Explorar o mundo da pedra
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Foto cedida pela Viptrónica Portugal Inovador Índice 4 - Editorial 5 - INSTITUTO DOS PUPILOS DO EXÉRCITO “Desde 1911, uma Escola Técnica de Referência” 7 - Distrito de Setúbal 29 - Braga 45 - Barcelos Página Exclusiva 3 Portugal Inovador Editorial Crónica de um bom aluno Portugal passou a fazer parte de uma turma de países constituída pela Irlanda e Grécia, num processo de reaprendizagem em como gerir finanças públicas e retomar a sanidade económica de um país. Sendo sucessivamente avaliado pelas visitas da Troika a território nacional, depois de cada avaliação, sorrisos estampados na cara dos governantes portugueses contrastavam com o semblante sempre sério dos representantes da Troika. Portugal começou a ser apelidado de bom aluno, destacando-se dos restantes países, sinal de que a austeridade estaria a surtir efeito e que, mais cedo ou mais tarde, a economia iria voltar a crescer. Com a população portuguesa a sobreviver perante os sacrifícios das medidas de austeridade, parecendo conformada com as duras exigências do Governo, e as empresas a fazer quase o impossível para levar a bom porto os seus negócios, eis que surge a quinta avaliação da Troika. Como qualquer bom aluno, a ansiedade de manter as boas notas pode levar por vezes a excessos e desvarios, no caso concreto, ao excesso de medidas de austeridade. Segundo os últimos números divulgados pelo INE, o défice orçamental no final do mês de Agosto cifrava-se nos 4 mil milhões de euros, mais 726 milhões que o valor registado no final de Julho. A actividade económica portuguesa tem vindo a cair há 20 meses consecutivos e continua a agravar-se à medida que a recessão se aprofunda, contando ainda com o aumento sucessivo da taxa de desemprego. Depois do aparente sucesso de quatro avaliações, foi somente à quinta prova que o Governo tomou consciência de que o excesso de medidas de austeridade não só não tirou o país da crise, como a agravou. Ao longo do tempo, vozes de todos os quadrantes da sociedade lançaram avisos alertando para tal conclusão. O Executivo de Pedro Passos Coelho ainda tentava aprovar para o ano de 2013 um corte na TSU, com vista à diminuição do desemprego, e um aumento da contribuição dos trabalhadores para a Segurança Social, entre outras medidas para equilibrar o défice. Após tal anúncio, a população adormecida e ferida com tanta austeridade saiu à rua na maior manifestação feita em Portugal no século XXI. Depois de tamanho acto patriótico dos portugueses e de todo o sector empresarial anunciar que mais medidas de austeridade apenas iriam agravar a situação económica do país, parece que o Governo tarda em tomar consciência de que mais austeridade é um peso extra neste barco. Parece que o bom aluno andou este tempo todo a estudar mal a lição. Enquanto isso, o esforço da população e das indústrias e empresas para sobreviver nesta conjuntura continua. Todos esperam que daqui em diante Governo tenha mais atenção e aprenda de vez a lição. Página Exclusiva 4 Portugal Inovador Desde 1911, uma Escola Técnica de Referência O Instituto dos Pupilos do Exército (IPE), uma das primeiras instituições da República Portuguesa, é, desde 1911, responsável pela democratização do ensino em Portugal e pela formação de milhares de jovens. Mais de cem anos volvidos após a sua criação, ainda se mantém o desígnio de “formar cidadãos úteis à pátria”, inculcado pelo seu fundador, o general António Xavier Correia Barreto. Ao longo de décadas, o IPE foi sofrendo alterações que acompanharam as necessidades e avanços do país, tanto em termos de estrutura organizacional como na concepção dos planos de formação. No entanto, há aspectos inerentes à filosofia do IPE que se mantêm. “A nossa forma de educar baseia-se em três pilares – a componente comportamental, a intelectual e a física. Damos muito valor à componente comportamental e a aspectos como a disciplina, obediência, lealdade e camaradagem, sem que isso entre num padrão de servilismo”, atenta o major general António Alves Rosa, há quatro anos director da instituição. Para o responsável importa desmistificar algumas ideias que a sociedade em geral tem acerca do IPE. “Esta estrutura é um estabelecimento militar de ensino, e não um estabelecimento de ensino militar. Isso significa que nós não formamos militares, formamos cidadãos aptos para prosseguir uma carreira à sua medida, seja em que área for. O que nós inculcamos são valores e alguns aspectos da vivência militar no dia-a-dia dos alunos, como, por exemplo, o cumprimento de objetivos e missões”, ressalva. No actual ano lectivo entraram cerca de 100 novos alunos, o que faz deste o terceiro ano na história centenária da instituição com mais elevado número de admissões, facto que permite perspectivar o incremento da atractividade deste estabelecimento de ensino no âmbito da comunidade educativa nacional. O Ensino Secundário Profissional, com os cursos de Técnico de Manutenção Industrial, Técnico de Gestão, Técnico de Gestão Ambiental e Técnico de Energias Renováveis, faz parte da oferta formativa do IPE há apenas três anos. O responsável entende que “olhando para o tecido empresarial português e Forças Armadas, percebe-se que existe a necessidade de quadros técnicos, daí esta aposta. Este ano, concluiu o primeiro grupo de alunos, que teve logo colocação nas empresas”. O programa curricular inclui uma formação em contexto de Página Exclusiva 5 Portugal Inovador trabalho de 420 horas, e os alunos que terminam o secundário têm um leque mais variado de opções para o seu futuro – seja o prosseguimento para o Ensino Superior, para cursos de especialização tecnológica ou a entrada directa no mercado de trabalho. A Semente do Empreendedorismo A par desta preocupação em preparar os alunos para a entrada no mundo do trabalho, no IPE procura-se deixar nos pupilos a semente do empreendedorismo. “Sabemos que estes alunos são muito novos, mas conseguimos passar-lhes a ideia de que podem fazer muito mais do que estudar; aprendem a viver num contexto de trabalho e ficam com boas ideias sobre como se monta e gere uma empresa. Não há nenhuma disciplina que ensine isto, há conversas que temos e ideias que se vão passando. É o ensino da vida”, continua o director do IPE. De facto, muito para além da matéria leccionada nas salas de aula, no IPE há uma preocupação em ir mais longe, nomeadamente através da acção do Corpo de Alunos. “Trata-se de uma estrutura que abrange todos os alunos e que cuida deles 24 sobre 24 horas. Temos alunos internos dos 10 aos 19 anos, que passam a semana inteira fora de casa dos pais, e isso obriga a uma atenção e segurança redobradas, bem como um carinho muito grande. O IPE tem uma Página Exclusiva 6 grande preocupação na preparação dos seus alunos para o mercado de trabalho: os que revelam maior sentido de responsabilidade e melhor desempenho académico são orientados para funções de liderança, enquanto que nos mais novos é potenciada a sua capacidade de relacionamento e de adaptação a uma organização com diversos patamares de decisão.” Os alunos do IPE são originários de todo o território português, bem como de além-fronteiras. “Temos uma forte ligação à Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), recebendo e ajudando a formar muitos jovens desses países. Neste âmbito, releva-se ainda a existência de um protocolo de geminação com o Colégio Militar de Porto Alegre, no Brasil, que nos permite um intercâmbio cultural de excelência”, explica o Diretor do IPE. O IPE, desde há vários anos, tem vindo a receber alunos dos PALOP que ali fizeram todo o percurso de formação, do 5.º ao 12.º ano. Desde que o major general António Alves Rosa está à frente da instituição, terão passado pelo IPE pelo menos 80 alunos vindos destes países. Só este ano, contam-se 30 jovens vindos daqueles países. “Este aspecto é extremamente positivo, pois cria-se um conjunto de relações e um cruzamento de ideias e culturas entre os alunos que podem vir a dar bons frutos no futuro. Estes alunos aprendem duas formas de estar distintas, e nós acreditamos que não só eles, mas o próprio país, pode vir a beneficiar no futuro. Isto é diplomacia, é política externa”, conclui o responsável. Portugal Inovador Metalsines apresenta novidade mundial no transporte ferroviário A Metalsines pretende surpreender o mercado mundial com o lançamento do Eco-Picker, um vagão inovador destinado ao transporte de camiões. Uma tecno logia simples, multimodal revolucionária desenvolvida no seio da Metalsines -empresa de referência nacional no fabrico e exportação de vagões. Empresa inserida no Grupo FTM desde 2008, a Metalsines beneficia de mais de três décadas de know-how adquirido no fabrico de vagões. Um processo evolutivo que lhe permitiu, ao longo de vários anos, ser um parceiro de referência para a CP – Comboios de Portugal. Hoje, pelas imposições de mercado, com poucas encomendas nesta área, direcciona cada vez mais a sua actividade para a adaptação e melhoramentos de vagões, na área metalomecânica. Silva Santos, director-geral da Metalsines e da Compelmada Internacional, explica: “Um dos meus objectivos desde que assumi a direcção destas empresas foi a integração das mesmas, com vista à redução de custos, que com o agravamento da crise torna mais premente esta operação. Há actividades semelhantes que são efectuadas por ambas as empresas e que poderão ser centralizadas num único sector. Todos sabemos que o mercado mudou muito, obrigando à reestruturação das empresas, sendo muito mais competitivo. Com as encomendas nacionais a reduzirem se significativamente neste último ano, aposta-se cada vez mais no mercado internacional, onde temos concorrentes muito competitivos, como a Turquia, China, Polónia Coreia, Índia, etc…. Neste sector ferroviário, um dos principais problemas para a Metalsines, empresa privada nacional, advém do Estado também estar dedicado ao fabrico de vagões, através da EMEF. A CP Carga, suportada numa legislação desactualizada, com décadas de existência, opta por comprar obrigatoriamente à EMEF, sem existir qualquer concurso, restando para as empresas deste sector, como a Metalsines, as “sobras” destes negócios. São pequenos expedientes legais que evitam a existência de uma sã concorrência, que se deseja em todas as áreas, o que é incorrecto, no nosso humilde entender, e que faz com que o contribuinte te- nha de, também aqui, suportar mais estes sobrecustos. Ou seja, o Estado em vez de criar ferramentas para estimular a inovação e a competitividade das empresas dentro deste segmento, está a fazer concorrência ele próprio, com meios difíceis de combater”, lamenta, “destruindo as empresas privadas que, com muito sacrifício, tentam sobreviver, com meios muito mais reduzidos. Como alternativa, e como consequência da inexistência de um mercado livre de fabrico de vagões que funcione em Portugal, tivemos de procurar outros mercados para sobreviver, procurando novas soluções para o negócio, direccionando a nossa potencial produção para exportação, onde se inclui este protótipo, EcoPicker, agora finalmente desenvolvido”, adianta. Actividades da METALSINES e COMPELMADA Internacional Se, por um lado, a facturação global da Metalsines e Compelmada Internacional (ambas as empresas pertencentes ao Universo das Empresas do Grupo FTM) registou um Página Exclusiva 7 Portugal Inovador crescimento superior a 15% no ano de 2011, as previsões não são tão animadoras para 2012: “Eu diria que este é um mercado ‘dependente’ do investimento e da expansão económica nacional. Com a crise em que o País se encontra ‘mergulhado’, os investimentos das Grandes Empresas Industriais retraem-se, dado que também a sua actividade económica se reduz, salvo raras excepções. Deste modo, quer ao nível do ferroviário, quer ao nível da metalomecânica, as obras a nível nacional reduziram-se a um nível baixíssimo, pelo que estamos a apostar mais nos mercados internacionais. Na Compelmada Internacional, também será essa a grande aposta, apesar de no segmento de manutenção efectuada em grandes unidades industriais, que executamos em Portugal [em parceria com uma empresa espanhola, MASA] ser ainda um bom pilar no nosso volume de negócios, cerca de uns 30%. Estamos a fazer a manutenção preventiva, correctiva e “paragens” de grandes indústrias petroquímicas, como são o caso da Repsol Polímeros e da Petroquímica de PTA, a Artlant, ambas em Sines. Queremos continuar a ser parceiros destas grandes empresas, também elas exportadoras, com todo o contributo que possamos dar”, avança Silva Santos. A Compelmada Internacional possui outra área industrial de 5 mil metros quadrados, dos quais uns 2 mil são também cobertos, na ZIL, Zona Industrial Ligeira 2, em Sines, que dá apoio a esta actividade de manutenção industrial. Além deste segmento da manutenção industrial, a Compelmada Internacional dispõe também de pessoal e equipamentos para a execução do fabrico de diversos componentes da indústria metalomecânica. É o caso do fabrico de tanques, execução em “chave na mão” de Skids completos, pré-fabricação de tubagens, fabricação de diversos equipamentos (permutadores, reactores, silos, etc…), nos mais diversos tipos de matePágina Exclusiva 8 riais (aço inox, aço, liga, duplex, aço carbono, etc…), e ainda estruturas complexas mecânicas, como um Shiploader, de 1300 toneladas, “que fabricamos e cuja montagem está a ser finalizada no Porto de Sines [em espaço alugado], e que é para ser entregue na Mauritânia”. Esta última é uma obra que representa uma facturação de cinco milhões de euros. “Tirando algumas áreas industriais em Setúbal, com cais directo para o porto, a Metalsines possui das melhores instalações industriais do país. Em termos de espaço e de condições, contamos com 110 mil metros quadrados de área total, sendo 30 mil metros quadrados cobertos. Temos ainda uma nova nave com 2000 metros quadrados [investimento efectuado em 2011] e um espaço de 50 mil metros quadrados adicionais preparados para uma potencial expansão, caso assim se justifique. Ao nível da acessibilidade e logística, temos condições que agradam muito todos os estrangeiros que nos visitam. Temos acesso a um porto de águas profundas, com 18m de profundidade natural, o que não é o caso do porto de Setúbal, acessos à auto-estrada e à rede ferroviária nacional que nos pode ligar a toda a Europa e que entra na fábrica”, salienta Silva Santos. A área disponível possibilita ainda trabalhos 24h/dia e a utilização de ensaios não destrutivos (Rx ou Portugal Inovador Raios Gama), que legalmente obrigam a distâncias de segurança exigentes, melhorando a eficiência e a produtividade em larga escala, dada a inexistência de qualquer vizinhança que possa ser prejudicada com o barulho ou qualquer actividade industrial ali produzida. “Os constrangimentos a que estamos sujeitos são mínimos, quando comparados com a nossa concorrência”, salienta Silva Santos. Trabalhos Importantes em Curso e Já Executados Para a Compelmada Internacional, a exportação é já uma realidade através de clientes consagrados do panorama industrial mundial: “Com a Ferrostaal pré-fabricamos toda a tubagem para duas centrais de ciclo combinado para a Venezuela. Com o Grupo Techint, estamos a terminar de construir um Shiploader, atrás mencionado, que terá uma capacidade para carregar 15 mil toneladas por hora de minério de ferro, e que vai ser instalado na Mauritânia, no Porto de Nouadhibou. São 1300 toneladas, das quais nós fabricamos 900, mas montámos a totalidade delas. Contamos ter brevemente mais duas encomendas deste tipo de Shiploader para a Guiné Conacri. Estamos também a começar, com um grupo espanhol, o fabrico de quatro mil toneladas de estruturas para minas em África. Perspectivam-se também algumas novas encomendas de Skids para a Rússia e para a Bulgária, através de uma multinacional americana. Para a Metso International, no Brasil, estamos actualmente a fabricar nove equipamentos, e no futuro este poderá ser um mercado muito interessante para o Grupo FTM, onde estamos inseridos. Há grandes obras no Brasil, em que até 30% da obra pode ser executada no estrangeiro, e portanto aqui em Portugal, sem qualquer acréscimo de impostos, uma vez que o Grupo possui também uma empresa simi- ECO-PICKER Características técnicas: - Estes vagões não possuem dispositivos ou fontes de energia adicionais como pneumáticos, eléctricos, hidráulicos, etc.; - Todos os componentes ”ferroviários” específicos destes vagões são normalizados: bogies, rodados, componentes de freio, tracção, tamponamento, etc.; - Não são necessários terminais específicos ou equipamentos adicionais como pórticos, gruas/empilhadores, maquinaria embutida no solo ou rampas. lar, a Máquinas Piratininga, no Recife [estado de Pernambuco]. Esta será seguramente uma aposta importante para os próximos anos”, avança Silva Santos. Angola é um mercado que o Grupo FTM, também tem acompanhado continuamente, onde já possui parceiros importantes seleccionados, mas em que ainda não foi considerado oportuno avançar-se. A Inovação – O Eco-Picker – Apresentação na InnoTrans 2012, em Berlim A exportação poderá agora estender-se ao universo dos vagões depois de uma inovação desenvolvida internamente: o Eco-Picker (com patente já registada). Foi apresentada na Innotrans 2012, em Berlim, no passado dia 18 de Setembro, e com o incremento da actividade esperada, por esta novidade, poderão ser obrigados a efectuar a construção de duas novas naves cobertas, acrescentando mais uns 10.000 m2 cobertos, dentro das instalações da Metalsines: “O nosso objectivo é tornar o transporte multimodal finalmente acessível a todos. Estes vagões são incrivelmente mais simples, económicos e fáceis de manusear quando comparados com todos os que, para o mesmo fim, existem no mercado. São vagões que possibilitam carregar e descarregar camiões semirreboque completos, ou apenas os semirreboques, de uma forma simples, rápida e praticamente em qualquer local. São também uma resposta aos imperativos ambientais, económicos e sociais que exigem transportes cada vez mais eficientes e com menores emissões de gases poluentes. São assim vagões destinados a melhorar o nosso mundo”, explica Silva Santos. A Metalsines compromete-se desta forma a manter viva a tradição dos vagões na empresa e no Grupo FTM, espreitando uma nova oportunidade na exportação e investindo valores significativos, ainda sem qualquer apoio oficial, como antes ficou demonstrado: “Esperamos que esta novidade dê um novo impulso à empresa, sendo garantido que vamos continuar a apostar na internacionalização, sempre com uma boa qualidade de serviço e capacidade de resposta, que é reconhecida pelos nossos Clientes”, conclui o director-geral. Página Exclusiva 9 Portugal Inovador Catalisador do ecossistema Sines Assumindo a posição de núcleo activo na vitalização e fomento de relações de parceria entre os diversos intervenientes da região onde se insere, o Sines Tecnopolo abraça uma missão, simultaneamente, alargada e estimulante. Fundado pela Câmara Municipal de Sines, a Universidade do Algarve, a Universidade de Évora, o Instituto Politécnico de Beja e o Instituto Politécnico de Setúbal, o Sines Tecnopolo é uma associação sem fins lucrativos que visa a promoção do desenvolvimento empresarial, nas suas múltiplas vertentes. Com uma estrutura funcional subdividida em três unidades orgânicas – SinesTec Academia; SinesTec Inovação & Conhecimento; SinesTec Incubação & Empreendedorismo – o Sines Tecnopolo é um misto de know-how de mercado, equipamento de ponta e soluções avançadas de gestão para empresas, empresários e empreendedores. Página Exclusiva 10 Pólo de conhecimento Mónica Morais de Brito, actual directora executiva do Sines Tecnopolo, não tem dúvidas quanto à importância da associação enquanto entidade formadora: “No passado sempre houve a expectativa, por parte dos responsáveis políticos, de trazer uma instituição de ensino superior para o Alentejo Litoral. Nesse sentido, o Sines Tecnopolo assume um papel preponderante para a região. Observando a sua envolvente, diagnosticando as necessidades e trazendo formações que contribuam para a qualificação superior da sua vasta área de influência. Isto torna-se possível pela relação estreita criada entre o Tecnopolo, as empresas locais e as instituições de ensino superior. Apresentamos, por isso, um leque muito variado de formação que vai desde a formação inicial à formação pós-graduada. Neste campo, a tendência será a especialização nas áreas core do Sines Tecnopolo: economia do mar e energias”. O Sines Tecnopolo está prestes a inaugurar um pavilhão, denominado Academia das Energias, onde desenvolverá um projecto educativo, formativo e de investigação na área das energias convencionais e renováveis: “A Academia das Energias está a ser conceptualizada com envolvimento de grandes players (ex: EDP, APS e Galp, entre outros) e vem responder a uma série de necessidades, nomeadamente, formativas. A intenção é que, além dos nossos projectos Portugal Inovador formativos e de I&D, possamos ceder as instalações a outras instituições de todo o país para desenvolverem aqui a sua componente prática, uma das lacunas que detectamos”, afirma Mónica Morais de Brito. Consultoria especializada Dedicada sobretudo ao desenvolvimento de projectos colaborativos, financiados e não financiados, a SinesTec Inovação & Conhecimento é outra das unidades em franco crescimento no Sines Tecnopolo: “É uma área que engloba um serviço de consultoria especializada e que tende a desenvolver-se, em parte, pelas hipóteses que os nossos associados nos proporcionam. Recentemente, fomos contratados pelo município de Sines para o desenvolvimento de três projectos no âmbito da rede Corredor Azul, que integram os municípios entre Sines e Elvas. O programa ‘Empreender na Escola’ que visa o desenvolvimento de competências empreendedoras nos jovens entre os 14 e os 16 anos. O ‘Fundo de Eficiência Energética’ que visa a auditoria e certificação energética de cerca de 500 habitações no município de Sines. E o ‘Fomento de Absorção de Tecnologia’ que visa o diagnóstico organizacional de cerca de 60 empresas, a quem é concedido um plano de desenvolvimento e melhoria contínua e que serão apoiadas na implementação do mesmo”, avança a directora. facto à localização privilegiada onde nos encontramos, torna-se interessante não só para empresas presentes aqui fisicamente, mas também para a incubação virtual e nómada. As empresas de base tecnológica continuarão a ser as privilegiadas neste projecto, no entanto, e face ao desenvolvimento cultural desta região, entendemos que faz sentido ter uma vertente direccionada para as indústrias culturais e criativas, pelo que estamos a desenvolver esforços nesse sentido”, garante Mónica Morais de Brito. Estratégia renovada Para a directora, o Sines Tecnopolo respira saúde e dinâmica: “Estamos numa fase de planeamento e desenvolvimento de novas áreas: Estamos a estruturar um serviço de consultoria especializada para garantir um maior apoio às empresas; a diversificar a nossa oferta formativa, por exemplo, ao nível da formação pós-graduada, com a abertura de um MBA em Negócios Internacionais em parceria com IPS e a Universidade de S. Paulo; temos várias candidaturas, nomeadamente com parceiros internacionais das quais esperamos respostas; e estamos a captar novos associados. No fundo, estamos a trabalhar para nos afirmarmos como catalisadores do ecossistema Sines, ou seja para gerir projectos, parcerias e relações entre as PME´s, as instituições de ensino superior, as grandes empresas e a administração pública!”, remata. Berço empresarial O Sines Tecnopolo é também uma incubadora de empresas diferenciada: “Neste momento, no cômputo geral, temos cerca de 18 entidades que estão ou estiveram sedeadas no Sines Tecnopolo. Temos, nas nossas instalações, a Associação Empresarial de Sines, a Loja da Exportação do IAPMEI, uma sociedade de advogados e uma série de serviços de suporte às empresas que aqui se instalam. Aliando esse Página Exclusiva 11 Portugal Inovador Moçambique é a aposta A Setrova, empresa de prestação de serviços na área da construção e manutenção industrial, está a arrancar com uma filial em Moçambique. Em regime de parceria, a Setrova espera assim poder colmatar algumas reduções no volume de negócios sentidas no mercado interno nos últimos anos e melhor consolidar a sua atividade. Alstom, a FMC Technologies ou a EMMSA. Qualidade de serviço O início da Setrova remonta a 1983, ainda que se possa considerar que o verdadeiro arranque surge em 1994 com a mudança da sede para Sines e a entrada de uma nova gerência na empresa. Desde então, a Setrova passou de uma facturação anual inferior a um milhão de euros, para uns impressionantes 14 milhões de euPágina Exclusiva 12 ros, alcançados 2010. Um crescimento constante sustentado na qualidade de todos os seus serviços. Com competências ao nível da construção e da manutenção industrial, a Setrova conquistou, ao longo do seu percurso, clientes de renome internacional onde se destacam a Galp Energia, a Repsol, a Cimpor, a Portucel, a Ao nível da manutenção industrial, os serviços da Setrova podem subdividir-se em duas áreas: a assistência em engenharia de manutenção, onde se encarrega da organização, planeamento, métodos e controlo de qualidade; e a manutenção preventiva condicionada, onde faz a análise espectral do comportamento dinâmico, análise metrológica do comportamento estático e a análise termográfica. Já na área da construção e montagem, a Setrova reúne as competências necessárias para fazer a montagem e arranque de instalações industriais, a execução de projectos fabris, representações e assistência técnica, a construção e montagem de estruturas metálicas, tubagens e redes de tubos industriais para fluídos, bem como, o fabrico, manutenção Portugal Inovador e reparação de componentes e equipamentos industriais. Associada a esta ampla gama de serviços, a Setrova conta ainda com as certificações segundo as normas NP EN ISO 9001:2000, NP EN ISO 14001:2004 e OHSAS 18001:2007 para se diferenciar da sua concorrência: “Acredito que a Setrova continua a ser a única empresa nacional da área da metalomecânica a possuir as três certificações: qualidade, ambiente e segurança. Esse é, sem margem de dúvida, um valor acrescentado para os nossos clientes”, destaca Orlando Veríssimo, administrador da Setrova. Alternativas Ainda assim, a qualidade de serviço apresentada não torna a Setrova imune à situação económica actual. Segundo a administração, os anos 2011 e 2012 representam uma quebra de facturação: “Neste momento, existe uma grande contenção de custos nas empresas que estão aqui na zona e com as quais trabalhamos regularmente. Embora a Setrova esteja numa área em que dificilmente deixará de aparecer trabalho, a tendência é que exista alguma estagnação nos próximos tempos. Na área da manutenção sabemos que teremos sempre trabalho a fazer, até porque temos contratos fixos com algumas empresas que, obviamente, nos ajudam a manter as contas equilibradas. Além disso, recebemos incentivos por parte do PME Investe para investir no mercado externo e que ainda estão por utilizar. Portanto, estamos com alguma disponibilidade financeira. Aguardamos apenas a opção correcta para fazer esse investimento. Ou seja, pesando todos os parâmetros, concluímos que apesar da quebra de 2011 e de uma redução expectável para 2012, a Setrova continua a ser uma empresa saudável a nível financeiro”. Quanto à opção e momento para investir, parecem estar ambos muito próximos… “Eu nasci em Angola, por isso sinto uma atracção natural pelo país. No entanto, para uma empresa da dimensão da Setrova, singrar neste mercado é muito complicado. Chegámos a estabelecer contactos para abrir uma sociedade, mas isso implicava estar longe da sede. Como nessa altura os meus filhos, actuais responsáveis pela produção e pelo departamento financeiro, ainda não estavam na empresa, seria um risco demasiado elevado para a Setrova. Controlar uma empresa à distância nunca é uma boa política, pelo que abandonámos a ideia. Entretanto, há dois anos conheci o mercado de Moçambique e percebi que poderia ser muito atractivo para nós. Estabelecemos uma parceria e criámos uma empresa local que está prestes a arrancar”. Moçambique é, por isso, a novidade, mas não a primeira vez que a empresa trabalha com o mercado externo: “Neste momento, temos três clientes estrangeiros com os quais trabalhamos com alguma regularidade. Uma empresa espanhola para a qual pré-fabricamos aqui e depois montamos em Espanha e um cliente francês para quem fabricamos, já há vários anos, braços de carga marítimos e terrestres. Entretanto, adquirimos um novo cliente, também do Gru- po FMC, mas da Noruega. Vamos já fabricar nas nossas instalações uns skids (estações de medição de crudes e gases para plataformas offshore) e, neste momento, temos seis skids com encomendas firmadas”, revela Orlando Veríssimo. Futuro Para além destes mercados, a administração avança novas oportunidades de negócio em vista: “Há a possibilidade da Setrova entrar num consórcio, para trabalhar no Iraque. A acontecer, será realizado com o apoio da empresa espanhola que trabalha com a Setrova, uma das condições que exigi neste negócio que me foi proposto. São trabalhos megalómanos, impossíveis de concretizar sem uma parceria. Por isso, vamos aguardar e manter-nos focados, primeiramente, no projecto Moçambique”. Página Exclusiva 13 Portugal Inovador Manutenção industrial a 100% A TOUCHVALUE tem sido o parceiro na área de tratamento anticorrosivo de empresas como o Porto de Sines, Galpenergia - Refinaria de Sines, Repsol, EDP, entre muitas outras. Uma empresa com apenas seis anos, mas que reflecte toda a experiência adquirida pelo capital humano ao longo de décadas ao serviço da indústria. Com dois estaleiros que totalizam 10.000m2, acesso privilegiado às águas do Porto de Sines, equipamento adequado, e fornecedores de renome internacional, a TOUCHVALUE conquistou o sector onde se enquadra. Competências como os serviços de tratamento de superfície, a protecção anticorrosiva e a recuperação de componentes mecânicos em materiais e equipamentos, garantiram-lhe trabalhos icónicos: “80% da nova expansão da Refinaria de Sines passou pela TOUCHVALUE. É uma das provas mais recentes da importância que esta empresa alcançou na indústria desta região. Os nossos clientes confiam em nós e reconhecem-nos todo o know-how que, efectivamente, possuímos. Hoje, a TOUCHVALUE foi além da convencional empresa de serviços de decapagem e pintura industrial, tornando-se uma consultora para os seus clientes. Nós avaliamos e damos o nosso parecer sobre o trabalho a realizar Página Exclusiva 14 para os nossos clientes”, afirma o fundador e administrador da empresa, José Martins. Factor diferenciação É no know-how que a empresa acrescenta valor ao trabalho: “Trabalhamos com uma equipa fixa de 38 pessoas, onde se incluem quatro técnicos superiores de qualidade, todos os encarregados e chefes de equipa. Depois temos um número flutuante de colaboradores subcontratados que chegam a colocar sob a responsabilidade da TOUCHVALUE mais de 100 pessoas. Foi a melhor forma encontrada para manter todo o conhecimento dentro da empresa e ‘engordar’ ou ‘emagrecer’ a estrutura consoante as necessidades de cada trabalho. Quanto aos colaboradores, todos eles recebem formação específica através de uma empresa, criada por nós. Uma segunda área que está sob a responsabilidade do Rodrigo Martins NACE - Coating Inspector, a segunda geração desta empresa. E essa, acaba por ser outra característica muito importante na TOUCHVALUE. Somos uma empresa familiar, unida e polivalente. Conjugamos o meu know-how, que adquiri ao longo de muitos anos nesta área, com o know-how mais técnico do meu filho, Rodrigo Martins NACE - Coating Inspector, que já se tornou uma peça determinante na TOUCHVALUE, e toda a gestão financeira, cautelosa e exigente, que está a cargo de Ricardo Gomes”, explica o empresário. Quanto à concorrência, a TOUCHVALUE é muito clara: “Não estamos preocupados com isso. Sempre entendemos que devemos olhar para a qualidade do nosso serviço como leme para as nossas decisões. Mesmo quando o cliente não a valoriza, é nosso dever trabalhar para a optimização da nossa organização e dos nossos recursos, tentando aliar o conhecimento de mercado, à inovação e à garra empresarial”, destaca Ricardo Gomes. Portugal Inovador Além fronteiras Com base nessa qualidade de produto, a TOUCHVALUE tem conseguido crescer sustentadamente: “Temos conseguido crescer de ano para ano e temos cada vez mais propostas do mercado externo para realizar alguns trabalhos. Neste momento, por exemplo, estamos a realizar um trabalho colossal com destino à Mauritânia. São mais de duas mil toneladas à nossa responsabilidade!”, avança José Martins. “60% da nossa facturação já se refere ao mercado externo. Isso acontece porque temos uma localização privilegiada, temos o know-how, e trabalhamos com fornecedores de renome, como a Hempel, Sigma, CIN e AKZO NOBEL”. José Martins está também a equacionar a hipótese de avançar com novos projectos em Mo- çambique: “É um mercado que é um desafio para mim. É atractivo e já efectuámos alguns contactos importantes, falta apenas deslocarmo-nos ao local e analisar intensivamente esta hipótese”. Ainda assim, Rodrigo Martins, NACE Coating Inspector, mos tra-se cauteloso: “A TOUCHVALUE tem a missão de ser, a nível nacional, uma das empresas líderes deste sector. Essa é a nossa prioridade. Depois sim, poderemos pensar em aumentar a nossa presença no mercado externo”, frisa. Página Exclusiva 15 Portugal Inovador Segurança Garantida A A. Silvestre, fundada em 2004, dedica-se à comercialização e assistência na área de equipamentos de segurança. A laborar a partir de Sines, a empresa distingue-se pela aposta na certificação e pela prontidão e qualidade dos seus serviços. Foi depois de apostar na sua formação que António Silvestre decidiu criar esta empresa, dedicandose “a todo o serviço na área de prevenção e combate a incêndios, sinalização de segurança rodoviária, detecção de incêndios e extinção automática, protecção individual, colectiva e vestuário, bem como a manutenção de equipamentos”. A A. Silvestre conta com uma clientela de peso. Como explica o responsável, “estamos a trabalhar dentro do Complexo Industrial de Sines, fornecendo produtos e serviços para a administração do Porto de Sines, PSA Sines – Terminais de Contentores, para a Euroresinas, na área da indústria química, Página Exclusiva 16 para a EDP e Petrogal. Para além disso, temos alguns clientes de Hotelaria na zona do Algarve. No concelho de Odemira, no Alentejo, temos 98% de quota de mercado e foi-nos feita uma proposta para a barragem do Alqueva”. O raio de acção da empresa estende-se, precisamente, “desde Setúbal até à ponta do Algarve, e desde Sines até à fronteira”. Entre 2010 e 2011, a facturação da A. Silvestre aumentou, fixandose em 1,3 milhões de euros, muito graças “ao fornecimento do equipamento de protecção individual, de toda a sinalética e extintores para a obra da refinaria de Sines”. No entanto, António Silvestre admite que, em 2012, tem-se sentido uma quebra na facturação. “Houve alguma redução em termos de obras. Temos, no entanto, a facturação da manutenção dos equipamentos, que é mais estável”, confirma. Para o responsável, o problema da concorrência prende-se com o facto de “cobrarem preços muito baixos para o serviço que se tem que prestar, bem como as despesas inerentes”. No entanto, na A. Silvestre, não se concorre pelo preço. “Não é qualquer empresa que trabalha no complexo industrial de Sines. Para além da norma NP 4413, que nem todos cumprem, temos uma vasta experiência nesta área. Da equipa de 11 pessoas, cinco funcionários são certificados Portugal Inovador na manutenção de extintores, e todos os anos damos formação. Depois, esta empresa tem tido sucesso muito graças à prontidão e qualidade dos nossos serviços. Trabalhamos a qualquer dia e qualquer hora, feriados e fins-desemana incluídos, desde que seja conveniente para o cliente. Temos que nos adaptar, e o facto de o fazermos, cria uma boa relação com o cliente”, explica. Os números são prova disso mesmo – a A. Silvestre teve um aumento de 40% nos clientes na área do combate a incêndios (extintores). António Silvestre defende, efectivamente, que “devia haver mais fiscalização às empresas desta área, nomeadamente em relação ao cumprimento da norma 4413”. A A. Silvestre faz a sua parte, inclusive na certificação da qualidade, que deverá chegar em Novembro deste ano, e a certificação ambien- tal, que está a ser preparada para 2013. Ainda que António Silvestre não esqueça o receio provocado pela instável conjuntura actual, há planos delineados para o futuro. “Já tenho um projecto para o ano de 2014. A ideia é fazer um armazém com dois mil metros quadrados, que permita centralizar os serviços da empresa. Para além disso, estou a pensar abrir um negócio de ferramentas anti-chispante, é uma área a explorar. Já tenho uma representação e vou tentar, também em 2014, abrir outra empresa para esse tipo de equipamentos”, finaliza. Página Exclusiva 17 Portugal Inovador A subtileza de um bom vinho A Adega Filipe Palhoça promete seduzir os verdadeiros apreciadores de bom vinho. Nada como um fim de tarde, um pôr-do-sol e um copo de qualquer um dos vinhos medalhados desta casa para se deixar conquistar. nho branco produzidos anualmente por uma equipa de seis profissionais aos quais se aliam cerca de 20 pessoas no período de vindima e 30 no período da poda. O controlo de qualidade, e como não poderia deixar de ser, fica a cargo do enólogo Jaime Quendera. Um percurso… Na freguesia de Poceirão, concretamente na Quinta da Invejosa, encontramo-nos com Filipe Palhoça, patriarca responsável pela criação da Adega Filipe Palhoça, e Nuno Palhoça, a terceira geração desta família com tradição na viticultura. Hoje, as propriedades da adega estendem-se por 80ha de vinha, onde se produzem castas tão diversas como: o predominante castelão, os regionais fernão pires, verdelho e touriga nacional, ou mesmo os reconhecidos syrah, alicante boushet e cabernet sauvignon. Uma amálgama de aromas e tradições que chegam ao mercado sob as marcas Quinta da Invejosa e São Filipe, em garrafa ou bag-in-box. São 600 mil litros de vinho tinto e 100 mil de viPágina Exclusiva 18 Apesar de Filipe Palhoça ter sido o fundador da Adega Filipe Palhoça, o patriarca não esquece o mentor - mesmo que involuntário - de todo este trajecto profissional: “Apesar de tudo, ao fim de 30 anos, continuamos a ser uma pequena empresa familiar. Tudo começou com o meu pai, João Loureiro Palhoça, que tinha uma adega. Foi nessa adega que comecei a vender aos restaurantes os meus primeiros vinhos. Só em 1984, já depois de ter herdado alguns terrenos do meu pai, é que decidi comprar 50ha de terrenos e abrir a Adega Filipe Palhoça”, relembra. Durante muitos anos a Adega Filipe Palhoça dedicou-se à venda de vinho a granel tendo iniciado, nos anos 90, o engarrafamento e co- mercialização de vinhos sob marca própria: “Foi um período muito bom para a Adega Filipe Palhoça. Começámos a crescer e a escoar toda a nossa produção. Felizmente, ainda hoje assim é. Actualmente, produzimos a grande maioria dos vinhos que comercializamos com uvas próprias, comprando apenas alguma uva a pequenos viticultores desta região”, explica Nuno Palhoça. A maior parte dos vinhos são vendidos em bag-in-box, directamente ao consumidor, mas a Adega Filipe Palhoça está, gradualmente, a expandir o seu raio de acção: “Estamos numa região que está a subir de vendas, pelo que temos de aproveitar este momento. Estamos numa fase de divulgação das nossas marcas de garrafa no mercado. Sentimos que é a altura certa para criar notoriedade e nome no mercado”, avança Nuno Palhoça. “No ano passado, começámos também uma parceria com um distribuidor que está a colocar os nossos vinhos no Jumbo e Continente. É o primeiro passo para chegar a um consumidor nacional. No campo das grandes superfícies, ainda que a nível regional, a Adega Portugal Inovador Prémios recentes 2012: S.Filipe Tinto 2009 – Medalha Ouro na Vinalies, em Paris Quinta da Invejosa Reserva – Medalha Ouro no Concurso da Península de Setúbal Quinta Invejosa 2009 – Medalha Prata no Concurso da Península de Setúbal 2011: S. Filipe 2008 – Medalha Prata em Bruxelas Filipe Palhoça tem também os seus vinhos no Intermarché”. Aposta na qualidade Os últimos investimentos da Adega Filipe Palhoça recaíram nas vinhas, tendo sido plantados, nos últimos dois anos, 25ha de vinha nova. Além disso, foi ainda introduzido no mercado o moscatel, sob a marca Filipe Palhoça. Pequenos apontamentos que denotam uma vontade de crescer: “A venda em grandes superfícies surge nesse sentido. É evidente que vender em quantidade é uma situação atractiva para nós, mas nunca vamos desprezar o factor qualidade. Essa é uma das razões pelas quais só vendemos pontualmente para mercados como Angola. Primeiro, porque, como te- mos a produção toda absorvida pelo mercado nacional, não sentimos essa necessidade. E segundo, porque são mercados que nem sempre procuram o factor qualidade. Mas caso o procurem, é evidente que estaremos abertos para ouvir qualquer tipo de proposta. Eventualmente, até produzir sob marca branca, se for um bom negócio para ambas as partes”, assegura Nuno Palhoça. Página Exclusiva 19 Portugal Inovador De Portugal para o mundo Com uma abrangência