De Portugal para o mundo
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De Portugal para o mundo
Portugal Inovador Página Exclusiva 2 Portugal Inovador Página Exclusiva 3 Portugal Inovador Índice 6 - Editorial 7 - TEKEVER “Além da vanguarda tecnológica” 10 - PME Excelência: exemplos de sucesso inspiradores 29 - Distrito de Aveiro: empresas inovadoras 47 - Ensino: qualidade, criatividade e investigação Página Exclusiva 4 Portugal Inovador Página Exclusiva 5 Portugal Inovador Editorial Provar que somos capazes O inevitável pedido de ajuda externa colocou Portugal nos escaparates da imprensa internacional. Em pouco mais de um mês, qualquer cidadão no mundo tinha uma opinião formada sobre a realidade do nosso país. Não confundamos, no entanto, a palavra “formada” com a palavra “fundada”… É certo que existem problemas estruturais na nossa economia, mas será justa a oposição de 48% dos finlandeses à ajuda num plano de resgate a Portugal? Será que somos realmente preguiçosos, como nos rotulam, não merecendo por isso a confiança dos restantes mercados europeus? A maioria de nós discorda destas premissas. E com razão. Portugal provou ao longo de séculos o espírito empreendedor do seu povo. Essa qualidade ainda existe e é provada diariamente pelo sucesso internacional de algumas das nossas empresas, onde a capacidade de gestão do administrador se funde numa sinergia perfeita com o trabalho dos seus funcionários. Serão os exemplos divulgados pela Revista Portugal Inovador, ao longo de 17 edições, situações pontuais de sucesso? Até podemos admitir que o sejam, mas a verdade é que existem. Falta apenas que esses exemplos se tornem uma regra. Só assim poderemos evitar o derradeiro risco desta crise: o descrédito internacional. Ainda estamos a tempo de reconquistar a confiança de todos. O primeiro passo é assumir, desde já e em pleno, as responsabilidades individuais que nos competem. Seja no trabalho ou na vida. Mais do que competentes, temos de crescer nas nossas competências, assumindo que podemos e temos capacidade para fazer mais e melhor. É claro que tudo isto só será possível com o apoio e exemplo de quem governa o país. A um mês de saber quem poderá liderar a ansiada retoma, os portugueses esperam dos seus líderes aquilo que esperam de si mesmos: seriedade nas palavras e acções, atitude empreendedora e dinâmica, união entre todos e, acima de tudo, confiança num futuro próspero. O tempo encarregar-se-á de esclarecer se fomos, ou não, capazes de abraçar esta causa conjunta. Página Exclusiva 6 Portugal Inovador Além da vanguarda tecnológica A TEKEVER distingue-se no mercado das tecnologias de informação e comunicação, concebendo, desenvolvendo e comercializando no mercado internacional tecnologia, produtos e serviços para o sector Empresarial, bem como para os mercados Aeroespacial, de Segurança e da Defesa. O grupo empresarial TEKEVER oferece uma oportunidade única de trabalhar num ambiente multicultural, focado na inovação e no desenvolvimento e exploração de tecnologia de ponta. Tendo vindo a internacionalizar a sua actividade para vários países de forma acelerada, tem também posto a nu os valores que lhe dão o título de PME Excelência. “Chegar a toda a gente” é o objectivo capital da empresa, que, posicionando-se um passo à frente da tendência do mercado, garante o compromisso de pôr a inovação tecnológica de ponta, nas várias áreas, ao serviço dos clientes. Áreas de negócio A TEKEVER organiza-se em duas divisões de negócio distintas: a das TI (Tecnologias de informa- ção) e a de ASDS (Aeronáutica, Espaço, Defesa e Segurança). Em ambas as áreas, conforme refere Ricardo Mendes, administrador, “a estratégia alicerça-se no desenvolvimento de tecnologia inovadora com potencial disruptivo”. No campo das Tecnologias da Informação, que foi por onde a empresa iniciou a sua actividade em 2001, o grande foco está no desenvolvimento, comercialização e exploração de uma plataforma tecnológica de software, centrada na interacção multicanal com o utilizador (a plataforma MORE – Model Once, Run Everywhere). Sobre esta plataforma, várias empresas do Grupo TEKEVER desenvolvem e exploram no mercado internacional diversos produtos e serviços, para sectores como a Banca, a Energia, as Utilities, os Serviços ou as Telecomunicações. Na divisão ASDS, o foco está nas operações e questões tácticas ligadas a várias vertentes: sistemas de comando e controlo focados na optimização de operações, equipamentos de comunicação tácticos baseados em SDR, e sistemas autónomos aéreos e terrestres – linhas de produto fundamentalmente aplicadas a áreas militares e de segurança. Na área dos sistemas autónomos, a TEKEVER está já a produzir veículos autónomos aéreos compactos (mini-UAV), concebidos para “dual use”, isto é, para uma utilização em missões militares e civis. Na área das comunicações, o foco são as comunicações tácticas, o que na prática se traduz no suporte a equipas militares ou de seguPágina Exclusiva 7 Portugal Inovador dinâmica de cada região, e estar presente para apoiar os nossos Clientes e Parceiros”, explica Ricardo Mendes. “Passion for technology” rança no terreno, em situações onde não é possível ter redes estruturadas. Assim, conta Ricardo Mendes, “temos equipamentos que podem ser embarcados em veículos ou ser utilizados por pessoal apeado, permitindo trocas de dados multimédia em cenários não estruturados. A TEKEVER está a apostar fortemente em tecnologia SDR (Software-Defined Radio), criando equipamentos flexíveis, que podem ser constantemente evoluídos, proporcionando uma grande longevidade e um excelente retorno do investimento. Internacionalização Concebida a pensar no mercado externo, 70% do negócio da TEKEVER já abrange território internacional, sendo que a tendência é a de um forte crescimento. Em Portugal o grupo empresarial TEKEVER conta com diversas empresas e escritórios, tendo posteriormente escritórios em Pequim, São Paulo e na Califórnia. A primeira opção internacional foi a América do Norte, seguindo-se a América do Sul e a Ásia. “Isto obrigou-nos, propositadamente, a abrir horizontes”, adianta o admi nistrador. Competir com americanos, israe litas ou chineses exige, para Ricardo Mendes, um valor acrescentado real, um posicionamento na linha da frente da inovação, e Página Exclusiva 8 uma negociação assente na dife renciação do produto e da tecnologia. “Estar lá fora não é só para dizer que se está, é para fazer acontecer. Para ter sucesso no mercado internacional é preciso ter um produto realmente bom e diferenciador”, afirma. Assim, a TEKEVER utiliza Portugal como um laboratório de ino vação tecnológica, uma montra e uma rampa de lançamento para as várias linhas de tecnologia, fazendo depois a comercialização no exterior. Expandir o negócio a um conjunto de novos mercados, com a abertura de novos escritórios, passa pelos planos da empresa. “Nós temos necessidade de ter vários escritórios, espalhados por países que têm realidades muito diferentes. É preciso perceber a Quando a empresa nasceu, em 2001, a sua visão era desenvolver tecnologia que tornasse a EVERNET possível; (EVERNET é um conceito, agora mais comum, segundo o qual todas as pessoas e coisas comunicam entre si, cola borando para atingir fins comuns). “Quando começámos a empresa, havia o conceito de conceber tecnologia que permitisse a qualquer pessoa utilizar o seu próprio telemóvel, computador ou outro qualquer dispositivo, para me lhorar a sua performance profissional, ou simplesmente melhorar a sua qualidade de vida”. A ideia surgiu de um conjunto de ex‑colegas do curso de Engenharia Informática do Instituto Superior Técnico de Lisboa, onde se incluíam os engenheiros Ricardo Mendes e Pedro Sinogas, actuais administradores. Nos primeiros anos, a empresa foi gerida como um negócio centrado nos serviços, contando com dezenas de colaboradores a desenvolver projectos que colocavam directamente tecnologias de processamento e comunicações móveis ao serviço dos clientes, Portugal Inovador sendo que todo o capital gerado era reinvestido no desenvolvimento de uma base tecnológica comum. “Quando criámos a empresa, o nosso objectivo era conseguir ser uma empresa de tecnologia de ponta, focada no desenvolvimento de produtos e no licenciamento de tecnologia no mercado internacional”, refere o administrador. Em 2005, 2006 a TEKEVER, após ter já consolidado a sua plataforma tecnológica, recentrou o seu negócio no desenvolvimento de produto e na sua comercialização, iniciando assim o processo de abertura dos vários escritórios pelo estrangeiro. Para Ricardo Mendes, encontrar as palavras-chave para definir o lema da empresa não foi difícil: “’Passion for technology’ é um dos nossos lemas nas várias áreas em que estamos.” Utilizar tecnologias de informação e comunicação como base para revolucionar diversos mercados e com isso trazer valor para os clientes é princípio basilar na TEKEVER. Um passo à frente Se em 2001 ainda não exist ia Internet “everywhere”, a T EKEV ER criou, ao longo destes anos, uma plataforma focada na interacção multicanal com utilizador, que permite utilizar dispositivos como o iPhone, Android, BlackBerry, entre outros, com extrema facilidade, hoje usados por centenas de milhar de utilizadores por todo o mundo. “A nossa plataforma permite, muito rapidamente, criar sistemas que interagem com o utilizador através dos vários canais, sem ter que desenvolver aplicações específicas para cada tipo de dispositivo ou plataforma de interacção”, explica o engenheiro. Uma das áreas onde a plataforma é aplicável é no “Multichannel Banking”, serviço que permite o acesso ao banco através da web, telemóveis e redes sociais, complementarmente aos balcões físicos. Chegar ao “mass market”, isto é, trazer a tecnologia para uso do público em geral, e não ape nas ao mercado empresarial, é um dos grandes desafios que os engenheiros da TEKEVER estão neste momento a levar a cabo. Assim, contando com uma e quipa jovem, dinâmica e flexí vel, onde todos têm “vontade de mudar o mundo”, e nele deixar uma marca, a TEKEVER mantém-se um passo à frente da tendência do mercado, no que às tecnologias de ponta diz res peito. Chegar ao “mass market” Pretendendo atingir o público em geral, a TEKEVER criou dois projectos: Na área da eficiência energética: sistema uMETER, permite analisar, em tempo real e através de qualquer smartphone, o consumo energético através do telemóvel, verificando os picos de energia e ajudando na poupança energética. Na área da mobilidade eléctrica: ajudar os utilizadores de veículos eléctricos a tirar um melhor partido do seu veículo e de todo o sistema, com serviços pensados exclusivamente para o utilizador. Página Exclusiva 9 Portugal Inovador Página Exclusiva 10 Portugal Inovador Página Exclusiva 11 Portugal Inovador “Na fronteira do conhecimento” A BOND – Building On Network Dynamics tem como compromisso essencial a criação de valor para os seus clientes, colaboradores, parceiros e fornecedores num quadro de confiança e parceria. Posiciona-se como uma organização de referência no desenvolvimento, gestão e comercialização de soluções tecnológicas inovadoras. Software, tecnologia, produtos e serviços próprios dotados de uma capacidade de inovação, desenvolvimento e qualidade é o que o grupo oferece ao cliente. O leque é vasto: desde produtos orientados à eficiência administrativa das empresas e do Estado, a produtos e serviços concebidos para mo dernizar diversas indústrias, entre as quais se destacam a banca, seguros, telecomunicações, energia e utilities, transportes, distribuição e ambiente. A BOND desenvolve também soluções à medida dos clientes, como são os casos da “gestão do inventário do património cultural português e a informatização de toda a nossa rede consu lar”, diz Paulo Ramos, Chairman e CEO do grupo empresarial. O plano de crescimento Sem colocar em risco a estrutura de capitais da empresa, o grupo deu corpo a um plano de consolidação do mercado. Além da SOFTLIMITS, empresa especia lizada no desenvolvimento, implementação e manutenção de um portefólio de produtos e tecnologias próprias com uma oferta que se dirige aos sectores da Administração Pública, da Saúde, da Banca e Seguros, das Telecomunicações, da Indústria e dos Serviços, o plano assentou na aquisição de mais quatro empresas: Actis, empresa especializada nas áreas de Business Intelligence e Enterprise Planning and Budgeting, que desfruta de uma posição de liderança nestes segmentos há 12 anos; Página Exclusiva 12 Portugal Inovador a Agille, empresa especializada na área de Business Intelligence, Performance Management, Risk Management e Technology Consulting; a Best For Business (B4B) empresa especializada em Enterprise Resource Management e a Inforflow especializada em Customer Relationship Management e Business Process Management. Após a aquisição destes quatro activos, surgiu a necessidade de uniformizar a marca. Em Março de 2011, emerge a BOND, integrando um grupo de cinco empresas. Um ecossistema de competências e de produtos que coloca o grupo numa posição diferenciadora. Activos adquiridos, a empresa foi reorganizada em três grandes áreas: uma de software - a software house, uma de consultoria tecnológica e uma outra área de consultoria de soluções de negócio. “Nós não somos uma empresa de mono-serviço nem de mono-produto, portanto agrupamos os activos que temos nestes três grandes blocos”, afirma Paulo Ramos. Estas aquisições permitiram capitalizar competências e recursos nas áreas-chave do mercado das TIs e SIs. Actualmente, a BOND conta com mais de 500 clientes, entre empresas públicas e privadas e para que o apoio ao mercado externo seja o mais eficaz possível, o grupo tem para já escritórios em Lisboa, Luanda e Maputo. Factor determinante para o sucesso Aquilo que diferencia cada vez mais as empresas é a capacidade que estas têm de construir redes de conhecimento dinâmicas para que usufruam de uma enorme capacidade de adaptação às necessidades de cada momento. Desta filosofia surgiu o nome BOND – Building On Network Dynamics e “é à volta deste conceito que estamos a construir e a promover a nossa empresa”, comenta o chairman e CEO do grupo. Ter a capacidade de cumprir prazos de entrega e orçamentos, e uma forte competência de integração de sistemas e soluções são os factores decisivos para ter sucesso. “Integração é palavra de «terror» na nossa indústria. É necessário integrar o que estamos a fazer com o que já existe. Aqui, a nossa software house dá-nos uma invulgar capacidade de integração entre o que fazemos e o que já existe no cliente”, esclarece. No grupo, também o capital humano é factor determinante para o su cesso. Ter uma oferta mais abrangente permite uma melhor resposta a outras oportunidades existentes no mercado interno e externo. Quanto ao mercado externo, este é um sector onde a dimensão é importante, “pois só empresas com algum músculo financeiro conseguem alocar recursos e investir no desenvolvimento dos seus produtos, na investigação e em processos de internacionalização”, salienta o administrador da empresa. As parcerias são essenciais, sejam estas tecnológicas ou de apoio à internacionalização. “Como empresa de tecnologia, estabelecemos relações de parceria sólidas com as principais empresas mundiais de software que desenvolvem as plataformas tecnológicas sob as quais construimos os nossos produtos e as soluções”, diz. Rumo ao futuro: internacionalização A aposta para o futuro passa vincadamente pela internacionalização. “É obrigatória. Colocaremos o máximo que soubermos e pudermos para que possamos crescer significativamente também na área internacional”, diz Paulo Ramos. Parcerias estratégicas, formação permanente dos 150 colabora- dores, novas aquisições, inovação, tecnologia de ponta e produtos na “fronteira do conhecimento” são a chave de ouro para o sucesso do grupo empresarial. Considerada a melhor empresa europeia na área de Business Intelligence por uma reputada pu blicação inglesa em parceria com a Bolsa de Londres, a BOND detém os estatutos de Gold Certified Partner da Microsoft, Gold Partner Oracle e PME Excelência e Inovação 2010, destacando-se pelas melhores práticas sectoriais no desenvolvimento, implementação e gestão de produtos e soluções, bem como pelos elevados e reco nhecidos níveis de serviço. Página Exclusiva 13 Portugal Inovador Cronologia do Prestígio Primeiro os relógios, depois a joalharia e mais tarde o retalho de jóias. A Cronos, Lda. e a Visão do Tempo, S.A. representam várias marcas de prestígio internacional em mais de 500 pontos de venda espalhados por todo o país. posteriormente, do sportswear da Camel Active. “As empresas desenvolveram-se sempre focadas em marcas que nós chamamos Masstige: uma conjugação das palavras Massa e Prestige”, explica Frederico Carneiro, actual director de marke ting da Cronos e administrador da Visão do Tempo. Para complementar a actividade da empresa Visão do Tempo, surge em 2008 a terceira empresa, Visão do Tempo 2, dedicada à área de retalho de jóias da marca Pandora. Seguir a moda O primeiro registo histórico exis tente remonta a 1950, ano em que a empresa, ainda sem a denominação Cronos, representava várias marcas de relógios, entre as quais a sua marca própria, ainda hoje existente: a Eletta. A década de 80 é marcada pela passagem da primeira para a segunda geração, encabeçada pelos irmãos Ester Carneiro e Salomão Kolinski. Também nos anos 80, o aparecimento da marca Citizen empurra a empresa para um salto Página Exclusiva 14 significativo no mercado. A Cronos passa a existir com a designação actual já nos anos 90, mantendo a sua actividade no ramo dos relógios. O desenvolvimento progressivo da Cronos conduziu à abertura, em 2004, de uma segunda empresa, numa terceira geração. A Visão do Tempo, S.A., surge então com um novo conceito, direccionado para ou tras áreas de mercado, iniciando a sua actividade com a representação de marcas de joalharia e, Os últimos anos têm revelado um crescimento visível da empresa, que, pelo facto de representar marcas, desenvolve a sua actividade em função do sucesso que essas marcas têm no mercado. “No nosso caso faz muita diferença o binómio produto – marca”, refere Frederico Carneiro. A Cronos desenvolve internamente várias marcas, sendo que a Eletta é, dentro do grupo, marca líder na vertente de lojas, tendo com isso levado a empresa para novos patamares. “A Eletta tem bons produtos e tem uma oferta muito adequada ao mercado português, fazendo com que realmente consiga ter sucesso”, adianta o director. A concorrer num mercado de moda internacional, com marcas que vendem relógios, roupa, perfumes e óculos de sol, tornando-as fami liares do grande público, a Eletta tem revelado ter uma performance comercial superior. Com menos marcas no seu portefólio está a Visão do Tempo, Portugal Inovador “Masstige” Entre Cronos e Visão do Tempo são comercializadas cerca de 8 marcas internacionais: Lacoste, Camel Active, Tommy Hilfiger, Miss Sixty, Morellato, Citizen, Sweet Years e Pandora, às quais se acrescentam as marcas próprias, Eletta, Albatross e Five Stars. Excelência no futuro onde a Pandora se revelou um contributo crucial e foi a alavanca de sucesso da empresa. Aposta acertada Trabalhar para grandes marcas implica também um profundo conhecimento das mesmas. Cada marca tem a sua própria identidade e o seu departamento de design, que depois é transversal a todos os produtos que comercializa. “Para nós é importante a marca, o design, o prestígio associado; é igualmente importante o facto de o fornecedor da empresa que está licenciada ser uma entidade fidedigna, séria, com capacidade”, assume Frederico Carneiro. Assim, garantir que a entidade em questão é fidedigna e que encara o negócio numa óptica de longo prazo é essencial. A Cronos e a Visão do Tempo têm know-how, capacidade financeira e criativa, estando sempre atentas a novas oportunidades de negócio, inclusive dentro de outros canais de distribuição. Responsabilidade Social A Pandora, representada pela Visão do Tempo, tem um projecto ligado à Liga Portuguesa Contra o Cancro, onde apresenta um conjunto de peças cujas vendas revertem em 15% para a Liga. Em 2008 fez a primeira entrega, de 47000€ e em 2010 a segunda, no valor de 100000€. Este ano será feita uma nova entrega resultante das vendas 2010/2011; confiante de que ultrapassa o valor da última entrega, merece o reconhecimento pela nobre iniciativa. O sucesso atingido pelas empresas Cronos e Visão do Tempo conferiu-lhes o justo estatuto de PME Excelência. Para Frederico Carneiro, o prémio é símbolo de fortes responsabilidades a aplicar nos tempos vindouros. “Eu penso mais nas responsabilidades e exi gências acrescidas que o sucesso traz”, afirma. “Não ambicionamos ser a maior, mas a melhor empresa deste sector”, acrescenta. A nova empresa entretanto criada, Visão do Tempo 2 - Distribuição, iniciou o seu trajecto com uma loja no Centro Comercial Vasco da Gama, contando actualmente com 12 lojas espalhadas por todo o país. Assegurar o futuro das empresas nas próximas gerações da família é uma das grandes ambições existente. Por outro lado, Frederico Carneiro assume a vontade de querer “trabalhar com o conjunto de clientes e pessoas que temos, e quem sabe alargar para outras áreas de negócio”. Página Exclusiva 15 Portugal Inovador Sonho antigo concretizado A Clínica de Medicina Dentária Dr. José Luís Moinheiro apresenta uma nova cara. Ao fim 15 anos de existência foi remodelada à medida dos seus clientes, tornando-se mais acolhedora, funcional e visualmente atractiva. sado praticamente desde a fundação da clínica. Tínhamos o sonho de adquirir o espaço do lado e centralizar toda a nossa actividade no mesmo piso. Achamos que a celebração dos 15 anos da clínica era o momento ideal para dar esse salto, criando uma nova imagem. É uma forma de nos aproximarmos mais das pessoas e de lhes dar um pouco mais de conforto”, explica José Luís Moinheiro. A funcionalidade e optimização de procedimentos teve também o seu peso na decisão: “Tínhamos um espaço alugado no terceiro andar, onde estava colocado o aparelho de raio-x – o ortopantomografo. Isso significava que quando era necessário fazer uma radiografia, obrigava-nos a encaminhar o paciente para o terceiro piso, o que não é nada prático do ponto de vista funcional. Esta remodelação permitiu solucionar essa situação, ao mesmo tempo que serviu para criar as condições ideais para ter uma separação real entre as áreas privadas e a zona pública”, define Rosário Ferreira. José Luís Moinheiro e Rosário Ferreira conheceram-se na Faculdade. O destino ditaria que a relação pessoal entre os dois evoluiria positivamente para o campo profissional. Da paixão partilhada, tanto no campo pessoal como no campo profissional, nasce a agora Clínica Moinheiro. O casal soube estar à altura do desafio e, com profissionalismo e um atendimento singular, conquistou de forma meritória o seu leque fiel de clientes. Hoje, o espaço manPágina Exclusiva 16 tém com orgulho a filosofia de trabalho que, desde o início, lhe garantiu o estatuto de referência na medicina dentária de Aveiro. Dar mais ao paciente A preocupação com o bem-estar do paciente sempre foi um dado garantido na clínica. Em 2010, José Luís Moinheiro e Rosário Ferreira sentem que é o momento ideal para expressar, através de obras na clínica, essa filosofia: “Este era um projecto antigo, pen- Design personalizado Em três semanas apenas, a Clínica de Medicina Dentária Dr. José Luís Moinheiro levou a cabo uma remodelação drástica nas suas instalações. Gabinetes com novos revestimentos, uma sala de espera aumentada e com um design mo derno, quartos-de-banho reajustados, novas áreas reservadas (escritório, vestiários, quarto-de‑banho privado para funcionários), entre muitas outras modificações, alteraram de forma positiva o espaço. “Foi um investimento con- Portugal Inovador Conceito diferente trolado e para o qual nos fomos preparando ao longo destes 15 anos de existência da clínica. Não acrescentámos serviços, porque já fazíamos um pouco de tudo, mas optimizamos a prestação desses serviços. Esse era um dos objectivos”, revelam. A decisão do estilo a adoptar foi conjunta: “Não queríamos nada muito convencional, algo muito clean, tal como se encontra em todas as clínicas actuais. Não queríamos que as pessoas encontrassem aqui o que encontram no típico consultório… O objectivo era que não se sentissem intimidadas com a visita ao dentista. Que se sentissem praticamente em casa. Por isso rejeitámos muitas das ideias iniciais do arquitecto”, sorriem os proprietários, “mas conseguimos chegar a um acordo que cumpre com a nossa ideia. Independentemente das modas, este era o nosso sonho. E a verdade é que a reacção das pessoas tem sido muito boa”. Medicina dentária de qualidade José Luís Moinheiro é o primeiro a afirmar que a medicina dentária existente em Portugal prima pela qualidade. No entanto, o médico dentista mostra-se preocupado com o rumo do ensino no sector: “O que constato é que existe um excesso de recém-licenciados a serem lançados no mercado… É um problema que transcende este sector, mas que se tem agravado ao longo do tempo. Na nossa área em particular, chega-nos às mãos um conjunto de pacientes atendidos por profissionais com pouco experiência, que denotam a falta de trabalho de casa. No que nos diz respeito, apostamos na formação para podemos oferecer a máxima qualidade. Tentamos sempre sugerir o melhor tratamento possível para as condições que o paciente apresenta no momento em que nos procura”. José Luís Moinheiro, com Pós‑graduação em Ortodontia e Reabilitação Oral -Prótese, e Rosário Ferreira, com Pós-graduação em Periodontologia e Implantologia, conseguem abranger praticamente todas as áreas na sua clínica: “Trabalhamos em áreas complementares que estão intimamente interligadas. É claro que há casos em que reencaminhamos os pacientes – com problemas especiais, porque também temos de ter noção das nossas competências, mas é preciso ter capacidade sem ter de recorrer constantemente a especialistas de outras áreas”, concorda Rosário Ferreira. A Clínica Moinheiro não tem convenções com nenhum sistema de saúde. “Não tem sido problema uma vez que temos acesso a todas as tabelas de todas as compa nhias de seguros e sub sistemas de saúde. Os recibos são discriminados com rigor de forma a que os pacientes usufruam do máximo de reembolso possível” garantem. “Focamos a nossa atenção nas pessoas. Também por isso aderimos ao cheques-dentista, que além de ser um compromisso social assumido por nós, permite-nos atender os nossos pacientes que beneficiam dele”. Assumida está também a vontade de continuar a evoluir no futuro: “Os projectos não páram. Queremos continuar a dar qualidade aos nossos pacientes, a dar condições de trabalho às pessoas que trabalham connosco e a acompanhar a evolução constante que existe nesta área”. Página Exclusiva 17 Portugal Inovador “No fundo, é ser-se advogado!” Dividida em nove departamentos, a Sociedade de Advogados Pedro Raposo e Associados, RL disponibiliza ao cliente, em perfeita sinergia, um vasto leque de serviços direccionados ao sector empresarial. Acrescentar diferentes áreas para conseguir oferecer um serviço completo às empresas foi uma das apostas iniciais, ao fim e ao cabo, este é um c liente específico e que significa o “foco da sociedade”. Parcerias de sucesso Um problema que não se reporta aos magistrados é a actual situação da justiça. Nos últimos anos houve evoluções significativas mas, “até chegar até à altura em que a justiça se torna efectiva, na parte já coerciva da justiça, esta é lenta”, afirma Pedro Raposo, sócio da PRA. Numa sociedade absorvida pela dubiedade, é cada vez mais premente desmistificar a ideia de que o advogado é o culpado pela justiça lenta e insegura a que se assiste. Este é apenas o “portador das más notícias”. Desde a sua fundação que o escritório de advogados Pedro Raposo e Associados sempre teve um objectivo: uma actividade transversal ao sector empresarial muito embora, no inicio da actividade não existisse a massa critica que existe hoje para produzirem todos os serviços que produzem. Há cerca de 10 anos, os advogados Pedro Raposo e Carlos Duque foram os mentores da abertura da sociedade. A partir daqui, chegar ao cume do sucesso foi um salto. Página Exclusiva 18 Tendo sempre, ao longo da entrevista, evidenciando o cliente como o patrono desta sociedade de advogados, a PRA surge também em Ponta Delgada. No fundo “não somos advogados de processos, somos advogados de clientes. Tendo em conta a filosofia e o número de clientes que temos nos Açores justificou‑se a abertura de um escritório em Ponta Delgada”, conta o advogado. Passo a passo, os 45 colaboradores da sociedade de advogados Pedro Raposo e Associados conseguem prestar um serviço de excelência. O mercado externo, quer com ou sem presença física também usufrui dos serviços da advocacia portuguesa. Com parcerias em Luanda, Cabo Verde e em Espanha onde trabalham áreas específicas como a laboral, inte lectual ou corporate, a fideliza- ção de clientes e a preocupação em manter uma proximidade com estes, cria, por si só, um relacionamento de parceria. A equipa é ponto-chave Visto que a PRA trabalha todas as áreas inerentes ao direito ter colaboradores com formação adequada e capaz é ponto-chave. “Tendo em conta a complexidade da actividade jurídica, é difícil ter pessoas que consigam dar uma resposta imediata em todas as áreas do direito, portanto se queremos ter um escritório que apresenta ao cliente um serviço transversal às suas necessidades, e se essas necessidades estão ligadas a áreas de direito muito dispares como a do imobiliário ou do contencioso, é necessário ter uma equipa formada em áreas específicas e com capacidade de resposta rápida como exige o mercado”, esclarece Pedro Raposo. Uma forma de garantir os me lhores profissionais na advocacia é a realização do exame de acesso ao estágio de advogado. No exercício