Explorar o mundo da pedra

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Explorar o mundo da pedra
Foto cedida pela Viptrónica
Portugal Inovador
Índice
4 - Editorial
5 - INSTITUTO DOS PUPILOS DO EXÉRCITO
“Desde 1911, uma Escola Técnica de Referência”
7 - Distrito de Setúbal
29 - Braga
45 - Barcelos
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Portugal Inovador
Editorial
Crónica de um bom aluno
Portugal passou a fazer parte de uma turma de países constituída pela Irlanda
e Grécia, num processo de reaprendizagem em como gerir finanças públicas e
retomar a sanidade económica de um país. Sendo sucessivamente avaliado pelas visitas da Troika a território nacional, depois de cada avaliação, sorrisos estampados na cara dos governantes portugueses contrastavam com o semblante
sempre sério dos representantes da Troika. Portugal começou a ser apelidado
de bom aluno, destacando-se dos restantes países, sinal de que a austeridade
estaria a surtir efeito e que, mais cedo ou mais tarde, a economia iria voltar a
crescer.
Com a população portuguesa a sobreviver perante os sacrifícios das medidas de
austeridade, parecendo conformada com as duras exigências do Governo, e as
empresas a fazer quase o impossível para levar a bom porto os seus negócios,
eis que surge a quinta avaliação da Troika. Como qualquer bom aluno, a ansiedade de manter as boas notas pode levar por vezes a excessos e desvarios,
no caso concreto, ao excesso de medidas de austeridade. Segundo os últimos
números divulgados pelo INE, o défice orçamental no final do mês de Agosto
cifrava-se nos 4 mil milhões de euros, mais 726 milhões que o valor registado no
final de Julho. A actividade económica portuguesa tem vindo a cair há 20 meses
consecutivos e continua a agravar-se à medida que a recessão se aprofunda,
contando ainda com o aumento sucessivo da taxa de desemprego.
Depois do aparente sucesso de quatro avaliações, foi somente à quinta prova
que o Governo tomou consciência de que o excesso de medidas de austeridade
não só não tirou o país da crise, como a agravou. Ao longo do tempo, vozes de
todos os quadrantes da sociedade lançaram avisos alertando para tal conclusão.
O Executivo de Pedro Passos Coelho ainda tentava aprovar para o ano de 2013
um corte na TSU, com vista à diminuição do desemprego, e um aumento da
contribuição dos trabalhadores para a Segurança Social, entre outras medidas
para equilibrar o défice.
Após tal anúncio, a população adormecida e ferida com tanta austeridade saiu à
rua na maior manifestação feita em Portugal no século XXI. Depois de tamanho
acto patriótico dos portugueses e de todo o sector empresarial anunciar que mais
medidas de austeridade apenas iriam agravar a situação económica do país,
parece que o Governo tarda em tomar consciência de que mais austeridade é
um peso extra neste barco. Parece que o bom aluno andou este tempo todo a
estudar mal a lição. Enquanto isso, o esforço da população e das indústrias e
empresas para sobreviver nesta conjuntura continua. Todos esperam que daqui
em diante Governo tenha mais atenção e aprenda de vez a lição.
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Desde 1911, uma Escola Técnica
de Referência
O Instituto dos Pupilos do Exército (IPE), uma das primeiras instituições da
República Portuguesa, é, desde 1911, responsável pela democratização
do ensino em Portugal e pela formação de milhares de jovens. Mais de cem
anos volvidos após a sua criação, ainda se mantém o desígnio de “formar
cidadãos úteis à pátria”, inculcado pelo seu fundador, o general António
Xavier Correia Barreto.
Ao longo de décadas, o IPE foi
sofrendo alterações que acompanharam as necessidades e avanços do país, tanto em termos de
estrutura organizacional como
na concepção dos planos de formação. No entanto, há aspectos
inerentes à filosofia do IPE que
se mantêm. “A nossa forma de
educar baseia-se em três pilares
– a componente comportamental, a intelectual e a física. Damos
muito valor à componente comportamental e a aspectos como
a disciplina, obediência, lealdade
e camaradagem, sem que isso
entre num padrão de servilismo”,
atenta o major general António Alves Rosa, há quatro anos director
da instituição.
Para o responsável importa desmistificar algumas ideias que a sociedade em geral tem acerca do
IPE. “Esta estrutura é um estabelecimento militar de ensino, e não
um estabelecimento de ensino militar. Isso significa que nós não formamos militares, formamos cidadãos aptos para prosseguir uma
carreira à sua medida, seja em
que área for. O que nós inculcamos são valores e alguns aspectos da vivência militar no dia-a-dia
dos alunos, como, por exemplo, o
cumprimento de objetivos e missões”, ressalva.
No actual ano lectivo entraram
cerca de 100 novos alunos, o que
faz deste o terceiro ano na história
centenária da instituição com mais
elevado número de admissões,
facto que permite perspectivar o
incremento da atractividade deste estabelecimento de ensino no
âmbito da comunidade educativa
nacional.
O Ensino Secundário Profissional, com os cursos de Técnico de
Manutenção Industrial, Técnico
de Gestão, Técnico de Gestão
Ambiental e Técnico de Energias
Renováveis, faz parte da oferta
formativa do IPE há apenas três
anos. O responsável entende que
“olhando para o tecido empresarial português e Forças Armadas,
percebe-se que existe a necessidade de quadros técnicos, daí
esta aposta. Este ano, concluiu
o primeiro grupo de alunos, que
teve logo colocação nas empresas”. O programa curricular inclui
uma formação em contexto de
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trabalho de 420 horas, e os alunos
que terminam o secundário têm
um leque mais variado de opções
para o seu futuro – seja o prosseguimento para o Ensino Superior,
para cursos de especialização tecnológica ou a entrada directa no
mercado de trabalho.
A Semente
do Empreendedorismo
A par desta preocupação em preparar os alunos para a entrada no
mundo do trabalho, no IPE procura-se deixar nos pupilos a semente
do empreendedorismo. “Sabemos
que estes alunos são muito novos,
mas conseguimos passar-lhes a
ideia de que podem fazer muito
mais do que estudar; aprendem a
viver num contexto de trabalho e
ficam com boas ideias sobre como
se monta e gere uma empresa.
Não há nenhuma disciplina que
ensine isto, há conversas que temos e ideias que se vão passando. É o ensino da vida”, continua o
director do IPE.
De facto, muito para além da matéria leccionada nas salas de aula,
no IPE há uma preocupação em ir
mais longe, nomeadamente através da acção do Corpo de Alunos.
“Trata-se de uma estrutura que
abrange todos os alunos e que
cuida deles 24 sobre 24 horas.
Temos alunos internos dos 10 aos
19 anos, que passam a semana inteira fora de casa dos pais, e isso
obriga a uma atenção e segurança
redobradas, bem como um carinho muito grande. O IPE tem uma
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grande preocupação na preparação dos seus alunos para o mercado de trabalho: os que revelam
maior sentido de responsabilidade
e melhor desempenho académico são orientados para funções
de liderança, enquanto que nos
mais novos é potenciada a sua
capacidade de relacionamento e
de adaptação a uma organização
com diversos patamares de decisão.”
Os alunos do IPE são originários
de todo o território português, bem
como de além-fronteiras. “Temos
uma forte ligação à Comunidade
de Países de Língua Portuguesa
(CPLP), recebendo e ajudando a
formar muitos jovens desses países. Neste âmbito, releva-se ainda
a existência de um protocolo de
geminação com o Colégio Militar
de Porto Alegre, no Brasil, que nos
permite um intercâmbio cultural de
excelência”, explica o Diretor do
IPE.
O IPE, desde há vários anos, tem
vindo a receber alunos dos PALOP
que ali fizeram todo o percurso de
formação, do 5.º ao 12.º ano. Desde que o major general António Alves Rosa está à frente da instituição, terão passado pelo IPE pelo
menos 80 alunos vindos destes
países. Só este ano, contam-se
30 jovens vindos daqueles países.
“Este aspecto é extremamente
positivo, pois cria-se um conjunto
de relações e um cruzamento de
ideias e culturas entre os alunos
que podem vir a dar bons frutos
no futuro. Estes alunos aprendem
duas formas de estar distintas, e
nós acreditamos que não só eles,
mas o próprio país, pode vir a beneficiar no futuro. Isto é diplomacia, é política externa”, conclui o
responsável.
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Metalsines apresenta novidade
mundial no transporte ferroviário
A Metalsines pretende surpreender o mercado mundial com o lançamento do
Eco-Picker, um vagão inovador destinado ao transporte de camiões. Uma tecno­
logia simples, multimodal revolucionária desenvolvida no seio da Metalsines­
-­empresa de referência nacional no fabrico e exportação de vagões.
Empresa inserida no Grupo FTM
desde 2008, a Metalsines beneficia de mais de três décadas de
­know-how adquirido no fabrico de
vagões. Um processo evolutivo
que lhe permitiu, ao longo de vários
anos, ser um parceiro de referência
para a CP – Comboios de Portugal.
Hoje, pelas imposições de mercado, com poucas encomendas nesta área, direcciona cada vez mais
a sua actividade para a adaptação
e melhoramentos de vagões, na
área metalomecânica. Silva Santos,
director-geral da Metalsines e da
Compelmada Internacional, explica:
“Um dos meus objectivos desde que
assumi a direcção destas empresas
foi a integração das mesmas, com
vista à redução de custos, que com
o agravamento da crise torna mais
premente esta operação. Há actividades semelhantes que são efectuadas por ambas as empresas e
que poderão ser centralizadas num
único sector. Todos sabemos que o
mercado mudou muito, obrigando à
reestruturação das empresas, sendo muito mais competitivo. Com as
encomendas nacionais a reduzirem­­­­
se significativamente neste último
ano, aposta-se cada vez mais no
mercado internacional, onde temos
concorrentes muito competitivos,
como a Turquia, China, Polónia
Coreia, Índia, etc…. Neste sector
ferroviário, um dos principais problemas para a Metalsines, empresa
privada nacional, advém do Estado
também estar dedicado ao fabrico
de vagões, através da EMEF. A CP
Carga, suportada numa legislação
desactualizada, com décadas de
existência, opta por comprar obrigatoriamente à EMEF, sem existir
qualquer concurso, restando para
as empresas deste sector, como a
Metalsines, as “sobras” destes negócios. São pequenos expedientes
legais que evitam a existência de
uma sã concorrência, que se deseja
em todas as áreas, o que é incorrecto, no nosso humilde entender, e
que faz com que o contribuinte te-
nha de, também aqui, suportar mais
estes sobrecustos. Ou seja, o Estado em vez de criar ferramentas para
estimular a inovação e a competitividade das empresas dentro deste
segmento, está a fazer concorrência
ele próprio, com meios difíceis de
combater”, lamenta, “destruindo as
empresas privadas que, com muito
sacrifício, tentam sobreviver, com
meios muito mais reduzidos. Como
alternativa, e como consequência
da inexistência de um mercado livre
de fabrico de vagões que funcione
em Portugal, tivemos de procurar
outros mercados para sobreviver,
procurando novas soluções para o
negócio, direccionando a nossa potencial produção para exportação,
onde se inclui este protótipo, EcoPicker, agora finalmente desenvolvido”, adianta.
Actividades da METALSINES
e COMPELMADA Internacional
Se, por um lado, a facturação global da Metalsines e Compelmada
Internacional (ambas as empresas
pertencentes ao Universo das Empresas do Grupo FTM) registou um
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crescimento superior a 15% no ano
de 2011, as previsões não são tão
animadoras para 2012: “Eu diria que
este é um mercado ‘dependente’ do
investimento e da expansão económica nacional. Com a crise em que
o País se encontra ‘mergulhado’, os
investimentos das Grandes Empresas Industriais retraem-se, dado que
também a sua actividade económica se reduz, salvo raras excepções.
Deste modo, quer ao nível do ferroviário, quer ao nível da metalomecânica, as obras a nível nacional reduziram-se a um nível baixíssimo, pelo
que estamos a apostar mais nos
mercados internacionais. Na Compelmada Internacional, também será
essa a grande aposta, apesar de no
segmento de manutenção efectuada em grandes unidades industriais,
que executamos em Portugal [em
parceria com uma empresa espanhola, MASA] ser ainda um bom
pilar no nosso volume de negócios,
cerca de uns 30%. Estamos a fazer
a manutenção preventiva, correctiva
e “paragens” de grandes indústrias
petroquímicas, como são o caso da
Repsol Polímeros e da Petroquímica
de PTA, a Artlant, ambas em Sines.
Queremos continuar a ser parceiros
destas grandes empresas, também
elas exportadoras, com todo o contributo que possamos dar”, avança
Silva Santos.
A Compelmada Internacional possui
outra área industrial de 5 mil metros
quadrados, dos quais uns 2 mil são
também cobertos, na ZIL, Zona Industrial Ligeira 2, em Sines, que dá
apoio a esta actividade de manutenção industrial.
Além deste segmento da manutenção industrial, a Compelmada Internacional dispõe também de pessoal
e equipamentos para a execução do
fabrico de diversos componentes da
indústria metalomecânica. É o caso
do fabrico de tanques, execução em
“chave na mão” de Skids completos,
pré-fabricação de tubagens, fabricação de diversos equipamentos (permutadores, reactores, silos, etc…),
nos mais diversos tipos de matePágina Exclusiva 8
riais (aço inox, aço, liga, duplex, aço
carbono, etc…), e ainda estruturas
complexas mecânicas, como um
Shiploader, de 1300 toneladas, “que
fabricamos e cuja montagem está a
ser finalizada no Porto de Sines [em
espaço alugado], e que é para ser
entregue na Mauritânia”. Esta última
é uma obra que representa uma facturação de cinco milhões de euros.
“Tirando algumas áreas industriais
em Setúbal, com cais directo para
o porto, a Metalsines possui das
melhores instalações industriais do
país. Em termos de espaço e de
condições, contamos com 110 mil
metros quadrados de área total,
sendo 30 mil metros quadrados cobertos. Temos ainda uma nova nave
com 2000 metros quadrados [investimento efectuado em 2011] e um
espaço de 50 mil metros quadrados
adicionais preparados para uma
potencial expansão, caso assim se
justifique. Ao nível da acessibilidade e logística, temos condições que
agradam muito todos os estrangeiros que nos visitam. Temos acesso
a um porto de águas profundas,
com 18m de profundidade natural, o
que não é o caso do porto de Setúbal, acessos à auto-estrada e à rede
ferroviária nacional que nos pode ligar a toda a Europa e que entra na
fábrica”, salienta Silva Santos.
A área disponível possibilita ainda trabalhos 24h/dia e a utilização
de ensaios não destrutivos (Rx ou
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Raios Gama), que legalmente obrigam a distâncias de segurança exigentes, melhorando a eficiência e a
produtividade em larga escala, dada
a inexistência de qualquer vizinhança que possa ser prejudicada com
o barulho ou qualquer actividade industrial ali produzida. “Os constrangimentos a que estamos sujeitos
são mínimos, quando comparados
com a nossa concorrência”, salienta
Silva Santos.
Trabalhos Importantes ­
em Curso e Já Executados
Para a Compelmada Internacional,
a exportação é já uma realidade
através de clientes consagrados
do panorama industrial mundial:
“Com a Ferrostaal pré-fabricamos
toda a tubagem para duas centrais de ciclo combinado para a
Venezuela. Com o Grupo Techint,
estamos a terminar de construir
um Shiploader, atrás mencionado, que terá uma capacidade para
carregar 15 mil toneladas por hora
de minério de ferro, e que vai ser
instalado na Mauritânia, no Porto
de Nouadhibou. São 1300 toneladas, das quais nós fabricamos
900, mas montámos a totalidade
delas. Contamos ter brevemente mais duas encomendas deste
tipo de Shiploader para a Guiné
Conacri. Estamos também a começar, com um grupo espanhol, o
fabrico de quatro mil toneladas de
estruturas para minas em África.
Perspectivam-se também algumas
novas encomendas de Skids para
a Rússia e para a Bulgária, através
de uma multinacional americana.
Para a Metso International, no Brasil, estamos actualmente a fabricar
nove equipamentos, e no futuro
este poderá ser um mercado muito interessante para o Grupo FTM,
onde estamos inseridos. Há grandes obras no Brasil, em que até
30% da obra pode ser executada
no estrangeiro, e portanto aqui em
Portugal, sem qualquer acréscimo
de impostos, uma vez que o Grupo
possui também uma empresa simi-
ECO-PICKER
Características técnicas:
- Estes vagões não possuem dispositivos
ou fontes de energia adicionais como
pneumáticos, eléctricos, hidráulicos, etc.;
- Todos os componentes ”ferroviários” específicos destes vagões são normalizados:
bogies, rodados, componentes de freio,
tracção, tamponamento, etc.;
- Não são necessários terminais específicos ou equipamentos adicionais como
pórticos, gruas/empilhadores, maquinaria
embutida no solo ou rampas.
lar, a Máquinas Piratininga, no Recife [estado de Pernambuco]. Esta
será seguramente uma aposta importante para os próximos anos”,
avança Silva Santos.
Angola é um mercado que o Grupo FTM, também tem acompanhado continuamente, onde já possui
parceiros importantes seleccionados, mas em que ainda não foi
considerado oportuno avançar-se.
A Inovação – O Eco-Picker –
Apresentação na InnoTrans
2012, em Berlim
A exportação poderá agora estender-se ao universo dos vagões
depois de uma inovação desenvolvida internamente: o Eco-Picker
(com patente já registada). Foi
apresentada na Innotrans 2012,
em Berlim, no passado dia 18 de
Setembro, e com o incremento da
actividade esperada, por esta novidade, poderão ser obrigados a
efectuar a construção de duas novas naves cobertas, acrescentando mais uns 10.000 m2 cobertos,
dentro das instalações da Metalsines: “O nosso objectivo é tornar o
transporte multimodal finalmente
acessível a todos. Estes vagões
são incrivelmente mais simples,
económicos e fáceis de manusear
quando comparados com todos os
que, para o mesmo fim, existem
no mercado. São vagões que possibilitam carregar e descarregar
camiões semirreboque completos,
ou apenas os semirreboques, de
uma forma simples, rápida e praticamente em qualquer local. São
também uma resposta aos imperativos ambientais, económicos e sociais que exigem transportes cada
vez mais eficientes e com menores emissões de gases poluentes.
São assim vagões destinados a
melhorar o nosso mundo”, explica
Silva Santos.
A Metalsines compromete-se
desta forma a manter viva a tradição dos vagões na empresa e
no Grupo FTM, espreitando uma
nova oportunidade na exportação
e investindo valores significativos,
ainda sem qualquer apoio oficial,
como antes ficou demonstrado:
“Esperamos que esta novidade dê
um novo impulso à empresa, sendo garantido que vamos continuar
a apostar na internacionalização,
sempre com uma boa qualidade de
serviço e capacidade de resposta,
que é reconhecida pelos nossos
Clientes”, conclui o director-geral.
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Catalisador
do ecossistema Sines
Assumindo a posição de núcleo activo na vitalização e fomento de relações
de parceria entre os diversos intervenientes da região onde se insere, o Sines
Tecnopolo abraça uma missão, simultaneamente, alargada e estimulante.
Fundado pela Câmara Municipal
de Sines, a Universidade do Algarve, a Universidade de Évora,
o Instituto Politécnico de Beja e o
Instituto Politécnico de Setúbal, o
Sines Tecnopolo é uma associação sem fins lucrativos que visa
a promoção do desenvolvimento
empresarial, nas suas múltiplas
vertentes.
Com uma estrutura funcional subdividida em três unidades orgânicas – SinesTec Academia; SinesTec Inovação & Conhecimento;
SinesTec Incubação & Empreendedorismo – o Sines Tecnopolo é
um misto de know-how de mercado, equipamento de ponta e soluções avançadas de gestão para
empresas, empresários e empreendedores.
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Pólo de conhecimento
Mónica Morais de Brito, actual directora executiva do Sines Tecnopolo, não tem dúvidas quanto à importância da associação enquanto
entidade formadora: “No passado
sempre houve a expectativa, por
parte dos responsáveis políticos,
de trazer uma instituição de ensino superior para o Alentejo Litoral.
Nesse sentido, o Sines Tecnopolo
assume um papel preponderante
para a região. Observando a sua
envolvente, diagnosticando as necessidades e trazendo formações
que contribuam para a qualificação superior da sua vasta área de
influência. Isto torna-se possível
pela relação estreita criada entre
o Tecnopolo, as empresas locais e
as instituições de ensino superior.
Apresentamos, por isso, um leque
muito variado de formação que vai
desde a formação inicial à formação pós-graduada. Neste campo,
a tendência será a especialização
nas áreas core do Sines Tecnopolo: economia do mar e energias”.
O Sines Tecnopolo está prestes a
inaugurar um pavilhão, denominado Academia das Energias, onde
desenvolverá um projecto educativo, formativo e de investigação na
área das energias convencionais
e renováveis: “A Academia das
Energias está a ser conceptualizada com envolvimento de grandes
players (ex: EDP, APS e Galp, entre outros) e vem responder a uma
série de necessidades, nomeadamente, formativas. A intenção é
que, além dos nossos projectos
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formativos e de I&D, possamos
ceder as instalações a outras instituições de todo o país para desenvolverem aqui a sua componente
prática, uma das lacunas que detectamos”, afirma Mónica Morais
de Brito.
