CIGA-Informando 38 - Ciga-Brasil

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CIGA-Informando 38 - Ciga-Brasil
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ANO 8 - NÚMERO 38 - JANEIRO 2006 - TIRAGEM: 1500 EXEMPLARES
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Foto: Rubens Zischler
Se as coisas são inatingíveis... ora! Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora a mágica presença das estrelas!
Mário Quintana
Caros amigos,
FELIZ ANO NOVO!
Desejamos que todos tenham passado
ótimos momentos no final de 2005 e estejam
prontos para encarar 2006 como um ano de
oportunidades, de sonhos, de tentar atingir
o que não foi possível no ano passado. É
bom pensar que são os sonhos, a busca
daquilo que ainda não alcançamos que nos
impulsiona para a frente e não nos deixa
desanimar diante das dificuldades.
Nós queremos começar este ano a todo
vapor e já programamos para o início de
fevereiro uma Noite de Cinema com o filme
«2 filhos de Francisco», que conta a história
da dupla Zezé de Camargo e Luciano. Veja os
detalhes na Agenda (Página 19). Logo
depois seguem outras programações, organizadas por diversos grupos. Imperdível é o
concerto da Orquestra Acadêmica de Basel
(AOB), que traz como solistas o grupo Cello
a quatro (folheto rosa junto com esta
edição). No programa uma obra original do
músico e compositor brasileiro Frederico
Zimmermann Aranha, composta especialmente para este concerto, a pedido da
Orquestra. Veja mais sobre o compositor e o
concerto na página 10.
E, claro, não deixem de participar do carnaval organizado pela amiga Clarice dos
Santos, em prol da Creche Montalegre
(informações na página 5). Para quem está
na região de Zurique e gosta de um cineminha, o CEBRAC está lançando, a partir do
dia 21 de janeiro, sessões de cinema todo
último sábado do mês. O programa até abril
está na página 12.
Entre um evento e outro, certamente vai
sobrar um tempinho para ler esta edição,
que traz alguns temas diferentes. Para
começar, trazemos uma matéria especial
sobre algumas igrejas cristãs brasileiras que
atuam na Suíça e dão o Continua página 3 ➙
CIGA-Informando Ano 8 - N° 38 - Janeiro 2006
Ano 8 - N° 38 - Janeiro 2006 CIGA-Informando
➙ Continuação da página 1 apoio espiritual à
comunidade dos brasileiros que vive no país.
Mais do que locais religiosos, os grupos funcionam como um ponto de encontro e troca
de experiências entre os participantes, aliviando a saudade que às vezes bate no
coração.
gaveta, aproveite a oportunidade e inscrevase no IV Concurso Literário Brasileiro de
«Contos, Crônicas e Poesias», promovido
pela Associação Raízes, de Genebra. Mais
informações sobre o concurso você encontra
na página 9.
Nosso Cantinho das Crianças, que entrou
em seu quarto ano de funcionamento, também deixou seu recado nesta edição, convidando novas crianças a se juntar ao grupo.
Quem quiser conhecer esse trabalho do
CIGA-Brasil pode fazer uma visita sem compromisso e ver como funciona. O Cantinho
está aberto todas as terças e quintas-feiras,
das 14 às 17 horas, na Pfarrei Clara, Lindenberg 8, 2. andar, em Basel, próximo à Wettsteinplatz.
Abordamos também a questão do reconhecimento e equivalência de diplomas brasileiros na Suíça, uma batalha travada por
muitos profissionais que tentam conseguir
trabalho por aqui. Como muitas coisas na
Suíça, também a análise e atribuição da
equivalência dos diplomas é setorizada e é
importante saber onde recorrer.
Langstr. 21 1°andar 8004 Zürich, Tel. 044 241 44 88, Fax 044 241 44 89
Sperrstr. 5, 4057 Basel, Tel. 061 683 73 33, Fax 061 683 73 34
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«Chegai-vos a Deus e Ele chegará a vós» (Tiago 4:8)
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Venha às terças-feiras e juntos vamos orar a Deus por você.
Jesus Cristo de Nazaré tem a solução para seus problemas.
Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente, sereis livres. (João 8:36)
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Contatos:
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No Brasil: Assembléia de Deus de Ribeirão Preto
Pastor presidente A.S.Santana, (+55) 16 636 95 91
Para relembrar alguns acontecimentos
marcantes de 2005 publicamos uma pequena
retrospectiva elaborada pela Central MJELÊ
de Comunicação.
Esperamos que vocês gostem da leitura e
tenham um ótimo início de ano! Quando
quiserem mandar sugestões, não se acanhem. Vamos nos alegrar em recebê-las.
Abrimos ainda espaço para uma jovem
leitora, que nos enviou um texto sobre um
encontro especial. Se você também gosta de
escrever e tem alguns textos guardados na
Até a noite de cinema!
Equipes do CIGA-Brasil
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CIGA-Informando Ano 8 - N° 38 - Janeiro 2006
Ano 8 - N° 38 - Janeiro 2006 CIGA-Informando
Retrospectiva 2005
Retrospectiva
2005
Retrospectiva
2005
RELIGIÃO Morreu João Paulo 2º. Ele visitou 129 países,
fez campanha contra a Guerra Fria, aproximou sua igreja de
outras religiões e culturas, desculpou-se pela inquisição,
defendeu as liberdades individuais, mas condenou o uso de
preservativos numa época que viu surgir a Aids. Ele era o líder
espiritual de mais de 1,1 bilhão de católicos ao redor do
mundo. Era a figura mais conhecida do mundo e seu funeral
levou mais de 1 milhão de fiéis ao Vaticano.
Após dois dias de reunião, o conclave escolheu o cardeal
alemão Joseph Ratzinger, de 78 anos, para ser o novo papa,
que adotou o nome de Bento 16. Imediatamente surgiram
histórias de que o novo sumo pontífice fora um soldado
nazista. O fato foi logo esclarecido: o jovem Ratzinger fora
obrigado a servir obrigatoriamente as forças armadas alemãs
na juventude.
CLIMA GLOBAL Furacões atingiram o Oceano Atlântico,
entrando para a história como a mais ativa temporada desde
o início dos registros, em 1851. Os EUA foi o país mais atingido, «sofrendo» como os vizinhos do Terceiro Mundo. Os meteorologistas já avisam que o ano de 2006 pode ser tão ruim
quanto 2005.
INTERNET 55% dos brasileiros não têm computador e
68% nunca teve acesso à Internet, enquanto apenas 16,6%
possui um computador em casa e somente 13,8% usa o computador diariamente.