da advocacia o que está em causa pode por “Não somos advogados de processos, somos advogados de clientes. Tendo em conta a filosofia e o número de clientes que temos nos Açores justificou-‑se a abertura de um escritório em Ponta Delgada” Portugal Inovador vezes ser irreversível para o cliente. Portanto, há a necessidade dos advogados estarem bem preparados para o efeito. “Compreendo que haja uma necessidade de seleccionar os melhores para o exercício da profissão pois sendo uma actividade regulamentada, há um conjunto de requisitos que têm de ser garantidos”, assume o advogado em entrevista à “Portugal Inovador”. Em termos de formação e conhecimento todos os escritórios vão evoluindo ao nível da carreira de cada advogado. “O conhecimento não é uma porta fechada”, e o escritório Pedro Raposo e Associados não é excepção. Internacionalização e PME Excelência Com um quadro de clientes vasto e fidelizado o grande leque surge na zona de Lisboa. No entanto, a sociedade também detém muitos clientes estrangeiros. “Reportamos a muitos departamentos jurídicos, a muitas sedes fora de Portugal, nomeadamente em Espa nha, França ou Inglaterra. São muitos os clientes estrangeiros a trabalhar no nosso país e, nessa medida, reportamos ao país do cliente”, elucida Pedro Raposo, mostrando que a internacionalização é realmente uma evidente acrescentando que “é extremamente motivador “Compreendo que haja uma necessidade de seleccionar os melhores para o exercício da profissão pois sendo uma actividade regulamentada, há um conjunto de requisitos que têm de ser garantidos” ver empresas das mais diversas áreas a sair fora de portas e a conseguirem estabelecer-se com resultados muito assinaláveis”. Passa pelas obrigações do advogado, acompanhar o cliente. Aqui, a lógica é assegurar o melhor apoio, mesmo aos que estão no mercado externo. “O PME Excelência não é tanto por aquilo que os outros dizem de nós, mas é claramente ter a certificação de alguém de fora”. Com poucas palavras, o advogado explicou o significado da distinção da PRA com o prémio PME Excelência. “O compromisso passa por não estar passivamente à espera mas es- tar activamente a procurar aperfeiçoar aquilo que os nossos c lientes fazem no dia-a-dia”. Mediar o futuro As parcerias, faladas no inicio da entrevista e no que concerne ao mercado externo, vão ficar mais estreitas fruto da maior proximidade que a sociedade tem criado com o cliente. O crescimento surge como um dado adquirido onde fidelização, compromisso, honra, especialização, dedicação, empenho e qualidade de serviços são o segredo do suc esso da PRA. No fundo, “é ser-se advogado!”, termina Pedro Raposo. Departamentos onde actuam: Área da propriedade industrial – das marcas; do imobiliário; dos concursos públicos; da recuperação de créditos de insolvência; um departamento de corporate; um departamento laboral; um departamento de família e sucessões; um sub-departamento de fiscalidade e uma área de contratos que cada vez mais vocacionada para os contratos internacionais. Página Exclusiva 19 Portugal Inovador Inovar na construção de paisagem Durante quase três décadas, a Teleflora tem vindo a desempenhar um papel preponderante na execução de espaços verdes em Portugal, procurando a inovação e utilizando os métodos mais avançados. a principal área de actuação da Teleflora, que actua, em simultâneo, ao nível das hidrossemen teiras, da manutenção em vias de comunicação, dos transplantes de árvores de grande porte e da recuperação de sistemas dunares. Soluções inovadoras Nos últimos anos, o papel da Teleflora tornou-se mais notório, estando presente nas grandes obras do ramo, que se têm rea lizado no nosso país. Uma vasta equipa técnica, cons tituída por arquitectos, paisagistas, engenheiros e técnicos de jardinagem tem vindo a realizar obras muito diversas no âmbito dos espaços verdes e integração paisagística. Para toda esta equipa, o prémio PME Excelência vem reconhecer a qualidade do trabalho desenvolvido, procurando paralelamente incentivar o seguimento do percurso efecPágina Exclusiva 20 tuado. “A concorrência é grande, mas continuamos a diferenciar‑nos pela qualidade dos nossos serviços, o que reforça a confiança depositada no nosso trabalho”, afirma Alexandre Castelo Branco, actual administrador. A concepção, construção e manutenção de espaços verdes é Ao longo da história da Teleflora, a inovação tem sido uma cons tante. Há mais de 30 anos, a empresa foi pioneira na introdução da técnica de hidrossementeira em Portugal, uma solução inovadora para o revestimento dos taludes em auto-estradas e que permite controlar eficazmente a erosão dos solos. Entretanto, e porque as preocupações com o meio ambiente são também um importante compromisso, a Teleflora evoluiu na procura de novas soluções que permitissem minimizar o impacto ambiental. Assim, passa a utilizar o método de sementeira hidroecológica, o primeiro método totalmente ecológico que utiliza um biofertilizante ao invés dos fertilizantes químicos. Na área de recuperação de sistemas dunares, a Teleflora já interveio em diversos trabalhos por todo o território nacional. “A “A costa marítima portuguesa constitui um importante património natural que tem de ser preservado” Portugal Inovador costa marítima portuguesa cons titui um importante património natural que tem de ser preservado”, refere Alexandre Castelo Branco. Até à data, a empresa já teve o privilégio de participar em várias intervenções, com especial destaque para a recuperação do cordão dunar da Ria Formosa. “Foi um trabalho importantíssimo, em que se interveio pontualmente ao longo dos 60 km existentes de ilhas barreira e que, exactamente por se tratar de ilhas, obrigou ao transporte marítimo de muitas toneladas de material, razão pela qual a Teleflora adquiriu um veículo anfíbio”, informa o administrador. Quilómetros de paliçadas, passadiços e plantações de au tóctones foram feitos, ordenando o acesso à praia e, deste modo, protegendo a vegetação. Três décadas de satisfação A Teleflora encontra-se certificada desde 2005, assumindo‑se como a primeira empresa na área dos espaços verdes a implementar um Sistema Integrado de Gestão em Ambiente, Qualidade e Segurança. Pelas perspectivas de futuro passa, dentro da área do paisa gismo, um serviço tipo “chave na mão”, integrando os trabalhos de construção civil necessários à realização dos projectos de arquitectura paisagista. Satisfeito com o percurso coeso e positivo da Teleflora, Alexandre Castelo Branco conclui: “Estou há 25 anos à frente deste projecto e a verdade é que parece que foi ontem que tudo começou, o que me leva a concluir que ao ‘construir paisagem’ não damos pelo tempo passar”. Construções de jardins - Centro Cultural de Belém - Parque das Nações (Parque Tejo e Trancão) - Tagus Park – B.C.P. - Pousada de Vila Viçosa - Fábrica da Pólvora - Centro Comercial Colombo - AutoEuropa - Hotel Quinta do Lago - Marinotel - Clube de Golfe Vilamoura III - Parque dos Poetas, Oeiras Página Exclusiva 21 Portugal Inovador O “Project Managment” A Tecnoplano é um grupo de consultadoria multidisciplinar de Engenharias, Arquitectura, Urbanismo, Ambiente e Gestão. Desde 1966 que a Tecnoplano tem participado activamente em mais de 800 projectos e empreendimentos para Governos, Organismos Internacionais, e Empresas dos Sectores Público e Privado em três continentes – Europa, África e América do Sul. Como empresa pioneira em Portugal na gestão de empreendimentos de construção (project managment), desde a sua fundação que passo a passo tem rumado a um futuro sólido, sustentado e de elevado reconhecimento nos mercados em que actua. Há 12 anos, Manuel Matos de Pinho adquiriu a Tecnoplano e, com espírito empreendedor, decidiu impulsionar o crescimento da empresa diversificando a actividade do ponto de vista estratégico e sectorial, as competências e a presença em diferentes países. Empresas participadas No mercado interno, a empresa Página Exclusiva 22 diversificou estrategicamente as actividades centradas no seu “core business” e participa directamente em empresas que actuam em sectores complementares, nomeadamente, a Dywidag II na Manutenção e Eficiência Energética e a Integra + na Arquitectura de Interiores e Decoração. Quanto ao mercado externo, mercado em que a empresa está apostar fortemente, foram cons “Não podemos estar parados, temos de ir em busca de novos mercados para contornar as vicissitudes sociais, políticas e financeiras do mercado interno” tituídas mais três empresas, a Tecnoplano Angola e a Tecnoplano Brasil, que desenvolvem a mesma actividade que a Tecnoplano Portugal, e a Lifestyle em Angola, que actua no sector da Arquitectura de Interiores e da Decoração. Os objectivos empresariais são transversais a todas as empresas do Grupo: satisfação dos Clientes, acrescentar valor nas Prestações de Serviços, realizar a actividade comercial sustentada em soluções criativas e credíveis, com respeito pela Qualidade, Ambiente e Segurança. Reabilitação e recuperação de edifícios: o futuro A reabilitação e recuperação de edifícios deverá ser uma aposta estratégica das cidades. “Que remos que as áreas centrais em estado decrépito deixem de per der protagonismo para as periferias”, vinca Manuel Matos Pinho, presidente da Tecnoplano, acres- Portugal Inovador centando que a empresa tem um acervo de Conhecimento e experiencia muito consideráveis. A Formação Permanente na Tecnoplano Com um quadro de cerca de 120 colaboradores actuando nas áreas da “Economia do Conhecimento”, a formação é necessária e crucial. Não basta a formação que advém do Ensino. É indispensável ser complementada com o desenvolvimento de Aptidões e Conhecimentos adequados ao desempenho das funções profissionais. É com este objectivo que a Tecnoplano aposta e investe na formação contínua dos seus colaboradores, com acções específicas in house e no exterior. Honrar compromissos, desempenho, excelência e qualidade de serviços, tenacidade, inovação, competência e atitude para melhor servir os clientes são fac- tores diferenciadores do grupo Tecnoplano. Aliada a estas apti dões está a internacionalização, “foi fundamental e estratégica para o crescimento sustentado do Grupo. Esta estratégia é importante e permite uma melhor rea lização profissional dos Quadros e a diminuição de vulnerabilidades internas”, explica o presidente. Em busca de novos horizontes “A Europa está em busca de uma identidade perdida, resultado de sucessivos falhanços escamoteados, de que somos vítima”, afirma Manuel Matos de Pinho, dizendo que consolidar a internacionalização e ter uma visão realista dos mercados com um proverbial conservadorismo na gestão financeira, permite à Tecnoplano ter autonomia suficiente sem ter de recorrer a crédito de terceiros. A distinção das empresas com o estatuto PME Excelência “é um incentivo para o tecido empresarial português”, reconhece. Diversificar de forma coerente, abrangente e com potencial para as empresas é a visão motivadora para o imediato e referência para o futuro, pois “não podemos estar parados, temos de ir em busca de novos mercados para contornar as vicissitudes sociais, políticas e financeiras do mercado interno”, remata o ent revistado. Sectores de actividade: Água & Ambiente; Infraestruturas de Transporte; Sistemas de Energia; Indústria; Urbanismo; Desporto & Lazer; Habitação & Serviços, Hotéis & Resorts; Educação, Investigação & Cultura; Saúde; Recuperação & Requalificação Urbana e Ambiental Página Exclusiva 23 Portugal Inovador Tecnologia de ponta Desenvolver soluções tecnológicas suportadas pela gestão de projectos e e pela engenharia de software é ao que se dedica a Opensoft. Duas componentes, acima de tudo, muito tecnológicas. Há dez anos no mercado, a Opensoft avalia as necessidades do cliente, do ponto de vista dos sistemas de informação, e desenvolve os sistemas informáticos basea dos nas técnicas mais recentes, quer na vertente das tecnologias informáticas quer na das metodo logias de trabalho e desenvolvimento de software, que possam ajudar a aumentar a eficácia das suas operações. Dentro do desenvolvimento de software e de soluções de informação grande parte dos projectos realizados pela Opensoft são portais transaccionais – implicam que haja uma interacção na gestão de negócios. O Portal da Finanças e o Portal da habitação são exemplos dos vários projectos desenvolvidos pela empresa. Com uma acção mais incisiva na Página Exclusiva 24 administração pública e na banca, foi detectando uma lacuna no mercado - a falta de um software para um segmento de mercado específico – que a Opensoft desenvolveu dois produtos: o SIMN - dirigido para a gestão de cartórios nota riais, e o CONTRACT – dirigido à área de advogados e solicitadores, à gestão de contratos, e de relacionamento entre as partes. Com inovação e capacidade de adaptar as tecnologias mais recentes às necessidades dos clientes, a Opensoft vai ganhando margem e reconhecimento num mercado muito competitivo. E para tal, “o principal valor que temos são os nossos colaboradores”, diz José Vilarinho, director geral da empresa. A formação é crucial visto que a Opensoft se insere numa área onde actualidade e conhecimento são palavras de ordem. Criam as melhores e mais mo dernas soluções mesmo que o cliente final não seja cliente imediato da empresa. Olhar dois ou três passos à frente na cadeia de valor é assumido. Equipas concentradas e altamente competentes em determinados projectos; capacidade de resolução, bem como métodos, metodologias e processos, são, segundo Joana Peixoto, directora comercial da Opensoft, três critérios que tornam a empresa mais ágil. “Esta tem sido a nossa estratégia para nos diferenciarmos”, diz. Com um crescimento e rácios positivos, a distinção com o prémio PME Excelência foi um reco nhecimento do esforço da empresa em criar valor. Um olhar voltado para a internacionalização, e “vamos continuar a trabalhar na área dos serviços e a tentar lançar algo na área dos produtos. Assim criamos valor num futuro dinâmico e interessante”, termina o director geral. Portugal Inovador Página Exclusiva 25 Portugal Inovador A escalada que conquistou a excelência Júlio da Silva Sampaio, SA é uma empresa familiar, fabricante de ca misas, que representa actualmente uma qualidade conceituada a nível internacional. Júlio da Silva Sampaio e Rosalina da Silva Leiras são os grandes ali cerces e fundadores da empresa familiar sedeada em Guimarães. Os pais de Jorge Sampaio (res ponsável actual), ambos sócios‑gerentes, estão ainda hoje activos através da sua presença, um contributo bastante simbólico do ponto de vista dos filhos. A visita diária dos pais, que deixaram o trabalho laboral há cerca de dois anos, revela-se fulcral no desenvolvimento da empresa. São eles a base sólida da firma, cujos princípios se transmitem para os três filhos: Elisabete (no sector do planeamento), Inês (no sector de qualidade) e Jorge Sampaio, há 25 anos no sector comercial. “Mantemos a postura que sempre nos foi ensinada e queremos passa-la aos filhos também”, afirma Jorge Sampaio. “Vê-se na nossa empresa uma base de honestidade, honra e compromisso máximos. Esta empresa familiar é sustentada essencialmente nessa base de solidez que iremos procurar manter por muitos anos”, continua. Crescimento notável Em 1971, ano de criação da Sociedade Anónima com o mesmo nome do fundador, Júlio da Silva Sampaio, a confecção começou por ser feita na área dos artigos têxteis de lar. Bainhas de costura de lençóis e toalhas eram o forte Página Exclusiva 26 das Confecções Cruzeiro (nome que foi adoptado como sigla da empresa), até entrar, nos anos 80, no fabrico das primeiras peças de vestuário. O trabalho revelou-se mais árduo, a empresa cresceu, os funcioná rios também, e o desejo de ir mais longe foi alcançado. Passando por todo o tipo de vestuário, a Confecções Cruzeiro vocacionou-se inteira e exclusivamente em camisas de homem e de senhora sendo actualmente o maior produtor nacional de camisas de homem. Desde então, atravessando me lhores e piores épocas de conjuntura económica, a empresa tem vindo a crescer em qualidade e em quantidade, prestando atenções redobradas às novas tecno- logias, que estão ao serviço da confecção actual. O trabalho empenhado dos artesãos é crucial no desenvolvimento diário das confecções, que empregam um total de 140 pessoas directamente, mas com um universo a rondar as 500 indirectamente, através de empresas subcontratadas. A equipa dinâmica e eficaz tem uma capacidade de produção diária de 8000 peças. Nos planos de Jorge Sampaio está a vontade de dar uma especialização às costureiras, projecto que se revelará inovador em Portugal. O mercado externo é a principal via de saída dos produtos, re presentando um total de 90%. Espanha e os E.U.A. escoam a maior Portugal Inovador parte dos artigos, mas França, Alemanha, Inglaterra e Holanda vêm logo de seguida, numa segunda escala de exportação. As Confecções Cruzeiro representam marcas conhecidas mundialmente como a Zara, Massimo Dutti ou Gap. Qualidade, flexibilidade de entregas e preços competitivos são o trunfo da empresa, sendo em simultâneo as bases essenciais para o futuro empresarial português. “Não tivemos baixa na produção. Estamos sempre atentos às dificuldades porque temos de estar preparados”, refere Jorge Sampaio. “O entregar para a próxima semana ou mesmo amanhã é já o nosso dia-a-dia, estamos muito habituados”, adianta. à Confecções Cruzeiro o prémio PME Excelência 2010. “É um regozijo para toda a equipa. É também um prémio para os nossos clientes, que vêem na empresa uma excelência e vêem em nós um parceiro seguro”, confessa Jorge Sampaio. A empresa de sólidos alicerces quer manter-se na linha da frente e, pronta para dar um salto, prevê já um aumento sustentado da produção nos tempos que se avi zinham. PME Excelência Foi esta linha de trabalho que valeu Página Exclusiva 27 Portugal Inovador Inspecção, levantamento e diagnóstico em construções: diagnosticar antes de reabilitar Nos dias que correm é necessário enraizar a conservação de edifícios durante a sua vida útil. A reabilitação e conservação de edifícios surgem como um mercado exigente e cada vez mais premente. A preservação do património, é essencial, e a Oz está cá para “servir o cliente e satisfazer as suas necessidades”, afirma Tiago Ribeiro, sócio gerente da Oz Diagnóstico. Surge no mercado há 23 anos e desde aí que se dedica a ins pecções e ao diagnóstico de anomalias nas construções. “Antes de se pensar nas medidas correctivas vamos tentar perceber primeiro quais são as causas para se poder definir a terapêutica mais eficaz”, explica Tiago Ribeiro. Ao longo de todos estes anos de experiência, a Oz foi desenvolvendo várias metodologias, nomeadamente, para levantamento estrutural e para avaliação da corrosão de elementos de betão armado, consistindo em abordagens inovadoras para apoio na definição de intervenções mais eficazes e mais económicas de manutenção, reabilitação e reforço das cons truções. Edifícios, pontes, estruturas portuárias ou aeroportos são alguns dos exemplos onde a empresa aplica os seus conhecimentos recorrendo a um amplo conjunto de equipamentos de ensaios. É feita uma fotografia que diagnostica o problema da obra em questão. Seis Engenheiros, um Arquitecto, e cinco técnicos fazem Página Exclusiva 28 parte do especializado corpo de 16 colaboradores. Pioneira na obtenção da certificação da Qualidade no que concerne ao sector da reabilitação e diagnóstico, a Oz reconhece que a certificação, obtida em 1999, re presentou o prémio do esforço de toda a equipa no melhoramento dos processos e na organização geral da empresa. Sendo também detentora do estatuto de “Gestor Geral da Qualidade” pela marca de Qualidade LNEC (Laboratório Nacional de Engenharia Civil), faz com que seja reconhecida como uma entidade independente, acreditada para certificar a qualidade dos edi fícios. Esta é também uma empresa distinguida com o prémio PME Excelência em 2010. Diagnosticar e erguer o futuro Um vasto currículo, qualidade, aposta na formação e empenho no serviço prestado ao cliente são marcos que distinguem a empresa das restantes da mesma área de mercado. Para já, continuar a apos tar na reabilitação, conservação e manutenção das construções exis tentes bem como tentar manter o crescimento sustentado recorren do ao mercado internacional, de uma forma directa ou indirecta, são a fórmula ideal para o sucesso e para um serviço de Excelência. Portugal Inovador Empresa de comunicação global Criação de catálogos, stands, ambientes de exposição, ou mesmo produção de websites, são apenas alguns dos serviços prestados pela Viriato & Viriato, criadora de um conceito próprio: comunicação gráfica especializada e global. José Viriato Dias pisou o mundo de máquina fotográfica em punho. Desde pequeno acompanhava o pai, fotógrafo de profissão, a casamentos e baptizados realizando a profissão que serviria de motor à criação da empresa que gere nos dias de hoje. Depois de uma passagem de dez anos por uma empresa de publicidade, onde foi responsável por um estúdio de fotografia e onde chega a parti lhar a administração da empresa, José Viriato sentiu que era tempo de fazer algo diferente e pôr em prática uma filosofia própria de trabalho. Nasce assim, plena de ambição, a Viriato & Viriato. Partilhando a sociedade com o pai, José Viriato começa com quatro trabalhadores uma pequena empresa que batalhava pela sobrevivência: “Sempre estive ligado à indústria cerâmica plana (azulejos) e foi isso que fez com que a empresa evoluísse inicialmente. Começámos por ser um estúdio de fotografia e produção de catálogos, onde eu fazia o design, a fotografia, a impressão, passando muitas noites na gráfica a acompanhar os planos até à entrega do produto final ao cliente. Foi um início muito trabalhoso, mas as coisas foram evoluindo”, relembra José Viriato. Hoje a Viriato & Viriato é muito mais que um simples estúdio de fotografia. Evoluiu para um grupo, constituído por três empresas e 42 colaboradores, 80% dos quais são licenciados, estando preparada para lidar com trabalhos como: design gráfico, web design e design de produto; vídeo; produção de imagens 3D em alta definição; sistemas de exposição de produto; stands para feiras e showrooms (criação, projecto, construção e decoração); organização de eventos; entre outros. A empresa tem capacidade para criar ou redefinir, na totalidade, a imagem de uma empresa: “Trabalhamos em diversas áreas e estamos a apostar em novos sectores, princiPágina Exclusiva 29 Portugal Inovador uma área coberta de 3.600m2, servem um propósito de crescimento e evolução sempre presente na Viriato & Viriato. No entanto, nem tudo foi fácil: “A mudança de instalações foi um momento crítico para a empresa. Estávamos habituados a crescer na casa dos dois dígitos e em 2008 a crise internacional chegou aos nossos empresários, levando a uma quebra brusca na facturação. Não perdemos clientes, apenas tivemos uma menor aposta dos empresários nesta área”, afirma José Viriato: “Três meses mais tarde já se verificava um crescimento e a partir daí tem corrido bem”. A revolução do 3D palmente no 3D de alta definição. Queremos oferecer ao cliente uma solução de comunicação completa e de qualidade. E essa é uma das grandes diferenças face àquilo que se encontra no mercado português. A verdade é que, mesmo parecendo falsa modéstia, ao nível dos serviços que oferecemos, não temos concorrência em Portugal”, afirma o administrador. Ponto de viragem A mudança de instalações em 2008, para a Zona Industrial do Barrô (Águeda), trouxe uma nova dinâmica à Viriato & Viriato, ade quando a imagem da empresa aos serviços que disponibiliza: “Tí nhamos comprado um terreno em Valongo, com 30000 m2, numa zona fantástica com vista para o baixo Vouga, que se enquadrava perfeitamente na criação de uma estrutura para esta empresa. Só que o tempo que íamos demorar com o projecto, construção e instalação não era compatível com a necessidade urgente de mudança de instalações. Estávamos asfixiados e precisávamos de um espaço, por isso, optámos por esta Página Exclusiva 30 localização. Convidámos o Jorge Nobre, um arquitecto amigo, que desenvolveu um trabalho fantástico aproveitando algumas das estruturas existentes. Criou-se um local de bem-estar, open space, de organização e com um work flow adequado ao nosso trabalho. Foi tudo estudado ao pormenor”, explica José Viriato. Desde a disposição do local de trabalho, que privilegia a troca de ideias entre colaboradores, à criação de um ginásio e de uma cantina, ou ao estúdio de fotografia, equipado com a mais moderna tecnologia, os quatro pavilhões, que totalizam A exportação de serviços é uma das grandes apostas da Viriato & Viriato para o futuro. Depois de uma experiência bem sucedida em Espanha, onde a empresa já realizou diversos trabalhos de representação gráfica, pretende agora abrir novos horizontes: “Dos 4,5 milhões de facturação anual, apenas 200 mil euros se referem ao mercado externo. Esse é sem dúvida um ponto onde queremos crescer”, confirma José Viriato. Para isso, a empresa poderá contar com a ajuda preciosa das novas tecnologias, onde de resto é perita. Dificuldades como a criação de websites em flash ou catálogos de produtos, totalmente conseguidos de forma virtual, Portugal Inovador são ultrapassadas de forma ágil por uma equipa especializada de colaboradores: “Os meios que existem hoje permitem fazer tudo à distância, minorizando a importância da fotografia em estúdio. Por isso o 3D em alta definição é uma das nossas mais-valias e onde temos investido muito nos últimos três anos. Se tudo é virtual, então podemos recriar os produto do cliente em diversos ambientes e fazer o catálogo todo aqui. Depois é só encontrar um bom local de impressão, transportar o ficheiro e realizar a impressão no local. Independentemente do cliente ou do país. Isso confere-nos um potencial de crescimento incalculável”, salienta o empresário. Por isso, mas não só, a empresa tem estado atenta a diversos mercados mundiais: “Com a baixa que tem ocorrido no consumo de clientes, fomos à procura de novos mercados. Estamos a sair da dependência dos sectores da cerâmica, mobiliário de casa e escritório, e estamos a crescer noutras áreas. Temos capacidade para trabalhar com grandes multinacionais e promover um produto diferente daquilo a que estamos habituados. Neste capítulo já estamos a dar os primeiro passos na área do calçado, dos moldes, moda e têxtil. Agora falta apostar na vertente comercial para atingir os mercados que mais nos inte ressam: o espanhol, o italiano e o brasileiro”, avança José Viriato. Assumir qualidade A Viriato & Viriato, que trabalha com grandes nomes do panorama nacional e internacional (Grupo Panaria, Revigrés, Cinca, Grupo Aleluia, entre muitos outros), espera ver a sua evolução premiada e reconhecida. Mas, para isso, José Viriato acredita que é importante uma mudança na mentalidade dos empresários portugueses: “Primeiro, têm que confiar em quem tem o know-how e provas dadas na concepção de um produto final de qualidade. As empresas não podem, nem devem ser obrigadas a andar ao sabor dos caprichos dos seus clientes. Por outro lado, temos que assumir que Portugal tem um produto de qualidade. Não somos os chineses da Europa! Temos uma qualidade de topo, seja na cerâmica, no mobiliário ou na criação de comunicação gráfica. Infelizmente, estamos num país em que a marca tem ¼ de valor da marca “made in Italy”. É verdade, mas não deixa de ser errado. Temos um potencial imenso, com a vantagem de ter mão-de-obra mais barata e preços mais acessíveis. Só reconhecendo a nossa qualidade internamente é que esta conseguirá ser transposta lá para fora”, conclui o empresário. Página Exclusiva 31 Portugal Inovador cipais mercados de relva artificial no segmento do desporto e no segmento paisagístico. No mercado nacional a Safina beneficia da proximidade com os instaladores e oferece aos clientes finais vantagens tanto no tempo de demora da encomenda, como na qualidade do suporte pré e pós-venda A Safina continua a investir no “Know-How”” específico de produção de relva, apresentando várias evoluções nos seus produtos e conseguindo resultados muito semelhantes aos obtidos pela relva natural. Apesar de não termos concorrência directa em Portugal, a nível mundial há muitas outras empresas que produzem produtos semelhantes aos nossos. No entanto, conseguimos ganhar notoriedade no mercado Espa nhol, que é o nosso principal mercado de actuação, bem como no Francês e Italiano. Arranque vitorioso A Revista Portugal Inovador falou com Pedro Coelho, sócio-administrador da Safina, para perceber o estado actual e o rumo daquela que continua a ser a única empresa produtora de relva artificial em Portugal. Dedicada à produção de relva artificial, alcatifas, passadeiras e tapetes em fibras têxteis artifi ciais e sintéticas, a Safina abarca na sua actividade os segmentos do desporto, paisagismo e decorativo. A empresa de Ovar prova diariamente que, ao fim de quatro décadas de existência, ainda se sente confortável na liderança do mercado português. A Safina mantém-se como único fabricante nacional de relva sintética. De que forma analisa a sua concorrência? Sim, a Safina afirmou-se como única produtora portuguesa de relva artificial e integra o restrito Página Exclusiva 32 lote de produtores licenciatários FIFA. Tanto no mercado nacional como a nível internacional a Safina concorre com players internacionais, empresas oriundas de países comunitários que tal como a Safina estão a operar nos prin- E este sector em particular? É um sector em crescimento que apresenta várias oportunidades para os actuais players. A Safina tem acompanhado a evolução de vários mercados e o surgimento de novos mercados com muito potencial, onde a empresa pretende marcar presença e afirmar-se. Pretendemos continuar a evoluir e a procurar novas tecnologias e novos produtos que nos permitam diferenciar da concorrência a nível