Consultoria especializada
Dedicada sobretudo ao desenvolvimento de projectos colaborativos,
financiados e não financiados, a
SinesTec Inovação & Conhecimento é outra das unidades em franco
crescimento no Sines Tecnopolo:
“É uma área que engloba um serviço de consultoria especializada
e que tende a desenvolver-se, em
parte, pelas hipóteses que os nossos associados nos proporcionam.
Recentemente, fomos contratados
pelo município de Sines para o
desenvolvimento de três projectos no âmbito da rede Corredor
Azul, que integram os municípios
entre Sines e Elvas. O programa
‘Empreender na Escola’ que visa o
desenvolvimento de competências
empreendedoras nos jovens entre
os 14 e os 16 anos. O ‘Fundo de
Eficiência Energética’ que visa a
auditoria e certificação energética
de cerca de 500 habitações no município de Sines. E o ‘Fomento de
Absorção de Tecnologia’ que visa
o diagnóstico organizacional de
cerca de 60 empresas, a quem é
concedido um plano de desenvolvimento e melhoria contínua e que
serão apoiadas na implementação
do mesmo”, avança a directora.
facto à localização privilegiada
onde nos encontramos, torna-se
interessante não só para empresas
presentes aqui fisicamente, mas
também para a incubação virtual e
nómada. As empresas de base tecnológica continuarão a ser as privilegiadas neste projecto, no entanto,
e face ao desenvolvimento cultural
desta região, entendemos que faz
sentido ter uma vertente direccionada para as indústrias culturais e
criativas, pelo que estamos a desenvolver esforços nesse sentido”,
garante Mónica Morais de Brito.
Estratégia renovada
Para a directora, o Sines Tecnopolo respira saúde e dinâmica: “Estamos numa fase de planeamento e
desenvolvimento de novas áreas:
Estamos a estruturar um serviço
de consultoria especializada para
garantir um maior apoio às empresas; a diversificar a nossa oferta
formativa, por exemplo, ao nível
da formação pós-graduada, com a
abertura de um MBA em Negócios
Internacionais em parceria com
IPS e a Universidade de S. Paulo;
temos várias candidaturas, nomeadamente com parceiros internacionais das quais esperamos respostas; e estamos a captar novos
associados. No fundo, estamos a
trabalhar para nos afirmarmos
como catalisadores do ecossistema Sines, ou seja para gerir projectos, parcerias e relações entre
as PME´s, as instituições de ensino
superior, as grandes empresas e a
administração pública!”, remata.
Berço empresarial
O Sines Tecnopolo é também uma
incubadora de empresas diferenciada: “Neste momento, no cômputo
geral, temos cerca de 18 entidades
que estão ou estiveram sedeadas
no Sines Tecnopolo. Temos, nas
nossas instalações, a Associação
Empresarial de Sines, a Loja da
Exportação do IAPMEI, uma sociedade de advogados e uma série de
serviços de suporte às empresas
que aqui se instalam. Aliando esse
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Moçambique
é a aposta
A Setrova, empresa de prestação de serviços na área da construção e manutenção industrial, está a arrancar com uma filial em Moçambique. Em regime
de parceria, a Setrova espera assim poder colmatar algumas reduções no
volume de negócios sentidas no mercado interno nos últimos anos e melhor
consolidar a sua atividade.
Alstom, a FMC Technologies ou a
EMMSA.
Qualidade de serviço
O início da Setrova remonta a
1983, ainda que se possa considerar que o verdadeiro arranque
surge em 1994 com a mudança
da sede para Sines e a entrada de
uma nova gerência na empresa.
Desde então, a Setrova passou
de uma facturação anual inferior a
um milhão de euros, para uns impressionantes 14 milhões de euPágina Exclusiva 12
ros, alcançados 2010. Um crescimento constante sustentado na
qualidade de todos os seus serviços. Com competências ao nível
da construção e da manutenção
industrial, a Setrova conquistou,
ao longo do seu percurso, clientes de renome internacional onde
se destacam a Galp Energia, a
Repsol, a Cimpor, a Portucel, a
Ao nível da manutenção industrial, os serviços da Setrova podem subdividir-se em duas áreas:
a assistência em engenharia de
manutenção, onde se encarrega
da organização, planeamento,
métodos e controlo de qualidade;
e a manutenção preventiva condicionada, onde faz a análise espectral do comportamento dinâmico,
análise metrológica do comportamento estático e a análise termográfica. Já na área da construção
e montagem, a Setrova reúne as
competências necessárias para
fazer a montagem e arranque de
instalações industriais, a execução de projectos fabris, representações e assistência técnica, a
construção e montagem de estruturas metálicas, tubagens e redes
de tubos industriais para fluídos,
bem como, o fabrico, manutenção
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e reparação de componentes e
equipamentos industriais.
Associada a esta ampla gama de
serviços, a Setrova conta ainda
com as certificações segundo as
normas NP EN ISO 9001:2000,
NP EN ISO 14001:2004 e OHSAS
18001:2007 para se diferenciar da
sua concorrência: “Acredito que
a Setrova continua a ser a única empresa nacional da área da
metalomecânica a possuir as três
certificações: qualidade, ambiente
e segurança. Esse é, sem margem
de dúvida, um valor acrescentado
para os nossos clientes”, destaca
Orlando Veríssimo, administrador
da Setrova.
Alternativas
Ainda assim, a qualidade de serviço apresentada não torna a Setrova imune à situação económica
actual. Segundo a administração,
os anos 2011 e 2012 representam
uma quebra de facturação: “Neste
momento, existe uma grande contenção de custos nas empresas
que estão aqui na zona e com as
quais trabalhamos regularmente.
Embora a Setrova esteja numa
área em que dificilmente deixará
de aparecer trabalho, a tendência
é que exista alguma estagnação
nos próximos tempos. Na área da
manutenção sabemos que teremos sempre trabalho a fazer, até
porque temos contratos fixos com
algumas empresas que, obviamente, nos ajudam a manter as
contas equilibradas. Além disso,
recebemos incentivos por parte do
PME Investe para investir no mercado externo e que ainda estão
por utilizar. Portanto, estamos com
alguma disponibilidade financeira.
Aguardamos apenas a opção correcta para fazer esse investimento.
Ou seja, pesando todos os parâmetros, concluímos que apesar da
quebra de 2011 e de uma redução
expectável para 2012, a Setrova
continua a ser uma empresa saudável a nível financeiro”.
Quanto à opção e momento para
investir, parecem estar ambos
muito próximos… “Eu nasci em
Angola, por isso sinto uma atracção natural pelo país. No entanto,
para uma empresa da dimensão
da Setrova, singrar neste mercado
é muito complicado. Chegámos a
estabelecer contactos para abrir
uma sociedade, mas isso implicava estar longe da sede. Como
nessa altura os meus filhos, actuais responsáveis pela produção e
pelo departamento financeiro, ainda não estavam na empresa, seria
um risco demasiado elevado para
a Setrova. Controlar uma empresa
à distância nunca é uma boa política, pelo que abandonámos a ideia.
Entretanto, há dois anos conheci o
mercado de Moçambique e percebi que poderia ser muito atractivo
para nós. Estabelecemos uma parceria e criámos uma empresa local
que está prestes a arrancar”.
Moçambique é, por isso, a novidade, mas não a primeira vez que a
empresa trabalha com o mercado
externo: “Neste momento, temos
três clientes estrangeiros com os
quais trabalhamos com alguma
regularidade. Uma empresa espanhola para a qual pré-fabricamos
aqui e depois montamos em Espanha e um cliente francês para
quem fabricamos, já há vários
anos, braços de carga marítimos e
terrestres. Entretanto, adquirimos
um novo cliente, também do Gru-
po FMC, mas da Noruega. Vamos
já fabricar nas nossas instalações
uns skids (estações de medição de
crudes e gases para plataformas
offshore) e, neste momento, temos
seis skids com encomendas firmadas”, revela Orlando Veríssimo.
Futuro
Para além destes mercados, a administração avança novas oportunidades de negócio em vista: “Há
a possibilidade da Setrova entrar
num consórcio, para trabalhar no
Iraque. A acontecer, será realizado
com o apoio da empresa espanhola que trabalha com a Setrova,
uma das condições que exigi neste
negócio que me foi proposto. São
trabalhos megalómanos, impossíveis de concretizar sem uma parceria. Por isso, vamos aguardar e
manter-nos focados, primeiramente, no projecto Moçambique”.
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Manutenção industrial a 100%
A TOUCHVALUE tem sido o parceiro na área de tratamento anticorrosivo de
empresas como o Porto de Sines, Galpenergia - Refinaria de Sines, Repsol,
EDP, entre muitas outras. Uma empresa com apenas seis anos, mas que reflecte toda a experiência adquirida pelo capital humano ao longo de décadas
ao serviço da indústria.
Com dois estaleiros que totalizam
10.000m2, acesso privilegiado às
águas do Porto de Sines, equipamento adequado, e fornecedores de renome internacional, a
­TOUCHVALUE conquistou o sector onde se enquadra.
Competências como os serviços de
tratamento de superfície, a protecção anticorrosiva e a recuperação
de componentes mecânicos em
materiais e equipamentos, garantiram-lhe trabalhos icónicos: “80%
da nova expansão da Refinaria de
Sines passou pela TOUCHVALUE.
É uma das provas mais recentes
da importância que esta empresa
alcançou na indústria desta região. Os nossos clientes confiam
em nós e reconhecem-nos todo
o know-how que, efectivamente,
possuímos. Hoje, a TOUCHVALUE
foi além da convencional empresa
de serviços de decapagem e pintura industrial, tornando-se uma
consultora para os seus clientes.
Nós avaliamos e damos o nosso
parecer sobre o trabalho a realizar
Página Exclusiva 14
para os nossos clientes”, afirma o
fundador e administrador da empresa, José Martins.
Factor diferenciação
É no know-how que a empresa
acrescenta valor ao trabalho: “Trabalhamos com uma equipa fixa de
38 pessoas, onde se incluem quatro técnicos superiores de qualidade, todos os encarregados e chefes de equipa. Depois temos um
número flutuante de colaboradores subcontratados que chegam a
colocar sob a responsabilidade da
TOUCHVALUE mais de 100 pessoas. Foi a melhor forma encontrada
para manter todo o conhecimento
dentro da empresa e ‘engordar’ ou
‘emagrecer’ a estrutura consoante
as necessidades de cada trabalho. Quanto aos colaboradores,
todos eles recebem formação específica através de uma empresa,
criada por nós. Uma segunda área
que está sob a responsabilidade
do Rodrigo Martins NACE - Coating Inspector, a segunda geração
desta empresa. E essa, acaba
por ser outra característica muito importante na ­TOUCHVALUE.
Somos uma empresa familiar,
unida e polivalente. Conjugamos
o meu know-how, que adquiri ao
longo de muitos anos nesta área,
com o know-how mais técnico do
meu filho, Rodrigo Martins NACE
- Coating Inspector, que já se tornou uma peça determinante na
­TOUCHVALUE, e toda a gestão
financeira, cautelosa e exigente,
que está a cargo de Ricardo Gomes”, explica o empresário.
Quanto
à
concorrência,
a
­TOUCHVALUE é muito clara: “Não
estamos preocupados com isso.
Sempre entendemos que devemos olhar para a qualidade do
nosso serviço como leme para as
nossas decisões. Mesmo quando
o cliente não a valoriza, é nosso
dever trabalhar para a optimização da nossa organização e dos
nossos recursos, tentando aliar o
conhecimento de mercado, à inovação e à garra empresarial”, destaca Ricardo Gomes.
Portugal Inovador
Além fronteiras
Com base nessa qualidade de
produto, a TOUCHVALUE tem
conseguido crescer sustentadamente: “Temos conseguido
crescer de ano para ano e temos
cada vez mais propostas do mercado externo para realizar alguns
trabalhos. Neste momento, por
exemplo, estamos a realizar um
trabalho colossal com destino à
Mauritânia. São mais de duas
mil toneladas à nossa responsabilidade!”, avança José Martins.
“60% da nossa facturação já se
refere ao mercado externo. Isso
acontece porque temos uma localização privilegiada, temos o
know-how, e trabalhamos com
fornecedores de renome, como
a Hempel, Sigma, CIN e AKZO
NOBEL”.
José Martins está também a
equacionar a hipótese de avançar com novos projectos em Mo-
çambique: “É um mercado que é
um desafio para mim. É atractivo
e já efectuámos alguns contactos
importantes, falta apenas deslocarmo-nos ao local e analisar intensivamente esta hipótese”.
Ainda assim, Rodrigo Martins,
NACE Coating Inspector, mos­
tra-­­­se cauteloso: “A TOUCHVALUE tem a missão de ser, a nível nacional, uma das empresas
líderes deste sector. Essa é a
nossa prioridade. Depois sim, poderemos pensar em aumentar a
nossa presença no mercado externo”, frisa.
Página Exclusiva 15
Portugal Inovador
Segurança Garantida
A A. Silvestre, fundada em 2004, dedica-se à comercialização e assistência na
área de equipamentos de segurança. A laborar a partir de Sines, a empresa
distingue-se pela aposta na certificação e pela prontidão e qualidade dos seus
serviços.
Foi depois de apostar na sua formação que António Silvestre decidiu criar esta empresa, dedicandose “a todo o serviço na área de
prevenção e combate a incêndios,
sinalização de segurança rodoviária, detecção de incêndios e
extinção automática, protecção
individual, colectiva e vestuário,
bem como a manutenção de equipamentos”.
A A. Silvestre conta com uma
clientela de peso. Como explica o
responsável, “estamos a trabalhar
dentro do Complexo Industrial de
Sines, fornecendo produtos e serviços para a administração do Porto de Sines, PSA Sines – Terminais
de Contentores, para a Euroresinas, na área da indústria química,
Página Exclusiva 16
para a EDP e Petrogal. Para além
disso, temos alguns clientes de
Hotelaria na zona do Algarve. No
concelho de Odemira, no Alentejo,
temos 98% de quota de mercado
e foi-nos feita uma proposta para
a barragem do Alqueva”. O raio
de acção da empresa estende-se,
precisamente, “desde Setúbal até
à ponta do Algarve, e desde Sines
até à fronteira”.
Entre 2010 e 2011, a facturação
da A. Silvestre aumentou, fixandose em 1,3 milhões de euros, muito
graças “ao fornecimento do equipamento de protecção individual,
de toda a sinalética e extintores
para a obra da refinaria de Sines”.
No entanto, António Silvestre admite que, em 2012, tem-se sentido
uma quebra na facturação. “Houve alguma redução em termos de
obras. Temos, no entanto, a facturação da manutenção dos equipamentos, que é mais estável”, confirma.
Para o responsável, o problema da
concorrência prende-se com o facto de “cobrarem preços muito baixos para o serviço que se tem que
prestar, bem como as despesas
inerentes”. No entanto, na A. Silvestre, não se concorre pelo preço. “Não é qualquer empresa que
trabalha no complexo industrial de
Sines. Para além da norma NP
4413, que nem todos cumprem,
temos uma vasta experiência nesta área. Da equipa de 11 pessoas,
cinco funcionários são certificados
Portugal Inovador
na manutenção de extintores, e
todos os anos damos formação.
Depois, esta empresa tem tido
sucesso muito graças à prontidão
e qualidade dos nossos serviços.
Trabalhamos a qualquer dia e
qualquer hora, feriados e fins-desemana incluídos, desde que seja
conveniente para o cliente. Temos
que nos adaptar, e o facto de o
fazermos, cria uma boa relação
com o cliente”, explica. Os números são prova disso mesmo – a A.
Silvestre teve um aumento de 40%
nos clientes na área do combate a
incêndios (extintores).
António Silvestre defende, efectivamente, que “devia haver mais
fiscalização às empresas desta
área, nomeadamente em relação
ao cumprimento da norma 4413”. A
A. Silvestre faz a sua parte, inclusive na certificação da qualidade,
que deverá chegar em Novembro
deste ano, e a certificação ambien-
tal, que está a ser preparada para
2013.
Ainda que António Silvestre não
esqueça o receio provocado pela
instável conjuntura actual, há planos delineados para o futuro. “Já
tenho um projecto para o ano de
2014. A ideia é fazer um armazém
com dois mil metros quadrados,
que permita centralizar os serviços da empresa. Para além disso,
estou a pensar abrir um negócio
de ferramentas anti-chispante, é
uma área a explorar. Já tenho uma
representação e vou tentar, também em 2014, abrir outra empresa
para esse tipo de equipamentos”,
­finaliza.
Página Exclusiva 17
Portugal Inovador
A subtileza de um bom vinho
A Adega Filipe Palhoça promete seduzir os verdadeiros apreciadores de bom
vinho. Nada como um fim de tarde, um pôr-do-sol e um copo de qualquer um
dos vinhos medalhados desta casa para se deixar conquistar.
nho branco produzidos anualmente
por uma equipa de seis profissionais aos quais se aliam cerca de 20
pessoas no período de vindima e 30
no período da poda. O controlo de
qualidade, e como não poderia deixar de ser, fica a cargo do enólogo
Jaime Quendera.
Um percurso…
Na freguesia de Poceirão, concretamente na Quinta da Invejosa, encontramo-nos com Filipe Palhoça,
patriarca responsável pela criação
da Adega Filipe Palhoça, e Nuno
Palhoça, a terceira geração desta
família com tradição na viticultura.
Hoje, as propriedades da adega estendem-se por 80ha de vinha, onde
se produzem castas tão diversas
como: o predominante castelão, os
regionais fernão pires, verdelho e
touriga nacional, ou mesmo os reconhecidos syrah, alicante boushet
e cabernet sauvignon. Uma amálgama de aromas e tradições que
chegam ao mercado sob as marcas
Quinta da Invejosa e São Filipe, em
garrafa ou bag-in-box. São 600 mil
litros de vinho tinto e 100 mil de viPágina Exclusiva 18
Apesar de Filipe Palhoça ter sido o
fundador da Adega Filipe Palhoça,
o patriarca não esquece o mentor
- mesmo que involuntário - de todo
este trajecto profissional: “Apesar
de tudo, ao fim de 30 anos, continuamos a ser uma pequena empresa
familiar. Tudo começou com o meu
pai, João Loureiro Palhoça, que tinha uma adega. Foi nessa adega
que comecei a vender aos restaurantes os meus primeiros vinhos. Só
em 1984, já depois de ter herdado
alguns terrenos do meu pai, é que
decidi comprar 50ha de terrenos e
abrir a Adega Filipe Palhoça”, relembra.
Durante muitos anos a Adega Filipe Palhoça dedicou-se à venda de
vinho a granel tendo iniciado, nos
anos 90, o engarrafamento e co-
mercialização de vinhos sob marca
própria: “Foi um período muito bom
para a Adega Filipe Palhoça. Começámos a crescer e a escoar toda a
nossa produção. Felizmente, ainda
hoje assim é. Actualmente, produzimos a grande maioria dos vinhos
que comercializamos com uvas próprias, comprando apenas alguma
uva a pequenos viticultores desta
região”, explica Nuno Palhoça.
A maior parte dos vinhos são vendidos em bag-in-box, directamente ao
consumidor, mas a Adega Filipe Palhoça está, gradualmente, a expandir
o seu raio de acção: “Estamos numa
região que está a subir de vendas,
pelo que temos de aproveitar este
momento. Estamos numa fase de
divulgação das nossas marcas de
garrafa no mercado. Sentimos que
é a altura certa para criar notoriedade e nome no mercado”, avança
Nuno Palhoça. “No ano passado,
começámos também uma parceria
com um distribuidor que está a colocar os nossos vinhos no Jumbo e
Continente. É o primeiro passo para
chegar a um consumidor nacional.
No campo das grandes superfícies,
ainda que a nível regional, a Adega
Portugal Inovador
Prémios recentes
2012:
S.Filipe Tinto 2009 – Medalha Ouro na
Vinalies, em Paris
Quinta da Invejosa Reserva – Medalha
Ouro no Concurso da Península de
Setúbal
Quinta Invejosa 2009 – Medalha Prata no
Concurso da Península de Setúbal
2011:
S. Filipe 2008 – Medalha Prata em
Bruxelas
Filipe Palhoça tem também os seus
vinhos no Intermarché”.
Aposta na qualidade
Os últimos investimentos da Adega
Filipe Palhoça recaíram nas vinhas,
tendo sido plantados, nos últimos
dois anos, 25ha de vinha nova.
Além disso, foi ainda introduzido no
mercado o moscatel, sob a marca
Filipe Palhoça. Pequenos apontamentos que denotam uma vontade
de crescer: “A venda em grandes
superfícies surge nesse sentido. É
evidente que vender em quantidade é uma situação atractiva para
nós, mas nunca vamos desprezar
o factor qualidade. Essa é uma das
razões pelas quais só vendemos
pontualmente para mercados como
Angola. Primeiro, porque, como te-
mos a produção toda absorvida pelo
mercado nacional, não sentimos
essa necessidade. E segundo, porque são mercados que nem sempre
procuram o factor qualidade. Mas
caso o procurem, é evidente que estaremos abertos para ouvir qualquer
tipo de proposta. Eventualmente,
até produzir sob marca branca, se
for um bom negócio para ambas as
partes”, assegura Nuno Palhoça.
Página Exclusiva 19
Portugal Inovador
De Portugal
para o mundo
Com uma abrangência alargada, o Grupo Galrão é
hoje um dos mais importantes representantes dos
mármores e granitos portugueses no mundo.