SAÚDE O Brasil perdeu a posição de maior exportador
mundial de carne e o prejuízo de 2005 pode chegar a US$ 1,7
bilhão em perda de exportações, valor calculado pelo próprio
Ministério da Agricultura. Os focos de febre aftosa vêm crescendo também e além de se espalhar por outros municípios do
Mato Grosso do Sul, onde já foram sacrificadas mais de 5 mil
cabeças, surgiram suspeitas de focos também no Paraná. Já a
gripe aviária assusta o mundo. O grande medo é que o vírus
conhecido como H5N1, que por enquanto só pode ser transmitido das aves contaminadas para os seres humanos, sofra
mutações e passe a se propagar de pessoa para pessoa. Se
isso acontecer, há previsões de que o vírus se espalhará muito
rapidamente entre a população mundial, transformando-se
numa pandemia pior do que a Gripe Espanhola.
GUERRAS E ATENTADOS O número de ataques terroristas ocorridos em 2005 quebrou todos os recordes.
ISRAEL Todo mundo sabe que Israel está todos os dias
no noticiário, mas um dos fatos mais importantes ocorridos
em 2005 foi a retirada de judeus da Faixa de Gaza.
Central MJELÊ de Comunicação: (www.mjele.com.br)
O CIGA-Brasil é uma
associação sem fins
lucrativos, sem vinculação
política ou religiosa, que visa
dar apoio aos brasileiros.
ESCRITÓRIO DE
TRADUÇÕES BABEL
Tradução, redação e correção de textos
em Português, Francês, Alemão, Espanhol
e Italiano.
Traduções de documentos para casamento,
divórcio, adoções, contratos e outros.
Tradução de diplomas.
Formas de Atuação:
Serviço de Informação e Aconselhamento
Contato: Dra. Lúcia da Cunha Messina
Atendimento por telefone e com hora
marcada: (061) 273 83 05.
Sempre às quintas e sextas-feiras,
das 9 às 12 horas e das 14 às 18 horas.
Ponto de Encontro: Atividades mensais.
Cantinho das Crianças: Atividades para
crianças de 2 a 5 anos, todas as terças
e quintas-feiras, das 14 às 17h.
Homologação de divórcio junto ao
Supremo Tribunal Federal em Brasília.
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para homologação de sentença estrangeira.
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Tradutora e intérprete reconhecida.
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Para contribuir com o CIGA-Brasil
envie-nos seu endereço e deposite a
anuidade de CHF. 30,- na Conta Corrente:
16 1.108.616.07 – 769
(BL Kantonalbank – Ag. Liestal)
Cantinho das Crianças procura novos amiguinhos
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português e alemão.
Contatos para shows e festas particulares.
Mais do que um local de brincadeira, o Cantinho das
Crianças já provou que pode funcionar como uma pequena comunidade, onde as crianças aprendem regras básicas de convivência e respeito ao outro, que certamente
levarão consigo pelo resto da vida. No convívio com outras crianças, os pequenos vão crescendo e aprendendo
uns com os outros, brincando, brigando (isso também faz
parte) e fazendo as pazes de novo.
Com a saída de alguns amiguinhos que foram para a
escola temos agora de novo espaço para novas crianças
que queiram participar. Venha com seu filho ou sua filha
fazer uma visita e, se gostar, é só ficar.
Se você tem filhos entre 2 e 5 anos e gostaria que
eles convivessem num ambiente brasileiro, com outras crianças que também falam português, venha conhecer o
nosso Cantinho das Crianças.
Nós estamos juntos todas terças e quintas-feiras, das
14 às 17 horas e vamos ficar felizes em receber novos
amiguinhos.
Desde outubro de 2002 o CIGA-Brasil mantém esse
espaço infantil, com o apoio dos governos de Basel Stadt
e Baselland e o retorno até agora é muito positivo. Muitas
crianças já conviveram conosco nesse período. Muitos
vêm nos visitar de vez em quando, para matar a saudade.
Nas tardes de Cantinho as crianças desenvolvem
atividades manuais, educativas e brincadeiras, em português, enquanto as mães podem fazer outras coisas. As
histórias contadas pela tia Isabel são uma sensação e não
dá para esquecer das músicas e danças, que fazem o
corpo remexer. É claro que também não falta um lanchinho para repor as energias.
A idéia é oferecer um espaço para o convívio infantil
em língua portuguesa, num ambiente descontraído,
aconchegante e de diversão. Trabalhamos não apenas
com crianças brasileiras. Também podem participar crianças de outras origens que falem o português. E para os
pequenos, que ainda falam pouco, é uma oportunidade de
enriquecer a linguagem.
Paulo Colares: (0049) 761 60855 ou
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junto ao Superior Tribunal de justiçia, consultoria
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próximo à Wettsteinplatz, Lindenberg 8, Basel
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As crianças que ficam conosco duas vezes por semana,
das 14 às 17 horas, pagam CHF 95,- por mês. As que ficam
no Cantinho apenas uma vez por semana, pagam CHF
70,- por mês, e as crianças que vêm apenas de vez em
quando, pagam CHF 20,- por tarde.
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CIGA-Informando Ano 8 - N° 38 - Janeiro 2006
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CIGA-Informando é uma publicação
bimensal do CIGA-Brasil.
Tiragem: 1500 exemplares
Redação e edição: Irene Zwetsch
Fotos: Rubens Zischler
Layout & Realização:
Wilber’s Grafik & Druck Services, www.wilber.ch
Contato com a redação:
CIGA-Brasil
Binningerstrasse 19
4103 Bottmingen
Tel/Fax: (061) 423 03 47/46
E-mail: [email protected]
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Colaboradores desta edição: Central MJELÊ de
Comunicação, Deborah Biermann, Eber Ferrer, Ivana
Bentes, Marcelo Madeira, Priscilla Rodrigues Steiner,
Rui Martins.
O fechamento redacional da próxima
edição será no dia 20 de fevereiro.
Até esta data todos os textos e anúncios
devem chegar às nossas mãos
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CIGA-Informando Ano 8 - N° 38 - Janeiro 2006
Ano 8 - N° 38 - Janeiro 2006 CIGA-Informando
Um encontro emocionante
também que não tinha pai e que sua mãe trabalhava o dia inteiro. Eu lhe ofereci uma
tapioca e o que ele escolhesse para beber.
Quando eu lhe dei o cardápio, para o meu
espanto, ele me pediu que eu o lesse.
Perguntei quantos anos ele tinha e ele me
respondeu: nove anos. Pensei...como seria
possível uma criança que freqüenta a escola
há três anos e não sabe ler? Eu não sabia o
que dizer, mas acabei lendo o cardápio. Ele,
contente, escolheu a bebida e se levantou da
mesa, eu o segui com o olhar.