mundial, mas também pretendemos aumentar o uso dos Perfil do entrevistado Licenciado em Ciências Empresariais, pelo ISLA – Instituto Superior de Línguas e Admi nistração de VN de Gaia. Durante 14 anos acumulou experiência na área internacional na Sociedade de Confecções Rebelde e Infantia – Produtos para Crianças Unipessoal, lda. Na Sociedade de Confecções Rebelde foi responsável pelas áreas internacional, produção e compras, enquanto na Infantia – Produtos para Crianças Unipessoal, lda exerceu funções na área internacional, dirigindo a gestão de compras e vendas da empresa. Integrou a Safina há seis anos, em Setembro de 2003, para exercer funções na área comercial e assumir a liderança juntamente com o pai, Acácio Oliveira Coelho. Portugal Inovador nossos produtos no mercado nacional. Queremos ganhar notoriedade no nosso próprio país e acabar com todos os mitos acerca da relva artificial. Muitos países já adoptaram o uso de relva sintética para obras públicas, jardins, etc e queremos que em Portugal essa procura também cresça, cada vez mais. A empresa conseguiu registar um crescimento em 2010? Sim, um crescimento significativo na medida em que cresceu de 7 milhões para um volume de negócios superior a 10 milhões de euros em 2010. Um ano assinalado pela aprovação de um relvado FIFA, pelo início de trabalho comercial com um agente para o mercado Francês, pela realização do primeiro negócio em Marrocos na área desportiva, pela nova candidatura ao SI Inovação, com um investimento global de 3 M€ e assinatura do contrato de apoio. Portugal é um mercado pe queno e claramente conso lidado. Em relação ao mercado externo, quais as grandes apostas da Safina? As exportações representam 67% da facturação da empresa. A Safina continua a investir no fortalecimento da sua presença no mercado nacional, mas é no mercado externo que tem registado um maior crescimento e penetração, em especial o mercado espanhol. Itália e França são outros mercados prioritários, a par dos países do Magreb. Em 2011 estão a ser desenvolvidos contactos para expansão para os Emirados Árabes Unidos e África do Sul. Quais os mercados externos onde já marcou a sua presença? Em vários mercados europeus como Espanha, França e Itália, e em novos mercados emer- “Queremos ganhar notoriedade no nosso próprio país e acabar com todos os mitos acerca da relva artificial. Muitos países já adoptaram o uso de relva sintética para obras públicas, jardins, e queremos que em Portugal essa procura também cresça” getes como Angola, Marrocos e os Emir atos Árabes Unidos. Como dividiria a facturação para o mercado externo e interno? O mercado externo concentra a grande fatia da facturação da empresa com 67%, sendo 66% assegurados pelo mercado espanhol. A restante facturação das exportações está dividida entre alguns países europeus e do Magreb. Mas também em Portugal existem obras de referência realizadas pela Safina... Sim. Obras como o Complexo Desportivo do SAR – Santiago de Compostela; Certificação com a classificação FIFA 2 Estrelas o relvado artificial do Estádio Municipal de Valongo; ou a contin uação do projecto dos 38 campos de futebol de Braga. Quais as expectativas para este ano? Para 2011 está definida uma estratégia de consolidação da presença nos actuais mercados e integração em novos mercados como Emirados Árabes e África do Sul. Os primeiros meses de 2011 já estão a ser demonstrativos da afirmação pretendida e do crescimento desejado. Em Janeiro foi registado um crescimento de 30% e 10% em Fevereiro, face ao mesmo período de 2010. E projectos para o futuro? Aumento da presença da Safina no segmento do desporto, nomeadamente futebol e paddle, tanto no mercado nacional como internacional, e crescimento no segmento paisagístico, quer em obras públicas quer em instalações privadas. Página Exclusiva 33 Portugal Inovador A elegância da cosmética Uma rede de 48 lojas, 200 colaboradores e 12 milhões de euros facturados em 2010 são a descrição, em números, de uma das empresas nacionais melhor sucedidas no mundo da cosmética. A Carlos Santos Hairshop abre agora um hipermercado de cosmética em Estarreja, cidade berço da empresa. Após um ano como comissionista de algumas empresas, e depois de tomar contacto com diversos segmentos de mercado, Carlos Santos decide que a cosmética seria o sector ideal para si: “Foi um ano importante para mim, porque percorri várias áreas e tive oportunidade de analisar o mercado. De todas as áreas, que fazia diariamente, a cosmética foi a que se revelou mais aliciante. Enquanto noutros sectores, a venda demorava meses, sendo que por vezes nem se concretizava, no sector da cosmética os resultados eram imediatos. Como neste sector os produtos acabam rapidamente, havia um Página Exclusiva 34 contínuo de encomendas e uma fidelização de clientes. Todas as semanas, todos os meses, aquele cliente estava a rentabilizar porque fazia clientes. Por isso decidi-me pela cosmética”. Inaugura então, em 1995, a primeira Carlos Santos Hairshop. Re presentando nesse momento as melhores marcas para salões de cabeleireiros, a empresa tornou‑se uma referência na montagem deste tipo de espaços em Aveiro. Hoje, o raio de acção alargou-se a todo o país e ilhas, num aglome rado de 48 lojas. Mercado competitivo A cosmética pode até ainda ser considerada um mundo de mu lheres, mas, independentemente do género, a competitividade aumenta de dia para dia: “Neste momento, o mercado está a sofrer uma evolução natural que passa pela eliminação das empresas mais pequenas. Essas empresas, que trabalham com uma ou duas lojas, estão a ser aglutinadas por duas ou três redes nacionais, que pela sua força e pela forma como intervêm no mercado causaram alguns dissabores e problemas a quem não se encontra estruturado”, avalia o administrador. Este não é certamente o caso da Carlos Santos Hairshop que, com a diversificação da sua actividade, consegue salvaguardar a sua exis Portugal Inovador tência e potenciar o crescimento. Hoje, para além de fornecer e abastecer redes de cabeleireiros, a Carlos Santos Hairshop realiza autênticos projectos chave-na‑mão para a montagem de salões de cabeleireiros, tem uma rede de cinco franchisados, e possui duas linhas próprias de produtos: a Carlos Santos e a Karisa. “São duas linhas distintas, para públicos dife rentes, mas que têm apresentado resultados animadores. A Carlos Santos, lançada há dois anos, tem neste momento uma cota de mercado igual à da L’Oreal dentro das minhas lojas. As vendas estão praticamente equiparadas. Este ano lançámos a segunda linha, a Karisa, que é a nossa marca registada para combater a linha premier”, revela Carlos Santos. Novo espaço, nova visão As viagens e presenças do administrador ao estrangeiro não são casuais e pouco ou nada têm a ver com lazer. Las Vegas, Hong Kong, Londres e, sobretudo, Bolonha, são pontos de inspiração e formas de acompanhar a evolução do sector a nível mundial: “Bolonha continua a ser a maior feira internacional do sector e é onde todas as marcas lançam as novidades. Nós estamos presentes, tomamos contacto com elas e tentamos trazê-las para Portugal”, afirma Carlos Santos. De visitas como esta resultou a parceria com um agente local em Luanda, que desde o ano passado se encarrega de toda a venda e logística da marca Carlos Santos. Graças a estes primeiros passos no mercado externo e pelo crescimento exponencial em território português, a Carlos Santos investiu em novas instalações em Estarreja: “Decidimos abrir o primeiro hipermercado no ramo da cosmética e fazia todo o sentido ser aqui, porque Estarreja foi o berço da nossa primeira loja. É um armazém com 2000m2 de área coberta, sendo 1500m2 destinados à área de venda, e que terá como clientes os revendedores, cabeleireiros, distribuidores e o próprio consumidor final. Esperemos que este seja o primeiro de muitos”, deixa escapar, com um sorriso, o visionário administrador da empresa. Página Exclusiva 35 Portugal Inovador De Portugal para o mundo A Aveitrading nasce para satisfazer as necessidades das comunidades portuguesas no mundo. Tendo sempre presente sentimentos como o nacionalismo e o orgulho de ser português, a Aveitrading muniu-se de um leque variado de produtos de forma cativar importadores que vão desde os países europeus ao Canadá. sempre é esse o caso: “Os portugueses estão enraizados com muitas marcas conhecidas que são líderes do mercado. Quando optamos por lhes apresentar um produto novo, enviamos amostras, tabelas de preços, e eles verificam qual é a aceitação que o mercado tem desse produto. Às vezes são as próprias empresas que, sabendo que trabalhamos apenas para exportação, nos procuram para tentar sair um bocado do mercado nacional e encontrar soluções novas de negócio”. O saudosismo é desde sempre um substantivo aplicado a todos os emigrantes. Os portugueses, em particular, sentem na pele a necessidade de estar em contacto com o seu país, nem que seja através dos mesmos produtos que os acompanharam ao longo das suas vidas. É esse o trabalho da Aveitrading. Com sede em Aveiro, a empresa especializou‑se na exportação de produtos alimentares exclusivamente fabricados em Portugal. Dos queijos à charcutaria, dos cereais às especiarias, passando pelas bebidas como água, café, leite e cerveja, ou mesmo pelos vinhos e bebidas espirituosas, não há praticamente nada que a Aveitrading não tenha levado ao denominado “mercado da saudade”. No centro do mapa mundial, ao redor da costa litoral portuguesa, a empresa está estrategicamente posicionada naquele que é um dos melhores pontos logísticos mundiais. Página Exclusiva 36 Um nicho controlado Em apenas oito anos a Aveitra ding conseguiu tomar uma dimensão que, à partida, seria difícil de prever. Por entre uma variedade infindável de produtos, a empresa conseguiu atingir um patamar que lhe permitiu facturar seis milhões de euros em 2010, apenas com quatro trabalhadores. O nicho de mercado encontrado, que se baseia numa relação de confiança com armazenistas portugueses a operar em diversos países, permitiu a liderança neste mercado específico: “Temos 25 a 26 clientes na Europa e no Canadá e costumo dizer que não tenho concorrência. Isto porque, esses clientes trabalham a 90% connosco e ape nas 10% para outras empresas. A competitividade é sempre cons tante, mas sempre entre esses clientes”, explica o administrador, António Pinto. As marcas que exporta podem ser conhecidas de todos, mas nem Marca Avei Depois de vários anos no mercado, de reconhecer os vinhos como produto mais rentável e países como Suiça, França e Alemanha como os de maior impacto, António Pinto decidiu criar algo diferente para dinamizar a actividade: “Criámos a marca Avei, que tem como produtos os chouriços, as azeitonas, bolos e queijos, e produtos tipicamente portugueses. Mas estamos a pensar alargar esse leque com a criação de duas ou três conservas. Primeiro estamos a ver se é um produto de segurança completa, ao nível da qualidade, para depois apostar em spots publicitários. Se resultar, é provável que passemos a apostar em bolos típicos portugueses como o pão-de-ló ou o bolo rei”, avança o administrador. Crescer com pés e cabeça António Pinto assume que os 1000m2 de instalações começam a ser pequenos para a dimensão Portugal Inovador Estado parece desconhecer empresas como esta e o trabalho que desenvolvem. Digo isto porque, enquanto a Aveitrading exporta mais de 1000 produtos, a Unicer exporta três ou quatro. Claro que podemos não vender milhões como acontece com essas empresas, mas somos sem dúvida uma mais-valia na divulgação de produtos portugueses”. da empresa: “Estamos com projectos para daqui a dois ou três anos ter instalações próprias. Esperamos fazer o nosso décimo ani versário já com essa estrutura”. Para isso a Aveitrading terá de ter um suporte financeiro considerá vel, e o administrador sabe: “As empresas têm que se auto-sus- tentar. Não podem estar só dependentes do Estado ou dos bancos. Têm que fazer os projectos delas, têm que trabalhar e têm que angariar fundos para depois sobreviverem. Mas a verdade é que os incentivos do Estado nunca chegam às PME. Chegam à UNICER, Centralcer, EDP, e mais alguns. O Página Exclusiva 37 Portugal Inovador Um banho sedutor Bom gosto, design personalizado e por medida, são características chave em todos os produtos da Italbox. A empresa portuguesa especializada na produção de cabines de duche e resguardos de banho aposta cada vez mais na criação de produtos únicos que deleitam e seduzem os seus clientes. A inovação é uma máxima que não se perdeu ao longo dos 12 anos de existência da Italbox. A empresa aprimorou os seus produtos tendo superado, nalguns casos, o que de melhor se faz neste sector. A razão é simples: investimento constante em inovação. Em 1999, numa pequena unidade fabril de 260m2, a empresa dava os seus primeiros passos. Inicialmente, com um reduzido número de resguardos para poliban, depois com uma representação de produtos italianos (a referência no sector), e hoje com a produção de peças únicas e exclusivas desenhadas à medida do cliente. De tímida a arrojada. Do simples ao Página Exclusiva 38 complexo. A Italbox reclamou a si um estatuto de referência para manter na próxima década e anos vindouros. Produtos únicos O design de interiores ganhou maior importância na última década e a Italbox soube tirar partido desta evolução. Centrada na criação de objectos únicos que preencham o imaginário de designers e clientes, a empresa tem dedicado esforço monetário e logístico para atingir um patamar de relevo: “Em 2009 gastámos mais de 200 mil euros em Investigação e Desenvolvimento e este ano integrámos um designer nos quadros da em- presa. Isso explica um pouco a nossa filosofia. Tentamos fazer sempre o melhor possível em termos de qualidade e design, procurando também atingir uma boa relação qualidade/preço. Somos sujeitos a críticas, mas quem não o é? Toda a gente tem que melho rar! É a própria ambição do ser humano. Tentamos fazer sempre o melhor que fazemos e melhorar aquilo que fazemos. Somos incapazes de colocar um produto no mercado que não tivéssemos vontade de comprar”, garante o sócio‑administrador, Miguel São Bento. Serviços e formação Mas nem só de qualidade de Portugal Inovador produto vive a Italbox. O investimento da empresa sente-se também ao nível do serviço, onde através de um novo serviço de montagem a empresa assegura a correcta colocação do produto na casa do cliente: “O cliente só tem que fazer a encomenda, nós fabricamos os resguardos, montamos e temos a certeza que fica como o esperado. É um serviço novo que já criou empregos directos, o que também deveria ser valorizado num momento como este”. Com 51 funcionários, a Italbox sabe que recai sobre si uma responsabilidade social muito grande: “Considero que, nos dias de hoje, é importante as pessoas ganharem dinheiro, mas também importante é a manutenção dos postos de trabalho. No actual contexto, é extremamente importante a qualidade da venda: vender a quem nos dá segurança. Na actividade onde nos enquadramos, os seguros de crédito apresentam taxas de cobertura não justificadoras para a subscrição, o que implica maior rigor. O ciclo só termina com o recebimento!”, reitera Miguel São Bento. Competitividade A Italbox está satisfeita com os 90% da facturação que se destinam ao mercado interno: “Eu poderia dizer que numa certa quota de mercado somos líderes em Portugal. E com isto dizer que: ser líder não é propriamente quem ocupa o primeiro lugar, mas sim o que tem importância no mercado... Depois temos a vertente da exportação. Apesar de serem apenas situações esporádicas, estamos a reunir esforços para entrar de forma consistente no mercado francês e em alguns países do norte de África”, avança o administrador. Apesar de tudo, e graças à dinâmica empresarial de alguns dos seus clientes, é possível encontrar produtos Italbox em países tão distintos como Angola, Espa nha, Cabo Verde, entre outros. PME Excelência A Italbox, recentemente galardoa da com o prémio PME Excelência, entende que os pressupostos para a atribuição do mesmo deveriam ser revistos: “Sinceramente, acho muito complicado que de um ano para o outro, em ano de crise, o número de empresas PME Excelência triplique… Os critérios deveriam ser alvo de uma revisão para que se possa continuar a considerar como uma distinção de gestão. Na nossa perspectiva é errado estar a misturar empresas industriais, comerciais e de serviços. Por outro lado, também não se considera o volume de emprego”, frisa Miguel São Bento. Página Exclusiva 39 Portugal Inovador Duas rodas com estilo A Motocisa continua a ser o representante de excelência, para o mercado nacional, da Peugeot Scooters e, em complemento, da MH (motores com caixa de velocidades). Inserida no Grupo Alcopa, a Motocisa é a empresa certa não só “para quem pretende deslocar-se num veículo de duas rodas, mas também para todas as que não querem e que teremos de convencer. O potencial utilizador de uma scooter é um qualquer jovem desde os seus 14 anos até… não temos registo de nenhum comprador com 100 anos”, sorri Fernando Morais, o gestor desta empresa de Aveiro. Mercado apertado A ambição das palavras reflecte um historial de sucesso, mas também uma retoma já iniciada dentro da empresa: “Em termos de unidades (scooters) vendidas em 2010, a variação foi de +/- 18%, enquanto que o volume de negócios cresceu 30%. Mas, quando se parte de valores baixos, qualquer variação positiva tem um efeito relativo grande”, afirma Fernando Morais. Com clientes essencialmente no mercado nacional, onde mantém actividade desde 1994, a Motocisa não se surpreende com dificuldades: “Os compradores alteram permanentemente os seus comportamentos, gostos e escolhas. As marcas disputam, entre si, espaços cada vez mais exíguos e apelam à criatividade e evolução Página Exclusiva 40 dos produtos no sentido de se manterem concorrenciais. A legislação muda e afecta sobremaneira o sector, pelo que há sempre trabalho a fazer em busca de uma consolidação que nunca existirá”. Mudar mentalidades Por outro lado, Fernando Morais assume, na divulgação do seu produto, um esforço pessoal de mudança de mentalidades: “O mercado nacional é um mercado “snob” que privilegia a aparência ao utilitário. Fruto de uma divisão por classes onde o estatuto se crê proporcional à ostentação. A bicicleta (excepção para as desportivas) é para quem não pode ter uma scooter e esta para quem não pode ter um automó vel”, lamenta. A nova legislação das 125cc poderia ter alterado esta de finição, no entanto, na prática: “Tratou-se muito mais de uma alteração de estrutura das vendas que de um aumento claro das unidades vendidas. Além disso, ficou muito aquém de compensar a retracção do sector provocada por uma outra legislação, essa sim de impacto negativo”, deixa no ar o administrador. Para os próximos anos o futuro da Motocisa já está delineado: “O primeiro objectivo é manter a empresa viva e na disputa do mercado através das marcas que lhe estão confiadas”, conclui. Portugal Inovador A solução está na manutenção A Frigosistema concebe, constrói, instala e assiste equipamentos frigoríficos. A actividade da empresa sintetiza-se duas vertentes distintas: controlo de temperatura e secagem de produtos alimentares ou outros. A empresa desenvolve 90% da sua actividade no mercado nacional. Ao fim de 22 anos de existência a Frigosistema é uma empresa sóli da, bem implantada no mercado nacional. Sempre que necessário realiza trabalhos no estrangeiro. Seja através da área da temperatura (onde desenvolve equipamentos para manter a temperatura de ar e fluidos), ou da área da secagem de produtos alimentares, a Frigosistema tem conseguido captar novos clientes. Em grande parte por mérito próprio, mas também pelas dificuldades crescentes no sector: “Preocupa-me que as empresas cessem actividade porque, mesmo não sendo directamente da nossa área, afectam a economia por redução da actividade em geral Por outro lado, vejo com agrado que estamos a ser mais procurados por empresas industriais da região para, em pleno uso das valências adquiridas recentemente, de conhecimentos, formação e certificação, que é obrigatória para os técnicos ocupar um lugar de destaque no fornecimento de serviços da assistência técnica certificada”, revela Vila rinho Cardoso, administrador da Frigosistema. Entraves de legislação A Frigosistema está, no entanto, sujeita a constrangimentos legais “que são transposições da legis- lação europeia para a legislação nacional que despoletaram uma série de dificuldades para quem quer cumprir com aquilo que está a ser aplicado”, lamenta o admi nistrador. “Temos que ter certificações e formações que não são fáceis de obter porque há um vazio no nosso país. Os cursos são feitos em Lisboa, Porto ou Braga e nunca aqui nas proximidades. Para além disso, tudo o que é contratação pública passou a ser feito pela internet. Para se ir a concurso tem de se estar associado a uma plataforma, pagar uma renda mensal, etc. É aquilo que chamo de escravatura do séc. XXI”. Para contornar a situação, a empresa está a apostar na prestação de serviços. A estratégia vencedora permitiu manter a facturação no ano de 2010 e anuncia boas perspectivas para o ano corrente: “Este primeiro semestre tem corrido muito bem. Este ano vamos apostar na consolidação do nosso sistema de informação e estamos a desenvolver uma forma mais consistente de construção de equipamentos, por isso prevemos um bom ano para a Frigosistema”. Página Exclusiva 41 Portugal Inovador Uma presença global Há poucos países no mundo onde o Grupo Sinuta ainda não tenha marcado presença. Especializada no fabrico de antenas parabólicas, a Sinuta leva o que de melhor se faz no sector aos quatro cantos do mundo. A grande aposta para os próximos anos parte pela criação de uma nova empresa: a Sinuta Brasil. Fundado em 1995, o Grupo Sinuta é hoje composto por cinco empresas: Sinuta SGPS, 4IMOB, Sinuta Produção, Sinuta4Sun, 4Sat. Com cerca de 100 trabalhadores, fa brico de dois milhões de antenas por ano, e uma facturação que ultrapassou os 17 milhões de euros em 2009, a Sinuta apresenta-se no mercado como uma PME Excelência de respeito. Desde sempre dimensionada para o mercado externo, a Sinuta destina, neste momento, 95% da sua facturação actual para o mercado externo (53% para a Europa, 20% para África, 20% para a Ásia e 7% para a América do Sul). Mas estes valores estão prestes a mudar. “Para uma empresa como a nossa, a falta de tempo para investir na procura de novos mercados é um dos grandes entraves. Por essa razão é que só agora vamos criar a Sinuta Brasil. É um mercado interessante, com cinco ope radores, onde temos o objectivo de ficar com um ou dois”, afirma Diamantino Nunes, fundador da empresa. Optimizar processos Para o administrador da empresa, parte da crise no sector passa pela falta de soluções encontradas pe- Página Exclusiva 42 los próprios empresários: “Os empresários têm de ter mais formação, para conseguirem conhecer os mercados, as necessidades das empresas, produzir e ter competitividade lá fora. Nos últimos três anos temos investido muito no processo produtivo, o que irá permitir à Sinuta ter um ganho de 7% em produtividade, no ano de 2011”, refere Diamantino Nunes. Mas esta não é uma aposta recente: “Nos últimos anos conseguimos realizar uma poupança de 12 mil euros anuais em electricidade e 40 mil euros anuais em gás”, acrescenta Catarina Maçãs, a segunda geração desta empresa. Pai e filha são unânimes quanto ao futuro: “Peranta a ameaça da TV por IP, vamos procurar locais onde o sinal de televisão terrestre é uma lacuna. Diríamos que países como Brasil, Índia, Malásia, Singapura, Indonésia, Chile, Argentina, México, entre outros, serão muito importantes para nós nos próximos anos”, avançam. Portugal Inovador Dar vida ao espaço urbano A Concretex planeia inaugurar este ano uma nova unidade fabril. A busca incessante pela melhoria da produtividade está na base deste investimento, que irá permitir também a introdução de novos produtos na gama de oferta da empresa. Fundada em 1993, a Concretex nasce no seio de mais duas empresas relacionadas com a cons trução civil. Pegando numa ideia pioneira em Portugal, a empresa decide enveredar pelo fabrico de mobiliário urbano, material técnico para construção e equipamentos, relacionados com esses mesmos produtos. Com um mercado maioritariamente nacional, mas também presente em Espanha, Palop, Líbia e Oman, a empresa tem como principais clientes as autarquias, os revendedores locais (agentes), os empreiteiros de obras públicas e construtores em geral. Um mercado cada vez mais exigente e competitivo: “A tentativa de sobrevivência de algumas empresas leva muitas vezes à prática de dumping, não com o objectivo de eliminar concorrentes, mas como única forma de escoar os seus produtos. Nós tentamos reduzir as nossas margens até um limi te aceitável, mas isto representa um impacto muito negativo para a Concretex, uma vez que reduz a capacidade de crescimento”, alerta Pedro Abreu, administrador da empresa. Não parar no tempo Num sector onde a produção decresceu 5% em 2011, e em que as dificuldades de recebimentos são cada vez maiores, a Concretex vê como única saída o aumento de produtos e soluções, um aumento de qualidade dos produtos existentes e a procura de novos mercados: “Estamos a concluir um investimento faseado de cerca de um milhão de euros, que se prolongou durante dois anos, e que vai consistir na criação de uma nova unidade fabril. Conseguimos manter a facturação de 2009 através de uma maior produção, por isso entendo que é necessário um novo crescimento. Ter mais equipamento e novos produtos que resultem em maior produtividade”, avança Pedro Abreu. A Concretex quer, desta forma, fomentar a consolidação no mercado nacional, piscando o olho à internacionalização: “Além da manutenção dos mercados actuais, acredito que os PALOP e o Médio Oriente serão alguns dos mercados alvo da Concretex para os próximos anos”, confirma. Página Exclusiva 43 Portugal Inovador (Euro)Doce perdição Sem optar pela venda ao público, como grande parte da concorrência, a Eurodoce conseguiu conquistar o seu espaço. Produtora de ovos moles de Aveiro com certificação, mas não só, esta é uma casa que encarna na perfeição aquilo que poderíamos esperar de um produtor de produtos de pastelaria: qualidade, higiene e anos de experiência no sector. No sotaque dos proprietários, Messias e Isabel Pequeno, consegue‑se descortinar ainda os anos de trabalho árduo vividos na Vene zuela. Assim como muitos aveirenses, o casal rumou à América do Sul em busca de um futuro de sucesso. O destino ditaria o seu regresso a Portugal para fazer aquilo que sempre fizeram: a arte da pastelaria. Em 1986 abrem esta casa que, neste momento, conta também com a colaboração de Erika e Ramiro Pequeno, a segunda geração da família, disposta a seguir as pisadas dos seus antecessores. Um conceito próprio Ao contrário da maioria dos antigos emigrantes envolvidos neste sector em Aveiro, a Eurodoce optou por criar um conceito próprio de venda exclusiva a distribuidores, abdicando assim da venda ao público. Além de uma dezena de produtos da pastelaria tradicional, Isabel Pequeno destaca o fabrico dos “pastéis da Forca, por estarmos situados nesta localidade, o pastel de feijão e de amêndoa, as barrigas de freira e o queque de noz”. Mas a grande especialidade é sem dúvida os ovos moles que, Página Exclusiva 44 ao receberem o recente selo de certificação, viram a sua qualidade atestada: “Foi uma batalha que demorou o seu tempo, mas que finalmente chegou ao fim. Agora, depois desta aprovação da União Europeia, o produto e os produtores certificados podem começar a ser divulgados e isso vai trazer benefícios no futuro. Neste capítulo, a APOMA tem tido um papel muito importante de divulgação junto do consumidor”, acredita Messias Pequeno, que aproveita para lembrar que “o sucesso deste processo de certificação estará, em último caso, nas mãos do consumidor. É ele quem irá decidir se quer um produto certificado, ao qual são feitas análises a todos os lotes, ou se quer um produto que não tenha rastreabilidade e que corre o risco de afectar a saúde”. Portugal Inovador Mágoa indisfarçável António Costa, administrador da Avózinha – Hóstias para Ovos Moles, não esconde a tristeza que sente pelo tratamento que lhe tem sido dirigido nos últimos tempos. A empresa, que recentemente investiu muito no melhoramento das condições de produção, teme que os ataques de que tem sido alvo coloquem em causa os postos de trabalho de alguns colaboradores. A Avózinha é, desde o seu início, a referência em Aveiro na produção de hóstias para ovos moles. Fundada em 1987, a empresa inicia a sua actividade para dar continuidade ao trabalho que vinha a ser desempenhado há várias décadas, adoptando a sua actual desi gnação “como forma de homena gem a uma avózinha”, explica António Costa. Ao longo dos anos, a Avózinha tornou-se um nome conhecido de todos, não tanto pelo escasso número de produtores, mas pela qualidade incontornável do produto apresentado. Recentemente, face à recente certificação dos ovos moles e às exigências a eles associadas, a Avózinha viu-se na obrigação de apresentar soluções novas ao mercado, como forma de sobrevivência da própria empresa. Investiu em melhorias colossais no seu processo produtivo, tornando‑se mais jovem e eficiente. Resposta à polémica O rejuvenescimento trouxe consigo novos produtos e com eles as divulgadas críticas da parte de alguns produtores. António Costa sente‑se injustiçado: “Fico emocionado e muito triste com a relação actual da Avózinha com a APOMA. Acho que, depois de tudo o que fizemos pela associação, não mereciamos este tratamento... Nós, ao contrário da concorrência, a partir de 30 de Junho de 2010 deixamos de vender as figuras do mar e da ria a não-associados, ou seja, um dia antes da obrigatoriedade de cumprimento do caderno de especificações da APOMA. É claro, que