Fundado em 1955, o Grupo
Galrão é uma empresa histórica
no panorama industrial português. A gestão arrojada permitiu
que, ainda nos anos 60, começasse a exportar para os mercados de Espanha e EUA. Uma
estratégia de expansão que culmina na actualidade com obras
a nível global. Das suas pedreiras em Estremoz e Vila Viçosa é
extraído o mármore, no Centro
do país os calcários que a par
com outras pedras compradas no
mercado mundial que serão posteriormente transformados numa
das duas fábricas do Grupo, em
Página Exclusiva 20
Pêro Pinheiro. No Norte do país,
em Monção, é efectuada a transformação de granito, o qual é adquirido não só na região, mas em
todo o mundo. As vendas para
os pequenos projectos nacionais
fazem-se principalmente através
dos armazéns próprios estrategicamente posicionados no Porto,
Leiria e Seixal. As vendas para
os médios e grandes projectos
nacionais, assim como as exportações fazem-se directamente
das duas fábricas.
Apoiar quem exporta
Com uma capacidade mensal
de transformação a rondar os
30.000m2, o Grupo Galrão especializou-se em projectos à medida quer de pequena e média ou
grande dimensão, não descurando as dimensões standard utilizadas nos mercados para o qual
tem linhas próprias: “Neste mo-
mento, 75% do que produzimos
destina-se ao mercado externo.
O restante, na sua grande maioria, acaba por seguir o mesmo
destino, uma vez que os clientes
nacionais também têm uma forte vertente exportadora. Ou seja,
isso significa que temos de apresentar e cumprir com os mais
altos parâmetros de qualidade e
valor acrescentado. Por isso, fizemos um esforço enorme na reformulação da empresa. Ao nível
dos investimentos, destacam-se:
a criação de novas condições de
extração nas pedreiras, os incrementos na capacidade produtiva
e a actualização tecnológica permanente nas fábricas. São investimentos elevados que se tornam
difíceis de encaixar nas empresas, principalmente quando o
apoio da Banca é diminuto. O
Governo pede às empresas para
aumentar a sua quota de expor-
Portugal Inovador
tação, mas, para que isso aconteça, as empresas necessitam de
meios financeiros para investir,
para se manterem competitivas e
para terem ‘fundo de maneio’. No
caso do Grupo Galrão, podemos
dizer que já tivemos momentos
em que retardamos a nossa modernização e aumento de capacidade, em parte, devido à actual
escassez de meios financeiros
no mercado”, lamenta o presidente do Grupo, Jorge Galrão.
Aumentar raio de acção
Felizmente, o Grupo Galrão consegue compensar o decréscimo
de obras em alguns países graças à sua presença em mercados fora da Europa: “Espanha foi
um mercado muito interessante
para nós, tanto no início da empresa como na década de 90.
No entanto, acompanhou Portugal nesta conjuntura económica
e no, consequente, decréscimo
de actividade. Em contrapartida,
há outros mercados em franco
crescimento e que têm sido muito importantes para nós. Refirome aos EUA, Canadá, Alemanha,
França, Hong Kong, Coreia, Singapura ou mesmo alguns países
de Leste e de África. Em Angola, por exemplo, o Grupo Galrão
está a fazer a maior obra do país:
a Assembleia Nacional”, avança. “Fizemos uma reorientação
na política comercial apostando
mais em mercados com espectativas de crescimento dentro da
nova realidade internacional”.
Para além disso, o Grupo Galrão
vai abrir duas empresas no Brasil
e no Extremo Oriente através de
parceiros locais: “Estamos a analisar a hipótese de nos colocarmos, através de joint ventures,
noutros mercados. É uma forma
de assegurar a sustentabilidade
deste Grupo que emprega mais
de uma centena de colaboradores. Sabemos que ter muitas
obras este ano pode não significar ter muitas obras no próximo,
por isso estamos a criar alternativas e soluções. O futuro é mesmo esse: continuar a apostar na
constante actualização tecnológica e na qualidade de produto e
serviço, com especial destaque
para a exportação, uma vez que
o mercado nacional estagnou por
completo”, conclui Jorge Galrão.
Obras de referência:
- Hotel Marriot (Berlim)
- Hotel Intercontinetal (Dusseldforf)
- Private house of Ricky Martin (Miami)
- Sede da Sonangol (Luanda, Angola)
- Aeroporto da Catumbela (Angola)
- Hotel Fairmont Pacific Rim (Vancouver)
Página Exclusiva 21
Portugal Inovador
I&D em pavimentos
A Flexipiso é o exemplo de investigação e desenvolvimento em pavimentos.
Trabalhando com pneus reciclados e, mais recentemente, tijolo reciclado, a
Flexipiso tem todo o know-how para criar, produzir e instalar pavimentos de
segurança para jardins-de-infância, recintos desportivos, eco-pistas, entre outros.
Criadores de soluções
Inicialmente como marca e, desde
1997, como empresa, a Flexipiso
tornou-se num referencial de qualidade e inovação para as restantes
empresas nacionais do sector. Tendo
sido uma das pioneiras no sector, a
Flexipiso sentiu dificuldades em implementar o conceito em Portugal:
“Começámos por importar o produto
de uma empresa inglesa que produzia este tipo de pavimentos até que,
em 1997, constituí a Flexipiso como
empresa e começámos o fabrico. Nos
primeiros seis meses de fabrico não
conseguimos vender praticamente
nada. Foi preciso investir na sensibilização das autarquias, mas conseguimos demonstrar as mais-valias deste
produto”, recorda Carlos Almeida, administrador da empresa.
As placas, produzidas a partir de pneu
reciclado e com uma garantia de fabrico cinco anos, apresentam características únicas ao nível da sua capacidade de drenagem e anti-derrapante,
oferecendo também uma protecção
anti-bacteriana e propriedades ortoPágina Exclusiva 22
pédicas. Uma revolução, face aos pavimentos anteriores, que atraiu muitos
dos que pretendiam uma solução baseada na segurança dos utilizadores
e na qualidade do produto. Os pavimentos em placa da Flexipiso podem
ser encontrados, um pouco por todo
o país, nas zonas de recreio, parques
infantis, infantários, salas de fisioterapia, lares de idosos, balneários, zonas
industriais, passeios públicos, centros
veterinários, orlas de piscinas, ginásios, entre muitos outros.
Não contente com o sucesso das
placas em pneu reciclado, o responsável pela Flexipiso decide investir na
criação de um produto de desenvolvimento interno que, actualmente, já representa 30% da facturação anual da
empresa: “Fizemos uma abordagem,
bem sucedida, ao mercado espanhol
em 2007 com as referidas placas,
mas que, face às dificuldades económicas do país, começou a sentir
alguma quebra nos últimos anos. Ou
seja, a Flexipiso viu-se forçada a procurar novos mercados e produtos. Foi
assim que nasceu um projecto destinado ao segmento ferroviário. Tratase do fabrico de peças em borracha
que envolvem os carris dos metros de
superfície, com a mais-valia de que,
além de isolar electricamente o carril,
reduzem o ruído e as vibrações. Com
este produto, a Flexipiso está a fornecer uma linha em S. Petersburgo, na
Rússia, e em Orán, na Argélia”, revela
Carlos Almeida.
É também nesta perspectiva que surge o Flexirail, um produto que assegura a segurança dos motociclistas em
detrimento da convencional chapa:
“Começámos o desenvolvimento em
Portugal Inovador
2005, tendo sido efectuados inúmeros testes em França e Espanha. O
único problema era o peso das peças
que aumentava o preço do transporte
para o dobro. Por isso, em 2010, fizemos uma parceria com a CarCrash
e alugámos um software holandês
para conseguir ter o mesmo nível de
segurança, com o mesmo peso e em
borracha. Conseguimos atingir os objectivos a que nos propusemos faltando apenas os recursos para investir
na divulgação do produto”, explica o
empresário que, não deixa de lamentar a falta de apoio governamental às
empresas inovadoras: “Nos últimos
anos, temos assistido a aumentos
constantes nos impostos e nas despesas com energia que se agravam
com a dificuldade nas cobranças e
margens, cada vez mais reduzidas. O
Estado está, lentamente, a secar a tesouraria das empresas que investiam
em I&D, pelo que, a continuar assim,
vão deixar de o fazer”.
Prioridade à segurança
Carlos Almeida deixa ainda um conselho: “No caso das placas em pneu
reciclado, o que verifico é uma tendência para as autarquias privilegiarem a estética, causando um défice
na segurança dos utilizadores. E
esta deveria ser a prioridade. Não se
compreende a utilização de borrachas virgens em pavimentos ‘in situ’
que, apesar de coloridas, não têm
canais de drenagem, impermeabilizam solos e propiciam a criação de
fungos. A legislação portuguesa neste sector deveria ser, urgentemente,
revista”.
Página Exclusiva 23
Portugal Inovador
Um novo impulso
Manuel Cachadinha, administrador do Grupo Ângelo Cachadinha, aponta
a preponderância das PME para “contornar a quebra no sector, relançando
a economia”.
Quais os produtos e serviços
de cada uma das empresas
do Grupo?
Qual o historial do Grupo?
O Grupo Ângelo Cachadinha iniciou-se em 1960 com a empresa
de construção e obra públicas Joaquim Ângelo da Silva, em nome
individual.
Em 1981, esta empresa passou
a sociedade por quotas com a
entrada para a sociedade de Manuel e Efigenia Cachadinha, tendo passado a sociedade anónima
em 1997 com a entrada dos acionistas Nuno Cachadinha e Carla
Cachadinha.
Em 1988 foi fundada a Sociedade anónima Joaquim Ângelo &
Cachadinha, S.A., em 1991, adquiriu-se a Vila Tróia, Lda e em
1988 fundou-se a Burgausado,
Lda.
Em 2000, a Joaquim Ângelo &
Cachadinha, S.A., com outra
sociedade, criam a Terraços da
Expo, Lda.
Página Exclusiva 24
sas os colaboradores são muito
poucos.
A Joaquim Ângelo da Silva, S.A.
é uma empreiteira de obras públicas e particulares nos ramos da
construção civil e infraestruturas
e que faz também alguma promoção imobiliária.
A Joaquim Ângelo & Cachadinha,
S.A. é uma promotora imobiliária
que, no ano de 2004, construiu e
depois explora o Hotel Comporta
Village, na Comporta, além das
unidades de alojamento Comporta Residence e Verde e Mar, esta
nos Brejos da Carregueira, junto
ao Carvalhal.
A Burgausado foi fundada como
unidade de inertes (pedreira) que
ainda hoje é a sua principal actividade. No entanto, há cerca de
quatro anos, adquiriu a Herdade do Monte das Figueiras onde
explora os inertes e passou a
dedicar-se também à agricultura,
sobretudo com a cultura de arroz
em 80ha da propriedade, sendo
a parte restante de floresta.
A Vila Tróia, Lda é uma promotora imobiliária na área residencial
e industrial.
A Terraços da Expo, Lda foi uma
empresa criada para promover a
construção e venda do edifício
junto à Torre Vasco da Gama, conhecido pelas suas cinco estátuas na muralha, em fase final de
comercialização.
Qual a sua opinião sobre a
concorrência e sobre o sector da construção?
Quantos colaboradores possuem?
As perspectivas são modestas,
sendo em primeiro lugar manter
todas as empresas, com lucros,
embora sem a robustez dos anos
anteriores e manter o emprego,
aproveitando a potencialidade que
o Grupo tem de prestar serviços
A maior empregadora é a Joaquim Ângelo da Silva, S.A. com
cerca de 40 colaboradores, tendo
a Burgausado cerca de 20 colaboradores. Nas restantes empre-
Actualmente a concorrência no
sector da construção é de subsistência. Como não há obras públicas, nem particulares, em quantidade, uma parte importante das
empresas pratica preços de subsistência imediata o que, a prazo,
acaba por conduzir essas empresas para a insolvência, arrastando
outras que, na ânsia de ganharem
obras, acompanham os preços ruinosos das anteriores.
O sector da construção está praticamente parado nesta região.
Com a paragem, há alguns anos,
das obras nos grandes Empreendimentos Turísticos da Costa do
Alentejo Litoral e mais recentemente, com a autoestrada Sines-Beja,
também parada e também com a
conclusão das obras no Complexo
Industrial de Sines e Porto de Sines, a actividade das empresas de
construção é muito pequena.
Qual a facturação do Grupo?
O Grupo, no seu conjunto, factura anualmente pouco mais de
cinco milhões de euros, quando
há cerca de três anos facturava o
dobro.
Quais as perspectivas para
este ano?
Portugal Inovador
entre as várias empresas, objectivos que vamos conseguir.
Como se contorna a quebra
do sector?
Só se consegue contornar a quebra
no sector relançando a economia.
O relançamento da economia não
pode, no entanto, ser feito à custa
de obras inúteis e dispendiosas que
não têm sustentabilidade económica. O relançamento tem que ser feito
apoiando, sobretudo, as PMEs com
crédito bancário e apoios tecnológicos. As PMEs são as principais responsáveis pelo emprego em Portugal que, em grande parte, dispõem
de reduzido conhecimento tecnológico e de gestão. Há que promover
a ligação das PMEs às universidades e institutos, para que estes lhe
transmitam os conhecimentos que
aquelas PMEs não têm.
Quais os projectos de refe-
rência do Grupo?
Podemos citar vários ao longo
do tempo, por exemplo: as infraestruturas de Soltróia; o Golf do
Montado; a recuperação do centro
histórico de Grândola; a Piscina
Municipal de Grândola; o Condomínio Vila-Tróia, em Soltróia; a Biblioteca Municipal de Santiago do
Cacém…
Quais os projectos de futuro
para o Grupo?
Temos em curso a aprovação do
Aldeamento Turístico da Comporta
e o Aldeamento Turístico de Albergaria.Também estamos a projectar
a adaptação das habitações da Herdade do Monte das Figueiras para
turismo rural, aproveitando as condições naturais muito boas desta herdade que confina com o Rio Sado
em cerca de quatro quilómetros.
Outros projetos imobiliários e urbanizações para habitação e in-
dústria estão em fase de reflexão
pois, embora todos os terrenos
sejam propriedade das empresas
do Grupo, há que aguardar que o
mercado justifique o investimento.
Uma área em que estamos a
apostar desde 2001 por intermédio
do sócio Manuel Cachadinha, é a
área da recolha e destruição de
documentos confidenciais com a
sociedade Reisswolf – Secret-Services, S.A., de que é presidente.
Os documentos confidenciais que,
em todo o país e ilhas, nos bancos,
companhias de seguros, tribunais,
finanças, gabinetes de advogados,
que outrora eram lançados no lixo,
são agora recolhidos em contentores cofre RW e depois transportados em veículos blindados para
a fábrica em Alcochete e para as
delegações em Gaia e Loulé onde
são destruídos com total segurança segundo as normas europeias
de proteção de dados.
Página Exclusiva 25
Portugal Inovador
“Melhorar produção”
A Novo Sol Plantas está a investir na melhoria dos processos produtivos. O
objectivo primordial passa pela redução de custos, optimizando toda a sua
produção de plantas de exterior e de jardim.
Integrada no Grupo Ball FloraPlant, a Novo Sol Plantas fornece
90% da sua produção à Ball Colegrave, dependência britânica
desse grupo e actual parceira de
negócios. Nas suas instalações de
7ha, em Pegões, é realizado o enraizamento de rebentos de pequenas dimensões de plantas para
que estes formem uma nova planta que, após consolidada como
planta independente, serve para
transplantar para vasos para revenda ou aplicar em jardins. “Recentemente, começámos também
a produzir plantas perenes de jardim, especialmente direccionadas
para o mercado inglês. Em grande
maioria, a Novo Sol Plantas pro-
Página Exclusiva 26
duz fuchsias, mas também abrangemos as petúnias, calibrachoas,
verbenas, osteospermums, entre
outras”, revela Pedro Branquinho,
administrador da empresa.
Optimizar produção
Com a grande maioria da produção a ser absorvida pelo Grupo
Ball, a Novo Sol Plantas sente-se
confortável no mercado, prevendo
mesmo um crescimento de 5% em
2012. No entanto, a necessidade
de manter a empresa competitiva num mercado global obriga a
constantes reformulações: “Muitos
dos concorrentes da Ball têm produções em mercados africanos,
onde os custos de produção são
baixíssimos. Em Portugal não, os
custos fixos com energia e mãode-obra, apesar de inferiores aos
europeus, são mais altos. Por isso,
já pensamos em fazer uma produção nos PALOP, trazer de avião e
enraizar aqui. Depois, beneficiando
da situação geográfica privilegiada
de Portugal, enviar para Inglaterra, Holanda e Alemanha”, avança
Pedro Branquinho. “A verdade é
que a Novo Sol Plantas tem estado focada noutro ponto: melhorar
a produção. Tentamos, anualmente, baixar os nossos custos fixos e
essa foi a razão pela qual investimos, recentemente, mais de meio
milhão de euros nas nossas estufas. É bom saber que o Grupo em
que estamos inseridos continua a
apostar na sua produção em Portugal e nos portugueses”, conclui.
Portugal Inovador
Atitude pró-activa
Mais de duas décadas depois da sua fundação, a Miraflor continua a desempenhar um papel importante no sector nacional das flores. Dedicada à importação e distribuição de flores para revenda, a Miraflor é uma parceria sólida no
Grupo Sonae.
João Guilherme, fundador e actual administrador da Miraflor, é o
responsável pelos destinos da empresa. Desde o início da Miraflor,
cuja actividade se restringia ao
comércio de flores, corte e venda
a floristas, num raio que abrangia
Viseu, Guarda e Castelo Branco, a
empresa mudou muito. Actualmente opera a partir da sua sede, no
Seixal, onde é realizada a logística
para todo o país. Trabalha desde
2007 com o Grupo Sonae, com o
qual tem mantido uma sólida parceria ao longo dos anos: “Entretanto decidimos abrir um armazém
logístico na área do Grande Porto,
a servir de plataforma de assistência às lojas inseridas na região.
Esta foi uma necessidade consequente da evolução do negócio, a
qual, com o desenrolar do tempo,
foi inevitavelmente posta em prática”, avança João Santos.
Novas apostas
e reparação de espaços de jardinagem. Contamos com a colaboração de um arquitecto paisagista
para satisfazer as necessidades
específicas dos nossos clientes.
É quase uma indispensabilidade
para a empresa, uma vez que, infelizmente, a concorrência para as
PME organizadas surge de todo o
lado e de uma forma que não conseguimos combater”, lamenta o
empresário.
João Santos acredita também que
poderá ser possível para a Miraflor
entrar no mercado da exportação:
“Estamos a importar flores da Holanda e da Costa Rica e poderemos, em breve, iniciar um projecto
de exportação. Temos know-how
e capacidade para o fazer, por
isso estamos empenhados em
conseguir angariar parcerias, nomeadamente com a Alemanha ou
­Angola”.
Além do segmento profissional,
onde o sucesso é inegável, a Miraflor está a apostar também no
mercado do particular através da
Miraflor Garden. Primeiro, com
a criação de uma página online
onde se pode conhecer o catálogo
da empresa, assim como adquirir
arranjos florais, e posteriormente
com a introdução da área do jardim: “Estamos a entrar agora na
área da concepção, manutenção
Página Exclusiva 27
Portugal Inovador
A nova Vercril
Com uma nova gerência desde 2007, a Vercril reinventou-se para conquistar
o mercado angolano. Fugindo ao crédito malparado e lutando por negócios de
valor acrescentado, a empresa mudou de instalações e redefiniu estratégias
de negócio.
Com uma produção meticulosa
de tintas aquosas, revestimentos e isolamentos, e comércio de
tintas solventes, a Vercril sabe
que tem todo o potencial necessário para vingar no sector químico angolano. Vítor Santos e
Sérgio Mendes, novos gerentes
da empresa, estão tranquilos
quanto ao futuro: “Esta é uma
fase negra da economia nacional, mas que terá o seu fim. Se
não acreditássemos nisso, não
teríamos investido na empresa
e na criação de novas instala-
Página Exclusiva 28
ções. Pensamos que com uma
gestão rigorosa e equilibrada e
mantendo um padrão de qualidade a Vercril poderá ter um futuro risonho”.
Um novo rumo
Recentemente, a Vercril mudouse da Quimiparque para a Zona
Industrial da Moita. Um espaço
com 2300m2 a pensar no crescimento das vendas: “Apoiados
no know-how do meu sócio, que
esteve 23 anos em Angola, decidimos avançar com um projecto
nesse mercado. Actualmente, a
Vercril não tem instalações em
Angola, mas tem uma parceria
com uma empresa local, onde
os sócios da Vercril também
têm uma quota. Ou seja, é uma
parceria sólida e que já nos garantiu o envio de alguns contentores. O investimento é complementado com a mudança para
estas instalações. Ainda estamos em fase de transição, mas
importante é saber que a Vercril
passa a contar com o triplo do
espaço disponível e com outro
tipo de condições”, avança Sérgio Mendes.
Angola serve também como
complemento a um mercado nacional onde a actuação da concorrência tende a comprometer
a sobrevivência das empresas:
“A concorrência em Portugal não
tem regras. Produtos abaixo do
preço de custo e falta de liquidez estão a comprometer a sobrevivência das empresas. Seria
importante que o nosso Governo
português tivesse isso em conta
e investisse, também, na melhoria de relações políticas entre
Portugal e Angola. Pequenas
medidas que podem impulsionar a economia nacional e toda
sua componente de exportação”,
conclui Vítor Santos.
