporto”, o japonês Hiroshi Nohara voltou para seu país, num voo com escala em San Francisco, nos Estados Unidos. No total, ele ficou três meses morando no aeroporto internacional da Cidade do México. Ex-faxineiro, Nohara tinha transformado uma mesa na praça de alimentação do aeroporto em sua nova casa. Sua intenção era fazer uma escala no México e seguir para o Brasil, onde encontraria uma antiga namorada, mas acabou perdendo seu passaporte. Concurso Inclusão digital Tecnologia A China terminou 2008 com 298 milhões de internautas, ficando em primeiro lugar do ranking mundial. Os dados são de um relatório publicado em janeiro pelo Centro Nacional de Informação sobre a Internet. O relatório mostra que, na atualidade, a taxa de cobertura da Internet na China é de 22,6%, superando pela primeira vez o nível mundial que é de 21,9%. A gigante japonesa Toshiba montará em Curitiba, no Paraná, um polo de produção e exportação de equipamentos para transmissão e distribuição de energia, como disjuntores e chaves secionadoras para subestações de energia elétrica. O anúncio foi feito pelo representante da Toshiba Japão, Atsushi Masuda, durante visita ao prefeito Beto Richa. A Toshiba está no Brasil há 40 anos, com uma fábrica de transformadores na cidade de Contagem, em Minas Gerais. A produção da indústria mineira será complementada pelos produtos da unidade curitibana. (Foto: Maurilio Cheli/SMCS) O Third International Mangá Award, concurso de quadrinhos japoneses promovido pelo governo japonês para produções estrangeiras, está com inscrições até 31 de janeiro. Os interessados podem enviar trabalhos (4 páginas ou mais com duas cópias de cada) junto com formulário para o Consulado Geral do Japão em São Paulo. Após a análise, os julgadores escolherão o melhor trabalho, que será contemplado com um Prêmio: viagem de 10 dias para o Japão para a cerimônia de premiação. Mais informações na av. Paulista, 854, 3º andar, São Paulo. Tel: 11/ 3254-0100 ramal: 353. vitrine cultura Novos ares para o reduto oriental de SP Bairro da Liberdade ganha primeira etapa de projeto de revitalização Texto: Redação / Imagens: Divulgação A região da Liberdade, no centro de São Paulo, terá um ar ainda mais oriental. Reconhecido como um dos maiores redutos das comunidades japonesa, coreana e chinesa no Brasil, o bairro ganhou a inauguração, no dia 19 de dezembro, da primeira etapa do “O Caminho do Imperador”, projeto de revitalização idealizado pelo Instituto Paulo Kobayashi e Kallipollis Arquitetura, com apoio da Prefeitura. Na perspectiva geral dos idealizadores, o projeto revitalizará e desenvolverá características orientais do bairro no trajeto percorrido pelo então príncipe herdeiro e atual imperador do Japão, Akihito, que visitou o Brasil em 1997. Segundo o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), a inauguração da primeira etapa é só o começo de uma grande ação preparada para o bairro. “A arquitetura é fundamental, vai nos aproximar ainda mais do sentimento da comunidade japonesa que existe neste local”, afirmou o prefeito, que lembrou da influência da Lei Cidade Limpa. “Hoje, com pequenas publicidades e termos de cooperação, nós conseguimos fazer projetos maravilhosos em São Paulo que não descaracterizam a Cidade. Ficam felizes aqueles que patrocinam e aqueles que vivem na região”. Já para o presidente-fundador do Instituto Paulo Kobayashi, Victor Kobayashi, a concretização da primeira etapa dá uma “boa renovada” nas características originais da Liberdade. Segundo ele, “é uma forma de homenagear os imigrantes japoneses e, de certa forma, beneficiar a população de São Paulo”. “Conseguimos trazer, novamente, as características orientais presentes na região há décadas. E esta é só a primeira parte. Ainda virão mais reformas”, adianta Kobayashi. Toda a reforma da praça iniciou-se em maio de 2008 e contou com patrocínio do Bradesco. As fachadas receberam intervenções nos beirais e frontões, com peças entalhadas de madeira de lei. Já o piso da praça, reformado com ladrilhos hidráulicos e intertravados, remete à lenda de criação do Japão. “O principal objetivo é fazer com que tantos os comerciantes quanto os moradores e os visitantes percebam o bairro como uma reconstrução inspirada na memória da arquitetura oriental”, destaca Victor Kobayashi. cidades Medo e terror nas residências das famílias orientais em São Paulo Quadrilha especializada em assaltos a chineses, coreanos e japoneses mostra novo tipo de foco dos assaltantes Texto: Cibele Hasegawa/Fotos: Divulgação A crueldade de bandidos tem assustado as comunidades orientais da capital paulista nos últimos meses. Assaltos seguidos de espancamento tornaram-se cada vez mais frequentes entre os cidadãos de origem asiática. Desde agosto, muitas famílias tiveram suas residências roubadas, além de sofrerem agressão física e moral ao serem abordados. Após escolherem a localidade, os criminosos estudam cuidadosamente o cotidiano dos residentes e invadem as casas, sem se intimidar com cerca elétrica ou cachorros. Entram e vasculham todo o recinto. Reviram gavetas e armários, entre ameaças e violência contra as pessoas que estão em seu caminho, fazendo uso de objetos, muitas vezes adquiridos no próprio local, como facas de cozinha, ou da própria força física. Esses criminosos procuram agir sempre em grupo e possuem como principal intuito sair com dinheiro na mão. Dólar, especialmente. Outros bens de valor como televisão, aparelho de som ou computador parecem não atraí-los ou desviar a atenção deles. Nem mesmo quando estes estão fáceis de serem furtados – tornando ainda mais claro o objetivo da quadrilha. “Tinha uma câmera fotográfica em cima da mesa, além da televisão, dvd, que estavam na sala e eles não levaram nada. Só repetiam que queriam dinheiro, queriam dólares e questionavam onde estava escondido”, lembra o administrador Thiago (nome fictício por medidas de segurança), 32. A casa do administrador foi assaltada há cerca de três meses. Sua mãe foi quem acompanhou toda ação. Ela foi surpreendida por volta da meia-noite, enquanto dormia sozinha na sala, devido a problemas de locomoção para subir as escadas, e ficou de refém com um dos quatro adolescentes que entraram na moradia. Os outros três percorreram os cômodos revirando tudo. A família nikkei é residente da Zona Leste da capital paulista. O local é onde descendentes de japoneses mais têm sido atingidos, principalmente nos bairros de Vila Ema, Vila Alpina e Vila Prudente. Só neste último citado, há mais de 30 casos registrados em boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia das adjacências. De acordo com o vereador Jooji Hato, que acompanha o caso na região, os idosos e as mulheres fazem parte do perfil mais visado pelos criminosos, embora os ladrões procurem atuar enquanto não há ninguém na residência. Retrato falado dos assaltantes Comunidade chinesa e coreana – Na comunidade chinesa e coreana os relatos não são muito diferentes. Mesmo que os números documentados sejam menores. No total, cerca de 15 lares foram roubados, com um saldo assustador: 3 chineses e 1 coreano foram mortos durante a ocasião. “Muitos talvez estejam ilegais aqui, por isso omitem o fato. Mas, no geral, muitos têm medo de registrar a ocorrência na delegacia por temerem sofrer algum tipo de represália. Talvez, nas três comunidades (coreana, japonesa e chinesa), o número de assaltos seja bem maior que esses que temos”, explica o policial civil, que atuava no GOE (Grupo de Operações Especiais) e assessor do deputado federal William Woo, José Ann. Segundo o policial, os bandidos escolhem as vítimas chinesas a partir da estética, procurando por carros luxuosos. A observação começa já no local de trabalho, conhecendo assim sua rotina. Mas nem sempre acham o que querem e acabam violentando as pessoas que estão na localidade, geralmente os idosos. “Uma senhora coreana foi morta com dois lápis dentro do ouvido. O objeto atravessou a cabeça dela”, conta Ann. Com essas medidas, até o fechamento desta edição, 16 pessoas foram detidas. Dentre eles, 12 possuem menos de 18 anos e foram encaminhados para a Fundação CASA (Centro de Atendimento Sócio-Educativo ao Adolescente), de acordo com dados disponibilizados pelo assessor do deputado federal. 10 automóveis Preço do automóvel usado tem queda histórica Redução de 2,14% no preço é a maior desde 2000, quando foi iniciada a pesquisa AutoInforme/Molicar Texto: Redação / Imagens: Divulgação O impacto da crise no setor de automóveis usados foi fulminante. Os preços despencaram nos últimos dois meses e com a perda do valor do bem, muita gente deixou de trocar o usado pelo novo, desaquecendo ainda mais o movimento do setor. Segundo pesquisa realizada pela Autoinforme/Molicar, feita com base em onze mil anosmodelos usados fabricados de 1999 a 2008, houve uma queda de preços de 2,14%, a maior desde que os estudos foram iniciados, em 2000. Há casos de quedas mais expressivas, de até 20% em apenas um mês. Foi o caso do Mercedes Benz SLK 230 Kompressor, ano 2003, que era cotado por R$ 150 mil em outubro e teve o preço reduzido para R$ 120 mil. O Fiat Marea Turbo 2.0, ano 1999 ficou 19,6% mais barato, com seu preço caindo de R$ 20,4 mil para R$ 16,4 mil. O preço do Hyundai Tucson 2.7 GLS 4x4, ano 2007, caiu de R$ 81.880 para R$ 68 mil, uma redução de 16,9%. O Toyota Corolla XLI 1.8, ano 2001, ficou 16,2% mais barato. Cotado por R$ 23.880,00 no fim de outubro foi encontrado por R$ 20 mil em novembro. A pesquisa detectou queda de mais de 10% em mais de 200 modelos. Mesmo carros que são muito procurados, como Gol, Palio e Corsa ficaram mais baratos. A queda foi generalizada. Os carros usados de 2003 foram os que mais caíram de preço no mês. A variação por ano de fabricação oscilou entre 1,79% (2008) a 2,46% (2003). Veja o quadro. Desde 2006 que o preço do carro usado vem caindo. O aumento expressivo na venda de carros novos dos últimos anos aumentou a oferta no setor de usados e conseqüentemente o preço caiu. A pesquisa apurou uma leve alta de 0,36% no preço do usado durante todo o ano de 2005. Em 2006 a queda foi brusca: - 7,2% e no ano passado outra queda significativa, de 5,3%. Neste ano a queda de preço vinha sendo bem mais branda, por conta da grande demanda no setor por causa do aumento do poder aquisitivo da classe média e das facilidades de financiamento. Tanto que mesmo considerando a queda de 2,14% registrada em novembro o carro usado perdeu apenas 2,3% nos onze meses do ano. A queda de preços em novembro dificilmente será revertida. A tendência é de novas desvalorizações nos próximos meses, mesmo que o mercado de novos se recupere. Isso porque há temor entre os comerciantes de investir no estoque, por causa da instalibidade internacional. As concessionárias só aceitam o usado como parte de pagamento se o preço for bem abaixo das cotações do mercado, caso contrário não conseguem girar o estoque. Os lojistas independentes não estão comprando. Só arriscam em carros de alto giro, mesmo assim jogam o preço lá em baixo. Por enquanto o consumidor resiste a entregar o seu valioso bem por preço tão baixo, mas quem quiser trocar o usado pelo zero terá que aceitar as miseráveis ofertas feitas pelas concessionárias. Alessandro Teixeira, 36 anos, de São Paulo, tentou negociar o seu Fiesta Personalite 2003, com motor 1.0 numa troca com um Civic. Fez uma pesquisa e o menor preço que encontrou no seu Fiesta foi R 18 mil. Pediu R$ 17 mil como parte de pagamento em um Civic LX automático, que custa R$ 62 mil. A concessionária Honda ofereceu R$ 13 mil e não aceitou contra-oferta. Alessandro não fez o negócio. Por marca, os carros da Honda foram os que mais caíram de preço, 4,05% seguidos pelos da Audi, 3,97%. Os carros da Citroën foram os que menos caíram de preço, 1,08%. Veja a tabela ao lado. Evolução do preço por marca em novembro Marca Variação % HONDA -4,05 AUDI -3,97 RENAULT -2,71 FIAT -2,45 CHEVROLET -2,15 FORD -2,08 TOYOTA -1,95 VOLKS -1,87 PEUGEOT -1,70 IMPORTADOS -1,67 MERCEDES -1,59 CITROEN -1,08 Fonte: AutoInforme / Molicar Variação por ano de fabricação em novembro Ano Variação % 2008 -1,79 2007 -1,93 2006 -2,24 2005 -2,21 2004 -2,14 2003 -2,46 2002 -2,39 2001 -2,37 2000 -2,26 1999 -1,94 Fonte: AutoInforme liderança e motivação 11 Você está aberto para novas oportunidades? O segredo está em se manter disposto a formular as perguntas corretas antes de responder sim ou não Texto: Yasushi Arita / Imagem: divulgação S ou freqüentador assíduo de uma determinada loja de produtos de identificar uma oportunidade ou aproveitá-la de forma adequada? Por conveniência. Já me tornei conhecido por todos os atendentes do que algumas pessoas são tão afinadas para identificar oportunidades estabelecimento e, há muito tempo, as minhas idas ao local não enquanto outras afirmam nunca ter tido uma? Oportunidade é um golpe se restringem à necessidade de compra de algum produto. Gosto muito de sorte? de conversar e conhecer pessoas novas. Além disso, sou bastante ob- Muitas vezes perdemos oportunidades porque nos mantemos focados servador e o comportamento da proprietária da loja me chamou a aten- nas dificuldades. O medo, o comodismo, a preguiça, a falta de preparo ção. Passei a trocar informações sobre os mais variados assuntos com ou até o simples fato de não parar para pensar em outras alternativas ela e reparei que, apesar de se são alguns dos fatores que imapresentar sempre com um pedem muita gente de enxergar sorriso no rosto, essa senhora oportunidades. Tenho con* “Muitas vezes perdemos oportunidades porque as tem um semblante triste e de vicção de que nada surge por pouca esperança. Um dia ela acaso. Todo ser humano pode nos mantemos focados nas dificuldades” perguntou sobre a minha ativipreparar para enxergar no* “Todo ser humano pode se preparar para enxer- se dade profissional. Na verdade, vos caminhos e alcançar seus eu estava apenas aguardando gar novos caminhos e alcançar seus objetivos” objetivos. O grande segredo uma oportunidade para falar está em se manter disposto a sobre o assunto e esse dia formular as perguntas corretas chegou! Fiz o convite para que antes de responder sim ou não. ela participasse do treinamento que ministro, o Arita Leader Training. Por que será que aquela mulher, tão carente de uma transformação na Durante anos venho acompanhando a condição de pessoas que têm vida, respondeu não? Independentemente da resposta dela, eu decidi tudo para conquistar níveis mais avançados de satisfação e realização, aproveitar essa situação para refletir e sugiro que você faça o