Há tantas coisas neste mundo que podem
mudar a vida ou a maneira de pensar de uma
pessoa. Um encontro, uma foto, um lugar, um
livro ou até mesmo uma canção podem levar
um indivíduo a perceber as coisas por um
outro ângulo. Eu vou lhes contar como aconteceu um encontro que tive no Brasil durante
minhas férias de verão do ano passado.
Era uma tarde quente. Eu estava com
minha família, meus pais, minha irmã e meu
irmão, num carro que havíamos alugado por
uma semana. Estávamos a caminho de
Fortaleza que fica a uns 60 Km de nossa
pequena cidade. No meio do caminho decidimos tomar um café.
Um outro carro havia chegado. Um casal
desce e o menino se aproxima. Eu não escutava o que eles diziam, mas vi José fitar o moço
com grandes olhos doces e cheios de esperança. O homem, por sua vez, o olha e de sua
carteira saca algumas moedas. José, todo
sorridente, vem em minha direção. E então
compreendi. Jose ia à escola de manhã e a
tarde vinha aqui pedir esmolas. Nesse exato
momento, a moça do balcão lhe trouxe uma
bebida e a Tapioca.
O lugar onde paramos era bonito e muito
agradável. Havia um telhado, duas paredes,
um forno a lenha e algumas mesas com
cadeiras, sem esquecer a televisão. Mamãe,
como de costume, tomou a dianteira e fez os
pedidos: café e tapioca.
Enquanto minha família comia, bebia e
ria, saí a procura do banheiro. Nesse instante,
eu encontrei um garoto de cabelos claros e
olhos castanhos. Ele era pequeno e devia ter
uns oito anos. Vestia um calção, uma camiseta,
muito grande para o seu tamanho, e não tinha
sapatos. Trazia nas mãos um coco aberto que
ele mastigava vagarosamente. Olhei para ele
com mais atenção e ele me encarou. Então,
perguntei se ele podia me indicar o banheiro
e ele, imediatamente, o fez. Segui sua indicação e quando voltei o encontrei sentado
sobre uma pedra. Sentei-me ao seu lado e perguntei o seu nome. Ele me respondeu: José. Eu
sou uma pessoa que logo se esquece de
nomes. Não tenho uma boa memória, mas o
nome daquele menino eu nunca mais esqueci.
O menino se senta e come com voracidade. Estava com fome. Eu o olhava e refletia...Que vida levava aquele menino? Qual
seria o seu futuro? Seu destino? O que ele
fará quando não tiver mais esses olhos doces
e esse porte assim pequenino? Como ganhará
a vida quando ele será grande e musculoso?
Eu começava a sentir meu coração se retrair. A
tristeza tomava conta de mim e meus olhos se
umedeciam. De repente me dei conta que o
menino mesmo comendo não parava de me
lançar um olhar maroto. Por um segundo tive
vontade de chorar, mas resisti. José então me
pergunta de onde eu venho. Eu lhe expliquei
que meu país ficava muito longe e que fazia
muito frio. Disse ainda que para chegar ao
meu país era preciso um avião e que lá as pessoas falavam uma língua estranha.
Conversamos durante um longo tempo
(quase meia hora, eu acho). Ele me explicou
que só ia a escola na parte da manhã, por isso
se encontrava ali naquela tarde. Contou-me
Nesse mesmo instante chega a minha irmã
dizendo que estávamos de partida. Eu o abra8
cei, me despedi e saí com minha irmã. Ao
entrarmos no carro, meu pai dá a partida no
motor e o menino do lado de fora bate no
vidro da janela. Abri a porta do Fiat e contemplei o pequenino sem dizer uma palavra.
Ele, por sua vez, cravou seus olhos tristes em
mim e depois de um breve silêncio me perguntou quando eu voltaria. Meu coração se
despedaçou. Como explicar que a gente não
se veria nunca mais? Disse-lhe que talvez
voltaria no ano que vem. Ele me abriu um
sorriso e se foi caminhando pela estrada, eu
me derramei em lágrimas. Nunca esquecerei
seus grandes olhos cheios de esperança e
inocência.
Este encontro inesperado realmente me
emocionou. São encontros assim, breves e
repentinos que nos mexem e deixam marcas
por toda a vida. Eu poderia mesmo me perguntar se esse encontro foi obra do acaso, do
destino ou simplesmente uma experiência dos
caminhos cruzados entre uma criança de rua e
uma adolescente crescida num outro continente. Mas isso é difícil de saber...
(Priscilla Rodrigues Steiner)
IV Concurso Literário Brasileiro de
«Contos, Crônicas e Poesias» em
Genebra Por Marcelo Candido Madeira
O Grupo Raízes mais uma vez está de
parabéns ao promover nossa tão querida língua portuguesa. Em 2006 terá lugar a
Quarta Edição do Concurso Literário Brasileiro de «Contos, Crônicas e Poesias» em
Genebra, organizado e idealizado por Ignez
Cidade-Agra, também responsável pela
Biblioraízes (Grupo da Biblioteca da Associação Raízes).
vez mais, bem como a quantidade e a qualidade dos trabalhos concorridos. No ano de
2005, o concurso teve concorrentes inscritos
da Alemanha, Inglaterra, Irlanda e de vários
cantões suíços.
Neste ano não será diferente. Aos que já
compareceram ao evento permanece o sabor
de um Brasil que desvenda o próprio Brasil e
aos que ainda não foram resta o consolo de
saber que para 2006 o Comitê Biblioraízes
estará mais motivado do que nunca.
Parabéns à Associação Raízes. Temos certeza
que o IV Concurso de Contos, Crônicas e
Poesias será mais um gol de letra!
Poderão participar do concurso todo(a)s
brasileiro(a)s de qualquer idade residentes
na Europa com a comprovação da nacionalidade brasileira. Os trabalhos deverão ser
entregues até o dia três (03) de abril de 2006.
A entrega dos prêmios será acompanhada de
um coquetel promovido pela própria associação Raízes na Salle de Lecture da Bibliothèque de la Cité em Genebra. Aos vencedores do concurso serão ofertados como prêmio obras literárias.