para suplantar esta quebra nas vendas, fomos à procura de soluções. Não seria possível de outra forma. Somos 12 colaboradores numa em- presa em que o produto é sazonal, onde para sobreviver é preciso muito trabalho, esforço e sacríficio. Por outro lado, é importante deixar bem claro que a Avózinha está autorizada a produzir outro tipo de modelos, que não tenham os motivos de ria e mar, para não‑associados da APOMA. Por isso só peço que nos compreendam e que se acabe de uma vez por todas com este terrorismo comercial. Deixem a Avózinha crescer”, apela emocionado António Costa. Página Exclusiva 45 Portugal Inovador Referência dos pneus Há sete anos presente no mercado, a Competipneu é hoje referência ao nível de distribuição e venda ao público de pneus multimarcas na zona norte do país. A Competipneu nasce em 2004, quando José Luís Carvalho após 19 anos de experiência na venda directa ao consumidor, decide criar a sua oficina de venda e montagem de pneus. Após uma fase inicial de difícil arranque, a empresa resolve investir na distribuição de pneus, começando então a comprar mais, importando de vários países. É a partir dessa altura que a Competipneu fica com duas vertentes: a logística e a oficina. Competipneu Logística Dentro da vertente de acção da logística, esta tem a seu cargo a revenda e distribuição de pneus para os profissionais do ramo das oficinas. Com um stock de 10000 pneus, e agente de várias marcas, a Competipneu dispõe de uma frota de distribuição que inclui dois transportadores, e de uma capacidade de armazenamento, cargas e des- Página Exclusiva 46 cargas que possibilita a entrada de camiões de grandes dimensões dentro do armazém. Para mais rápido e melhor servir os seus clientes, a empresa dis ponibiliza o sítio na internet: www. competipneu.com, com acesso a todo o armazém, para fazer encomendas, garantindo a entrega em sua casa no prazo máximo de 24 horas. Competipneu Oficina Para o gerente da Competipneu, é no consumidor final que incide o foco de maior atenção, pondo ao seu dispor todo um stock em quantidade, qualidade e variedade. De modo a melhor servir o cliente, a Competipneu alargou recentemente a sua gama de actividade, proporcionando serviços de dia gnóstico, carregamento de ar condiconado, lavagens, mecâncica geral e revisões, segundo os planos de assistência aconselhados pelas marcas. O crescimento da empresa tem sido uma constante, e, alargando as suas vendas a nível nacional, as novas instalações são também uma consequência do su cesso deste negócio. “Este passo que demos hoje no crescimento das nossas instalações pretende alcançar um crescimento sustentado e dirigido ao consumidor final”, explica José Luís Carvalho. Hoje, com uma maior capacidade de armazenagem, a Competipneu continua a apostar na sua imagem, sendo a certificação o próximio passo a dar. Portugal Inovador Ensino Página Exclusiva 47 Portugal Inovador Educação, Conhecimento e Inovação Em conversa com a revista “Portugal Inovador”, António Moreira, director do Departamento de Educação da Universidade de Aveiro, explica-nos o surgimento do departamento, realçando a formação disponibilizada, assim como o sucesso do Centro de Investigação em Didáctica e Tecnologia na Formação de Formadores - CIDTFF. À semelhança de toda a estrutura da Universidade de Aveiro (UA), o Departamento de Educação foi constituído à medida que as necessidades e exigências surgiram. A UA tem uma estrutura orgânica que é diferente das chamadas universidades clássicas. Enquanto que estas são constituídas por Faculdades, onde cada uma é autónoma e tem autoridade para reger os seus próprios desígnios, a UA estrutura‑se num modelo em que é a própria instituição que gere os recursos que tem, no sentido de tirar melhor partido destes, dando corpo a determinado tipo de ofertas. Por exemplo, explica António Moreira, “se um curso de formação de professores do 1º ciclo do ensino básico carecer de formação a nível de Ciências Integradas da Natureza, o departamento compartilha recursos humanos com outros departamentos da Universidade”. Os antigos Departamento de Didáctica e Tecnologia Educativa e de Ciências da Educação tinham, iniPágina Exclusiva 48 cialmente, poucos docentes e os alunos eram provenientes de departamentos que ofereciam formação de professores. Só mais tarde começou a fornecer oferta formativa própria como a do Ensino Básico, a nível do primeiro ciclo, a Educação de Infância e, posteriormente, o curso de Psicologia. Oferta Formativa Presentemente, o Departamento de Educação tem uma oferta formativa que, por um lado, tem uma dimensão académica – que é a oferta que permite a continuidade universitária – e uma mais profissionalizante que se vocaciona para o ensino. “A vertente profissionalizante dis ponibiliza formação ao nível do ensino Pré-escolar, do 1º, 2º e 3º ciclos do Ensino Básico e do Secundário em variadas áreas”, explica o director. “Temos também a licenciatura em Psicologia. Pós-graduações ao nível dos Mestrados em Ciências da Educação; Didáctica; Promoção da Leitura e Bibliotecas Escolares; Psicologia e Psicologia Clínica e da Saúde e Forense”, continua. Esta é uma componente que o departamento pretende vir a desenvolver. A nível de 3º ciclo o departamento disponibiliza o doutoramento em Multimédia em Educação – em colaboração com o Departamento de Comunicação e Arte, sendo uma das ofertas que mais candidatos atrai, leccionando ainda o doutoramento em Didáctica e Formação”. O Departamento de Educação, para além da componente de formação contínua, disponibiliza ainda alguma formação avulsa. O departamento funciona como sede do Centro de Competência TIC da Universidade de Aveiro, sob tutela do Ministério da Educação, tendo por função encontrar soluções e dar condições para que as escolas e os agrupamentos de escolas que estão afectos a este Centro, dele retirem mais-valias no sentido de obterem consultadoria ao nível das suas candidaturas a financiamento de projectos. “Neste momento temos 15 escolas que estão associadas a nós em projectos que foram candidatados a financiamento de inovação tecnológica. Oferece mos formação – cursos intensivos – sobre ferramentas tecnológicas na vertente da integração das tecnologias no ensino. Ainda há pouco tempo realizámos um curso sobre tecnologias de apoio para crianças com necessidades educativas especiais e outro sobre o potencial das ferramentas disponibilizadas pelo Google, no sentido de as integrar em situações de sala de aula. Portugal Inovador Página Exclusiva 49 Portugal Inovador Algumas das nossas ofertas são creditadas pelo Conselho Científi co-Pedagógico da Formação Con tínua, prevendo a atribuição de créditos para progressão de carreira; outra vertente é a formação paga pelo formando, existindo ainda a formação que oferecemos e que acontece muitas vezes a pedido de outras entidades”, esclarece António Moreira. Centro de Investigação A investigação é um dos pontos fortes do Departamento de Educação. O Centro de Investigação em Didáctica e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTCF) é o único centro de investigação nesta área, em Portugal, que alcançou, sistematicamente, durante as quatro edições de avaliação externa, a classificação de excelente. Segundo o director, “o Centro é alvo de inúmeras propostas de parceria por parte de outros centros na área da educação nacionais e internacionais”. O CIDTCF tem programas de investigação e desenvolvimento, sendo que alguns têm que ver com a transferência de tecnologia. “Presentemente estamos a desenvolver um software de análise quantitativa para investigação, que vai ser distribuído online dentro em breve. A apresentação pública está agendada para Setembro, embora este mês, nos dias 12 e 13, vá ser feita uma pré-apresentação na Universidade do Minho no encontro Challenges 2011. Temos também um software Página Exclusiva 50 que já está a ser comercializado e que é direccinado a crianças dos 8 aos 12 anos de idade, dando a conhecer aos miúdos o modo como se deve interpretar o consumo que fazemos da energia, sensibilizan do-os para o que é ou não sustentável do ponto de vista da utilização de recursos energéticos. Temos depois jogos educativos que são de base não tecnológica... Presentemente, temos alguns projectos com a indústria, nomeadamente, com a iZone ou a Microsoft entre outras empresas nacionais e estrangeiras, na área de conteúdos de nova geração. Surgem também outras iniciativas que estão relacionadas com o parque tecnológico que vai ser construído no campus universitário… Enfim, temos um vasto e reconhecido trabalho na área do desenvolvimento e da inovação”, resume o director António Moreira. Os consórcios que o CIDTFF realiza com as empresas, “têm o objectivo de beneficiar ambas as partes e permitir ao centro produzir produtos que, sendo apetecíveis a nível de mercado, produzam capital com a venda de licenças e com a formação oferecida ao nível da utilização do software. Estes são acordos que beneficiam ambas as partes”. O Departamento de Educação da UA tem recebido contactos de várias universidades, atraídas pela qualidade e prestígio do CIDTCF. “Por exemplo, em Espanha, Madrid e Granada estão interessadas em realizar consórcios connosco. Temos aqui nichos de conhecimento que não são fáceis de encontrar em outros lados, o que nos permite criar importantes sinergias com conceituadas instituições nacionais e internacionais”, informa o director. Um Departamento de Educação aberto Com 46 docentes efectivos, o Departamento de Educação tem recebido muitos bolseiros vindos de todas as partes do mundo, tendo recentemente assinado dois convénios com universidades brasileiras, com vista a realizar programas de intercâmbio, tanto de professores, como de alunos ao nível das pós‑graduações. Uma grande parte dos docentes e outros membros do departamento, através do Centro de Investigação, está presentemente envolvido na reestruturação do currículo do ensino secundário de Timor Leste. “Através de um consórcio que realizámos com o Ministério da Educação de Timor Leste, a Fundação Calouste Gulbenkian e o IPAD, encontramo-nos a produzir os programas, os manuais de ensino e os guias dos professores para o ensino secundário deste jovem país”, conclui António Moreira. Portugal Inovador Página Exclusiva 51 Portugal Inovador Física para as tecnologias do futuro O Departamento de Física da Universidade de Aveiro (UA), acolhe um total de 400 alunos, 50 docentes, 15 investigadores e 25 bolseiros de pós-doutoramento. Um outro edifício que está em início da construção, com final previsto para 2013, irá contribuir para a concretização dos grandes objectivos do departamento. O Departamento de Física foi dos primeiros a ser criados na Universidade de Aveiro (UA). Em 1978, juntamente com o Departamento de Química, foi aberta a licenciatura em Ensino de Física e Química. Mais tarde, em 1981, abriu-se a licenciatura em Física – com dois ramos: Física da Atmosfera e Física de Materiais que deram origem às actuais licenciatura em Física e licenciatura em Meteorologia, Oceanografia e Geofísica; em 1990, a licenciatura em Enge nharia Física, hoje mestrado integrado. Importância da Física Em conversa com António Luís Ferreira, director do Departamento de Física da UA, a revista “Portugal Inovador” ficou a conhecer um pouco mais desta área científica. “A Física tem a característica de estudar a natureza e os seus fenómenos, numa grande amplitude de escalas quer espaciais, Página Exclusiva 52 quer temporais, nomeadamente, desde a escala sub-atómica até à escala do Universo. Os físicos quando incluídos em equipas multidisciplinares têm a capacidade de fazer a ponte entre as diversas áreas científicas e tecnológicas. “A rápida evolução da tecnologia obriga a uma actualização constante dos conhecimentos e, nesse caso os conhecimentos básicos da Física são fundamentais para que os profissionais se consigam actualizar”, continua. Os Engenheiros Físicos são os únicos engenheiros com uma formação em Física Quântica, cada vez mais importante para as aplicações tecnológicas do futuro. Em particular, a manipulação e fabricação de sistemas de dimensões nanométricas exige formação em Física Quântica. Formação O Departamento de Física oferece uma vasta formação ao nível do 1º, 2º e 3ºciclos, sendo também um departamento de investigação que participa em diversos projectos nacionais e internacionais. No 1º ciclo o departamento disponibiliza três licenciaturas: em Física; em Metereologia Oceonografia e Geofísica; e participa ainda na licenciatura em Ciências do Mar. No 2º ciclo oferece os mestrados; em Física; em Meteorologia e Oceonografia Física, assim como o Mestrado Integrado em Enge nharia Física. O departamento tem ainda uma colaboração importante no European Master in Materials Science, em parceria com os Departamentos de Engenharia Cerâmica e do Vidro e o Departamento de Química. Ao nível do 3º ciclo os estudantes podem optar pelos Doutoramentos em: Engenharia Física; Física (MAP-FIS) realizado em colaboração com as Universidades do Minho e Porto, Nanociências e Nanotecnologia e Ciências do Mar e do Ambiente. Estes dois últimos em colaboração com outros departamento da UA. António Luís Ferreira informa que, “é objectivo do Departamento de Física oferecer ferramentas aos alunos que lhes permitam, no final do 1º ciclo, estarem preparados para resolver problemas práticos e se iniciarem em actividades de investigação, realizando um projecto final de 1º ciclo. O 2º ciclo e o mestrado integrado (a partir do 3º ano) permitem uma Portugal Inovador cional onde se integram dois investigadores do Departamento de Física mediu o tamanho do protão e teve grande repercursão internacional”, informa António Luís Ferreira. Uma outra àrea que se pode referir é a Física de Redes onde o DF tem uma equipa com trabalho reconhecido a nível mundial. Reconhecimento maior especialização. “Por exemplo, no Mestrado Integrado em Engenharia Física, temos opções que permitem ao aluno seguir um determinado perfil de competências. Estão previstos os perfis de Materiais; Energia, Física Médica (por exemplo, utilização de radiação para diagnóstico médico, imageologia e tratamento), Óptica, Instrumentação Electrónica, entre outros. O mercado de trabalho dos físicos é muito diversificado, pois temos os nosso ex-alunos a trabalhar em empresas de base tecnológica, em ambiente hospitalar, em institutos públicos, em carreiras de investigação no país e no estrangeiro e outros criaram as suas próprias empresas. Hoje em dia a formação contínua é encarada como uma necessidade, estuda-se ao longo da vida. Dado o aumento da procura em formação de curta duração, o Departamento de Física vai desenvolver, já no próximo ano lectivo, cursos orientados para professores e para um público alargado. Na área pedagógica, “o departamento tem projectos concretos a curto prazo de cooperação com alguns Palop’s, no sentido de ajudá-los a estabelecer licenciaturas, mestrados e formar doutorandos na área da física, e meteorologia e ocea nografia”, informa ainda o director. Investigação O conjunto de áreas de investigação em Física incluí: Física de Materiais, Nanociências e Nanotecnologia, Modelação de Materiais, Física de Redes, Óptica e Fotónica, Detectores de Radiação, Astrofísica e Cosmologia, Meteorologia e Clima, Oceanografia e História da Física. Há quem estude o efeito das alterações climáticas no litoral da Ria de Aveiro, quem estude planetas e colisões de buracos negros e quem desenvolva termómetros para medir a temperatura a uma escala nanométrica. Ao longo dos últimos anos, o Departamento de Física tem desenvolvido trabalhos de grande relevo que mereceram publicação em revistas internacionais de elevado impacto. “Por exemplo, um artigo publicado na Nature por uma equipa interna- Muitos têm sido os prémios recebidos. Este ano uma equipa foi galardoada com o Prémio BES Inovação, na categoria Clean Tech, com o projecto FotOrg, “Fotovoltaicos Orgânicos de baixo custo”. A investigadora Alexandra Carvalho recebeu também o Prémio Gulbenkian de estímulo à investigação para jovens cientistas. “Actualmente, estão a decorrer no departamento mais de 25 projectos de investigação financiados. Temos também contratos de prestação de serviços, que há cinco anos eram quase inexistentes na área da Física. Esses contratos permitem uma maior proximidade à indústria e ao tecido empresarial. Na área de Metereologia temos desenvolvido estudos na àrea das energias renováveis e em Materiais desenvolvemos componentes para dispositivos fotovoltaicos. “São estes apenas alguns exemplos de vários dos nossos projectos”, conclui o director de departamento António Luís Ferreira. Página Exclusiva 53 Portugal Inovador A mover um dos sectores mais fortes do país Na Universidade de Aveiro existe o único Departamento de Engenharia Cerâmica e do Vidro do país, actualmente com oferta generalizada à área de Ciência e Engenharia de Materiais. Os indicadores de produção científica e de internacionalização são reconhecidamente elevados. O Departamento de Engenharia Cerâmica e do Vidro da Universidade de Aveiro foi um dos primeiros a abrir portas aquando da criação da instituição, a meados dos anos 70. Além do curso que dá nome ao departamento (agora apenas de 2º ciclo), constam na sua oferta formativa outros, como engenharia Página Exclusiva 54 de materiais (1º e 2º ciclos) e materiais e dispositivos biomédicos (mestrado), embora a importância dada à engenharia cerâmica e do vidro se mantenha, também devido à tradição. Todos os cursos de 2º ciclo destinam-se a alunos de vários quadrantes de ciência e engenharia, como por exemplo além de engenharia de materiais, qualquer outro curso de enge nharia, química, física e saúde. No departamento estudam actualmente cerca de 200 alunos, cerca de 50% deles de pós-graduação, e leccionam 17 docentes, todos eles doutorados e a tempo inteiro. O mestrado em Engenharia dos Materiais inclui a opção de estágio. A experiência dos alunos em contexto de trabalho, que pode durar seis meses, é um valor acrescentado na formação do aluno. O contacto com o meio laboral é feito em muitas empresas da área de Aveiro. “Temos aqui muitas indústrias cerâmicas e de outros sectores que trabalham com materiais e são várias as empresas que colaboram connosco”, aponta o director, Mário Ferreira. E além disso, “os alunos por nosso intermédio conseguem estágios após o final das licenciaturas. Uma das tarefas que tenho agora entre mãos é organizar melhor essa oferta, e conjuntamente com os serviços da universidade criar uma bolsa de estágios e empregos”. Excelentes perspectivas de futuro No que respeita às saídas profissionais, Mário Ferreira aponta vários caminhos possíveis: “Os alunos podem ser colocados em Portugal Inovador indústrias que trabalhem com materiais, tanto empresas de projecto, de manutenção, como de outros serviços também. Podem igualmente integrar carreiras de investigação e desenvolvimento. Quanto à efectividade dessas saídas, os resultados são bons. “A taxa de empregabilidade dos alunos que tiram aqui o curso é de 100%. Não temos tido qualquer problema nesse capítulo praticamente desde sempre”. Ainda de acordo com o director, o curso mais procurado tem sido actualmente a licenciatura em Engenharia dos Materiais. 17% da investigação da UA Uma das grandes apostas do departamento é na investigação. Esta envolve além dos docentes, 12 investigadores a tempo inteiro e várias dezenas de alunos de doutoramento e pós-doutorados. Estão a decorrer vários projectos com financiamentos nacionais e in- ternacionais num total de cerca de 4 milhões de euros. E o volume de publicações em revistas indexadas é bastante elevado. “17% de todas as publicações da UA pertencem‑nos, temos também um número de citações bastante grande. Estamos sem dúvida numa posição privilegiada em relação a este ponto”. Os trabalhos desenvolvidos, explica Mário Ferreira, passam muito pela síntese e estudo das propriedades de materiais nano e micro estruturados que possam ser utilizados em diferentes tecnologias, soluções de reciclagem de diferentes resíduos, biomateriais, revestimentos funcionais, entre outros. No caso dos sistemas de energia “a eficiência das pilhas de combustível depende muito do material que as compõe, portanto o desenvolvimento de novos materiais para obter sistemas mais eficazes constitui uma área de investigação prioritária”. Alguns dos produtos são alvo de patente, sendo que em média são criadas cinco por ano. Mais cursos proximamente A intenção nos tempos que se avi zinham é alargar a oferta formativa, também para cativar mais alunos estrangeiros. Nesse sentido, “estão a ser formadas parcerias com várias universidades euro peias e brasileiras”. Isto a somar às inúmeras relações de colaboração já existentes com instituições de ensino superior dos quatro cantos do mundo e com algumas das maiores empresas da Europa (Daimler, Airbus, Fiat, Bayer, etc). Página Exclusiva 55 Portugal Inovador Universidade de ponta A revista Portugal Inovador esteve na Universidade de Aveiro (UA), no Departamento de Engenharia Mecânica, à conversa com o director do departamento António Sousa e com José Grácio, coordenador do Centro de Tecnologia Mecânica e Automação. Conhecer a dinâmica da instituição e a sua forte vertente de investigação foi o nosso objectivo. Formação O Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade de Aveiro é hoje reconhecido a nível nacional e internacional pela qualidade do ensino e investigação que produz e pelos fortes laços de cooperação com o tecido industrial que resultaram em produtos e pa tentes de elevado valor acrescentado. Actualmente, o Departamento de Engenharia Mecânica integra cerca de 500 alunos do Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica e do Programa Doutoral em Engenharia Mecânica. O Departamento presta ainda colaboração em mestrados interdepartamentais, nomeadamente Engenharia e Design do Produto, Engenharia e Automação Industrial; Materiais e Dispositivos Biomédicos, Sistemas Energéticos Sustentáveis bem como participa, activamente, nos programas doutorais em Energia e Alterações Climáticas e NanociênPágina Exclusiva 56 cias e Nanotecnologias. Apesar do seu carácter especia lizado, o Mestrado em Engenharia Mecânica, permite a integração de alunos oriundos de outros cursos de Licenciatura ou Mestrado para completar os seus estudos. Surgimento do departamento A criação do Departamento de Engenharia Mecânica (DEM) na Universidade de Aveiro deve-se primordialmente à necessidade das empresas da região de recrutarem quadros superiores, assim como terem acesso a uma estrutura que pudesse suportar o desenvolvimento dos seus processos e produtos. Perante o empenho dessas empresas, a Universidade de Aveiro, consciente do seu papel único de promoção e cooperação com a sociedade, estabeleceu o Departamento. Esta é razão pela qual desde o início da sua exis tência o DEM se tem afirmado pela forte cooperação industrial e pela formação de quadros de qualidade. O Departamento de Enge nharia Mecânica da Universidade de Aveiro começou a ganhar expressão em 1996, após terem sido estabelecidas as infra-estruturas necessárias à realização de um trabalho ao mais alto nível e terem sido contratados docentes com as mais elevadas qualificações académicas e com experiência profissional relevante. Hoje, o tecido industrial da região reconhece a contribuição importante em termos de inovação industrial, novas tecnologias e produtos que foi conseguida através da cooperação com o Departamento de Engenharia Mecânica e sua Unidade de Investigação. Aproximação com o tecido empresarial A aproximação ao tecido empresarial faz-se não apenas através da realização de projectos de investigação aplicada ao abrigo de programas bilaterais suportados pelas próprias empresas ou pelo programa QREN, mas também através de trabalhos de dissertação ao nível dos 2º e 3º ciclos que possam dar resposta a questões pertinentes conducentes à valorização das empresas em termos de inovação industrial e aumento do seu potencial tecnológico. Isto é perfeitamente possível no âmbito do trabalho de dissertação do Mestrado e no quadro da vertente de investigação dos programas doutorais, sobretudo dos programas doutorais de cooperação industrial. Portugal Inovador Página Exclusiva 57 Portugal Inovador Aveiro é uma zona bastante rica do ponto de vista industrial. Nesta região encontram-se empresas que operam num leque alargado de actividades, nomeadamente secagem do bacalhau, frio, térmica, tecnologia industrial, metalomecânica, desenvolvimento de software e simulação industrial, automação e informática indus trial, biotecnologia e outras áreas de ponta como por exemplo a nanotecnologia. Alguns alunos têm uma enorme propensão para fazer investigação de carácter industrial, enquanto outros apresentam maior motivação para a investigação fundamental. Nesta perspectiva o Departamento responde aos anseios dos seus estudantes tendo sempre em consideração o garante da qualidade académica aliado ao seu papel dinamizador e de parceria junto do tecido empresarial. O Departamento de Engenharia Mecânica faz uma selecção criteriosa das empresas com as quais estabelece acordos de cooperação tendo em vista a realização dos trabalhos de investigação e desenvolvimento. Com referência aos projectos de tese do mestrado integrado com uma vertente industrial, António Sousa salienta: “Não podemos sacrificar o imediatismo à qualidade. O projecto tem de ser seleccionado, para ter um certo número de parâmetros que possibilite ao candidato a mestrado integrado desenvolver um trabalho bem estruturado e que, depois duma avaliação rigorosa, seja merecedor de uma classificação positiva”. O Departamento de Engenharia Mecânica conduz, geralmente, os Página Exclusiva 58 seus projectos até ao produto final. “É importante mencionar que algumas das colaborações existentes deram origem a patentes que foram inteiramente comerciali zadas e chegaram a aumentar substancialmente a exportação no sector da indústria”, continua o director. O coordenador da unidade de investigação, José Grácio, salienta: “Acredito que nesta área concreta, relativamente aos outros departamentos e universidades existentes no país, estamos muito à frente. É possível encontrar nalgumas empresas, estações de produção completamente projectadas e fabricadas no Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade de Aveiro. Isto é pouco usual. É o saber fazer”. José Grácio acrescenta ainda: “No Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade de Aveiro, os estudantes têm a oportunidade de mostrar aos empresários, durante o trabalho de dissertação, o seu real valor, facto que aproxima e facilita a sua rápida inserção no mercado de trabalho”. Desafio Um dos desafios deste departamento é a cooperação internacional. O Departamento de Engenharia Mecânica desenvolve inúmeros projectos de qualidade internacional, um deles é uma tecnologia de ponta que permite produzir materiais de elevada resistência que têm um enorme potencial para uso numa gama elevada de aplicações desde a indústria automóvel até à indústria aeroespacial. São 100 os investigadores do Departamento de Engenharia Mecânica, sendo que 53 são doutorados, todos em áreas de investigação diversas que abrange duas vertentes: o trabalho com as empresas e a área científica. “Mesmo considerando a nossa reduzida dimensão a nível mundial, as nossas publicações colocam‑nos entre os 150 melhores centros do mundo na área de Enge nharia Mecânica”, salienta António Sousa. Futuro Um dos projectos de futuro do departamento passa pela continuidade do trabalho de internacionalização do departamento. José Grácio aproveita para referir que, “90% dos investimentos europeus são vocacionados para as novas tecnologias, áreas que “estão na moda” verificando-se um esquecimento das tecnologias tradicionais. Do nosso ponto de vista, isto é um erro enorme - ainda existe muito por fazer e é necessário continuar a formar jovens nestas tecnologias”. António Sousa conclui dizendo: “Acredito que a situação actual de Portugal não nos vai prejudicar, porque as empresas têm que se tornar mais competitivas, mais inventivas, tendo que recorrer às universidades, nomeadamente, à Universidade de Aveiro e, em particular, ao Departamento de Engenharia Mecânica. Estou completamente convencido que podemos contribuir para que essas empresas se tornem mais interventivas e competitivas, não apenas a nível nacional, mas efectivamente a nível internacional” Portugal Inovador Página Exclusiva 59 Portugal Inovador Ensino online com proximidade Ensino a distância dedicado sobretudo à aprendizagem ao longo da vida é o eixo da actividade da Universidade Aberta, porque, como aponta Carlos Reis, “o cidadão europeu comum já percebeu que não vai fazer o mesmo ao longo da vida, e que tem regularmente que aprender e adquirir novas competências”. A instituição com sede em Lisboa é a única do género no país. e colocar materiais, resolver dúvidas, consultar textos. No entanto, tanto anteriormente como agora a avaliação de conhecimentos é presencial, e realizada em vários pontos do país e no estrangeiro. Regime tutorial com exames presenciais Quando surgiu em 1988, ainda como Instituto Português de Ensino à Distância, este disponibilizava já cursos para professores com formação incompleta. “O ensino assentava no uso de manuais, emissões de televisão em canal aberto e de rádio, e atendimento telefónico. Seguia-se, assim, o modelo que tinha resultado bem na universidade matriz do género, a Open University do Reino Unido, criada para permitir formação superior a quem não pudera obter Página Exclusiva 60 essa formação em devido tempo”, conta Carlos Reis. Ainda de acordo com o reitor, “neste momento estamos na 3ª geração do ensino a distância, ou seja, ensino em rede, em plataforma eletrónica e usando as ferramentas do e-learning. Este conceito pode resumir-se numa palavra: flexibilidade. O que signi fica que este ensino pode chegar a qualquer lugar do mundo”, já que os alunos podem aceder a partir de todos os pontos do globo e dialogar com os colegas, receber Os cursos oferecidos são das áreas das humanidades, ciências sociais, gestão, ciências da educação, matemática, informática, ciências do ambiente, etc. Na Universidade Aberta estudam 10 mil estudantes e leccionam 150 professores, um rácio bastante diferente do ensino presencial. “O que as outras universidades não necessitam de ter é tutores. No nosso caso, os alunos são divididos em turmas de 50 alunos cada. O professor fica encarregado de uma ou duas turmas e as restan tes são confiadas a tutores, sempre sob orientação do professor responsável pela unidade curricular. Outra nota importante é que é o professor o responsável pela avaliação dessa unidade curricular. Os tutores, além de possuírem na sua maior parte o título de mestre, recebem ainda uma formação de para tutoria em ensino a distância. Questionado sobre se os alunos faziam o curso num período de tempo semelhante aos do ensino presencial, Carlos Reis considera que “é natural não terem o mesmo rendimento que os das universidades convencionais, visto que têm de compatibilizar a vida familiar e profissional com a universitária. Por isso nós até estabelecemos Portugal Inovador um limite em relação ao número de unidades curriculares em que o aluno pode estar inscrito”. Os cursos tanto de 1º como de 2º ciclo estão adequados ao Processo de Bolonha e no entender do reitor até vieram a coincidir, no plano pedagógico, com o que se já se fazia antes em ensino a distância. 