mesmo. mas permanecem estagnadas. O meu trabalho é voltado para o auVolte-se para a sua própria vida. Quantos “nãos” você já toconhecimento e autodesenvolvimento, junto com uma equipe, respondeu para algo que nem sabia exatamente o tenho auxiliado pessoas a encontrarem dentro de si mesmas que era? Quantas vezes deixou de envolver-se em a força e as ferramentas necessárias para a superação de situações diferentes simplesmente porque não tinha seus medos e limites. Eu enxergava esse potencial naquela “segurança”? Já se posicionou negativamente diante senhora e aguardava o momento apropriado para mostrarde uma situação e depois percebeu que o resultalhe uma nova possibilidade. Enfim havia chegado o dia. Eu do seria muito melhor se tivesse feito diferente? Se tinha preparado o terreno e, até ali, por diversas vezes falei você respondeu sim a pelo menos uma das pergunsobre a importância de cada ser humano se dar novas oportas é bom rever os seus conceitos. As oportunidades tunidades, o quanto é importante reservar tempo para nós apenas surgem para aqueles que estão abertos para mesmos e diversos outros argumentos. Mas, apesar de se elas. Quando estamos atentos nossas perspectivas se mostrar interessada numa transformação em sua vida, quando ampliam. Seja num simples bate-papo, na decisão de a convidei para o treinamento, ressaltando que essa seria percorrer um novo caminho de volta para casa, a uma oportunidade de mudança, a sua resposta foi escolha de um filme ou até o fato de freum irredutível NÃO. quentar uma loja, seja qual for a cirFiquei chocado! Ela respondeu NÃO sem ao cunstância, pergunte sempre o que menos pensar na possibilidade, sem analisar há para ser percebido ou aprendido. os prós e contras, sem refletir sobre o que Você certamente ficará surpreso havíamos conversado, sem procurar saber com a resposta e encontrará o seu melhor o que significava exatamente a próprio jeito de identificar oportuniproposta que estava recebendo. Entendo dades. que ninguém deve dizer sim para tudo, mas, o rápido “não e ponto final” me Yasushi Arita é facilitador do Arita surpreendeu. Apesar da minha indigLeader Training, diretor da Arita Treinação, entendi que aquela resposnamento e Consultoria e autor do ta era uma oportunidade para eu livro “Olhe o que você está fazendo refletir sobre questões bastante com a sua vida!”. relevantes, tais como, é possível Site: www.arita.com.br / 12 esportes Nome marcado na história Em 2008, Hugo Hoyama alcançou o número de cinco participações em Olimpíadas Texto: Redação/ Fotos: Divulgação e Waander Roberto D isputar cinco edições consecutivas de Jogos Olímpicos é algo difícil de se ver. E 2008 marcou esse expressivo número na carreira do mesa-tenista Hugo Hoyama, o maior recordista de medalhas em edições de Jogos Pan-Americanos. Aos 39 anos, Hoyama acompanhou a evolução da modalidade que pratica desde os sete anos de idade. A primeira participação de Hugo em Olimpíadas foi em 1992, em Barcelona (Espanha). Depois, o brasileiro esteve em Atlanta (Estados Unidos), em 1996, Sidney (Austrália), em 2000, Atenas (Grécia), no ano de 2004 e, este ano, esteve em uma Olimpíada pela quinta vez em Pequim, na China. “Realmente, 2008, foi um ano muito bom pra mim, principalmente de superação, pois pude me recuperar da contusão que sofri no final do ano passado, onde fraturei o tornozelo direito, a tempo de disputar minha quinta Olimpíada, em Pequim”, comentou Hoyama. O mesa-tenista afirma que também foi surpreendido com o alcançado. “Nunca imaginei, ou melhor, nunca estabeleci na minha cabeça poder disputar cinco Olimpíadas. O que coloquei como meta é que continuaria treinando firme e forte para sempre estar preparado para defender a Seleção Brasileira, em qualquer competição”. E os planos de Hugo Hoyama seguem adiante. “Agora, pretendo continuar treinando forte já visando disputar uma das vagas do próximo PanAmericano, em 2011, no México. Estar sempre treinando e focado no próximo campeonato são os objetivos que tenho e que me dão motivação para seguir em frente”, afirmou o principal atleta do país, que fechou o ano com chave de ouro: no início de janeiro conseguiu, ao lado de Cazuo Matsumoto, uma das vagas do Campeonato Latino-Americano, a ser disputado em março, na República Dominicana. Mas, apesar de tantas alegrias e momentos marcantes no tênis de mesa, essa não é a única paixão de Hugo Hoyama. O Palmeiras, seu time do coração, também é motivo de orgulho para o atleta. “Um fato importante para mim em 2008 foi ver o Palmeiras ser campeão novamente depois de alguns anos na espera. Além disso, estou muita confiante de que, em 2009, novos títulos virão, especialmente a Libertadores”, concluiu o torcedor declarado. vitrine 13 mulher 14 Kimonos e sua elegância Trajes típicos japoneses ainda permanecem vivos, mesmo em terras brasileiras Texto: Cibele Hasegawa/ Fotos: Divulgação E mbora há décadas tenha deixado de ser a roupa do dia-a-dia e a entrada maciça do Ocidente em solo nipônico, os kimonos continuam fazendo parte do vestuário no Japão. Contudo, atualmente são reservados somente a ocasiões especiais como formatura, maioridade, casamento, entre outros. Afinal, para vestir o traje típico são necessárias nove etapas, entre as roupas de baixo, o kimono em si, o lenço, e os diversos acessórios para compor toda a elegância do mesmo. É essa tradição e esse ar de perfeição, que o país não dispensa. Atualmente, os mais comuns são os “yukatás”. Vestimenta de algodão usada no verão, em eventos tradicionais do arquipélago como a chuva de fogos de artifícios, o Hanabi. Inicialmente utilizados apenas como saída de banho, esses trajes seguem o mesmo molde, porém, são mais fáceis de vestir. Já no Brasil, manter esse costume é muito mais difícil. “Faltam oportunidades para as pessoas usarem”, explica Chisa Tanji, que aluga tais roupas e é responsável pelo evento Miss Tanabata Yukata. “Atualmente, são usados somente em eventos como cerimônia do chá, apresentações culturais, danças típicas”, ilustra. O mais comum é o uso nos casamentos, que, aliás, envolvem diversas trocas de kimonos ao longo da cerimônia. São pelo menos duas trocas durante a ocasião. O número de vestes trocadas representa o poder aquisitivo do casal. Isso porque, assim como do outro lado do mundo, o traje é muito caro por aqui. O aluguel custa no mínimo R$200,00 cada kimono, podendo ultrapassar a quantia de R$1.000,00, variando de acordo com os acessórios que irão compor o look e o tipo de tecido. Investimento que vai além de um pano sobre o corpo, de acordo com Tanji. Os kimonos parecem dar a impressão para quem veste de vivenciar a tradição e a cultura de raízes ou de um povo admirável, ainda mais com a comunidade e suas riquezas em alta no ano passado, por conta do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil. u o território Inspiração – E da mesma maneira que o Ocidente invadi territórios, outros em traços seus nipônico, o Japão também deixa as artes ou febre, viraram que , anime o e não só com o mangá deram os kimon os que ção inspira a com m també marciais, mas aos estilistas. os com o A moda verão 2009 traz em seus modelinhos vestid e blusias camis de além onais, tradici s mesmo corte das roupa ldescu mais há não Agora . molde ou pa estam pela nhas, seja pas para não ter a elegância das gueixas. vitrine 15 16 beleza e saúde SOHO traz a solução para alongamento de unhas quebradiças O sucesso da AcrylFix já funciona em todos os salões da rede Texto: Redação / Imagens: Divulgação S empre em sintonia com o que há de melhor em tecnologia da beleza, o SOHO Hair International apresenta a solução para unhas quebradiças e difíceis de crescer. Desde abril, em todos os salões SOHO é possível ter as unhas dos sonhos com o uso de uma técnica que utiliza cola em gel e pó acrílico para fortalecer e alongar as unhas. Batizada de Acrylfix, a técnica foi criada no Centro Técnico do Empório das Unhas, em São Paulo, com o desafio de desenvolver o mercado de unhas no Brasil. “Criamos o método primeiramente para revitalizar unhas fracas e depois, como alongamento, para substituir as unhas postiças”, explica Suely Munekata, diretora da empresa. Segundo a manicure do SOHO Academy III, Cassiane Santos, essa técnica é a melhor forma para quem gosta de unhas longas e bem cuidadas. “A aplicação é rápida, em apenas 40 minutos é possível ter unhas longas, esmaltadas normalmente, e trocar a cor sempre que quiser, até mesmo usá-las decoradas”, explica Cassiane. Atenção no filtro solar Pesquisa aponta que consumidor não aplica quantidade ideal O Texto: Redação / Imagens: Divulgação uso de protetor de filtro/bloqueador solar deve ser um hábito diário durante todos os dias do ano, mas no verão os raios solares ficam mais fortes e atingem com mais contundência o ser humano. O risco maior é o câncer de pele, que é um dos tipos mais comuns no mundo. Por isso, é primordial usar o protetor solar de forma contínua e na quantidade ideal. Segundo estudos do Indian Journal of Dermatology, a porção ideal de protetor solar deve ser de acordo com a área da pele que ficará exposta ao sol. A pesquisa aponta que no rosto dos homens, o correto é aplicar 1,5 ml/cm² (quantidade de protetor solar para cada centímetro quadrado), e 1 ml/cm² nas mulheres, pois elas têm uma área facial menor. Esses números, na realidade, equivalem a uma colher de chá rasa, que deve ser aplicada a cada duas horas, de preferência no horário entre 10 e 16 horas. O mesmo estudo, contudo, indica que os consumidores usam, em média, de 0,5 a 1,5 ml/cm² de protetor a cada aplicação, o que fica muito aquém da quantidade desejada. O professor de Cosmetologia e diretor da Consulfarma, Maurício Pupo, confirma que muitas pessoas aplicam, em média, 30% da quantidade ideal para garantir a proteção. “Se o volume utilizado for abaixo daquele aconselhado, a proteção será muito menor e vulnerável, pois os cálculos de Fator de Proteção Solar (FPS) são logarítmicos, isto é, ao ser aplicado, por exemplo, um produto de FPS 60 em menor quantidade, o consumidor não terá nem o equivalente a FPS 30, ocasionando queimadura na pele”, explica o professor. Entretanto, não é apenas na praia ou durante o verão que é importante a prevenção ao sol. Mesmo na cidade é extremamente saudável e recomendável o uso do protetor solar. Por isso, já é possível encontrar no mercado brasileiro filtro solar para o dia-a-dia, como o Normalize, da ADA TINA, que, em uma única aplicação, protege a pele durante 12 horas, contra todos os tipos de raios ultravioletas. vitrine 17 18 okids Na companhia dos morcegos Aquário de São Paulo recebe ‘raposas voadoras’, os maiores morcegos do mundo Texto: Redação/ Fotos: Divulgação O Aquário de São Paulo, cujo objetivo principal sempre foi apresentar aos seus visitantes espécies raras e curiosas, traz mais uma novidade ao público: um recinto dedicado a morcegos. Aberto ao público no começo de janeiro, o espaço conta com 6 exemplares dos Morcegos Gigantes da Ilha de Java – Indonésia. São conhecidos como Raposas Voadoras e considerados os maiores morcegos do mundo. Dentre os exóticos animais, destaque para a espécie Pteropus Vampyrus, cujo porte grande e o olhar penetrante impressionam. Quando filhotes chegam a medir 1 metro de envergadura - ou seja, de ponta a ponta da asa - e quando adultos, 2 metros. Mas, apesar do tamanho avantajado, são extremamente leves e podem ser suportados até pelo dedo de um homem. Desconhecidos nas Américas, vivem nas florestas e mangues e possuem hábitos noturnos. Dormem pendurados em Árvores, de cabeça para baixo, enrolados pelas asas. Além de trazer os morcegos, o Aquário de São Paulo montou uma estrutura especial para abrigar os animais. Para proporcionar a melhor qualidade de habitat para esses curiosos mamíferos e também para uma excelente visualização das espécies pelos visitantes, especialistas montaram um viveiro temático, que conta também com uma cascata de 8 metros de altura. Origem – A Ilha de Java, de onde são originários os morcegos “raposas voadoras”, é repleta de vulcões, sendo o Krakatoa o mais conhecido. Durante a 2ª Guerra Mundial, a Ilha foi severamente castigada por bombardeios e combates aéreos dos japoneses. Passados 65 anos, ainda se encontram vestígios desses eventos nos dias atuais. Foi nisso que a cenografia do complexo se baseou para tematizar o recinto. AQUÁRIO DE SÃO PAULO Endereço: Rua Huet Bacelar, 407 - Ipiranga Atendimento ao visitante: Fone: 11 2273 5500 Site: www.aquariodesaopaulo.com.br Dias e Horários de Funcionamento: de Segunda à Domingo, das 9hs às 18hs. Valores: - Aquário de São Paulo: Ingresso único: R$20,00. - Promoção, Segundas-Feiras Ingresso: R$10,00. - Deficientes físicos cadeirantes (paraplégicos e tetraplégicos) entram gratuitamente. Idosos acima de 65 anos ganham descontos de 50%. - Para compra no local, aceita-se dinheiro, cheque, cartão de débito (todos). Na bilheteria não aceita cartões de crédito. Vendas antecipadas pela Ticketmaster: www.ticketmaster.com.br - Estacionamento: R$10,00. Com manobrista. vitrine 23 19 20 educação Caça aos superdotados Educação estadual monta projeto para dar suporte a estes alunos, identificando-os e direcionado seus estudos Texto: Redação/Foto: Divulgação A Secretaria de Estado da Educação acaba de finalizar levantamento sobre o projeto “Caça Talentos”, que em 2007 iniciou o treinamento de professor para identificação e direcionamento de estudos de alunos superdotados. O animador resultado aponta para 397 estudantes, cinco vezes mais que os 79 identificados em 2007. Há cerca de 1 ano e meio a Secretaria encerrou a capacitação de 270 professores. Por cerca de um ano os profissionais foram treinados. A iniciativa pretendia exatamente identificar alunos superdotatdos, focando o aprendizado em temas que fossem necessários ao cotidiano dos alunos. Até então os alunos superdotados da rede estadual de educação eram identificados pelo “feeling” dos professores. “O resultado é enorme. Estamos felizes com a identificação de cinco vezes mais alunos. Superdotado não é aquele estudante que tem faci- lidade de memorizar fórmulas e decorar datas, como a maioria pensa. O perfil desse aluno envolve muito mais a combinação de sensibilidade, criatividade e capacidade de criar e propor soluções novas para problemas na sala de aula”, afirma Maria Elisabete da Costa, diretora do Centro de Apoio Pedagógico Especializado (Cape), órgão da Secretaria responsável pela capacitação dos professores. A capacitação dos educadores resultou no livro “Um olhar para as altas habilidades: construção