Mais informações:
Biblioteca Raízes Telefone: 022 321 00 40
da Associação Raízes (deixar recado)
E-mail: [email protected]
Ignez Agra: 022 349 70 74
(deixar recado c/ e-mail para comunicação)
Veja o noso site: www.raizes.ch
Segundo Ignez, o número de pessoas
interessadas pelo concurso tem crescido cada
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CIGA-Informando Ano 8 - N° 38 - Janeiro 2006
Ano 8 - N° 38 - Janeiro 2006 CIGA-Informando
DE B ASEL TOCA
COMPOSIÇÃO BRASILEIRA
O RQUESTRA
Em seu próximo concerto, no dia 11 de fevereiro, a Orquestra de Basel
(www.aob.ch) tocará uma
obra inédita do músico e
compositor brasileiro Frederico Zimmermann Aranha. Isso não aconteceu
por acaso. Como a Orquestra queria o grupo
Cello a Quatro (quarteto
de violoncelos) como
solista no concerto e não
existia composição original Apresentação da AOB
escrita para orquestra e 4
violoncelos, Monica Correa, violoncelista
brasileira que toca no grupo, sugeriu pedir ao
amigo Frederico que escrevesse algo. O maestro
Raphael Immoos gostou da idéia e num «piscar de
olhos» a composição estava pronta.
Foto: Arquivo
parte de uma humanidade
que permitiu que o maior
gênio musical de todos os
tempos tenha sido enterrado como indigente.
3º) Forró Em Basel baião típico, conforme
surgiu nos bailes «for all»
do Nordeste brasileiro em
meados do século passado,
onde se fundiram coisas
do jazz com nosso folclore. Foi escrito no modo
mixolídio e pensado para
que as quatro cellistas possam mostrar suas qualidades virtuosísticas. Para o compositor esse não é
o movimento mais difícil de ser executado, mas
com certeza é aquele que talvez causará melhor
impressão na audiência.
O Concerto para Quarteto de Violoncelos e
Orquestra Sinfônica foi escrito na arquitetura
convencional dos concertos clássicos (Allegro,
Adagio, Rondó) porém usando idiomas diferentes
e procurando principalmente mostrar a influência
da cultura musical germânica sobre a brasileira. A
construção do concerto partiu de um tema escrito
há quatro ou cinco anos (o Réquiem Para
Amadeus), que até hoje não fora mostrado a
ninguém. Esse tema é o mesmo usado nos três
movimentos. Segundo o compositor, sua preocupação principal foi «simplesmente fazer os
ouvintes gostarem de ouvir e os músicos sentirem
prazer de tocar». E o concerto ficou assim:
O compositor afirma que escreveu esse concerto pensando antes de tudo que «não adianta
nada um brasileiro escrever uma peça assim tentando fazer aquilo que os europeus, particularmente os germânicos, já fazem e fizeram insuperavelmente na História da Música. Então resolvi
ser mesmo o que eu sou: um compositor erudito
(mas que também viveu anos fazendo música
popular e jazz) bra-si-lei-ro. Me preocupei o
tempo todo em tentar fazer uma coisa que fosse
ouvida com prazer por um público qualquer mas
principalmente por europeus».
Frederico Zimmermann Aranha fala sobre si
Logo que eu nasci minha mãe percebeu que
eu tinha mãos de cirurgião, mas meu pai achou
que eu tinha olhos de oftalmologista. Já os meus
tios achavam que eu tinha orelhas de otorrino,
joelhos de ortopedista ou barriga de gastroenterologista. Só minha madrinha discordava de tudo:
era óbvio que eu respirava como um pneumologista. Daí que, embora nunca ninguém tivesse
dito que eu devia ser médico, fui sempre estudando na direção da área médica.
1º) Samba de Doze Notas Só - com rítmica
afro-brasileira e melodia em contraponto serial
total cromático, segundo a técnica de Ernst
Krénèk; o título é uma brincadeira com o «Samba
de Uma Nota Só», de Antonio Carlos Jobim;
2º) Quarteto e Réquiem Para Amadeus começa com um prelúdio só com o quarteto de
cellos e emenda com um réquiem onde o compositor expõe sua tristeza e seu lamento por fazer
10
Meu pai era escrevente de cartório e violinista
amador. Tocava um pouco desafinado, pois quase
não tinha tempo de pegar no instrumento.
Trabalhava feito um mouro para pagar um bom
colégio aos filhos. Minha mãe cantava bem e, embora tivesse chegado ao nível universitário antes de
casar, escolheu a mais difícil e mal remunerada de
todas as profissões jamais inventadas: mãe.
Chevrolet 1989, mas é também por isso que tenho
gasto intensamente a minha vida fazendo só o que
me dá prazer e sobrevivendo somente da minha
profissão.
Nunca fui violonista clássico, embora tenha
estudado as técnicas espanholas. Toquei muito
jazz, tive bandas de blues, muita bossa nova, tangos e boleros. Toquei em rádio, TV, teatro, boate,
cabaret, circo, bordel, praça pública. Fiz de tudo,
mas sempre fui, basicamente, arranjador e compositor. Odeio reger. Tendo tocado durante quase
30 anos, hoje tenho uma enorme preguiça de
pegar o violão. Gasta-se muito tempo e trabalho
para estudar o suficiente, e eu sempre acabo largando o instrumento para pegar a caneta.
Ao chegar no vestibular de Medicina eu já
tocava um pouquinho de piano e tinha descoberto que violão era quase tão bom quanto sexo, com
uma vantagem muito importante: o violão nunca
tinha dor de cabeça e nunca reclamava de nada.
Como eu não tinha o menor ânimo para estudar
Física, Biologia e as outras matérias do exame,
acabei entrando na minha 7ª opção da lista de faculdades: Medicina Veterinária. Tentei durante
um ano, o suficiente para descobrir que eu adorava bichos, só que no Jardim Zoológico e no
Geographic Channel. Fui um aluno medíocre, mas
em compensação meu violão melhorou muito nesse
ano.
Nunca toquei fora do Brasil. Meu único professor renomado foi mesmo Koellreutter.
Estudava com ele 1 ano, ficávamos de mal por 1
ano, depois fazíamos as pazes, e assim durante
mais de 12 anos, ou seja: sou o típico autodidata.
Fiz com ele e minha mulher, Maria Emília, concertista de piano, uma série de 12 programas na
Rádio Cultura FM -- «Ouvido e Consciência»,
coisa de Primeiro Mundo.
Minha irmã cursava Advocacia e meu irmão
Engenharia, ambos na USP. Depois de todos os
anos de enorme sacrifício dos meus Velhos, como
é que eu ia chegar para eles e dizer que ia ser músico de jazz? Bem: fiz novo vestibular e entrei na
Faculdade de Medicina (humana, dessa vez) em
Botucatu. Após 22 dias de aula, me ocorreu que
viver no mínimo 6 anos numa província seria
impossível, eu morreria de tédio muito antes
disso. E agora? Fiz novo vestibular e fui estudar
História, também na USP. Além de gostar das
matérias, eu tinha tempo de sobra para continuar
tocando nos barzinhos, compor minhas canções,
estudar harmonia, namorar bastante e, principalmente, lutar contra a ditadura fascista que tivemos
entre 1964 e 1982.