12º ano ou experiência profissional No que respeita ao acesso, embora a instituição seja pública as condições não são idênticas às do concurso nacional. Apesar de a Universidade Aberta fazer a selecção dos estudantes, a sua filosofia assenta em estar aberta não só a públicos de qualquer zona geográfica como a todas as pessoas com a intenção de obter uma formação superior. “Os estudantes têm de ter o 12º ano, 21 anos de idade, ou apenas 18 mas já estarem a trabalhar”, refere Carlos Reis. Quem ingresse pelo regime para maiores de 23 anos não tem de cumprir um requisito de prévia formação académica. Esta, aliás, como indica, “tem sido a via de acesso mais procurada nos últimos anos lectivos”. A média etária dos alunos da UAb é de 34 anos. O curso de Ciências Sociais inclui um estágio de seis meses que pode ser realizado, por exemplo, numa instituição de solidariedade social, embora Carlos Reis ressalve que “o ensino a distância não se ajusta a cursos que tenham uma componente laboratorial muito forte”. No actual ano lectivo abriu um Curso de Qualificação para Estudos Superiores destinado a alunos com o 12º ano ou provenientes do Programa Novas Oportunidades. O curso tem a duração de um semestre e inclui três disciplinas. Na peugada dos melhores Dado o tipo de ensino de que se trata e o número reduzido de professores que implica, Carlos Reis salienta que a massa crítica e as áreas de investigação não podem ser vastas, excepto na área do ensino à distância. “Nesse campo temos um laboratório que funciona bem, onde se desenvolvem ferramentas de ensino à distância, e para pensar a sua pedagogia. Neste capítulo o objectivo é conti nuar a alargar a actividade e seguir as boas práticas. Por exemplo, da Open University do Reino Unido, da Universidade Aberta da Holanda e da Universidade Aberta da Catalunha, a primeira a ser concebida para ser uma universidade virtual. Recentemente foi estabelecida uma parceria entre o Grupo Leya e a Universidade Aberta que compreende a disponibilização de conteúdos online para formação superior e aprendizagem ao longo da vida de públicos de língua portuguesa, com especial incidência no Brasil e nos países africanos de língua oficial portuguesa. Outra inovação foi a criação de cerca de 15 centros locais de aprendizagem em Portugal continental e nos Açores, de forma a que os alunos possam estudar juntos, dispor de apoio logístico, do mesmo modo que se possibilitam ofertas formativas às comunidades locais. A Meda, Peso da Régua, Coruche, Reguengos de Mosnaraz e a Praia da Vitória são algumas da localidades onde se podem encontrar esses espaços. Página Exclusiva 61 Portugal Inovador Página Exclusiva 62 Portugal Inovador Página Exclusiva 63 Portugal Inovador Dinâmica e qualidade O objectivo fundamental da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa é vir a ser uma Research Faculty. Em entrevista à Portugal Inovador, o director, Fernando Santana, conta que os planos passam ainda por antecipar a criação de novos cursos às necessidades do mercado de trabalho. Fernando Santana, director da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. Apenas os mestrados incluem estágios? Devem ter acordos com várias entidades de forma a possibilitar aos vossos alunos a rea lização de estágios aí, não é verdade? Quais as entidades com quem trabalham? Quer-nos falar um pouco sobre o percurso da Faculdade de Ciências e Tecnologia desde que surgiu até aqui? A FCT foi criada em 1977, localizando-se na Margem Sul do Tejo, em Almada, num campus com 30 ha e bom ambiente! O campus, naturalmente agradável, propicia o estudo e favorece um valioso espírito de Escola, construído no tempo pela afirmação da qualidade das suas actividades de ensino, de investigação e de extensão universitária. É uma instituição jovem (34 anos!), cujo prestígio radica exclusivamente no seu dinamismo e na sua qualidade, tendo sido pioneira em vários cursos, designadamente: Engenharia Informática, Enge nharia do Ambiente, Engenharia dos Materiais, Engenharia Física e Engenharia Industrial, procurando permanentemente actualPágina Exclusiva 64 izar a sua oferta educativa, acompanhando novos paradigmas, de que é exemplo o novo curso em Sustainable Engineering ou a Engenharia de Micro e Nanotecnologias, já em funcionamento. Quantos docentes trabalham aqui e qual o número de estudantes da Faculdade? Contando hoje com 7500 estudantes, dos quais 74% de Mestrado e Doutoramento, a FCT oferece 81 ciclos de estudos, com predomi nância na área das Engenharias. O seu numerus clausus, 1110, tem-se mantido, por imposição do MCTES, apesar de uma procura média de seis candidatos por vaga (licenciaturas e mestrados integrados). A Faculdade conta com 450 docentes, dos quais 90% são doutorados e com mais de 150 investigadores. A estrutura curricular dos mestrados (2.os Ciclos) inclui uma unidade curricular de dissertação de mestrado (Tese) e não estágio. Contudo, a Escola tem acordos de colaboração técnica e científica com muitas entidades externas, para além de dispor de mais de 200 acordos bilaterais com universidades estrangeiras para intercâmbio de estudantes. Por outro lado, a Faculdade integrou recentemente os acordos do Governo Português com três universidades americanas, designadamente Massachusetts Institute of Technology (MIT), Carnegie Melon University (CMU) e University of Texas at Austin (UTA), fortalecendo deste modo parcerias de investigação científica já existentes. A Faculdade tal como outras congéneres aposta na investigação. Em que áreas se têm destacado? Alguns trabalhos resultam em produtos que são comercializados? Têm ao nível da investigação protocolos de cooperação com instituições universitárias estrangeiras? O objectivo fundamental da Fa culdade é vir a ser uma Research Portugal Inovador Página Exclusiva 65 Portugal Inovador dade e da Universidade Nova de Lisboa. Em termos de projectos para os próximos tempos estão a pensar disponibilizar mais cursos ou investir em projectos de outros tipos? Faculty, pelo que a política da Escola potencia as actividades de investigação e procura que estas sejam progressivamente incorporadas nas suas actividades de ensino. A título exemplificativo, anualmente, a Faculdade produz mais de 1000 publicações internacionais, cerca de 600 dissertações de mestrado e 50 de doutoramento. Em termos de efectividade das saídas profissionais, depois de concluídas as licenciaturas a maior parte dos alunos daqui arranja colocação? Qual é em média a taxa de empregabilidade dos vossos cursos? Em média, cerca de 95% dos diplomados da Faculdade encontram emprego antes de seis meses, sendo de salientar que 35% desses diplomados são contratados ainda durante a realização do curso. O que distingue a vossa Faculdade de outras institui ções do género? Distingue-nos a preocupação da qualidade do ensino e da investigação, com base na valorização do mérito dos docentes e investigadores. Distingue-nos também uma cultura de proactividade Página Exclusiva 66 serena e de fortalecimento do espírito de escola que potencie a afirmação e prestígio da Facul- Todos os cursos que compõem a oferta educativa da Faculdade foram acreditados pela A3ES. Portanto, futuras iniciativas deverão, principalmente, passar pela optimização de recursos, com eventual fusão de alguns ciclos de estudos e, por outro lado, pela criação de novos ciclos para satisfazer a procura em áreas emergentes, como res posta a necessidades do mercado de trabalho. Portugal Inovador Página Exclusiva 67 Portugal Inovador “Um dos melhores cursos pré-universitários do país” Num belo espaço localizado na Foz do Douro no Porto, prestes a integrar um novo edifício, a Oporto British School tem como filosofia de trabalho o despertar do pensamento independente dos alunos, da criatividade e do gosto por aprender. Com uma história de bem educar segundo a tradição britânica de aproximadamente 100 anos, a Oporto British School ocupa as mesmas instalações desde o início. Primeiro apenas destinada a alunos britânicos e somente a rapazes, hoje em dia tem entre portas 400 alunos rapazes e raparigas sendo a maior parte deles de origem portuguesa. Deste modo, e de acordo com os responsáveis, a instituição sem perder a sua identidade britânica, internacionalizou‑se, abriu-se ao mundo, tendo em conta também sempre a sua locali zação. Curso de modelo inglês A Oporto British School é uma de cinco escolas nosso país (a única do Norte), e uma de 200 em todo o mundo, que disponibiliza um curso de ensino secundário de origem inglesa e homologado pelo Council of international Schools, que a coordenadora de relações com instituições de ensino superior, Isabel Oliveira, considera “um dos melhores cursos pré-universitários do país”. Formação abrangente mas direccionada O International Baccalaureate (IB) Diploma, cujo modelo é usado em Portugal desde os anos 70, funciona na instituição desde 1993. A escolha desta formação pode ser feita no 11º ano, sendo que o aluno faz dois anos e é-lhe conferida uma habilitação equivalente ao 12º ano tradicional. Como refere Isabel Oli Página Exclusiva 68 Portugal Inovador veira, trata-se de um “curso muito internacional, muito global. Os alunos não se podem virar muito para uma área, são obrigados a ter um currículo amplo. Escolhem uma cadeira de Matemática”, que pode ser de nível médio ou superior, consoante o seu interesse e necessidade, “uma de estudos humanísticos, outra de gestão, outra de ciências experimentais”. As disciplinas com graus de dificuldade mais elevado permitem aos alunos estudar matérias com que só teriam contacto na universidade. Em cada um dos anos terão de ser escolhidas três cadeiras de nível superior. Aos interessados apenas é preciso terem um bom nível de Inglês, visto todas cadeiras serem leccionadas nesse idioma, à excepção claro das cadeiras de línguas diferentes. Aliás, o mesmo acontece nos outros anos escolares. De salientar igualmente que os trabalhos dos alunos e os exames de final de formação, que corres pondem aos exames nacionais, são avaliados externamente pela entidade que aprovou o curso. O IB tem características especiais, as suas mais-valias, como refere Isabel Oliveira, são “o incentivo à pesquisa por parte dos alunos. Tem de haver muita proactividade, eles têm de ter a iniciativa. E lidam com prazos. O que faz com que seja passada uma grande parte da responsabilidade para os alunos”. Além disso, tenta-se que haja uma grande colaboração entre professor e aluno. Outra questão interessante prende-se com o facto de a formação não se limitar ao espaço da sala de aula, pois os alunos têm no seu horário um período para fazerem serviço comunitário. Em suma, e como expõe o director David Butcher no documento de apresentação do curso, os alunos não só ficam preparados para ingressar no ensino superior como lhes são veiculadas apetências essenciais para o modo de vida moderno e para actuarem como cidadãos globais. Um aspecto não menos fundamental e que Isabel Oliveira refe re é que “com a oferta disponível hoje em dia, os jovens sentem-se um pouco perdidos, e até devido à idade, não se sentem preparados para fazer escolhas tão importantes. Por isso ali podem escolher um plano curricular que estabelece uma excelente combinação entre todos os saberes e acaba por não comprometer o seu futuro. Ao mesmo tempo que lhes permite desenvolver todas as suas capacidades”. Sem que com este facto, os alunos saiam mal preparados para um determinado curso. “O aluno pode prescindir da escolha de uma disciplina por exemplo na área da artes de maneira a ficar com mais tempo para outros disciplinas que prefira”, explica Isabel Oliveira. O formato e o conteúdo das disciplinas é quase na totalidade dos casos igual ao do ensino tradicional. A única diferença aqui é que as ciências físico-químicas são dadas separadamente, o mesmo sucedendo com a Biologia e a Geologia. Turmas pequenas e boa receptividade O International Baccalaureate (IB) Diploma tem “sido bastante reconhecido”, e a escola no geral, já “tem uma boa lista de espera”, refere Isabel Oliveira. Neste momento a Oporto British School tem sob este regime 27 alunos divididos em duas turmas. Sobre o aproveitamento escolar, Isabel Oliveira acredita que “este será um bom ano”, até porque as notas são um dos critérios de selecção. Uma boa parte dos alunos após a conclusão vão para universidades estrangeiras, mas já há cada vez mais a preferir permanecer no nosso país. Página Exclusiva 69 Portugal Inovador A formar para a empregabilidade O ISQ (Instituto de Soldadura e Qualidade), dá formação desde 1970, e ofe rece pós-graduações desde 1980. Em 17 anos, período em que os números foram contabilizados, esta entidade privada já conferiu mais de 850 mil horas de formação, distribuídas por 10500 cursos a 107 mil formandos. Presentemente o ISQ com sede no Taguspark já tem pólos e delegações em Grijó, Braga, Castelo Branco, Sines, Viseu e Loulé. A Direcção de Formação do ISQ engloba um leque abrangente de cursos para jovens, passando pela formação de adultos e formação contínua (de catálogo ou à medida do cliente), até às pós-graduações, conferências e seminários. “Há dois anos, por considerarmos que o nosso público das pós-gradua ções merecia um tratamento dife renciado criámos uma submarca designada E3 (E ao cubo - Executive Expertise for Engineers) que inclui não só a formação pós licenciatura, mas também Conferências, Seminários e brevemente também ofere cerá Coaching executivo” Alguns dos formandos acabam por ficar integrados no ISQ mas, de acordo com a Directora do E3, Marta Garcia, “...esse não é o nosso objectivo. Pretendemos sim, aumentar a empregabilidade e as qualificações dos que nos procuram. Diferenciamo-nos de outras universidades e entidades formadoras, porque grande parte dos nossos formadores são técnicos que trabalham no terreno e são formadores no final do dia”. Outro factor que, no entender de Marta Garcia, distingue a empresa é a forte componente de I&D (cerca de 5% do volume de negócios do ISQ), tanto dentro como fora da área de formação, muito superior à das grandes empresas do país, e que trabalha com financiamentos europeus. Formação técnica No ISQ pode obter-se uma Certificação em Técnico de Gás, de Soldador Polietileno, uma Qualificação de Soldador, ou mesmo uma certificação Página Exclusiva 70 de passaporte de segurança, “uma marca registada do ISQ”. “O grosso da nossa actividade, e o que nos faz ser amplamente reconhecidos, é a formação técnica, com elevado recurso tecnológico e laboratorial, embora também tenhamos apostado na formação pedagógica (curso CAP) e comportamental. “ Presente mundialmente No estrangeiro são formados portugueses e estrangeiros, por intermédio de formadores pertencentes a uma bolsa internacional. “Um dos grandes objectivos da Formação para 2011 é crescer lá fora com qualidade”, salienta Marta Garcia. A Direcção de Formação já trabalhou em Espanha, Argélia, Angola, Moçambique, Cuba e Cidade do México. As acções são realizadas várias vezes por ano com durações variáveis, e a ideia agora é continuar a internacionalizar, entrar em Cabo Verde por exemplo com uma pós-graduação de laboratórios. “O ISQ abriu um laboratório naquele país há relativamente pouco tempo e portanto faz sentido que utilizemos essas instalações como apoio à nossa Pós Graduação”. No domínio da investigação tem projectos europeus que versam “o estudo de materiais ou de metodologias pedagógicas de formação. Desenvolvem-se CD´s e DVD, traduzidos nas línguas dos vários parceiros, que são depois incorporados nas nossas acções de formação”. No ISQ como um todo trabalham cerca de 1000 colaboradores, 50% deles com formação superior, que recebem formação constante nas suas áreas, por forma a que o ISQ conti nue a ser uma entidade de referência em termos de tecnologia e inovação. A empresa apresenta também um grande sentido de responsabilidade social, sendo coordenadora da Rede de Responsabilidade Social Nacional (RSO PT) que tem associadas mais de 250 empresas portuguesas. Excelentes condições e oportunidades de negócio Mais especificamente nas pós-gra Portugal Inovador duações no E3 e devido à situação económico-financeira que o país atravessa, os responsáveis têm estudado soluções para combater a falta e, ao mesmo tempo necessidade de formação, também motivadas pelo aumento da taxa de desemprego – basta ver a idade média dos formandos que desceu dos 45 para os 28 – e que se torna um problema complicado de ultrapassar devido às dificuldades financeiras dos portugueses jovens. “Queremos continuar a qualificar as pessoas, porque acre ditamos que a empregabilidade depende em primeira instância disso, mas a solução tem de passar por lhes facilitar o pagamento. Nesse sentido, e como hoje em dia, ao contrário do que acontecia há dez anos, 80% das pessoas pagam a titulo particular, acordámos com uma entidade bancária um financiamento específico para os nossos formandos. A tão falada crise acabou por isso por despertar alguma criatividade, em- bora o número de alunos não tenha vindo a diminuir. “ Além disso, o ISQ E3 tem parcerias sólidas com, por exemplo, a Escola Superior de Hotelaria e Turismo, a Universidade Nova ou a Relacre. E acrescentou igualmente inovações aos seus produtos: “As pessoas vêm ter formação já depois de oito horas de trabalho e nós decidimos tornar o curso menos pesado oferecendo o jantar num espaço simpático, o que permite também a partilha e o contacto entre as pessoas”. Outro melhoramento foi a disponibilização de uma plataforma de conteúdos on-line ou ainda um campo de futebol, um court de ténis e um gimnodesportivo que os alunos das Pós Graduações podem utilizar. Uma outra inovação tem a ver com as actividades de team buil ding que o E3 tem realizado para que as turmas das pós licenciaturas interajam no início dos cursos. Estas actividades já passaram por aulas de surf, de canoagem, caça ao tesouro, prova de vinhos e workshops culinários. “ Os formandos adoram. Divertem-se muito e neste ambiente quebra-se de facto o gelo!” Conferências de teor diverso No último ano, o ISQ organizou dez seminários, entre os quais a Confe rência .PT com o apoio da TSF e da ESHTE e entre outros, com oradores da COTEC, Tagus Park, Grupo Pestana, Galp, IvityCorp, a Vida é Bela, Brisa que se voltará a realizar em Outubro deste ano. A diversidade de áreas abrangidas é grande e de cariz técnico incluindo seminários, nomeadamente, sobre empreitadas de obras públicas, aeroespacial e defesa, manutenção de edifícios, sector aeronáutico e reabilitação, na maior parte das vezes ministrados pelo ISQ e por parceiros de cada especialidade. Página Exclusiva 71 Portugal Inovador Uma escola em movimento A Escola Profissional de Gaia é mais do que um ícone do município de Vila Nova de Gaia: É uma estrutura viva e dinâmica, empenhada em conceder aos alunos uma real oportunidade de inclusão no mercado de trabalho. Telecomunicações em Loteamentos, Urbanizações e Condomínios) acreditada pela ANACOM e reco nhecida pela Ordem dos Enge nheiros e pela Associação Nacional de Engenheiros Técnicos. Mas nem só de ensino vive a Escola Profissional de Gaia, que faz questão de privilegiar as actividades de enriquecimento cultural e cívico. Desde jornais e revistas, elaborados internamente, passando pelas actividades recreativas e culturais, colóquios e seminários, aos projectos internacionais ou actividades desportivas, a Escola Profissional de Gaia prova a cada dia o seu espírito empreendedor. Uma escola vencedora Em 1990, quatro professores (Aires Lousã, Jorge Antão, José Vieira e Manuel Leão), assumiam a res ponsabilidade de fundar a Escola Profissional de Gaia. O sonho de reunir numa instituição um leque de valores e pressupostos, que ao serem adquiridos por todos, proporcionariam uma entrada na vida activa de forma progressiva e natural, tornou-se realidade. A Escola Profissional de Gaia é hoje uma referência, que se desmultiplica em soluções de ensino e formação, sem nunca perder a noção de rejuvenescimento. Ser diferente As parcerias com inúmeras empresas de Gaia e Grande Porto Página Exclusiva 72 têm resultado em pleno. Prova disso são os valores referentes à taxa de empregabilidade que nalguns cursos, como os cursos de Electrónica, Mecatrónica e Restauração, chega a atingir os 100%. Neste capítulo, o Giva (Gabinete para a Integração na Vida Activa) tem tido um papel crucial, desenvolvendo actividades no âmbito da formação em técnicas para procura de emprego, da assessoria aos alunos ao nível da candidaturas a emprego, bem como na divulgação das ofertas disponíveis no mercado de trabalho. A Profigaia é ainda uma entidade formadora ITED (Infra-estruturas de Telecomunicações em Edifícios) e ITUR (Infra-estruturas de O trabalho notável realizado, nos últimos anos, na modalidade de xadrez tem levado à conquista de diversos prémios e galardões. Para a Direcção da Escola: “A componente desportiva é muito importante para o ensino e deve ser valorizada. Por isso investimos na construção de um pavi lhão desportivo, que ficou concluído no ano passado. No âmbito do Desporto Escolar a nossa Escola dinamiza duas modalidades: Ténis de Mesa e Xadrez. No caso particular do xadrez, a nossa Escola é escola referência e sede da Associação Desportiva Escolar da Coordenação Local do Desporto Escolar - Porto. O futuro seguirá na mesma linha actual: “Esperamos que a escola continue em movimento, diversificando a sua oferta, apresentando novas soluções, sem nunca perder a qualidade de ensino que todos lhe reconhecem”, sorriem confiantes os directores. Portugal Inovador Página Exclusiva 73 Portugal Inovador Colégio de Gaia: Educar no séc. XXI O Colégio de Gaia é uma instituição de ensino com 77 anos de existência. Frequentam o Colégio alunos dos 3 aos 18 anos de idade; a diferenciação dos seus métodos, a exigência, o rigor, disciplina e a originalidade do seu projecto têm - no mantido num patamar de excelência. O Colégio de Gaia é um exemplo de constante dinâmica e ade quação às mudanças sociais, culturais e pedagógicas. Ao longo do seu percurso, a instituição tem mantido a capacidade de se renovar e de responder aos desafios de cada época. Com uma identidade vincada, inspirada na mundividência cristã, o Colégio de Gaia é movido por um espírito de transcendência, isto é, procura, cada dia, ser mais e melhor. Página Exclusiva 74 Projecto educativo ímpar Aqui mora um projecto educativo singular, do pré - escolar ao 12ºano. No coração da cidade de Vila Nova de Gaia esta instituição dispõe de instalações amplas e renovadas. Há um grande cuidado, por parte da Direcção, em manter autónomos os diferentes territórios educativos. Através da racionalização dos espaços e da organização dos tempos, estão criadas as condições para que os diferentes graus de escolaridade tenham, por exemplo, intervalos diferenciados. Após o término das aulas, há alunos que permanecem no Colégio, até às 19h, para realizarem as múltiplas actividades de enriquecimento curricular. A educação pré-escolar dispõe de instalações adequadas às exigências deste nível da educação, autónomas, novas e amplas. Aos 3 anos, as crianças estreiam-se nas aulas de natação e, devidamente acompanhadas, começam a lidar com as tecnologias da informação e comunicação. Aos 5 anos a sensibilização á língua inglesa é incluído no plano educativo. A educação física inicia-se, também, na educação pré-escolar. O xadrez, o inglês e a informática são áreas ou disciplinas obrigatórias e transversais a todo o ensino básico. No 2º e 3º ciclos a instituição reforça as aprendizagens em áreas fundamentais como a língua portuguesa, o inglês e a matemática. No que se refere ao ensino secundário, o Colégio de Gaia, desde o ano lectivo 1984/1985, lecciona cursos com planos Portugal Inovador Página Exclusiva 75 Portugal Inovador e programas próprios, em regime de autonomia e contrato de associação: Administração e Marketing, Análises Químico‑Biológicas, Animação e Gestão Desportiva, Comunicação Multimédia, Contabilidade e Gestão Empresarial, Desenhador de Projectos – Arquitectura e Engenharia, Electrónica Industrial e Automação, Electrónica e Telecomunicações, Informática e Tecnologias Multimédia e Tecnologias e Sistemas de Informação. Os cursos secundários do Colégio de Gaia estão organizados de forma harmoniosa na relação entre a formação geral, científica e tecnológica. Estes cursos têm, comprovadas pelos mais de 25 anos de trajecto nesta área, características específicas que os vocacionam para a inovação pedagógica, para a formação integral dos seus alunos e aprofundamento da dupla certificação. Terminado o ensino secundário, os alunos são devidamente acompanhados e aconselhados, tendo a liberdade de escolher entre o ingresso imediato na vida activa e o prosseguimento de estudos de nível superior - sendo que, se desejarem ingressar no ensino superior, partem com vantagem dada a articulação entre os currículos da instituição e as exigências do ensino superior. O Colégio de Gaia tem uma forte Página Exclusiva 76 ligação com a cidade e o conce lho; é de realçar que mantém uma relação de parceria com mais de 200 empresas. Cultura de avaliação O Colégio é avaliado por uma entidade externa – Fundação Manuel Leão – segundo uma metodologia que tem em consideração o percurso de cada aluno em termos de valor acrescentado, o clima de organização, os níveis de satisfação dos alunos, encarregados de educação e colaboradores da organização. No passado mês de Abril a instituição recebeu os resultados do triénio 2008/2011 referentes aos alunos do 3º ciclo. Aí se conclui que “ o valor acrescentado do Colégio é de 98,74%, indicando que em média os melhores desempenhos dos alunos desta escola, à saída do 3º ciclo, são 98.74% do desempenho má xima que estes poderiam obter, quando comparados com todos os alunos da amostra”. Estes dados são confirmados pelas ava liações externas do Ministério da Educação, provas de aferição no 4º e 6ºanos e pelos resultados dos exames nacionais de 9º ano. Crescendo num ambiente de disciplina, de exigência e de rigor, José António Queirós Ribeiro reforça que, “as metas de excelência, só são possíveis por caminhos de exigência”. Um dos maiores segredos do sucesso do Colégio de Gaia é o triângulo educativo: pais e professores, juntos, ao lado dos alunos. Nas palavras do Director do Colégio “a vida é dinâmica, é mudança e, neste sentido, as boas respostas de ontem tornam-se inadequadas hoje. As crises, quando identificadas, são para analisar e superar, nunca para nos refugiarmos nem no imobilismo mascarado de prudência nem no revivalismo mascarado de sabedoria. A sabedoria é criação”. Portugal Inovador “Um Agrupamento diferente” Com mais de um século de história, a Escola Secundária Abade de Baçal, nasceu e cresceu para satisfazer a necessidade crescente de dar resposta aos diferentes públicos da capital de distrito. Tendo-se fixado nas actuais instalações há cerca de 45 anos, a Escola passou a designar-se Escola Secundária Abade de Baçal, home nageando uma das mais proeminentes figuras da cultura brigantina. Fruto de uma grande abertura à comunidade e adoptando uma postura consideravelmente abrangente no que toca a oferta formativa - única na Região -, a Escola integrou, por mérito próprio, a segunda fase do programa de requalificação de escolas, do ME, estando neste momento em processo de transformação para, no curto prazo, se tornar numa instituição escolar moderna, actualizada e com todas as valências para oferecer um serviço educativo de qualidade e excelência, seja para que público for. Genericamente, a Escola disporá, já no próximo ano lectivo, de três grandes espaços, integralmente modernizados: um bloco prefe rencialmente vocacionado para os cursos profissionais, com um corpo oficinal muito diversificado; um bloco central que será o espaço privilegiado para as actividades lectivas de carácter teórico, dirigido para os cursos vocacionados para o prosseguimento de estudos; e, por fim, um terceiro bloco, construído de raiz, dirigido para a prática da actividade desportiva e, também, novos espaços para a área das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), assim como quatro laboratórios, para as áreas disciplinares de carácter prático/experimental. A requalificação da Escola vem de encontro, aliás, ao espectro abrangente de oferta educativa da Escola nos últimos anos de actividade. Além dos cursos do