de caminhos”, um manual para que as escolas possam identificar ainda mais estudantes superdotados. O manual está sendo entregue a todas as escolas estaduais. “É importante que todo o potencial do superdotado seja explorado. Ainda é preciso identifica-lo corretamente, integrá-lo aos colegas e à escola”, diz Maria Elisabete. Algumas características de estudantes superdotados: · Alto grau de curiosidade · Boa memória · Atenção concentrada · Persistência · Independência e autonomia · Facilidade de aprendizagem · Criatividade · Iniciativa · Liderança vitrine 21 22 bem estar Barulho sem fim para os moradores Especialistas alertam sobre ruídos em excesso próximo a aeroportos Texto: Redação / Imagens: Divulgação M orar ou trabalhar na zona Sul de São Paulo, próximo ao aeroporto de Congonhas, não é uma tarefa das mais simples. O barulho das aeronaves é, literalmente, ensurdecedor. E os mais prejudicados com essa convivência nem um pouco amistosa, são os ouvidos. De acordo com a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) a exposição frequente aos ruídos do aeroporto pode levar até mesmo a perda auditiva. Segundo informações do Relatório de Impacto Ambiental (Rima) divulgado pela Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), necessário para permitir o licenciamento de operação do aeroporto de Congonhas, as atividades do local emitem ruídos acima do permitido por lei. Por exemplo, durante a decolagem, o som emitido por um avião chega até 140 decibéis (dB), sendo que o permitido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 85 dB. Essa exposição diária aos ruídos excessivos do aeroporto pode ocasionar diversos problemas de saúde. Entre eles, irritação, zumbidos e a diminuição da audição. Uma das maneiras de amenizar esses efeitos é utilizar protetores auriculares, os mesmos que são utilizados por trabalhadores que ficam expostos a muito barulho. E o problema do ruído, ao invés de ser resolvido, só aumenta a cada ano. Quando foi criado, o aeroporto ficava em uma região descampada e os aviões eram menores e menos barulhentos. Hoje, está completamente cercado por habitações, os aviões são maiores e o nível de ruído está muito maior. A única solução para essa questão é o aeroporto se adequar às leis, o que iria melhorar a qualidade de vida das pessoas que habitam a região. vitrine 23 24 gastronomia Incorporado ao cotidiano Um dos pratos mais típicos de São Paulo, o pastel também é destaque no bairro da Liberdade Texto Tamires Alês / Fotos Divulgação S eja na pastelaria ou na feira mais próxima, o pastel com refrigerante ou caldo de cana não pode faltar no cardápio. A combinação já está incorporada no cotidiano dos brasileiros, principalmente dos paulistas, ganhando novos adeptos a cada dia. E no bairro da Liberdade não poderia ser diferente. Há 10 anos funciona, na rua dos Estudantes, a Pastelaria Yoka, ponto de parada obrigatório para quem não abre mão de um pastel sequinho e bem recheado. Comandada por Luiza Yokoyama e seu filho Jobsom, os pastéis da Yoka se destacam pela massa fina e crocante, receita de família, e pelos mais de vinte recheios diferentes. Feito na hora, a iguaria chega às mãos dos clientes quentinho. “O segredo para o pastel ficar sequinho é abrir a massa bem fininha, montar na hora, não usar gordura hidrogenada e fritar com o óleo na temperatura exata”, explica Jobsom Ohno, que tem formação em hotelaria e gastronomia. A primeira pastelaria que Luiza montou foi na rua da Glória. Com um pouco mais de experiência resolveu abrir no endereço atual. “No começo não foi nada fácil, fomos aprendendo com os nossos erros, e ganhando mais clientes a cada dia”, conta. Hoje a pastelaria vende mais de 500 pastéis por dia e é conhecida como uma das melhores da cidade. Entre os sabores mais pedidos durante a semana estão os clássicos de carne e de queijo. Aos fins de semana, o de bacalhau, de palmito com camarão e de carne seca são mais requisitados. Sem falar no japonês, um dos destaques da pastelaria. Em seu recheio uma combinação de tofu (queijo de soja), shitake (cogumelo), kamaboko (massa de peixe) e cebolinha. Leve e saboroso faz muito sucesso entre os clientes. Além dos pastéis salgados a Yoka tem três variações de pastéis doces: chocolate, banana e romeu e julieta. A pastelaria também oferece uma variedade de salgados, como bolinhos de carne, de camarão, de bacalhau e coxinha feitos com massa de batata, além de empadas, esfihas fechadas e kibe. Encomendas para festas também podem ser realizadas. Receita de família A história do pastel na família Yokoyama já é antiga. Começou há mais de 60 anos com Takashi Yokoyama. Ele abriu sua primeira pastelaria na região central da cidade de São Paulo, e foi lá que começou a vender os primeiros pastéis. Durante toda a vida teve pastelarias em diferentes lugares da cidade e sempre trabalhou em família, o que fez com que seus descendentes também aprendessem à arte de fazer pastel. E Jobsom é um exemplo disso. Trabalha na pastelaria há quatro anos e já aprendeu o segredo da massa do pastel, que é herança de família. E como bom segredo, nem pensa em revelar. “Tenho muito orgulho por ser um dos responsáveis por continuar com o trabalho do meu avô, espero que nossa receita continue por muitas gerações”, ressalta. Pastelaria Yoka Rua dos Estudantes, 37 – próximo ao metrô Liberdade De segunda a sexta das 9h às 20h Sábados e domingos das 9h às 19h Tel: 3207-1795 www.yoka.com.br vitrine 25 26 vitrine vitrine 27 28 gastronomia Do oriente para o ocidente Conheça os benefícios da soja e como ela pode ser inserida nas refeições diárias Texto Redação / Fotos Divulgação R ica em proteínas e vitaminas do complexo B, a soja é um dos alimentos mais completos que existem, e mesmo assim não é tão difundida na culinária ocidental, nem mesmo no Brasil que a produz em larga escala. Já na culinária oriental, tanto a soja quanto os seus derivados, como o tofu (queijo de soja), shoyo (molho), missô (pasta) e natô (soja fermentada), são utilizados em diversos pratos e o consumo é 50 vezes maior do que nos países ocidentais. Além de ter funções nutricionais, a soja produz vários efeitos benéficos à saúde, reduzindo os riscos de algumas doenças crônicas e degenerativas. De acordo com a Food and Drug Administration (FDA), órgão que regulamenta a produção de alimentos e medicamentos nos Estados Unidos, a ingestão diária de 60 gramas de grãos de soja auxilia no controle dos níveis de LDL, colesterol ruim, e triglicérides, reduzindo os riscos de enfarto, trombose e acidentes vasculares cerebrais (AVC). Também é uma grande aliada das mulheres. Por ser rica em compostos fitoquímicos como as isoflavonas, reduz os riscos de alguns tipos de câncer que atingem o sexo feminino, como o de mama e de colo do útero. Além de amenizar os sintomas da tensão pré-menstrual e menopausa, e prevenir a osteoporose. Salada de Soja Rendimento: 3 porções A soja, além de trazer efeitos benéficos à saúde, é um alimento diversificado que acompanha e combina com muitos ingredientes. Na época de verão, em um país tropical como o Brasil, saladas sempre são uma boa pedida. Confira a receita de uma salada de soja, leve e saudável. Ingredientes: * 1 xícara (chá) de soja em grãos * 1 pimentão vermelho picado em tiras * 1 cebola picada em tiras * 1 colher (sopa) de manjericão fresco * Salsinha e cebolinha a gosto * 1 colher (sopa) de azeite * Suco de 1 limão * Sal e pimenta do reino a gosto Modo de Preparo: Em uma panela, ferva os grãos de soja com três xícaras (chá) de água, durante 5 minutos. Escorra e lave em água fria. Coloque a soja em uma panela de pressão com um litro de água, tampe e leve ao fogo. Após iniciar fervura, abaixe o fogo e cozinhe por cerca de 20 minutos, até que esteja macia. Apague o fogo, aguarde sair toda a pressão, escorra e deixe esfriar. Coloque a soja cozida em uma saladeira e junte os ingredientes restantes. Leve à geladeira até o momento de servir. vitrine 29 30 especial capa Empreendedorismo: Transformando sonhos em realidade Crise financeira? Dificuldades no emprego? Descubra os segredos para se dar bem em um negócio próprio Texto: Tamires Alês/Fotos: Divulgação U ma idéia na cabeça e coragem para realizar um sonho. Essas são as ferramentas iniciais de um empreendedor. Com empenho e dedicação, muitos conseguem colocar em prática seus objetivos e tornamse empresários de sucesso. Embarcar em um novo negócio não é uma tarefa simples, já que muitos obstáculos têm que ser enfrentados, mas muitas pessoas vão em busca desse sonho. Em todo o mundo, são mais de 73 milhões de pessoas, entre 18 e 64 anos, que abriram uma empresa nos últimos quatro anos, de acordo com dados do Global Entrepreneurship Monitor (GEM), principal organismo internacional de estudo do empreendedorismo. De acordo com Ludmila Figueiredo, coordenadora da área de Cultura Empreendedora da filial brasileira do Instituto Endeavor, entidade americana sem fins lucrativos que estimula o desenvolvimento da cultura empreendedora em países emergentes, as principais competências necessárias para ser um empreendedor é ter atitude, ética, comprometimento e busca por aprendizado. “Empreendedores que acreditam em seus objetivos e buscam realizá-los viram exemplos a se seguir, e a economia brasileira, assim como qualquer outra, precisa muito de atitude para desenvolver o país”, relata. “Esses novos empreendimentos ajudam o desenvolvimento do país, o que movimenta a economia, uma vez que quase 99% das empresas constituídas formalmente no Brasil são micro e pequenas e são elas as maiores geradoras de emprego e renda”, ressalta o coordenador do projeto Dekassegui Empreendedor no Estado de São Paulo e consultor do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Milton Fumio Bando. Entre as áreas mais promissoras para investir em um novo negócio, Ludmilla destaca as que trabalhem com diferenciais sustentáveis, uma vez que o mundo precisa cada vez mais de tecnologias com esse enfoque. Já Milton ressalta a importância de evitar negócios da moda e escolher os que sejam mais constantes, como o ramo de alimentos. especial capa Oportunidade X Necessidade Segundo pesquisas do GEM o Brasil ocupa o sétimo lugar no ranking mundial dos países com maior nível de empreendedorismo. Porém a maioria das pessoas que resolvem abrir uma empresa no Brasil, o fazem não porque viram uma oportunidade de negócio, mas sim, por necessidade. Muitos perdem o emprego, não conseguem uma colocação no mercado de trabalho e decidem abrir um negócio próprio. Com a crise mundial esse número só tende a crescer. “Quando a economia cresce, os trabalhos formais aumentam, mas com a crise econômica a tendência é que mais pessoas abram seu próprio negócio, uma alternativa para o desemprego”, relata Milton. Novos empreendedores podem surgir ainda mais entre os dekasseguis. Estes nikkeis vão ao Japão para trabalhar e quando voltam ao Brasil têm muitas dificuldades para conseguir uma recolocação no mercado de trabalho e acabam utilizando suas economias para abrir um negócio próprio. “Com a crise, muitas empresas japonesas demitiram os funcionários ou não renovaram os contratos de trabalho. Há uma expectativa que cerca de 70 mil dekasseguis voltem ao Brasil até fevereiro, falta até passagens aéreas do Japão para o Brasil, e é provável que essas pessoas abram um negócio aqui com as economias dos anos de trabalho”, explica Milton. Para Ludmila, a mentalidade do brasileiro também precisa mudar. “Essa relação de dependência, de procurar se mexer apenas quando precisa tem que se alterar, é uma questão sociocultural que precisa evoluir. Nosso maior desafio hoje, é a educação para uma cultura empreendedora, para que os negócios sejam mais planejados e tenham mais condições de crescer”, conclui. Cursos As características empreendedoras podem nascer com as pessoas ou serem adquiridas ao longo da vida. Para ajudar a reconhecer e desenvolver esse perfil empreendedor existe muitos cursos de capacitação e programas de orientação. Diversas organizações oferecem bons conteúdos como o Sebrae, a Fundação Brava, a Confederação Nacional dos 31 Jovens Empresários (Conaje), a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), entre outros. Com o objetivo de desenvolver o potencial empreendedor e estimular as mudanças no comportamento pessoal e empresarial, o Sebrae em parceria com as Nações Unidas realiza o programa EMPRETEC. O projeto estimula os participantes a buscar o sonho de começar um negócio próprio ou incrementar um já existente. Os workshops têm a duração de nove dias, com carga horária de oito horas por aula. Durante o curso são ministrados aspectos da conduta empresarial e exercícios práticos para aperfeiçoar a criação e a condução dos negócios. De acordo com o estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) após realizar o curso o participante afasta significativamente o perigo de falência e aumenta o seu faturamento. Em 71% das empresas participantes, houve um acréscimo médio de 64% do faturamento, segundo a pesquisa de impacto do EMPRETEC. Mais informações sobre o curso podem ser encontradas no site www.sebrae.com.br. Ludmila lembra que os cursos são importantes, mas não bastam para se ter sucesso. “Capacitação sempre incrementa, mas a atitude é que fará a diferença para a prosperidade do negócio ou projeto. A troca de experiência e interatividade também é válida”, explica. Dekassegui Empreendedor Dos nikkeis que saem do Brasil para trabalhar no Japão, 57% dizem que quando voltar querem abrir um negócio próprio, segundo pesquisas do Sebrae. E foi com a intenção de ajudar a desenvolver a capacidade empreendedora desse público que o Sebrae, em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Associação Brasileira de Dekasseguis (ABD), desenvolveu o programa Dekassegui Empreendedor. No programa os dekasseguis recebem apoio educacional, técnico e gerencial em diversos momentos: antes de viajarem ao Japão, durante a estadia e no retorno ao Brasil. O objetivo é que eles montem negócios com planejamento e sustentabilidade, correndo o mínimo de risco possível. Segundo o coordenador do projeto os dekasseguis em função da própria cultura e do tempo que ficam no Japão, não têm quase nenhuma característica empreendedora, e por isso precisam adquiri-las. “De acordo com o perfil de cada pessoa, orientamos a melhor forma de utilizar suas economias, seja na abertura de um negócio ou na aplicação do dinheiro”, explica Milton. Dentro dos participantes do programa são escolhidos os casos de sucesso, como o do Roger Katsuji Kayasima que abriu