alargada, o Grupo Galrão é hoje um dos mais importantes representantes dos mármores e granitos portugueses no mundo. Fundado em 1955, o Grupo Galrão é uma empresa histórica no panorama industrial português. A gestão arrojada permitiu que, ainda nos anos 60, começasse a exportar para os mercados de Espanha e EUA. Uma estratégia de expansão que culmina na actualidade com obras a nível global. Das suas pedreiras em Estremoz e Vila Viçosa é extraído o mármore, no Centro do país os calcários que a par com outras pedras compradas no mercado mundial que serão posteriormente transformados numa das duas fábricas do Grupo, em Página Exclusiva 20 Pêro Pinheiro. No Norte do país, em Monção, é efectuada a transformação de granito, o qual é adquirido não só na região, mas em todo o mundo. As vendas para os pequenos projectos nacionais fazem-se principalmente através dos armazéns próprios estrategicamente posicionados no Porto, Leiria e Seixal. As vendas para os médios e grandes projectos nacionais, assim como as exportações fazem-se directamente das duas fábricas. Apoiar quem exporta Com uma capacidade mensal de transformação a rondar os 30.000m2, o Grupo Galrão especializou-se em projectos à medida quer de pequena e média ou grande dimensão, não descurando as dimensões standard utilizadas nos mercados para o qual tem linhas próprias: “Neste mo- mento, 75% do que produzimos destina-se ao mercado externo. O restante, na sua grande maioria, acaba por seguir o mesmo destino, uma vez que os clientes nacionais também têm uma forte vertente exportadora. Ou seja, isso significa que temos de apresentar e cumprir com os mais altos parâmetros de qualidade e valor acrescentado. Por isso, fizemos um esforço enorme na reformulação da empresa. Ao nível dos investimentos, destacam-se: a criação de novas condições de extração nas pedreiras, os incrementos na capacidade produtiva e a actualização tecnológica permanente nas fábricas. São investimentos elevados que se tornam difíceis de encaixar nas empresas, principalmente quando o apoio da Banca é diminuto. O Governo pede às empresas para aumentar a sua quota de expor- Portugal Inovador tação, mas, para que isso aconteça, as empresas necessitam de meios financeiros para investir, para se manterem competitivas e para terem ‘fundo de maneio’. No caso do Grupo Galrão, podemos dizer que já tivemos momentos em que retardamos a nossa modernização e aumento de capacidade, em parte, devido à actual escassez de meios financeiros no mercado”, lamenta o presidente do Grupo, Jorge Galrão. Aumentar raio de acção Felizmente, o Grupo Galrão consegue compensar o decréscimo de obras em alguns países graças à sua presença em mercados fora da Europa: “Espanha foi um mercado muito interessante para nós, tanto no início da empresa como na década de 90. No entanto, acompanhou Portugal nesta conjuntura económica e no, consequente, decréscimo de actividade. Em contrapartida, há outros mercados em franco crescimento e que têm sido muito importantes para nós. Refirome aos EUA, Canadá, Alemanha, França, Hong Kong, Coreia, Singapura ou mesmo alguns países de Leste e de África. Em Angola, por exemplo, o Grupo Galrão está a fazer a maior obra do país: a Assembleia Nacional”, avança. “Fizemos uma reorientação na política comercial apostando mais em mercados com espectativas de crescimento dentro da nova realidade internacional”. Para além disso, o Grupo Galrão vai abrir duas empresas no Brasil e no Extremo Oriente através de parceiros locais: “Estamos a analisar a hipótese de nos colocarmos, através de joint ventures, noutros mercados. É uma forma de assegurar a sustentabilidade deste Grupo que emprega mais de uma centena de colaboradores. Sabemos que ter muitas obras este ano pode não significar ter muitas obras no próximo, por isso estamos a criar alternativas e soluções. O futuro é mesmo esse: continuar a apostar na constante actualização tecnológica e na qualidade de produto e serviço, com especial destaque para a exportação, uma vez que o mercado nacional estagnou por completo”, conclui Jorge Galrão. Obras de referência: - Hotel Marriot (Berlim) - Hotel Intercontinetal (Dusseldforf) - Private house of Ricky Martin (Miami) - Sede da Sonangol (Luanda, Angola) - Aeroporto da Catumbela (Angola) - Hotel Fairmont Pacific Rim (Vancouver) Página Exclusiva 21 Portugal Inovador I&D em pavimentos A Flexipiso é o exemplo de investigação e desenvolvimento em pavimentos. Trabalhando com pneus reciclados e, mais recentemente, tijolo reciclado, a Flexipiso tem todo o know-how para criar, produzir e instalar pavimentos de segurança para jardins-de-infância, recintos desportivos, eco-pistas, entre outros. Criadores de soluções Inicialmente como marca e, desde 1997, como empresa, a Flexipiso tornou-se num referencial de qualidade e inovação para as restantes empresas nacionais do sector. Tendo sido uma das pioneiras no sector, a Flexipiso sentiu dificuldades em implementar o conceito em Portugal: “Começámos por importar o produto de uma empresa inglesa que produzia este tipo de pavimentos até que, em 1997, constituí a Flexipiso como empresa e começámos o fabrico. Nos primeiros seis meses de fabrico não conseguimos vender praticamente nada. Foi preciso investir na sensibilização das autarquias, mas conseguimos demonstrar as mais-valias deste produto”, recorda Carlos Almeida, administrador da empresa. As placas, produzidas a partir de pneu reciclado e com uma garantia de fabrico cinco anos, apresentam características únicas ao nível da sua capacidade de drenagem e anti-derrapante, oferecendo também uma protecção anti-bacteriana e propriedades ortoPágina Exclusiva 22 pédicas. Uma revolução, face aos pavimentos anteriores, que atraiu muitos dos que pretendiam uma solução baseada na segurança dos utilizadores e na qualidade do produto. Os pavimentos em placa da Flexipiso podem ser encontrados, um pouco por todo o país, nas zonas de recreio, parques infantis, infantários, salas de fisioterapia, lares de idosos, balneários, zonas industriais, passeios públicos, centros veterinários, orlas de piscinas, ginásios, entre muitos outros. Não contente com o sucesso das placas em pneu reciclado, o responsável pela Flexipiso decide investir na criação de um produto de desenvolvimento interno que, actualmente, já representa 30% da facturação anual da empresa: “Fizemos uma abordagem, bem sucedida, ao mercado espanhol em 2007 com as referidas placas, mas que, face às dificuldades económicas do país, começou a sentir alguma quebra nos últimos anos. Ou seja, a Flexipiso viu-se forçada a procurar novos mercados e produtos. Foi assim que nasceu um projecto destinado ao segmento ferroviário. Tratase do fabrico de peças em borracha que envolvem os carris dos metros de superfície, com a mais-valia de que, além de isolar electricamente o carril, reduzem o ruído e as vibrações. Com este produto, a Flexipiso está a fornecer uma linha em S. Petersburgo, na Rússia, e em Orán, na Argélia”, revela Carlos Almeida. É também nesta perspectiva que surge o Flexirail, um produto que assegura a segurança dos motociclistas em detrimento da convencional chapa: “Começámos o desenvolvimento em Portugal Inovador 2005, tendo sido efectuados inúmeros testes em França e Espanha. O único problema era o peso das peças que aumentava o preço do transporte para o dobro. Por isso, em 2010, fizemos uma parceria com a CarCrash e alugámos um software holandês para conseguir ter o mesmo nível de segurança, com o mesmo peso e em borracha. Conseguimos atingir os objectivos a que nos propusemos faltando apenas os recursos para investir na divulgação do produto”, explica o empresário que, não deixa de lamentar a falta de apoio governamental às empresas inovadoras: “Nos últimos anos, temos assistido a aumentos constantes nos impostos e nas despesas com energia que se agravam com a dificuldade nas cobranças e margens, cada vez mais reduzidas. O Estado está, lentamente, a secar a tesouraria das empresas que investiam em I&D, pelo que, a continuar assim, vão deixar de o fazer”. Prioridade à segurança Carlos Almeida deixa ainda um conselho: “No caso das placas em pneu reciclado, o que verifico é uma tendência para as autarquias privilegiarem a estética, causando um défice na segurança dos utilizadores. E esta deveria ser a prioridade. Não se compreende a utilização de borrachas virgens em pavimentos ‘in situ’ que, apesar de coloridas, não têm canais de drenagem, impermeabilizam solos e propiciam a criação de fungos. A legislação portuguesa neste sector deveria ser, urgentemente, revista”. Página Exclusiva 23 Portugal Inovador Um novo impulso Manuel Cachadinha, administrador do Grupo Ângelo Cachadinha, aponta a preponderância das PME para “contornar a quebra no sector, relançando a economia”. Quais os produtos e serviços de cada uma das empresas do Grupo? Qual o historial do Grupo? O Grupo Ângelo Cachadinha iniciou-se em 1960 com a empresa de construção e obra públicas Joaquim Ângelo da Silva, em nome individual. Em 1981, esta empresa passou a sociedade por quotas com a entrada para a sociedade de Manuel e Efigenia Cachadinha, tendo passado a sociedade anónima em 1997 com a entrada dos acionistas Nuno Cachadinha e Carla Cachadinha. Em 1988 foi fundada a Sociedade anónima Joaquim Ângelo & Cachadinha, S.A., em 1991, adquiriu-se a Vila Tróia, Lda e em 1988 fundou-se a Burgausado, Lda. Em 2000, a Joaquim Ângelo & Cachadinha, S.A., com outra sociedade, criam a Terraços da Expo, Lda. Página Exclusiva 24 sas os colaboradores são muito poucos. A Joaquim Ângelo da Silva, S.A. é uma empreiteira de obras públicas e particulares nos ramos da construção civil e infraestruturas e que faz também alguma promoção imobiliária. A Joaquim Ângelo & Cachadinha, S.A. é uma promotora imobiliária que, no ano de 2004, construiu e depois explora o Hotel Comporta Village, na Comporta, além das unidades de alojamento Comporta Residence e Verde e Mar, esta nos Brejos da Carregueira, junto ao Carvalhal. A Burgausado foi fundada como unidade de inertes (pedreira) que ainda hoje é a sua principal actividade. No entanto, há cerca de quatro anos, adquiriu a Herdade do Monte das Figueiras onde explora os inertes e passou a dedicar-se também à agricultura, sobretudo com a cultura de arroz em 80ha da propriedade, sendo a parte restante de floresta. A Vila Tróia, Lda é uma promotora imobiliária na área residencial e industrial. A Terraços da Expo, Lda foi uma empresa criada para promover a construção e venda do edifício junto à Torre Vasco da Gama, conhecido pelas suas cinco estátuas na muralha, em fase final de comercialização. Qual a sua opinião sobre a concorrência e sobre o sector da construção? Quantos colaboradores possuem? As perspectivas são modestas, sendo em primeiro lugar manter todas as empresas, com lucros, embora sem a robustez dos anos anteriores e manter o emprego, aproveitando a potencialidade que o Grupo tem de prestar serviços A maior empregadora é a Joaquim Ângelo da Silva, S.A. com cerca de 40 colaboradores, tendo a Burgausado cerca de 20 colaboradores. Nas restantes empre- Actualmente a concorrência no sector da construção é de subsistência. Como não há obras públicas, nem particulares, em quantidade, uma parte importante das empresas pratica preços de subsistência imediata o que, a prazo, acaba por conduzir essas empresas para a insolvência, arrastando outras que, na ânsia de ganharem obras, acompanham os preços ruinosos das anteriores. O sector da construção está praticamente parado nesta região. Com a paragem, há alguns anos, das obras nos grandes Empreendimentos Turísticos da Costa do Alentejo Litoral e mais recentemente, com a autoestrada Sines-Beja, também parada e também com a conclusão das obras no Complexo Industrial de Sines e Porto de Sines, a actividade das empresas de construção é muito pequena. Qual a facturação do Grupo? O Grupo, no seu conjunto, factura anualmente pouco mais de cinco milhões de euros, quando há cerca de três anos facturava o dobro. Quais as perspectivas para este ano? Portugal Inovador entre as várias empresas, objectivos que vamos conseguir. Como se contorna a quebra do sector? Só se consegue contornar a quebra no sector relançando a economia. O relançamento da economia não pode, no entanto, ser feito à custa de obras inúteis e dispendiosas que não têm sustentabilidade económica. O relançamento tem que ser feito apoiando, sobretudo, as PMEs com crédito bancário e apoios tecnológicos. As PMEs são as principais responsáveis pelo emprego em Portugal que, em grande parte, dispõem de reduzido conhecimento tecnológico e de gestão. Há que promover a ligação das PMEs às universidades e institutos, para que estes lhe transmitam os conhecimentos que aquelas PMEs não têm. Quais os projectos de refe- rência do Grupo? Podemos citar vários ao longo do tempo, por exemplo: as infraestruturas de Soltróia; o Golf do Montado; a recuperação do centro histórico de Grândola; a Piscina Municipal de Grândola; o Condomínio Vila-Tróia, em Soltróia; a Biblioteca Municipal de Santiago do Cacém… Quais os projectos de futuro para o Grupo? Temos em curso a aprovação do Aldeamento Turístico da Comporta e o Aldeamento Turístico de Albergaria.Também estamos a projectar a adaptação das habitações da Herdade do Monte das Figueiras para turismo rural, aproveitando as condições naturais muito boas desta herdade que confina com o Rio Sado em cerca de quatro quilómetros. Outros projetos imobiliários e urbanizações para habitação e in- dústria estão em fase de reflexão pois, embora todos os terrenos sejam propriedade das empresas do Grupo, há que aguardar que o mercado justifique o investimento. Uma área em que estamos a apostar desde 2001 por intermédio do sócio Manuel Cachadinha, é a área da recolha e destruição de documentos confidenciais com a sociedade Reisswolf – Secret-Services, S.A., de que é presidente. Os documentos confidenciais que, em todo o país e ilhas, nos bancos, companhias de seguros, tribunais, finanças, gabinetes de advogados, que outrora eram lançados no lixo, são agora recolhidos em contentores cofre RW e depois transportados em veículos blindados para a fábrica em Alcochete e para as delegações em Gaia e Loulé onde são destruídos com total segurança segundo as normas europeias de proteção de dados. Página Exclusiva 25 Portugal Inovador “Melhorar produção” A Novo Sol Plantas está a investir na melhoria dos processos produtivos. O objectivo primordial passa pela redução de custos, optimizando toda a sua produção de plantas de exterior e de jardim. Integrada no Grupo Ball FloraPlant, a Novo Sol Plantas fornece 90% da sua produção à Ball Colegrave, dependência britânica desse grupo e actual parceira de negócios. Nas suas instalações de 7ha, em Pegões, é realizado o enraizamento de rebentos de pequenas dimensões de plantas para que estes formem uma nova planta que, após consolidada como planta independente, serve para transplantar para vasos para revenda ou aplicar em jardins. “Recentemente, começámos também a produzir plantas perenes de jardim, especialmente direccionadas para o mercado inglês. Em grande maioria, a Novo Sol Plantas pro- Página Exclusiva 26 duz fuchsias, mas também abrangemos as petúnias, calibrachoas, verbenas, osteospermums, entre outras”, revela Pedro Branquinho, administrador da empresa. Optimizar produção Com a grande maioria da produção a ser absorvida pelo Grupo Ball, a Novo Sol Plantas sente-se confortável no mercado, prevendo mesmo um crescimento de 5% em 2012. No entanto, a necessidade de manter a empresa competitiva num mercado global obriga a constantes reformulações: “Muitos dos concorrentes da Ball têm produções em mercados africanos, onde os custos de produção são baixíssimos. Em Portugal não, os custos fixos com energia e mãode-obra, apesar de inferiores aos europeus, são mais altos. Por isso, já pensamos em fazer uma produção nos PALOP, trazer de avião e enraizar aqui. Depois, beneficiando da situação geográfica privilegiada de Portugal, enviar para Inglaterra, Holanda e Alemanha”, avança Pedro Branquinho. “A verdade é que a Novo Sol Plantas tem estado focada noutro ponto: melhorar a produção. Tentamos, anualmente, baixar os nossos custos fixos e essa foi a razão pela qual investimos, recentemente, mais de meio milhão de euros nas nossas estufas. É bom saber que o Grupo em que estamos inseridos continua a apostar na sua produção em Portugal e nos portugueses”, conclui. Portugal Inovador Atitude pró-activa Mais de duas décadas depois da sua fundação, a Miraflor continua a desempenhar um papel importante no sector nacional das flores. Dedicada à importação e distribuição de flores para revenda, a Miraflor é uma parceria sólida no Grupo Sonae. João Guilherme, fundador e actual administrador da Miraflor, é o responsável pelos destinos da empresa. Desde o início da Miraflor, cuja actividade se restringia ao comércio de flores, corte e venda a floristas, num raio que abrangia Viseu, Guarda e Castelo Branco, a empresa mudou muito. Actualmente opera a partir da sua sede, no Seixal, onde é realizada a logística para todo o país. Trabalha desde 2007 com o Grupo Sonae, com o qual tem mantido uma sólida parceria ao longo dos anos: “Entretanto decidimos abrir um armazém logístico na área do Grande Porto, a servir de plataforma de assistência às lojas inseridas na região. Esta foi uma necessidade consequente da evolução do negócio, a qual, com o desenrolar do tempo, foi inevitavelmente posta em prática”, avança João Santos. Novas apostas e reparação de espaços de jardinagem. Contamos com a colaboração de um arquitecto paisagista para satisfazer as necessidades específicas dos nossos clientes. É quase uma indispensabilidade para a empresa, uma vez que, infelizmente, a concorrência para as PME organizadas surge de todo o lado e de uma forma que não conseguimos combater”, lamenta o empresário. João Santos acredita também que poderá ser possível para a Miraflor entrar no mercado da exportação: “Estamos a importar flores da Holanda e da Costa Rica e poderemos, em breve, iniciar um projecto de exportação. Temos know-how e capacidade para o fazer, por isso estamos empenhados em conseguir angariar parcerias, nomeadamente com a Alemanha ou Angola”. Além do segmento profissional, onde o sucesso é inegável, a Miraflor está a apostar também no mercado do particular através da Miraflor Garden. Primeiro, com a criação de uma página online onde se pode conhecer o catálogo da empresa, assim como adquirir arranjos florais, e posteriormente com a introdução da área do jardim: “Estamos a entrar agora na área da concepção, manutenção Página Exclusiva 27 Portugal Inovador A nova Vercril Com uma nova gerência desde 2007, a Vercril reinventou-se para conquistar o mercado angolano. Fugindo ao crédito malparado e lutando por negócios de valor acrescentado, a empresa mudou de instalações e redefiniu estratégias de negócio. Com uma produção meticulosa de tintas aquosas, revestimentos e isolamentos, e comércio de tintas solventes, a Vercril sabe que tem todo o potencial necessário para vingar no sector químico angolano. Vítor Santos e Sérgio Mendes, novos gerentes da empresa, estão tranquilos quanto ao futuro: “Esta é uma fase negra da economia nacional, mas que terá o seu fim. Se não acreditássemos nisso, não teríamos investido na empresa e na criação de novas instala- Página Exclusiva 28 ções. Pensamos que com uma gestão rigorosa e equilibrada e mantendo um padrão de qualidade a Vercril poderá ter um futuro risonho”. Um novo rumo Recentemente, a Vercril mudouse da Quimiparque para a Zona Industrial da Moita. Um espaço com 2300m2 a pensar no crescimento das vendas: “Apoiados no know-how do meu sócio, que esteve 23 anos em Angola, decidimos avançar com um projecto nesse mercado. Actualmente, a Vercril não tem instalações em Angola, mas tem uma parceria com uma empresa local, onde os sócios da Vercril também têm uma quota. Ou seja, é uma parceria sólida e que já nos garantiu o envio de alguns contentores. O investimento é complementado com a mudança para estas instalações. Ainda estamos em fase de transição, mas importante é saber que a Vercril passa a contar com o triplo do espaço disponível e com outro tipo de condições”, avança Sérgio Mendes. Angola serve também como complemento a um mercado nacional onde a actuação da concorrência tende a comprometer a sobrevivência das empresas: “A concorrência em Portugal não tem regras. Produtos abaixo do preço de custo e falta de liquidez estão a comprometer a sobrevivência das empresas. Seria importante que o nosso Governo português tivesse isso em conta e investisse, também, na melhoria de relações políticas entre Portugal e Angola. Pequenas medidas que podem impulsionar a economia nacional e toda sua componente de exportação”, conclui