Tive duas indicações para o Prêmio Sharp
(que é somente brasileiro) como melhor arranjador. Na Europa, apenas o Trio Basso Köln e o
quarteto Cello a Quatro tocaram coisas minhas.
Nos Estados Unidos dois violonistas tocaram
minhas peças, em Boston e Nova York. Ou seja:
99% de todas as minhas composições, em 43 anos
como músico profissional, são inéditas, inclusive
dois concertos para piano, um para cello e flauta,
um para cravo, um para duo de violões e um para
maestro. De tudo que fiz, a invenção de um novo
contraponto (apotonal) é o que julgo mais importante do ponto de vista teórico.
E virei músico, num país em que essa profissão vem logo abaixo de lavador de latrinas, ao
menos para quem seja rigorosamente honesto em
seu compromisso existencial com a Arte. E eu já
sabia, quando saí da faculdade, que não poderia
ser feliz fazendo qualquer outra coisa que não
fosse Música. Mais: só faço aquilo que eu quero,
quando quero, como quero, onde quero e porque
quero; em resumo, só faço música porque amo a
música. É por isso que meu automóvel é um velho
Hoje moro numa linda cidade praieira e só
dou aulas de violão para crianças. Tenho um curso
pronto de História da Música, com milhares de
imagens e centenas de gravações, porém ainda não
achei ninguém interessado, nem mesmo na Universidade de Taubaté, próxima daqui. Quando
chego perto de desesperar, lembro que Mozart foi
enterrado como indigente. Aí, em vez de chorar de
desgosto, fico com muita raiva e escrevo mais música. E lembro a definição de Koellreutter: música é.
11
CIGA-Informando Ano 8 - N° 38 - Janeiro 2006
Ano 8 - N° 38 - Janeiro 2006 CIGA-Informando
CINE
CEBRAC
O cinema mais perto de você
Em 2006 o CEBRAC comemora 10 anos e quem
ganha o presente é você. A partir de janeiro, todo último sábado do mês o CEBRAC apresenta o CINE
CEBRAC. Uma série de grandes títulos do cinema
brasileiro e estrangeiro com legendas em português.
Filmes de sucesso e ainda inéditos na Suíça também serão apresentados no CINE CEBRAC, como o
aclamado «2 filhos de Francisco» que traz a comovente
história da dupla sertaneja Zezé di Camargo e Luciano.
As sessões do CINE CEBRAC custam apenas 4
francos a todos aqueles que ainda não são sócios do
CEBRAC e aos sócios as sessões são gratuitas.
Tal iniciativa só foi possível com o apoio do Sr.
Adolpho de Sá Correia e Benevides - Cônsul Brasileiro
na Suíça, que gentilmente propôs a idéia e cedeu diversos filmes brasileiros para a mostra. No primeiro semestre a programação é repleta de clássicos do cinema
brasileiro e novidades como o documentário «A Linha matéria e sentidos» de Thaís Aguiar que tem estréia
marcada para dia 28 de janeiro às 18h30, na sala de
eventos do CEBRAC. Uma equipe percorreu os trilhos de
ferro do estado do Paraná em busca do HOMEM - seus
pensamentos, suas idéias, sua expressão. A linha vista
por um olhar diferente: um olhar sobre os sentidos (legendas em alemão).
Em 2006 nosso ilustre aniversariante CEBRAC está
com a agenda repleta de eventos de qualidade e com
muita disposição em divulgar nossa rica cultura
brasileira. Portanto se você ainda não é sócio do
CEBRAC, dê uma passadinha na biblioteca e confira as
promoções que temos para você e sua família.
O CEBRAC 10 anos é 10!
Marcelo Candido Madeira
12
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CIGA-Informando Ano 8 - N° 38 - Janeiro 2006
Ano 8 - N° 38 - Janeiro 2006 CIGA-Informando
Igrejas acompanham
os fiéis na imigração
«Quem parte leva saudade de alguém, que fica chorando de dor....» Assim diz uma música
muito conhecida. Na verdade, quem parte de seu país e decide começar uma vida nova em
outro lugar, leva na bagagem muito mais do que saudade. Leva sonhos, planos, objetivos, e
toda uma carga de experiências de vida que colheu ao longo dos anos.
Ao chegar na nova terra, nem sempre a «terra prometida» tão sonhada, a realidade apresenta
desafios às vezes difíceis de superar. Para conseguir vencer as dificuldades e encontrar seu
espaço no novo mundo as pessoas recorrem a diversas alternativas. Muitas procuram consolo
e auxílio em grupos religiosos e o crescimento das igrejas de migrantes espalhadas pelo mundo
comprova a importância desse convívio.
Nós entramos em contato com representantes de diversas igrejas cristãs na Suíça e perguntamos sobre o trabalho que realizam e o público que participa de suas atividades. Infelizmente de
muitas comunidades não tivemos um retorno a tempo de publicar nesta edição, mas apresentamos assim mesmo as opiniões de alguns agentes religiosos que se dispuseram a colaborar.
Foto: Arquivo
Na região de Basel existem algumas
comunidades cristãs atuantes. O grupo da
Igreja Batista é, segundo o reverendo Moisés
Vasconcelos, «a primeira igreja de língua portuguesa da cidade de Basel». Eles realizam
cultos semanalmente às quintas-feiras e aos
sábados, sempre às 19:30, na capela da Igreja
Batista na St. Johanns Ring 122, em Basel. O
grupo, no entanto, não reúne apenas os batistas. «Temos em nossa igreja irmãos de muitas
denominações diferentes e de diferentes
partes do Brasil e da Europa. Cremos que esse
é o lugar que Deus nos deu para cultuá-lo
aqui na Suíça nesta cidade», afirma o reverendo Moisés, que ainda realiza trabalhos
com outras comunidades cristãs das igrejas
Metodista, Batista e Reformada também em
outros cantões da Suíça.
Já o grupo ligado à igreja Assembléia de
Deus, que em Basel denomina-se Centro
Cristão Treffpunkt mit Gott realiza cultos
todos os sábados e domingos. O evangelista
Nivaldo Resende diz que esses são os momentos em que «vamos a igreja para adorar a
Deus, para termos comunhão uns com os outros, para aprender a palavra de Deus e para
prestar serviços na área social e espiritual».