uma Rotisserie em Mogi das Cruzes e Nilo Katsuo Kato que tem uma confeitaria no Paraná. Para ter mais informações sobre o programa acesse o site: www.dekassegui.sebrae.com.br. especial capa 32 Quer ser um empreendedor de sucesso? Conheça as principais dicas para abrir um negócio próprio com o máximo de segurança e o mínimo de risco possível Texto: Tamires Alês P ara ajudar as pessoas que desejam abrir um negócio próprio, mas não sabem direito por onde começar, a Mundo Ok conversou com especialistas que enumeraram as principais dicas para se tornar um empreendedor de sucesso. “Antes de abrir um negócio é preciso primeiro identificar uma oportunidade e começar com algo que gosta de fazer. Decidido à área de atuação, é preciso pensar com calma em cada detalhe, conhecer empresas que já existem com o mesmo tema e transformar tudo em valores. Depois é necessário se capacitar em termos de gestão e finanças, e sempre que necessário procurar ajuda especializada, como a que o Sebrae oferece”, enumera o consultor do Sebrae, Milton Fumio Bando. Já a coordenadora da área de Cultura Empreendedora do Instituto Endeavor, Ludmilla Figueiredo lista as dez atitudes necessárias para se ter sucesso em um negócio: 1 2 Acredite em suas idéias. Senão como conseguirá vendêlas para os outros; Sonhe grande. Sonhar grande ou pequeno dá o mesmo trabalho, mas um sonho inspirador faz toda a diferença; 3 É necessário determinação e perseverança, já que bons resultados demoram a chegar; 4 Ética e princípios são essenciais, não dá pra construir nada sólido com uma base frágil; 5 Tenha foco. Escolha o fundamental para fazer a idéia funcionar e não abra demais o leque; 6 Simplifique. Procure realizar as coisas que estão ao seu alcance para não se complicar; 7 Gente. Cerque-se de pessoas competentes para fazer as coisas funcionarem; 8 Transparência. Seja claro e honesto com todas as pessoas com quem se relacionar; 9 Barriga no balcão. Experimente seu produto, converse com clientes, fornecedores e parceiros; 10 Copie. Aproveite o que já funciona bem e aperfeiçoe, não precisa criar tudo do zero. “Não há muita regra. Mas sempre valorize o profissional que trabalha em sua empresa, pois ele é o recurso mais importante de uma organização. E, em qualquer instância, não desista”, conclui Ludmilla. vitrine 33 especial capa 34 Empreendedorismo na escola A importância de estimular a atitude empreendedora nas crianças Texto: Tamires Alês/Fotos: Divulgação e Arquivo Pessoal D espertar o olhar, a inquietação e a curiosidade das crianças, fazer com que elas tenham um pensamento e uma atitude empreendedora. Esses são um dos objetivos do programa Jovem Empreendedor do Sebrae, que inclui na grade curricular das escolas de ensino fundamental e médio as aulas de empreendedorismo. O programa é gratuito e atende escolas públicas e particulares, que só ficam responsáveis pelas cópias das apostilas. Durante as aulas, os alunos aprendem os conceitos de empreendedorismo e como montar uma empresa. Montam negócios fictícios e no final do ano são avaliados. Fazem isso em todas as séries e vão se aprimorando a cada ano. “Quando a criança aprende desde cedo, na escola, que pode ser um empreendedor, que pode montar o seu próprio negócio, ela começa a adquirir as características empreendedoras e tende a aproveitar melhor as oportunidades que vão surgir ao longo da sua vida”, explica o consultor do Sebrae, Milton Fumio Bando. O próximo objetivo do Sebrae é levar o programa para as escolas brasileiras no Japão. “Nós queremos disseminar ainda mais esse projeto, oferecendo uma boa base para as crianças, estejam elas aqui ou do outro lado do mundo. Para que no futuro elas possam abrir negócios em suas áreas de atuação, sendo empreendedoras de sucesso”, ressalta Fumio. De acordo com dados do Sebrae, nos últimos cinco anos, 200 mil estudantes frequentaram cursos de empreendedorismo em escolas de todo o Brasil. Para a coordenadora da área de Cultura Empreendedora do Instituto Endeavor, Ludmila Figueiredo, é importante estimular desde cedo à atitude empreendedora nas crianças, porque isso desperta um senso comum para que todos corram atrás de suas realizações pessoais. “Isso torna as pessoas mais protagonistas de suas histórias, mais realizadores e isso desenvolve o país como um todo”, conclui. 35 36 especial capa Vencendo desafios e superando barreiras A história de um dekassegui que enfrentou todas as dificuldades e hoje é empresário de sucesso Texto: Tamires Alês/Fotos: Divulgação e Arquivo Pessoal O empresário Roger Katsuji Kayasima comanda em Mogi das Cruzes um negócio inusitado: uma cantina italiana, a Íris Massas Rotisserie. Ele começou em 1994 quando aceitou o desafio, junto com o seu irmão Wiliam, de tocar um negócio que até então não tinha a mínima experiência, já que nunca havia trabalhado no ramo dos alimentos. Roger e Wiliam tinham acabado de voltar do Japão, após terem trabalhado durante quatro anos como dekassegui. Como não conseguia uma recolocação no mercado de trabalho em sua área de atuação, Roger, que é formado em eletrônica e ciências da computação, resolveu junto com o irmão e a cunhada Regina abrir o próprio negócio com as economias dos anos de trabalho no Japão. Foi assim que comprou a Rotisserie de uma amiga de sua mãe, e conseguiu não apenas manter como ampliar a freguesia. Hoje, 14 anos depois, após enfrentar muitas dificuldades e trabalhar com empenho e dedicação, recebe somente no almoço de domingo cerca de 300 pedidos. E não quer saber de parar. Pretende ampliar a atual área de atendimento. A Rotisserie fica aberta todos os dias do ano, inclusive no Natal e no Reveillon, também tem atendimento delivery e é considerada uma das melhores da região. Como o projeto começou sem muito planejamento teve que enfrentar muitos problemas. Como ter que tomar a difícil decisão de fechar a filial de Suzano, dois anos após sua inauguração, já que o sucesso da matriz não se repetiu. E para evitar maiores prejuízos adiou um pouco o sonho de ampliação. Ex-Dekassegui é hoje referência em Mogi Roger, Regina e William: parceria de sucesso Mas a experiência sem sucesso da filial foi mais uma batalha vencida, e para conquistar mais espaço no mercado resolveu que estava na hora de se capacitar. Foi assim que conheceu o Sebrae e junto com os sócios participou de palestras, seminários e realizou os cursos do Empretec, como o “Aprender a Empreender” e “Saber Empreender”, além de cursos específicos sobre planejamento estratégico e fluxo de caixa. “Só depois de fazer os cursos que podemos dizer que nos tornamos verdadeiramente empreendedores. E o nosso orgulho é, depois de superados todos os desafios, sermos escolhidos um dos casos de sucesso do projeto Dekassegui Empreendedor do Sebrae”, relata o proprietário da Rotisserie. Atualmente Roger e seus sócios, mudaram a maneira de trabalhar e cada um tem funções bem definidas dentro da empresa, mas a tomada de decisões continua sendo em conjunto. “Hoje, eu cuido da parte financeira e do planejamento. Após os cursos, eu e meus sócios passamos a cuidar da administração da empresa, deixando a parte operacional com os nossos colaboradores”, afirma Roger. Se todo o esforço valeu a pena, Roger acredita que sim. E que o sucesso vem com a busca constante de novas metas, por isso concorda com a frase que diz: “Sucesso não é uma questão de sorte, mas de escolha. Não é algo para ser esperado, mas para ser alcançado”. E em busca dessas novas metas, Roger já se prepara para o próximo desafio, abrir uma rede de franquias. “Para isso contratamos uma consultoria em marketing, e estamos arrumando a casa: padronizando a marca, os processos de produção, os produtos e a comunicação visual”, explica Roger. vitrine 37 38 especial capa O segredo do sucesso das Havaianas Ângela Hirata explica como realizou seus sonhos e se tornou uma empresária de destaque Texto: Tamires Alês / Fotos: Arquivo Pessoal T ransformar uma sandália de dedo brasileira em produto conhecido e desejado mundialmente não é uma tarefa fácil. Mas essa façanha foi realizada por Ângela Tamiko Hirata, uma empreendedora nata, que fez das Havaianas um sucesso internacional. Apaixonada pelo Brasil, assumiu em 2001 a direção do departamento de comércio internacional da São Paulo Alpargatas, detentora da marca Havaianas, e colocou um dos seus sonhos em prática: “Fazer com que um produto brasileiro fosse reconhecido no mercado internacional como marca de valor agregado e não como um commodity”. Formada em administração de empresas com especialização em comércio exterior, tem vasta experiência em vendas, desenvolvimento de mercado e representação de negócios internacionais. Já trabalhou em empresas como Levi’s, Boticário, Hering e Azaléia. Hoje, Ângela presta consultoria para a São Paulo Alpargatas e trabalha com clientes como Basf e Tramontina, além de ser responsável pela Amazon Life. Em entrevista a Mundo Ok, explica como transformou a Havaianas em produto de exportação utilizado por pessoas no mundo inteiro, inclusive, várias celebridades. Além de dar algumas dicas para os que também desejam exportar seus produtos. Revista Mundo Ok: Como posicionou a marca Havaianas no mercado internacional? Ângela Hirata: Primeiramente identifiquei um nicho de mercado, já que não existia nenhuma marca de sandália de dedo no mundo, então comecei a vender nos mercados com um perfil parecido com o do Brasil, e paralelamente nos mercados formadores de opinião como França, Inglaterra e Itália. Meu objetivo era vender pouco e fazer o posicionamento da marca. Assim, participávamos de eventos internacionais que agregavam valor a marca, também colocamos a sandália nas melhores lojas e bem posicionadas nas vitrines, além de calçar celebridades, para o produto passar a ser reconhecido e criar o desejo de consumo. Mundo Ok: Em que momento percebeu que o projeto da Havaianas tinha dado realmente certo? Ângela: No primeiro ano já percebi que tinha dado certo. Quando assumi a direção, a produção era de 340 mil pares por dia, e hoje são produzidos mais de 700 mil pares por dia, um crescimento grande, mas não como venda massiva, venda como marca e isso tem um valor incrível. Hoje exportamos para os cinco continentes, em cerca de 80 países e nas vitrines mais cobiçadas. Mundo Ok: O Brasil agrega alguma vantagem competitiva aos seus produtos no mercado externo? Ângela: O Brasil é um país desejado, que tem muito futuro, não tem nada a dever aos países do BRIC [Brasil, Rússia, Índia e China], só é preciso posicionar o produto e a marca da maneira correta. Ouve-se falar muito na crise mundial de hoje, mas acredito que não devemos temer a crise, temos que ficar atentos e aproveitar as oportunidades que vão surgir. O Brasil tem tudo para ser o melhor do mundo, basta ter coragem para mostrar para os outros países que nós sabemos e temos condições de fazer o melhor, é só querer. Mundo Ok: Que aprendizado o sucesso da Havaianas agregou a sua vida? Ângela: Aprendi que temos que sonhar, que é possível alcançar nossos objetivos. E o quanto é importante ter pessoas trabalhando junto com você, uma boa equipe de trabalho é fundamental, porque sozinho a gente não faz nada. Sempre digo que o sucesso não é somente meu, o sucesso vem com trabalho forte de equipe, e para isso é preciso saber ouvir e admitir nossos próprios erros. Mundo Ok: Quais dicas daria aos empresários que pretendem trabalhar com o mercado internacional? Ângela: Primeiro é preciso agir com a razão, verificar as ameaças e oportunidades do mercado, os pontos forte e fraco do produto. Sensibilidade para detectar o que o mercado quer e transformar isso em business. E emoção para vender, para as pessoas olharem para o produto e terem vontade de comprar. Então é preciso trabalhar com razão, sensibilidade e emoção, e, principalmente, acreditar no seu produto. vitrine 39 㤵 㜵 ㈵ 㔀 慮 畮 捩 潟 摥 稀 瑥 狧 愭 晥 楲 愬 ‹ 攠 摥 穥 浢 牯 攠 ㈰ 〸 ‱ 㔺 ㌷ 㨴 㤀 40 especial capa - ponto de vista Caminho das pedras P or que algumas pessoas alcançam metas estabelecidas em seus negócios, carreiras ou finanças; enquanto outras parecem encontrar apenas momentos de carência e frustração? O que faz com que você adie seus compromissos enquanto outra pessoa realiza as tarefas com rapidez? O que faz com que você cuide de sua saúde enquanto outra pessoa faz uso de drogas e come alimentos potencialmente nocivos? O que faz com que você tenha o “beijo da morte” enquanto outros têm o “o toque de Midas” quando se trata de dinheiro? É apenas sorte? É um fator genético? Na verdade, o modo como o indivíduo percebe e pensa sobre o mundo é o que determina o que ele vivencia e como reage a ele. Chamamos isto de Programação Mental. O objetivo da Programação Mental não é descobrir como será o futuro, mas como poderia ser. Qualquer futuro que “poderia ser” é mais rico em promessas e possibilidades do que um futuro que “será”. Uma frase que sempre dizemos em nossos treinamentos é “Aquele que sabe, mas não faz, na verdade não sabe nada”. O pior comportamento que você pode ter na vida é quando quer se iludir quanto ao resultado obtido. Isto é simples de se fazer, basta perguntar-se: Por que não consegui atingir o meu objetivo? Sempre haverá alguém que é o culpado. Vamos listar? A péssima gestão dos Bancos Americanos. O excesso de tributação. Meu chefe que não me promove. Meu sócio que é devagar. O produto que eu vendo. A sazonalidade de consumo. Meu cônjuge que gasta muito. Ou, se você desejar, pode por a culpa no passado também. Veja a nova lista: como eu fui criado, o ambiente onde cresci, minha falta de educação, meu pai que era muito bravo, minha mãe que era muito autoritária, meus prejuízos financeiros passados. Chega ou quer mais? Você sempre encontrará uma excelente explicação, tão eficaz que talvez ninguém consiga te provar o contrário, de tão racional que é sua argumentação! Isto é uma programação mental de fracasso. Perceba que é uma sabotagem mental, seu comportamento está aguardando a causa para que o mundo lhe traga o efeito desejado pelo programa que está acionado. Por isso você está sempre certo! Então a primeira coisa a fazer é deixar de ser um “sabe tudo” para ser um “aprende tudo” neste ano de 2009. Permita que sua mente faça as conexões entre o resultado e o processo. E depois, perceba a si mesmo. Está satisfeito? Está desconfortável? Deixe o mecanismo sensorial assumir o comando. Agora é o momento de instalar o seguinte programa: “Se alguma coisa é possível para alguém neste mundo, então é possível para mim também!” O que você sente quando fala isto? Por alguns dias, talvez haja