Portugal Inovador
Braga
Página Exclusiva 29
Portugal Inovador
Bracara Augusta
Francisco Soares Mesquita Machado foi eleito pela
primeira vez como presidente da Câmara Municipal
de Braga em 1976, naquelas que foram as primeiras
eleições autárquicas após o 25 de Abril de 1974.
As últimas eleições autárquicas
no concelho de Braga decorreram
no ano de 2009 e foram, por lei, a
última recandidatura de Mesquita
Machado. No entanto, apesar de
toda a obra realizada ao longo das
últimas décadas, a autarquia não
quis deixar de marcar presença na
organização de um grande evento
de nível europeu. Com cerca de
35% da população com idade inferior a 26 anos, a cidade de Braga
é uma das mais jovens da União
Europeia. Este facto pesou na escolha do Conselho de Membros do
Fórum Europeu da Juventude realizada em Bruxelas onde esta foi,
entre um grupo de outras dez cidades, a escolhida para ser a Capital
Europeia da Juventude no ano de
2012. Comentando esta nomeação que muito apraz todos os bracarenses, Mesquita Machado afirmou que, «enquanto um espaço
aberto e dinâmico, a iniciativa Braga Capital da Juventude 2012 será
um fórum de discussão de ideias,
dando à juventude a possibilidade de reflectir, discutir e partilhar
ideias e expressar as suas preocupações políticas. É com muito
orgulho que vejo reconhecido o
projecto apresentado por Braga»,
afirmou o presidente da autarquia.
Nove meses após o início das comemorações, têm decorrido inúmeras iniciativas entre as quais
se destacam a realização de três
cimeiras juvenis, entre a Europa
e a África, os países árabes e a
América Latina; festivais sócio-culturais (um deles intitulado «Noite
Branca», idêntico aos que já acontecem em Madrid e em Roma,
onde decorrem actividades contínuas durante 24 horas e em que
é possível, por exemplo, visitar um
museu às quatro horas da manhã);
workshops sobre a Europa e campos arqueológicos de escavações
da antiga cidade romana - Bracara Augusta e jogos desportivos da
Associação Intermunicipal Lusogalaica do Eixo Atlântico em que
participam os respectivos municípios das duas regiões do noroeste
da Península Ibérica.
A pouco mais de dois meses do
término da iniciativa Braga Capital
da Juventude 2012, fica a certeza
de dever cumprido e a mostra de
uma cidade jovem e dinâmica com
muito para oferecer a todos os
seus visitantes.
BREVE
BIOGRAFIA
- Francisco Soares Mesquita Machado (18
de Abril de 1947);
- Licenciado em Engenharia Metalúrgica,
assumiu o cargo de Secretário de Estado
do Fomento Cooperativo a pedido do
então Primeiro-Ministro Mário Soares,
abandonando o cargo aquando a sua
eleição para a Presidente da Câmara
Municipal de Braga;
- Aderiu ao partido em 1975 e, um ano
depois, iniciou carreira política como
deputado à Assembleia da República.;
- Tinha 29 anos quando assumiu a presidência da Câmara Municipal de Braga
(1979, 1982, 1985, 1989, 1993, 1997,
2001, 2005 e 2009) nas listas do PS;
- É sócio-fundador da Cooperativa
“Bracara Augusta”, membro da Comissão de Reserva Agrícola do Norte e já
presidiu ao Eixo Atlântico do Noroeste
Peninsular, entre 1999 e 2001, e à Mesa
da Assembleia-Geral da Federação Portuguesa de Futebol;
- Em 1990, foi agraciado com a Comenda
da Ordem do Infante pelo então presidente da República. Também foi membro
fundador do Sindicato dos Professores.
Página Exclusiva 30
Portugal Inovador
Utentes Satisfeitos
A medicina estética é uma área que desde sempre exerceu fascínio sobre
Maria Amélia Anjos. Com clínica aberta há vários anos em Braga, a médica,
que vê na obesidade infantil um “flagelo a nível nacional”, preocupa-se com a
constante actualização de conhecimentos, de forma a ter cada vez mais utentes satisfeitos.
Maria Amélia Anjos assume que
a gratificação dos doentes, proporcionada pelos “bons e rápidos resultados” da medicina estética, é um dos aspectos que
a levou, há 30 anos, a apostar
nesta área. Hoje, depois de o
consultório ter crescido e mudado várias vezes de instalações,
a clínica está sediada na Rua
do Raio, em Braga, “sempre
numa perspectiva de melhoria
dos cuidados prestados e da
qualidade”.
A empatia e boa disposição na
abordagem aos doentes, a par
da compreensão das suas dificuldades, ajuda a fidelizá-los à
Clínica Amélia Anjos, que conta
com tratamentos de mesoterapia, proshockice, pressoterapia,
peelings, intralipoterapia, rejuvenescimento
multivitamínico
facial, tratamento de rugas com
ácido hialurónico e toxina butolínica e mesolift facial, para
além das consultas de medicina
estética e obesidade. De referir
que, com excepção de alguns
tratamentos que implicam agulhas, nenhum deles é invasivo.
A obesidade, em particular, a infantil, é uma das questões que
mais preocupa a responsável.
Para Maria Amélia Anjos, as formas de combater este “flagelo”
incluem “medidas preventivas
que contem com a colaboração
da família, escolas, sociedade
e os media. Devemos encorajar
actividades simples como o caminhar, andar de bicicleta, ir a
pé para a escola, subir as escadas em vez de usar o elevador
e preferir as brincadeiras no exterior, em vez de, por exemplo,
ver televisão. No fundo, tem que
haver a preocupação de que as
calorias da ingestão alimentar
sejam inferiores ao gasto energético. Em termos alimentares,
é muito importante evitar o fastfood e refrigerantes e limitar os
doces aos dias de festa ou fimde-semana”, refere.
No futuro, a clínica Amélia Anjos pretende manter a qualidade
que já apresenta e se possível,
melhorar. Para além da constante actualização de conhecimentos, de forma a obter os melhores resultados, a responsável
pondera também introduzir uma
nova área: o aconselhamento
de melhoria da imagem.
Página Exclusiva 31
Portugal Inovador
Um Exemplo
na Construção Civil
Insere-se num sector que atravessa graves dificuldades mas, graças a uma
gestão financeira cuidada, a Dias & Rodrigues, empresa bracarense de construção civil, encara o futuro com optimismo. Prova disso é a abertura de uma
nova área de negócio, já este mês.
Foi Avelino de Araújo Dias, pai
dos actuais dois sócios, Marcelo
e Márcio Dias, que fundou, em
1967, a Dias & Rodrigues, Lda.
Na altura, fê-lo conjuntamente
com outros três sócios, no Brasil.
Em 1980 nasceu a filial portuguesa e, oito anos depois, Avelino
Dias adquiriu a totalidade da empresa, que se dedica à construção, compra, venda, permuta e
arrendamento de edifícios, entre
outras atividades especializadas
de construção.
Marcelo Dias recorda que veio
trabalhar para a Dias & Rodrigues, Lda. há cerca de 22 anos.
Apesar de ser filho do fundador da
empresa, começou por trabalhar
nas obras. “Ia a pé para as obras,
de marmita na mão, e o meu pai
passava por mim de carro e ainda
buzinava!”, relembra. No entanto,
se, na altura, tudo isto era incomPágina Exclusiva 32
preensível aos olhos do actual
sócio, hoje, Marcelo Dias entende que “foi muito importante passar por esse tipo de experiência,
pois permitiu-me dar mais valor
ao trabalho e ter um entendimento diferente, mais global, sobre o
negócio”.
Uma das obras que o responsável
recorda como uma referência do
trabalho da Dias & Rodrigues foi
o Prédio na Quinta Sotto Mayor I,
um edifício no centro da cidade de
Braga, em frente ao Tribunal, que,
embora possa parecer banal nos
dias de hoje foi, em 1980, uma
inovação em termos de construção. “Foi o primeiro prédio que
fizemos. Tem 11 andares, 44 fracções, e na altura ficou conhecido
porque tinha um hall de entrada
com dimensões pouco usuais.
Era um hall com uma área que
dava para construir mais um apartamento!”, conta.
Voltar às Origens
Com o seu raio de acção direccionado não só para a zona de
Braga, mas também Esposende
e Barcelos, a Dias & Rodrigues
não tenciona, num futuro próximo,
Portugal Inovador
partir para novos mercados. No
entanto, o Brasil, país de origem
da empresa, onde actualmente
apenas faz compra, venda e arrendamentos, deverá voltar a ser
uma aposta forte. E Marcelo Dias
considera que pode levar algum
avanço face a outras empresas:
“Nós já conhecemos bem as leis
e modus operandi do mercado
brasileiro”, confirma.
Numa altura em que a crise afecta
gravemente o sector da construção civil no nosso país, Marcelo
Dias assume que “a empresa
reduziu bastante o seu nível de
facturação”, mas a sua sustentabilidade e solidez financeira têm
ajudado a aguentar os tempos
mais difíceis.
“Herdámos do meu pai uma gestão muito controlada, sendo isso
muito importante para a estabilidade da empresa. Para além
disso, primamos pela qualidade
da construção e pela relação de
fidelidade que conseguimos estabelecer com os nossos clientes.
É graças a essa confiança, que
temos clientes que voltam a preferir a Dias & Rodrigues”, atenta o
responsável.
A abertura de um novo espaço,
dedicado a uma nova área de negócio, é também uma prova da
saúde da empresa. “Decidimos diversificar o negócio, no sentido de
oferecer mais apoio para o clien-
te, através de serviços complementares ao nosso core-business
- desde consultoria financeira, no
âmbito de, por exemplo, angariação das melhores condições de
crédito, até à vertente de seguros,
gestão de arrendamentos e condomínios. São serviços de que o
nosso cliente que quer comprar
casa pode, assim, usufruir, sem
ter que recorrer a outra empresa”,
conclui.
Página Exclusiva 33
Portugal Inovador
Um Espaço Idílico
Em Santo Emilião, Póvoa de Lanhoso, a Quinta Cedro do
Ave é um espaço idílico e requintado que tem sido preferência de muitos noivos na hora de dar o nó. No entanto, apesar
desta forte vocação, a quinta quer cada vez mais apostar em
diversificar os seus eventos, direccionando-se para a organização de fins de semana Team Building.
Percebe-se porque é que muitos
casais escolhem esta quinta para
celebrar o dia mais importante das
suas vidas. A casa, que data de
1912 e era, dantes, uma fábrica
de têxteis, está rodeada por uma
quietude que é apenas interrompida pelo suave som do deslizar da
água do rio, ali mesmo ao lado. Foi
há doze anos que Luís Silva e a esposa, Ilda Conceição, perceberam
o potencial deste espaço e ali abriram a Quinta Cedro do Ave.
Apesar do forte ser, de facto, os
casamentos, a quinta está vocacionada para todo o tipo de eventos,
como passagens de ano ou festas
de empresas. Os responsáveis
querem, cada vez mais, apostar
na organização de fins de semana Team Building, que têm como
objectivo “desenvolver as relações
profissionais e melhorar as performances de uma equipa, aumentando a motivação, comunicação,
entreajuda e confiança entre managers e colaboradores”. O espaço,
devidamente licenciado, tem capacidade para 550 lugares sentados
e, por se situar à beira-rio, proporPágina Exclusiva 34
ciona a todos os colaboradores um
ambiente calmo, propício à reflexão
após as actividades outdoor. Toda
esta envolvente influencia não só
este tipo de eventos, mas também
os próprios casamentos.
“O ambiente em que nos inserimos
cria um certo requinte, e a decoração ajuda. A água do rio a correr
ajuda a que as pessoas se sintam
ainda mais relaxadas. Todo o comportamento é condicionado por esses aspectos”, atenta Ilda Conceição.
Mas, mais do que um mero espaço que acolhe eventos, há uma
preocupação em ir mais longe, nomeadamente na organização do
próprio casamento. “Temos uma
equipa que propõe aos noivos todo
o tipo de serviços – desde catering,
decoração, DJ, animação, show
pirotécnico, design de bolos, babysitting, estética e cabeleireiro,
branqueamento dentário e vestidos
de noiva. Para além disso, temos
a preocupação de personalizar ao
máximo esses serviços. É por isso
que, em primeiro lugar, conhecemos os noivos, estudamos as suas
origens, os seus hobbies, entre outros aspectos, de forma a perceber
o que eles querem realçar no dia
do casamento”, continua a responsável. De referir que cerca de 60%
dos casais que contactam a Quinta
Cedro do Ave são emigrantes em
países como França, Bélgica ou
Alemanha.
A Quinta Cedro do Ave organizou
também, este ano, a primeira edição
do Cedro do Ave Noivos, um evento
pensado e produzido pela equipa da
quinta e que contou com o apoio da
Portugal Inovador
Associação de Turismo da Póvoa
de Lanhoso e da respectiva Câmara Municipal. “A ideia foi mostrar ao
público o nosso potencial enquanto
quinta, o potencial dos nossos parceiros directos e a originalidade das
actividades que podemos oferecer.
Isto porque sabemos colocar-nos
na óptica do cliente, sabemos que
os noivos querem ser únicos e especiais, que gostam de tudo o que
é novo e diferente”, refere. O evento
correu tão bem que já está prevista
uma segunda edição, para 2013,
e uma edição especial a decorrer
em Dezembro, com a temática “Um
Casamento no Inverno”.
Com todo este potencial, é certo
que não faltarão casamentos na
agenda dos próximos meses da
Quinta Cedro do Ave. No entanto,
Ilda Conceição e Luís Silva querem
aproveitar a polivalência e capacidade do espaço para diversificar as
actividades da quinta, bem como os
públicos. “Temos um espaço propício para conferências e exposições.
Para além do salão, temos algumas
salas anexas de dimensões mais
pequenas, que podem dar resposta
a diferentes necessidades. E sabemos que, também nestas actividades, cada vez mais se procuram
um ambiente intimista, que pode
potenciar os negócios”, conclui a
responsável.
Página Exclusiva 35
Portugal Inovador
27 anos de excelência
A International House Braga rege-se pelos valores de qualidade e excelência
formando anualmente comunicadores das línguas inglesa, alemã, francesa,
espanhola e italiana. Uma instituição em crescimento que se apresenta como
escola de referência desde 1985 e o único Centro Autorizado de Exames da
Universidade de Cambridge em Braga.
A International House Braga faz
parte da International House
World Organisation (fundada em
1953), uma rede de mais de 150
escolas espalhadas por todo o
mundo.
Formada em 1963, a International
House Portugal expandiu-se para
mais nove cidades no continente e lecciona aproximadamente
6000 alunos por ano.
Instituída como escola de referência em 1985, e contando com uma
equipa de 20 funcionários, actualmente, a International House Braga começou por ensinar apenas
o inglês, acabando por alargar o
Página Exclusiva 36
leque de línguas para o alemão,
francês, espanhol e italiano. “Pensando no futuro, também gostávamos de leccionar mandarim um
dia” avança Janet Sinclair, directora do estabelecimento.
A escola destaca-se pela sua
metodologia comunicativa com
um ensino focado na oralidade.
“Sempre incentivamos os alunos
a participarem nas actividades
lectivas usando a língua da aula,
por isso desenvolvemos a competência comunicativa”, explica a
docente, com o intuito de formar
alunos fluentes e competentes,
ao mesmo tempo que se trabalha
os aspectos estruturais do idioma,
a gramática e o vocabulário num
contexto natural.
O público-alvo também é diversificado: crianças, adolescentes
e adultos. Para além dos cursos
gerais de línguas, a IH também
elabora cursos específicos direcionados a profissionais tendo
em conta as suas necessidades
linguísticas, cursos esses que podem ser leccionados nas próprias
instalações da empresa.
Outro dos aspectos que destaca
a instituição é a excelente preparação para os exames da Universidade de Cambridge e isto reflecte-se na alta taxa de sucesso
dos seus alunos. “Acho que é um
aspecto cada vez mais importante
porque os diplomas de Cambridge­
são organizados segundo os níveis europeus de línguas e são
reconhecidos mundialmente. E
estes diplomas são válidos para
sempre”, remata Janet Sinclair.
Quanto ao futuro, “queremos
continuar a apostar no ensino de
qualidade, manter a alta taxa de
sucesso na certificação dos nossos alunos e, numa altura em que
as línguas têm cada vez mais importância, encorajar as pessoas a
munirem-se desta ferramenta essencial”, conclui a directora.
Portugal Inovador
“Vamos arrumar as cidades!”
A comemorar 25 anos de existência a Publiminho, empresa sediada em Braga, atua no sector das estruturas publicitárias. Liderado, desde o início, por
Delfina Alves, este projecto continua a ter uma enorme margem de progresso
tanto no âmbito da inovação, como na sensibilização de entidades e clientes.
Em conversa com a revista Portugal Inovador, Delfina Alves
recordou o quão complicado foi
liderar uma empresa de publicidade, em plena década de 80, na
cidade de Braga. “Fui pioneira
no mercado publicitário na cidade e confesso que não foi fácil,
era o tempo em que os empresários entendiam a publicidade
como um custo e não como um
investimento.”
A Publiminho, através da sua associada Green, do grupo JC Decaux, trabalha com 53 Câmaras
Municipais nas regiões de Minho
e Trás-os-Montes. 25 anos passados, a Publiminho aposta nos
outdoors rotativos de três faces
que, sendo iluminados, cativam
a atenção e potenciam as qualidades do produto.
Problemas no sector
Delfina Alves sempre apostou
na qualidade e na inovação e foi
com o intuito de reforçar essa
postura que, há mais de uma
década, aliou-se a uma empresa
de âmbito nacional. “Quando me
associei à Green, ansiava entrar
num nicho de mercado muito
mais exigente, mas o panorama
pouco mudou. O mercado nacional continua muito fraco, devido,
essencialmente, à insensibilida-
de das câmaras municipais que
menosprezam a estratégia de
localização e organização dos
outdoors”. A empresária defende
as potencialidades destas estruturas, mas lamenta a falta de
regulamentação do sector: “Este
continua a ser um meio de divulgação por excelência e, quando
está bem colocado, tem um impacto tremendo. No entanto, há
um trabalho de base que deve
ser feito para amplificar o seu
potencial, ou seja, há que encontrar o equilíbrio entre a boa
localização de um outdoor e o
ordenamento territorial”.
Agravando esta falta de sensibilidade, podemos observar ainda
“o pagamento desregulamentado de taxas camarárias que
variam, arbitrariamente, por decreto das câmaras”, assim como
o aparecimento espontâneo de
micro empresas, “que praticam
preços baixíssimos, acabando
por prejudicar os profissionais e
os clientes”, lamenta a empresária.
Apesar de todas estas condicionantes, Delfina Alves afirma
que vai continuar, “a contrariar o
mercado e a apostar em estruturas de qualidade”, revelando
ainda que, 2013 vai ser um ano
de mudança para a Publiminho.
Página Exclusiva 37
Portugal Inovador
De Malas Feitas
Nos dias que correm, a necessidade de nos deslocarmos é cada vez mais forte. A Agência de Viagens Caravela faz desta necessidade o seu mote, garantindo ao cliente uma viagem sem preocupações, seja de negócios ou lazer.
A Agência de Viagens Caravela surgiu em 1958, quando esta
área de negócio era ainda pouco comum em Portugal. A Caravela é, efectivamente, uma das
agências mais antigas no país,
e a par dessa longevidade foise criando “bom nome” no mercado, graças à qualidade dos
serviços prestados.
Página Exclusiva 38
Tito Soares da Silva que, a par
de Sara Mendonça, é um dos
actuais quatro sócios da agência, refere que “a evolução tem
sido satisfatória” mas que, num
sector como este, ela só acontece porque há uma constante
actualização. “Esta é uma actividade muito dinâmica, está sempre em mutação. Há dez anos,
as necessidades eram completamente diferentes das de hoje,
e isso obriga-nos a estar sempre muito atentos. Dantes, havia muito poucas agências, hoje
são milhares. Temos que fazer
um esforço para nos demarcarmos no mercado, e isso consegue-se com muito trabalho, actualização e formação”.
Quem prefere os serviços da
Caravela tem a garantia “de
encontrar credibilidade e um
parceiro sólido. O nosso trabalho é oferecer um produto que
seja o mais adequado possível
ao cliente, e isso envolve conhecer as suas expectativas e
fazer tudo para que não saiam
defraudadas. Temos também
outro objectivo que é crucial
– poupar tempo ao cliente. No
fundo, o cliente delega em nós
a organização da sua viagem,
retirando o peso da preocupação que isso envolve”, continua
Tito Soares da Silva.
Conscientes de que “viajar é
cada vez mais uma necessidade”, os responsáveis definem o
seu público-alvo como “o mais
abrangente possível. Temos
desde o pacote mais simples,
com uma viagem em low cost
que custa, por exemplo, 20 euros, até à Volta ao Mundo”. A
Caravela é acreditada pela IATA
(Associação Internacional de
Transporte Aéreo), o que lhe dá
a vantagem de “poder fornecer
ao cliente um bilhete de avião
para qualquer companhia aérea
do mundo”.
