Pour une nouvelle politique mondiale de l`agriculture et - Terre-net
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Pour une nouvelle politique mondiale de l`agriculture et - Terre-net
Pour une nouvelle politique mondiale de l’agriculture et de l’alimentation Por uma nova política mundial para a agricultura e a alimentação Un an après la crise alimentaire de 2008, n’oublions pas que la faim et la malnutrition touchent un homme sur six. N’oublions pas que la planète devra nourrir 9 milliards d'habitants en 2050. N’oublions pas que le changement climatique et les aléas économiques pèseront à l’avenir encore davantage sur le revenu des producteurs, en particulier les producteurs familiaux, et sur l'approvisionnement de nombreux pays, développés et en développement. N’oublions pas que l'insécurité alimentaire remet en cause nos modes de vie et l'indépendance de nos pays. La sécurité alimentaire est un bien public mondial. L’agriculture, en particulier l’agriculture familiale, est un secteur économique d’intérêt social. Nous savons que les choix d’hier ne pourront pas être les réponses de demain. C’est pourquoi au sommet mondial de la sécurité alimentaire, qui se tient à Rome, nous souhaitons poser les jalons d'une véritable politique publique mondiale de l'alimentation et de l'agriculture. Cette politique publique mondiale de l'alimentation et de l'agriculture passe par un retour de l'investissement dans l'agriculture, notamment dans l’agriculture familiale. La production mondiale devra croître de 70 % d'ici à 2050 pour répondre à la demande. Après des années de baisse, l'investissement agricole reprend. De nombreux pays, parmi lesquels la France et le Brésil se sont engagés à L’Aquila en juillet dernier à hauteur de 22 milliards de dollars sur trois ans. Mais réinvestir ne suffira pas. Ce nouvel engagement ne sera efficace que s’il est cohérent et coordonné. C'est précisément l'ambition du Partenariat Mondial pour l'Agriculture, la Sécurité Alimentaire et Um ano após a crise alimentar de 2008, não devemos esquecer que uma em cada seis pessoas sofre com a fome e com a desnutrição Não devemos esquecer que o planeta deverá alimentar nove bilhões de habitantes em 2050. Não devemos esquecer que as mudanças climáticas e os riscos econômicos pesarão ainda mais no futuro sobre a renda dos produtores, particularmente da agricultura familiar, e sobre o abastecimento em muitos países, desenvolvidos e em desenvolvimento. Não devemos esquecer que a insegurança alimentar põe em perigo a independência dos países e fragiliza os nossos modos de vida. A segurança alimentar é um bem publico mundial. A agricultura, em particular a agricultura familiar, é um setor econômico de interesse social. Sabemos também que as escolhas feitas no passado não poderão ser as respostas do futuro. É por isso que na cúpula mundial da segurança alimentar em Roma, queremos que a comunidade internacional estabeleça as balizas de uma verdadeira política pública mundial da alimentação e da agricultura. Para esta política pública mundial da alimentação e da agricultura tornar-se um êxito, precisamos dum re-investimento financeiro no setor da agricultura, particularmente na agricultura familiar. A produção global de alimentos deverá crescer 70% para poder abastecer o mundo inteiro em 2050. Após anos de baixa, o investimento agrícola retoma impulso. Diversos países, entre os quais o Brasil e a França, comprometeram-se em Áquila a investir 22 bilhões de dólares em três anos. Mas não basta reinvestir. Esse novo compromisso será eficaz apenas se for coerente e coordenado. Esta é exatamente la Nutrition, imaginé en 2008. Depuis un an, l’idée a progressé, et aujourd’hui, dans un forum universel des Nations Unies, le Sommet Mondial sur la Sécurité Alimentaire de Rome marque une étape décisive en adoptant ce Partenariat. Une assemblée mondiale de la sécurité alimentaire a été créée. Cette assemblée, le Comité de la Sécurité Alimentaire Mondiale reformé, réunira désormais dans une même enceinte les Etats, les organisations internationales des Nations unies et de Bretton Woods, les organisations professionnelles et de paysans, les entreprises et les ONG. Elle aura pour rôle de coordonner