algum desconforto! Repita, insistentemente, para você e para as pessoas ao seu redor, até que o desconforto gere um compromisso. Estar compromissado com algo significa que o sucesso para sua obtenção é incondicional, ou seja, você não depende de nada para alcançá-lo. Por isso é importante você ter o foco no resultado, mas vários planos para atingi-lo. Agir desta forma faz com que você não tenha justificativa para o fracasso. Ao chegar lá, no seu objetivo, você poderá dizer para o mundo a seguinte frase: “Apesar de todas as adversidades, eu cheguei onde eu quis”. Um 2009 próspero para todos nós apesar de qualquer premissa econômica!!! Renato Hideo Hirata, sócio-fundador da Hirata Consultores, é especialista em técnicas de Negociação Estratégica e Liderança e também desenvolve o treinamento “Influência para Líderes”. Renato ainda é Professor do MBA do IBMEC e Fundação Don Cabral. Site: www.hirataconsultores.com.br Contato comercial: Marcelo Yoshikazu Miyaji Tel.: (11) 3399-4818 e-mail: [email protected] ? Seja você o próximo empreendedor de sucesso! vitrine 41 42 Intercâmbio Brasil-Japão O ano das correções que identificar com mais consciência e convicção. Não defendo o engessamento. Num país democrático como o Brasil, qualquer político deve ter a opção de mudar, desde que os motivos sejam claros e comprovados, como o descumprimento ou mudança do estatuto, por exemplo. E num prazo menor que de sete meses antes das eleições. Os projetos existentes visam o “oito ou o oitenta”. Em 2009, precisamos encontrar um equilíbrio. “Os estados produtores perderão bilhões de reais caso o projeto de reforma tributária passe como está” P ara mim, o ano novo sempre foi uma data especial. Mais do que a alegria e a festa comemorada com familiares e amigos, o dia 1º de janeiro me inspira uma sensação única e confortante: a esperança de que o ano que se inicia será melhor, apesar de todos os desafios a serem superados. Em 2009, não poderia ser diferente. Embora a previsão seja de muita luta e obstáculos para o País, acredito que os próximos 12 meses serão repletos de realizações. Não porque sou otimista demais. Mas porque somos brasileiros, cidadãos dotados de muita garra, força, coragem e, sobretudo, sonhos, que nos impulsionam a correr mesmo quando tudo parece perdido. O Brasil terá de trabalhar muito neste ano: para minimizar os efeitos da crise econômica mundial, que já bateu a porta do País e fez estragos em diversos setores, incluindo a indústria e a economia real. O País terá que buscar medidas para combater, de forma efetiva, a degradação do meio ambiente e a violência. Deverá, ainda, buscar meios para induzir o crescimento econômico e conter o desemprego. A Câmara dos Deputados também tem sua missão: a de aperfeiçoar e votar projetos de extrema relevância, como as reformas política e tributária. A reforma política, já chamada de “mãe de todas as reformas” pelos presidentes Lula e Fernando Henrique Cardoso, deverá aprovar, em caráter prioritário, a “janela da infidelidade”, na qual eu e o meu partido, o Democratas, somos contra. “A aprovação do ‘IVA’ do jeito que está, poderá colocar o Brasil em risco num momento de crise global” Trata-se de um projeto que permite ao parlamentar trocar de legenda nos sete meses anteriores à eleição, sem perder o mandato. Este projeto enfraquece os partidos. Primeiro porque sete meses é muito tempo para um parlamentar trocar de legenda. Prova disso é que, em 2008, alguns parlamentares trocaram de partido duas ou três vezes em quatro meses. Debandaram conforme convinham suas necessidades – ou interesses. Segundo ponto: o mandato pertence ao partido no qual o político foi eleito. Além disso, em geral, o eleitor escolhe seu candidato considerando a sigla a qual pertence. Ou seja, pular de galho em galho também é um ato de desrespeito para com o eleitor. Restringir a troca-troca de legendas fará com que o candidato se filie à sigla Quanto à reforma tributária, que deveria ser, no mínimo, uma solução para simplificar a burocracia, é um projeto tímido, que necessita de ajustes. O IVA-F – Imposto sobre Valor Agregado Federal, que substituirá a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), a Contribuição para o Programa de Integração Social (PIS) e o Salário Educação em um imposto único, está sendo criado pelo governo para “facilitar a vida do contribuinte”. No entanto, ele dificilmente aliviará o principal problema dos brasileiros e, especialmente, dos empresários: a alta carga tributária. Os valores dos impostos não serão reduzidos com o IVA. Pelo contrário. Continuarão os mesmos e, no Congresso, parlamentares já comentam possíveis aumentos. Caso o IVA seja aprovado, caberá aos partidos de oposição lutar pela redução gradativa de sua alíquota com o apoio da sociedade, uma vez que o projeto não propõe um teto para a cobrança dos tributos. Os estados produtores, como São Paulo, perderão bilhões de reais em arrecadação, caso o projeto de reforma tributária passe como está. Os impostos do IVA, que hoje são retidos na origem, serão retidos no destino, beneficiando os estados menos favorecidos. O governo prevê a criação de um Fundo de Compensação para cobrir o prejuízo dos estados produtores. Entretanto, é um recurso que sairá dos cofres da União, que já têm déficit. Com o Fundo, a situação do País só tende a piorar, afinal, ou a dívida pública aumenta, ou mais impostos serão criados aos brasileiros para que o caixa seja abastecido. A aprovação desse projeto, da forma como está, poderá colocar o Brasil em risco num momento de crise global. Espero que em 2009, o Congresso Nacional tenha paciência para debater e sabedoria para corrigir as falhas dos dois projetos, que podem causar danos irreparáveis ao País. Tanto a reforma política quanto a tributária são fundamentais para a nação, mas devem ser feitas com cautela e precisão. WALTER IHOSHI Deputado Federal (DEM/SP) lazer Para não parar de rir 43 Texto Redação / Imagens Divulgação Espetáculo “Humor sem medidas” reúne três humoristas e diversas formas de humor I mitações, esquetes, personagens e stand’up comedy (apresentação de humor executada por apenas um comediante, sem nenhum acessório), esses são os ingredientes que compõe o espetáculo “Humor sem medida”, comandado pelos humoristas Antonio Celso Jr, Kerson Formis e Marcos Aguena. Durante o show os comediantes discutem como fazer humor. Lança-se então um grande desafio entre eles. E o tempero desse espetáculo são as risadas e aplausos da platéia que deixam a disputa entre os atores mais emocionante e engraçada. E o públi- co é o maior beneficiado, já que assiste a um show de humor diversificado. “Humor sem medidas” é o resultado de diversas pesquisas e adaptações de piadas e vídeos. O espetáculo fica em cartaz até dia 26 de março no teatro Ressureição, com sessão todas às quintas-feiras. Sobre os humoristas Os humoristas formam o Grupo PMG de Comédia, criado em maio de 2008. Antonio Celso Junior, ator e comediante, participa do programa Show do Tom e do espetáculo “Pay Per Riu”. Já Marcos Aguena, conhecido por Japa, é radialista, ator e humorista, realiza shows e apresentações de eventos. E para completar o trio de sucesso, Kerson Formis, que é formado em Artes Cênicas, participa como convidado especial, do espetáculo “Terça Insana”. Serviço Humor sem medida Teatro Ressurreição (rua dos Jornalistas, 123) Todas às quintas-feiras às 21h Ingressos: R$ 30,00 Vendas pela internet: www.ingresso.com.br Tel: (11) 5016-1787 44 previsões 2009 Dicas e previsões do Horóscopo Chinês Descubra qual é o seu signo e como será sua vida profissional e amorosa em 2009 Texto: Tamires Ales/Fotos: Divulgação e Arquivo Pessoal D iferentemente do horóscopo ocidental que se baseia no calendário solar, o zodíaco chinês trabalha com o solar e com o lunar, a passagem do tempo é medida em ciclos de 60 anos, cada animal astrológico surge cinco vezes durante cada ciclo. Os signos no horóscopo chinês são determinados pelo ano do nascimento e não pelo mês. Se no horóscopo ocidental esse é o ano do Sol, no chinês, a partir do dia 4 de fevereiro de 2009, inicia o ano do Boi. Energeticamente este é um ano que se caracteriza em uma expressão: “Um plantio fértil está sendo explorado com a ajuda de boas ferramentas”. De acordo com o presidente da Sociedade de Feng Shui, Mestre I Ming, 2009 será um ano de muitas mudanças e surpresas, com muito perigo e oportunidades. Na economia mundial, Ming alerta que muitos países vão tentar manter suas economias estáveis, mas não terão sucesso. Alguns países, como a China, terão uma redução em sua economia, e a valorização imobiliária ficará no fundo do poço. No Brasil, o desemprego e a pobreza terão uma pequena piora, crimes graves vão acontecer com mais intensidade. Mas, as atividades ligadas à saúde terão uma melhora significativa, ressalta o Mestre. Astrologia chinesa O horóscopo chinês é representando por 12 signos, cada ano é regido por um signo diferente, e cada um é acompanhado por um dos cinco elementos: fogo, terra, metal, água e madeira. Para fazer a previsão de cada signo para o ano de 2009 a Mundo Ok conversou com o presidente da Sociedade de Feng Shui, Mestre I Ming. Descubra qual é o seu signo e qual será sua sorte para o próximo ano. * Signo de Rato (Pessoas nascidas em 1924, 1936, 1948, 1960, 1972, 1984, 1996 e 2008): Você é uma pessoa amiga, solidária e que confia nas próprias capacidades. Após um ano de reserva em 2008, o ano de 2009 será de levante. Preste mais atenção nas possíveis oportunidades. Suas realizações profissionais e nos estudos terão surpresas agradáveis. Pessoas dos signos de Macaco, Dragão e Boi são seus aliados energéticos. * Signo de Boi (Pessoas nascidas em 1925, 1937, 1949, 1961, 1973, 1985, 1997 e 2009): Depois de um ano com progresso, 2009 será movimentado, com muitas mudanças. Dê ênfase aos seus pontos fortes, que são a honestidade, o esforço pessoal e o apego aos princípios. Evite confronto com membros de sua família que te causarão grandes prejuízos. Pessoas dos signos de Serpente, Galo e Rato são seus aliados energéticos. * Signo de Tigre (Pessoas nascidas em 1926, 1938, 1950, 1962, 1974, 1986 e 1998): Você é uma pessoa poderosa, apaixonada e audaciosa. Após um bom ano, 2009 será de continuidade e de realizações. Avance e cuide para que a sua desconfiança com as outras pessoas não o leve a recusar uma boa idéia. Seus aliados energéticos são pessoas dos signos de Cão, Cavalo e Porco. * Signo de Coelho (Pessoas nascidas em 1927, 1939, 1951, 1963, 1975, 1987 e 1999): Você é uma pessoa centralizadora, que não se arrisca facilmente, é afortunada para os negócios, sensata e meticulosa. Após um ano com facilidades, infelizmente, em 2009 deve reservar sua energia. Aproveite sua sensibilidade inata para aliviar o sofrimento de quem você ama. A sua saúde vai ter boa melhora. Se aproxime das pessoas dos signos de Carneiro, Cão e Javali. * Signo de Dragão (Pessoas nascidas em 1928, 1940, 1952, 1964, 1976, 1988 e 2000): Você é uma pessoa forte, líder nato, magnânima e individualista. Depois de um bom ano, as coisas boas tendem a diminuir. Os acontecimentos indesejáveis podem ser superados se você atuar com esforço dobrado. Terá mais sorte ao se aproximar das pessoas dos signos de Rato, Macaco e Galo. * Signo de Serpente (Pessoas nascidas em 1929, 1941, 1953, 1965, 1977, 1989 e 2001): Você tem grande inteligência, é supersticioso e fatalista. É tranqüilo, romântico, desconfiado e exigente. 2009 será um ano de melhora. Você terá muita sorte em competição, provas ou eleição. Se aproxime das pessoas dos signos de Galo, Boi e Macaco. previsões 2009 * Signo de Cavalo (Pessoas nascidas em 1930, 1942, 1954, 1966, 1978, 1990 e 2002): Você é jovial, popular e impetuosa. Gosta de ter a sensação de liberdade, de conversar, de fazer e receber elogios. Este ano os desafios a serem superados são grandes. Esqueça as mágoas e não se apegue ao passado. Coloque os projetos em prática. Você terá boa sorte, ao aliar-se às pessoas dos signos de Cão, Tigre e Cabra. * Signo de Carneiro (Pessoas nascidas em 1931, 1943, 1955, 1967, 1979, 1991 e 2003): Você é a pessoa mais emotiva do zodíaco chinês. É sincero, bondoso e romântico. Terá dificuldades em 2009. Você deve buscar a companhia de pessoas cuja proteção recorre nos momentos de perigo. Você terá melhor sorte com pessoas dos signos de Porco, Coelho e Cavalo. * Signo de Macaco (Pessoas nascidas em 1920, 1932, 1944, 1956, 1968, 1980, 1992 e 2004): Você é uma pessoa hábil, criativa, cheia de energia e sempre disposta a superar mais um desafio. 2009 será um ano maravilhoso para você. Muitos projetos engavetados podem ser colocados em prática, aproveite as oportunidades. Seus aliados energéticos são pessoas dos signos de Rato, Dragão e Serpente. * Signo de Galo (Pessoas nascidas em 1921, 1933, 1945, 1957, 1969, 1981, 1993 e 2005): Você é uma pessoa alegre, organizada, decidida e autoconfiante. Mas também é agressiva, apressada e nômade. Depois de um ano de muitos esforços para você, aproveite a boa energia do ano de 2009, que muitas coisas boas irão acontecer. Você terá boa sorte ao se aproximar de pessoas dos signos de Dragão, Serpente e Boi. * Signo de Cão (Pessoas nascidas em 1922, 1934, 1946, 1958, 1970, 1982, 1994 e 2006): Você é uma pessoa constante, simples e despretensiosa. Com continuidade, 2009 será um ano de muitos perigos, mas que você poderá superar com suas energias. Leve os grandes projetos para frente. Sua boa sorte pode vir com pessoas dos signos de Coelho, Tigre e Cavalo. 