Quem procura esses grupos, na maioria
das vezes, são pessoas que já freqüentavam
alguma igreja no Brasil e que buscam um contato com Deus. O reverendo Moisés diz que os
participantes «são homens ou mulheres, latino-americanos ou europeus, que já ouviram
(A partir da esquerda) Ursina e Rev. Moises
Vasconcelos, Pr. Dr. Theol. Roberto Schuler e seus
familiares, Flavia e Emili Schuler.
ou que querem ouvir a palavra de Deus.» O
evangelista Nivaldo vai além e afirma que são
«pessoas alegres, felizes, cheias de fé e esperança em Deus em um mundo cheio de
incertezas».
As motivações dos participantes são as
mais variadas, normalmente ligadas a necessidades bem específicas. «As necessidades e
motivos que levam as pessoas a nos procurarem são muitos: momentos de dificuldades
na família, problemas financeiros, enfermidades, solidão, vazio na alma, depressão,
necessidade de encontro com Deus, assim
como o filho pródigo (Lucas 15:11)», revela o
evangelista Nivaldo. «As pessoas buscam alívio
14
sa desde a chegada do Pe. Marquiano Petez,
brasileiro de Curitiba, que responde desde
julho de 2005 pelas regiões de Aargau e Basel.
O calendário das missas nas diversas regiões
encontra-se na página 6 desta edição. Impossibilitado de responder às questões que propusemos, o padre enviou ao CIGA Informando
uma mensagem, que transcrevemos parcialmente:
«...A Palavra de Deus hoje é um grito de
libertação, de invocação de bênção e Paz para
o mundo. Se diz que quando Jesus nasceu,
havia paz no mundo: a «Paz Augusta». Porém
não era paz; era ausência da Guerra, que não
é o mesmo. O império tinha eliminado todos
seus inimigos, que ameaçavam a sua estabilidade. Não era paz: era domínio absoluto de
uma pequena minoria sobre o mundo.
Então nasceu Jesus, veio trazer a paz, mas
não uma paz imposta com a força das armas e
do terror. A Paz que Jesus traz, se baseia na
Justiça e no perdão... A paz é um dom que
cada um deve conquistar. Antes de ela ser
uma realidade externa, é uma disposição interior...
Feliz Ano, para todos que acordam para o
2006 livres do senso da culpa, cheios de uma
vida na qual o entusiasmo e a alegria tecem
luz lá onde a amargura deposita teias de
aranha. Feliz ano para quem não guarda rancor e não mata em si a fonte da verdade, da
transparência, e não olha para o próprio vizinho como passageiro estranho de uma viagem sem paragens, sem praia nem horizonte.
Marquiano Petez».
(Irene Zwetsch)
e soluções para causas impossíveis através de
Deus. Procuram respostas para suas perguntas,
um caminho certo e Jesus Cristo tem as respostas (João 14:6)», conclui o missionário.
Há também os que buscam um contato
mais próximo com Deus. «Normalmente as
pessoas que nos procuram, são pessoas cristãs,
que já ouviram falar de Jesus Cristo, que já
freqüentaram alguma igreja evangélica e que
estão procurando uma igreja para prestar
culto a Deus», afirma o reverendo Moisés.
Mas existem também os casos especiais, de
«pessoas que nos procuram na intenção de
receber um trabalho, um companheiro(a),
bens materiais. Nosso trabalho porém não é
dar «as bênçãos de Deus» e sim «O Deus das
bênçãos», diz.
Os dois missionários reconhecem que
a população imigrante enfrenta dificuldades
e problemas ligados à sua condição de
«estrangeiros». A falta de informação, problemas com as diferenças culturais e de costumes, o desconhecimento da língua e a falta
de calor humano são alguns dos pontos que
sempre de novo vêm à tona. A integração
numa comunidade cristã local nem sempre é
fácil, não apenas em função do idioma, mas
também pelas diferenças na liturgia e na
forma de realizar o culto. «Para os carismáticos a liturgia de um culto suíço é muito fria e
formal», exemplifica Nivaldo. O problema da
comunicação também dificulta «o relacionamento e amizade com os nossos irmãos suíços», diz o evangelista. O conselho de Nivaldo
é que «as pessoas freqüentem uma comunidade carismática cristã e também uma comunidade cristã suíça e procurem passo a
passo se relacionar, se familiarizar com as
pessoas, com os costumes, com a língua.
Afinal, precisamos respeitá-los, pois nós é que
somos os estrangeiros aqui».
A solidão, o medo, a saudade e a depressão também fazem parte do dia-a-dia de
muitos imigrantes que procuram as igrejas.
Nesses casos, Moisés explica que seu trabalho
inclui informações sobre diversas áreas e
explicações sobre como algumas coisas funcionam aqui. «Também ajudamos por meio de
visitas e acompanhamento no caso de depressão, e damos apoio principalmente na
área espiritual», conclui o reverendo.
A igreja católica também conta novamente com atendimento em língua portugue-
Contatos:
Pr. Moises Vasconcelos, Wiesenstr. 19, 4057 Basel,
061 631 07 41, 076 546 23 23, [email protected]
Centro Cristão T. M. G., Ev. Nivaldo Resende
Haltingerstr. 40, 061 631 22 30, 079 605 92 13,
[email protected]
Padre Marquiano Petez, Bruggerstr. 143,
5400 Baden, 056 210 06 40 [email protected]
Endereços e contatos de outros grupos
religiosos na Suíça você encontra na página
do CIGA-Brasil: www.cigabrasil.ch
15
CIGA-Informando Ano 8 - N° 38 - Janeiro 2006
Ano 8 - N° 38 - Janeiro 2006 CIGA-Informando
Equivalência de diplomas
é uma questão sempre atual
(não serão aceitos diplomas de cursos técnicos ou de escolas profissionais de alto
nível, mesmo se a formação foi organizada
por uma Universidade)
b) No currículo escolar deve estar integrado
pelo menos um ano de experiência prática
(estágio). As «Fachhochschulen» são Faculdades ou Escolas de Nível Superior
voltadas para a prática, em contraste com
as Universidades.
c) O curso precisa ter tido uma duração mínima de três anos, se foi realizado em tempo
integral, ou de quatro anos, se foi realizado
em tempo parcial (com a possibilidade de se
trabalhar no restante do período).
Formulários e informações para apresentar um requerimento de reconhecimento e
equivalência de diplomas estrangeiros podem ser encontrados na página:
www.bbt.admin.ch. Lá estão Dossiês, Reconhecimento Internacional de Diplomas e
Reconhecimento de Diplomas Estrangeiros
em Ciências Aplicadas. A página está disponível em alemão, francês, italiano e inglês.