Vítor Santos. Portugal Inovador Braga Página Exclusiva 29 Portugal Inovador Bracara Augusta Francisco Soares Mesquita Machado foi eleito pela primeira vez como presidente da Câmara Municipal de Braga em 1976, naquelas que foram as primeiras eleições autárquicas após o 25 de Abril de 1974. As últimas eleições autárquicas no concelho de Braga decorreram no ano de 2009 e foram, por lei, a última recandidatura de Mesquita Machado. No entanto, apesar de toda a obra realizada ao longo das últimas décadas, a autarquia não quis deixar de marcar presença na organização de um grande evento de nível europeu. Com cerca de 35% da população com idade inferior a 26 anos, a cidade de Braga é uma das mais jovens da União Europeia. Este facto pesou na escolha do Conselho de Membros do Fórum Europeu da Juventude realizada em Bruxelas onde esta foi, entre um grupo de outras dez cidades, a escolhida para ser a Capital Europeia da Juventude no ano de 2012. Comentando esta nomeação que muito apraz todos os bracarenses, Mesquita Machado afirmou que, «enquanto um espaço aberto e dinâmico, a iniciativa Braga Capital da Juventude 2012 será um fórum de discussão de ideias, dando à juventude a possibilidade de reflectir, discutir e partilhar ideias e expressar as suas preocupações políticas. É com muito orgulho que vejo reconhecido o projecto apresentado por Braga», afirmou o presidente da autarquia. Nove meses após o início das comemorações, têm decorrido inúmeras iniciativas entre as quais se destacam a realização de três cimeiras juvenis, entre a Europa e a África, os países árabes e a América Latina; festivais sócio-culturais (um deles intitulado «Noite Branca», idêntico aos que já acontecem em Madrid e em Roma, onde decorrem actividades contínuas durante 24 horas e em que é possível, por exemplo, visitar um museu às quatro horas da manhã); workshops sobre a Europa e campos arqueológicos de escavações da antiga cidade romana - Bracara Augusta e jogos desportivos da Associação Intermunicipal Lusogalaica do Eixo Atlântico em que participam os respectivos municípios das duas regiões do noroeste da Península Ibérica. A pouco mais de dois meses do término da iniciativa Braga Capital da Juventude 2012, fica a certeza de dever cumprido e a mostra de uma cidade jovem e dinâmica com muito para oferecer a todos os seus visitantes. BREVE BIOGRAFIA - Francisco Soares Mesquita Machado (18 de Abril de 1947); - Licenciado em Engenharia Metalúrgica, assumiu o cargo de Secretário de Estado do Fomento Cooperativo a pedido do então Primeiro-Ministro Mário Soares, abandonando o cargo aquando a sua eleição para a Presidente da Câmara Municipal de Braga; - Aderiu ao partido em 1975 e, um ano depois, iniciou carreira política como deputado à Assembleia da República.; - Tinha 29 anos quando assumiu a presidência da Câmara Municipal de Braga (1979, 1982, 1985, 1989, 1993, 1997, 2001, 2005 e 2009) nas listas do PS; - É sócio-fundador da Cooperativa “Bracara Augusta”, membro da Comissão de Reserva Agrícola do Norte e já presidiu ao Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular, entre 1999 e 2001, e à Mesa da Assembleia-Geral da Federação Portuguesa de Futebol; - Em 1990, foi agraciado com a Comenda da Ordem do Infante pelo então presidente da República. Também foi membro fundador do Sindicato dos Professores. Página Exclusiva 30 Portugal Inovador Utentes Satisfeitos A medicina estética é uma área que desde sempre exerceu fascínio sobre Maria Amélia Anjos. Com clínica aberta há vários anos em Braga, a médica, que vê na obesidade infantil um “flagelo a nível nacional”, preocupa-se com a constante actualização de conhecimentos, de forma a ter cada vez mais utentes satisfeitos. Maria Amélia Anjos assume que a gratificação dos doentes, proporcionada pelos “bons e rápidos resultados” da medicina estética, é um dos aspectos que a levou, há 30 anos, a apostar nesta área. Hoje, depois de o consultório ter crescido e mudado várias vezes de instalações, a clínica está sediada na Rua do Raio, em Braga, “sempre numa perspectiva de melhoria dos cuidados prestados e da qualidade”. A empatia e boa disposição na abordagem aos doentes, a par da compreensão das suas dificuldades, ajuda a fidelizá-los à Clínica Amélia Anjos, que conta com tratamentos de mesoterapia, proshockice, pressoterapia, peelings, intralipoterapia, rejuvenescimento multivitamínico facial, tratamento de rugas com ácido hialurónico e toxina butolínica e mesolift facial, para além das consultas de medicina estética e obesidade. De referir que, com excepção de alguns tratamentos que implicam agulhas, nenhum deles é invasivo. A obesidade, em particular, a infantil, é uma das questões que mais preocupa a responsável. Para Maria Amélia Anjos, as formas de combater este “flagelo” incluem “medidas preventivas que contem com a colaboração da família, escolas, sociedade e os media. Devemos encorajar actividades simples como o caminhar, andar de bicicleta, ir a pé para a escola, subir as escadas em vez de usar o elevador e preferir as brincadeiras no exterior, em vez de, por exemplo, ver televisão. No fundo, tem que haver a preocupação de que as calorias da ingestão alimentar sejam inferiores ao gasto energético. Em termos alimentares, é muito importante evitar o fastfood e refrigerantes e limitar os doces aos dias de festa ou fimde-semana”, refere. No futuro, a clínica Amélia Anjos pretende manter a qualidade que já apresenta e se possível, melhorar. Para além da constante actualização de conhecimentos, de forma a obter os melhores resultados, a responsável pondera também introduzir uma nova área: o aconselhamento de melhoria da imagem. Página Exclusiva 31 Portugal Inovador Um Exemplo na Construção Civil Insere-se num sector que atravessa graves dificuldades mas, graças a uma gestão financeira cuidada, a Dias & Rodrigues, empresa bracarense de construção civil, encara o futuro com optimismo. Prova disso é a abertura de uma nova área de negócio, já este mês. Foi Avelino de Araújo Dias, pai dos actuais dois sócios, Marcelo e Márcio Dias, que fundou, em 1967, a Dias & Rodrigues, Lda. Na altura, fê-lo conjuntamente com outros três sócios, no Brasil. Em 1980 nasceu a filial portuguesa e, oito anos depois, Avelino Dias adquiriu a totalidade da empresa, que se dedica à construção, compra, venda, permuta e arrendamento de edifícios, entre outras atividades especializadas de construção. Marcelo Dias recorda que veio trabalhar para a Dias & Rodrigues, Lda. há cerca de 22 anos. Apesar de ser filho do fundador da empresa, começou por trabalhar nas obras. “Ia a pé para as obras, de marmita na mão, e o meu pai passava por mim de carro e ainda buzinava!”, relembra. No entanto, se, na altura, tudo isto era incomPágina Exclusiva 32 preensível aos olhos do actual sócio, hoje, Marcelo Dias entende que “foi muito importante passar por esse tipo de experiência, pois permitiu-me dar mais valor ao trabalho e ter um entendimento diferente, mais global, sobre o negócio”. Uma das obras que o responsável recorda como uma referência do trabalho da Dias & Rodrigues foi o Prédio na Quinta Sotto Mayor I, um edifício no centro da cidade de Braga, em frente ao Tribunal, que, embora possa parecer banal nos dias de hoje foi, em 1980, uma inovação em termos de construção. “Foi o primeiro prédio que fizemos. Tem 11 andares, 44 fracções, e na altura ficou conhecido porque tinha um hall de entrada com dimensões pouco usuais. Era um hall com uma área que dava para construir mais um apartamento!”, conta. Voltar às Origens Com o seu raio de acção direccionado não só para a zona de Braga, mas também Esposende e Barcelos, a Dias & Rodrigues não tenciona, num futuro próximo, Portugal Inovador partir para novos mercados. No entanto, o Brasil, país de origem da empresa, onde actualmente apenas faz compra, venda e arrendamentos, deverá voltar a ser uma aposta forte. E Marcelo Dias considera que pode levar algum avanço face a outras empresas: “Nós já conhecemos bem as leis e modus operandi do mercado brasileiro”, confirma. Numa altura em que a crise afecta gravemente o sector da construção civil no nosso país, Marcelo Dias assume que “a empresa reduziu bastante o seu nível de facturação”, mas a sua sustentabilidade e solidez financeira têm ajudado a aguentar os tempos mais difíceis. “Herdámos do meu pai uma gestão muito controlada, sendo isso muito importante para a estabilidade da empresa. Para além disso, primamos pela qualidade da construção e pela relação de fidelidade que conseguimos estabelecer com os nossos clientes. É graças a essa confiança, que temos clientes que voltam a preferir a Dias & Rodrigues”, atenta o responsável. A abertura de um novo espaço, dedicado a uma nova área de negócio, é também uma prova da saúde da empresa. “Decidimos diversificar o negócio, no sentido de oferecer mais apoio para o clien- te, através de serviços complementares ao nosso core-business - desde consultoria financeira, no âmbito de, por exemplo, angariação das melhores condições de crédito, até à vertente de seguros, gestão de arrendamentos e condomínios. São serviços de que o nosso cliente que quer comprar casa pode, assim, usufruir, sem ter que recorrer a outra empresa”, conclui. Página Exclusiva 33 Portugal Inovador Um Espaço Idílico Em Santo Emilião, Póvoa de Lanhoso, a Quinta Cedro do Ave é um espaço idílico e requintado que tem sido preferência de muitos noivos na hora de dar o nó. No entanto, apesar desta forte vocação, a quinta quer cada vez mais apostar em diversificar os seus eventos, direccionando-se para a organização de fins de semana Team Building. Percebe-se porque é que muitos casais escolhem esta quinta para celebrar o dia mais importante das suas vidas. A casa, que data de 1912 e era, dantes, uma fábrica de têxteis, está rodeada por uma quietude que é apenas interrompida pelo suave som do deslizar da água do rio, ali mesmo ao lado. Foi há doze anos que Luís Silva e a esposa, Ilda Conceição, perceberam o potencial deste espaço e ali abriram a Quinta Cedro do Ave. Apesar do forte ser, de facto, os casamentos, a quinta está vocacionada para todo o tipo de eventos, como passagens de ano ou festas de empresas. Os responsáveis querem, cada vez mais, apostar na organização de fins de semana Team Building, que têm como objectivo “desenvolver as relações profissionais e melhorar as performances de uma equipa, aumentando a motivação, comunicação, entreajuda e confiança entre managers e colaboradores”. O espaço, devidamente licenciado, tem capacidade para 550 lugares sentados e, por se situar à beira-rio, proporPágina Exclusiva 34 ciona a todos os colaboradores um ambiente calmo, propício à reflexão após as actividades outdoor. Toda esta envolvente influencia não só este tipo de eventos, mas também os próprios casamentos. “O ambiente em que nos inserimos cria um certo requinte, e a decoração ajuda. A água do rio a correr ajuda a que as pessoas se sintam ainda mais relaxadas. Todo o comportamento é condicionado por esses aspectos”, atenta Ilda Conceição. Mas, mais do que um mero espaço que acolhe eventos, há uma preocupação em ir mais longe, nomeadamente na organização do próprio casamento. “Temos uma equipa que propõe aos noivos todo o tipo de serviços – desde catering, decoração, DJ, animação, show pirotécnico, design de bolos, babysitting, estética e cabeleireiro, branqueamento dentário e vestidos de noiva. Para além disso, temos a preocupação de personalizar ao máximo esses serviços. É por isso que, em primeiro lugar, conhecemos os noivos, estudamos as suas origens, os seus hobbies, entre outros aspectos, de forma a perceber o que eles querem realçar no dia do casamento”, continua a responsável. De referir que cerca de 60% dos casais que contactam a Quinta Cedro do Ave são emigrantes em países como França, Bélgica ou Alemanha. A Quinta Cedro do Ave organizou também, este ano, a primeira edição do Cedro do Ave Noivos, um evento pensado e produzido pela equipa da quinta e que contou com o apoio da Portugal Inovador Associação de Turismo da Póvoa de Lanhoso e da respectiva Câmara Municipal. “A ideia foi mostrar ao público o nosso potencial enquanto quinta, o potencial dos nossos parceiros directos e a originalidade das actividades que podemos oferecer. Isto porque sabemos colocar-nos na óptica do cliente, sabemos que os noivos querem ser únicos e especiais, que gostam de tudo o que é novo e diferente”, refere. O evento correu tão bem que já está prevista uma segunda edição, para 2013, e uma edição especial a decorrer em Dezembro, com a temática “Um Casamento no Inverno”. Com todo este potencial, é certo que não faltarão casamentos na agenda dos próximos meses da Quinta Cedro do Ave. No entanto, Ilda Conceição e Luís Silva querem aproveitar a polivalência e capacidade do espaço para diversificar as actividades da quinta, bem como os públicos. “Temos um espaço propício para conferências e exposições. Para além do salão, temos algumas salas anexas de dimensões mais pequenas, que podem dar resposta a diferentes necessidades. E sabemos que, também nestas actividades, cada vez mais se procuram um ambiente intimista, que pode potenciar os negócios”, conclui a responsável. Página Exclusiva 35 Portugal Inovador 27 anos de excelência A International House Braga rege-se pelos valores de qualidade e excelência formando anualmente comunicadores das línguas inglesa, alemã, francesa, espanhola e italiana. Uma instituição em crescimento que se apresenta como escola de referência desde 1985 e o único Centro Autorizado de Exames da Universidade de Cambridge em Braga. A International House Braga faz parte da International House World Organisation (fundada em 1953), uma rede de mais de 150 escolas espalhadas por todo o mundo. Formada em 1963, a International House Portugal expandiu-se para mais nove cidades no continente e lecciona aproximadamente 6000 alunos por ano. Instituída como escola de referência em 1985, e contando com uma equipa de 20 funcionários, actualmente, a International House Braga começou por ensinar apenas o inglês, acabando por alargar o Página Exclusiva 36 leque de línguas para o alemão, francês, espanhol e italiano. “Pensando no futuro, também gostávamos de leccionar mandarim um dia” avança Janet Sinclair, directora do estabelecimento. A escola destaca-se pela sua metodologia comunicativa com um ensino focado na oralidade. “Sempre incentivamos os alunos a participarem nas actividades lectivas usando a língua da aula, por isso desenvolvemos a competência comunicativa”, explica a docente, com o intuito de formar alunos fluentes e competentes, ao mesmo tempo que se trabalha os aspectos estruturais do idioma, a gramática e o vocabulário num contexto natural. O público-alvo também é diversificado: crianças, adolescentes e adultos. Para além dos cursos gerais de línguas, a IH também elabora cursos específicos direcionados a profissionais tendo em conta as suas necessidades linguísticas, cursos esses que podem ser leccionados nas próprias instalações da empresa. Outro dos aspectos que destaca a instituição é a excelente preparação para os exames da Universidade de Cambridge e isto reflecte-se na alta taxa de sucesso dos seus alunos. “Acho que é um aspecto cada vez mais importante porque os diplomas de Cambridge são organizados segundo os níveis europeus de línguas e são reconhecidos mundialmente. E estes diplomas são válidos para sempre”, remata Janet Sinclair. Quanto ao futuro, “queremos continuar a apostar no ensino de qualidade, manter a alta taxa de sucesso na certificação dos nossos alunos e, numa altura em que as línguas têm cada vez mais importância, encorajar as pessoas a munirem-se desta ferramenta essencial”, conclui a directora. Portugal Inovador “Vamos arrumar as cidades!” A comemorar 25 anos de existência a Publiminho, empresa sediada em Braga, atua no sector das estruturas publicitárias. Liderado, desde o início, por Delfina Alves, este projecto continua a ter uma enorme margem de progresso tanto no âmbito da inovação, como na sensibilização de entidades e clientes. Em conversa com a revista Portugal Inovador, Delfina Alves recordou o quão complicado foi liderar uma empresa de publicidade, em plena década de 80, na cidade de Braga. “Fui pioneira no mercado publicitário na cidade e confesso que não foi fácil, era o tempo em que os empresários entendiam a publicidade como um custo e não como um investimento.” A Publiminho, através da sua associada Green, do grupo JC Decaux, trabalha com 53 Câmaras Municipais nas regiões de Minho e Trás-os-Montes. 25 anos passados, a Publiminho aposta nos outdoors rotativos de três faces que, sendo iluminados, cativam a atenção e potenciam as qualidades do produto. Problemas no sector Delfina Alves sempre apostou na qualidade e na inovação e foi com o intuito de reforçar essa postura que, há mais de uma década, aliou-se a uma empresa de âmbito nacional. “Quando me associei à Green, ansiava entrar num nicho de mercado muito mais exigente, mas o panorama pouco mudou. O mercado nacional continua muito fraco, devido, essencialmente, à insensibilida- de das câmaras municipais que menosprezam a estratégia de localização e organização dos outdoors”. A empresária defende as potencialidades destas estruturas, mas lamenta a falta de regulamentação do sector: “Este continua a ser um meio de divulgação por excelência e, quando está bem colocado, tem um impacto tremendo. No entanto, há um trabalho de base que deve ser feito para amplificar o seu potencial, ou seja, há que encontrar o equilíbrio entre a boa localização de um outdoor e o ordenamento territorial”. Agravando esta falta de sensibilidade, podemos observar ainda “o pagamento desregulamentado de taxas camarárias que variam, arbitrariamente, por decreto das câmaras”, assim como o aparecimento espontâneo de micro empresas, “que praticam preços baixíssimos, acabando por prejudicar os profissionais e os clientes”, lamenta a empresária. Apesar de todas estas condicionantes, Delfina Alves afirma que vai continuar, “a contrariar o mercado e a apostar em estruturas de qualidade”, revelando ainda que, 2013 vai ser um ano de mudança para a Publiminho. Página Exclusiva 37 Portugal Inovador De Malas Feitas Nos dias que correm, a necessidade de nos deslocarmos é cada vez mais forte. A Agência de Viagens Caravela faz desta necessidade o seu mote, garantindo ao cliente uma viagem sem preocupações, seja de negócios ou lazer. A Agência de Viagens Caravela surgiu em 1958, quando esta área de negócio era ainda pouco comum em Portugal. A Caravela é, efectivamente, uma das agências mais antigas no país, e a par dessa longevidade foise criando “bom nome” no mercado, graças à qualidade dos serviços prestados. Página Exclusiva 38 Tito Soares da Silva que, a par de Sara Mendonça, é um dos actuais quatro sócios da agência, refere que “a evolução tem sido satisfatória” mas que, num sector como este, ela só acontece porque há uma constante actualização. “Esta é uma actividade muito dinâmica, está sempre em mutação. Há dez anos, as necessidades eram completamente diferentes das de hoje, e isso obriga-nos a estar sempre muito atentos. Dantes, havia muito poucas agências, hoje são milhares. Temos que fazer um esforço para nos demarcarmos no mercado, e isso consegue-se com muito trabalho, actualização e formação”. Quem prefere os serviços da Caravela tem a garantia “de encontrar credibilidade e um parceiro sólido. O nosso trabalho é oferecer um produto que seja o mais adequado possível ao cliente, e isso envolve conhecer as suas expectativas e fazer tudo para que não saiam defraudadas. Temos também outro objectivo que é crucial – poupar tempo ao cliente. No fundo, o cliente delega em nós a organização da sua viagem, retirando o peso da preocupação que isso envolve”, continua Tito Soares da Silva. Conscientes de que “viajar é cada vez mais uma necessidade”, os responsáveis definem o seu público-alvo como “o mais abrangente possível. Temos desde o pacote mais simples, com uma viagem em low cost que custa, por exemplo, 20 euros, até à Volta ao Mundo”. A Caravela é acreditada pela IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo), o que lhe dá a vantagem de “poder fornecer ao cliente um bilhete de avião para qualquer companhia aérea do mundo”. Apesar das dificuldades vividas presentemente pelo país, Tito Soares da Silva pondera expandir o negócio. “Temos que abranger mais mercado, de forma a não estagnar, mas sempre com muita prudência. Actualmente, as pessoas ponderam muito mais antes de fazer uma viagem mas, por outro lado, há uma abordagem nova a este negócio por parte do consumidor, que deriva dessa constante necessidade de deslocação. Estamos satisfeitos com a evolução da Caravela, é uma agência com muitos anos no mercado, muito bem estruturada, e isso, a par da