45 * Signo de Javali (Pessoas nascidas em 1923, 1935, 1947, 1959, 1971, 1983, 1995 e 2007): De todos os nativos do zodíaco chinês, você é o mais bondoso e compreensivo. Após um ano ruim, 2009 será um ano de melhora. Grandes projetos que dependem dos outros deverão ser analisados antes de serem colocados em prática. Terá boa sorte com as pessoas dos signos de Tigre, Coelho e Cabra. Bairro da Liberdade recebe festa em comemoração ao Ano Novo Chinês A quarta edição do festival reuniu diversas atrações típicas da cultura chinesa A JCI Brasil – China organizou, na Liberdade, tradicional bairro oriental de São Paulo, a quarta edição das comemorações do Ano Novo Chinês. No festival, ocorreram shows, apresentação de artes marciais e danças folclóricas, além de comidas típicas chinesas. Durante a festa que celebrou a chegada do ano do Boi, um palco foi montado na Praça da Liberdade para as apresentações e nas ruas próximas, barracas temáticas foram instaladas. Também fez parte da festa o show pirotécnico, que caracteriza a chegada do Ano Novo na China. Atividades paralelas à festa na Liberdade aconteceram nos Parques Villa-Lobos e do Ibirapuera. Demonstrações de artes marciais chinesas foram a principal atração. E no vão livre do Museu de Arte de São Paulo – Assis Chateaubriand (MASP), dragões anunciaram a entrada do novo ano. multimídia 46 Livro explica como se tornar um bom orador Escritor Cláudio Ayabe traz dicas de como se expressar em público e tornar-se um comunicador Texto: Tamires Alês / Imagens: Divulgação V ocê “trava” quando tem que se apresentar para muitas pessoas? Esquece o que tem que falar? Fica tão nervoso que não consegue sair do lugar? Se você tem problemas para se expressar em público, o lançamento da editora Bushido pode te ajudar. O livro “Faça seu coração falar – E torne-se um orador extraordinário”, de Cláudio Ayabe, traz dicas sobre como vencer o nervosismo e a ansiedade, e utilizar sua voz e seus pontos fortes para realizar uma boa apresentação. O livro traz exemplos simples, como treinar na frente do espelho, para verificar como estão os gestos, o olhar e a postura, e como trabalhar a modulação da voz. Além de exemplos extraídos das falas de Jesus Cristo, Mahatma Gandhi, Martin Luther King, Silvio Santos, Luiz Ignácio Lula da Silva e Barack Obama. Ayabe explica, por meio de uma linguagem clara e acessível, a importância da oratória e como ela foi utilizada em vários momentos da nossa história, seja para disseminar crenças, motivar exércitos, construir e destruir impérios ou direcionar multidões. A obra também apresenta dezenas de técnicas necessárias para uma boa comunicação, como ter foco quando se fala, conhecer bem o assunto, memorização e o que fazer quando acontece o famoso “branco”. “Em cada capítulo trago os principais problemas que as pessoas têm na hora de falar em público e as técnicas adequadas para amenizar as dificuldades”, explica o autor. As ilustrações do desenhista Alexandre Nagado completam o trabalho indicado para todas as pessoas que precisam ser ouvidas e compreendidas por qualquer tipo de público. Desde o pai que tem dificuldades em falar com o filho, passando pelo estudante que necessita apresentar uma monografia, até o gerente que precisa conquistar a sua equipe. Sobre o autor Graduado em Ciências Sociais e Jurídicas e pós-graduado em Direito, Cláudio Ayabe desenvolve estudos na área de neurolinguística, liderança e relações humanas. Já trabalhou em empresas como Bradesco, Seven Boys e Hocthief do Brasil, nas quais adquiriu grande parte do seu conhecimento. Hoje atua como consultor corporativo e criou o Instituto Gambaru onde ministra cursos e treinamentos na área de liderança, motivação, expressão verbal e desenvolvimento profissional. Ayabe está em seu segundo trabalho. O primeiro livro, “Gambaru – O poder do esforço e da perseverança”, já está na 11º edição e aborda a postura dos Samurais aplicada aos dias de hoje. “Faça seu coração falar” está a venda nas principais livrarias do País e no Instituto Gambaru, por R$ 29,90. Em Campinas o lançamento acontece dia 28 de janeiro, às 19 horas, na Saraiva MegaStore do Shopping Iguatemi Campinas. vitrine 47 48 encontro O sonho virou pesadelo Demissões em massa levam brasileiros a situações dramáticas no Japão Texto: Redação / Imagens: Divulgação O sonho de ir ao Japão, trabalhar e fazer o tão sonhado pé de meia está virando um tormento para boa parte dos brasileiros que trabalham por lá. Com a crise econômica derrubando todos os planos de investimentos, as indústrias mundiais – em especial na Ásia – não tiveram escolha: corte de custos e desaceleração na produção. Para os funcionários, tudo muito claro. Demissões em massa e a interrupção abrupta de um planejamento de vida. A situação tem sido mais dramática para os funcionários das indústrias automobilística e de eletroeletrônicos, setores afetados em cheio pela crise econômica. Sem emprego e expectativas, muitos acabam perdendo também a moradia. “A saída encontrada pela minha família foi arrumar qualquer teto nas ruas para abrigar meus filhos. Chegar a este ponto é humilhante”, desabafa Renato Moriguchi. Além dele, sua mulher e seus dois filhos vivem perambulando pelas ruas de Gunma em busca de comida. “Já pensei em me matar, mas olho para meus filhos e desisto.” Sensibilizado com a mão-de-obra estrangeira no arquipélago, o governo nipônico resolveu tomar medidas para amenizar a crise dentro desse segmento da economia. A partir de fevereiro, um comitê deverá estudar medidas de amparo aos brasileiros, em especial nas áreas de trabalho, educação e bem-estar. Quem encabeça o grupo é a ministra Yuko Obuchi, da População e Igualdade entre os Sexos. Atualmente, os trabalhadores estrangeiros são 2% da população do Japão. Só brasileiros, são 320 mil contratados regularmente no país. Com a queda nas vendas da indústria de carros e eletroeletrônicos, os estrangeiros são os primeiros a serem demitidos. Em muitos casos são substituídos por estagiários do norte da China, Indonésia e Vietnã, que recebem US$ 3 por hora de trabalho. Os brasileiros e outros estrangeiros legalizados custam US$ 12 por hora para a indústria. Para Moriguchi, é uma concorrência desleal e que afeta diretamente a pretensão de um dia voltar para o Brasil com dinheiro. “Como voltarei para o Brasil se nem dinheiro para comida tenho aqui? Por outro lado, sei que muitos trabalhadores dos países asiáticos estão entrando no mercado de trabalho japonês, portanto, não sei se conseguirei algo tão rápido. Não sei o que faço”, finaliza. Falta de emprego causa preocupação pets 49 Verão favorece proliferação de pulgas e carrapatos Parasitas se multiplicam com facilidade no verão e podem transmitir doenças graves Texto: Redação / Imagens: Divulgação S e o seu animal de estimação está com a pele avermelhada, coceira, febre e perda de apetite, fique atento, pois ele pode estar com pulgas e carrapatos. Esses parasitas se proliferam com mais facilidade em épocas de calor e umidade, e se a quantidade for muito grande, podem contaminar ambientes, outros animais e até mesmo seres humanos. As pulgas transmitem a micoplasmose, doença que afeta os glóbulos vermelhos, causando a anemia. E as diferentes espécies de carrapatos podem transmitir a febre maculosa, doença febril aguda, a doença de lyme, infecção que acomete diversos órgãos, e a babesione, infecção que afeta os glóbulos vermelhos. Entre elas a febre maculosa e a doença de lyme podem ser transmitidas aos seres humanos. Dores no corpo, de cabeça, febre alta são alguns dos sintomas da febre maculosa, que causa lesões pelo corpo e hemorragias cutâneas e se não for tratada corretamente pode ser fatal. Já a doença de lyme afeta o sistema músculo-esquelético, neurológico e cardíaco, e tem sintomas parecidos com a gripe, além de manchas na pele. Uma das maneiras de prevenir a proliferação das pulgas e carrapatos é evitar ambientes como áreas rurais, jardins e gramados, realizar a tosa regular e ficar atento ao comportamento do animal. Alguns produtos também podem ajudar na prevenção, os mais eficazes são as coleiras, sprays e pournos, pipetas colocadas na nuca do animal. Mas, o mais prudente é consultar um especialista que vai indicar o melhor preventivo de acordo com o estado de saúde do animal, peso e idade. agricultura 50 Café em alta na mesa dos brasileiros Pesquisa constata aumento do consumo na classe C Texto: Redação / Imagens: Divulgação U m dos produtos mais valorizados na mesa do brasileiro, o café ganhou ainda mais popularidade. O consumo do grão pela classe C, que representa 42,6% da população brasileira, dobrou nos últimos cinco anos, segundo pesquisa realizada pelo Sindicato da Indústria de Café do Estado de São Paulo (Sindicafé-SP), em convênio com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e apoio financeiro do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé). Desde 2004, o Mapa e a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) estudam as tendências de consumo de café para apontar oportunidades de mercado e estimular o consumo da bebida. A cada pesquisa, percebe-se que o costume de tomar café fora de casa vem aumentando gradativamente. Desta vez, o incremento foi de 42% em relação a 2007. O estudo identificou também um mercado aberto a lançamentos e inovações em termos de tipos de produtos e de embalagens, formas de preparo e de consumo. O café expresso, cappuccino e especiais também vêm ganhando espaço cada vez maior no mercado consumidor. O café expresso apresentou aumento de consumo pela classe A, e o cappuccino e o instantâneo, pela classe C. O estudo mostra que o setor precisa de constante renovação, com investimentos no estimulo aos hábitos dos segmentos ainda não atendidos, com a introdução de embalagens diferenciadas, produtos prontos ou semiprontos. Outra oportunidade do mercado é incentivar a retomada do hábito de tomar café com leite, inclusive na refeição matinal das crianças, reafirmando o café como uma bebida saudável (Programa Café e Saúde), que desperta, anima, melhora o humor e a concentração. vitrine 51 52 dekasegui PREVIDÊNCIA social SHAKAI HOKEN – A obrigatoriedade para os dekasseguis no Japão e seus benefícios Texto por S.J.Nakaoka A spectos importantes sobre a necessidade dos trabalhadores nikkeis no Japão com relação ao Shakai Hoken: Muitos brasileiros têm e continuarão tendo dúvidas sobre a obrigatoriedade de se inscrever e contribuir para o Shakai Hoken. O plano composto de seguro-saúde e aposentadoria, embora seja relativamente alto, metade do valor calculado é pago pelo empregador (empresa ou empreiteira). Entretanto, vale salientar que doença, acidente ou falecimento, porém, não dão aviso-prévio, deixando a vítima e seus familiares em total desamparo quando o fato ocorre. Além dos benefícios que o contribuinte dispõe durante o período que estiver no Japão, parte significativa dos valores contribuídos, poderão ser resgatados quando retornar ao Brasil, o que não deixa de ser uma boa poupança e que ajudará muito neste tempos difíceis por conta da crise global. Os custos de medicação e /ou internação sem a cobertura de um segurosaúde são normalmente caros, o que muitos não avaliam na hora de decidir sobre a contribuição ou não a algum seguro. Existe grande interesse por parte das autoridades da área de previdência do Brasil e Japão em um acordo bilateral para que os valores contribuídos façam parte na contagem para cálculo de aposentadoria por ocasião do reque- rimento pelo contribuinte brasileiro ou japonês. E este estudo já está sendo efetuado pelas partes com avaliações concretas. Prevê-se que nos próximos dois anos o acordo seja divulgado em seus detalhes. Benefícios: a) Ausência por acidente fora do trabalho: •Por mais de 4 dias: remuneração de 60% do salário correspondente aos dias parados. Até 4 dias, o auxílio não é liberado; b) Reembolso por tratamento em doença / ferimento: •O segurado-contribuinte e seus dependentes receberão dois terços (66,67%) das despesas médico-hospitalares. Havendo gastos altos por conta de internação e cirurgias, o segurado poderá ainda receber parte da parte paga (33,33%). Considerando dependentes menores (crianças até 3 anos), a mesma pagará somente até 20% dos custos médico-hospitalares, e em muitos casos são cobrados valore simbólicos. c) Auxílio por óbito: •Havendo falecimento do titular, a família receberá auxílio-funeral equivalente a um salário. E em se tratando de óbito de dependente o limite é de 100.000 ienes. casos da vida 53 Luso-Nipo-Brasilidade: Uma relação de mais de 500 anos – PARTE 2 A História quis que, em 1908, quase 500 anos depois, coubesse aos japoneses descobrirem o Brasil, como o novo país do futuro e da esperança, e aqui reencontrarem os portugueses em busca do mesmo porvir. Ainda que ambos aqui estivessem na condição de imigrantes, a integração ao modus vivendis do Brasil, seria bem mais difícil aos japoneses, vivendo quase segregados por mais de 50 anos, com costumes e idioma quase impenetráveis pelos ocidentais. Silenciosamente, eles formaram um dos grupos de imigrantes que mais contribuiram com este país. Além do benefício da língua, os portugueses não encontraram dificuldades em adaptar-se ao novo país, já que, de certa forma, aqui eram seguidos os padrões culturais deixados, em grande medida, por seus antepassados colonizadores. O perfil de todos os imigrantes - embora de multiplicidade cultural, social, racial e religiosa – tem algo em comum: quase todos humildes, de regiões pobres em seus países de origem, e em busca de oportunidades de um futuro melhor para si e, principalmente, para seus filhos. Não importa de que país eles tenham vindo, todos encontraram no Brasil um país acolhedor e receptivo à integração dos que aqui chegaram, de forma transitória ou definitiva. Mas demorou muito para que os japoneses aceitassem ou procurassem essa integração, quer fosse pela sua índole recatada e ainda submissa à cultura de fidelidade política ao Imperador e ao seu país, quer fosse pelas dificuldades que lhes eram impostas pelo Estado Novo, durante o período de Getúlio Vargas, face ao papel do Japão na Segunda Guerra Mundial. Foi só a partir dos anos 1960 – quase duas gerações depois - que a comunidade japonesa começou timidamente a integrar-se ao mundo “gaijin”, permitindo que seus filhos, nisseis, e sanseis, fossem assumindo, gradativamente, relacionamentos e atividades com todas as raças e nacionalidades que cabem neste país. Continua na Edição 15 da Revista Mundo OK 54 mundo oriental Taiwan: O pacificador da Ásia-Pacífico Presidente da República da China (Taiwan) D esde maio deste ano, as relações entre Taiwan e a China continental têm apresentado uma notável distensão condizente com nossas iniciativas de melhorar a interação através do Estreito de Taiwan. Tal desenvolvimento tem concedido a Taiwan ampla afirmação internacional por sua recém-descoberta determinação de desempenhar o papel de pacificador. Também, tendo vivenciado, por duas vezes, transferências pacíficas de poder entre partidos governantes, o sistema de governo democrático de Taiwan tem demonstrado a sua crescente maturidade. Esperamos que isso possa servir não apenas de inspiração para outras nações na região como também de farol da liberdade para sociedades chinesas em todos os lugares. Após assumir o poder, imediatamente nos movemos para reativar as consultas institucionalizadas através do Estreito entre a semi-oficial Fundação de intercâmbio do Estreito (SEF) e sua congênere na China continental, a Associação para Relações através do Estreito de