ensino regular, vocacionados para o prosseguimento de estudos, a Escola posicionou a sua actividade tendo em conta, também, outras necessidades das sociedades modernas, onde a escola e o ensino devem adoptar como princípio estruturador a formação ao longo da vida, numa perspectiva de abertura à totalidade dos cidadãos que com ela coexistem num determinado espaço. Por esta razão, a Escola oferece, presentemente, um número razoável de cursos profissionais (Energias Renováveis, Multimédia e Electricidade), estando prevista a abertura de um novo curso para o próximo ano lectivo: o curso de Artes de Espectáculo. Além dos cursos profissionais, a Escola é sede, também, de um Centro Novas Oportunidades (CNO Abade de Baçal), um espaço vocacionado para a educação de adultos, integrando diferentes valências deste tipo de estruturas educativas, como o reconhecimento e validação de competências (de todos os ciclos), cursos EFA, formação modular e encaminhamento para outras ofertas educativas, quando pertinente. A Escola oferece, ainda, formação em Português língua não materna, integrada num projecto vocacionado para a comunidade imigrante da Região. Este projecto tem transformado a Escola num espaço ainda mais diverso e multicultural, onde pessoas de todo o Mundo interagem, parti lham experiências e, em suma, experimentam a cultura e o modo português de socialização, numa das aportações mais pertinentes dos últimos anos da Escola para a comunidade brigantina. Página Exclusiva 77 Portugal Inovador Capacitar para integrar Na Escola Secundária Ferreira de Castro não existem toques. Estes foram substituídos pela música da rádio-escola, de alunos para alunos, que funciona como um veículo de capacitação para o futuro. Integrar os alunos numa sociedade em constante mudança é o principal objectivo da Escola Básica e Secundária de Ferreira de Castro, de Oliveira de Azeméis. Para atingir a integração dos alunos desta escola, recentemente remo delada, existe uma aposta clara em dotá-los dos conhecimentos linguísticos, culturais, artísticos e científicos necessários. Ilda Maria Gomes Ferreira, directora da escola, orgulha-se do projecto que hoje dirige e que “foi considerado um dos seis projectos educativos de melhor qualidade” numa análise ao país. Para tal, os pilares fundamentais deste projecto educativo assentam no rigor e competência de 135 professores e na vasta oferta formativa que contempla o 3º ciclo do Ensino Básico e Secundário, os Cursos Profissionais, os Cursos de Educação e Formação para jovens (CEF) e de Educação e Formação de Adultos (EFA) e um Centro de Novas Oportunidades. No próximo ano lectivo, a Escola Ferreira de Castro estenderá o seu projecto educativo ao 2º ciclo do ensino básico, o que representará não só um enorme desafio como também um marco histórico importante. Nesta, que é uma escola com 40 Página Exclusiva 78 anos de história, as relações com os pais e encarregados de educação são privilegiadas, bem como com as entidades locais, desde a autarquia até às empresas e outras instituições. Manuel Borges, subdirector da Escola, salienta a importância da história para que as relações com a comunidade educativa sejam as melhores.Trata-se de uma escola que começou a funcionar no edifício do antigo Colégio de Oliveira de Azeméis em 1971 e sempre primou por um bom entendimento com a comunidade local. Para Ilda Ferreira a relação da escola com o contexto em que está inserida “é óptima” dando o exemplo do Centro de Saúde que colabora com este projecto no âmbito da educação sexual e da educação para a saúde. Com um gabinete de apoio ao aluno, com duas valências – área comportamental e área da saúde – a escola fornece aos alunos o apoio permanente dos profissionais do Centro de Saúde. A preocupação com o bem-estar de quem frequenta a escola é crucial e como tal, esta está preparada para receber alunos com necessidades educativas especiais. Mesmo após a saída dos alunos do percurso escolar, continua a existir a preocupação em acompanhá-los e para tal o serviço de psicologia e orientação apresentará brevemente os resultados de uma consulta/inquérito feito a antigos alunos. A Escola Básica e Secundária de Ferreira de Castro distingue-se pelo dinamismo, promovendo inúmeras actividades que envolvem alunos, docentes e funcionários. As actividades atravessam vários contextos, desde a música - com Portugal Inovador a orquestra de sopros e a tuna - passando pela comunicação - com a rádio-escola e um projecto piloto de televisão interna a desenvolver proximamente - e ainda a solidariedade social – onde a escola se destaca num projecto de “Diversão Solidária”. Ilda Ferreira destaca que este projecto “surgiu no âmbito da avaliação da escola” na qual se detectaram alguns processos disciplinares, o que exigiu respostas adequadas. Assim, nasceu o projecto de “Diversão Solidária”, que se salienta por aliar a diversão à solidariedade, envolvendo os alunos na responsabilização das actividades de lazer sendo que os lucros são para apoiar os alunos mais desfavorecidos. Numa escola em que os alunos que se destacam são distinguidos, por mérito, nas mais diversas áreas, pretende-se também que estes sejam responsáveis pelo espaço que partilham. Assim, como afirma Manuel Borges “queremos envolver os alunos na limpeza das salas e na organização dos espaços”, para que se sintam responsáveis, incutindo-lhes assim uma consciência cívica. À espera da inauguração das recentes obras de modernização da Parque Escolar, a Escola Básica e Secundária de Ferreira de Castro, tem pela frente um grande desafio: reorganizar as actividades e projecto educativo nas renovadas e aumentadas infra-estruturas. Página Exclusiva 79 Portugal Inovador Agrupar para educar Optimizar recursos e operacionalizar de forma mais consistente os objectivos definidos para cada escola são dois pilares fundamentais do Agrupamento de Escolas de Nogueira, em Braga. Este existe formalmente desde 2001, mas como explica José Matos, director do Agrupamento, “sempre existiu uma concertação na acção entre as escolas, com actividades comuns”. O Agrupamento, com sete jardinsde-infância, oito escolas do 1º ciclo e uma EB2/3 procura integrar todas as escolas no mesmo projecto educativo sem cercear a identidade e iniciativa de cada uma. Como explica José Matos “não há hiatos na sequencialidade entre as diversas escolas”, pois todas se inserem no mesmo percurso e projecto, opi nião partilhada por Sandra Vieira, subdirectora do Agrupamento. Assim, o Agrupamento de Escolas de Nogueira favorece um percurso sequencial dos alunos abrangidos pela escolaridade obrigatória na área pedagógica das freguesias de Nogueira, S. Paio D’Arcos, Morreira, Esporões, Trandeiras, Fraião, Lomar e do Bairro Nogueira da Silva (S. Lázaro). Uma escola de sucesso e de qualidade para todos A sede do Agrupamento funciona Página Exclusiva 80 na Escola E.B. 2/3 de Nogueira, onde estão instalados os órgãos de administração e gestão e onde se planeiam todas as actividades comuns às várias escolas. Com um corpo docente muito estável e próximo dos alunos, a EB 2/3 de Nogueira participa em vá rios projectos relacionados com o ambiente. “Ao nível do ambiente, estamos na vanguarda”, afirma José Matos. Estas actividades primam por envolver sempre a comunidade educativa, passando não só pelos pais e encarregados de educação, mas também por ou tras entidades, tais como Juntas de Freguesia. Integrar os alunos em actividades ambientais e envolvê-los ao nível da comunidade “torna-os mais cúmplices”, diz o director do Agrupamento, salientando que lhes dá mais responsabilidade e sentido cívico. A ligação à comunidade acontece também com os cursos CEF - Cursos de Educação Formação de Jovens.Sandra Vieira, subdirectora do Agrupamento, orgulha-se do patamar que a escola já alcançou nestes cursos, pois são as próprias entidades que procuram os seus alunos para lá estagiarem e neste momento “a escola já se permite seleccionar as entidades”. Actualmente com um curso de “Hotelaria e Serviço de Mesa e Bar” a funcionar em pleno, a escola EB 2/3 de Nogueira proporciona aos alunos aulas práticas nas quais estes começam progressivamente a servir algumas das pessoas Portugal Inovador como a oferta de um livro a cada aluno, no dia do seu aniversário (DST). O Agrupamento de Escolas de Nogueira atingiu um elevado prestígio na sua comunidade, sustentado num ensino de qualidade: “hoje em dia temos uma escola muito segura e com um nível de sucesso que nos permite definir novas metas de qualidade” termina o director do Agrupamento, José Matos. mais influentes da zona e “sentem reconhecimento e orgulho em ves tir o fardamento próprio do Agrupamento” remata Sandra Vieira. O equilíbrio entre as escolas e a comunidade verifica-se também através da participação dos alunos em actividades de solidariedade social. Há ainda parcerias importantes entre entidades da zona e a comunidade escolar, em projectos de relevante impacto educativo, Página Exclusiva 81 Portugal Inovador O Futuro começa aqui “Escola, espaço e tempo de mudança em que se aprende, fazendo, as coisas da vida.” Situada nas margens do Douro, a Escola Profissional de Desenvolvimento Rural da Régua é, pela sua essência, uma escola que nasceu e se desenvolveu naturalmente. O ensino profissional, na cidade do Peso da Régua, inicia-se na década de 70 com a implementação da Secção Agrícola da então Escola Técnica da Régua. Nos pós 25 de Abril, com o encerramento das então Escolas Industriais e Comerciais, surge como Secção Técnica da Escola Secundária João de Araújo Correia, que finalmente se autonomiza originando a Escola Secundária do Rodo, exclusivamente com cursos técnico-profissionais de agricultura e da via profissionalizante. Em 1992, é criada a Escola Profissional Agrícola do Rodo que minis tra os cursos profissionais de Gestão Agrícola e Vitivinicultura. Em finais da década de 90 diversifica a oferta formativa com os Página Exclusiva 82 cursos de Turismo Ambiental e Rural e Controlo de Qualidade Alimentar. Com esta necessidade de responder aos desafios da ruralidade em que se integra, visando uma diversificação da oferta formativa tendente à criação de uma escola de carácter, multidisciplinar e multi-nível, altera a sua denominação para a actual. É no ano lectivo de 1998/99 que Luís Veyrier Maduro, chega à escola. Mais tarde e como director da escola, já em 2007 começa um processo de expansão da escola, propondo-se a enchê-la em dois anos. Objectivo cumprido, a Escola passa de 180 alunos para a 600 em dois anos exactamente. De 11 turmas constituem-se 36, de 40 professores o número cresce para os 119, chegando agora a Escola ao título de escola de âmbito nacional: “Este ano lectivos chegaram-nos alunos de 53 concelhos do país, entre continente e ilhas (24 alunos dos Açores) e alunos de uma comunidade caboverdiana. Temos alunos que vêm desde Bragança até ao Algarve, e podemos dizer que só 28% dos nossos alunos vêm da Régua”, re fere o director. Uma escola diferente Sinónimo de aprendizagem para a vida, e Escola Profissional de Rodo, numa forma continuada e sistemática, disponibiliza, a todos os seus alunos, a possibilidade de se capacitarem para a realidade laboral, com todos os avanços do conhecimento científico e tecnológico do mundo contemporâneo. “Umas das premissas que nós incentivamos aqui porque achamos fundamental: não podemos ser uma escola normal, temos que inovar”, diz Luís Maduro. Sendo o Douro uma região pouco povoada, o director aposta na divulgação da oferta formativa Portugal Inovador Página Exclusiva 83 Portugal Inovador diferente da sua Escola: “no ano de 2009 estivemos nas feiras de Educação, mas tiveram pouco impacto. Este ano resolvemos levar os nossos alunos dos cursos de termalismo e SPA, de culinária e pastelaria e restaurante bar. Fabricamos e oferecemos crepes, fizemos massagens e tivemos animação social para animar e ter uma dinâmica diferente. Subitamente recebemos muitos alunos interessados”, diz à revista. Com 15 cursos do nível III em funcionamento, a em dia a escola entende que não pode viver só vocacionada para a agricultura. “Com o rasgar das estradas chegaram novas gentes, veio o turismo, veio a hotelaria, a restauração, os serviços… e nós temos que servir essas áreas e abrir o leque de oferta formativa”, diz. Dando especial atenção aos sectores carenciados e inovadores, com o exemplo das redes de cabo e fibra óptima ou Página Exclusiva 84 as energias renováveis, a escola inova na criação de cursos. No entanto, Luís Maduro faz questão de vincar que a escola não abre nenhum curso para o qual não esteja completamente equipada: “ a Escola Profissional da Régua é a única escola que tem na componente tecnológica e prática pessoas da profissão a trabalhar. Como exemplo temos o caso do curso de termalismo onde temos um médico, uma fisioterapeuta e uma enfermeira, e no de cozinha e pastelaria um Chef de cozinha que trabalha em restaurantes distintos, com formações internacionais”. A aposta desta escola passa assim pelo rigor profissional, não queremos o sucesso escolar fácil e investindo fundamentalmente no mundo empresarial. “Quase sempre os nossos alunos ficam a trabalhar nas empresas onde esta giam e mesmo depois se perderem o emprego por algum motivo, contactam a escola e nós novamente os lançamos para o mercado de trabalho. A nossa escola não só faz a formação como oferece uma colocação no mercado de trabalho e ainda a actualização da formação depois dessa colocação, com cursos de formação e formações modelares e pontuais”, acrescenta ainda o director. O sucesso do trabalho realizado nesta escola irreverente é notório quando falamos de abandono escolar: “nesta escola há muito pouco abandono escolar, porque nós temos muitas iniciativas. Os nossos alunos têm muitas visitas de estudo e continuamos a oferecer aos nossos residentes quatro refeições diárias, os livros, fotocópias, as visitas de estudo, as fardas de trabalho e ainda as deslocações para as empresas feitas nas nossas carrinhas. Paga mos tudo aos nossos alunos e procuramos sempre os melhores locais de estágio. O que faz com que o incentivo para frequentar a escola seja grande” diz orgulhosamente o professor Maduro. A dimensão Uma das valências da Escola Profissional da Régua é sem dúvida a sua dimensão. Com complexos de residência masculina e outra feminina, possuí ainda um enorme pavilhão gimno-desportivo, um anfiteatro e o complexo escolar em si. Uma estufa de 1000m2 com 5 sistemas de regra programados tecnologicamente e uma adega, sendo a escola produtora e engarrafadora de vinho do Porto com a marca própria “Quinta do Rodo”. Por último, como postal de entrada a escola possui ainda uma parte em pedra da quinta antiga que é um restaurante pedagógico. Como mensagem final, o director da escola deixa aos seus actuais e futuros alunos: “O futuro é uma construção muito pessoal e o futuro começa aqui! Portugal Inovador Requalificar o ensino Recentemente requalificada no âmbito do Programa da Parque Escolar, a Escola D. Maria II em Braga destaca-se pela adaptação às novas realidades educativas. Os novos espaços permitiram uma nova organização pedagógica, dotando a escola de valências sociais até então inexistentes, como áreas de convívio, tanto para alunos como para professores. Vasco Grilo, director da escola, salienta a importância destas novas estruturas, “o objectivo é criar espaços de educação informal, onde os alunos possam organizar actividades, fazer exposições, confe rências, entre outras actividades”. A Escola Secundária D. Maria II, fundada em 1964, como liceu femi nino, mantém ainda hoje a fachada original, apesar da enorme reno vação. Dotada de novos espaços e valências, a escola conta hoje 1100 alunos, maioritariamente do ensino secundário e 3º ciclo, embora exista uma oferta de cursos profissionais na ordem dos 15% a 20% e ainda cursos EFA – Cursos de Formação e Educação para Adultos – que funcionam em horário pós-laboral. Com actividades extra-curriculares diversas a escola tem-se distinguido em vários projectos, tendo sido já galardoada com um prémio da fundação Elídio Pinho no âmbito da astronomia e um 2º prémio a nível europeu, com o mesmo projecto. A escola privilegia também as áreas cultural, social e desportiva, com a existência de clubes de tea tro, xadrez, artes e promovendo várias visitas de estudo, palestras, exposições, conferências e campanhas de solidariedade. Para Vasco Grilo estas actividades são fundamentais, uma vez que a educação formal tem que cami nhar lado a lado com a educação informal, motivo pelo qual existiu um cuidado particular na renovação dos espaços não-formais da escola. No entanto, explica o director, “deu-se primazia aos espaços de sala de aula, tais como laboratórios e outras salas específicas para as artes e novas tecnologias”. Esta recente remodelação fica marcada também pelas normas ambientais que exigem que todos os locais de trabalho sejam dotados de sistemas de renovação de ar e de climatização que favorecem o conforto dos alunos e de todo o pessoal docente e não-docente. A Escola D. Maria II tem actualmente estruturas que permitem uma nova organização pedagógica, mais centrada no currículo dos alunos, no sucesso escolar e na qualidade da acção educativa. Página Exclusiva 85 Portugal Inovador Aprender ao ar livre A Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento de Marco de Canaveses (EPAMAC) surgiu em 1989 integrada no regime particular e cooperativo, passando a ensino público em 2000. Preparar os jovens para o mundo do trabalho na área agrícola, do desenvolvimento rural e animal, é o objectivo da instituição. Uma escola aberta A EPAMAC surgiu para reduzir o défice de profissionais na área agrícola no concelho de Marco de Canaveses, dadas as lacunas existentes – zona onde predomina o sector primário. Mantendo sempre a matriz agrícola, a determinada altura a instituição começou a oferecer cursos direccionados para a área do turismo ambiental e rural. Oferta Educativa Ao longo dos seus 22 anos de existência, a escola foi crescendo, acolhendo mais alunos e mais cursos, sendo que neste momento oferece cinco formações diversificadas. Na vertente dos Cursos de Educação e Formação (CEF) de nível II, a escola disponibiliza o curso de Jardinagem e Espaços Verdes. No ensino profissional de nível III (equivalência ao 12º ano, que permite o ingresso no ensino superior), existe o curso de Técnico de Produção Agrária e o curso de Técnico de Turismo Ambiental e Rural. Na formação de nível IV – Curso de Especialização Tecnológica Página Exclusiva 86 (CET’s) – (exigem que haja um protocolo entre a Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento de Marco de Canaveses e uma instituição de ensino superior. A EPAMAC tem um protocolo com o Instituto Superior de Viana do Castelo, através da Escola Superior Agrária de Ponte de Lima), oferecendo formação no curso de Gestão de Animação Turística em Espaços Rurais e o curso de Cuidados Veterinários. No próximo ano lectivo 2011/2012, a escola vai reabrir o curso profissional de Técnico de Gestão Cinegética e apostar no curso profissional de Técnico de Gestão Equina. A EPAMAC dispõe de uma exploração agrícola com 100ha, é a representação de uma verdadeira exploração agrícola. Actualmente, a escola tem em funcionamento uma vacaria com 60 vacas lei teiras; vinhas e uma adega com produção de cerca de 50 pipas de vinho por ano; cerca de 3 ha de pomares; um viveiro de trutas; faz criação de perdizes e coelhos bravos; produz mel e compotas e, este ano, apostou na transformação de produtos de origem animal. “Com todas estas valências, ofe recemos a garantia de qualidade quer pelos equipamentos e pelas condições fundiárias da exploração, quer também pela qualidade dos nossos recursos humanos”, informa Victor da Costa Vitor, director da instituição. Alunos com futuro “A EPAMAC tem mantido, anualmente, a oferta de cursos na área agrícola alcançando bastante su cesso que nos chega através do feed-back de vários alunos que concluíram o curso nos últimos anos”. O mais recente estudo Portugal Inovador r ealizado pela escola indica que, até três anos após terminarem o curso, 80% dos alunos estão no mercado de trabalho, sendo que 50% trabalham na área de formação. “Este facto está intimamente ligado a um crescente nível de sucesso que a escola tem vindo a alcançar e a um estreitamento de relações com as empresas da região”. O ensino na EPAMAC é totalmente gratuito. “Os alunos que frequentam a escola não pagam nada alimentação; transporte; material pedagógico; visitas de estudo... A escola tem os mecanismos que permitem que o ensino seja to- talmente gratuito, o que é uma grande oportunidade para as famílias que têm mais dificuldade em manter os seus filhos a estudar. O facto de termos a valência de internato facilita mais ainda a vida de alguns destes jovens. Este ano, a escola disponibiliza fruta aos alunos, gratuitamente, bem como um copo de leite e uma sande, por manhã e tarde. Futuro A escola tem realizado nos últimos anos um trabalho de diversificação da formação e também de requalificação do seu espaço físico. “Neste momento, já ultrapassámos a nossa capacidade máxima real, tivemos até que alugar um contentor sala de aula. O futuro tem que passar por uma intervenção da tutela, através da construção de novas instalações, algo que reclamo há muitos anos. Só a partir daí poderemos perspectivar o futuro”, conclui o director. Eventos para o exterior - Festa das vindimas e desfolhada tradicional; - Largadas de caça; - Provas de BTT; - Gincana de tractores agrícolas; - TRIAL; - Encontro Equestre da EPAMAC; - Mostras gastronómicas - Provas de vinhos e de produtos tradicionais; - Feira de turismo; - Colóquios, palestras, seminários, etc. Página Exclusiva 87 Portugal Inovador Engenharia com identidade A Newton elabora projectos de Engenharia para construções novas, remo delações e também peritagens. De acordo com os seus sócios-gerentes, José Carlos Lino e Eulália Soares, a empresa “tem consolidado uma imagem de diferenciação assente no rigor e atenção que dedica a cada um dos seus projectos, sempre abordados de forma individual, única”. roviária e em todos eles nos foram colocados grandes desafios. As dinâmicas impostas pelas promotoras comerciais quer em termos de metodologias de construção, quer de urgência, quer de preço tornam estas obras bastante exigentes. Destacamos também o Centro Cultural de Ílhavo como uma obra bastante complexa e na qual existiu uma forte interligação entre engenharia e arquitectura”, explica o engenheiro civil e sócio‑gerente. Ao longo dos quase 22 anos de vida a Newton tem vindo a dar passos firmes “mesmo com a crise que se abateu no país e sobre o sector da construção em particular”, assegura José Carlos Lino. A empresa do Porto trabalha com ateliês de arquitectura, emprei teiros, entidades públicas, e promotores comerciais e imobiliários para os quais faz projectos de engenharia, análise de avarias, peritagens, além de por vezes também prestar consultoria de apoio a reconstruções. “Por vezes recorrem a nós, Arquitectos que pretendem efectuar alterações complexas na compartimentação de Página Exclusiva 88 uma casa, ou na distribuição dos seus pisos”. Na Newton trabalham engenheiros especialistas em estruturas, hidráulica, electrotecnia, acústica, térmica e segurança. Do seu portefólio constam: edifícios comerciais e habitacionais, equipamentos culturais, desportivos, espaços de saúde, e infra-estruturas na área do ambiente tais como ETARES, ETAS e Centrais de Valorização Orgânica. “A equi pa tem sorte de possuir no seu currículo obras bastante interessantes do ponto de vista da concepção e do cálculo. Por exemplo, os centros comerciais normalmente são vistos como um tipo de obra menos nobre para a área da engenharia, o que, connosco, não tem sido verdade. Já participamos aproximadamente numa dezena destes grandes projectos, nomeadamente o Ria Shopping em Olhão, o Serra Shopping na Covi lhã, a ampliação do Arrábida Shopping, o Estação Viana Shopping, no qual a praça de alimentação se localiza por cima de uma linha fer- Por trás do Terminal de Cruzeiros de Leixões Neste momento a Newton está envolvida em cerca de 20 obras, tendo sido terminada recentemente uma das “remodelações mais importantes do IPPAR”: o Mosteiro de São Martinho de Tibães, como referem José Carlos Lino e Eulália Soares. “Uma obra em que já trabalhamos há quase 20 anos. Tem Portugal Inovador estado sempre em constante remodelação”. Mas, neste momento, “a nossa obra mais emblemática, é o novo Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões. A sua arquitectura arrojada, conceptualizada, e interligada com a engenharia de estruturas, e a sua importância estratégica para a região, fazem dela uma obra ímpar e um ex-libris que atrairá muitos visitantes”. A infra-estrutura promovida pela APDL, está a ser construída junto ao molhe sul do Porto de Leixões, portanto bem dentro do mar, a várias centenas de metros da costa, custará cerca de 50 milhões de euros e estará concluída em 2013. O edifício em si terá a função de terminal marítimo para passagei ros, com a respectiva alfândega e serviços acessórios, albergará também o CIIMAR (Centro Interdisciplinar de Investigação Mari nha e Ambiental) ligado à Universidade do Porto bem como outras unidades de investigação ligadas à Ciência e Tecnologias do Mar, incluindo exposições de ciência viva. Na elaboração do projecto a Newton fomentou a sua ligação aos meios académicos e de investigação, em particular à Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, bem como a empresas de tecnologias de ponta na cons trução. As variáveis mais difíceis de trabalhar neste projecto foram, de acordo com José Carlos Lino, “a agressividade do meio marítimo, nomeadamente os problemas de corrosão causados pela saturação de cloretos na atmosfera, os aspectos relacionados com as fundações junto ao molhe e a cerca de 10 metros de profundidade bem como a complexidade estrutural do edifício, em particular das suas grandes lâminas em betão armado, aparentando fitas que se enrolam envolvendo o edifício”. A Newton já trabalha também em Marrocos, Moçambique e Angola, através de parcerias com empresas de construção instaladas nesses países, para quem faz assessoria nas áreas de projecto e estudos. “O Estado marroquino elogiou o trabalho que desenvolvemos para a empresa de construção com quem nos associámos, a Eusébios, com a qual já concluímos dois sistemas de tratamento de águas residuais e onde estamos a trabalhar actualmente noutros tantos”. Em Moçambique, a empresa realizou em parceria e juntamente com um consórcio constituído pela Mota Engil e Soares da Costa uma aldeia olímpica e um equipamento de piscinas de competição para os jogos PAN-Africanos que se realizarão em Setembro deste ano. “Não colocamos de parte a hipótese de nos estabelecermos num destes países. Mas as dificuldades para nos implantarmos lá, isoladamente, seriam muitas, pelo que temos preferido criar postos avançados de controlo das obras onde prestamos um acompanhamento muito próximo, indo ao local e esclarecendo dúvidas, mas concentrando os nossos serviços de cálculo em Portugal”. As possibilidades de alargamento a outros países, concretamente aos pertencentes à UE, serão potenciadas pela nova legislação uniformizada dos projectos a qual os passará a validar em toda a Europa. Com softwares de projecto no mercado A completar a sua actividade, a Newton também trabalha no desenvolvimento de software de apoio aos projectistas. “Pouco tempo após a nossa criação, desenvolvemos um software de cálculo de estruturas que foi um sucesso comercial durante muito anos. Esta actividade de I&D permite-nos simultaneamente melhorar a essência do nosso trabalho enquanto projectistas. Além de que é importante acrescentarmos know-how que possa vir a ser aproveitado pelas gerações vindouras”, conta José Carlos Lino. Actualmente, a Newton tem três produtos próprios no mercado, um software de cálculo de pórticos, outro de cálculo de lajes pré-fabricadas, e por último um de cálculo sísmico e de lajes fungiformes. “A nossa intenção é virmos a criar novos conceitos na maneira de abordar a informática para projectistas de Engenharia, e até no ensino destas matérias, desenvolvendo programas que possam ser bem aceites por diferentes níveis de utilizadores”. O seu departamento de investigação, ultimamente, tem-se dedicado a intensificar este tipo de desenvolvimentos. A estratégia global continuará a passar pela aposta na inovação, ao nível da atitude e do resultado final, constituindo as bases sólidas dum crescimento sustentado. Página Exclusiva 89 Portugal Inovador Um típico sabor nortenho Notório tanto no atendimento como nos ingredientes utilizados, ao nível das carnes nacionais e do peixe fresco, o Assador Típico II abre ago ra no Bonfim, caminhando para se tornar referência na cidade do Porto. Excelência é o pilar em que assenta esta organização. Página Exclusiva 90 Portugal Inovador O Assador Típico é por si só uma história de sucesso, onde a luta pela qualidade deu a vitória a Salomé Costa, gerente do restaurante, e a toda a equipa que com ela colabora diariamente. Troféu de vitória Foi Francisco Bruçó o grande impulsionador dos três Assadores Típicos que hoje existem no Porto: o Assador Típico I, entre o Palácio de Cristal e o Hospital de Santo António, ao lado do Museu Nacional Soares dos Reis, o Assador Típico II, na freguesia do Bonfim, e o Assador Típico III, na Maia. Para Salomé Costa, o Assador Típico II representa uma homenagem ao falecido marido, Francisco Bruçó: “Esta luta foi também travada pelos meus filhos”, adianta, acrescentado: “Acho que foi uma vitória minha, mas acima de tudo foi uma homenagem”. Na batalha deste restaurante, a gerente contou com a preciosa ajuda de vários colaboradores, entre os quais, merecem especial destaque José Correia: “Isto no fundo também é feito por ele; a luta não foi só minha, foi dele, que era amigo do Francisco