Apesar das dificuldades vividas
presentemente pelo país, Tito
Soares da Silva pondera expandir o negócio. “Temos que abranger mais mercado, de forma a
não estagnar, mas sempre com
muita prudência. Actualmente, as
pessoas ponderam muito mais
antes de fazer uma viagem mas,
por outro lado, há uma abordagem nova a este negócio por
parte do consumidor, que deriva
dessa constante necessidade de
deslocação. Estamos satisfeitos
com a evolução da Caravela, é
uma agência com muitos anos no
mercado, muito bem estruturada,
e isso, a par da vasta gama de
ferramentas ao dispor do cliente,
permite-nos estar mais resguardados”, termina.
Portugal Inovador
Qualidade, estética
e funcionalidade
O grupo Ensanis Saúde é marcado pela qualidade, estética e funcionalidade
na saúde oral, assegurando o bem-estar do cliente. A tecnologia de ponta e a
formação dos profissionais garantem o sucesso e alargamento contínuo dos
serviços. Um percurso de sucesso iniciado há oito anos.
O grupo Ensanis Saúde nasceu em
2004, ligado a um projecto de ensino
superior. No entanto, o sucesso ditou
o seu crescimento, sendo montadas
posteriormente estruturas para Braga, Bragança e Faro. Uma expansão
que não ficará por aqui.
A Ensanis Saúde apresenta duas
vertentes principais. “Uma que se relaciona com o Laboratório de Prótese que, para além de trabalhar com a
nossa clínica, trabalha também com
todas as clínicas do país que procuram dar aos seus pacientes uma
prótese diferenciada e de extrema
qualidade e estética. Outra que se
centra sobre o paciente”, explica Roberto Oliveira, director do Laboratório
Ensanis Saúde.
A formação dos profissionais é outra
das apostas, assentando em três bases fundamentais: qualidade, funcionalidade e estética. A equipa, “jovem,
dinâmica”, garante Eduarda Silva,
directora da Clinica Ensanis Saúde,
é composta por 15 elementos
O grupo Ensanis Saúde é diversificado nas especialidades. Implantologia
e prótese fixa são as duas mais procuradas devido aos inúmeros casos
já efectuados e à satisfação obtida.
Contudo, “todos os nossos tratamentos cirúrgicos ou simples consulta
dia-a-dia são primordiais e bem realizados”, assegura Eduarda Silva.
A tecnologia é o grande factor chave
no trabalho desenvolvido pela Ensanis Saúde. “Os nossos dentes são desenhados em computador e cortados
por um robot, sendo a sua precisão
e estética sem igual. Os nossos pacientes têm a possibilidade de visualizar antes da colocação dos dentes o
desenho ajustado à realidade e isso
faz com que haja uma tranquilidade e
segurança maior no tratamento final”,
avança Roberto Oliveira.
Qualidade e experiência garantem
o carácter diferenciador do grupo.
“A confiança que os nossos clientes
depositam em nós não é em vão.
Tudo nas nossas clínicas é diferente
desde o atendimento até ao final do
tratamento. Não é à toa que o nosso
logotipo é composto por hemácias ligando-nos à vida, às diferenças entre
as pessoas e ao tratamento individual
que disponibilizamos para cada paciente”, remata Eduarda Silva.
O balanço não poderia ser mais positivo. “Não é normal hoje em dia em
Portugal uma empresa crescer e abrir
filiais. Não temos dúvidas que o nosso esforço e trabalho profissional se
encontra a dar frutos e isso faz-nos
sentir muito orgulho de toda a nossa
equipa”, constata Roberto Oliveira.
Quanto a planos futuros, ”só depende
do trabalho que fizermos no presente.
Temos como lema que não podemos
permitir ser pequeninos quando temos capacidades intelectuais e laborais para sermos grandes. Portugal é
um país de gente muito trabalhadora
e é pena quando o seu esforço não
é correspondido com sucesso. Para
o futuro prespectivamos crescimento
no que diz respeito à abertura de clínicas, estreitamento da parceria que
elaboramos com o Brasil e novos desenvolvimentos tecnológicos”, conclui
Eduarda Silva.
Página Exclusiva 39
Portugal Inovador
“A pele é um reflexo
do nosso interior”
A Aromas e Sentidos, mais conhecida pelo nome Aromas Aqua Spa, abriu as
portas ao público em 2009 e desde aí que tem vindo a aumentar o número de
clientes. Aqui tudo é inovador, desde o método de trabalho da equipa, até às
matérias-primas e tratamentos utilizados.
Raquel Costa é formada em Economia, mas a vida levou-a para diferentes caminhos. Tendo-se apaixonado pela área das terapias, é
agora homeopata, terapeuta de
medicinas orientais e proprietária
da Aromas e Sentidos. Foi graças
aos seus pais que Raquel Costa
teve acesso às suas instalações
actuais. Transformaram um edifício antigo e decadente num espaço de luxo, moderno e tranquilo.
Toda a decoração foi pensada ao
pormenor de maneira a transmitir
calma a todos os que por lá passam. As cores, todas em harmonia
e em tons pastel, uma decoração
oriental, fazem parte da casa e os
óleos essenciais Biológicos que
Página Exclusiva 40
são difundidos, induzem a um relaxamento imediato dos seus clientes. “O tratamento começa na sala
de espera” comenta a gerente, que
se orgulha muito da cascata de
água que decora aquela zona. Os
Aromas e a melodia da água tranquilizam as pessoas, libertando-as
do stress, que “chegam mesmo a
adormecer”.
Na Aromas e Sentidos visam ao
bem-estar do cliente, sendo que
o lucro “é uma consequência do
objectivo primordial”. Como se direcionam para o bem-estar, aqui
não se fazem tratamentos standard. Todos os clientes passam
por uma consulta onde é feito um
diagnóstico e só aí é escolhido o
tratamento certo, sendo que raramente é o próprio cliente a definir
o que vai ser feito. Outra das características únicas desta empresa é o uso exclusivo de produtos
biológicos. Raquel Costa trabalha
com a marca francesa Florame da
qual não abdica e garante que os
resultados de todos os tratamentos são visíveis logo a partir do primeiro. A mesma pessoa passará,
sempre que lá for, por um diagnóstico, análise do seu perfil físico e
emocional, visto que, normalmente, não se encontra no mesmo estado de espírito em duas sessões
diferentes. Independentemente do
tratamento a ser feito, Raquel Costa não dispensa o uso dos óleos
essenciais, pois considera que “a
aromaterapia biológica é a base
de todos os tratamentos”.
A empreendedora conta com a
ajuda de três profissionais na área
da terapêutica, duas no escritório
e comércio internacional e uma
outra na escola de aromaterapia.
A escola de aromaterapia pertence também à gerente que dá
aulas nas instalações da Aromas
e Sentidos e ainda no Porto. Raquel Costa é também a fundadora
e presidente da APA, Associação
Portuguesa de Aromaterapia, cujo
objectivo social dá o nome de Hospital do Sorriso, um hospital social
que trabalha da mesma forma que
o spa e que leva cerca de 25 terapeutas e vários voluntários a ajudar quem mais precisa, de forma
gratuita.
Com tudo encaminhado e revelando que não se trata de uma
mulher ambiciosa, Raquel Costa
pretende agora manter aquilo que
conseguiu até hoje e gostava apenas de implementar mais a sua
escola. Para o ano pretende ainda
novos cursos na área da Medicina
Biológica Estética e na área da
Homeopatia.
Portugal Inovador
Uma vista deslumbrante
O restaurante Elvira dispensa apresentações para os bracarenses. O nome
tem já mais de 18 anos, mas foi há ano
e meio que Elvira Silva, a proprietária,
decidiu que queria mudar de instalações
e agora sim, o restaurante encanta.
Elvira Silva sempre soube aquilo que queria, um restaurante
de sonho. O objectivo foi conseguido. Da sua imaginação para
a realidade, ainda levou algum
tempo, mas a perfeição demora a ser conseguida. Começou
por um espaço pequeno e foi
aí mesmo que conseguiu tornar
o nome conhecido em todo o
país, não só através da saborosa comida tradicional portuguesa, mas também através da sua
carta de vinhos de excelência.
A comida está nas mãos da sua
irmã Glória Silva e na ementa
encontramos
essencialmente
grelhados e os pratos mais apetecidos passam pelo tradicional
arroz de tamboril, pelo polvo
grelhado e o arroz de robalo,
sendo este último o preferido da
proprietária.
Por aqui, com uma vista fantástica sobre o rio e a natureza, a
crise não passou, o que não é
de estranhar, visto que todo o
aspecto geral do restaurante
se torna apelativo aos vários
sentidos, tornando-se irresistível não passar por aqui no mínimo, uma vez. “Todos os dias
recebo clientes novos de todo
o mundo”, comenta a empreendedora, orgulhosa. Elvira Silva
conta com a ajuda dos seus
cinco irmãos para preservar a
qualidade do restaurante e este
torna-se assim um escape das
preocupações do dia-a-dia e
fica garantido um tempo muito
bem passado.
Página Exclusiva 41
Portugal Inovador
Em Busca da Excelência
Sustentável
Criada em 2010, a Alpstone dedica-se à transformação e comercialização de
mármores e granitos. Os seus produtos são destinados principalmente ao uso
doméstico e à hotelaria, estando presentes em vários países.
“Uma arrojada aposta”, é assim
que Rui Costa, director da Alpstone, classifica a criação da empresa em 2010 pelo sócio fundador José Magalhães, mediante a
actual conjuntura económica. A
confiança no seu projecto e nos
seus produtos fez com que a
empresa ultrapasse os sinais negativos da crise, evidenciandose pelo crescimento nestes dois
anos de actividade.
O percurso da empresa foi sempre de forma crescente a todos
os níveis. As instalações iniciais
foram aumentadas, novas máquinas para a transformação de
materiais de tecnologia de ponta
Página Exclusiva 42
foram adquiridas e contrataram
mais colaboradores, perfazendo
um total de 17 actualmente. Todo
este crescimento foi sustentado
também pelo aumento de volume
de negócios, que se verificou até
ao ano de 2011, derivado da procura interna e externa.
Apesar da Alpstone não ter pedreira própria para extracção da
matéria-prima, a empresa compra
os seus produtos junto dos seus
melhores fornecedores nacionais
e no estrangeiro, com a garantia
de material de qualidade.
A Alpstone actua no sector das
rochas ornamentais, sendo o
seu principal objectivo fornecer
e transformar materiais de mármore, granito e rochas similares,
para aplicação no uso doméstico e decorativo, especializandose em tampos de mármore para
cozinhas domésticas e no ramo
hoteleiro, por exemplo. O propósito da empresa é produzir e
comercializar produtos de valor
acrescentado, constituindo assim uma importante vantagem
competitiva, permitindo oferecer
um serviço de excelência aos
seus clientes. O contacto com o
cliente é feito de forma directa, o
que possibilita um melhor conhecimento das suas necessidades,
assim como a promoção dos produtos e serviços da empresa.
“Procuramos adoptar estratégias
que proporcionem mais valor aos
nossos clientes, aproveitando as
potencialidades dos nossos recursos”, refere Rui Costa, acrescentando que “a crescente competitividade a que as empresas
estão sujeitas, obriga à introdução continuada de factores inovadores e diferenciadores como
tecnologia de ponta”, conclui o
director. Deste modo, a Alpstone conseguiu em pouco tempo
internacionalizar-se, exportando
para França, Inglaterra e Canadá, sendo que as exportações
representam neste momento
cerca de 50% do volume de negócios da empresa. “A exportação no nosso sector não é fácil,
o insucesso verificado por algumas empresas prende-se com o
facto de não estarem preparadas
para as exigências e as especificidades do mercado externo”,
revela Rui Costa. Assim, a Alpstone soube ter a sensibilidade e
competência para contornar as
dificuldades e estabelecer-se
no mercado externo, cumprindo
com os objectivos iniciais estabelecidos aquando da criação da
empresa.
Portugal Inovador
Inovação e qualidade
A Farmácia Pipa apresenta um serviço caracterizado pela qualidade e satisfação do cliente. Promover a saúde e prevenir a doença da comunidade constitui
a missão do estabelecimento, através de serviços que visam o uso racional
dos medicamentos e produtos de saúde.
A primeira alusão histórica que se
conhece da botica que deu origem à
Farmácia Pipa remonta a 1743. Em
1820 é fundada a Farmácia e Drogaria Pipa, pelos irmãos João Luís
Pipa e Joaquim José da Silva Pipa.
“A 20 de Junho de 2011, iniciámos
um novo ciclo, tendo transferido a
Farmácia Pipa situada no centro da
cidade, para Lamaçães, onde se
encontra actualmente, com um projecto arrojado e inovador”, começa
por explicar Ana Cunha Moreira, directora técnica da Farmácia Pipa.
O estabelecimento, que abraça
uma equipa de 15 colaboradores,
pretende tornar-se uma referência
nos serviços que oferece: Nutrição e Dietética, Podologia, Reeducação Global Postural, acompanhamento à grávida e ao bebé,
cessação tabágica, tratamentos de
rosto e corpo…Para além destes
serviços essenciais e diferenciados, a Farmácia Pipa realiza ainda
workshops, sessões de esclarecimento, demonstrações, acções
nas escolas, de forma a dinamizar o seu espaço e colaboradores,
prestando um melhor serviço para
com o utente”.
A Farmácia Pipa colabora com outros profissionais ou instituições,
apoiando iniciativas de natureza
cultural e social. Em termos de parceiros o estabelecimento trabalha
com marcas exclusivas em Braga,
como é o caso da Darphin e Payot.
A formação contínua dos colaboradores é outra das grandes apostas
da Farmácia Pipa, através de formações internas e externas.
O estabelecimento apresenta diferenças relativamente a outros
espaços de saúde, que se evidenciam, por exemplo, na “puericultura,
cuidados mamã e bebé, porque a
zona onde está inserida a Farmácia
é uma zona populacional muito jovem, não fosse Braga a Capital Europeia da Juventude, e um beauty
point com cosmetologista a tempo
inteiro. A criação de um posto de
atendimento prioritário sentado é
igualmente um dos factores que
nos diferencia, criando todas as necessidades e conforto para utentes
idosos, com mobilidade reduzida,
grávidas e pais com crianças até
aos 3 anos”, refere, entre tantos
outros serviços.
O utente é factor determinante na
acção da Farmácia Pipa, desde o
acolhimento até à finalização do
atendimento. A simpatia e profissionalismo dos colaboradores é
fundamental para total satisfação e
fidelização dos mesmos.
Quanto à missão, “é sem dúvida
para com o utente, e também para
com os nossos colaboradores,
criando todas as condições para
que possam exercer a sua profissão com orgulho e se sintam motivados por trabalharem num espaço
cuidado e pensado ao pormenor”,
avança Ana Cunha Moreira.
Profissionalismo, qualidade, inovação e motivação são as regras chave que norteiam diariamente o trabalho da Farmácia Pipa, de forma
a “tentar fidelizar novos utentes e a
satisfazer os mesmos, a criar novas
parcerias, promoções e descontos,
tendo em conta a actual situação
económica que o país atravessa,
tentando ainda estar sempre um
passo à frente nas novidades”, justifica a directora técnica.
Um ano após as novas instalações,
“o balanço é muito positivo, tendo
em conta a situação do sector farmacêutico e da actual conjuntura”.
Quanto ao futuro, “é preciso continuar a fazer formações, workshop’s,
sessões de esclarecimento, acções
sociais… Inovar, criar novas parcerias e arranjar estratégias para melhor servir e satisfazer os utentes”,
conclui Ana Cunha Moreira.
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Portugal Inovador
“Faça do seu futuro
a nossa Aliança!”
Caracterizada pela segurança e conforto dos seus empreendimentos, a empresa Manuel da Silva e Filho, Lda apresenta-se sólida no mercado há já 30
anos. Um percurso de sucesso na área da construção civil e obras públicas.
A Manuel da Silva e Filho, Lda é
uma empresa com vários anos
de experiência no mercado português, tendo sido fundada em 1982
a partir da Manuel Silva. Iniciou a
sua actividade em nome individual,
trabalhando com pequenas edificações/reconstruções (moradias),
reparações, arranjos, restauros.
Algo mais familiar.
De há cinco anos a esta parte,
José Manuel Peixoto Silva tentou
dar “outra dinâmica, outra dimensão à empresa”, explica.
Estando consciente do difícil contexto económico, das dificuldades do mercado, bem como com
a concorrência, a empresa tem
apostado fortemente nos seus
principais objectivos, de proporcionar cada vez mais qualidade e
Página Exclusiva 44
eficiência nos serviços prestados
aos seus clientes. Este facto, bem
como o aumento da produção, demonstram que se diferencia e que
está no bom caminho.
Dotada de bons recursos humanos
e trabalhando com materiais disponíveis, a empresa apresenta uma
diversificada panóplia de serviços.
“Faz-se um bocadinho de tudo.
Reabilitação e remodelação de
habitações, condomínios e infraestruturas, pintura, reestruturação de
espaços exteriores, reconstrução
de edifícios, construção paisagística, entre outros. Nós não estamos
direccionados para uma área específica”, revela Sandra Silva.
Relativamente a parceiros, “temos
empresas distintas com quem trabalhamos mais. Agora, parceiros
definidos, não. Tentamos sempre
trabalhar com as empresas da
nossa região, o que nem sempre
é possível, pois existem situações
em que temos que alargar o leque
de fornecedores”, informa o entrevistado.
A empresa, que conta com 22 funcionários, opera a nível nacional,
“mais na nossa área geográfica,
Coimbra, Viseu e Aveiro, entre outros”.
O balanço pode-se afirmar positivo. “Há épocas boas e menos
boas. Contudo, é gratificante quando os nossos clientes reconhecem
ficando satisfeitos com o serviço
prestado. A nível económico, é óbvio que não podemos dizer que as
margens sejam as mesmas de há
20 ou 30 anos, mas com esforço
e dedicação será possível atingir
os nossos objectivos. Assim terá
um gosto diferente!”, afirma a gerência, acrescentando: “Agradecemos a todos os nossos clientes a
confiança que depositam em nós e
nos nossos serviços”.
2012 é o ano da estabilização da
empresa, após um período de
investimento em projectos imobiliários diversificados. “Também
não sabemos o que o ano 2013 e
2014 nos vai trazer”, conclui Sandra Silva.
Portugal Inovador
Barcelos
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Portugal Inovador
Qualidade de ensino e inovação
são apostas de sucesso no IPCA
Com cerca de quatro mil estudantes, o IPCA é a mais jovem instituição de
ensino superior público em Portugal e um exemplo de sucesso em termos de
crescimento, empregabilidade, empreendedorismo e inovação.
Criado há 18 anos, bem se pode
afirmar que o IPCA atingiu já a maturidade graças a um crescimento
contínuo e sustentado numa aposta na qualidade do ensino.
Sediado em Barcelos, o IPCA, que
tem como presidente João Carvalho, é hoje uma referência para a
região, contando com uma população de cerca de quatro mil estudantes maioritariamente provenientes
dos distritos de Braga e do Porto.
O IPCA integra duas escolas – Escola Superior de Gestão (ESG)
e Escola Superior de Tecnologia
(EST) – e oferece um total de 15
cursos de licenciatura e 11 de mestrado, além de pós-graduações e
Cursos de Especialização Tecnológica.
Entre a oferta formativa, é de salientar que 10 dos 15 cursos de
licenciatura dispõem, além do regime diurno, da opção pós-laboral e
três enquadram-se na modalidade
de ensino a distância, proporcionando aos trabalhadores uma nova
oportunidade para a obtenção de
um curso superior. Verifica-se, aliPágina Exclusiva 46
ás, que mais de metade dos estudantes do IPCA frequenta cursos
em horário pós-laboral. Por outro
lado, já se formaram neste regime
de ensino 211 estudantes do concelho de Barcelos, o que representa 42,1 por cento dos licenciados
do concelho nesta instituição de
ensino superior.
Na 1ª e 2ª fases de candidaturas ao
ensino superior, o IPCA conseguiu
preencher, este ano, mais de 90
por cento das vagas disponíveis,
destacando-se o facto de ter sido
a primeira opção para aproximadamente dois terços dos estudantes
colocados.
O IPCA foi mesmo uma das instituições politécnicas do país com
maior percentagem de vagas preenchidas, registando uma assinalável subida do número de colocados
em comparação com o ano passado.
Digno de registo é, também, o nível
de classificações apresentado pela
grande maioria dos estudantes que
elegeram o IPCA como primeira opção de escolha. As notas mais al-
tas dos primeiros colocados foram
registadas nos cursos de Gestão
de Actividades Turísticas (181,7) e
Design Gráfico (173,5). Já no que
respeita às notas mais altas dos últimos colocados, aconteceram nos
cursos de Design Gráfico (146,9) e
de Solicitadora (133,5).
Apesar da difícil conjuntura, o IPCA
tem também conseguido manter
excelentes taxas de empregabilidade dos seus licenciados. Um facto
que está associado à forte ligação
entre os cursos oferecidos e as necessidades do mercado de trabalho, bem como no apoio à criação
de empresas e do próprio emprego
prestado pelo Gabinete para o Emprego, Empreendedorismo e ligação às Empresas (G3E).
A comprovar a qualidade da formação no IPCA pode referir-se, ainda,
a elevada taxa de aprovação dos
estudantes que realizam os cursos
de preparação da ESG para a Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas (79% na 14ª edição e 72,5% na
15ª edição).
A investigação é outra das fortes
apostas do IPCA. Destaque, nesse
particular, para o Centro de Investigação em Contabilidade e Fiscalidade (CICF), o único do país reconhecido pela Fundação para a
Ciência e Tecnologia e cujos estudos e publicações constituem uma
referência nesta área.