Taiwan (ARATS), as quais estiveram interrompidas por mais de dez anos. Políticas de reconciliação através do Estreito Complexos fatores históricos têm suscitado vários desacordos desafiantes entre Taiwan e a China continental. Apesar dos altos e baixos nas relações através do Estreito nas últimas seis décadas, a expansão das interações do setor privado tem fortalecido o desejo comum de desenvolvimento pacífico desejado pelas pessoas nos dois lados do Estreito. Este governo tem, portanto, trabalhado incessantemente para agarrar esta oportunidade histórica e abrir uma janela de diálogo que possa impulsionar o desenvolvimento propício a conciliação e a paz. Na premissa do espírito de colocar Taiwan em primeiro lugar para o benefício de seu povo, nosso governo tem dado passos criteriosos para desenvolver as relações econômicas de Taiwan com a China continental enquanto reduz o confronto e minimiza as tensões nas questões internacionais de modo a assegurar um espaço internacional razoável para Taiwan. Acreditamos que os dois lados do Estreito de Taiwan certamente têm a habilidade de dar as mãos e aplicar a nossa sabedoria coletiva no desafio de criar um novo relacionamento com base na paz, prosperidade, dignidade, reciprocidade e cooperação. Substituindo o confronto pelas consultas Agora, duas décadas depois que o mecanismo de diálogo SEF-ARATS foi posto em ação, Taiwan precisa responder às oportunidades de desafios que apareceram com a ascensão da China continental e a globalização, continuando a impulsionar a sua democracia, construindo um firme alicerce para o desenvolvimento econômico sustentável, promovendo a igualdade social e integrando totalmente Taiwan às estruturas globais para uma interação progressiva. A segunda rodada das “Conversações Chiang-Chen”, realizada em novembro, sinaliza a primeira vez que um representante de alto nível da China continental visitou Taiwan desde que os dois lados se separaram há sessenta anos. Durante as conversações, as delegações da SEF e da ARATS se concentraram em temas econômicos e outros assuntos vitais para o bem-estar das pessoas em ambos os lados do Estreito. Também foram assinados acordos sobre transporte marítimo, transporte aéreo, serviços postais e segurança alimentar. Com a implementação de tais acordos — após a expansão Texto: Ma Ying-jeou dos dois acordos alcançados em Beijing em junho — espera-se que as movimentações de cidadãos de Taiwan através do Estreito sejam facilitadas enormemente e que os custos de transportes sejam reduzidos significativamente. O revezamento entre Taiwan e China continental como local para a realização das conversações SEF-ARATS demonstra a disposição dos dois lados de conduzir as negociações em pé de igualdade e abster-se de negar a existência e a legitimidade um do outro, anunciando uma nova era nas relações através do estreito, onde o confronto é substituído pelo diálogo. A segurança e o espaço internacional de Taiwan Para abraçar plenamente esta oportunidade histórica e cultivar a paz através do Estreito no espírito da busca da humanidade por harmonia social, a melhoria das relações através do Estreito deve, em parte, ser manifestada no cessar, por parte da China continental, da intimidação militar e no respeito ao espaço internacional de Taiwan. Para que possamos lançar um sólido alicerce para a paz duradoura através do Estreito, trabalharemos para estabelecer medidas de confiança militar e criar condições favoráveis para a negociação de um acordo de paz. A respeito do nosso espaço internacional, continuaremos a manter os nossos princípios de “diplomacia flexível” e observar uma “trégua diplomática” sobre a rivalidade antagônica que suprime oportunidades de participação construtiva na comunidade global. Assim esperamos encorajar a cooperação através do Estreito em organismos e contextos internacionais com foco na contribuição para o bem-estar global. Portanto, exortamos a China continental a exercitar a sabedoria de suspender as táticas diplomáticas de espremer o espaço internacional de Taiwan, onde não há vencedor e recobrar o ânimo com a aspiração de nosso povo para desempenhar o seu papel de direito na comunidade internacional. É a nossa firme crença que a escolha de tal caminho iluminado oferece a melhor esperança para os dois lados no Estreito de Taiwan possam dar as mãos na promoção do bem estar da humanidade e nas futuras perspectivas para uma paz regional duradoura. O firme compromisso de Taiwan com a paz A promoção da paz e relações mais calorosas através do estreito de Taiwan está no interesse comum dos povos dos dois lados do Estreito e, realmente, é uma aspiração comum das pessoas em todo o mundo. Enquanto os desafios à frente não devem ser subestimados, não obstante acreditamos firmemente que esta busca merece os nossos mais sinceros esforços. Pois somente dando a ela tudo de nós, poderemos realizar o nosso compromisso solene de trabalhar para a paz e a estabilidade regional. mundo oriental 55 Casamento à moda coreana Trajes típicos, reverência aos pais e paulada nos pés fazem parte do matrimônio P lanejar a cerimônia, lista de convidados, decoração, vestido, local. São inúmeras as preocupações dos noivos. E se forem coreanos, os preparativos vão além dos casamentos convencionais. O matrimônio traz ainda a beleza das tradições do país asiático, que embora em solo brasileiro, são conservadas e seguidas. É o que acontece após o ato religioso e a troca de alianças. É o momento em que ocorre o “phebek”, no qual o casal cumprimenta a família do noivo e apenas os pais da noiva. Isso porque, o ritual marca a entrada da mulher na família de seu marido. Antigamente, isso acontecia na casa dos pais dele, quando ambos se conheciam. Hoje em dia, mantem-se a forma respeitosa de concretizar a união na própria festa como forma de manter os traços com as origens, de acordo com Suzana Kim, especialista em casamentos. E preservar a cultura requer todos os detalhes. Os recémcasados se trocam e usam o “hanbok”, traje típico da Coreia do Sul, feitos de seda pura com mangas largas e compridas, tonalidades vibrantes e marcantes, além dos bordados. Geralmente, usa-se uma mistura de cores, principalmente o vermelho, que simboliza a sorte, segundo os chineses. Em meio a jujuba seca, faisão, carne seca, nozes e castanhas, entre outros, Texto: Cibele Hasegawa/ Fotos: Divulgação servidos sobre uma seda azul e vermelha que, segundo a tradição, passam a limpo deslizes que a noiva possa ter cometido no passado, eles cumprimentam inclinando-se levemente, fazendo uma reverência, o chamado “jor”, em frente aos pais do noivo, e em seguida, os demais familiares. “Demonstra o respeito aos mais velhos”, explica Suzana, que há 17 anos trabalha com matrimônios. Característica tipicamente da cultura oriental que não poderia faltar em um momento de uma nova fase para o mais novo. “Para os jovens é importante que tenham contato com esses costumes e entendam a importância. O dia ficará marcado para a vida toda”, acrescenta. Mas não é só de formalidades que se faz um casamento coreano. Outro ato que marca a ocasião, dita que os amigos da noiva devem bater nos pés do noivo por tê-la tirado de seu meio. Na Coreia, a prática surgiu como uma punição por muitos casais serem de cidades ou bairros distintos. No Brasil, é a hora de se divertir, enquanto o marido está deitado com os pés para cima, recebendo pauladas, inclusive de seus próprios amigos. Nesse momento, a noiva canta e pede piedade por ele. O fim chega, quando a sogra paga aos “agressores”, do mesmo jeito que muitos vendem pedaços da gravata para arrecadar uma verba para a lua-de-mel. Seja aqui ou do outro lado do mundo, o que importa no final é o velho dito, “que sejam felizes para sempre!” 56 click 57 Boas-vindas O Bunkyo (Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social) promoveu uma cerimônia de boas-vindas ao novo cônsul-geral do Japão em são Paulo, Kazuaki Obe. Promovido pelas principais entidades da comunidade nipo-brasileira, o encontro reuniu dezenas de pessoas no Salão Nobre da entidade. Sra. Obe recebe flores de Emília Tanaka presariado icas e do em lít po as nç Lidera nidade durante sole , casal Obe e Akeo Yogui, Kokei Uehara e brinde ant dur chi Inácio Morigu Comunidade nipo-brasileira também esteve presente deram a religiosa re á a d s te n Representa nção ao novo ano a bê O Ano Novo Chinês bairro da Liberdade transformou-se em uma grande área de celebração da comunidade chinesa no fim de janeiro. Por lá, aconteceu a quarta edição da Festa do Ano Novo Chinês. Repleto de atrações culturais e gastronômicas, o evento reuniu milhares de pessoas interessadas em conhecer um pouco mais das tradições orientais. Autoridade s e person alidades p restigiaram a abertura do evento 58 click am Woo, dep. Willi io Lupion , y a c a S i Seit Marc bayashi e Victor Ko CAMINHO DO IMPERADOR C onsiderado um dos projetos arquitetônicos mais ousados na cidade de São Paulo, o “Caminho do Imperador” teve sua primeira etapa entregue no bairro da Liberdade. Na ocasião, autoridades e personalidades estiveram presentes para conferir a revitalização da Praça, um dos pontos mais tradicionais da região. COLÉGIO EXATUS Prefeito Gil berto placa alus Kassab confere iva ao proje to O Colégio Exatus realizou uma grande festa para seus alunos e parceiros em novembro. Na ocasião, o público conferiu atrações da cultura japonesa, por conta do ano do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil. técnica s e equipe Professore dicação no evento de mostraram Taiko foi uma das at rações que animaram o pú blico IMIRIM O fim de 2008 e o começo de 2009 foram saudados de forma descontraída na Associação Cultural e Esportiva Nipobrasileira do Imirim. Por lá, associados, amigos e parceiros participaram de um encontro para planejar novas ações e brindar o sucesso das atividades de 2008. te des, ba r. Eurípe horas s , o ã ç ssocia das sen nte da A com a ajuda e id s e r e Op da sort o moti click JBN TV O 59 Kokei Uehara, Maurício de Sousa e Jo Takahashi durante solenidade ano do Centenário da Imigração terminou de forma animada em São Paulo. A JBN TV lançou no fim de dezembro o DVD oficial com imagens da festa oficial no Sambódromo, além das atrações da Semana Cultural. Aos interessados, o box com quatro DVD´s está a venda no Bunkyo (rua São Joaquim, 381, Liberdade). Mais informações pelo tel: 11-3209-3875. Lideranças re pre presentes n sentativas estiveram o lançamen to da JBN CLÁUDIO AYABE O Edeval Gade, Ale xandre Ayabe e dr. Nelso Fatobene, Claudio n durante evento Gatebol E m comemoração ao aniversário da cidade de São Paulo, a União dos Clubes de Gateball do Brasil promoveu o “20° Torneio Cidade de São Paulo”. No total, dezenas de atletas participaram da competição, reunindo equipes de todo o País. escritor Claudio Ayabe promoveu, no dia 15 de janeiro, uma noite de autógrafos de seu novo livro, “Faça Seu coração Falar”. Realizado na Saraiva MegaStore do Shopping Ibirapuera, o evento contou com a presença de personalidades e admiradores do nikkei, entre eles o empresário Edeval Gade e o engenheiro e executivo Alexandre Fatobene. o Ogawa, urakami, Aki ori M s o rl a C , zo Ikem Suely Riz e e Marcelo Claudio Ayab ença do u com pres m Woo to n o c ra u rt de abe d. Willia Solenidade itaro Kamia e dep. fe h s U r vereado mangá 60 Mônica Mangá: Não foram só eles que cresceram... Texto: David Denis Lobão N ão é só a turminha da Mônica que ganhou versões adolescentes e adultas, outros personagens de sucesso que iniciaram sua carreira como crianças ganharam novas fases em suas vidas, relembramos algumas delas, seja em animês ou que se inspiraram nos traços japoneses. O tempo passou, e não foram só os expectadores que cresceram. Os Anjinhos ”Rugrats - Os Anjinhos” conquistou os brasileiros quando estreou aqui pela TV Cultura nos anos 90. Logo foi parar no SBT e na Globo conquistando ainda mais audiência. Produzida pela Klasky Csupo para a Nickelodeon, a série durou 173 episódios e três filmes para cinema. A história conta a vida de algumas crianças e bebês e de como elas lidam com os problemas entre elas e com os adultos. Com o sucesso da versão normal dos personagens surgiu “All Grown Up!” (“Os Rugrats Crescidos”), que nada mais é do que um mundo alternativo da animação original, onde a história se passa dez anos após a infância da turma. Agora as crianças tornaram-se jovens e começam a perceber as implicações de crescer, mas por outro lado, das coisas boas que a vida de um adolescente pode trazer. A nova série teve seus traços e histórias fortemente inspirados pelo estilo da animação japonesa, que a cada dia ganhava mais espaço na televisão americana com animês variados. Dragon Ball Criado por Akira Toriyama e publicado na revista japonesa Shonen Jump a partir de 1986, “Dragon Ball” contava a história do menino Son Goku, que possuía uma cauda de macaco e vivia isolado nas montanhas. Um dia ele conhece a jovem Bulma que parte com ele em busca das Esferas do Dragão. Durante esta jornada conhecem novos amigos como Yancha, um ladrão do deserto; Chi-chi, filha de um rei e Kuririn, outro garoto que se tornaria companheiro de treinamento de Goku. A saga evoluiu e em “Dragon Ball Z” acompanhamos Goku adulto e com um filho, Gohan. Ele se casou com Chi-chi e vive como uma família “normal” na Terra. Descobrimos que ele tem medo de tomar injeção e até acompanhamos um difícil dia dele na auto-escola tentando tirar a carteira de motorista. Kuririn também cresceu e não é mais um menino, também se casando e tendo uma filha. Alguns inimigos do passado como a organização criminosa Red Rebbon também voltam a dar as caras na trama. Naruto O mangá criada por Masashi Kishimoto para a Shonen Jump em 1999 é o maior sucesso atual do universo dos animês e mangás. Na história conhecemos Uzumaki Naruto, um menino órfão de doze anos que, ao nascer, tem o Kyuubi no Yoko (Raposa Demônio de Nove Caudas) aprisionado em seu corpo. Seu sonho é tornar-se o maior ninja da Vila onde mora e para isto ingressa na Academia Ninja, onde acaba conhecendo outras crianças e adolescentes como Sasuke e Sakura. O sucesso do desenho original foi tanto que deu origem a “Naruto: Shippuuden”, série que mostra os personagens mais velhos. A história continua contando os dramas pessoais dos protagonistas ao mesmo tempo que o ritmo da aventura aumenta, agora quem causa muitos problemas para Naruto é a organização Akatsuki, já que Uchiha Sasuke se juntou a ela. cosplay 61 A cosplayer que virou colorista de Transformers Por Laura de Paula P riscilla Tramontano é uma paulista de vinte anos que trilha os primeiros passos de uma carreira internacional de renome como colorista oficial da IDW, empresa detentora de séries como “Jornada nas Estrelas”, “Exterminador do Futuro” e, é claro, “Transformers”. Amante de quadrinhos e fã de animê, a cosplayer bateu um papo exclusivo com a Revista Mundo OK. Confira! MOK: Como você foi parar na área de desenho? PM: Eu mantinha uma página no deviantART onde postava alguns desenhos, mas, para ser sincera, nunca tinha tido pretensão de trabalhar no ramo. Desenho era apenas pura diversão. Porém, após ver o filme “Transformers” no cinema resolvi me arriscar desenhando mechas e postei alguns destes desenhos no deviantART. O Marcelo já procurava alguém para estagiar com ele e o fato de eu gostar de desenhar robôs ajudou, já que é um tema meio “impopular” entre outros artistas (risos). MOK: Qual foi a sua reação ao ser anunciada como colorista oficial da IDW? PM: De inicio me senti desacreditada. Mas, depois que o choque passou, foi só alegria. Desde que eu comecei a trabalhar, colorir quadrinhos foi se tornando meu principal objetivo e foi muito bom receber a oportunidade de trabalhar com uma editora do porte da IDW. Então posso dizer que a minha reação dói de extrema felicidade, pois não existe sensação melhor do que um sonho realizado. MOK: Muitos dos leitores da Mundo OK sonham em trabalhar com desenho. Que dica você dá para quem está começando agora? PM: As melhores dicas que eu posso dar são aquelas que funcionaram comigo. Divulgue seus trabalhos, sempre. E se dedique bastante. Ilustração, colorização ou qualquer vertente que pretenda seguir exigem dedicação e paciência, pois precisam sempre ser lapidadas e melhoradas. Isso me lembra também: Escute críticas. E quando falo de criticas, não quero dizer o usual elogio de mãe, e sim críticas construtivas, que você pode encontrar entrando em contato com outros profissionais. Ninguém gosta de ser criticado, mas faz parte de qualquer jornada profissional ouvir prós e contras sobre o que se faz. Somente quando você perceber o lado fraco de suas habilidades você vai poder se aprimorar. 