des positions aujourd’hui disparates. Elle aura aussi pour rôle la formulation de stratégies communes pour la sécurité alimentaire, y compris les aspects liés à l’économie, la finance, le commerce et l’environnement. Ainsi, elle veillera à la tenue des engagements et à la cohérence des autres forums internationaux. Pour éclairer ses décisions, nous avons également décidé de mettre en place un panel international d’experts. A l’instar du GIEC qui a tiré la sonnette d'alarme du changement climatique et a reçu le prix Nobel de la paix en 2007, ce panel doit apporter une nouvelle légitimité aux décisions qui devront être prises. A travers ces réformes, c’est la voix des pays les plus pauvres et de la société civile qui est renforcée et le multilatéralisme qui est consolidé. Et alors : est-ce assez ? Naturellement non. Si nous avons fait un pas en avant en matière de gouvernance, ce n’est que le début d’un long chemin. Nous voulons aller plus loin : nous proposons aujourd’hui qu’une feuille de route sur deux ans pour la sécurité alimentaire mondiale soit rapidement débattue et adoptée par le Comité de la Sécurité a ambição de uma Parceria Global para a Agricultura, a Segurança Alimentar e a Nutrição, idealizada em 2008. Depois de um ano, essa idéia progrediu e hoje, em um fórum universal das Nações Unidas, a Cúpula Mundial sobre Segurança Alimentar de Roma marca uma etapa adotando essa Parceria . Uma assembléia mundial da segurança alimentar foi criada. Essa assembléia, o Comitê da Segurança Alimentar Mundial (CSA)reformado, reunirá doravante num fórum único Estados, organizações internacionais das Nações Unidas e de Bretton Woods, organizações profissionais e de camponeses, empresas e ONGs. Terá como missão coordenar as posições que são diversas demais. Ele terá também como papel a formulação de estratégias comuns para a segurança alimentar, incluindo os aspectos ligados à economia, às finanças, ao comércio e ao meio ambiente. Deste modo, ele velará sobre o cumprimento dos compromissos e sobre a coerência dos demais fóruns internacionais. Decidimos também a criação dum grupo internacional de peritos para embasar as decisões do CSA. A exemplo do PIMC que deu o alarme para a comunidade internacional sobre as mudanças climáticas e recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2007, esse grupo dará uma nova legitimidade às decisões a serem tomadas. Por meio dessas reformas, é a voz dos países mais pobres e da sociedade civil que é fortalecida, e também o multilateralismo que é consolidado. E então? Isso basta? Com certeza, não. Já foi dado um passo no que diz respeito à governança, mas estamos apenas ao inicio dum longo caminho. Queremos ir ainda mais longe: propomos hoje que um programa de trabalho de dois anos para a segurança alimentar mundial seja rapidamente discutido e aprovado pelo Alimentaire Mondiale réformé. Comitê de Segurança Alimentar Mundial reformado. Cette feuille de route devra être partagée par l’ensemble des acteurs. Elle devra consolider les visions prospectives pour une alimentation durable, suffisante et saine à l’horizon 2050 et donner l’impulsion à des revues conjointes des politiques de sécurité alimentaire, notamment avec un objectif d’intégration des actions aux niveaux national et régional. Elle devra prévoir des recommandations pour améliorer l’efficacité et la coordination de l’aide. Elle devra aussi aider à mettre en œuvre les cinq Principes de Rome que nous adoptons à l’occasion de ce sommet : 1la responsabilité première des Etats ; 2la coordination ; 3- l’approche intégrée de la sécurité alimentaire ; 4- le renforcement du multilatéralisme et 5les engagements financiers fermes et stables. Esse programa de trabalho deverá ser compartilhado por todos os atores. Deverá consolidar, com vistas a 2050, as visões para uma alimentação sustentável, suficiente e saudável, e dar um impulso para fazer revisões conjuntas das políticas ligadas à segurança alimentar, particularmente com o objetivo de favorecer a integração de ações em nível nacional e regional. Deverá prever recomendações para melhorar a eficácia e a coordenação do apoio financeiro. Ela deverá também contribuir para implementar os cinco Princípios de