Entre os projectos futuros, vai
ganhando forma o Digital Games
Research Center, um centro de investigação multidisciplinar na área
das tecnologias, em fase adiantada de construção no Campus do
IPCA.
Portugal Inovador
Página Exclusiva 47
Portugal Inovador
50 Anos – Certificação
da Competência
Empresa de raiz vincadamente familiar, nasceu há mais de meio século para
se dedicar sem interrupção à actividade de construção de edifícios de âmbito
público ou particular.
O seu fundador António Monteiro,
ainda jovem, dedicava a sua actividade a trabalhos vários e até
motorista, como funcionário no
convento das Irmãs Franciscanas
Missionárias de Maria em Arcozelo,
Barcelos. Nessa época, por razões
de ligação direta ao complexo da
“Quinta das Freiras”, acompanhava de perto a construção da ampliação do convento e nova igreja,
um empreendimento de dimensão
e arquitectura notável para aquela
época. O seu relacionamento com
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o mestre-de-obras, Miguel Sabino, grande conhecedor da arte de
construir da prestigiada empresa
Amadeu Gaudêncio de Lisboa, que
dirigiu uma vasta equipa de artífices, permitiu com grande oportunidade e sentido de aprendizagem
adquirir conhecimentos fundamentais para o futuro que rapidamente
se proporcionou.
Assim, em 1960, por sua conta,
construiu a primeira moradia em
Arcozelo. Gradualmente foi conquistando prestígio e confiança no
mercado com a construção de inúmeras moradias no concelho de
Barcelos, até que em 1965 a empresa de António Monteiro ganhou
a confiança do comendador João
Duarte para a construção dos blocos residenciais para habitação
social, edifícios já com alguma
dimensão. Após a concretização
desta empreitada, apareceram
ainda na década 60 inúmeros trabalhos fora dos limites do concelho
de Barcelos, sendo de destacar a
construção do Centro Pastoral do
Portugal Inovador
Louro, no concelho de V. N. Famalicão, obra patrocinada pelo
comendador Artur Cupertino de
Miranda tendo como autor do projecto, Januário Godinho, conceituado arquitecto do antigo Palácio
da Justiça de Lisboa e Câmara de
Famalicão. Esta obra trouxe grande prestígio ao construtor António
Lopes Monteiro, elogiado e agraciado em dedicatória em livro pelo
próprio comendador Artur Cupertino de Miranda.
Desde a década de 70, a área de
intervenção da empresa alargou-se
ao norte do país, a cidades como
Braga, Esposende, Guimarães e
Viana do Castelo, tendo já António Monteiro o apoio na estrutura
empresarial de alguns filhos. Fundamental para o sucesso técnico,
a empresa manteve sempre nos
seus quadros de pessoal os melhores e dedicados trabalhadores.
O contacto estreito com projectistas de grande prestígio como o já
referido arq. Januário Godinho,
arq. Corte-Real, arq. Fonte Lopes,
arq. Carlos Loureiro, arq. Pádua
Ramos, arq. Fortuna Cabral e arq.
Vitor Mogadouro, permitiu ganhar
uma enorme bagagem de conhecimento em autêntica formação
contínua, permitindo ao fundador
da empresa uma verdadeira graduação de créditos em “Mestrado”.
Grandes realizações e empreendimentos se seguiram com o espaço
urbanístico do Ofir, clube residencial atlântico de Esposende, lares
da 3ª idade em Barroselas, Barcelos, Habitação social com apoio do
Instituto Nacional de Habitação em
Viana do Castelo, Braga, V. N. Famalicão e Barcelos.
Na primeira década deste século,
realizam-se empreitadas de obras
para instituições como Municípios,
Juntas da Freguesia, IPSS e outras
como exemplo de edifícios emblemáticos: sedes de junta, centros
sociais, clínica de medicina física e
de reabilitação, mais recentemente
o centro escolar de Viatodos e escola particular em Barcelos.
Para acompanhar os novos tempos,
com o forte abandono da construção em novos edifícios, a Sociedade de Construções António Monteiro está voltada para a reabilitação
urbana e recuperação do património classificado, com técnicos com
formação especializada, ministrada
por entidades competentes como o
IHRU, FEUP e LNEC. Existe também uma permanente busca de
actualização de novos materiais e
novas técnicas de construção para
superar os desafios do futuro.
Página Exclusiva 49
Portugal Inovador
Analisar com
profissionalismo e rigor
Sedeado em Barcelos, Pimenta do Vale Laboratórios Lda. é especializado em
análises completas e rigorosas de águas e alimentos. Criado no ano de 2002,
atualmente o seu leque de ação estende-se a todo o país.
Com dez anos no mercado, Pimenta do Vale Laboratórios, Lda., iniciou
a sua actividade a nível regional,
mas o crescimento de uma década
fez com que estendesse essa atividade a todo o país, bem como a
Espanha.
Hugo Pimenta do Vale, farmacêutico
e proprietário do laboratório, enveredou por esta actividade em detrimento das análises clínicas, depois
de um estágio num grande laboratório do mesmo sector, em Barcelona,
enquanto concluía o mestrado em
Biologia Experimental.
Pimenta do Vale Laboratórios, Lda.,
equipado com a mais moderna
tecnologia, é especialista em análises pormenorizadas a todo tipo de
águas, sejam para consumo humano ou águas minerais, balneares,
residuais, industriais e piscinas. Ao
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nível de análises aos alimentos,
actuam desde a matéria-prima, em
indústrias relacionadas com a agricultura, carne e peixe, até ao produto final, quer seja embalado para
venda ao consumidor, quer seja em
alimentos servidos nas ementas de
restauração.
Com um plano anual bem definido,
Pimenta do Vale Laboratórios, Lda.
presta serviços em autarquias e
indústrias, e também trabalha com
clientes particulares, estando acreditado em mais de 50 parâmetros
de análise microbiológica e físicoquímica em águas e alimentos, para
além da colheita de águas de consumo e piscinas de acordo com a
ISO 17025.
Actualmente, com uma equipa técnica formada por pessoas altamente
formadas e especializadas, a quali-
dade e rigor do Pimenta do Vale Laboratórios, Lda. pode medir-se pelo
investimento em equipamentos de
análise e pelo amplo leque de parâmetros em que está acreditado e
pelas muitas auditorias e controlos
de qualidade a que está sujeito.
Hugo Pimenta do Vale salienta a importância da sua actividade e sensibiliza, em parceria com a DECO
Proteste, as pessoas que têm poços ou furos de água, para consumo
próprio, “a analisarem pelo menos
uma vez por ano estas explorações”, a fim de prevenirem riscos
para a saúde, como problemas digestivos e renais. “As pessoas não
sabem o percurso da água e existe
uma série de itens a que as pessoas
não dão qualquer importância, sendo certo que, depois de efectuadas
as respectivas análises, têm “surpresas” desagradáveis nessa inestimável área”, salienta Hugo Pimenta
do Vale, referindo ainda que com a
actual crise, as pessoas descuram o
cuidado de analisar as suas águas
como forma de cortar custos.
Para o futuro do seu laboratório,
Hugo Pimenta do Vale revelou a
intenção de “montar uma unidade
de análises em Moçambique”. Mas,
para já, pretende especializar-se, a
médio prazo, noutros tipos de análises, para além de águas e alimentos.
Portugal Inovador
Projectamos, fabricamos,
instalamos, exportamos
“Investimos no Mercado externo”.
Hoje somos uma PME Líder, operamos a nível global, estamos em
Espanha e Moçambique. Somos
especialistas em construções metálicas. Projectamos, fabricamos,
construímos e garantimos assistência a pavilhões industriais, desportivos, agro-pecuários, superfícies
comerciais, edifícios com pisos diferenciados, casas pré-fabricadas,
coberturas e revestimentos metá­
licos.
Há 12 anos, no Norte de Portugal,
em Barcelos, quando fundou a empresa, Joaquim Pereira Fernandes
focou a sua acção em três objectivos: preço/qualidade, confiança e
crescimento sustentado. O desafio:
contribuir qualitativamente no crescimento da Região Norte e do País.
A Empresa cresceu, incorporou novas tecnologias e departamentos
técnicos, os clientes reconheceram
a vontade de qualidade e eficiência:
trouxeram novos clientes e novos
projectos para a J.F. Metal produzir
e construir.
Hoje somos uma Marca reconhecida pelo mercado. O sucesso dos
nossos clientes continua a ser a
nossa melhor estratégia para evoluirmos. Ao longo de mais de uma
década conseguimos gerar confiança através do nosso trabalho, obtivemos sucesso em Portugal e no
estrangeiro. Queremos transformar
conhecimento, e experiência, em
crescimento - é a nossa missão e
temos uma forma de a concretizar:
estabelecendo estratégias de confiança.
A nossa estratégia materializa-se
em obra, como exemplos: em Portugal, a J.F. Metal executou diversos
trabalhos para a Portucel em Viana
do castelo, Fábrica de tintas CIN na
Maia, Endutex e Vizelpas em Vilarinho, Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Vila Verde; a J.F. Metal
Espanha executa vários trabalhos
para a fábrica de carros da PSA Citroen em Vigo; a J.F. Metal Moçambique conta também com algumas
obras em curso, como referência
CIMPOR, Toyota e Betafiel.
Crescemos com os desafios que
superamos. A nossa Plataforma em
África – a J.F. Metal Mozambique –
foi o desafio superado: um processo
longo de contacto e, sobretudo, o
reconhecimento dos desafios e projectos locais foram os factores determinantes para o sucesso da nossa
implantação em Moçambique.
Os nossos valores e o nosso trabalho são a forma mais simples de
comunicarmos a Marca J.F. Metal.
Criamos confiança através da nossa
flexibilidade e capacidade de adaptação em cada projecto da mesma
forma que o fazemos há 12 anos.
Identificamo-nos com as necessidades dos nossos clientes. Queremos
que o público se identifique com os
nossos valores e missão.
Queremos participar no Futuro. É
para nós importante a forma como
nos adaptamos a cada projecto. Somos pela sustentabilidade: queremos recriar continuamente o ecossistema de desenvolvimento dos
nossos clientes fornecendo-lhes as
condições de inovação e prosperidade.
www.jfmetal.pt
Página Exclusiva 51
Portugal Inovador
Protege-o
fora de portas!
A Cobersun é uma empresa de estruturas têxteis
que tem sido responsável pela construção de coberturas para grandes marcas e eventos nacionais
e internacionais. Desde as grandes superfícies aos
Festivais de Verão, esta marca portuguesa tem
dado cartas no sector.
Desenvolvendo a sua actividade
desde 2008, a Cobersun tem vindo a conquistar o mercado com as
suas soluções de arquitectura têxtil para exteriores. Se o ponto de
partida para este negócio deu-se
com a concretização de um pedido
espontâneo para o sector automóvel, rapidamente surgiram outras
propostas e a exigência de novas
soluções, às quais a Cobersun tem
dado resposta.
Pedro Veiga é o promotor deste
projecto, sediado em Barcelos, e
foi na casa-mãe que, em conversa
Página Exclusiva 52
com a revista Portugal Inovador,
nos revelou como tem sido o progresso desta marca, já presente
em vários pontos do mundo.
“A Cobersun teve o seu início num
contexto local, mas rapidamente
expandimos a nossa actividade
para o âmbito nacional, sendo
que, recentemente, fomos solicitados para desenvolver alguns trabalhos no exterior, nomeadamente
em Espanha, Bélgica, Angola, Moçambique e Cabo Verde. A busca
de novas soluções e a concepção
de vários produtos tem permitido
que sejamos conhecidos pela rapidez de resposta e apresentação
de um portefólio diferenciado”, explica o administrador.
Vasta Gama
O trabalho da Cobersun assenta
na elaboração de projectos que
vão de encontro ás necessidades
dos utilizadores.
Com vista a garantir uma resposta
eficiente aos seus clientes, a empresa instalou no continente asiático uma unidade de produção onde
realiza todos os projectos de estruturas de grande consumo e estandardizadas enquanto em Barce-
los são construídas as estruturas
de maior exigência de execução.
Sob o controlo e as exigências internas, os pedidos são criteriosamente elaborados e enviados para
o cliente com a garantia e a qualidade que a marca oferece. “Temos
que ter em atenção que cada produto representa a nossa imagem,
como tal, todos os projectos são
desenvolvidos com todo o rigor,
seja dentro ou fora de portas”, garante Pedro Veiga.
Funcionando através dos sistemas
de venda e aluguer, a Cobersun
desenvolve o seu trabalho sempre
em parceria com o cliente, com
vista a que o produto atenda a todas as suas necessidades. Este
trabalho tem permitido a esta empresa de Barcelos ser o principal
parceiro de alguns dos maiores
players nacionais do sector, que
encontram aqui os produtos mais
recentes e originais.
Saltar a fronteira
Desde cedo a administração da
Cobersun percebeu que o mercado português era bastante reduzido para as suas ambições de
negócio, como tal, com o sucesso
Portugal Inovador
alcançado e a crescente gama de
produtos, a saída do país tornouse natural. Se países como Espanha, Bélgica, Angola, Moçambique
e Cabo Verde já começaram a ser
explorados, a marca direcciona
também a sua atenção para a busca de parcerias no Norte de África e Sul América. “Estamos neste momento a estudar mercados
norte Africanos e sul-americanos,
com vista a encontrar parcerias
que facilitem as negociações no
local”. É esta a postura da Cobersun, “fora de portas”, sempre que
surge a possibilidade, o negócio é
desenvolvido por um representante local. “O nosso crescimento vai
estar sempre assente nas parcerias. Para oferecer temos o conhecimento e a garantia de qualidade
de serviço e produto”, reforça o
empresário.
Num mercado em constante evolução, Pedro Veiga acredita que
nos próximos anos as estruturas
insufláveis vão ganhar terreno
face às metálicas. “A estrutura insuflável permite realizar projectos
com design, personalizáveis o que
tem cativado, cada vez mais, um
público já cansado das estruturas
fixas básicas”, conclui.
Destaque
Já este mês a Cobersun vai apresentar
ao mercado nacional uma estrutura em
alumínio, alcançando formas curvilíneas.
Sempre em busca da diferença e capacidade de oferta.
Página Exclusiva 53
Portugal Inovador
Malhas de elite
A João António Lima – Malhas é uma empresa sediada em Barcelos,
líder em qualidade. Com o estatuto de PME Líder que pretende manter,
é uma referência no sector.
João Lima é um exímio empreendedor cujas estratégias
impulsionaram a sua empresa
para o topo. Conhecida pela sua
qualidade, pelo cumprimento
dos prazos e pela cooperação
íntima com os clientes, é procurada pelos mais exigentes.
Preparada para qualquer tipo
de produção de malhas, está
equipada com 55 teares rotativos que concebem o melhor
produto final, num curto espaço
de tempo. “A maior parte da malha que é produzida sai em cru
e depois é tingida à cor que o
cliente pretende. Quando solicitado também podemos fabricar
malha acabada porque temos
parcerias com tinturarias de referência. Assim, basta que nos
indiquem os elementos e características das malhas e a João
António Lima – Malhas produz”,
conta o proprietário, revelando
a versatilidade da empresa e a
sua capacidade para enfrentar
diferentes situações.
João António Lima – Malhas iniciou o trabalho no estrangeiro,
pois a actual situação económica do país obriga a empresa
a procurar outros clientes, fora
do mercado português. Actualmente, exporta para diversos
países entre os quais, Espanha,
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Itália, França e Bulgária, sendo
que ocupam 35% da sua produção. Segundo o empresário, os
seus principais clientes dentro
país encontram-se apenas em
Barcelos, Guimarães e Fafe e
foi esse um dos motivos que o
levou a aventurar-se nos negócios internacionais.
Conta com 28 colaboradores,
aos quais não poupa elogios,
pois acredita que o sucesso da
empresa se deve especialmente
a eles. Distribuídos entre as funções de operários, maquinistas,
administrativos, financeiros, comerciais, motoristas e afinadores, são um orgulho para João
Lima, que defende que estes
são “uma equipa que se esforça
para dar o seu melhor e para
que a empresa conquiste o mercado”. Quanto à formação, o
nosso entrevistado faz questão
de ensinar o novo colaborador
“de raiz”, pois só assim garante que este esteja em sintonia
com as políticas e objectivos da
empresa.
Apesar das dificuldades existentes actualmente no mercado, a
empresa acredita que tem todos
os atributos necessários para
vingar, promete dar que falar e
tem em vista um futuro promissor, tanto aqui, como lá fora.
Portugal Inovador
Qualidade e rigor no vestuário
A Maxtil labora há 25 anos e produz para grandes marcas, vestuário de homem, senhora e criança. Sediada em Barcelos, a empresa têxtil exporta 100%
dos artigos que produz para vários países da Europa.
Fundada em 1985, a Maxtil nasceu da ideia de Carlos Cunha e
mais dois colegas que trabalhavam na época numa outra empresa do ramo têxtil. Um técnico
de máquinas de costura, outro
técnico de confecção e Carlos
Cunha no ramo comercial, e
com a participação da empresa Fergotex Têxtil, sediada em
Famalicão, juntos formaram a
Maxtil num pavilhão arrendado
e com apenas 20 colaboradores
na altura. Hoje, a empresa conta
com cerca de 100 funcionários e
consegue produzir centenas de
milhar de peças de vestuário.
Essa grande valência de recursos, quer humanos, quer tecnológicos, permite à Maxtil produzir
qualquer tipo de peça em malha
em série.
A Maxtil dedica a sua produção
de vestuário a grandes marcas
como White Stuff, Bellerose, Maloja, Our Legacy, Antwrp, Wesc,
entre outras, com linhas completas de roupa exterior direccionada para o Sport Wear e Casual
Wear para homem, senhora e
criança. Todos os artigos que
produz são feitos de fibras e malhas da mais alta qualidade e com
um design apelativo e moderno.
O facto de a Maxtil confeccionar
vestuário para grandes marcas
faz com que todo o vestuário
que fabrica seja 100% exportado, nomeadamente para países como Inglaterra, Alemanha,
França, Holanda, Bélgica, etc.
De acordo com Carlos Cunha,
“a qualidade, rapidez e preços
competitivos são factores es-
senciais, é essa a exigência dos
clientes e do mercado de ano
para ano”, revela o empresário,
assegurando que “tudo está bem
encaminhado para o futuro”.
Há seis anos que a Maxtil é
uma empresa totalmente certificada pela norma NP EN ISO
9001:2008, facto que assegura
uma mais-valia para a empresa na hora de ser escolhida por
clientes internacionais. O estatuto de PME Líder, que a Maxtil também ostenta, contribui, e
muito, para a empresa se destacar num mercado competitivo,
assegurando que a empresa
está bem financeiramente.
O facto de a Maxtil se situar na
zona de Barcelos só lhe trouxe
vantagens, uma vez que na região prosperam várias empresas
a montante e a jusante do processo de fabrico de vestuário,
como fiações, tecelagens, tinturarias, estamparias, empresas
de bordados, etc., “é vantajoso
e ajudou-nos a crescer, estamos
num meio onde há tudo e existe
uma interligação entre empresas”, revela Carlos Cunha. No
entanto, o empresário também
considera que deveria haver
ainda mais união entre os industriais do sector na região, para
assim se formar um cluster empresarial forte e unido.
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Portugal Inovador
Página Exclusiva 56
Portugal Inovador
Apostar na eficiência energética
Fundada em 2006 em Oliveira do Hospital, a Induprotec assume-se como o
parceiro ideal para projectos de instalação e manutenção elétrica com a aposta em novas tecnologias de maior eficiência e poupança de energia.
Com seis anos de existência, a Induprotec nasceu no sótão do seu
fundador, Nuno Vieira. O empresário, cansado do seu emprego numa
grande empresa nacional, decidiu
largar o antigo trabalho e fundar a
Induprotec, em Oliveira do Hospital.
Sabendo da inexistência de empresas do sector na região, Nuno Vieira,
sabia que tinha mercado para explorar e fazer a sua empresa crescer.
Fruto do esforço e conhecimento, a
Induprotec já expandiu o seu rol de
obras e projectos a todo o país.
A Induprotec desenvolve a sua actividade em quatro áreas distintas:
energia, automação, controlo e instrumentação industrial, manutenção
industrial e montagens técnicas em
electricidade industrial, telecomunicações e segurança.
No sector da energia, esta empresa
promove a utilização eficiente dos
vários sistemas energéticos, por
isso, comercializa e executa montagens de equipamentos de micro
geração de energia eólica e solar,
executa estudos para uma iluminação eficiente e aposta na racionalidade da utilização eléctrica, como
a correcção do factor potência nas
indústrias e empresas. Tudo isto
permite gastos absurdos de energia
e uma poupança de mais de metade
dos gastos energéticos totais. Para
oferecer soluções aos vários problemas que possam surgir em máquinas industriais, a Induprotec oferece
um vasto leque do soluções ao nível
da automação e instrumentação industrial, o que permitirá melhorar a
produtividade de fabricação, como a
optimização de máquinas industriais
para melhorar o seu desempenho.
Já na manutenção industrial, a Induprotec presta serviços de prevenção,
tanto em todos os equipamentos
que envolvam o processo industrial
como nas infraestruturas eléctricas
e de telecomunicações.
Ao nível das instalações e montagens eléctricas, a aposta da Induprotec vai para a tecnologia LED.