vasta gama de ferramentas ao dispor do cliente, permite-nos estar mais resguardados”, termina. Portugal Inovador Qualidade, estética e funcionalidade O grupo Ensanis Saúde é marcado pela qualidade, estética e funcionalidade na saúde oral, assegurando o bem-estar do cliente. A tecnologia de ponta e a formação dos profissionais garantem o sucesso e alargamento contínuo dos serviços. Um percurso de sucesso iniciado há oito anos. O grupo Ensanis Saúde nasceu em 2004, ligado a um projecto de ensino superior. No entanto, o sucesso ditou o seu crescimento, sendo montadas posteriormente estruturas para Braga, Bragança e Faro. Uma expansão que não ficará por aqui. A Ensanis Saúde apresenta duas vertentes principais. “Uma que se relaciona com o Laboratório de Prótese que, para além de trabalhar com a nossa clínica, trabalha também com todas as clínicas do país que procuram dar aos seus pacientes uma prótese diferenciada e de extrema qualidade e estética. Outra que se centra sobre o paciente”, explica Roberto Oliveira, director do Laboratório Ensanis Saúde. A formação dos profissionais é outra das apostas, assentando em três bases fundamentais: qualidade, funcionalidade e estética. A equipa, “jovem, dinâmica”, garante Eduarda Silva, directora da Clinica Ensanis Saúde, é composta por 15 elementos O grupo Ensanis Saúde é diversificado nas especialidades. Implantologia e prótese fixa são as duas mais procuradas devido aos inúmeros casos já efectuados e à satisfação obtida. Contudo, “todos os nossos tratamentos cirúrgicos ou simples consulta dia-a-dia são primordiais e bem realizados”, assegura Eduarda Silva. A tecnologia é o grande factor chave no trabalho desenvolvido pela Ensanis Saúde. “Os nossos dentes são desenhados em computador e cortados por um robot, sendo a sua precisão e estética sem igual. Os nossos pacientes têm a possibilidade de visualizar antes da colocação dos dentes o desenho ajustado à realidade e isso faz com que haja uma tranquilidade e segurança maior no tratamento final”, avança Roberto Oliveira. Qualidade e experiência garantem o carácter diferenciador do grupo. “A confiança que os nossos clientes depositam em nós não é em vão. Tudo nas nossas clínicas é diferente desde o atendimento até ao final do tratamento. Não é à toa que o nosso logotipo é composto por hemácias ligando-nos à vida, às diferenças entre as pessoas e ao tratamento individual que disponibilizamos para cada paciente”, remata Eduarda Silva. O balanço não poderia ser mais positivo. “Não é normal hoje em dia em Portugal uma empresa crescer e abrir filiais. Não temos dúvidas que o nosso esforço e trabalho profissional se encontra a dar frutos e isso faz-nos sentir muito orgulho de toda a nossa equipa”, constata Roberto Oliveira. Quanto a planos futuros, ”só depende do trabalho que fizermos no presente. Temos como lema que não podemos permitir ser pequeninos quando temos capacidades intelectuais e laborais para sermos grandes. Portugal é um país de gente muito trabalhadora e é pena quando o seu esforço não é correspondido com sucesso. Para o futuro prespectivamos crescimento no que diz respeito à abertura de clínicas, estreitamento da parceria que elaboramos com o Brasil e novos desenvolvimentos tecnológicos”, conclui Eduarda Silva. Página Exclusiva 39 Portugal Inovador “A pele é um reflexo do nosso interior” A Aromas e Sentidos, mais conhecida pelo nome Aromas Aqua Spa, abriu as portas ao público em 2009 e desde aí que tem vindo a aumentar o número de clientes. Aqui tudo é inovador, desde o método de trabalho da equipa, até às matérias-primas e tratamentos utilizados. Raquel Costa é formada em Economia, mas a vida levou-a para diferentes caminhos. Tendo-se apaixonado pela área das terapias, é agora homeopata, terapeuta de medicinas orientais e proprietária da Aromas e Sentidos. Foi graças aos seus pais que Raquel Costa teve acesso às suas instalações actuais. Transformaram um edifício antigo e decadente num espaço de luxo, moderno e tranquilo. Toda a decoração foi pensada ao pormenor de maneira a transmitir calma a todos os que por lá passam. As cores, todas em harmonia e em tons pastel, uma decoração oriental, fazem parte da casa e os óleos essenciais Biológicos que Página Exclusiva 40 são difundidos, induzem a um relaxamento imediato dos seus clientes. “O tratamento começa na sala de espera” comenta a gerente, que se orgulha muito da cascata de água que decora aquela zona. Os Aromas e a melodia da água tranquilizam as pessoas, libertando-as do stress, que “chegam mesmo a adormecer”. Na Aromas e Sentidos visam ao bem-estar do cliente, sendo que o lucro “é uma consequência do objectivo primordial”. Como se direcionam para o bem-estar, aqui não se fazem tratamentos standard. Todos os clientes passam por uma consulta onde é feito um diagnóstico e só aí é escolhido o tratamento certo, sendo que raramente é o próprio cliente a definir o que vai ser feito. Outra das características únicas desta empresa é o uso exclusivo de produtos biológicos. Raquel Costa trabalha com a marca francesa Florame da qual não abdica e garante que os resultados de todos os tratamentos são visíveis logo a partir do primeiro. A mesma pessoa passará, sempre que lá for, por um diagnóstico, análise do seu perfil físico e emocional, visto que, normalmente, não se encontra no mesmo estado de espírito em duas sessões diferentes. Independentemente do tratamento a ser feito, Raquel Costa não dispensa o uso dos óleos essenciais, pois considera que “a aromaterapia biológica é a base de todos os tratamentos”. A empreendedora conta com a ajuda de três profissionais na área da terapêutica, duas no escritório e comércio internacional e uma outra na escola de aromaterapia. A escola de aromaterapia pertence também à gerente que dá aulas nas instalações da Aromas e Sentidos e ainda no Porto. Raquel Costa é também a fundadora e presidente da APA, Associação Portuguesa de Aromaterapia, cujo objectivo social dá o nome de Hospital do Sorriso, um hospital social que trabalha da mesma forma que o spa e que leva cerca de 25 terapeutas e vários voluntários a ajudar quem mais precisa, de forma gratuita. Com tudo encaminhado e revelando que não se trata de uma mulher ambiciosa, Raquel Costa pretende agora manter aquilo que conseguiu até hoje e gostava apenas de implementar mais a sua escola. Para o ano pretende ainda novos cursos na área da Medicina Biológica Estética e na área da Homeopatia. Portugal Inovador Uma vista deslumbrante O restaurante Elvira dispensa apresentações para os bracarenses. O nome tem já mais de 18 anos, mas foi há ano e meio que Elvira Silva, a proprietária, decidiu que queria mudar de instalações e agora sim, o restaurante encanta. Elvira Silva sempre soube aquilo que queria, um restaurante de sonho. O objectivo foi conseguido. Da sua imaginação para a realidade, ainda levou algum tempo, mas a perfeição demora a ser conseguida. Começou por um espaço pequeno e foi aí mesmo que conseguiu tornar o nome conhecido em todo o país, não só através da saborosa comida tradicional portuguesa, mas também através da sua carta de vinhos de excelência. A comida está nas mãos da sua irmã Glória Silva e na ementa encontramos essencialmente grelhados e os pratos mais apetecidos passam pelo tradicional arroz de tamboril, pelo polvo grelhado e o arroz de robalo, sendo este último o preferido da proprietária. Por aqui, com uma vista fantástica sobre o rio e a natureza, a crise não passou, o que não é de estranhar, visto que todo o aspecto geral do restaurante se torna apelativo aos vários sentidos, tornando-se irresistível não passar por aqui no mínimo, uma vez. “Todos os dias recebo clientes novos de todo o mundo”, comenta a empreendedora, orgulhosa. Elvira Silva conta com a ajuda dos seus cinco irmãos para preservar a qualidade do restaurante e este torna-se assim um escape das preocupações do dia-a-dia e fica garantido um tempo muito bem passado. Página Exclusiva 41 Portugal Inovador Em Busca da Excelência Sustentável Criada em 2010, a Alpstone dedica-se à transformação e comercialização de mármores e granitos. Os seus produtos são destinados principalmente ao uso doméstico e à hotelaria, estando presentes em vários países. “Uma arrojada aposta”, é assim que Rui Costa, director da Alpstone, classifica a criação da empresa em 2010 pelo sócio fundador José Magalhães, mediante a actual conjuntura económica. A confiança no seu projecto e nos seus produtos fez com que a empresa ultrapasse os sinais negativos da crise, evidenciandose pelo crescimento nestes dois anos de actividade. O percurso da empresa foi sempre de forma crescente a todos os níveis. As instalações iniciais foram aumentadas, novas máquinas para a transformação de materiais de tecnologia de ponta Página Exclusiva 42 foram adquiridas e contrataram mais colaboradores, perfazendo um total de 17 actualmente. Todo este crescimento foi sustentado também pelo aumento de volume de negócios, que se verificou até ao ano de 2011, derivado da procura interna e externa. Apesar da Alpstone não ter pedreira própria para extracção da matéria-prima, a empresa compra os seus produtos junto dos seus melhores fornecedores nacionais e no estrangeiro, com a garantia de material de qualidade. A Alpstone actua no sector das rochas ornamentais, sendo o seu principal objectivo fornecer e transformar materiais de mármore, granito e rochas similares, para aplicação no uso doméstico e decorativo, especializandose em tampos de mármore para cozinhas domésticas e no ramo hoteleiro, por exemplo. O propósito da empresa é produzir e comercializar produtos de valor acrescentado, constituindo assim uma importante vantagem competitiva, permitindo oferecer um serviço de excelência aos seus clientes. O contacto com o cliente é feito de forma directa, o que possibilita um melhor conhecimento das suas necessidades, assim como a promoção dos produtos e serviços da empresa. “Procuramos adoptar estratégias que proporcionem mais valor aos nossos clientes, aproveitando as potencialidades dos nossos recursos”, refere Rui Costa, acrescentando que “a crescente competitividade a que as empresas estão sujeitas, obriga à introdução continuada de factores inovadores e diferenciadores como tecnologia de ponta”, conclui o director. Deste modo, a Alpstone conseguiu em pouco tempo internacionalizar-se, exportando para França, Inglaterra e Canadá, sendo que as exportações representam neste momento cerca de 50% do volume de negócios da empresa. “A exportação no nosso sector não é fácil, o insucesso verificado por algumas empresas prende-se com o facto de não estarem preparadas para as exigências e as especificidades do mercado externo”, revela Rui Costa. Assim, a Alpstone soube ter a sensibilidade e competência para contornar as dificuldades e estabelecer-se no mercado externo, cumprindo com os objectivos iniciais estabelecidos aquando da criação da empresa. Portugal Inovador Inovação e qualidade A Farmácia Pipa apresenta um serviço caracterizado pela qualidade e satisfação do cliente. Promover a saúde e prevenir a doença da comunidade constitui a missão do estabelecimento, através de serviços que visam o uso racional dos medicamentos e produtos de saúde. A primeira alusão histórica que se conhece da botica que deu origem à Farmácia Pipa remonta a 1743. Em 1820 é fundada a Farmácia e Drogaria Pipa, pelos irmãos João Luís Pipa e Joaquim José da Silva Pipa. “A 20 de Junho de 2011, iniciámos um novo ciclo, tendo transferido a Farmácia Pipa situada no centro da cidade, para Lamaçães, onde se encontra actualmente, com um projecto arrojado e inovador”, começa por explicar Ana Cunha Moreira, directora técnica da Farmácia Pipa. O estabelecimento, que abraça uma equipa de 15 colaboradores, pretende tornar-se uma referência nos serviços que oferece: Nutrição e Dietética, Podologia, Reeducação Global Postural, acompanhamento à grávida e ao bebé, cessação tabágica, tratamentos de rosto e corpo…Para além destes serviços essenciais e diferenciados, a Farmácia Pipa realiza ainda workshops, sessões de esclarecimento, demonstrações, acções nas escolas, de forma a dinamizar o seu espaço e colaboradores, prestando um melhor serviço para com o utente”. A Farmácia Pipa colabora com outros profissionais ou instituições, apoiando iniciativas de natureza cultural e social. Em termos de parceiros o estabelecimento trabalha com marcas exclusivas em Braga, como é o caso da Darphin e Payot. A formação contínua dos colaboradores é outra das grandes apostas da Farmácia Pipa, através de formações internas e externas. O estabelecimento apresenta diferenças relativamente a outros espaços de saúde, que se evidenciam, por exemplo, na “puericultura, cuidados mamã e bebé, porque a zona onde está inserida a Farmácia é uma zona populacional muito jovem, não fosse Braga a Capital Europeia da Juventude, e um beauty point com cosmetologista a tempo inteiro. A criação de um posto de atendimento prioritário sentado é igualmente um dos factores que nos diferencia, criando todas as necessidades e conforto para utentes idosos, com mobilidade reduzida, grávidas e pais com crianças até aos 3 anos”, refere, entre tantos outros serviços. O utente é factor determinante na acção da Farmácia Pipa, desde o acolhimento até à finalização do atendimento. A simpatia e profissionalismo dos colaboradores é fundamental para total satisfação e fidelização dos mesmos. Quanto à missão, “é sem dúvida para com o utente, e também para com os nossos colaboradores, criando todas as condições para que possam exercer a sua profissão com orgulho e se sintam motivados por trabalharem num espaço cuidado e pensado ao pormenor”, avança Ana Cunha Moreira. Profissionalismo, qualidade, inovação e motivação são as regras chave que norteiam diariamente o trabalho da Farmácia Pipa, de forma a “tentar fidelizar novos utentes e a satisfazer os mesmos, a criar novas parcerias, promoções e descontos, tendo em conta a actual situação económica que o país atravessa, tentando ainda estar sempre um passo à frente nas novidades”, justifica a directora técnica. Um ano após as novas instalações, “o balanço é muito positivo, tendo em conta a situação do sector farmacêutico e da actual conjuntura”. Quanto ao futuro, “é preciso continuar a fazer formações, workshop’s, sessões de esclarecimento, acções sociais… Inovar, criar novas parcerias e arranjar estratégias para melhor servir e satisfazer os utentes”, conclui Ana Cunha Moreira. Página Exclusiva 43 Portugal Inovador “Faça do seu futuro a nossa Aliança!” Caracterizada pela segurança e conforto dos seus empreendimentos, a empresa Manuel da Silva e Filho, Lda apresenta-se sólida no mercado há já 30 anos. Um percurso de sucesso na área da construção civil e obras públicas. A Manuel da Silva e Filho, Lda é uma empresa com vários anos de experiência no mercado português, tendo sido fundada em 1982 a partir da Manuel Silva. Iniciou a sua actividade em nome individual, trabalhando com pequenas edificações/reconstruções (moradias), reparações, arranjos, restauros. Algo mais familiar. De há cinco anos a esta parte, José Manuel Peixoto Silva tentou dar “outra dinâmica, outra dimensão à empresa”, explica. Estando consciente do difícil contexto económico, das dificuldades do mercado, bem como com a concorrência, a empresa tem apostado fortemente nos seus principais objectivos, de proporcionar cada vez mais qualidade e Página Exclusiva 44 eficiência nos serviços prestados aos seus clientes. Este facto, bem como o aumento da produção, demonstram que se diferencia e que está no bom caminho. Dotada de bons recursos humanos e trabalhando com materiais disponíveis, a empresa apresenta uma diversificada panóplia de serviços. “Faz-se um bocadinho de tudo. Reabilitação e remodelação de habitações, condomínios e infraestruturas, pintura, reestruturação de espaços exteriores, reconstrução de edifícios, construção paisagística, entre outros. Nós não estamos direccionados para uma área específica”, revela Sandra Silva. Relativamente a parceiros, “temos empresas distintas com quem trabalhamos mais. Agora, parceiros definidos, não. Tentamos sempre trabalhar com as empresas da nossa região, o que nem sempre é possível, pois existem situações em que temos que alargar o leque de fornecedores”, informa o entrevistado. A empresa, que conta com 22 funcionários, opera a nível nacional, “mais na nossa área geográfica, Coimbra, Viseu e Aveiro, entre outros”. O balanço pode-se afirmar positivo. “Há épocas boas e menos boas. Contudo, é gratificante quando os nossos clientes reconhecem ficando satisfeitos com o serviço prestado. A nível económico, é óbvio que não podemos dizer que as margens sejam as mesmas de há 20 ou 30 anos, mas com esforço e dedicação será possível atingir os nossos objectivos. Assim terá um gosto diferente!”, afirma a gerência, acrescentando: “Agradecemos a todos os nossos clientes a confiança que depositam em nós e nos nossos serviços”. 2012 é o ano da estabilização da empresa, após um período de investimento em projectos imobiliários diversificados. “Também não sabemos o que o ano 2013 e 2014 nos vai trazer”, conclui Sandra Silva. Portugal Inovador Barcelos Página Exclusiva 45 Portugal Inovador Qualidade de ensino e inovação são apostas de sucesso no IPCA Com cerca de quatro mil estudantes, o IPCA é a mais jovem instituição de ensino superior público em Portugal e um exemplo de sucesso em termos de crescimento, empregabilidade, empreendedorismo e inovação. Criado há 18 anos, bem se pode afirmar que o IPCA atingiu já a maturidade graças a um crescimento contínuo e sustentado numa aposta na qualidade do ensino. Sediado em Barcelos, o IPCA, que tem como presidente João Carvalho, é hoje uma referência para a região, contando com uma população de cerca de quatro mil estudantes maioritariamente provenientes dos distritos de Braga e do Porto. O IPCA integra duas escolas – Escola Superior de Gestão (ESG) e Escola Superior de Tecnologia (EST) – e oferece um total de 15 cursos de licenciatura e 11 de mestrado, além de pós-graduações e Cursos de Especialização Tecnológica. Entre a oferta formativa, é de salientar que 10 dos 15 cursos de licenciatura dispõem, além do regime diurno, da opção pós-laboral e três enquadram-se na modalidade de ensino a distância, proporcionando aos trabalhadores uma nova oportunidade para a obtenção de um curso superior. Verifica-se, aliPágina Exclusiva 46 ás, que mais de metade dos estudantes do IPCA frequenta cursos em horário pós-laboral. Por outro lado, já se formaram neste regime de ensino 211 estudantes do concelho de Barcelos, o que representa 42,1 por cento dos licenciados do concelho nesta instituição de ensino superior. Na 1ª e 2ª fases de candidaturas ao ensino superior, o IPCA conseguiu preencher, este ano, mais de 90 por cento das vagas disponíveis, destacando-se o facto de ter sido a primeira opção para aproximadamente dois terços dos estudantes colocados. O IPCA foi mesmo uma das instituições politécnicas do país com maior percentagem de vagas preenchidas, registando uma assinalável subida do número de colocados em comparação com o ano passado. Digno de registo é, também, o nível de classificações apresentado pela grande maioria dos estudantes que elegeram o IPCA como primeira opção de escolha. As notas mais al- tas dos primeiros colocados foram registadas nos cursos de Gestão de Actividades Turísticas (181,7) e Design Gráfico (173,5). Já no que respeita às notas mais altas dos últimos colocados, aconteceram nos cursos de Design Gráfico (146,9) e de Solicitadora (133,5). Apesar da difícil conjuntura, o IPCA tem também conseguido manter excelentes taxas de empregabilidade dos seus licenciados. Um facto que está associado à forte ligação entre os cursos oferecidos e as necessidades do mercado de trabalho, bem como no apoio à criação de empresas e do próprio emprego prestado pelo Gabinete para o Emprego, Empreendedorismo e ligação às Empresas (G3E). A comprovar a qualidade da formação no IPCA pode referir-se, ainda, a elevada taxa de aprovação dos estudantes que realizam os cursos de preparação da ESG para a Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas (79% na 14ª edição e 72,5% na 15ª edição). A investigação é outra das fortes apostas do IPCA. Destaque, nesse particular, para o Centro de Investigação em Contabilidade e Fiscalidade (CICF), o único do país reconhecido pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e cujos estudos e publicações constituem uma referência nesta área. Entre os projectos futuros, vai ganhando forma o Digital Games Research Center, um centro de investigação multidisciplinar na área das tecnologias, em fase adiantada de construção no Campus do IPCA. Portugal Inovador Página Exclusiva 47 Portugal Inovador 50 Anos – Certificação da