62 animê Desenho bíblico ao estilo japonês P ara os fãs de animês o desenho “Super Book” se tornou um clássico ao unir crianças do mundo atual com passagens bíblicas. O desenho animado nacional “Midinho, o Pequeno Missionário” é um ponto importante pra análise neste sentido, pois segue a mesma temática. Animação ótima, muito bem produzida. O estilo lembra animês como “Super Book” sim, mas a técnica utilizada é mais similar à “Chaves” e “Turma da Mônica” animados. Além disto, é um sucesso para os padrões nacionais. O primeiro DVD – vendido nas Igrejas “Internacional Da Graça de Deus” e em sites – é um sucesso, vendendo mais de 100 mil cópias e conquistando várias crianças e adultos evangélicos. O personagem é inspirado em R.R. Soares e inclusive é o apelido de infância (Midinho) do pastor, e sem dúvida o resultado é bem melhor do que a versão ‘pocket’ animada da Xuxa, por exemplo. Mas sua maior vantagem é que além de empregar artistas brasileiros no processo de animação, é um campo interessante para os dubladores, já que eles podem trabalhar em um desenho originalmente brasileiro. Para completar as boas notícias, o desenho será exportado em breve e já está ganhando versões dubladas em espanhol e inglês em um estúdio de dublagem de Miami. Em uma análise mais profunda o DVD pode não ser nenhuma obra prima, mas ainda é apenas o primeiro. No total serão 12 discos (cada um com Texto David Denis Lobão e Tom Marques quatro episódios) totalizando a primeira temporada, o Velho Testamento. A segunda temporada, com o novo testamento, já está confirmada. Para o tempo de produção (em média um mês), o resultado final é ótimo e deve agradar ao público-alvo. As histórias são leves e bem acabadas com um roteiro que procura equilibrar bem a história bíblica com a trama paralela na época atual. Sem dúvida uma excelente idéia de R.R. Soares e sua equipe e que vai acertar em cheio os saudosistas de “Super Book”, que tanto sucesso fez na televisão brasileira. eventos 63 Peça de teatro é novidade em evento de animê F Texto: Carolina Michelli – Fotos: Remy (Cosplayers.net) antástica, é assim que eu particularmente posso definir a peça “Ontem Foi Nunca”, encenada nos eventos Ressaca Friends e Anime Dreams. Ela trás a tona sentimentos e pensamentos muito profundos. No espetáculo cada ator representa uma das personalidades da personagem principal, e você acompanha o desenrolar e o desenvolvimento de cada um, é como se você olhasse para uma história que estivesse dividida em vários pedaços, e fosse dada para pessoas diferentes absorverem e a contarem para o público. Mas o principal foi à realização da idéia em um evento de animê, onde a temática é totalmente diferente. Porém o público teve uma ótima reação e aplaudiu muito a peça, no final sobraram elogios e pessoas interessadas em saber mais sobre a história, o grupo de teatro, e perguntando quando haveria outras. “Espero sinceramente ver mais peças como essa sendo apresentadas em eventos, pois a idéia de aproveitar o espaço e a oportunidade de público para disseminar o teatro foi para mim uma das melhores idéias que surgiram nos últimos tempos”, afirma Sebastião Remy do portal Cosplayers.net. Ao mesmo tempo, é um público que ainda tem que ser trabalhado, pois muitas pessoas entraram e saíram no meio da peça, por não estarem acostumadas o suficiente com este nível de cultura. Mas que sirva de incentivo para mais grupos se interessarem em mostrar seu trabalho e sua arte neste meio! tokusatsu 64 Os heróis que marcaram os anos 80 e 90 – Parte 2 Texto: David Denis Lobão / Fotos: Divulgação W inspector O Esquadrão especial de resgate “Winspector”, nasceu em 1990 pelas mãos da Toei Company, chegando ao Brasil ainda nos anos 90 pela finada TV Manchete. Nos seus 49 episódios acompanhamos ás aventuras do herói Fire e mais dois robôs para combater criminosos high tech no Japão, sob as ordens do chefe Masaaki. Foi lançada quase completa em vídeo e fez tanto sucesso na venda de brinquedos que impulsionou o lançamento de sua continuação “Solbrain” nas TVs brasileiras. Passou por aqui junto com outro seriado japonês da época, a jovem heroína “Patrine”, que também agradou muito aos brasileiros. S pielvan Apesar de não ter nenhuma relação com a série “Jaspion”, no Brasil, “Spielvan” foi exibido com o nome de “Jaspion 2” justamente pelo sucesso de seu antecessor. No entanto, as tramas são bem diferentes, nesta o exército Watter é o responsável pela busca de água limpa em vários planetas do espaço sideral. Em uma invasão ao planeta Clean, os amigos Spielvan e Diana são colocados em uma cápsula de mantimentos e enviados à Terra. Aqui, eles enfrentam os mais temíveis inimigos e passam pelos mais diversos problemas que incluem a Rainha Pandora e a terrível Herbaira, que na verdade é irmã do herói. B lack Kamen Rider Quando surgiu na “Sessão Super Heróis” da TV Manchete, poucos davam valor ao herói gafanhoto, talvez por desconhecer a importância e tradição de sua “marca” no Japão. Com 51 episódios, produzidos em 1987 pela Toei, Black é na verdade o jovem Issamu Minami que aos 18 anos, vira alvo da organização Gorgon, que planeja transformá-lo no imperador secular, após fugir dos inimigos ele passa a combatê-los com a identidade de Kamen Rider Black. Seu clima sombrio ajudou a vender muitos bonequinhos, figurinhas e outros produtos, além de trazer para a rede carioca a sua continuação direta, “Kamen Rider Black RX”. j-music Kagrra no Brasil em fevereiro A Yamato Music Station anunciou este mês mais um show de J-Rock no Brasil. Após o sucesso de Miyavi, JAM Project e Toshi, agora é a vez da banda japonesa Kagrra, se apresentar no Brasil. O Kagrra, se formou em três de junho de 2000, com a mesma formação que tem até hoje: Isshi no vocal, Akiya como guitarrista, Shin também na guitarra, Nao no baixo e Izumi na bateria. Além de frontman do grupo, Isshi também compõe as letras da banda. Todo o elemento poético incluso nas suas letras e uma linha instrumental única, com a adição do koto trazem um toque da tradição japonesa ao J-Rock. O Kagrra fez seu ‘debut’ como banda lançando seu primeiro maxi-single, 65 Texto: David Denis Lobão e site www.yamatomusicstation.com.br UREI, pela Columbia Music Entertainment em primeiro de janeiro de 2004. Em março daquele mesmo ano, fizeram seu primeiro show como banda major, no Shibuya Kokaido. Até hoje já lançaram sete CDs singles, três álbuns e quatro DVDs, entre eles o single “Chikai no Tsuki”, que virou tema de encerramento do animê “Kinnikiman Nisei”, de grande sucesso no Japão. O single Utakata marca o início de uma nova fase para o Kagrra, agora produzido por Chokkaku e conta com a ajuda de mais um compositor, Yukinojo Mori. Em agosto de 2008, o Kagrra, fez uma turnê solo pela Europa, passando por Suécia, Finlândia, Holanda, Alemanha e França. E agora chegou a vez do Brasil. O show do grupo de J-Rock ocorre em São Paulo no dia 22 de fevereiro no Grande Auditório do Bunkyo (Rua São Joaquim, 381). O show começa às 18h, mas os portões abrem mais cedo às 16h30. Os ingressos já estão à venda na loja Japan Express (Rua da Glória, 279 - 4º andar - Liberdade - São Paulo) e na Shibuya (Rua Galvão Bueno, 4 – loja 210 – também na Liberdade). 66 opinião OS EMBALOS DE ONTEM E DE HOJE O s embalos de ontem eram os bailinhos. No interior eram chamados de brincadeira dançante. Na metade dos anos sessenta começaram a substituir aqueles velhos bailões de orquestra que tocavam baiões, samba-canções, rumbas, tangos, boleros, cha-cha-cha, etc. O rock de Elvis, a jovem guarda e os Beatles pediam um novo formato para o evento onde jovens se reuniam para dançar e algo mais. Para animar estes eventos apareceram os conjuntos musicais com formação básica de bateria, baixo, guitarra-base e guitarra-solo. A esta base alguns acrescentavam um tecladista, um saxofonista ou uma cantora. Até o final dos anos sessenta o repertório destes conjuntos musicais ainda incluía rocks instrumentais e musicas da jovem guarda, mas a partir dos anos setenta, principalmente em São Paulo, era só “cover” de cantores e conjuntos estrangeiros de rock e baladas jovens, com destaque para as inglesas e americanas (Beatles, Rolling Stones, Bee Gees, Bread, Credence, Led Zeppelin e outros). E os nikkeis aqui na cidade de São Paulo e arredores, também tinham os seus bailinhos. No sábado aconteciam na região central e iam das 22 às 4 horas. Eram organizados por equipes (grupos de jovens de um bairro como o Arcent do Tatuapé, ou de uma certa classe, como o Grupo Universitário Estaca Zero, ou por algum outro interesse), e utilizavam salões mais próximos do centro como a Casa de Portugal, Clube Homs, Bunka, Liga Itálica e outros. A animação ficava a cargo dos conjuntos de primeira linha : The Buttons, Pholhas, Equipe 4+, Dimensão 5, Memphis, The Kings e outros. Mas o mais solicitado nos bailinhos da comunidade era o conjunto Apa-Tota, formado basicamente por nikkeis, que tinha qualidade musical comparável aos melhores. Os bailinhos intercalavam seleções de músicas lentas com rocks mais balançados, com duração média de uma hora e intervalo de cerca de quinze minutos. Nas seleções de rock os jovens dançavam separados e tentavam mostrar as suas habilidades e ao mesmo tempo escolher a menina para dançar a dois, a seleção de músicas lentas. Quando o conjunto começava a se preparar para a seleção de músicas lentas, começava uma movimentação, com os rapazes de aproximando das meninas. Tão logo era tocada a primeira nota musical, as meninas mais bonitas eram disputadas, uma verdadeira corrida ao ouro, que no fim era também uma loteria, afinal nem toda menina bonita dançava bem ou era interessante na conversa. O que não era legal eram as brigas constantes que aconteciam entre gangues ou a covardia de uma gangue massacrando uma pessoa. Muitos componentes destas gangues faziam uso de drogas e iam para os bailinhos com a finalidade de arrumar encrenca. Não se bebia tanto como hoje, afinal os jovens viviam de mesadas miseráveis, e a maioria que trabalhava ganhava merrecas. Os embalos de hoje são as baladas. Com os jovens casando mais tarde, abriu-se espaço para baladas direcionadas para os pós adolescentes, gente com mais de 20 anos. Para ter uma idéia melhor de como a coisa funciona, estive numa delas, a última do ano de 2008 organizado pelos Mortos-Vivos na Mansão Calipso, convidado pelo meu amigo Tomas. Naturalmente que não me senti dentro do clima, por razões óbvias. Assim, muitas das afirmações que farei podem estar equivocadas, já que são opiniões de um observador e não de um participante da balada. De cara a diferença que se faz notar é a animação por música de fita, um interminável bate-estaca, um ritmo pulsante, repetitivo e contagiante, mas pouco musical. Uma coisa estranha é que muitos jovens, principalmente rapazes estavam ali somente para beber e observar. Nem dançavam e nem chegavam nas meninas. Depois de uma certa hora muitos, inclusive meninas, já estavam completamente embriagados. Não que antigamente não existissem, mas hoje é muito maior o número de meninas ousadas. Bebida na mão, pouca roupa e com atitudes sex e convidativas, pode-se dizer que estas meninas são uma atração a parte. Outra coisa que chama a atenção é que os grupos são bem fechados e se divertem entre eles, existe pouca interação. Mas não se nota ar de agressividade nos jovens e brigas acontecem raramente, parece que os jovens vão mesmo para se divertir. Assim, ontem como hoje os jovens nikkeis são embalados em eventos com algumas diferenças, mas movidos pelos mesmos interesses. É a estranha força magnética de atração entre nikkeis, combinada com outra força universal, a do jogo dos sexos opostos, que faz prever que os embalos ainda vão continuar por muito tempo! Nelson Fukai é engenheiro, escritor e analisa questões do presente e passado da comunidade nipo-brasileira. E-mail: [email protected] 68
Documentos relacionados
especial capa - Revista Mundo OK
Nesta primeira edição foram 750 cortes a R$ 5,00. Desde então mais de 28.000 cortes foram realizados e 28 entidades beneficentes foram atendidas, algumas delas mais de uma vez. Nestes eventos o val...
Leia maisespecial capa - Revista Mundo OK
Revista Mundo OK – Ano 1 – Número 5 • Diretores: Takashi Tikasawa e Marcelo Ikemori • Editor: Rodrigo Meikaru e David Denis Lobão • Chefe de Arte: César Gois • Diagramação: Danielli Guedes e Sandro...
Leia mais