Segundo Nuno Vieira, “esta tecnologia traz mais eficiência, mais durabilidade e melhor iluminação e traduz
uma poupança de 48% no consumo
energético”, é esta aposta que a Induprotec tenta transmitir aos seus
clientes, trazendo mais benefícios
do que custos.
A região de Oliveira do Hospital é
rica em indústrias no sector alimentar, como tal, a Induprotec adquiriu
este ano novos equipamentos que
permitem prestar uma melhor assistência e manutenção a este tipo de
indústrias.
Além da indústria alimentar, a Induprotec está também presente na
indústria extractiva e transformadora de inertes, metalomecânica, petroquímica, entre outras, com obras
nas mais importantes empresas
nacionais como a Martifer, Navalria,
Porto de Aveiro, Secil ou EDP.
No futuro, a Induprotec pretende
continuar a aprofundar conhecimentos nas áreas em que actua, por
isso, estão em fase de conclusão as
novas instalações da empresa, com
cerca de 1500 metros quadrados,
que vão permitir no futuro desenvolver novas tecnologias e projectos.
Página Exclusiva 57
Portugal Inovador
A Diferença Conquista-se
“Agnus Dei” é um nome religioso e tem uma simbologia: um coração que se abre
ao meio, tendo lá dentro um cordeiro e deve sempre ser oferecido a terceiros. A
funerária deve a sua reputação a Rui Almeida, seu administrador, que dotado de
forte imaginação e criatividade, a colocou num patamar acima das outras.
Mensagem
do administrador
“Agradeço às pessoas a confiança que têm depositado, em mim e na
nossa empresa. Estamos cá nos piores momentos, como é a morte de
um ente querido e podem contar com todo o apoio moral e profissional
da equipa ‘Agnus Dei’.”
Rui Almeida, de 53 anos, iniciou-se no ramo funerário por
mera casualidade e esteve 20
anos a trabalhar para uma outra
empresa, até que em 2001, tomou a decisão fundar a sua empresa. Essa decisão não podia
ter sido mais correcta visto que
no primeiro dia, ainda nem estando oficialmente aberta, o administrador tratou logo de três
funerais. A empresa cresceu
muito rapidamente e o segredo
está nas inovações introduzidas
pelo próprio Rui Almeida no serPágina Exclusiva 58
viço funerário. “Acabaram-se as
rendas nos serviços funerários,
as urnas escuras e os folhos.”
Mas a sua imaginação não terminou por aqui e assim, decidiu
introduzir o serviço de café. “Fui
pioneiro”. Embora pareça estranho, Rui Almeida, rapidamente,
foi felicitado pela sua aposta e
aqueles que tinham duvidado
e até criticado a ideia do café,
rapidamente voltaram com a
palavra atrás. O administrador
decidiu ir mais longe e ser o primeiro a introduzir a publicida-
Portugal Inovador
de de funerárias no jornal. “Era
uma aposta arriscada, mas que
ia ter muito impacto. Podia ser
negativo ou positivo.” Com uma
fotografia sua e do seu sócio na
altura, chegou mesmo a confundir as pessoas que pensaram
que tinham falecido. O certo é
que, mesmo com este pequeno mal-entendido, Rui Almeida
conseguiu o que queria, criar
um impacto e pôr as pessoas a
falar da sua funerária. O sucesso foi tanto que “ao fim de três
anos, já era líder no concelho
de Cascais. Isto deve-se a algumas mudanças que ao início
são chocantes, mas que depois
se tornam inovadoras.”
Os serviços prestados são os
habituais: funerais, cremações,
transladações, serviço de canteiro e flores, entre outros, mas
certamente
poderão
contar
com o aconselhamento e serviço personalizado que irão fazer toda a diferença no final. O
objectivo de Rui Almeida é que
nunca chegue ao fim do funeral
a pensar que fez uma má escolha, “eu quero vender para que o
cliente se sinta satisfeito dentro
das suas possibilidades, para
que, quando acabe o funeral, o
cliente não pense que foi caro,
mas sim que pense que lhe demos oportunidades e que ele é
que escolheu a melhor”. Mesmo
com a actual situação económica do país, o volume de funerais
não diminuiu, mas a crise força
as pessoas a fazerem escolhas
mais comedidas.
Quanto às novas instalações,
não há rival que lhes faça frente. Majestosas, de linhas simples e modernas, foram outra
aposta do administrador, que
mais uma vez saiu vitorioso.
“Não existe em Portugal nada
com estas condições”. Ninguém
diria que se trata de uma funerária e mesmo as capelas nada
se parecem com as normalmente vistas. Rui Almeida conta que
chegou a ter clientes que depois
de terem estado nas capelas,
nem se aperceberam.
“Mantivemos o número de funerais desde que viemos para
este edifício, mas creio que criámos um patamar de exigência
diferente”, comenta Rui Almeida. As instalações transmitem
uma grandiosidade e um luxo
que levam a crer que os seus
preços sejam elevados. Contudo, o entrevistado garante que
não sobem os preços desde a
sua inauguração e apresentam
preços extremamente competitivos, o que os torna líderes na
relação qualidade/preço.
“Um familiar quando nos
procura pela perda de um
ente querido, entra como
cliente, mas procuramos
que saia como um amigo”
Rui Almeida mostrou ser uma
pessoa muito sensível e preocupada com o bem-estar de todos
os que o procuram. Isso começa na procura daqueles que irão
fazer parte da sua equipa. O administrador é rigoroso e procura
pessoas dotadas de sensibilidade, educação e humildade.
Esta exigência revela os seus
frutos quando, depois dos funerais, Rui Almeida é procurado
pelos familiares que lhe querem
agradecer, não só pela excelente prestação de serviços, como
pelo atendimento e simpatia dos
seus funcionários. “A formação
dos meus colaboradores é à minha imagem”- conclui.
Página Exclusiva 59
Portugal Inovador
Integrar para a comunidade
O Externato Grão Vasco apresenta-se como um estabelecimento de ensino
marcado pela qualidade, constante inovação e respeito pelo próximo. A integração dos alunos com necessidades educativas especiais é uma das grandes apostas da instituição. Um olhar atento, afectivo e especializado permite
melhorar cada criança no seu comportamento e estudo.
O Externato Grão Vasco localiza-se no espaço onde anteriormente existia a Quinta da Feiteira.
Este Estabelecimento de Ensino
foi fundado a 24 de Novembro
de 1958, com a denominação
de “Externato Feminino Grão
Vasco”. Funcionava numa das
casas principais da Quinta da
Feiteira, com autorização para
leccionar os Ensinos Infantil e
Primário.
Nos anos seguintes o Externato teve várias transferências
de propriedade, mas manteve
sempre a mesma denominação
e valências de ensino.
O dia 1 de Julho de 1971 foi determinante na história do estabelecimento. Foi neste dia que
foi autorizada a constituição da
Sociedade “Grão Vasco - EsPágina Exclusiva 60
tabelecimento de Educação
Infantil, Lda.”, tendo como coproprietárias Amélia Ferreira Pires do Rio e Ana Maria Barros
Alves Caetano, actual gerente
e coordenadora do externato
e que viria a desempenhar um
papel importante no seu desenvolvimento.
Com a nova sociedade o Colégio passou a designar-se por
“Externato Grão Vasco”.
Mas as grandes mudanças chegavam a 24 de Novembro de
1971, com a autorização de
ministrar o ensino infantil e primário também a alunos do sexo
masculino.
Nesta altura o Colégio cria classes de Ensino Especial com
professores e terapeutas especializados para crianças com
Necessidades Educativas Especiais, sendo pioneira nesta área,
pela acção de Ana Maria Caetano e da sua vasta experiência no
campo da saúde mental.
O Externato Grão Vasco apresenta 400 alunos na sua totalidade, sendo 30 os que frequentam o Ensino Especial.
São cerca de 60 trabalhadores
a assegurar o funcionamento diário da instituição. Há uma clara
aposta na vertente tecnológica,
ensino de novas línguas, e promoção de uma série de actividades lúdico-pedagógicas.
O Externato trabalha com o En-
Portugal Inovador
sino Pré-Escolar, Básico e Especial. O Ensino Especial, pago
pela DRELVT, inclui Musicoterapia, Psicomotricidade, Terapia da Fala, Natação, Hipoterapia. Existem ainda Projectos de
Culinária, Expressão Dramática
de sentimentos.
Dentro da oferta curricular, a
instituição trabalha com o préescolar e a primária no ensino
regular. “No ensino especial
não há bem classes. Vão avançando. Mas são crianças com
muitas dificuldades”, remata
Ana Maria Barros Alves Caetano, gerente e coordenadora do
Externato Grão Vasco.
O trabalho desenvolvido com
estas crianças tem como principal objectivo o desenvolvimento de hábitos de essenciais de
vida diária, procurando que se
tornem cada vez mais autónomas e para se poderem integrar
na sociedade.
Ana Maria Caetano, coordenadora deste Projecto, dá grande
importância à formação contínua de várias equipes de professores, educadoras, professores
e técnicos do Ensino Especial e
auxiliares de acção educativa.
As reuniões com cada grupo
são semanais, para discussão
não só dos alunos em geral e
cada um em particular, como de
actualização profissional.
Neste externato está a funcionar um Gabinete de Psicologia
com oito psicólogos de Formação Dinâmica, que recebe as
crianças assinaladas por algum
desajuste emocional, em consulta privada.
Ana Maria Caetano vai dizendo
que, neste caso, na área do Ensino os profissionais só serão
bons trabalhadores se fizerem a
sua tarefa com paixão.
Página Exclusiva 61
Portugal Inovador
Serviço e Assistência
de Qualidade
Sediada em Terrugem, Sintra, a Viptrónica chega a diversos pontos de venda
de todo o país com produtos na área da eletrónica de consumo. A aposta na
diversificação do stock, na criação de várias marcas próprias e um serviço rápido e eficaz garantem à Viptrónica uma posição de destaque no mercado.
A Viptrónica surgiu em 2003, fruto
da necessidade para complementar
o mercado da distribuição de componentes eletrónicos em Portugal,
onde as diferentes ideias de um
grupo muito específico de pessoas
dinâmicas e inovadoras convergiram nos pilares básicos da estrutura
operacional da empresa: Importar e
distribuir para o mercado revendedor uma vasta variedade de produtos para a eletrónica de consumo, e
contemplando diversas áreas como
o Som Profissional, a Segurança e
Vigilância, o fornecimento e transformação de Energias, Tecnologias
LED, equipamentos para Receção
TV e Satélite, Suportes Universais,
Informática, entre outras, tentando
sempre estar na vanguarda destas
tecnologias
A empresa trabalha exclusivamente
em regime de revenda, com uma
equipa de quatro comerciais distribuídos pela zona Norte, Centro (Grande Lisboa) e Sul e conta também
Página Exclusiva 62
com um grande suporte de apoio ao
cliente, quer através da internet com
uma loja online, quer através de uma
equipa experiente de colaboradores
preparados para responder a todas
as necessidades de um cliente cada
vez mais exigente.
A Viptrónica vivenciou um crescimento assinalável, “sempre com
grande esforço e profissionalismo
coletivos” e, graças ao trabalho sedi-
mentado ao longo dos anos, detém
uma posição de respeito dentro do
mercado, tendo uma cota considerável no mercado de distribuição
eletrónica.
Embora seja uma empresa relativamente recente, conta já com o
prémio PME Excelência 2011 assumindo a Qualidade como um valor
fundamental na sua prestação de
serviços, de forma eficaz e eficiente,
indo ao encontro das necessidades
e das expectativas dos seus clientes. “O nosso compromisso perante
os nossos clientes é o de lhes proporcionar produtos e serviços que
potenciem o seu nível de satisfação
e aumentem o seu grau de fidelização, contribuindo para o crescimento sustentado da rentabilidade dos
seus negócios” assume Fernando
Ventura.
A estratégia da empresa direcionase para a diversidade de produtos.
“Temos já perto de 20 mil referências
ativas, e a diversificação é cada vez
maior, porque a tendência é podermos colmatar todas as necessida-
Portugal Inovador
des na nossa área.” Além disso, a
existência de uma empresa de distribuição hoje em dia não faz sentido
se não possuir uma grande capacidade de “stockagem”, com produto
pronto a distribuir na hora.
A par destas valências, o responsável considera que uma das maisvalias da Viptrónica é “um serviço
pós-venda eficiente e capacidade
de comunicação rápida e eficiente.”
Conseguir chegar aos seus clientes
com informação sobre os seus mais
recentes produtos, novidades e
campanhas, de uma forma rápida e
eficaz é um ponto muito forte na sua
estratégia de comunicação.
A Viptrónica não tem medo de arriscar. Prova disso é o facto de, apenas um ano depois da sua fundação,
ter lançado no mercado uma marca
própria, em particular com alguns
produtos (fontes de alimentação,
vigilância e som para profissionais)
que não tinham marcas próprias em
Portugal. Fernando Ventura destaca a relação qualidade/preço como
factor distintivo e que concede competitividade às atuais duas marcas
criadas pela Viptrónica – a ProK e a
VSound. “Temos assim uma oferta
que vai de encontro às atuais condições do mercado, com preços muito
competitivos mas com prestações
de qualidade muito equiparadas às
consideradas «grandes marcas».”
A Viptrónica e os seus 13 colaboradores adotam uma estratégia dinâmica para os tempos conturbados em
que vivemos. A prioridade é “acompanhar todas as necessidades do
dia-a-dia e poder também transmitir
ao nosso cliente a excelência e confiança para que nos encare como
um parceiro seguro.“ A empresa pretende manter-se na linha da frente
e afirma-se como uma aposta na
estratégia de inovação e internacionalização, sendo já considerado um
exemplo de sucesso inspirador.
Página Exclusiva 63
Portugal Inovador
A Excelência e Independência na
automação (domótica) de espaços
A Dinis Coelho é das únicas empresas no nosso país na criação de sistemas
de automação e sua integração em espaços industriais, residenciais, comerciais e de hotelaria. Desde o projecto, acompanhamento da obra, instalação,
configuração e programação dos equipamentos ou sistemas, seleccionados
pelo ou com o cliente, o objectivo é satisfazer todas as suas necessidades. O
facto de não ser representante de fabricantes em Portugal permite à empresa
uma total independência no aconselhamento dos seus clientes.
A empresa Dinis Coelho está no
mercado desde 1998 e assumiu
uma posição de crescimento até
aos dias de hoje. Aos 17 anos
abriu a sua primeira firma na área
da electricidade e instalações,
mas o seu percurso levou-o a inscrever-se e a frequentar a escola
militar na Força Aérea. Não querendo prosseguir a carreira militar,
Dinis Coelho vai para a África do
Sul. Trabalhou na BAXTER Americana – South Africa Baxter, fabrico
de produtos hospitalares – onde
liderou os departamentos de “Research & Development”, na área
de Controlo do Processo, e os
Departamentos de Instalações e
Manutenção Eléctrica, Electrónica
e Automação. Na SABAX – South Africa Baxter – Dinis Coelho faz
formação nas áreas da gestão,
controlo de qualidade e ciências
da computação.
Página Exclusiva 64
Em 1997, Dinis Coelho volta para
Portugal e inicia a sua colaboração
numa empresa de fabricação de
produtos nefrológicos na cidade da
Maia. Surge depois a oportunidade
de desenhar a automação de uma
moradia no Porto. Este primeiro
bom trabalho surgiu como um hobby para Dinis Coelho, mas a satisfação dos vários clientes levou-o
ainda a mais encomendas. É neste contexto que surge a empresa
Dinis Coelho, quase por acidente,
pois “quando voltei a Portugal a minha intenção não era montar uma
empresa”, refere Dinis Coelho.
Depois de formada a empresa, e
à medida que foi crescendo, Dinis
Coelho foi contratando mais colaboradores, hoje são ao todo 14
pessoas, especializando-se cada
um numa área distinta, estando
sempre a par de todas as inovações.
Nos nossos projectos, “o ideal é
começar a trabalhar directamente
com o cliente e com o arquitecto,
quanto mais cedo melhor”, afirma
Dinis Coelho. De início é feito todo
o projecto eléctrico da residência,
incluindo todas as especialidades, desde a localização de uma
simples tomada, passando pela
distribuição de Áudio/Vídeo, Segurança até ao Estudo Acústico e
lighting design. Com o lighting design o objectivo é criar diferentes
ambientes de luz para as diversas
ocasiões e divisões da casa, tudo
com o objectivo de poupar energia
e responder às necessidades de
conforto dos seus residentes. Este
trabalho é feito com a automação
e controlo da luz natural através
de “Blackouts”, cortinas, portadas;
e com a automação e controlo da
luz artificial – candeeiros, luminárias, LED´s, Fibras Ópticas. “Uma
casa falta-lhe vida se não tiver um
lighting design”, afirma Dinis Coelho sobre a importância desta
área.
A empresa Dinis Coelho também
é especializada na área da segurança, sobretudo no exterior das
residências – o objectivo é detectar e evitar que o potencial intruso
se aproxime sequer da residência
e assim evitar danos na propriedade e até possíveis confrontos.
Podem ser instaladas diversas soluções, algumas mais simples até
instalações complexas com sis-
Portugal Inovador
temas utilizados na protecção de
instalações industriais e residências. Estes Sistemas de Detecção
podem e devem estar integrados
com outros sistemas instalados na
vivenda.
A área do lazer e do entretenimento é também projectada de acordo
com os desejos dos clientes. A
empresa Dinis Coelho tem especialistas nesta área. Fazem a instalação de sistemas de distribuição de som por toda a habitação
(qualquer fonte de som em qualquer parte da casa) até a salas de
cinema profissionais. Fornecem
poltronas com equipamentos de
simulação que interagem integralmente com os movimentos do
filme, ou instalam no interior dos
sofás já existentes, podendo as
pessoas usufruir de um ambiente
“4D” na sua sala de cinema.
Os desejos que cada pessoa possa ter para a sua habitação po-
dem ser imensos e as soluções
que a empresa Dinis Coelho oferece são à medida das exigências
dos seus clientes, por isso “calçamos os sapatos do cliente, percebemos as suas necessidades e
fazemos o projecto”.
Além de fornecerem todos os equipamentos das mais importantes
marcas a nível mundial, é a empresa Dinis Coelho que desenha
todo o software de funcionamento
desses mesmos produtos, assim
como os interfaces gráficos. No
final, as pessoas só necessitam
de um iPad ou um iPhone, com a
aplicação instalada para controlar toda a sua casa, esteja onde
­estiver.
“De qualquer modo a nossa grande mais-valia e o nosso segredo
não está nos produtos que vendemos, mas sim nos colaboradores que temos e no conhecimento
que já possuímos. Vender produ-
tos qualquer pessoa pode vender,
mas falta-lhes o conhecimento, a
experiência e a equipa”, sublinha.
A Dinis Coelho tem a sua sede
na SANJOTEC (Centro para empresas de Base Tecnológica), delegação em Lisboa e Showroom
na Quinta do Lago no Algarve. O
Showroom no Algarve tem sido
elogiado quer por clientes quer
por fabricantes que o têm visitado. A DC Lda tem clientes dos Estados Unidos da América, Inglaterra, Irlanda, Bélgica, Alemanha,
Holanda, Espanha, Angola e Portugal. “Clientes jovens a começar
a sua vida profissional até multimilionários. Alguns totalmente
desconhecidos e outros que são
figuras públicas internacionais”,
informa.
Para o futuro a curto-médio prazo,
a Dinis Coelho Lda está a pensar
abrir um gabinete de trabalho
numa capital europeia.
Página Exclusiva 65
Portugal Inovador
Corte com Ferramenta
Diamantada
Sediada em Rio Meão, a Diapor é uma empresa familiar que conta já com 39 anos de
experiência no mercado. É uma referência no que toca a ferramentas diamantadas,
tanto no sector das rochas ornamentais, como na metalomecânica e é ainda procurada pelo seu know-how, indispensável para rentabilizar os processos de produção.
A Diapor teve início em 1973, na sequência da junção de quatro colegas
de trabalho. Mais tarde, esses quatro passaram a ser dois e, em 1997,
Carlos Coelho passou a totalitário
das quotas da empresa, tornandose assim presidente do Conselho de
Administração.
A empresa está vocacionada para o
corte em extracção, corte em transformação e corte em acabamentos.
Fabricam ferramentas para corte de
mármores e granitos, tais como lâminas para serrar blocos e pô-los em
chapas e ainda discos para depois
retalhar as chapas fazendo as medidas conforme a necessidade da sua
utilização na construção civil.
Trata-se de uma empresa exportadora, essencialmente para os mer-
Página Exclusiva 66
cados da América do Sul e países
europeus. Contudo, a sua exportação não ultrapassa os 35%, ou
seja, o maior volume de negócio
concentra-se ainda em Portugal. Os
principais clientes são as pedreiras,
no que toca à extracção, e ainda as
indústrias transformadoras de rochas
ornamentais. Carlos Coelho vê em
Magreb um mercado desejável, especialmente em Marrocos, mas tem
consciência de que não se trata de
um mercado fácil de conseguir, devido principalmente aos preços e à
concorrência.
Dentro do país, a concorrência não
é abundante, sendo apenas poucas
empresas produtoras de ferramenta
diamantada que competem com a
Diapor. A principal ameaça vem de
longe. São os chineses os maiores
rivais, principalmente no que toca a
ferramentas de uso manual. Mas é
preciso muito para enfraquecer uma
empresa como a Diapor, que possui
um know-how tremendo, uma experiência vasta e clientes fieis. Para
além disso, distinguem-se ainda em
“dois produtos extremamente técnicos, as lâminas para serrar mármore
e os multi-discos para corte de granito nas finas espessuras”. Foi aqui
que a empresa concentrou o seu
trabalho, logo no início da actividade,
conseguindo um produto de alta qualidade e com preços extremamente
competitivos. Consegue ser, ainda
hoje, líder de mercado nesses dois
sectores.