Competência Empresa de raiz vincadamente familiar, nasceu há mais de meio século para se dedicar sem interrupção à actividade de construção de edifícios de âmbito público ou particular. O seu fundador António Monteiro, ainda jovem, dedicava a sua actividade a trabalhos vários e até motorista, como funcionário no convento das Irmãs Franciscanas Missionárias de Maria em Arcozelo, Barcelos. Nessa época, por razões de ligação direta ao complexo da “Quinta das Freiras”, acompanhava de perto a construção da ampliação do convento e nova igreja, um empreendimento de dimensão e arquitectura notável para aquela época. O seu relacionamento com Página Exclusiva 48 o mestre-de-obras, Miguel Sabino, grande conhecedor da arte de construir da prestigiada empresa Amadeu Gaudêncio de Lisboa, que dirigiu uma vasta equipa de artífices, permitiu com grande oportunidade e sentido de aprendizagem adquirir conhecimentos fundamentais para o futuro que rapidamente se proporcionou. Assim, em 1960, por sua conta, construiu a primeira moradia em Arcozelo. Gradualmente foi conquistando prestígio e confiança no mercado com a construção de inúmeras moradias no concelho de Barcelos, até que em 1965 a empresa de António Monteiro ganhou a confiança do comendador João Duarte para a construção dos blocos residenciais para habitação social, edifícios já com alguma dimensão. Após a concretização desta empreitada, apareceram ainda na década 60 inúmeros trabalhos fora dos limites do concelho de Barcelos, sendo de destacar a construção do Centro Pastoral do Portugal Inovador Louro, no concelho de V. N. Famalicão, obra patrocinada pelo comendador Artur Cupertino de Miranda tendo como autor do projecto, Januário Godinho, conceituado arquitecto do antigo Palácio da Justiça de Lisboa e Câmara de Famalicão. Esta obra trouxe grande prestígio ao construtor António Lopes Monteiro, elogiado e agraciado em dedicatória em livro pelo próprio comendador Artur Cupertino de Miranda. Desde a década de 70, a área de intervenção da empresa alargou-se ao norte do país, a cidades como Braga, Esposende, Guimarães e Viana do Castelo, tendo já António Monteiro o apoio na estrutura empresarial de alguns filhos. Fundamental para o sucesso técnico, a empresa manteve sempre nos seus quadros de pessoal os melhores e dedicados trabalhadores. O contacto estreito com projectistas de grande prestígio como o já referido arq. Januário Godinho, arq. Corte-Real, arq. Fonte Lopes, arq. Carlos Loureiro, arq. Pádua Ramos, arq. Fortuna Cabral e arq. Vitor Mogadouro, permitiu ganhar uma enorme bagagem de conhecimento em autêntica formação contínua, permitindo ao fundador da empresa uma verdadeira graduação de créditos em “Mestrado”. Grandes realizações e empreendimentos se seguiram com o espaço urbanístico do Ofir, clube residencial atlântico de Esposende, lares da 3ª idade em Barroselas, Barcelos, Habitação social com apoio do Instituto Nacional de Habitação em Viana do Castelo, Braga, V. N. Famalicão e Barcelos. Na primeira década deste século, realizam-se empreitadas de obras para instituições como Municípios, Juntas da Freguesia, IPSS e outras como exemplo de edifícios emblemáticos: sedes de junta, centros sociais, clínica de medicina física e de reabilitação, mais recentemente o centro escolar de Viatodos e escola particular em Barcelos. Para acompanhar os novos tempos, com o forte abandono da construção em novos edifícios, a Sociedade de Construções António Monteiro está voltada para a reabilitação urbana e recuperação do património classificado, com técnicos com formação especializada, ministrada por entidades competentes como o IHRU, FEUP e LNEC. Existe também uma permanente busca de actualização de novos materiais e novas técnicas de construção para superar os desafios do futuro. Página Exclusiva 49 Portugal Inovador Analisar com profissionalismo e rigor Sedeado em Barcelos, Pimenta do Vale Laboratórios Lda. é especializado em análises completas e rigorosas de águas e alimentos. Criado no ano de 2002, atualmente o seu leque de ação estende-se a todo o país. Com dez anos no mercado, Pimenta do Vale Laboratórios, Lda., iniciou a sua actividade a nível regional, mas o crescimento de uma década fez com que estendesse essa atividade a todo o país, bem como a Espanha. Hugo Pimenta do Vale, farmacêutico e proprietário do laboratório, enveredou por esta actividade em detrimento das análises clínicas, depois de um estágio num grande laboratório do mesmo sector, em Barcelona, enquanto concluía o mestrado em Biologia Experimental. Pimenta do Vale Laboratórios, Lda., equipado com a mais moderna tecnologia, é especialista em análises pormenorizadas a todo tipo de águas, sejam para consumo humano ou águas minerais, balneares, residuais, industriais e piscinas. Ao Página Exclusiva 50 nível de análises aos alimentos, actuam desde a matéria-prima, em indústrias relacionadas com a agricultura, carne e peixe, até ao produto final, quer seja embalado para venda ao consumidor, quer seja em alimentos servidos nas ementas de restauração. Com um plano anual bem definido, Pimenta do Vale Laboratórios, Lda. presta serviços em autarquias e indústrias, e também trabalha com clientes particulares, estando acreditado em mais de 50 parâmetros de análise microbiológica e físicoquímica em águas e alimentos, para além da colheita de águas de consumo e piscinas de acordo com a ISO 17025. Actualmente, com uma equipa técnica formada por pessoas altamente formadas e especializadas, a quali- dade e rigor do Pimenta do Vale Laboratórios, Lda. pode medir-se pelo investimento em equipamentos de análise e pelo amplo leque de parâmetros em que está acreditado e pelas muitas auditorias e controlos de qualidade a que está sujeito. Hugo Pimenta do Vale salienta a importância da sua actividade e sensibiliza, em parceria com a DECO Proteste, as pessoas que têm poços ou furos de água, para consumo próprio, “a analisarem pelo menos uma vez por ano estas explorações”, a fim de prevenirem riscos para a saúde, como problemas digestivos e renais. “As pessoas não sabem o percurso da água e existe uma série de itens a que as pessoas não dão qualquer importância, sendo certo que, depois de efectuadas as respectivas análises, têm “surpresas” desagradáveis nessa inestimável área”, salienta Hugo Pimenta do Vale, referindo ainda que com a actual crise, as pessoas descuram o cuidado de analisar as suas águas como forma de cortar custos. Para o futuro do seu laboratório, Hugo Pimenta do Vale revelou a intenção de “montar uma unidade de análises em Moçambique”. Mas, para já, pretende especializar-se, a médio prazo, noutros tipos de análises, para além de águas e alimentos. Portugal Inovador Projectamos, fabricamos, instalamos, exportamos “Investimos no Mercado externo”. Hoje somos uma PME Líder, operamos a nível global, estamos em Espanha e Moçambique. Somos especialistas em construções metálicas. Projectamos, fabricamos, construímos e garantimos assistência a pavilhões industriais, desportivos, agro-pecuários, superfícies comerciais, edifícios com pisos diferenciados, casas pré-fabricadas, coberturas e revestimentos metá licos. Há 12 anos, no Norte de Portugal, em Barcelos, quando fundou a empresa, Joaquim Pereira Fernandes focou a sua acção em três objectivos: preço/qualidade, confiança e crescimento sustentado. O desafio: contribuir qualitativamente no crescimento da Região Norte e do País. A Empresa cresceu, incorporou novas tecnologias e departamentos técnicos, os clientes reconheceram a vontade de qualidade e eficiência: trouxeram novos clientes e novos projectos para a J.F. Metal produzir e construir. Hoje somos uma Marca reconhecida pelo mercado. O sucesso dos nossos clientes continua a ser a nossa melhor estratégia para evoluirmos. Ao longo de mais de uma década conseguimos gerar confiança através do nosso trabalho, obtivemos sucesso em Portugal e no estrangeiro. Queremos transformar conhecimento, e experiência, em crescimento - é a nossa missão e temos uma forma de a concretizar: estabelecendo estratégias de confiança. A nossa estratégia materializa-se em obra, como exemplos: em Portugal, a J.F. Metal executou diversos trabalhos para a Portucel em Viana do castelo, Fábrica de tintas CIN na Maia, Endutex e Vizelpas em Vilarinho, Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Vila Verde; a J.F. Metal Espanha executa vários trabalhos para a fábrica de carros da PSA Citroen em Vigo; a J.F. Metal Moçambique conta também com algumas obras em curso, como referência CIMPOR, Toyota e Betafiel. Crescemos com os desafios que superamos. A nossa Plataforma em África – a J.F. Metal Mozambique – foi o desafio superado: um processo longo de contacto e, sobretudo, o reconhecimento dos desafios e projectos locais foram os factores determinantes para o sucesso da nossa implantação em Moçambique. Os nossos valores e o nosso trabalho são a forma mais simples de comunicarmos a Marca J.F. Metal. Criamos confiança através da nossa flexibilidade e capacidade de adaptação em cada projecto da mesma forma que o fazemos há 12 anos. Identificamo-nos com as necessidades dos nossos clientes. Queremos que o público se identifique com os nossos valores e missão. Queremos participar no Futuro. É para nós importante a forma como nos adaptamos a cada projecto. Somos pela sustentabilidade: queremos recriar continuamente o ecossistema de desenvolvimento dos nossos clientes fornecendo-lhes as condições de inovação e prosperidade. www.jfmetal.pt Página Exclusiva 51 Portugal Inovador Protege-o fora de portas! A Cobersun é uma empresa de estruturas têxteis que tem sido responsável pela construção de coberturas para grandes marcas e eventos nacionais e internacionais. Desde as grandes superfícies aos Festivais de Verão, esta marca portuguesa tem dado cartas no sector. Desenvolvendo a sua actividade desde 2008, a Cobersun tem vindo a conquistar o mercado com as suas soluções de arquitectura têxtil para exteriores. Se o ponto de partida para este negócio deu-se com a concretização de um pedido espontâneo para o sector automóvel, rapidamente surgiram outras propostas e a exigência de novas soluções, às quais a Cobersun tem dado resposta. Pedro Veiga é o promotor deste projecto, sediado em Barcelos, e foi na casa-mãe que, em conversa Página Exclusiva 52 com a revista Portugal Inovador, nos revelou como tem sido o progresso desta marca, já presente em vários pontos do mundo. “A Cobersun teve o seu início num contexto local, mas rapidamente expandimos a nossa actividade para o âmbito nacional, sendo que, recentemente, fomos solicitados para desenvolver alguns trabalhos no exterior, nomeadamente em Espanha, Bélgica, Angola, Moçambique e Cabo Verde. A busca de novas soluções e a concepção de vários produtos tem permitido que sejamos conhecidos pela rapidez de resposta e apresentação de um portefólio diferenciado”, explica o administrador. Vasta Gama O trabalho da Cobersun assenta na elaboração de projectos que vão de encontro ás necessidades dos utilizadores. Com vista a garantir uma resposta eficiente aos seus clientes, a empresa instalou no continente asiático uma unidade de produção onde realiza todos os projectos de estruturas de grande consumo e estandardizadas enquanto em Barce- los são construídas as estruturas de maior exigência de execução. Sob o controlo e as exigências internas, os pedidos são criteriosamente elaborados e enviados para o cliente com a garantia e a qualidade que a marca oferece. “Temos que ter em atenção que cada produto representa a nossa imagem, como tal, todos os projectos são desenvolvidos com todo o rigor, seja dentro ou fora de portas”, garante Pedro Veiga. Funcionando através dos sistemas de venda e aluguer, a Cobersun desenvolve o seu trabalho sempre em parceria com o cliente, com vista a que o produto atenda a todas as suas necessidades. Este trabalho tem permitido a esta empresa de Barcelos ser o principal parceiro de alguns dos maiores players nacionais do sector, que encontram aqui os produtos mais recentes e originais. Saltar a fronteira Desde cedo a administração da Cobersun percebeu que o mercado português era bastante reduzido para as suas ambições de negócio, como tal, com o sucesso Portugal Inovador alcançado e a crescente gama de produtos, a saída do país tornouse natural. Se países como Espanha, Bélgica, Angola, Moçambique e Cabo Verde já começaram a ser explorados, a marca direcciona também a sua atenção para a busca de parcerias no Norte de África e Sul América. “Estamos neste momento a estudar mercados norte Africanos e sul-americanos, com vista a encontrar parcerias que facilitem as negociações no local”. É esta a postura da Cobersun, “fora de portas”, sempre que surge a possibilidade, o negócio é desenvolvido por um representante local. “O nosso crescimento vai estar sempre assente nas parcerias. Para oferecer temos o conhecimento e a garantia de qualidade de serviço e produto”, reforça o empresário. Num mercado em constante evolução, Pedro Veiga acredita que nos próximos anos as estruturas insufláveis vão ganhar terreno face às metálicas. “A estrutura insuflável permite realizar projectos com design, personalizáveis o que tem cativado, cada vez mais, um público já cansado das estruturas fixas básicas”, conclui. Destaque Já este mês a Cobersun vai apresentar ao mercado nacional uma estrutura em alumínio, alcançando formas curvilíneas. Sempre em busca da diferença e capacidade de oferta. Página Exclusiva 53 Portugal Inovador Malhas de elite A João António Lima – Malhas é uma empresa sediada em Barcelos, líder em qualidade. Com o estatuto de PME Líder que pretende manter, é uma referência no sector. João Lima é um exímio empreendedor cujas estratégias impulsionaram a sua empresa para o topo. Conhecida pela sua qualidade, pelo cumprimento dos prazos e pela cooperação íntima com os clientes, é procurada pelos mais exigentes. Preparada para qualquer tipo de produção de malhas, está equipada com 55 teares rotativos que concebem o melhor produto final, num curto espaço de tempo. “A maior parte da malha que é produzida sai em cru e depois é tingida à cor que o cliente pretende. Quando solicitado também podemos fabricar malha acabada porque temos parcerias com tinturarias de referência. Assim, basta que nos indiquem os elementos e características das malhas e a João António Lima – Malhas produz”, conta o proprietário, revelando a versatilidade da empresa e a sua capacidade para enfrentar diferentes situações. João António Lima – Malhas iniciou o trabalho no estrangeiro, pois a actual situação económica do país obriga a empresa a procurar outros clientes, fora do mercado português. Actualmente, exporta para diversos países entre os quais, Espanha, Página Exclusiva 54 Itália, França e Bulgária, sendo que ocupam 35% da sua produção. Segundo o empresário, os seus principais clientes dentro país encontram-se apenas em Barcelos, Guimarães e Fafe e foi esse um dos motivos que o levou a aventurar-se nos negócios internacionais. Conta com 28 colaboradores, aos quais não poupa elogios, pois acredita que o sucesso da empresa se deve especialmente a eles. Distribuídos entre as funções de operários, maquinistas, administrativos, financeiros, comerciais, motoristas e afinadores, são um orgulho para João Lima, que defende que estes são “uma equipa que se esforça para dar o seu melhor e para que a empresa conquiste o mercado”. Quanto à formação, o nosso entrevistado faz questão de ensinar o novo colaborador “de raiz”, pois só assim garante que este esteja em sintonia com as políticas e objectivos da empresa. Apesar das dificuldades existentes actualmente no mercado, a empresa acredita que tem todos os atributos necessários para vingar, promete dar que falar e tem em vista um futuro promissor, tanto aqui, como lá fora. Portugal Inovador Qualidade e rigor no vestuário A Maxtil labora há 25 anos e produz para grandes marcas, vestuário de homem, senhora e criança. Sediada em Barcelos, a empresa têxtil exporta 100% dos artigos que produz para vários países da Europa. Fundada em 1985, a Maxtil nasceu da ideia de Carlos Cunha e mais dois colegas que trabalhavam na época numa outra empresa do ramo têxtil. Um técnico de máquinas de costura, outro técnico de confecção e Carlos Cunha no ramo comercial, e com a participação da empresa Fergotex Têxtil, sediada em Famalicão, juntos formaram a Maxtil num pavilhão arrendado e com apenas 20 colaboradores na altura. Hoje, a empresa conta com cerca de 100 funcionários e consegue produzir centenas de milhar de peças de vestuário. Essa grande valência de recursos, quer humanos, quer tecnológicos, permite à Maxtil produzir qualquer tipo de peça em malha em série. A Maxtil dedica a sua produção de vestuário a grandes marcas como White Stuff, Bellerose, Maloja, Our Legacy, Antwrp, Wesc, entre outras, com linhas completas de roupa exterior direccionada para o Sport Wear e Casual Wear para homem, senhora e criança. Todos os artigos que produz são feitos de fibras e malhas da mais alta qualidade e com um design apelativo e moderno. O facto de a Maxtil confeccionar vestuário para grandes marcas faz com que todo o vestuário que fabrica seja 100% exportado, nomeadamente para países como Inglaterra, Alemanha, França, Holanda, Bélgica, etc. De acordo com Carlos Cunha, “a qualidade, rapidez e preços competitivos são factores es- senciais, é essa a exigência dos clientes e do mercado de ano para ano”, revela o empresário, assegurando que “tudo está bem encaminhado para o futuro”. Há seis anos que a Maxtil é uma empresa totalmente certificada pela norma NP EN ISO 9001:2008, facto que assegura uma mais-valia para a empresa na hora de ser escolhida por clientes internacionais. O estatuto de PME Líder, que a Maxtil também ostenta, contribui, e muito, para a empresa se destacar num mercado competitivo, assegurando que a empresa está bem financeiramente. O facto de a Maxtil se situar na zona de Barcelos só lhe trouxe vantagens, uma vez que na região prosperam várias empresas a montante e a jusante do processo de fabrico de vestuário, como fiações, tecelagens, tinturarias, estamparias, empresas de bordados, etc., “é vantajoso e ajudou-nos a crescer, estamos num meio onde há tudo e existe uma interligação entre empresas”, revela Carlos Cunha. No entanto, o empresário também considera que deveria haver ainda mais união entre os industriais do sector na região, para assim se formar um cluster empresarial forte e unido. Página Exclusiva 55 Portugal Inovador Página Exclusiva 56 Portugal Inovador Apostar na eficiência energética Fundada em 2006 em Oliveira do Hospital, a Induprotec assume-se como o parceiro ideal para projectos de instalação e manutenção elétrica com a aposta em novas tecnologias de maior eficiência e poupança de energia. Com seis anos de existência, a Induprotec nasceu no sótão do seu fundador, Nuno Vieira. O empresário, cansado do seu emprego numa grande empresa nacional, decidiu largar o antigo trabalho e fundar a Induprotec, em Oliveira do Hospital. Sabendo da inexistência de empresas do sector na região, Nuno Vieira, sabia que tinha mercado para explorar e fazer a sua empresa crescer. Fruto do esforço e conhecimento, a Induprotec já expandiu o seu rol de obras e projectos a todo o país. A Induprotec desenvolve a sua actividade em quatro áreas distintas: energia, automação, controlo e instrumentação industrial, manutenção industrial e montagens técnicas em electricidade industrial, telecomunicações e segurança. No sector da energia, esta empresa promove a utilização eficiente dos vários sistemas energéticos, por isso, comercializa e executa montagens de equipamentos de micro geração de energia eólica e solar, executa estudos para uma iluminação eficiente e aposta na racionalidade da utilização eléctrica, como a correcção do factor potência nas indústrias e empresas. Tudo isto permite gastos absurdos de energia e uma poupança de mais de metade dos gastos energéticos totais. Para oferecer soluções aos vários problemas que possam surgir em máquinas industriais, a Induprotec oferece um vasto leque do soluções ao nível da automação e instrumentação industrial, o que permitirá melhorar a produtividade de fabricação, como a optimização de máquinas industriais para melhorar o seu desempenho. Já na manutenção industrial, a Induprotec presta serviços de prevenção, tanto em todos os equipamentos que envolvam o processo industrial como nas infraestruturas eléctricas e de telecomunicações. Ao nível das instalações e montagens eléctricas, a aposta da Induprotec vai para a tecnologia LED. Segundo Nuno Vieira, “esta tecnologia traz mais eficiência, mais durabilidade e melhor iluminação e traduz uma poupança de 48% no consumo energético”, é esta aposta que a Induprotec tenta transmitir aos seus clientes, trazendo mais