Observação:
• O endereço do BBT está na parte frontal
do formulário. O requerimento vai primeiro para o Pool «Gleichwertigkeiten»
(Equivalência) e é depois encaminhado
para a área respectiva do setor de Formação Profissional ou de Formação altamente Especializada.
• No gráfico também estão mostradas as outras áreas de estudo, além das englobadas
pelas faculdades de ciências aplicadas.
Todos os anos chegam à Suíça muitos
profissionais brasileiros de diversas áreas,
que fizeram sua formação profissional ou
universitária no Brasil. A primeira batalha
que enfrentam, depois de estarem instalados
e além da aprendizagem do idioma, é tentar
reconhecer seu diploma ou obter uma equivalência de seus estudos aqui, para poderem
atuar na sua área de especialidade como
qualquer colega suíço.
Em algumas áreas o processo é mais fácil,
em outras, nem tanto. Para dar uma luz
sobre os procedimentos necessários, entramos em contato com o Departamento Nacional de Formação Profissional e de Tecnologia
e reunimos, abaixo, a lista das instituições
que respondem por cada área do conhecimento. Esperamos, com isso, prestar um
serviço a todos aqueles que fizeram sua formação universitária e profissional no Brasil e
que gostariam de ter seu diploma reconhecido e válido também aqui.
Em primeiro lugar, para o pedido de
reconhecimento ou equivalência de qualquer diploma estrangeiro na Suíça vale a
seguinte regra: só serão analisados os diplomas de instituições públicas oficiais (ou privadas, desde que sejam reconhecidas pelo
Estado). Se o diploma atende a essa prerrogativa, basta saber para onde enviar o requerimento e que documentos são necessários.
Na Suíça cada área profissional é de responsabilidade de um setor específico. Então,
veja em que caso você se encaixa e boa sorte.
1. Para o BBT (Departamento Nacional
de Formação Profissional e de Tecnologia)
podem ser feitos requerimentos referentes a
diplomas universitários em cursos de ciências
aplicadas nas áreas: Técnica, Econômica, de
Design, Artes (Música, Teatro, Artes Plásticas)
e Serviço Social.
As prerrogativas formais para a Equivalência com um Diploma da «Fachhochschule» na Suíça são:
a) O diploma estrangeiro precisa ter oficialmente o nível de Diploma Universitário
2. Para a CRUS (Conferência dos Reitores
das Universidades Suíças) - www.crus.ch,
podem ser encaminhados os requerimentos
concernentes aos diplomas universitários de
áreas teóricas (os cursos universitários «normais»).
3. Para a EDK (Conferência dos Diretores
de Ensino Cantonais) devem ser encaminhados os requerimentos referentes aos
diplomas na área de ensino – Diplomas de
16
Cursos de aperfeiçoamento e especialização
profissional – cursos de alta especilização,
como são chamados na Suíça).
6. Requerimentos de equivalência para
todos os diplomas na área da Saúde, com
exceção da Medicina, devem ser encaminhados para a Cruz Vermelha Suíça (SRK) –
www.srk.ch.
7. Para todos os diplomas na área a
Medicina, os requerimentos devem ser enviados ao BAG – Ministério da Saúde da Suíça:
www.bag.admin.ch.
Cada um desses sites têm informações
detalhadas sobre os procedimentos necessários e geralmente as informações estão
disponíveis em alemão, francês e inglês.
professor/professora (desde o Jardim de Infância/Pré-Escola até o nível ginasial/ secundário) - www.edk.ch.
Exceção:
4. Diplomas de professoras/professores
de escolas técnicas (Professor especializado
para o acompanhamento de praticantes) são
primeiro encaminhados ao BBT. O BBT analisa primeiramente se é possível dar a equivalência da parte técnica da formação superior. Em caso positivo será analisada, numa
segunda fase, a qualificação didática e pedagógica do professor. Essa segunda parte é
desenvolvida pelo SIBP (Instituto Suíço de
Pedagogia para a Formação Profissional) www.sibp.ch. O SIBP também faz parte do
BBT.
5. Para o BBT (www.bbt.admin.ch) seguem também os requerimentos para equivalência de diplomas nas áreas de Formação
Profissional (Formação Profissional básica,
(Essas informações foram gentilmente
enviadas ao CIGA-Brasil pela responsável do
setor de equivalências de diplomas estrangeiros na área de ciências aplicadas do BBT,
Katharina Burkhard).
Danças e Ritmos Tanzstudio
Basler Medienhaus, Marktgasse 8, Basel
Várias opções de
cursos de dança.
Inf. e inscrições: Clarice dos Santos
Schützenstr. 8 – 4127 – Birsfelden
Tel: (061) 312 97 30 / (079) 516 39 22
E-mail: [email protected]
PORTUGUÊS PARA CRIANÇAS
Curso de Língua e Cultura do Brasil em
Baselland, para crianças a partir do 2° ano
primário. Vagas abertas em Binningen.
Inf.: Denise Santiago: (061) 423 72 73.
wilber.ch
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CIGA-Informando Ano 8 - N° 38 - Janeiro 2006
Ano 8 - N° 38 - Janeiro 2006 CIGA-Informando
AGENDA
Noite de Cinema:
pedido para que cumpra sua promessa, assinada em
cartório, da doação do dinheiro encontrado aqui na Suíça.
A todos pareceu estranho essa política de dois pesos e duas
medidas em matéria de corrupção – o financiamento de partido, no caso de José Dirceu, foi punido com cassação de
mandato por dez anos; a corrupção por enriquecimento pessoal, já provada com os extratos bancários enviados pela
Suíça, provavelmente não terá nenhuma retorsão política e
nem impedimento da candidatura de Maluf a deputado, que
poderá assim se beneficiar das imunidades.
Muito estranho. Tão estranho como esse caso de um livro
brasileiro que provoca encontro em Genebra e comentários
nos jornais estrangeiros mas que é ignorado pela grande
imprensa brasileira. E a notícia circula só pelas redes de
e-mails, sites Web, geralmente undergrounds, e, ainda bem,
em algumas colunas de prestígio.
Outro encontro já está previsto e ocorrerá na sala de imprensa do Palácio das Nações da ONU, com a presença de Jean
Ziegler, autor do prefácio do livro sobre Maluf, para reforçar
o lançamento da idéia do Princípio da Exceção e contra o
dumping feito pela BBC.