e se dedicou a isto de uma forma diferente com empenho, pois renovou isto em 23 dias”. O paladar que não mente Além da sua excelente localização, bem no centro da cidade do Porto, o Assador Típico II dispõe também de um espaço interior acolhedor, onde a decoração e envolvência agradáveis, convidam a uma boa refeição. “Apostei num restaurante em que qualquer pessoa se sinta bem”, afirma a gerente. A música de fundo, o desenho em L, a lona verde-azeitona e os materiais que nos remetem à terra, a par da simpatia de toda a equipa de funcionários, proporcionam a este espaço a sobriedade desejada. Mas é na cozinha que o Assador Típico II melhor expõe a excelência da sua fama. Salomé Costa aponta a cozinha como uma das suas clássicas paixões, dedicando a maior de todas as preocupações aos pratos que lá são confeccionados. No geral, garante, “toda a comida é boa”. As especialidades que já fazem muitos clientes procurarem o Assador Típico II são o cabrito assado, as tripas à moda do porto, a picanha, a posta mirandesa, as espetadas à transmontana e o exclusivo bacalhau à MARIALVA, recheado com alheira, pimento e presunto, idealizado inteiramente pela gerente do restaurante. Natural de Mogadouro, Trás‑os-Montes, foi José Francisco Bruçó quem trouxe as especiarias mirandesa e transmontana ao As- sador Típico, nome atribuído também por ele. A luta neste momento é acima de tudo pela qualidade do serviço. “Os equipamentos são todos novos, até para podermos reduzir o custo da electricidade, ter me lhor aproveitamento dos produtos que usamos, e, acima de tudo, ter mais qualidade”, explica Salomé Costa. Num bom restaurante nunca podem faltar as boas sobremesas, e nessas, também o Assador Típico II é especialista. O leite creme e a mousse de chocolate, apreciados por tantos, marcam a diferença pelo sabor típico que já foi testemunhado. “Uma casa que é de todos” Durante a hora do almoço a afluência tende a ser maior, com o Página Exclusiva 91 Portugal Inovador tos agradáveis e únicos aos seus clientes, aliados à melhor relação qualidade/preço, é a missão da simpática equipa do restaurante. “Estamos sempre abertos a que as pessoas nos digam se está tudo bem, e o que pode melhorar, porque é para eles que a casa funciona”, assegura Salomé Costa. A fidelização já criada é a grande prova de satisfação dos consumidores, numa casa que pretende ser vista como uma referência no ramo da restauração. Futuro com garra público diversificado que faz uma pausa na sua hora de refeição para vir saborear alguns dos pratos mais típicos da casa. A sala tem uma capacidade para 130 pessoas, havendo até a possibilidade de realizar eventos de maior dimensão como comunhões, baptizados, entre outros. A pensar em todas as faixas etárias e classes sociais, os preços são bastante acessíveis. “Eu prefiro ganhar pouco de cada vez, mas vender muito - porque aí o cliente vem todos os dias -, do que ganhar muito um dia ou dois, mas nunca saber se é certo”, afirma a gerente. Assim, os preços praticados agradam a todos os clientes. Honestidade e profissionalismo Página Exclusiva 92 são valores que nunca falha ram durante todo o percurso de crescimento do Assador Típico II. A preocupação com o cliente, buscando a sua satisfação total é uma máxima por que se rege a equipa do restaurante. “No fundo, esta é uma casa que é de todos”, confessa Salomé Costa, “é dos funcionários, minha, dos meus filhos e dos clientes”. Atendimento personalizado No lugar recatado da Rua Nova de São Crispim, onde paira o sossego e serenidade, paira também a harmonia dentro das portas do Assador Típico II. Criar empatia e amizade com todas as pessoas, através de uma palavra amiga, proporcionando momen- Satisfeita com o projecto, Salomé Costa aponta o dia 23 de Março, dia da abertura do restaurante ao público, como o momento mais importante de toda a trajectória. Contando com o empenho e dedicação de todos os que sempre estiveram do seu lado, Salomé Costa garante a vontade de levar o restaurante para patamares de êxito num futuro próximo. Acompanhando já a gerente no trabalho, está a filha mais nova, Salomé Burçó, que adoptando o nome da mãe, adoptou ainda a garra do pai. Salomé Costa deixa o convite a todos os leitores para aqui desfrutarem de uma refeição agradável, num ambiente que apela também a uma boa companhia. O Assaodr Típico aposta na qualidade em todos os níveis e pretende ser reconhecida pelos seus clientes, funcionários e fornecedores como sinónimo de ética e sucesso, através da constante melhoria dos seus produtos e serviços. Portugal Inovador Auditoria é uma mais-valia A revista Portugal Inovador visitou a sociedade de revisores de contas Ribeiro, Pires & Sousa, SROC – constituída em 1990, no Porto – de forma a dar a conhecer o trabalho realizado por estas entidades. A auditoria é um serviço prestado por profissionais credenciados, de forma competente e independente, com o objectivo de certificar se as contas das empresas, respeitando as normas contabilísticas, fiscais e outras disposições legais, traduzem o seu património e o resultado das operações num determinado período. O nosso entrevistado, Rui de Sousa, revisor oficial de contas da Ribeiro, Pires & Sousa explica-nos a situação actual desta actividade, nomeadamente a forma como é encarada pela generalidade dos gerentes e administradores. “Os empresários entendem a auditoria/revisão legal de contas como uma imposição legal e encaram os auditores como profissionais que podem deixar a descoberto algum aspecto menos positivo da sua gestão”, explica. “A auditoria/ revisão legal de contas deverá ser considerada, para a empresa, uma mais-valia que se consubstancia na credibilização das suas contas, as quais reflectem também o desempenho dos seus gestores, perante terceiros (investidores, banca e credores, entre outros) ”, continua o revisor de contas. Rui de Sousa e Calvão Pires são os sócios da Ribeiro, Pires & Sousa. A sua actividade apoia-se na área da auditoria e revisão de contas, consultadoria nas áreas contabilística, financeira e fiscal e ainda na formação interna e externa. Oriundos da Inspecção Geral de Finanças, onde exerceram funções por mais de 15 anos, os revisores gerem esta sociedade que está inscrita na Comissão de Mercado de Valores Imobiliários, como auditores externos de empresas com valores cotados, estando também credenciada pelo Departamento para os assuntos do Fundo Social Europeu, pelo PROCOM, pelo Programa Energia, pelo IFDR, pelo IP, pelo POE e também pela AICEP. Com mais de 130 clientes, a Ribeiro, Pires & Sousa preocupa-se em desenvolver um trabalho de rigor, desenvolvendo a auditoria com o melhor padrão de qualidade, respeitando as normas de auditoria, apresentando aos seus clientes sugestões de melhoria no âmbito do controlo interno e do cumprimento dos normativos contabilísticos aplicáveis. Página Exclusiva 93 Portugal Inovador Aconselhamento favorável A Process Advice – Consultoria, Auditoria e Assessoria de Gestão Lda., é uma empresa de consultoria, auditoria e formação, especializada em intervenções orientadas para a obtenção de ganhos de eficiência e inovação organizacional. Com um know-how adquirido de 12 anos, a empresa actua em diversos sectores de actividade visando o robustecimento da capacidade competitiva dos seus clientes. Entre os seus clientes contam‑se empresas/entidades do sector privado (comércio, industria e serviços), público (Câmaras Muni cipais, Juntas de Freguesia, Hospitais, etc.) e do terceiro sector (Sector Social). Nos últimos três anos, a Process Advice orientou-se mais concretamente para o sector social, tendo desenvolvido acções de formação e consultoria no âmbito da ISO 9001, em consonância com os manuais da Segurança Social. A metodologia de trabalho da Process Advice é orientada pela preocupação do máximo envolvimento dos colaboradores e dirigentes das entidades – clientes, nas intervenções visadas; assim, garante-se a efectiva transferência de know-how evitando a criação de situações de dependência ao cliente. A Process Advice dispõe de um Página Exclusiva 94 quadro técnico de competências multidisciplinar, qualificado e treina do para a prestação de serviços de qualidade superior nos seus domínios de intervenção. Sempre que se justifique, por razões de complementaridade técnica ou de reforço da capacidade de resposta, a Process Advice trabalha em network com profissionais adequadamente qualificados e experientes, permitindo assim respostas flexíveis e superiormente qualificadas, aos desafios a vencer. A Process Advice reuniu, desde o início da actividade, mais de 500 clientes mantendo com a maioria destes, diversos negócios ao longo dos anos. A actividade da empresa foi desde logo dedicada para intervenções de consultoria e formação, destinadas a desenvolver factores de competitividade como a produ- tividade, a organização, a valorização profissional, a modernização e reforço da capacidade técnica e Áreas de Competência e Intervenção - Consultoria na implementação de sistemas de gestão - Auditorias a sistemas de Gestão (Qualidade, Ambiental, Segurança Alimentar, Higiene, Segurança e Saúde no Trabalho, Responsabilidade Social, Energia, Investigação, Desenvolvimento e Inovação, Informação) - Formação - Benchmarking - Balanced Scorecard - Elaboração de Relatórios de Susten tabilidade - Implementação da norma 27001:2005 Portugal Inovador organizativa, a racionalização de recursos e a qualidade em diversas empresas. A empresa encontra-se certificada pela DGERT como entidade formadora. Em 2004 a APCER - Associação Portuguesa de Certificação reconheceu que a Process Advice reúne as condições necessárias à certificação do seu Sistema de Gestão da Qualidade implementado em conformidade com a norma NP EN ISO 9001, ao emitir o Certificado de Conformidade APCER, acompanhado do Certificado IQNet – Internacional Certificacion Network. Esta certificação abrange o âmbito da prestação de serviços em Gestão Organizacional incluindo a implementação e manutenção de Sistemas de Gestão da Qualidade, Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, Ética e Responsabilidade Social, Investigação, Desenvolvimento e Inovação, gestão ambiental e realização de auditorias. Paralelamente, importa salientar que a empresa está reconhecida pelo IAPMEI como entidade nacional de Benchmarking. Todo o crescimento que a Process Advice tem registado ao longo dos anos foi acompanhado por diversos investimentos, nomeadamente na formação permanente do quadro técnico e num sistema de informação evoluído. Recentemente a empresa expandiu as suas instalações a Lisboa, de forma a responder às necessidades de desenvolvimento da mesma. A Process Advice desenvolve formação profissional para todos os sectores de actividade com a principal preocupação de ajudar as instituições a melhorarem os seus métodos organizativos de trabalho e de gestão, tendo rea lizado acções nas áreas de Organização, Gestão, Comportamental – Recursos Humanos, Qualidade, Higiene e Segurança no Trabalho, Ambiente, Responsabilidade So- cial, Inovação, etc. De salientar ainda o facto de a Process Advice ser uma das entidades fundadoras e promotoras da Rede Nacional de Responsabilidade Social – RSO PT. Projecto SER Solidariedade De Excelência Reconhecida - Trabalhar com as Instituições de Solida riedade Social, conciliando a autonomia com a harmonização de níveis de eficiência e imagem externa de que cada um pode beneficiar; - Estimular dinâmicas de cooperação e competição inter e intra Instituições de Solidariedade Social promovendo a iniciativa e inovação; - Identificar, reconhecer, valorizar e repli car “melhores práticas”, mantendo um sistema permanente de um benchmar king. Página Exclusiva 95 Portugal Inovador Parceiro das IPSS A TSR é uma empresa de prestação de serviços na área de informática. Originalmente fundada por quatro profissionais de informática, experientes e altamente qualificados, o projecto é, actualmente, liderado por António Carlos Peixoto e Cácia Araújo. António Carlos Peixoto em conversa com a revista “Portugal Inovador” explica o trabalho realizado pela empresa: “Dedicamo-nos exclusivamente ao desenvolvimento de software, consultadoria, instalação, formação e acompanhamento do produto”. Sendo que o actual mercado está repleto de empresas que prestam este género de serviços, “o que nos diferencia é o facto de lidarmos directamente com o cliente, apostando num serviço extremamente personalizado”. Parceria com as IPSS A TSR dedica-se, essencialmente, à área das IPSS. “Este é um mercado muito específico tanto em termos de software, como na forma como lidamos com as pessoas”. Ao longo dos anos de trabalho junto das instituições, a TSR tem vindo a desenvolver os seus programas junto das instituições, prestando um serviço muito personalizado, que vai ao encontro das necessidades do cliente. “Damos formação sobre os produtos, fazemos a instalação, tudo presen- cialmente. Fazemos também questão de realizar uma demonstração do produto para que o cliente saiba o que está a comprar”. Sendo que para a TSR é fundamental ter o cliente satisfeito, muitos dos produtos já são vendidos por “passa a palavra. Trabalhamos com mais de 800 instituições espalhadas por todo o território nacional, inclusive ilhas”, revela o gestor. “Nós acreditamos na especialização que, no nosso caso, são as IPSS, só trabalhamos para empresas a pedido”, continua. Serviço de reconhecida qualidade O trabalho realizado pela TSR tem-lhe permitido, para além de angariar uma boa carteira de clientes, fazer verdadeiros amigos dentro das instituições. “São vários os clientes que nos ligam com regularidade, ganhamos muitos amigos. As pessoas já nos conhecem e tratam-nos pelo nome”, refere com orgulho António Carlos Peixoto. “Dá-nos muito trabalho colocar uma instituição a trabalhar. Recorremonos da nossa vasta experiência e Página Exclusiva 96 Portugal Inovador tentamos aconselhar e direccionar o cliente para o produto que melhor se adapta à sua situação”. A excelência dos produtos, a assistência rápida e personalizada e a grande qualidade de serviço, a baixos preços, tem permitido à TSR fidelizar o cliente. “Os nossos programas são complicados de desenvolver, mas simples de utilizar. Dado que, normalmente, as casas sociais estão muito desapoiadas, quando surgem dúvidas, quer ao nível informático, quer relativo a outro tipo de questões os clientes recorrem ao apoio telefónico da TSR, pois sabem que são logo atendidos”, salienta o gestor. Sendo uma empresa que aposta na qualidade e não na quantidade e tendo clientes espalhados por todo o país, a TSR trabalha bastante com assistência remota – com linhas esticadas, alta segurança – o que permite, rapidamente e “in loco”, controlar os passos que devem ser seguidos pelo cliente. “Isto permite uma assistência rápida e super eficiente, é como se estivéssemos ao lado do cliente”. Equipa polivalente A TSR é constituída por uma equipa de dez colaboradores especializados na área de informática, no entanto a empresa vive sob o lema: “Todos têm que ser polivalentes”, ou seja, quem desenvolve o produto, também presta atendimento ao cliente. Segundo palavras de António Carlos Peixoto, “só assim se consegue tomar consciência da realidade e das dificuldades dos clientes e produzir melhores produtos”. Futuro O futuro da TSR passa pelo desenvolvimento de novos produtos para as IPSS. “Com a entrada dos novos códigos contributivos e do relatório único, as IPSS vão ter que alterar todo o seu plano de contas e o nosso futuro imediato passa pelo desen volvimento de programas novos, assim como de métodos de transferência que sejam o mais simples possível para os nossos clientes”, conclui o gestor da empresa. Página Exclusiva 97 Portugal Inovador Organização de Produtores Com a entrada de Portugal na CEE a 1 de Janeiro de 1986, surge a iniciativa de se criar uma Cooperativa de Produtores de Pesca da Sardinha do Porto de Matosinhos, designada de Propeixe, tendo como actual presidente Agostinho da Mata. A Propeixe foi criada com o fundamento de concentrar numa única estrutura a frota de uma actividade com interesses comuns, preparando estratégias para enfrentar os desafios que se previam, como os problemas de ordem estrutural que já se faziam sentir e, inevitavelmente, se vieram a agudizar com a abertura das fronteiras. A Propeixe caracterizou todo o seu percurso com o objectivo de oferecer ao mercado um produto de qualidade superior, aumentar a rentabilidade de cada embarcação, aliando a estes factores a diminuição ou até eliminação, do recurso ao envio de sardinha para as fábricas de farinha. A empresa possui 22 embarcações associadas, em média com 20 tripulantes cada. Ao seu serviço directo conta com 20 colaboradores efectivos, empregando em actividades sazonais (períodos de 10 meses, durante a safra) cerca de mais seis a oito trabalhadores. Página Exclusiva 98 Medidas de modernização e expansão Foram várias as medidas adoptadas pela Propeixe para modernização e expansão dos seus associados. Para além da criação de seis armazéns para equipamentos de pesca no porto da Figueira da Foz, a cooperativa importou redes para a sua própria frota, dotando ainda todas as suas embarcações de recipientes (dornas) de polioretano para conservação do pescado, até ao seu desembarque no porto de pesca. A Propeixe adquiriu tam- bém uma frota de 72 empilhadores para desembarque e transporte do pescado dentro do recinto Doca pesca de Matosinhos, onde possui unidades de congelação próprias. Além de conservar o seu próprio produto nas câmaras frigoríficas, a cooperativa desenvolve uma actividade de prestação de serviços de congelação e conservação a frio a outras empresas ligadas ao sector. É de salientar que a Propeixe comercializa uma marca própria de produtos congelados e em conserva - linha de 46 produtos Propeixe - de qualidade superior e de feitura artesanal para distribuir em mercados específicos, estando neste momento, a entrar com sucesso no mercado externo. Política de qualidade nos processos A Propeixe tem uma equipa de técnicos residentes que implementa as normas HACCP nas embarcações, assim como em todos os processos de transformação e conservação a frio. Para além disso, investe na formação, divulgação e reciclagem periódicas do pessoal de manuseamento de produto, Portugal Inovador quer seja na pesca, quer seja na transformação. A cooperativa é apoiada ainda por uma equipa de técnicos externos que dá formação aos operadores de empilhadores, implementa e controla as normas de H.S.T., rea liza inspecções sanitárias periódicas a todo o processo (produção, transformação e armazenagem) e realiza auditorias e melhoramentos de processos assentes na utilização de novas tecnologias. A pesca da sardinha pelo cerco recebeu em 2010 a certificação de sustentabilidade e boa gestão da actividade piscatória, atribuída pelo Marine Stewardship Council (MSC), ao abrigo do programa internacional de pescaria. É pelo cumprimento da cooperativa de todas as exigências internacionais em vigor e pela criteriosa selecção de matéria-prima, assim como pelos processos de captura, transformação e conservação, que os produtos da Propeixe se distinguem e se situam entre os me lhores apresentados no mercado. Planos Futuros A Propeixe investe, continuamente, no melhoramento e/ou desenvolvimento de novos processos tecno lógicos (software) específicos e à sua medida, seja na gestão admi nistrativa, gestão de processos fabris e/ou estatística. O futuro da cooperativa passa pelo aumento da sua produtividade com os meios e instrumentos que possui e o aumento de instalações e capacidades de produção. Com alguns dos meios e ferramentas que já detém, a empresa pretende diversificar e expandir novas oportunidades de negócio, continuando a investir no alargamento do mercado externo. A criação de um posto abastecimento de combustível para as embarcações é um dos novos projectos que se prevê esteja concluído e em funcionamento ainda durante este ano. Página Exclusiva 99 Portugal Inovador No interior do Lar Foi na década de 70 que a benemérita Bárbara Tavares da Silva, habitante do concelho de Penamacor, doou todos os seus bens à Câmara Municipal, permitindo assim, em 1981, a constituição do Lar Dª. Bárbara Tavares Silva, actual (IPSS), que garante o apoio social à população. A revista “Portugal Inovador” esteve à conversa com Nuno Lucas, administrador da IPSS. “Fui convidado, há cerca de cinco anos, para fazer parte deste projecto e, como filho da terra, aceitei o desafio e voltei às origens”, explica o admi nistrador. Apoio à população do interior Penamacor é um concelho enve lhecido que sofre com a falta de assistência à terceira idade. O Lar é o único suporte a esta população, facto que muito indigna o administrador. “Infelizmente somos a única instituição que existe Página Exclusiva 100 no concelho de Penamacor”, revela Nuno Lucas. “Esta casa já não serve apenas de Lar é quase um hospital de retaguarda. Apesar dos poucos recursos, temos feito um grande esforço para manter colaboradores com experiência na área médica. No entanto, temos pouca capacidade de colocação para o número de utentes dependentes que nos pedem apoio, de maneira que decidimos avançar com o projecto de construção de uma Unidade de Cuidados Conti nuados - na Quinta Nossa Senhora do Incenso, pertencente à institui ção - de modo a aliviar a sobrecarga de utentes, garantindo-lhes melhores condições; assim como a melhoria e readaptação de um edifício já existente na Quinta, que acolhe 27 idosos”, continua. É objectivo do administrador levar avante estes projecto, para que se possa dar uma melhor qualidade de vida aos idosos. “São pessoas que trabalharam muito, passaram por muitas dificuldades e merecem um fim de vida digno. Apelo à população natural de Penamacor para não se esquecer das suas raízes e ajudar a instituição. Lanço o mesmo repto aos organismos e às entidades privadas para que intervenham em prol deste projecto. É importante que as pessoas o conheçam para que possamos em conjunto concretizá-lo”. Gestão rigorosa A gestão de duas unidades de apoio a idosos é uma tarefa com- Portugal Inovador plicada, daí que a sinergia entre instituições seja fundamental. A nova unidade, na Quinta Nossa Senhora do Incenso, vai ter a capacidade para acolher 80 utentes e, futuramente, vai substituir a actual sede/ lar da instituição. Construir a nova unidade vai aliviar a gestão do Lar, dadas as sinergias existente com a equipa de saúde, o que permite que este funcione com poucos custos. Para além disso, este espaço vai estar também equipado para aproveitamento das ener- gias renováveis. “Na Unidade de Cuidados Continuados já está prevista a diminuição de custos operacionais. Apresentámos uma candidatura ao QREN para a construção de um solar térmico de aquecimento das águas sanitárias que, esperamos, venha a ser aprovada dado que vai ser fulcral na poupança do aquecimento da água”. A racionalização dos recursos e o reaproveitamento das novas tecnologias é uma das prio ridades do Lar que, para além disso, construiu uma cozinha industrial que produz as refeições para todas as valências espalhadas por cinco freguesias do concelho - Pedrógão de S. Pedro, Bemposta, Águas, Vale da Nossa Senhora da Póvoa e Meimão. A lavandaria concentrada foi também um investimento que pretende diminuir os recursos financeiros disponíveis. “A autonomia da instituição é fundamental para que no futuro possamos manter a saúde do ponto de vista financeiro”, conclui o administrador. Página Exclusiva 101 Portugal Inovador Empresa do século passado com ideias de futuro! E se lhe dissessem que o rei de Espanha Juan Carlos I ou até mesmo o presidente de Angola José Eduardo dos Santos cortam o cabelo numa cadeira de barbeiro portuguesa? É verdade. Quem as fabri ca é a Casa Espanhol, instalada em Famalicão. Viajemos até ao passado, cerca de 60 anos atrás. Foi nessa época que António Sá Fernandes regressou à sua pátria depois de 21 anos em terras da Galiza. De lá trouxe a alcunha de “Espanhol”. Tempo de cumprir a Página Exclusiva 102 recruta militar por terras Lusas e aí o “Espanhol” dedica-se à profissão de barbeiro na tropa. Começa por cortar uns cabelos, mas o seu engenho não o deixaria ficar por ali. Mais tarde, apercebe-se que existiam muitas cadeiras de barbeiro/cabeleireiro a envelhecer e ninguém que as renovasse. Com o seu espírito empreendedor decidiu então, começar por restaurar cadeiras antigas. Seguiram-se dez anos de restauros que lhe deram o “know-how” necessário para idealizar a sua própria cadeira e assim começar um mercado exclusivo. Estava lançada a primeira pedra da Casa Espanhol. Em 2006, André Granja, neto que perseguia o avô “Espanhol” desde pequeno em todas estas andanças, veio dar continuidade a esta obra com um novo projecto. Fazendo a sua formação em Contabilidade Empresarial no Ensino Superior, decide perseguir o sonho do avô. Mudanças significativas foram feitas. O que era uma pequena loja com aproximadamente 40m2 e uma pequena oficina - onde se produziam e restauravam as cadeiras - deu lugar há cerca de cinco anos a um amplo espaço de 1000m2 de loja com as valências de venda de produtos de cosmética e estética a profissionais, e uma fábrica própria de restauro e produção de cadeiras de barbear com todas as condições e maquinaria. A moderna Casa Espanhol, localizada em Vila Nova de Famalicão, tem vindo desde então a aumentar o seu potencial e a investir no seu “know-how”- as cadeiras de barbear com fabrico artesanal. Em 2007, o novo administrador deste sonho, André Granja, reúne a sua equipa e juntos começam a perceber as necessidades dos clientes. “Com o fabrico das cadeiras veio a necessidade de produção do resto do mobi liário de salão, e com a produção do mobiliário a necessidade de realizarem projectos chave na mão”, refere. Uma nova etapa chega então aos braços da Casa Espanhol: realizar todos os projectos das obras que Portugal Inovador Página Exclusiva 103 Portugal Inovador pre a restaurá-las modernizando-as”, refere. Este processo de transformação tem ainda a possibilidade de ser acompanhado directamente na fábrica pelo cliente, sempre que o mesmo entender. Falamos aqui de peças que apesar do seu preço elevado de restauro -entre os 750 e os 1000 euros- são um investimento. “Quem compra uma cadeira da Casa Espanhol, nunca mais troca” tem a empresa como lema. O Futuro lhes eram propostas. O cliente desta casa de gabarito na arte da barbearia “ é normalmente aquela pessoa que vê as cadeiras em barbearias ou cabeleireiros mistos e quer peças como as nossas, únicas. Dirige-se à Casa Espanhol e normalmente pede também para tratar do espaço”, diz o administrador à revista Pessoas & Negócios. A Casa assegura a originalidade, garantindo que não faz nenhum espaço igual. O fabrico é 100% português, desde as fábricas com quem a empresa mantém parcerias até ao próprio fabrico. E assegura que “em cadeiras de barbearia pode competir com qualquer país”. Para além de trabalhar em todo o território nacional, a Casa Espanhol também opera em Espanha e orgu lha-se de ser a única empresa de Página Exclusiva 104 fabrico e restauro de cadeiras em toda a Península Ibérica. Querendo evidenciar e progredir no seu forte - o restauro, a Casa Espa nhol dá então prioridade a esta valência sendo que 90% dos produtos em fábrica são restauros. “O que costumo pedir às pessoas é que se têm cadeiras antigas que as restaurem, com um ar moderno, padrões à escolha e peças totalmente diferentes, desta forma vão valorizar muito um espaço”, revela André Granja. Como peça artesanal de excelência e arte que é, a produção da cadeira de barbear na fábrica varia no máximo até às 20 cadeiras por mês. A qualidade da peça restaurada, actualmente é igual à de uma nova, pois “há cadeiras que já foram fabricadas há 25 anos e o cliente pensa que são novas, porque estamos sem- Aumentar a área de produção e restauro das cadeiras de barbear é, neste momento, o grande projecto da Casa Espanhol. Inovar a estética das cadeiras, transformando-as e dotando-as de todas as funcionalidades mais modernas possíveis e entrar no mercado conceituado da moda, com a utilização das cadeiras para maquilhagem, são os projectos a curto prazo. Como mensagem aos seus futuros clientes, André Granja deixa um voto: “Que nos visitem e que venham co nhecer o nosso trabalho que venham ver as peças únicas que saem desta casa, pois criamos peças únicas e criamos um espaço à medida e ao gosto de cada cliente. Aqui fabri camos como os clientes querem, transformamos como acharem melhorpara serem originais e inovadores.” A Casa Espanhol permanece então bem viva, com a excelência do século passado e a inovação do futuro! Portugal Inovador Página Exclusiva 105 Portugal Inovador Aquário: a solução da electrónica Com uma experiência consolidada de 35 anos, a Aquário mantém-se na linha da frente do sector de tecnologias de ponta. A empresa foi congratulada com o prémio PME Líder em 2010, revelando nesse ano os melhores resultados de sempre. É em 1988 que nasce na Rua da Alegria, no Porto, o primeiro esboço da Aquário. O espaço embrionário, com cerca de 30 m2 e apenas um funcionário na altura, foi crescendo, abrindo as portas a novos espaços e novos sectores. Hoje apresenta instalações com cerca de 2500 m2 de exposição em várias lojas, que cresceram com a constante preocupação de abranger toda a área electrónica e informatizada com a tecnologia de ponta. “Ir sempre ao encontro daquilo que o cliente procurava, e que por hábito só havia no estrangeiro” foi o principal cuidado da empresa desde os seus primórdios. A liderar a Aquário desde a sua fundação, Página Exclusiva 106 José Joaquim Sousa refere a boa relação mantida com os fornecedores como um dos grandes trunfos da empresa. PME Líder Há 35 anos no mundo da electrónica, a marca Aquário é referência dentro do sector. O próprio nome da empresa, pretende, desde logo, marcar a diferença em relação a toda a provável concorrência de mercado. Para o