benefícios do que custos. A região de Oliveira do Hospital é rica em indústrias no sector alimentar, como tal, a Induprotec adquiriu este ano novos equipamentos que permitem prestar uma melhor assistência e manutenção a este tipo de indústrias. Além da indústria alimentar, a Induprotec está também presente na indústria extractiva e transformadora de inertes, metalomecânica, petroquímica, entre outras, com obras nas mais importantes empresas nacionais como a Martifer, Navalria, Porto de Aveiro, Secil ou EDP. No futuro, a Induprotec pretende continuar a aprofundar conhecimentos nas áreas em que actua, por isso, estão em fase de conclusão as novas instalações da empresa, com cerca de 1500 metros quadrados, que vão permitir no futuro desenvolver novas tecnologias e projectos. Página Exclusiva 57 Portugal Inovador A Diferença Conquista-se “Agnus Dei” é um nome religioso e tem uma simbologia: um coração que se abre ao meio, tendo lá dentro um cordeiro e deve sempre ser oferecido a terceiros. A funerária deve a sua reputação a Rui Almeida, seu administrador, que dotado de forte imaginação e criatividade, a colocou num patamar acima das outras. Mensagem do administrador “Agradeço às pessoas a confiança que têm depositado, em mim e na nossa empresa. Estamos cá nos piores momentos, como é a morte de um ente querido e podem contar com todo o apoio moral e profissional da equipa ‘Agnus Dei’.” Rui Almeida, de 53 anos, iniciou-se no ramo funerário por mera casualidade e esteve 20 anos a trabalhar para uma outra empresa, até que em 2001, tomou a decisão fundar a sua empresa. Essa decisão não podia ter sido mais correcta visto que no primeiro dia, ainda nem estando oficialmente aberta, o administrador tratou logo de três funerais. A empresa cresceu muito rapidamente e o segredo está nas inovações introduzidas pelo próprio Rui Almeida no serPágina Exclusiva 58 viço funerário. “Acabaram-se as rendas nos serviços funerários, as urnas escuras e os folhos.” Mas a sua imaginação não terminou por aqui e assim, decidiu introduzir o serviço de café. “Fui pioneiro”. Embora pareça estranho, Rui Almeida, rapidamente, foi felicitado pela sua aposta e aqueles que tinham duvidado e até criticado a ideia do café, rapidamente voltaram com a palavra atrás. O administrador decidiu ir mais longe e ser o primeiro a introduzir a publicida- Portugal Inovador de de funerárias no jornal. “Era uma aposta arriscada, mas que ia ter muito impacto. Podia ser negativo ou positivo.” Com uma fotografia sua e do seu sócio na altura, chegou mesmo a confundir as pessoas que pensaram que tinham falecido. O certo é que, mesmo com este pequeno mal-entendido, Rui Almeida conseguiu o que queria, criar um impacto e pôr as pessoas a falar da sua funerária. O sucesso foi tanto que “ao fim de três anos, já era líder no concelho de Cascais. Isto deve-se a algumas mudanças que ao início são chocantes, mas que depois se tornam inovadoras.” Os serviços prestados são os habituais: funerais, cremações, transladações, serviço de canteiro e flores, entre outros, mas certamente poderão contar com o aconselhamento e serviço personalizado que irão fazer toda a diferença no final. O objectivo de Rui Almeida é que nunca chegue ao fim do funeral a pensar que fez uma má escolha, “eu quero vender para que o cliente se sinta satisfeito dentro das suas possibilidades, para que, quando acabe o funeral, o cliente não pense que foi caro, mas sim que pense que lhe demos oportunidades e que ele é que escolheu a melhor”. Mesmo com a actual situação económica do país, o volume de funerais não diminuiu, mas a crise força as pessoas a fazerem escolhas mais comedidas. Quanto às novas instalações, não há rival que lhes faça frente. Majestosas, de linhas simples e modernas, foram outra aposta do administrador, que mais uma vez saiu vitorioso. “Não existe em Portugal nada com estas condições”. Ninguém diria que se trata de uma funerária e mesmo as capelas nada se parecem com as normalmente vistas. Rui Almeida conta que chegou a ter clientes que depois de terem estado nas capelas, nem se aperceberam. “Mantivemos o número de funerais desde que viemos para este edifício, mas creio que criámos um patamar de exigência diferente”, comenta Rui Almeida. As instalações transmitem uma grandiosidade e um luxo que levam a crer que os seus preços sejam elevados. Contudo, o entrevistado garante que não sobem os preços desde a sua inauguração e apresentam preços extremamente competitivos, o que os torna líderes na relação qualidade/preço. “Um familiar quando nos procura pela perda de um ente querido, entra como cliente, mas procuramos que saia como um amigo” Rui Almeida mostrou ser uma pessoa muito sensível e preocupada com o bem-estar de todos os que o procuram. Isso começa na procura daqueles que irão fazer parte da sua equipa. O administrador é rigoroso e procura pessoas dotadas de sensibilidade, educação e humildade. Esta exigência revela os seus frutos quando, depois dos funerais, Rui Almeida é procurado pelos familiares que lhe querem agradecer, não só pela excelente prestação de serviços, como pelo atendimento e simpatia dos seus funcionários. “A formação dos meus colaboradores é à minha imagem”- conclui. Página Exclusiva 59 Portugal Inovador Integrar para a comunidade O Externato Grão Vasco apresenta-se como um estabelecimento de ensino marcado pela qualidade, constante inovação e respeito pelo próximo. A integração dos alunos com necessidades educativas especiais é uma das grandes apostas da instituição. Um olhar atento, afectivo e especializado permite melhorar cada criança no seu comportamento e estudo. O Externato Grão Vasco localiza-se no espaço onde anteriormente existia a Quinta da Feiteira. Este Estabelecimento de Ensino foi fundado a 24 de Novembro de 1958, com a denominação de “Externato Feminino Grão Vasco”. Funcionava numa das casas principais da Quinta da Feiteira, com autorização para leccionar os Ensinos Infantil e Primário. Nos anos seguintes o Externato teve várias transferências de propriedade, mas manteve sempre a mesma denominação e valências de ensino. O dia 1 de Julho de 1971 foi determinante na história do estabelecimento. Foi neste dia que foi autorizada a constituição da Sociedade “Grão Vasco - EsPágina Exclusiva 60 tabelecimento de Educação Infantil, Lda.”, tendo como coproprietárias Amélia Ferreira Pires do Rio e Ana Maria Barros Alves Caetano, actual gerente e coordenadora do externato e que viria a desempenhar um papel importante no seu desenvolvimento. Com a nova sociedade o Colégio passou a designar-se por “Externato Grão Vasco”. Mas as grandes mudanças chegavam a 24 de Novembro de 1971, com a autorização de ministrar o ensino infantil e primário também a alunos do sexo masculino. Nesta altura o Colégio cria classes de Ensino Especial com professores e terapeutas especializados para crianças com Necessidades Educativas Especiais, sendo pioneira nesta área, pela acção de Ana Maria Caetano e da sua vasta experiência no campo da saúde mental. O Externato Grão Vasco apresenta 400 alunos na sua totalidade, sendo 30 os que frequentam o Ensino Especial. São cerca de 60 trabalhadores a assegurar o funcionamento diário da instituição. Há uma clara aposta na vertente tecnológica, ensino de novas línguas, e promoção de uma série de actividades lúdico-pedagógicas. O Externato trabalha com o En- Portugal Inovador sino Pré-Escolar, Básico e Especial. O Ensino Especial, pago pela DRELVT, inclui Musicoterapia, Psicomotricidade, Terapia da Fala, Natação, Hipoterapia. Existem ainda Projectos de Culinária, Expressão Dramática de sentimentos. Dentro da oferta curricular, a instituição trabalha com o préescolar e a primária no ensino regular. “No ensino especial não há bem classes. Vão avançando. Mas são crianças com muitas dificuldades”, remata Ana Maria Barros Alves Caetano, gerente e coordenadora do Externato Grão Vasco. O trabalho desenvolvido com estas crianças tem como principal objectivo o desenvolvimento de hábitos de essenciais de vida diária, procurando que se tornem cada vez mais autónomas e para se poderem integrar na sociedade. Ana Maria Caetano, coordenadora deste Projecto, dá grande importância à formação contínua de várias equipes de professores, educadoras, professores e técnicos do Ensino Especial e auxiliares de acção educativa. As reuniões com cada grupo são semanais, para discussão não só dos alunos em geral e cada um em particular, como de actualização profissional. Neste externato está a funcionar um Gabinete de Psicologia com oito psicólogos de Formação Dinâmica, que recebe as crianças assinaladas por algum desajuste emocional, em consulta privada. Ana Maria Caetano vai dizendo que, neste caso, na área do Ensino os profissionais só serão bons trabalhadores se fizerem a sua tarefa com paixão. Página Exclusiva 61 Portugal Inovador Serviço e Assistência de Qualidade Sediada em Terrugem, Sintra, a Viptrónica chega a diversos pontos de venda de todo o país com produtos na área da eletrónica de consumo. A aposta na diversificação do stock, na criação de várias marcas próprias e um serviço rápido e eficaz garantem à Viptrónica uma posição de destaque no mercado. A Viptrónica surgiu em 2003, fruto da necessidade para complementar o mercado da distribuição de componentes eletrónicos em Portugal, onde as diferentes ideias de um grupo muito específico de pessoas dinâmicas e inovadoras convergiram nos pilares básicos da estrutura operacional da empresa: Importar e distribuir para o mercado revendedor uma vasta variedade de produtos para a eletrónica de consumo, e contemplando diversas áreas como o Som Profissional, a Segurança e Vigilância, o fornecimento e transformação de Energias, Tecnologias LED, equipamentos para Receção TV e Satélite, Suportes Universais, Informática, entre outras, tentando sempre estar na vanguarda destas tecnologias A empresa trabalha exclusivamente em regime de revenda, com uma equipa de quatro comerciais distribuídos pela zona Norte, Centro (Grande Lisboa) e Sul e conta também Página Exclusiva 62 com um grande suporte de apoio ao cliente, quer através da internet com uma loja online, quer através de uma equipa experiente de colaboradores preparados para responder a todas as necessidades de um cliente cada vez mais exigente. A Viptrónica vivenciou um crescimento assinalável, “sempre com grande esforço e profissionalismo coletivos” e, graças ao trabalho sedi- mentado ao longo dos anos, detém uma posição de respeito dentro do mercado, tendo uma cota considerável no mercado de distribuição eletrónica. Embora seja uma empresa relativamente recente, conta já com o prémio PME Excelência 2011 assumindo a Qualidade como um valor fundamental na sua prestação de serviços, de forma eficaz e eficiente, indo ao encontro das necessidades e das expectativas dos seus clientes. “O nosso compromisso perante os nossos clientes é o de lhes proporcionar produtos e serviços que potenciem o seu nível de satisfação e aumentem o seu grau de fidelização, contribuindo para o crescimento sustentado da rentabilidade dos seus negócios” assume Fernando Ventura. A estratégia da empresa direcionase para a diversidade de produtos. “Temos já perto de 20 mil referências ativas, e a diversificação é cada vez maior, porque a tendência é podermos colmatar todas as necessida- Portugal Inovador des na nossa área.” Além disso, a existência de uma empresa de distribuição hoje em dia não faz sentido se não possuir uma grande capacidade de “stockagem”, com produto pronto a distribuir na hora. A par destas valências, o responsável considera que uma das maisvalias da Viptrónica é “um serviço pós-venda eficiente e capacidade de comunicação rápida e eficiente.” Conseguir chegar aos seus clientes com informação sobre os seus mais recentes produtos, novidades e campanhas, de uma forma rápida e eficaz é um ponto muito forte na sua estratégia de comunicação. A Viptrónica não tem medo de arriscar. Prova disso é o facto de, apenas um ano depois da sua fundação, ter lançado no mercado uma marca própria, em particular com alguns produtos (fontes de alimentação, vigilância e som para profissionais) que não tinham marcas próprias em Portugal. Fernando Ventura destaca a relação qualidade/preço como factor distintivo e que concede competitividade às atuais duas marcas criadas pela Viptrónica – a ProK e a VSound. “Temos assim uma oferta que vai de encontro às atuais condições do mercado, com preços muito competitivos mas com prestações de qualidade muito equiparadas às consideradas «grandes marcas».” A Viptrónica e os seus 13 colaboradores adotam uma estratégia dinâmica para os tempos conturbados em que vivemos. A prioridade é “acompanhar todas as necessidades do dia-a-dia e poder também transmitir ao nosso cliente a excelência e confiança para que nos encare como um parceiro seguro.“ A empresa pretende manter-se na linha da frente e afirma-se como uma aposta na estratégia de inovação e internacionalização, sendo já considerado um exemplo de sucesso inspirador. Página Exclusiva 63 Portugal Inovador A Excelência e Independência na automação (domótica) de espaços A Dinis Coelho é das únicas empresas no nosso país na criação de sistemas de automação e sua integração em espaços industriais, residenciais, comerciais e de hotelaria. Desde o projecto, acompanhamento da obra, instalação, configuração e programação dos equipamentos ou sistemas, seleccionados pelo ou com o cliente, o objectivo é satisfazer todas as suas necessidades. O facto de não ser representante de fabricantes em Portugal permite à empresa uma total independência no aconselhamento dos seus clientes. A empresa Dinis Coelho está no mercado desde 1998 e assumiu uma posição de crescimento até aos dias de hoje. Aos 17 anos abriu a sua primeira firma na área da electricidade e instalações, mas o seu percurso levou-o a inscrever-se e a frequentar a escola militar na Força Aérea. Não querendo prosseguir a carreira militar, Dinis Coelho vai para a África do Sul. Trabalhou na BAXTER Americana – South Africa Baxter, fabrico de produtos hospitalares – onde liderou os departamentos de “Research & Development”, na área de Controlo do Processo, e os Departamentos de Instalações e Manutenção Eléctrica, Electrónica e Automação. Na SABAX – South Africa Baxter – Dinis Coelho faz formação nas áreas da gestão, controlo de qualidade e ciências da computação. Página Exclusiva 64 Em 1997, Dinis Coelho volta para Portugal e inicia a sua colaboração numa empresa de fabricação de produtos nefrológicos na cidade da Maia. Surge depois a oportunidade de desenhar a automação de uma moradia no Porto. Este primeiro bom trabalho surgiu como um hobby para Dinis Coelho, mas a satisfação dos vários clientes levou-o ainda a mais encomendas. É neste contexto que surge a empresa Dinis Coelho, quase por acidente, pois “quando voltei a Portugal a minha intenção não era montar uma empresa”, refere Dinis Coelho. Depois de formada a empresa, e à medida que foi crescendo, Dinis Coelho foi contratando mais colaboradores, hoje são ao todo 14 pessoas, especializando-se cada um numa área distinta, estando sempre a par de todas as inovações. Nos nossos projectos, “o ideal é começar a trabalhar directamente com o cliente e com o arquitecto, quanto mais cedo melhor”, afirma Dinis Coelho. De início é feito todo o projecto eléctrico da residência, incluindo todas as especialidades, desde a localização de uma simples tomada, passando pela distribuição de Áudio/Vídeo, Segurança até ao Estudo Acústico e lighting design. Com o lighting design o objectivo é criar diferentes ambientes de luz para as diversas ocasiões e divisões da casa, tudo com o objectivo de poupar energia e responder às necessidades de conforto dos seus residentes. Este trabalho é feito com a automação e controlo da luz natural através de “Blackouts”, cortinas, portadas; e com a automação e controlo da luz artificial – candeeiros, luminárias, LED´s, Fibras Ópticas. “Uma casa falta-lhe vida se não tiver um lighting design”, afirma Dinis Coelho sobre a importância desta área. A empresa Dinis Coelho também é especializada na área da segurança, sobretudo no exterior das residências – o objectivo é detectar e evitar que o potencial intruso se aproxime sequer da residência e assim evitar danos na propriedade e até possíveis confrontos. Podem ser instaladas diversas soluções, algumas mais simples até instalações complexas com sis- Portugal Inovador temas utilizados na protecção de instalações industriais e residências. Estes Sistemas de Detecção podem e devem estar integrados com outros sistemas instalados na vivenda. A área do lazer e do entretenimento é também projectada de acordo com os desejos dos clientes. A empresa Dinis Coelho tem especialistas nesta área. Fazem a instalação de sistemas de distribuição de som por toda a habitação (qualquer fonte de som em qualquer parte da casa) até a salas de cinema profissionais. Fornecem poltronas com equipamentos de simulação que interagem integralmente com os movimentos do filme, ou instalam no interior dos sofás já existentes, podendo as pessoas usufruir de um ambiente “4D” na sua sala de cinema. Os desejos que cada pessoa possa ter para a sua habitação po- dem ser imensos e as soluções que a empresa Dinis Coelho oferece são à medida das exigências dos seus clientes, por isso “calçamos os sapatos do cliente, percebemos as suas necessidades e fazemos o projecto”. Além de fornecerem todos os equipamentos das mais importantes marcas a nível mundial, é a empresa Dinis Coelho que desenha todo o software de funcionamento desses mesmos produtos, assim como os interfaces gráficos. No final, as pessoas só necessitam de um iPad ou um iPhone, com a aplicação instalada para controlar toda a sua casa, esteja onde estiver. “De qualquer modo a nossa grande mais-valia e o nosso segredo não está nos produtos que vendemos, mas sim nos colaboradores que temos e no conhecimento que já possuímos. Vender produ- tos qualquer pessoa pode vender, mas falta-lhes o conhecimento, a experiência e a equipa”, sublinha. A Dinis Coelho tem a sua sede na SANJOTEC (Centro para empresas de Base Tecnológica), delegação em Lisboa e Showroom na Quinta do Lago no Algarve. O Showroom no Algarve tem sido elogiado quer por clientes quer por fabricantes que o têm visitado. A DC Lda tem clientes dos Estados Unidos da América, Inglaterra, Irlanda, Bélgica, Alemanha, Holanda, Espanha, Angola e Portugal. “Clientes jovens a começar a sua vida profissional até multimilionários. Alguns totalmente desconhecidos e outros que são figuras públicas internacionais”, informa. Para o futuro a curto-médio prazo, a Dinis Coelho Lda está a pensar abrir um gabinete de trabalho numa capital europeia. Página Exclusiva 65 Portugal Inovador Corte com Ferramenta Diamantada Sediada em Rio Meão, a Diapor é uma empresa familiar que conta já com 39 anos de experiência no mercado. É uma referência no que toca a ferramentas diamantadas, tanto no sector das rochas ornamentais, como na metalomecânica e é ainda procurada pelo seu know-how, indispensável para rentabilizar os processos de produção. A Diapor teve início em 1973, na sequência da junção de quatro colegas de trabalho. Mais tarde, esses quatro passaram a ser dois e, em 1997, Carlos Coelho passou a totalitário das quotas da empresa, tornandose assim presidente do Conselho de Administração. A empresa está vocacionada para o corte em extracção, corte em transformação e corte em acabamentos. Fabricam ferramentas para corte de mármores e granitos, tais como lâminas para serrar blocos e pô-los em chapas e ainda discos para depois retalhar as chapas fazendo as medidas conforme a necessidade da sua utilização na construção civil. Trata-se de uma empresa exportadora, essencialmente para os mer- Página Exclusiva 66 cados da América do Sul e países europeus. Contudo, a sua exportação não ultrapassa os 35%, ou seja, o maior volume de negócio concentra-se ainda em Portugal. Os principais clientes são as pedreiras, no que toca à extracção, e ainda as indústrias transformadoras de rochas ornamentais. Carlos Coelho vê em Magreb um mercado desejável, especialmente em Marrocos, mas tem consciência de que não se trata de um mercado fácil de conseguir, devido principalmente aos preços e à concorrência. Dentro do país, a concorrência não é abundante, sendo apenas poucas empresas produtoras de ferramenta diamantada que competem com a Diapor. A principal ameaça vem de longe. São os chineses os maiores rivais, principalmente no que toca a ferramentas de uso manual. Mas é preciso muito para enfraquecer uma empresa como a Diapor, que possui um know-how tremendo, uma experiência vasta e clientes fieis. Para além disso, distinguem-se ainda em “dois produtos extremamente técnicos, as lâminas para serrar mármore e os