Roma que adotamos nesta Cúpula: 1) liderança e responsabilidade nacionais; 2) coordenação; 3) atuação abrangente em segurança alimentar; 4) reforço do multilateralismo; e 5) compromissos financeiros firmes e estáveis. Nous proposons aussi que la feuille de route traite sans attendre de trois questions cruciales. Premièrement la volatilité et l’insécurité des prix agricoles sur les marchés mondiaux : il faut en analyser les ressorts et trouver des solutions, y compris par de nouvelles régulations, pour y remédier et en limiter les effets, en particulier pour les agriculteurs familiaux qui sont les plus exposés. Deuxièmement, l’importance du développement rural, y compris l'adoption de politiques intégrées d'appui à l’agriculture familiale et à la sécurité alimentaire dans les pays en développement, la réforme agraire et la gestion du foncier agricole pour faire face aux risques de prédation et de spéculation. Enfin, le changement climatique, qui fait l’objet d’une position commune de la France et du Brésil présentée à Paris le 14 novembre par les Présidents de nos deux pays : à la suite de Copenhague, un nouvel effort commun, notamment en matière de recherche et d'échanges de savoirs, devra Também propomos que o plano de trabalho preveja sem demora o trabalho sobre três assuntos cruciais. Em primeiro lugar, a volatilidade dos preços dos alimentos nos mercados mundiais: devemos analisar as causas dessa volatilidade, e encontrar soluções, incluindo usando novos tipos de regulação, para remediar o problema e limitar os seus efeitos, particularmente sobre os agricultores familiares que são os mais expostos. Em segundo lugar, a importância do desenvolvimento rural, incluindo a adoção de políticas integradas de apoio à agricultura familiar e à segurança alimentar em países em desenvolvimento, a reforma agrária e a gestão do espaço fundiário agrícola para fazer frente aos riscos da especulação e do investimento predatório. Por último, as mudanças climáticas, tema que foi objeto de posição comum do Brasil e da França anunciada em Paris em 14 de novembro pelos Presidentes dos dois países: a partir da Cúpula de Copenhagen, teremos que être consacré à l’adaptation et à l’atténuation du changement climatique en matière agricole. Nous voulons que la sécurité alimentaire sorte renforcée des négociations en matière de commerce et des réformes des institutions internationales en cours, notamment celles de la FAO, du système financier international et des instances internationales de recherche. En appui à l’Alliance pour le changement lancée par les Présidents Luis Inacio Lula da Silva et Nicolas Sarkozy en juillet dernier pour une meilleure gouvernance mondiale, le Brésil et la France vont renforcer leur coopération bilatérale sur tous ces thèmes. Nous savons que la sécurité alimentaire n'est pas un droit acquis. Nous avons la conviction que l'agriculture, en particulier l’agriculture familiale, est un choix stratégique et que la démocratisation de l’accès à la terre est cruciale. Une nouvelle politique alimentaire et agricole mondiale est possible. Ensemble, la France et le Brésil s’engagent à travailler avec la communauté internationale pour en faire une réalité. dedicar um novo esforço coletivo à adaptação e à atenuação das mudanças climáticas, principalmente no que diz respeito à pesquisa e ao intercâmbio de conhecimento. Queremos que a segurança alimentar saia fortalecida das negociações comerciais e das reformas atuais das instituições internacionais, particularmente da FAO, do sistema financeiro internacional e dos fóruns internacionais de pesquisa. Em apoio à Aliança para a mudança lançada pelos Presidentes Luis Inácio Lula da Silva e Nicolas Sarkozy por uma melhor governança mundial, o Brasil e a França vão reforçar a cooperação bilateral nesses assuntos. Sabemos que a segurança alimentar não é um direito já conquistado. Temos consciência de que a agricultura, em particular a agricultura familiar, é uma escolha estratégica e que a democratização do acesso à terra é crucial. Uma nova política alimentar e agrícola mundial é possível. Juntos, a França e o Brasil se comprometem a trabalhar com a comunidade internacional para torná-la uma realidade.