sócio-gerente, a concorrência é uma espécie de “escola de vida”, na qual é possível evoluir de forma positiva num crescimento saudável. As soluções apresentadas distinguem a Aquário, que vende em grande escala para grandes su- Portugal Inovador perfícies ou para outras marcas. “Estamos na área que cobre o consumo mais modesto, desde o consumo dos pequenos bares, consumo de segurança e vigilância aos consumidores de informática”, explica José Joaquim Sousa. A grande variedade de stock abrange mais de 50000 referências de produto, em todas as áreas onde a informática e electrónica estão presentes. “O nosso país é pequeno e estamos com um mercado de algumas limitações, o que nos obriga a dar todas essas soluções, nas quais é preciso corresponder, mesmo aos grandes países”, refere o gerente. A liderança que a Aquário assumiu em 2010, assume ainda hoje como uma máxima a seguir sempre. Uma conduta ponderada, assente em pilares como a honestidade e transparência, faz também parte do vector adoptado. Crescimento acentuado Na loja central, sedeada no Porto, e nas quatro filiais espalhadas pelo país, é possível encontrar tudo o que à electrónica e acessórios electrónicos diz respeito. “Quando alguma empresa fala de uma peça específica, fala da Aquário”, assume José Joaquim Sousa. A Aquário é então a solução electrónica: “Temos consciência disso, e, por isso, temos sempre o cuidado de manter este nome e este perfil”, garante. A linha de crescimento tem tido, ao longo dos anos, um sentido ascendente. Os projectos são ambiciosos, procurando alargar ainda mais a empresa ao nível do país. Todos os proveitos da empresa são reinvestidos na mesma, quer ao nível de inovação de produtos, quer ao nível da formação aos 40 empre gados, distribuídos pelas cinco firmas. Para 2011 as expectativas indicam um ritmo de crescimento acelerado, podendo ultrapassar o ano de 2010, em que foram alcan çados os melhores resultados de sempre. Inovação na marca e produtos “Inovação é a convicção para o mundo actual”, afirma o gerente. Nesse sentido, a Aquário faz dia riamente uma pesquisa de mercado, em busca de novos produtos para apresentar aos clientes. Todo o conjunto de memórias e microprocessadores precisa de acessórios e muito desenvolvimento, e a aproximação das escolas à Aquário vem no sentido de explorar a investigação, orientação e formação das pessoas. Com a nova marca “Flow”, a Aquário pretende “uma oferta que vá ao encontro da condição do mercado actual, economicamente baixa em termos financeiros, mas com as prestações daquilo que são as grandes marcas, com o segredo de um valor acrescentado”, afirma Mário Ferreira, director comercial da Growtronica. Vai ser uma marca direccionada especialmente para a distribuição, uma marca de bandeira da própria Growtronica. As boas referências internacionais com a Holanda, Alemanha, Espanha, Inglaterra, Bélgica e Itália já comprovaram a qualidade do serviço prestado pela Aquário. O retorno da satisfação A satisfação do cliente é a parte mais gratificante de todo o processo de negócio na Aquário. “O serviço que nós fazemos é compensado pela satisfação dos clientes”, garante José Joaquim Sousa. É a pensar neles que a Aquário tem já em vista novos planos ao nível de software, que irão permitir o acesso online aos produtos da empresa em tempo real, buscando uma resposta eficaz em qualquer ponto do país. Página Exclusiva 107 Portugal Inovador Parceira da indústria nacional Optando por revestimentos tecnologicamente avançados, a Procoat é especialista em tecnologias limpas. A revista “Portugal Inovador” esteve à conversa com Armando Salazar, gerente da empresa e com José Carlos Manta, Director Comercial. zar identificar lacunas ao nível das tecnologias limpas, assim como importar as soluções que melhor se adaptam a cada projecto. Os países fornecedores da Procoat que mais investem nestas soluções situam-se no mercado europeu essencialmente, Alemanha, Itália, Suíça, França, etc. Pretendemos transformar a sinergia de conhecimentos de diversas áreas em valor para os nossos clientes. Após 40 anos de trabalho como fabricante no sector das tintas e revestimentos, Armando Salazar, engenheiro de formação, fundou em 2004 a Procoat. O vasto conhecimento e experiência adquiridos levaram-no a concluir que o investimento na investigação e inovação em empresas de pequena ou média ou dimensão em Portugal não se coadunava com a dimensão dos projectos do mercado nacional, sendo mais viável a procura e introdução de novas tecnologias – tecnologias limpas - nas indústrias portuguesas a partir da procura de sinergias com empresas líderes de mercados, maioritariamente Europeias. “Nos mercados internacionais afectam-se maiores verbas para investigação e desenvolvimento tecnológico, comparativamente com o mercado interno.” A Procoat nasceu para colmatar essa carência, sendo esse o nosso objectivo inicial, e hoje, apresentamos uma gama vasta “multimarcas” capaz de responder às exigências do mercado, explica Armando Salazar. Aliamos a parte logística de armaPágina Exclusiva 108 zenamento e distribuição com o apoio técnico pré e pós venda. Logisticamente a Procoat tem capacidade de fornecimento de produtos quer de stock local, quer de outras origens com prazos de entrega curtos, resultado de acordos com varias empresas, para gamas de tintas em pó termoendurecíveis e termoplásticas, tintas líquidas industriais com possibilidade de afinação de cores, entre outros produtos e equipamentos. Procoat apresenta a solução “A Procoat trabalha na área dos revestimentos industriais de peças ou superfícies com efeitos de protecção, decoração ou funcionais”, refere José Carlos Manta, enge nheiro da empresa. “O nosso objectivo é disponibilizar novas tecnologias, produtos, equipamentos, processos de trabalho… Estamos aptos a resolver qualquer problema de revestimento, decoração ou protecção que as indústrias necessitem”, reforça o gerente. A experiência adquirida ao longo de tantos anos de dedicação ao sector permite a Armando Sala- Trabalho personalizado José Carlos Manta explica-nos o processo de actuação da empresa: “No serviço pré-venda, fazemos consultadoria e propomos ao cliente o produto e/ou a tecnologia e/ou equipamento que melhor se adapta à sua indústria; No serviço pós-venda, acompa nhamos a aplicação do material, de modo a sugerir alterações ao processo de aplicação de forma a optimizar e valorizar o produto final”; “Na implantação de grandes tecnologias, levamos o cliente ao produtor para que este possa analisar todos os mecanismos que pode vir a instalar”, reforça Armando Salazar. Nanotecnologia A Procoat aposta na inovação, procurando sempre as melhores soluções direccionadas ao seu sector de actividade. A nanotecnologia é uma das “ferramentas” recentes que permite obter um revestimento de elevada qualidade, consumindo muito Portugal Inovador utilizando vários métodos de PVD (Phisical Vapour Deposition) como vaporização, sputtering, arco catódico, electron-beam, podem fazer-se deposições de filmes muito finos de metais ou ligas, sem poluição, com aproveitamento total do produto” e com características excelentes, conclui. Tecnologias limpas A indústria utiliza produtos que contêm contaminantes e produzem resíduos que menor quantidade de produto, sendo em termos ecológicos das técnicas mais avançadas. “Existem actualmente muitos laboratórios especializados em todo o mundo que dedicam a desenvolver esta técnica. Se fizermos um revestimento utilizando nanotecnologias estamos a consumir muito menos matérias-primas, e a obter resultados dificilmente atingidos ou mesmo inatingíveis com produtos convencionais, A Procoat já promove, vende e implementa revestimentos decorativos e funcionais baseados nesta tecnologia”, explica Armando Salazar. O empresário explica-nos o processo de um trabalho específico de metalização que, normalmente, é feito por sistemas galvânicos, mas que com a nanotecnologia é realizado em ambiente de vácuo. “Dentro de uma câmara de vácuo, é necessário reaproveitar ou destruir. As tecnologias limpas que a Procoat propõe, e tem vindo a implementar, aproveitam esses produtos quase na sua totalidade, com poucos índices de reciclagem, sendo mais amigas do ambiente. Ecologia e Economia não entram em conflito. São a consequência lógica de um empreendedorismo sustentável, tra- balhando com fornecedores inovadores e com produtos da mais alta qualidade. Página Exclusiva 109 Portugal Inovador Líder na revenda de tabaco Sedeada no Grande Porto, a Alexandre Alves Pereira, Lda é a PME Líder para revenda de tabaco por retalho e também ao consumidor final. A gestão criteriosa e profissional da empresa tem conduzido a mesma por trilhos de êxito. ma a que se esgote o menos possível o tabaco nas máquinas”, refe re Lúcio Nadais, sócio-gerente. Seriedade e profissionalismo Quando a empresa foi criada, em 1956, o enfoque era apenas a revenda. Actualmente, esse enfoque foi alterado, dedicando-se hoje a Alexandre Alves Pereira à venda por retalho a tabacarias de rua, shoppings, a cafés, mas também ao consumidor final. Para Lúcio Nadais, “essa é uma mais-valia muito importante pra a empresa, porque vendemos sem descontos, ou seja, lucramos a 100% das margens”. Há 11 anos a gerir a Alexandre Alves Pereira, Maria de Lurdes Frias de Oliveira e Lucío Nadais apontam a seriedade, profissionalismo e excelência no atendimento ao público como a chave de êxito da empresa. PME Líder De Vila Nova de Gaia a Vila do Conde, passando por Matosinhos, Trofa, Valongo e Gondomar, a Alexandre Alves Pereira, Lda tem a seu cargo várias máquinas automáticas onde faz distribuição de tabaco. É na Rua Firmeza que se encontra localizada a sede da empresa, numa loja dinâmica que Página Exclusiva 110 vende, para além do tabaco, uma diversificada gama de acessórios e produtos como café, doçaria, entre outros. Nos vários pontos onde as máquinas de tabaco se localizam, o trabalho da empresa passa pela recolha de moedas e reposição do tabaco vendido. “Servimos de for- A boa gestão financeira foi uma ferramenta que nunca falhou, e que, contando com a colaboração dos 16 funcionários que compõem a equipa, conduziu a Alexandre Alves Pereira ao prémio PME Líder em 2010. “Não tenho vendedores, faço tudo por televenda; mesmo quando há algum tipo de promoção a fazer, não preciso de ir para a rua, faço isso pelo telefone”, explica Lúcio Nadais. Existe um responsável pelo sector das máquinas e outro pelas cobranças de dinheiro e contabilidade das mesmas máquinas, mas a grande mais-valia da empresa são as duas scooters usadas nas Portugal Inovador distribuições. São essas scooters que, servindo para entregar encomendas para todo o tipo de lojas e clientes, represantam uma vantagem sobre a maioria das empresas no mesmo ramo, na cidade do Porto. A Alexandre Alves Pereira é hoje a única empresa no Grande Porto a fazer distribuições deslocando-se de moto. “Pensar ontem no que vai aconte- cer amanhã” é uma máxima que Lúcio Nadais nunca esquece na gerência da firma. no seu percurso. Os funcionários são tratados como amigos, num barco onde “todos remam para o mesmo lado”. A satisfação e fidelização dos clientes vem comprovar a qualidade de serviço prestado e abrir novas portas a potenciais novos compradores. Cumprir um horário entre as 8h00 e as 19h00, sem encerramento para almoço continua a ser uma das estratégias adoptadas, pensando sempre em prol do cliente, que é posto no patamar das preocupações diárias. Servir qualidade Apesar de estarmos perante uma empresa de alto risco e bastante susceptível a roubos, a Alexandre Alves Pereira procura estar sempre à altura de todas as dificuldades que possam atravessar-se Página Exclusiva 111 Portugal Inovador Abastecer com qualidade Fica em Leça da Palmeira, junto ao campo do Leça Futebol Clube, o posto de abastecimento de gasolina da CEPSA. A história começa em 1994, quando a Câmara de Matosinhos cedeu o terreno ao Leça Futebol Clube para poder colocar um posto de abastecimento que permitisse ajudar a situação financeira do clube. O Leça chegou a um acordo com a Petrogal e ficou a explorar a bomPágina Exclusiva 112 ba com um contrato com a duração de 30 anos. A terminar em 2012, o gerente e também presidente do clube, António Pinho, está já a negociar com a CEPSA um novo contrato para mais 30 anos. Numa primeira fase o posto pertencia à Galp, em 2003 deu a cota de mercado à Cepsa. Houve uma grade quebra de vendas devido à mudança, uma situação complicada. “Foi um período conturbado, no entanto as coisas evoluíram, eu comprei uma máquina de lavagem automóvel nova. Esta era uma das vertentes que tínhamos de explorar porque já tínhamos uma boa clientela, mas a antiga máquina foi-se degradando e fizemos um investimento a esse nível”, refere o gerente. Os resultados foram satisfatórios, contribuindo para um crescimento sustentado até há pouco tempo: “Agora com os postos de abastecimento de bandeira branca, das grandes superfícies comerciais perto do nosso, temos vindo a verificar uma quebra de vendas novamente. Os clientes não percebem que a qualidade do nosso combustível não se com- Portugal Inovador para à da dessas marcas”, acrescenta. O posto de abastecimento de Leça da Palmeira encontra-se aberto das 6h às 24h, trabalhando 16 horas consecutivas com dois funcionários, um na loja de conveniência e um outro na lavagem tanto no turno da manhã como no da tarde. A loja de conveniência é bastante movimentada e António Pinho refere-a como uma valência do posto: “Hoje em dia, eu vejo com muita dificuldade um posto de abastecimento conseguir sobreviver só daquilo que ganha com os combustíveis, eu diria mesmo que é impossível”. Como a conjuntura não é a melhor, com os preços do combustível ele vados, o baixo poder de compra e as empresas em dificuldades, o posto adoptou algumas promoções para os seus clientes: um desconto de cinco cêntimos por litro no preço da gasolina/gasóleo, efectuado directamente no valor de referência e a oferta de cartões de fidelidade. São três os cartões: o “Cepsa- Star” ligado às empresas, que permite abastecer com o valor carregado pelas firmas, o cartão “Porque eu volto”, que fideliza o cliente à Cepsa e acumula pontos, e o cartão “Porque eu volto” para motoristas, que acumula também pontos que dão prémios. Um serviço inovador por parte do posto passa por ir à casa do cliente buscar o carro para fazer a autolavagem, tanto interior como exterior e voltar a entregá-lo. Como planos para o futuro, o gerente adianta à revista “Portugal Inovador”: “Aumentar a loja de conveniência que tem muito movimento e precisava ser maior e modernizar ainda mais o posto”. Página Exclusiva 113 Portugal Inovador “Trabalhar para servir” Preocupada em fornecer serviços de qualidade, a Cargolândia assume-se no mercado dos transitários como uma empresa certificada pela APCER – Associação Portuguesa de Certificação com a norma NP EN ISO 9001:2008, tanto nos transportes terrestres, como marítimos e aéreos, bem como uma empresa PME reco nhecida pelo IAPMEI. Com uma vasta experiência no sector, a Cargolândia trabalha com várias empresas nacionais assegurando a exportação de todo o tipo de produtos, desde os têxteis e calçado, às mármores, vinhos e até cortiças. Com o lema “Trabalhar para servir”, esta empresa, presente no mercado transitário há 16 anos, mas com uma experiência na actividade que remonta à década de 60, trabalha também com grandes Página Exclusiva 114 empresas internacionais, nomeadamente ao nível das importações para Portugal, que passam pelas matérias-primas, máquinas e por alguns produtos já manufacturados particularmente para o sector têxtil. Actualmente são dez os funcionários da empresa, com um departamento comercial, logístico e operacional. Presente em toda a Europa, em Israel, no Chipre, USA, Ásia e Médio Oriente e em alguns países da Europa de Leste, através de uma rede de correspondentes que apoiam a sua actividade internacional. A Cargolândia tem como principal função a organização de transporte internacional de mercadorias em colaboração com os transportadores terrestres, marítimos e aéreos para o efeito, assume um dos sócios-gerentes da empresa, Dr. José Santos Ferreira. Vincando a diferença entre transitários e transportadores, Dr. José Santos Ferreira, que partilha a gerência com António Tavares, destaca que “ a função dos transportadores no mercado internacional apresenta-se de uma forma distinta da actividade transitária”. Com uma facturação na ordem dos dois milhões de euros anuais, a Cargolândia enfrenta uma dura concorrência, com cerca de 300 empresas inscritas na APAT (Associação dos Transitários de Portugal), e outras que escapam à supervisão da mesma. A empresa “está munida de todos os meios necessários para o exercício da actividade transitária”, assegura Dr. José Santos Ferreira. Além de membro na APAT- Associação Portuguesa dos Transitários, a Cargolândia possui alvará para o exercício da actividade transitária, emitido pelo Instituto da Mobilidade e Transportes Terrestres, e tem também acreditação internacional enquanto membro da IATA (Internacional Air Transport Association), que regula o transporte aéreo, bem como Agente Reconhecido pelo INAC (Instituto Nacional da Aviação Civil). De acrescentar, que a sua mais recente certificação foi o estatuto AEO - Operador Económico Autorizado pela DGAIEC – Direcção‑Geral das Alfândegas e Impostos Especiais sobre Consumo. A Cargolândia esforça-se diariamente por cumprir a sua missão, servindo os clientes com profissionalismo e dedicação e sendo para estes um importante assessor nas suas trocas comerciais. Portugal Inovador Página Exclusiva 115 Portugal Inovador Altis Park Hotel: um centro de negócios Um Hotel de quatro estrelas localizado em Lisboa que, sendo um autêntico Centro de Negócios, mantém a genuína hospitalidade portuguesa. Com uma vista deslumbrante sobre a cidade de Lisboa e o Rio Tejo, o Altis Park Hotel Conference & Business Hotel está localizado perto do Parque das Nações a dez minutos do Aeroporto de Lisboa (5 Km). Muito funcional para negócios, o hotel prima pelo fácil acesso, quer pela proximidade ao Aeroporto de Lisboa, quer pelo facto de dispor de metro à porta (Estação Olaias – Linha Vermelha). O hotel está equipado com 300 quarto, 195 recentemente renovados incluindo 15 suites, com ar condicionado, telefone directo, LCD FULL HD TV, acesso à Internet e mini-bar. O Hotel dispõe em dois pisos Página Exclusiva 116 dedicados, de um centro de Congressos moderno e totalmente equipado; um amplo auditório totalmente renovado com capacidade para 280 pessoas e três cabines de tradução e a sala Atlântico com capacidade para 550 pessoas em plateia ou 300 pessoas em banquete. O cliente poderá também optar, se desejar, por uma das nove salas de reunião com amplas janelas e luz natural. Membro da Premium Collection da Great Hotels of the World, o Altis Park dispõe ainda do Restaurante Navegadores onde poderá viajar por sabores criativos, desfrutando de um variado e completo buffet ao almoço ou com serviço à la carte ao jantar. Já para encontros de amigos ou de negócios, o hotel sugere o piano bar Adamastor, um espaço amplo do hotel e ideal para uma bebida ou um snack. Lazer e Desporto a dois passos Situado a 100 metros do Hotel Altis Park, o Olaias Club inclui no seu complexo desportivo: duas piscinas, courts ténis, squash, health club com ginásio, sauna, banho turco, jacuzzi, cabeleireiro e lojas. Serviço de Shuttle Aeroporto Lisboa /Hotel Mesmo com a fácil acessibilidade funciona no hotel o serviço gratuito para os hóspedes de shuttle entre o Altis Park e o aeroporto. Portugal Inovador O conceito Zenit Chegado ao Zenit em Lisboa, o cliente vê um hotel de traça antiga mas cuidada. Curiosamente vai entrando até que se depara com um ambiente moderno, requintado, luxuoso e acolhedor. Zenit é sinónimo de “estar bem localizado”, inicia Cristina Valverde, directora geral do h otel. Pertencente a um grupo espa nhol – Zenit Hoteles com 12 anos e 22 hotéis em Espanha e um em Portugal, em Lisboa o hotel Zenit está aberto há já seis anos. Reconhecido como um hotel de qualidade e excelência de serviços, o grupo tem em mente a abertura de mais um hotel, nestas terras à beira mar plantadas. Situar-se-á num antigo solar, num local muito privilegiado da cidade do Porto, na Avenida da Boavista. Todos os hotéis do grupo estão localizados no centro das cidades. O objectivo é manter a fachada original do edifício e requintar o seu interior. Existe um cuidado peculiar em responder às necessidades dos clientes. “A expectativa que os clientes criam à volta de um h otel de quatro estrelas tem que ser valorizada, então, tentamos dar ao cliente todos os serviços solicitados, seja em lazer ou negócios”, salienta Cristina Valverde. Equipado com ginásio; cinco salas de reunião com sistemas audiovisuais “actualizados” uma vez que 90% dos clientes viajam em negócios; 82 quartos e quatro suites, o Zenit contempla também dois pisos para fumadores. Com cozinha de autor, além do restaurante onde são servidos almoços, jantares, banquetes, almoços de trabalho, baptizados, apenas “ainda não fizemos casamentos”, regozija a directora geral, o bar é também lugar para repouso e lazer entre clientes. Curiosamente há mais um serviço que tem agradado aos que pernoitam no Zenit: “almofadas à la carte”, um mimo que o hotel disponibiliza. Zenit no Mundo Em fase embrionária estão dois projectos: um em Paris e um em Budapeste. Fidelizar cada vez mais os clientes apresentando qualidade e excelência adaptadas às necessidades de cada um é o conceito da cadeia Zenit, uma cadeia que mereceu o reconhecimento com o prémio PME Excelência. “Somos Zenit porque somos diferentes”, r emata a directora geral. Página Exclusiva 117 Portugal Inovador Semear para colher depois Em altura de decisões importantes para quem quer consolidar o seu estatuto e segundo muitos também num momento ideal para arriscar, não podem ser só os empreendedores a dar passos firmes tendo em vista a prosperidade das suas empresas e instituições e o crescimento económico. É necessário que o Estado incentive o investimento dirigindo a poupança para outras áreas e para quem mais pode pagar a crise. Numa altura em que a exportação do que é produzido a nível interno e a globalização dos negócios parece ser o rumo certo não só para que as instituições nacionais se tornem competitivas e garantam o seu futuro, mas também porque o mercado nacional não é favorecido com as crescentes obrigações fiscais tanto para quem vende como para quem compra, continua a haver em Portugal quem o faça não simplesmente para sobreviver e mesmo crescer, mas sim para ganhar um espaço entre os me lhores. A Universidade de Coimbra é um exemplo bem ilustrativo disso por um lado porque prova que pode mos estar ao nível dos primeiros e por outro que há inúmeros ga nhos possíveis. Com a presença no ITunes – conseguida há bem pouco tempo - onde disponibiliza o acesso a vídeos e áudios de matérias de relevo científico, técnico e cultural, a UC conseguiu posicionar-se lado a lado com as mais consagradas universidades mundiais como Oxford, Stanford, Yale, entre outras, quando até aí apenas as mais reconhecidas ti nham ali lugar. Por dia são já descarregados em média 100 fichei ros, muito longe ainda dos cerca de 10 milhões por ano de Oxford, mas que mostra o considerável peso da diáspora portuguesa no mundo. Deste modo, a lusofonia espalhada por vários pontos do mundo, desde especialistas com o intuito de assistirem a uma confe Página Exclusiva 118 Portugal Inovador rência em que não puderam estar presentes até pessoas não inte ressadas em obter um curso superior mas que pretendem tomar conhecimento de temas específicos ou de cultura geral, além de estrangeiros mais interessados ou curiosos em ver determinado conteúdo, podem agora fazê-lo através de um clique e despen dendo uma pequena quantia. A par desta novidade, o investimento em ciência por parte do Estado tem aumentado bastante – aplicamos uma maior percentagem do PIB na investigação do que países como Espanha, Itália, República Checa, Irlanda e Grécia; e muitos dos nossos melhores cientistas estão a regressar ao país, o que tem resultado numa produção científica mais sólida, constante e influente. Mau é que nem todos os campos sejam potenciados como deviam e não sirvam como municiadores dos projectos estruturantes. Basta ver a redução feita aos financiamentos das instituições de ensino superior quer públicas quer privadas, e o corte nas bolsas de apoio, ao mesmo tempo que são cada vez aprovados mais cursos a acrescentar aos 4000 existentes – a maior parte deles autênticos passaportes para a ilusão de um futuro risonho e aparentemente prometedor. Se queremos investigadores de topo e trabalhos de eleição, deve começar-se pela base, construindo os alicerces que sustentem o futuro de quem estuda e merece ser recompensado, e por conseguinte a diferenciação e o crescimento da economia. E não é só no ensino que parece não haver uma estratégia coerente e profícua, na economia sucede o mesmo. O crescimento da economia não se pode basear na balança de transacções. É importante que diminuamos a dependência externa e que façamos entrar dinheiro do exterior, mas sem descurar os portugueses que na maior parte dos casos são o principal público‑alvo e que sobrecarregados com impostos, e cortes salariais retraem-se no consumo, perdem po der de compra e geram recessão económica. Página Exclusiva 119 Portugal Inovador Oportunidades para o empreendedorismo inovador Mais de 300 milhões para capital de risco em 2011 A escassez de acesso a financiamento originou, numa clara aposta em projectos empresariais mais inovadores, uma intervenção fortíssima do Estado na área do Capital de Risco. São cerca de 150 milhões de euros do COMPETE a alavancar fundos de co-investimento com operadores de capital de risco e “business angels”, num montante global de cerca de 340 milhões de euros. Todos os contextos de crise, como aquele que vivemos, encerram oportunidades a não desperdiçar. A iniciativa do COMPETE não é uma simples medida anti-crise, constitui uma aposta clara no empreendedorismo inovador, como forma de estimular a alteração dos padrões de investimento nas empresas e nos empreendedores com projectos de potencial global. Um dos problemas com que as nossas empresas se debatem tem a ver com a selecção frequen temente errada do modelo de financiamento, essa é a experiência do IAPMEI ao longo dos seus cerca de 30 anos de actividade. Em algumas zonas do País, onde a cultura da propriedade privada é muito enraizada, os empresários e gestores são avessos ao capital de risco, não querendo um sócio temporário nas suas empresas. Esta realidade penaliza as empresas e a economia, porque a iniciativa privada que requereria capital acaba por se financiar através de crédito bancário, por vezes com perdas substanciais de oportunidades de mercado, com atrofiamento ou desenvolvimento lento dos negócios. A escassez de crédito determinará que muitos negócios com elevado risco deixem de ter acesso a crédito, e, assim, a oportunidade está criada. A injecção de dinheiros públicos no capital de risco permitirá um maior número de operaPágina Exclusiva 120 ções, em todas as fases do ciclo de vida das empresas. Igualmente, nesta área, em parceria com o Euronext, será lançado um produto para facilitar o financiamento de PME, através do acesso ao mercado de capitais. Mas é ao nível do empreendedorismo emergente que o salto qualitativo vai ser maior. Decorrente da experiência piloto desenhada no âmbito da primeira fase do programa FINICIA, ficou demonstrada a necessidade e a oportunidade de investir, com capital de risco, em projectos mais pequenos de criação de empresas, numa lógica de capital semente. Encontram-se em constituição 6 fundos de capital de risco para a Portugal Inovador A escassez de crédito determinará que muitos negócios com elevado risco deixem de ter acesso a crédito, e, assim, a oportunidade está criada. A injecção de dinheiros públicos no capital de risco permitirá um maior número de operações, em todas as fases do ciclo de vida das empresas. Igualmente, nesta área, em parceria com o Euronext, será lançado um produto para facilitar o financiamento de PME, através do acesso ao mercado de capitais. fase do “early stage” (projectos até 3 anos de vida), e ainda 54 fundos de co-investimento que agregam mais de centena e meia de “business angels”, isto é, investidores individuais que colocam algum dinheiro e a sua experiência ao serviço de novos empreendedores que procurem sócios para montarem ou impulsionarem o seu negócio recém-criado. Estas duas soluções fazem toda a diferença. Para a área dos negócios de base tecnológica, uma solução adicional: três fundos de capital pré-semente, para projectos de tecnologia com potencial comercial. Muita tecnologia não chega ao mercado por se encontrar ainda em estádios de desenvolvimento embrionários, muito longe do produto final. Estes fundos destinam-se a colocar mais tecnologia no mercado, seja pela via da constituição de empresa, seja através de licenciamento industrial. As vantagens são óbvias, e a redução de desperdício de ino vação mais do que compensa o ele vadíssimo risco do investimento. Por isso, o IAPMEI, que muito se bateu por estes mecanismos e soluções para os empreendedores, deixa o alerta a quem neste momento tem projectos inovadores e faz contas à crise, adiando o negócio. Uma oportunidade destas não tem paralelo em Portugal, é quase irrepetível. Projectos inovadores e ambiciosos, precisam-se agora. Venham ter com o IAPMEI, que o IAPMEI tudo fará para intermediar a relação entre empreeendedores e investidores, com vista ao acréscimo do investimento produtivo no nosso País. Luís Filipe Costa Presidente do IAPMEI Página Exclusiva 121 Portugal Inovador Página Exclusiva 122 Portugal Inovador Página Exclusiva 123 Portugal Inovador Página Exclusiva 124
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