multi-discos para corte de granito nas finas espessuras”. Foi aqui que a empresa concentrou o seu trabalho, logo no início da actividade, conseguindo um produto de alta qualidade e com preços extremamente competitivos. Consegue ser, ainda hoje, líder de mercado nesses dois sectores. Quanto à expansão da empresa, Carlos Miguel Coelho, filho do presidente do Conselho de Administração, tem uma opinião definida. Acredita que “é preciso crescer, mas de maneira a que nós, administração, consigamos manter o controlo. Quando a empresa cresce demais e começa a entregar várias áreas de produção a pessoas que não têm a experiência necessária, começa-se a perder o know-how e a qualidade. Por isso, crescer sim, mas de maneira sustentável e controlada”, conclui o vice-presidente. Portugal Inovador Explorar o mundo da pedra A Grampedra afirma-se como uma empresa de referência no sector da extracção, produção e acabamentos em vários tipos de pedra. A tecnologia que possui e os seus colaboradores especializados permitem fazer da Grampedra uma marca de confiança junto dos consumidores. Fundada em 1989, a Grampedra actua no ramo da extracção e transformação de pedra, possuindo pedreiras próprias de onde extraem granito amarelo e cinza talhadas, principal granito utilizado no processo de transformação. Para completar todo o processo, dispõem de grande diversidade de máquinas de corte que permitem trabalhar peças de várias dimensões. Esta aposta na tecnologia, juntamente com técnicos especializados e materiais de qualidade vai de encontro a soluções elegantes, duradouras e adequadas ao gosto do cliente. A produção da Grampedra centra-se em diversas áreas, desde cantarias diversas, cornijas, colunas, portais, revestimentos, ladrilhos, balcões, fogões de sala, capelas e jazigos. Além disto, existem na empresa canteiros capazes de esculpir pedra manualmente que permite a realização de cantarias e peças de elevado valor estético. Actualmente trabalham na Grampedra 30 funcionários directos e 10 indirectos. A produção da empresa destina-se se 60% para o mercado interno e 40% para o mercado externo (França, Suíça, Alemanha e Luxemburgo). “Considero essencial que os líderes políticos criem mecanismos na divulgação e implantação de um centro de negócios internacionais que possibilite a angariação de potenciais clientes, uma vez que por muito que lutem, as pequenas empresas têm uma dimensão demasiado pequena para se fazerem notar e demarcar no exterior”, salienta Pedro Oliveira, gerente da Grampedra. A trabalhar em parceria com a Grampedra está a Rem HomeStudio, empresa de Ricardo Oliveira e Márcia Costa. A Rem HomeStudio, sediada em Madrid, nasceu como uma resposta à necessidade do actual mercado imobiliário, partindo como uma ideia que visa auxiliar o proprietário na venda do seu imóvel, assessorando e cuidando do aspecto e da imagem deste para o comprador final. A assessoria de imagem de imóveis é feita através da realização de imagens 3D ou retoques de photoshop, criando novos ambientes com o objetivo de valorizar os espaços, agilizando a sua comercialização. Com um desenho inovador e pouco investimento por parte do cliente, a Rem HomeStudio procura revalorizar o imóvel, criando uma imagem moderna e atractiva com o design de interiores. Segundo Ricardo Oliveira, a parceria com a Grampedra tem sido uma mais-valia “porque, ao estarmos associados a uma empresa consolidada no mercado nacional, temos oportunidade de desenvolver trabalhos bastante diversos”. Página Exclusiva 67 Portugal Inovador Novos Caminhos para as Renováveis Rui Vieira de Castro, presidente de uma das mais antigas promotoras de energias renováveis em Portugal – a Enervento, SGPS, SA – acredita que, apesar do actual momento de indefinição no que toca às políticas para as energias renováveis, Portugal tem tudo para ser uma referência nesta área. Do Grupo fazem parte a Perform3, para a energia eólica, e a GooSun, para a energia fotovoltaica. A Perform3 é detentora do parque eólico mais antigo de Portugal. A sua presença no mercado, com largos anos, trouxe-lhe um knowhow na área das energias renováveis comparável a muito poucas empresas nacionais. O grupo mantém actualmente o seu corebusiness nas energias renováveis; depois de uma incursão pela área da biomassa, entretanto preterida, direcciona-se hoje apenas para a eólica e fotovoltaica. Actualmente, o grupo Enervento é detentor de um parque eólico com uma potência instalada de 14 Página Exclusiva 68 MW na Madeira, bem como duas licenças para dois novos parques em Montemor-o-Novo e Mirandela, com potências a instalar de 8 e 25 MW, respectivamente. Estão de momento a decorrer os estudos de incidências ambientais. Para além disso, a Enervento possui uma fábrica de painéis fotovoltaicos sediada em Santa Maria da Feira, a GooSun, que Rui Vieira de Castro admite estar a viver tempos difíceis. “Estamos numa situação complexa, provocada pelo aumento da concorrência vinda da China, que vende equipamentos a preços com os quais as empresas nacionais não podem competir. Vamos, por isso, procurar novos caminhos, novas áreas, aproveitando o know-how existente. Estamos certos que sobreviveremos à crise”, esclarece. O responsável entende que o trabalho começado na área das energias renováveis em Portugal está, de momento, em stand-by, e pouco ainda se sabe sobre qual será o rumo a seguir. “As perspectivas com o actual governo não são, naturalmente, boas. Temos acordos assinados até 2020, e não sabemos como vai ser o futuro. De momento, temos os dois parques para fazer mas, fora isso, não sabemos o que prever, porque as ideias do governo ainda não são conhecidas”, atenta. Apesar deste clima de indefinição, Rui Vieira de Castro acredita que “se não forem cortados os objectivos, o futuro é promissor”. Para o responsável, as energias renováveis “são algo em que podemos investir; temos mão-de-obra e técnicos qualificados. Graças ao que já se tem feito, já temos indústria e muitas empresas criadas em volta deste sector. Acredito que é possível aproveitar o conhecimento que já temos, desenvolver mais e melhor tecnologia, e ir mais longe”. Portugal Inovador Rolhas de Qualidade Superior Fundada em 1950, a Lima, Vanzeller & Leal, que se dedica ao fabrico de rolhas em cortiça, tem acompanhado a evolução do sector com a melhor maquinaria e rigorosos controlos de qualidade. A falta de união no sector é algo que preocupa os responsáveis da empresa. Há mais de 60 anos, em Lourosa, Santa Maria da Feira, nascia a Lima Vanzeller & Leal, pela mão dos sócios Arnaldo Lima Vanzeller e Manuel Leal. Entretanto, deu-se a retirada da família Lima Vanzeller da sociedade, e Alberto Leal, que já está na empresa há mais de 50 anos, juntamente com 4 irmãs, estando neste momento na sociedade Palmira e Aurora Leal, seguiram as pisadas do pai. Hoje, também a terceira geração já está presente na empresa, através de Nuno, Filipe e Micaela Leal. A exportação tornou-se um objectivo para a empresa logo na década de 70, tendo como principal destino países como Espanha, Alemanha e França, e alguns países do Leste europeu. Actualmente, 70% das rolhas fabricadas na Lima, Vanzeller & Leal são exportadas, sendo que, por ser um mercado que prefere uma qualidade superior, os Estados Unidos estão debaixo do radar da empresa. As rolhas aqui produzidas, divididas em várias classes, são de uma qualidade superior. “Ao comprarmos a matéria-prima já tentamos fazer uma boa selecção em termos de qualidade, e isso transparece, naturalmente, na própria rolha”, explica Nuno Leal. O acompanhamento da produção, feito pelo próprio ou pelo pai, ajuda também a garantir essa qualidade. E, para além disso, a Lima, Vanzeller & Leal dispõe também de um laboratório próprio onde é feito um controlo de qualidade diário da produção. A certificação de acordo com a norma ISO 9001 e pelo CIPR (Código Internacional das Práticas Rolheiras) é, para Nuno Leal, mais uma forma de garantir boas práticas dentro da empresa. “Permite-nos passar a mensagem aos nossos 50 colaboradores de que o produto implica uma série de cuidados e, no que toca aos clientes, ajuda a passar uma imagem de qualidade”. Relativamente ao futuro, a aquisição de novos equipamentos está nos planos da empresa, nomeadamente de uma máquina que vai permitir fazer o controlo de qualidade a qualquer momento do processo produtivo, e de outra que, por sua vez, está direccionada para a produção, em particular para a colmatagem, que vai permitir à empresa entrar em novos mercados e obrigar a um alargamento e reorganização das instalações. Em jeito de conclusão, Nuno Leal lamenta e apela contra a falta de união que se vive neste sector. “Para enfrentar o futuro, temos que ser mais unidos. Esse entrave faz com que percamos valor e credibilidade perante os clientes”, termina. Página Exclusiva 69 Portugal Inovador “Tempos difíceis exigem boas ideias” Elegante, confortável e distinta, assim poderemos definir a moda apresentada pela New Concept, uma marca de vestuário masculino que ostenta orgulhamente o “made in Portugal” como sinónimo de qualidade. Presente no mercado desde 1995, foi em 2006 que Agostinho Miguel e António Marques assumiram a liderança da marca e, numa época em a maioria das firmas portuguesas procura no exterior a solução para a crise, tomaram como prioritária a consolidação do projecto dentro de portas. Empresa A Reason é uma empresa de confecções direccionada para a vertente de camisaria de homem e senhora. Com um gabinete de design têxtil, sediado em Oliveira do Hospital, esta firma pensa, elabora e confecciona as colecções da New Concept. “Se grandes marcas internacionais produzem as suas colecções em Portugal, devido à qualidade do nosso trabalho, porque não haveremos nós de aproveitar esse reconhecimento associado a uma marca nacional?”, questiona António Marques, em conversa com a Portugal Inovador. Direccionada para um cliente de classe média/alta, a New Concept surgiu vocacionada para a confecção de vestuário e acessórios de homem, no entanto, recentemente, para atender às solicitações dos clientes entrou com sucesso no sector de vestuário feminino. Utilizando tecidos de alta qualidade, a diferenciação das colecções apresentadas prende-se com a atenção ao design, ao pormenor e à qualidade de mão-de-obra. Roupa à medida Com vista a atender às necessidades do seu público, a New Concept abre portas a um conceito de roupa à medida. “Nem todos os corpos se enquadram com as medidas standard que encontramos nas lojas, assim como nem todos se sentem agradados com Página Exclusiva 70 a ‘moda’ vigente, preferindo outras alternativas, por isso a nossa equipa proporciona esse poder de decisão ao nosso cliente”, refere Agostinho Miguel. Desta forma, todos os produtos da marca são personalizáveis, sendo possível ao consumidor final escolher o tecido, o modelo e até os pormenores da sua peça de vestuário. O projecto de criação de uma loja online vai permitir que qualquer pessoa, em qualquer parte do mundo, possa ter acesso ao seu “novo conceito” de roupa. Presente de Norte a Sul do país no comércio multimarcas, a New Concept dispõe também de quatro lojas em regime de franchasing (Fátima, Seia, Oliveira do Hospital, Oerias), uma rede de representações que se pretende venha a ser reforçada. Portugal Inovador Verde Tranquilizante Ficar hospedado no Paço de Pombeiro, em Felgueiras, é sinónimo de descanso, natureza e introspecção. Rodeada por uma paisagem verdejante, esta quinta de turismo de habitação cruza a história e a modernidade em três espaços distintos. A história do Paço de Pombeiro remonta a 1163, com a construção de uma Torre cuja traça primitiva subsiste até hoje. Em 1610, D. João de Mello Sampayo demoliu a Torre do Paço de Pombeiro de Riba Vizela até meio, para “com a pedra dela construir uma grande sala junto da dita Torre”, dando-lhe a configuração actual. É propriedade dos Barões de Pombeiro de Riba Vizela, D. Alexandra Vilhena dos Santos de Mello Sampayo e D. João de Lancastre de Mello Sampayo. A quinta recebe hóspedes desde 2009 e, para além da vertente de turismo de habitação, nos 11 ha de que dispõe há espaço para 5 ha de vinha, cujas uvas são vendidas à Cooperativa Agrícola de Felgueiras. De referir que o Paço de Pombeiro é, desde 2003, um Edifício de Interesse Municipal, estando neste momento em vias de classificação pelo IGESPAR, como Imóvel de Interesse Público. Quem chega ao Paço de Pombeiro é de imediato brindado por uma sensação de tranquilidade e de quietude. Os visitantes têm a possibilidade de escolher entre três espaços para a sua estadia – o Paço, que dispõe de três quartos, com mobiliário a remeter para o passado, uma sala de estar e uma sala de jantar; o Novo Edifício – exemplar de Arquitectura de Autor – com seis quartos de decoração moderna e minimalista e com vista para todo o verde que circunda a quinta; a Antiga Casa dos Caseiros, onde são servidos os pequenos-almoços e refeições ligeiras e que possui ainda um mezzanine com snooker, biblioteca e uma sala de estar e, ainda, um quarto familiar. Nos jardins circundantes está incrustada uma piscina, rodeada de relva. O Barão de Pombeiro é um homem de projectos e, ideias para o futuro não faltam. A criação de um museu, pessoal mas aberto à comunidade, permitindo ao público conhecer histórias pessoais, locais ou da agricultura tradicional, não tem data marcada, mas é algo que vagueia pela sua mente. Para além disso, pretende criar, ainda este ano, uma sessão de tertúlias abordando temas como História e/ou Literatura. Aproveitando o facto de o ano de 2013 ser o Ano da Ecologia, está também a ponderar a implementação de fontes de energia alternativas no Paço e na quinta. O Projecto Paço de Pombeiro – Turismo de Habitação só foi possível graças aos programas de apoio do Turismo de Portugal. Página Exclusiva 71 Portugal Inovador Na Rota do Vinho Verde Uma Cooperativa que defende os interesses dos seus associados, valorizando os seus interesses e ajudando-os a criar riqueza. Vinho Verde Foi a união de esforços de um grupo de agricultores que, em 1957, deu origem à Adega Cooperativa de Felgueiras. Em 1975, a absorção do grémio da lavoura, oriundo da Cooperativa Agrícola, permitiu a criação de uma estrutura polivalente que foi crescendo à medida das necessidades dos seus sócios. Hoje são inúmeras as secções que apoiam os associados: vitícola, frutícola; aprovisionamento; contabilidade e gestão; pecuária e de leite; organização dos produtores pecuários, protecção integrada e florestal. Com vista a perceber a dinâmica da Adega Cooperativa de Felgueiras, a revista Portugal Inovador esteve à conversa com Casimiro Alves, presidente da direcção: “O nosso objectivo é apoiar os agricultores, através da recolha das suas produções (vinho, fruta, leite e cereais) para posterior comercialização. Criámos uma área comercial com produtos que auxiliam o seu trabalho e prestamos ainda assistência, aconselhamento técnico e económico através do nosso gabinete de gestão, para além de organizarmos frequentes acPágina Exclusiva 72 ções de formação que valorizam a sua actividade profissional”. Apesar do amplo conjunto de actividades desenvolvidas, a produção e transformação de vinho mantém-se como a referência desta que é a segunda maior Adega da região dos vinhos verdes. Tendo vindo ao longo dos anos a consolidar a sua presença junto dos produtores, a Cooperativa mantém uma produção média de 5 milhões de litros, dos quais cerca de 50% são engarrafados para as suas marcas (Terras de Felgueiras). O Terras de Felgueiras é um vinho verde fresco, leve e aromático, produzido através das castas típicas da região – Loureiro, Alvarinho, Trajadura, Azal e Arinto. O vinho verde branco engarrafado representa a maioria da produção da Adega, estando pequenas percentagens associadas ao vinho verde tinto, ao vinho verde espadeiro (regional) e mais recentemente ao espumante verde branco. Segundo Casimiro Alves, “o vinho verde tem obtido uma crescente notoriedade tanto no mercado interno como no externo”. Em termos internacionais, os EUA apresentam-se como o maior cliente de vinhos da região, enquanto que o Brasil e Angola, assim como alguns mercados europeus (Luxemburgo, França e Alemanha), se mantêm estáveis. A Rússia surge, actualmente, como o mercado em maior expansão. Com vista à divulgação dos seus produtos, a Adega Cooperativa de Felgueiras participa em várias Feiras Internacionais do sector, assim como em provas de de- Portugal Inovador gustação, através do programa da Fenadegas - Federação Nacional das Adegas Cooperativas, de acções desenvolvidas pela Viniportugal ou pela Comissão de Viticultura. Actividade Frutícola A par do vinho, Felgueiras é um dos maiores concelhos produtores de kiwis, uma cultura que se tem apresentado bastante rentável para os produtores, com um nível de exportação a nível nacional que ronda os 50%. Prevendo o crescimento deste sector, a Cooperativa de Felgueiras está a encetar um projecto que prevê o alargamento do seu sistema de frio, o que permitirá duplicar a capacidade de armazenamento e laboração dos frutos. Saliente-se que das cerca de 1200 toneladas poduzidas por ano na Cooperativa, 90% da produção é destinada para a exportação. Consciente das exigências do mercado e da necessidade de alicerçar a marca Terras de Felgueiras, a direcção da Cooperativa promete trabalhar para aprimorar o seu trabalho de gestão, criando uma relação comercial mais eficiente na compra e venda de produtos. Todo este processo, acompanhado pela melhoria da imagem da marca, vai permitir à marca crescer e tornarse mais competitiva nos mercados internacionais. “Somos grandes, mas numa dimensão global temos uma produção reduzida. Precisamos de aumentar a nossa capacidade, concentrar a oferta de mais produtores, para sermos mais fortes e defendermos os interesses de todos”, termina Casimiro Alves. Página Exclusiva 73 Portugal Inovador Exportação para os 4 continentes A excelência no sector dos equipamentos de refrigeração e exposição. A laborar há 25 anos, a Frilixa orgulha-se de exportar os seus produtos para países nos quatro continentes do planeta. A empresa sediada na cidade da Lixa, no concelho de Felgueiras foi fundada por José Lopes Ribeiro de Magalhães em 1987, quando foi convidado por dois funcionários de uma empresa do género a investir no sector do fabrico de equipamentos para exposição e refrigeração comercial. Depois de alguma resistência no início e feito um estudo de mercado, José Lopes percebeu que havia espaço no sector para uma empresa do género e assim nasce a Frilixa sob a égide de dois pontos fundamentais: “Necessidade de diversificar as indústrias no concelho e criando mais empresas do sector no país avançando para a exportação”, afirma José Lopes. Página Exclusiva 74 Dedicando-se à concepção, produção e comercialização de todo o tipo de produtos de expositores refrigerados, tais como vitrinas, murais e balcões, começaram nos primeiros tempos da empresa a ser exportadas para França. A partir daqui, a empresa entra num ciclo favorável até à actualidade e hoje exporta cerca de 96% da sua produção para todo o mundo, com distribuidores de comercialização em vários países. No momento, o principal mercado da Frilixa passa, fundamentalmente, pelo continente europeu. A qualidade, fiabilidade e o design como um complemento apelativo são os factores que distinguem os mais de 100 modelos que a Frilixa produz. Só foi possível chegar a este patamar depois de “muito investimento em equipamentos modernos de fabrico, na formação superior dos quadros da empresa e na estreita relação existente com parceiros comerciais, potenciando assim o know-how da empresa”, salienta José Lopes. Outro dos grandes investimentos que favoreceu a empresa a nível internacional foi a certificação. “É uma maisvalia a certificação da empresa e dos seus produtos para obter mais credibilidade junto dos países para onde exportamos”, explica José Lopes. O empresário orgulha-se de estar aos comandos de uma das poucas empresas do país certificada por peritos norte americanos com as normas exclusivas dos Estados Unidos da América, “este investimento sempre foi pensado para gerar retorno, só assim as empresas portuguesas podem ter algum futuro”, afirma José Lopes. Actualmente, a Frilixa está presente nas melhores feiras da especialidade no estrangeiro, nomeadamente em Itália”. Num futuro próximo, José Lopes afirma que pretende expandir a Frilixa para novos mercados, apostando continuamente em novos produtos, na constante melhoria a nível do design. Também tem como objectivo a criação de uma nova unidade fabril para, desta forma, melhorar e simplificar todo o processo produtivo. Portugal Inovador Página Exclusiva 75 Portugal Inovador Página Exclusiva 76
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