(Rui Martins)
Guia sobre geração de trabalho e renda
O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
(MDS) disponibilizou na internet o Guia para Geração de
Trabalho e Renda. A publicação traz informações detalhadas
sobre os principais programas, projetos e ações do Governo
Federal e de alguns dos principais parceiros do Fome Zero
nas áreas de transferência de renda, desenvolvimento local e
geração de trabalho e renda.
O objetivo é apoiar ONGs, microempresários e os próprios
agentes de governo federal, estaduais e municipais para a
articulação deste tipo de ação. Há dezenas de tabelas indicativas que mostram o programa em questão, o recurso destinado, o órgão executor, objetivos, região de abrangência e
público-alvo, além de informações sobre como participar. Os
interessados podem acessar o Guia pelos sites:
www.mds.gov.br e www.fomezero.gov.br.
(Colaborou Eber Ferrer)
Dinheiro das contas secretas de Maluf para os Sem
Terra do Brasil
Por ocasião do lançamento no Brasil do livro "Dinheiro Sujo
da Corrupção”, os jornalistas Rui Martins e Jean-Noel Cuénod
tomam ao pé da letra o desafio lançado por Paulo Salim
Maluf, ex-governador de São Paulo. Maluf negava a existência
de suas contas bancárias na Suíça e prometia dar o dinheiro
correspondente à quem as descobrisse. Ora, essas contas
existem como prova o livro e, portanto, Martins e Cuénod
pediram que as somas bloqueadas sejam entregues ao MST.
O encontro com colegas internacionais no Clube da
Imprensa de Genebra foi bastante positivo. Mesmo se, apesar
da publicidade feita, não havia presente nenhum correspondente da imprensa brasileira. Uma representante do MST,
Gabriela Zanetti, também compareceu.
Além de tratarmos da questão do dinheiro prometido por
Maluf, transmitimos nossa idéia da criação de um movimento entre ONGs e governos, a do Princípio da Exceção – o
desconto direto e anônimo nas contas secretas vindas do
Brasil e de outros países emergentes e do Terceiro Mundo,
do imposto de renda, como se faz com os cidadãos da União
Européia, desde 1 de julho de 2005.
Tendo-se em vista uma ligação do caso Maluf com a mídia
brasileira, Rui Martins falou também sobre o dumping salarial exercido pelas rádios BBC e RFI, que distribuem gratuitamente suas informações às rádios, jornais e sites Web do
Brasil, o que não deixa de influenciar essa mídia.
Um jornalista presente lembrou que, no caso de uma eleição
de Maluf para deputado, ele passará a gozar de imunidades
parlamentares e seu processo será suspenso. Nesse caso,
como o dinheiro não irá para o fisco, acentuaremos nosso
Televisão - Canais abertos
Espero que em 2006 fique cada vez mais evidente que a televisão brasileira é uma concessão do Estado e da sociedade
brasileira, e não o contrário, o Estado brasileiro e a sociedade reféns da televisão. Sendo concessões públicas, as TVs
em 2006, além de usarem a concessão para ganhar dinheiro
ou como máquina político-eleitoral, poderiam quadruplicar
sua contrapartida pública, social, cultural, experimental,
educativa, para além do mercado, do lucro e da chantagem
política.
Como a TV é importante e influente demais para ficar na mão
apenas dos executivos, do marketing e dos altos índices de
audiência, espero que em 2006 seja aberta a caixa-preta da
TV para os conselhos de ética, a produção independente, a
produção regional e exibam na TV aberta o cinema, a
videoarte e os curtas-metragens brasileiros.
Espero que o Brasil não perca a oportunidade histórica, com
a implantação do sistema de alta definição (HDTV - TV digital), de democratizar o mais poderoso meio de comunicação
do país. Dependendo do que for decidido agora, no início de
2006 será possível aumentar e disponibilizar novos canais
(multicanais) para novos atores, movimentos sociais, ONGs,
favelas, para o cinema brasileiro, para os coletivos de arte, as
universidades, ou manter as emissoras de TV sob o controle
dos mesmos, de uma minoria.
(Ivana Bentes, especial para a Folha de SP – enviado por
Deborah Biermann)
18
2 Filhos de Francisco - A História
de Zezé Di Camargo e Luciano
Este drama que conta a história da dupla
sertaneja Zezé di Camargo e Luciano marca a
estréia de Breno Silveira como diretor de
longa-metragem. O filme começa com
Francisco Camargo (Ângelo Antônio), um
lavrador do interior de Goiás que tem um
sonho aparentemente impossível: transformar dois de seus nove filhos em uma dupla
sertaneja. Ele inicialmente deposita sua esperança no mais velho, Mirosmar, e resolve lhe
dar um acordeão quando completa 11 anos.
Mirosmar e seu irmão Emival, que toca violão,
se apresentam com sucesso nas festas da vila
onde moram. Com a perda da propriedade
onde moravam, a família é obrigada a se
mudar para Goiânia. Mirosmar e Emival
começam então a tocar na rodoviária local,
para ajudar nas despesas. Lá eles conhecem
Miranda, empresário de duplas caipiras, que
viaja com eles por mais de 4 meses. Os irmãos
novamente fazem sucesso e chegam até
mesmo a cantar para 6 mil pessoas no interior
do país, mas um acidente encerra prematuramente a carreira da dupla. Após quase desistir da carreira artística Mirosmar decide voltar
a cantar, usando o nome artístico de Zezé di
Camargo. Ele grava um disco solo, mas não
obtém sucesso. Já casado e com duas filhas
pequenas, Zezé tem dificuldades em sustentar
a família e o máximo que consegue é que outras duplas cantem composições suas. É quando ele encontra em seu irmão Weston, que
passa a usar o nome artístico de Luciano, o
parceiro ideal para levar adiante sua carreira
musical.
SiteOficial:www.2filhosdefrancisco.com.br
Data: Sábado, 4 de fevereiro de 2006
Hora: 19h30 (início do filme às 20h)
AT E N Ç Ã 0 N O V O L O C A L :
Gemeindestube, Therwilerstr. 16 /18
em Bottmingen
(próximo à estação de Bottmingen)
Elenco
Márcio Kierling (Zezé di Camargo), Thiago
Mendonça (Luciano), Ângelo Antônio
(Francisco Camargo), Dira Paes (Helena
Camargo), Dablio Moreira (Zezé di Camargo criança), Wigor Lima (Luciano - criança),
Natália Lage (Cléo), Lima Duarte, José
Dumont.
Como chegar: com o ônibus 34 ou o Tram
10 até Bottmingen. Atravessar a rua no
sinaleiro para pedestres e seguir pelo caminho ao lado da linha do bonde até o estacionamento (à esquerda). Atravessar o estacionamento e o prédio fica logo à direita.
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