Quanto à expansão da empresa,
Carlos Miguel Coelho, filho do presidente do Conselho de Administração, tem uma opinião definida.
Acredita que “é preciso crescer, mas
de maneira a que nós, administração, consigamos manter o controlo.
Quando a empresa cresce demais e
começa a entregar várias áreas de
produção a pessoas que não têm a
experiência necessária, começa-se
a perder o know-how e a qualidade.
Por isso, crescer sim, mas de maneira sustentável e controlada”, conclui
o vice-presidente.
Portugal Inovador
Explorar o mundo da pedra
A Grampedra afirma-se
como uma empresa de
referência no sector da extracção, produção e acabamentos em vários tipos
de pedra. A tecnologia que
possui e os seus colaboradores especializados permitem fazer da Grampedra
uma marca de confiança
junto dos consumidores.
Fundada em 1989, a Grampedra
actua no ramo da extracção e transformação de pedra, possuindo pedreiras próprias de onde extraem
granito amarelo e cinza talhadas,
principal granito utilizado no processo de transformação. Para completar todo o processo, dispõem de
grande diversidade de máquinas de
corte que permitem trabalhar peças
de várias dimensões. Esta aposta
na tecnologia, juntamente com técnicos especializados e materiais de
qualidade vai de encontro a soluções
elegantes, duradouras e adequadas
ao gosto do cliente. A produção da
Grampedra centra-se em diversas
áreas, desde cantarias diversas, cornijas, colunas, portais, revestimentos,
ladrilhos, balcões, fogões de sala,
capelas e jazigos. Além disto, existem na empresa canteiros capazes
de esculpir pedra manualmente que
permite a realização de cantarias e
peças de elevado valor estético.
Actualmente trabalham na Grampedra 30 funcionários directos e 10
indirectos. A produção da empresa
destina-se se 60% para o mercado
interno e 40% para o mercado externo (França, Suíça, Alemanha e
Luxemburgo). “Considero essencial
que os líderes políticos criem mecanismos na divulgação e implantação
de um centro de negócios internacionais que possibilite a angariação de
potenciais clientes, uma vez que por
muito que lutem, as pequenas empresas têm uma dimensão demasiado pequena para se fazerem notar e
demarcar no exterior”, salienta Pedro
Oliveira, gerente da Grampedra.
A trabalhar em parceria com a Grampedra está a Rem HomeStudio, empresa de Ricardo Oliveira e Márcia
Costa. A Rem HomeStudio, sediada
em Madrid, nasceu como uma resposta à necessidade do actual mercado imobiliário, partindo como uma
ideia que visa auxiliar o proprietário
na venda do seu imóvel, assessorando e cuidando do aspecto e da imagem deste para o comprador final. A
assessoria de imagem de imóveis é
feita através da realização de imagens 3D ou retoques de photoshop,
criando novos ambientes com o objetivo de valorizar os espaços, agilizando a sua comercialização. Com
um desenho inovador e pouco investimento por parte do cliente, a Rem
HomeStudio procura revalorizar o
imóvel, criando uma imagem moderna e atractiva com o design de interiores. Segundo Ricardo Oliveira, a
parceria com a Grampedra tem sido
uma mais-valia “porque, ao estarmos
associados a uma empresa consolidada no mercado nacional, temos
oportunidade de desenvolver trabalhos bastante diversos”.
Página Exclusiva 67
Portugal Inovador
Novos Caminhos
para as Renováveis
Rui Vieira de Castro, presidente de uma das mais antigas promotoras de energias renováveis em Portugal – a Enervento, SGPS, SA – acredita que, apesar
do actual momento de indefinição no que toca às políticas para as energias
renováveis, Portugal tem tudo para ser uma referência nesta área.
Do Grupo fazem parte a Perform3,
para a energia eólica, e a GooSun, para a energia fotovoltaica.
A Perform3 é detentora do parque
eólico mais antigo de Portugal. A
sua presença no mercado, com
largos anos, trouxe-lhe um knowhow na área das energias renováveis comparável a muito poucas empresas nacionais. O grupo
mantém actualmente o seu corebusiness nas energias renováveis;
depois de uma incursão pela área
da biomassa, entretanto preterida,
direcciona-se hoje apenas para a
eólica e fotovoltaica.
Actualmente, o grupo Enervento
é detentor de um parque eólico
com uma potência instalada de 14
Página Exclusiva 68
MW na Madeira, bem como duas
licenças para dois novos parques
em Montemor-o-Novo e Mirandela, com potências a instalar de 8
e 25 MW, respectivamente. Estão
de momento a decorrer os estudos
de incidências ambientais. Para
além disso, a Enervento possui
uma fábrica de painéis fotovoltaicos sediada em Santa Maria da
Feira, a GooSun, que Rui Vieira de
Castro admite estar a viver tempos
difíceis.
“Estamos numa situação complexa, provocada pelo aumento da
concorrência vinda da China, que
vende equipamentos a preços
com os quais as empresas nacionais não podem competir. Vamos,
por isso, procurar novos caminhos, novas áreas, aproveitando o
know-how existente. Estamos certos que sobreviveremos à crise”,
esclarece.
O responsável entende que o trabalho começado na área das energias renováveis em Portugal está,
de momento, em stand-by, e pouco ainda se sabe sobre qual será
o rumo a seguir. “As perspectivas
com o actual governo não são,
naturalmente, boas. Temos acordos assinados até 2020, e não sabemos como vai ser o futuro. De
momento, temos os dois parques
para fazer mas, fora isso, não sabemos o que prever, porque as
ideias do governo ainda não são
conhecidas”, atenta.
Apesar deste clima de indefinição,
Rui Vieira de Castro acredita que
“se não forem cortados os objectivos, o futuro é promissor”. Para
o responsável, as energias renováveis “são algo em que podemos
investir; temos mão-de-obra e técnicos qualificados. Graças ao que
já se tem feito, já temos indústria e
muitas empresas criadas em volta
deste sector. Acredito que é possível aproveitar o conhecimento que
já temos, desenvolver mais e melhor tecnologia, e ir mais longe”.
Portugal Inovador
Rolhas de Qualidade Superior
Fundada em 1950, a Lima, Vanzeller & Leal, que se dedica ao fabrico de rolhas em cortiça, tem acompanhado a evolução do sector com a melhor maquinaria e rigorosos controlos de qualidade. A falta de união no sector é algo que
preocupa os responsáveis da empresa.
Há mais de 60 anos, em Lourosa, Santa Maria da Feira, nascia
a Lima Vanzeller & Leal, pela mão
dos sócios Arnaldo Lima Vanzeller
e Manuel Leal. Entretanto, deu-se
a retirada da família Lima Vanzeller da sociedade, e Alberto Leal,
que já está na empresa há mais
de 50 anos, juntamente com 4 irmãs, estando neste momento na
sociedade Palmira e Aurora Leal,
seguiram as pisadas do pai. Hoje,
também a terceira geração já está
presente na empresa, através de
Nuno, Filipe e Micaela Leal.
A exportação tornou-se um objectivo para a empresa logo na década
de 70, tendo como principal destino países como Espanha, Alemanha e França, e alguns países do
Leste europeu. Actualmente, 70%
das rolhas fabricadas na Lima,
Vanzeller & Leal são exportadas,
sendo que, por ser um mercado
que prefere uma qualidade superior, os Estados Unidos estão debaixo do radar da empresa.
As rolhas aqui produzidas, divididas em várias classes, são de
uma qualidade superior. “Ao comprarmos a matéria-prima já tentamos fazer uma boa selecção
em termos de qualidade, e isso
transparece, naturalmente, na própria rolha”, explica Nuno Leal. O
acompanhamento da produção,
feito pelo próprio ou pelo pai, ajuda
também a garantir essa qualidade.
E, para além disso, a Lima, Vanzeller & Leal dispõe também de
um laboratório próprio onde é feito
um controlo de qualidade diário da
produção.
A certificação de acordo com a
norma ISO 9001 e pelo CIPR
(Código Internacional das Práticas Rolheiras) é, para Nuno Leal,
mais uma forma de garantir boas
práticas dentro da empresa. “Permite-nos passar a mensagem aos
nossos 50 colaboradores de que o
produto implica uma série de cuidados e, no que toca aos clientes,
ajuda a passar uma imagem de
­qualidade”.
Relativamente ao futuro, a aquisição de novos equipamentos está
nos planos da empresa, nomeadamente de uma máquina que vai
permitir fazer o controlo de qualidade a qualquer momento do processo produtivo, e de outra que, por
sua vez, está direccionada para
a produção, em particular para
a colmatagem, que vai permitir à
empresa entrar em novos mercados e obrigar a um alargamento e
reorganização das instalações.
Em jeito de conclusão, Nuno Leal
lamenta e apela contra a falta de
união que se vive neste sector.
“Para enfrentar o futuro, temos
que ser mais unidos. Esse entrave faz com que percamos valor e
credibilidade perante os clientes”,
termina.
Página Exclusiva 69
Portugal Inovador
“Tempos difíceis
exigem boas ideias”
Elegante, confortável e distinta, assim poderemos definir a moda apresentada
pela New Concept, uma marca de vestuário masculino que ostenta orgulhamente o “made in Portugal” como sinónimo de qualidade.
Presente no mercado desde 1995, foi
em 2006 que Agostinho Miguel e António Marques assumiram a liderança
da marca e, numa época em a maioria das firmas portuguesas procura no
exterior a solução para a crise, tomaram como prioritária a consolidação
do projecto dentro de portas.
Empresa
A Reason é uma empresa de confecções direccionada para a vertente
de camisaria de homem e senhora.
Com um gabinete de design têxtil,
sediado em Oliveira do Hospital, esta
firma pensa, elabora e confecciona
as colecções da New Concept. “Se
grandes marcas internacionais produzem as suas colecções em Portugal,
devido à qualidade do nosso trabalho,
porque não haveremos nós de aproveitar esse reconhecimento associado a uma marca nacional?”, questiona
António Marques, em conversa com a
Portugal Inovador.
Direccionada para um cliente de classe média/alta, a New Concept surgiu
vocacionada para a confecção de
vestuário e acessórios de homem, no
entanto, recentemente, para atender
às solicitações dos clientes entrou
com sucesso no sector de vestuário
feminino.
Utilizando tecidos de alta qualidade, a
diferenciação das colecções apresentadas prende-se com a atenção ao
design, ao pormenor e à qualidade de
mão-de-obra.
Roupa à medida
Com vista a atender às necessidades
do seu público, a New Concept abre
portas a um conceito de roupa à medida. “Nem todos os corpos se enquadram com as medidas standard que
encontramos nas lojas, assim como
nem todos se sentem agradados com
Página Exclusiva 70
a ‘moda’ vigente, preferindo outras
alternativas, por isso a nossa equipa
proporciona esse poder de decisão
ao nosso cliente”, refere Agostinho Miguel. Desta forma, todos os produtos
da marca são personalizáveis, sendo
possível ao consumidor final escolher
o tecido, o modelo e até os pormenores da sua peça de vestuário.
O projecto de criação de uma loja online vai permitir que qualquer pessoa,
em qualquer parte do mundo, possa
ter acesso ao seu “novo conceito” de
roupa.
Presente de Norte a Sul do país no
comércio multimarcas, a New Concept dispõe também de quatro lojas
em regime de franchasing (Fátima,
Seia, Oliveira do Hospital, Oerias),
uma rede de representações que se
pretende venha a ser reforçada.
Portugal Inovador
Verde Tranquilizante
Ficar hospedado no Paço de Pombeiro, em Felgueiras, é sinónimo de descanso, natureza e introspecção. Rodeada por uma paisagem verdejante, esta
quinta de turismo de habitação cruza a história e a modernidade em três espaços distintos.
A história do Paço de Pombeiro
remonta a 1163, com a construção de uma Torre cuja traça
primitiva subsiste até hoje. Em
1610, D. João de Mello Sampayo demoliu a Torre do Paço
de Pombeiro de Riba Vizela até
meio, para “com a pedra dela
construir uma grande sala junto
da dita Torre”, dando-lhe a configuração actual. É propriedade
dos Barões de Pombeiro de Riba
Vizela, D. Alexandra Vilhena dos
Santos de Mello Sampayo e
D. João de Lancastre de Mello
Sampayo.
A quinta recebe hóspedes desde
2009 e, para além da vertente de
turismo de habitação, nos 11 ha
de que dispõe há espaço para 5
ha de vinha, cujas uvas são vendidas à Cooperativa Agrícola de
Felgueiras. De referir que o Paço
de Pombeiro é, desde 2003, um
Edifício de Interesse Municipal,
estando neste momento em vias
de classificação pelo IGESPAR,
como Imóvel de Interesse Público.
Quem chega ao Paço de Pombeiro é de imediato brindado por
uma sensação de tranquilidade e de quietude. Os visitantes
têm a possibilidade de escolher
entre três espaços para a sua
estadia – o Paço, que dispõe
de três quartos, com mobiliário
a remeter para o passado, uma
sala de estar e uma sala de jantar; o Novo Edifício – exemplar
de Arquitectura de Autor – com
seis quartos de decoração moderna e minimalista e com vista
para todo o verde que circunda a
quinta; a Antiga Casa dos Caseiros, onde são servidos os pequenos-almoços e refeições ligeiras
e que possui ainda um mezzanine com snooker, biblioteca e
uma sala de estar e, ainda, um
quarto familiar. Nos jardins circundantes está incrustada uma
piscina, rodeada de relva.
O Barão de Pombeiro é um homem de projectos e, ideias para
o futuro não faltam. A criação de
um museu, pessoal mas aberto à comunidade, permitindo ao
público conhecer histórias pessoais, locais ou da agricultura
tradicional, não tem data marcada, mas é algo que vagueia pela
sua mente. Para além disso,
pretende criar, ainda este ano,
uma sessão de tertúlias abordando temas como História e/ou
Literatura. Aproveitando o facto
de o ano de 2013 ser o Ano da
Ecologia, está também a ponderar a implementação de fontes
de energia alternativas no Paço
e na quinta.
O Projecto Paço de Pombeiro –
Turismo de Habitação só foi possível graças aos programas de
apoio do Turismo de Portugal.
Página Exclusiva 71
Portugal Inovador
Na Rota do Vinho Verde
Uma Cooperativa que defende os interesses dos seus associados, valorizando os seus interesses e ajudando-os a criar riqueza.
Vinho Verde
Foi a união de esforços de um grupo de agricultores que, em 1957,
deu origem à Adega Cooperativa
de Felgueiras. Em 1975, a absorção do grémio da lavoura, oriundo
da Cooperativa Agrícola, permitiu
a criação de uma estrutura polivalente que foi crescendo à medida das necessidades dos seus
sócios. Hoje são inúmeras as
secções que apoiam os associados: vitícola, frutícola; aprovisionamento; contabilidade e gestão;
pecuária e de leite; organização
dos produtores pecuários, protecção integrada e florestal.
Com vista a perceber a dinâmica
da Adega Cooperativa de Felgueiras, a revista Portugal Inovador
esteve à conversa com Casimiro
Alves, presidente da direcção: “O
nosso objectivo é apoiar os agricultores, através da recolha das
suas produções (vinho, fruta, leite
e cereais) para posterior comercialização. Criámos uma área comercial com produtos que auxiliam
o seu trabalho e prestamos ainda
assistência, aconselhamento técnico e económico através do nosso gabinete de gestão, para além
de organizarmos frequentes acPágina Exclusiva 72
ções de formação que valorizam
a sua actividade profissional”.
Apesar do amplo conjunto de actividades desenvolvidas, a produção e transformação de vinho
mantém-se como a referência
desta que é a segunda maior Adega da região dos vinhos verdes.
Tendo vindo ao longo dos anos
a consolidar a sua presença junto dos produtores, a Cooperativa
mantém uma produção média de
5 milhões de litros, dos quais cerca de 50% são engarrafados para
as suas marcas (Terras de Felgueiras).
O Terras de Felgueiras é um vinho verde fresco, leve e aromático, produzido através das castas
típicas da região – Loureiro, Alvarinho, Trajadura, Azal e Arinto. O
vinho verde branco engarrafado
representa a maioria da produção da Adega, estando pequenas percentagens associadas ao
vinho verde tinto, ao vinho verde
espadeiro (regional) e mais recentemente ao espumante verde
branco.
Segundo Casimiro Alves, “o vinho
verde tem obtido uma crescente
notoriedade tanto no mercado interno como no externo”. Em termos internacionais, os EUA apresentam-se como o maior cliente
de vinhos da região, enquanto que
o Brasil e Angola, assim como alguns mercados europeus (Luxemburgo, França e Alemanha), se
mantêm estáveis. A Rússia surge,
actualmente, como o mercado em
maior expansão.
Com vista à divulgação dos seus
produtos, a Adega Cooperativa
de Felgueiras participa em várias
Feiras Internacionais do sector,
assim como em provas de de-
Portugal Inovador
gustação, através do programa
da Fenadegas - Federação Nacional das Adegas Cooperativas,
de acções desenvolvidas pela Viniportugal ou pela Comissão de
­Viticultura.
Actividade Frutícola
A par do vinho, Felgueiras é um
dos maiores concelhos produtores
de kiwis, uma cultura que se tem
apresentado bastante rentável
para os produtores, com um nível
de exportação a nível nacional que
ronda os 50%. Prevendo o crescimento deste sector, a Cooperativa
de Felgueiras está a encetar um
projecto que prevê o alargamento
do seu sistema de frio, o que permitirá duplicar a capacidade de armazenamento e laboração dos frutos. Saliente-se que das cerca de
1200 toneladas poduzidas por ano
na Cooperativa, 90% da produção
é destinada para a exportação.
Consciente das exigências do mercado e da necessidade de alicerçar a marca Terras de Felgueiras,
a direcção da Cooperativa promete
trabalhar para aprimorar o seu trabalho de gestão, criando uma relação comercial mais eficiente na
compra e venda de produtos. Todo
este processo, acompanhado pela
melhoria da imagem da marca, vai
permitir à marca crescer e tornarse mais competitiva nos mercados
internacionais. “Somos grandes,
mas numa dimensão global temos
uma produção reduzida. Precisamos de aumentar a nossa capacidade, concentrar a oferta de mais
produtores, para sermos mais fortes e defendermos os interesses
de todos”, termina Casimiro Alves.
Página Exclusiva 73
Portugal Inovador
Exportação
para os 4 continentes
A excelência no sector dos equipamentos de refrigeração e exposição.
A laborar há 25 anos, a Frilixa
orgulha-se de exportar os seus
produtos para países nos quatro
continentes do planeta. A empresa
sediada na cidade da Lixa, no concelho de Felgueiras foi fundada
por José Lopes Ribeiro de Magalhães em 1987, quando foi convidado por dois funcionários de uma
empresa do género a investir no
sector do fabrico de equipamentos
para exposição e refrigeração comercial. Depois de alguma resistência no início e feito um estudo
de mercado, José Lopes percebeu
que havia espaço no sector para
uma empresa do género e assim
nasce a Frilixa sob a égide de dois
pontos fundamentais: “Necessidade de diversificar as indústrias no
concelho e criando mais empresas
do sector no país avançando para
a exportação”, afirma José Lopes.
Página Exclusiva 74
Dedicando-se à concepção, produção e comercialização de todo
o tipo de produtos de expositores
refrigerados, tais como vitrinas,
murais e balcões, começaram
nos primeiros tempos da empresa
a ser exportadas para França. A
partir daqui, a empresa entra num
ciclo favorável até à actualidade e
hoje exporta cerca de 96% da sua
produção para todo o mundo, com
distribuidores de comercialização
em vários países. No momento, o
principal mercado da Frilixa passa,
fundamentalmente, pelo continente europeu.
A qualidade, fiabilidade e o design
como um complemento apelativo
são os factores que distinguem os
mais de 100 modelos que a Frilixa produz. Só foi possível chegar
a este patamar depois de “muito
investimento em equipamentos
modernos de fabrico, na formação
superior dos quadros da empresa
e na estreita relação existente com
parceiros comerciais, potenciando
assim o know-how da empresa”,
salienta José Lopes. Outro dos
grandes investimentos que favoreceu a empresa a nível internacional foi a certificação. “É uma maisvalia a certificação da empresa e
dos seus produtos para obter mais
credibilidade junto dos países para
onde exportamos”, explica José
Lopes. O empresário orgulha-se
de estar aos comandos de uma
das poucas empresas do país certificada por peritos norte americanos com as normas exclusivas dos
Estados Unidos da América, “este
investimento sempre foi pensado
para gerar retorno, só assim as
empresas portuguesas podem ter
algum futuro”, afirma José Lopes.
Actualmente, a Frilixa está presente nas melhores feiras da especialidade no estrangeiro, nomeadamente em Itália”.
Num futuro próximo, José Lopes
afirma que pretende expandir
a Frilixa para novos mercados,
apostando continuamente em novos produtos, na constante melhoria a nível do design. Também tem
como objectivo a criação de uma
nova unidade fabril para, desta forma, melhorar e simplificar todo o
processo produtivo.
Portugal Inovador
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Portugal Inovador
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