CORREIO DA

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CORREIO DA
AESE
Escola de Direcção e Negócios
Publicação: quinzenal
Director: J.L.Carvalho Cardoso
Editor e Proprietário: AESE
Impresso por: Cromaticamente
Depósito legal: nº 21228/88
Preço: e 1
22º Ano
CORREIO DA
AESE
Nº 528, 1-3-2010
Crise e utopia
em Davos
eP
orto Alegr
e
Alegre
Porto
É um autêntico paradoxo: apesar da amplitude
da crise económica mundial, nem os partidos sociais-democratas, nem os movimentos sociais anticapitalistas se fortaleceram. Destes, o principal
expoente é, desde há dez anos, o Fórum Social
Mundial, que nasceu no Brasil como réplica ao Fórum
Económico de Davos. Os dois realizam-se em finais
de Janeiro. Apesar da presença do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva numa das primeiras sessões, o
Fórum Social mal suscitou atenção desta vez na
imprensa europeia, diversamente do que sucedeu
com o de Davos.
Inicialmente, Porto Alegre representava a
essência da antiglobalização. A sua primeira edição
teve lugar um ano depois da origem do movimento,
em Seattle (EUA), Novembro de 1999, onde aconteceram violentas manifestações contra a mundialização, quando se efectuou uma conferência da
Organização Mundial do Comércio. Transferiu-se
imediatamente o acento para a ideia menos negativa
da «altermundialização»: outro mundo era possível,
mais justo, mais pacífico, mais solidário, mais respeitador do ambiente.
Mas, ao longo de sucessivas presenças numa
atitude de oposição em eventos internacionais, foi-se abrindo a ideia de que não bastava ser anti-sistema, menos ainda com violência, para transformar
o mundo. De facto, em 2010, o Fórum tem duas
edições: uma mais clássica em Porto Alegre,
protagonizada pelos movimentos sociais antipartidos;
outra, mais breve, em Salvador da Baía, com a
presença de formações políticas, a começar pelo
Partido dos Trabalhadores (PT), hoje no governo
brasileiro.
O seu grande debate nesta altura é a atitude
perante os partidos e a política clássica. A verdade é
que, no quadro do espírito de utopia de base do
Fórum, e também com a experiência da participação
dos seus militantes através da Internet, uma ampla
maioria inclina-se para a democracia directa. A sua
desconfiança nas instituições é enorme, com
PANORAMA
excepção dos 44% que aceitam a ONU. É lógico em
parte, devido ao seu nível cultural elevado: 81% são
universitários; assim como pela crescente juventude:
64% tem menos de 34 anos, e 34% menos de 24.
Essa participação imediata de cidadania contrasta com a tendência para o intervencionismo estatal a «mão visível» do poder -, defendida por muitos
como recurso para superar a crise económica.
Simultaneamente, tenta reflectir a evolução das
inquietações do Fórum. Aos antigos objectivos contra
a injustiça, as desigualdades nos mercados ou o
perdão da dívida dos países do Terceiro Mundo,
acrescentaram-se novas metas, como a mudança
climática, a salvaguarda dos recursos naturais, o
acesso à energia, a segurança dos alimentos, a
protecção dos povos autóctones.
Mas o sistema - instituições públicas, mercados
- parece continuar a gozar de um bom metabolismo,
capaz de incorporar ideas e perspectivas, que não
afectam o substancial, de acordo com o princípio
consagrado pelo Príncipe de Lampedusa (é preciso
que mude alguma coisa, para que tudo fique na
mesma). É o que se deduz, de certo modo, da forte
crítica ao capitalismo protagonizada por Nicolas
Sarkozy em Davos, a poucas horas de distância de
Barack Obama ter proclamado também perante o
Congresso dos EUA a necessidade de reformas
financeiras. Concordam na necessidade de um maior
controlo estatal dessa mercadoria muito especial que
opera nos mercados globais: os produtos financeiros,
origem para muitos da grave crise económica actual.
Dá a impressão de que alguns intervenientes de
Davos plageiam os de Porto Alegre nas suas duras
críticas a Wall Street, aos fundos de investimento
especulativos, ou aos grupos de pressão da banca,
considerados travões de qualquer vontade de
reforma. E essas frases tão fortes não vêm de pessoas
anti-sistemas, nem de líderes sociais-democratas, mas
de especialistas universitários, ou de representantes
de partidos conservadores que parecem cada vez
mais populistas.
Assim, Sarkozy reclamou uma espécie de «novo
Bretton Woods», os acordos económicos assinados
em 1944 nos Estados Unidos, que criaram o Fundo
Monetário Internacional e o Banco Mundial. Tratava-se de evitar os desequilíbrios monetários, considerados responsáveis pelas grandes recessões. Sem
renunciar a essa harmonia, seria preciso agora
reconduzir a liberdade de que gozam de facto os
mercados financeiros.
Mas não parece fácil passar à acção, nem a
partir de Porto Alegre nem de Davos. Em parte,
porque o sector financeiro não renuncia ao seu
evidente reduccionismo antropológico e empresarial,
que coloca a cobiça no centro do sistema. A partir
dessa perspectiva, não se torna fácil recuperar outros
valores essenciais para o funcionamento da economia,
como a confiança, a responsabilidade ou a coesão
social solidária. Parece ainda utópica a grande
proposta de Sarkozy: colocar o capitalismo ao serviço
do homem, «a grande questão do século XXI».
Explica-se a ironia de Lula em Porto Alegre, que
no fim não pôde deslocar-se a Davos - já foi
convidado em 2003 -, onde devia receber o prémio
«homem de Estado mundial»: «Tenho consciência de
que a Davos falta o glamour de 2003. O sistema
financeiro não pode passar por exemplar, porque
acaba de provocar, devido à sua irresponsabilidade,
a crise mais grave dos últimos anos.»
S. B.
O trabalho infantil
nunca pode ser
digno?
Na óptica de países ricos, a única coisa a fazer
com o trabalho infantil é proibi-lo. Mas várias
associações de crianças trabalhadoras de países em
desenvolvimento reclamam o direito a serem
protegidas numa actividade de que necessitam como
meio de subsistência.
O trabalho infantil, sem dúvida alguma, está
associado a formas de exploração que em muitos
casos se aproximam da escravatura e comprometem
a vida, a segurança e o são desenvolvimento das
crianças. No mundo actual, são mais de 200 milhões
as crianças obrigadas a trabalhar, embora a
Organização Internacional do Trabalho (OIT), que
desde 1992 tem implementado o Programa Internacional para a Erradicação do Trabalho Infantil, tenha
registado nos últimos quatro anos uma descida global
de 11%, e de 26% entre as que realizam trabalhos
perigosos, que em 2004 somavam 126 milhões.
Não obstante, a realidade pode ter as suas
matizes e conduzir, em certos casos, a situações de
compromisso. Assim, no Peru, há movimentos organizados de crianças trabalhadoras, fundados com a
intenção de valorizar as actividades que as crianças
efectuam como apoio à economia familiar, e que,
num contexto de crise permanente, adquiriram o
carácter de factor imprescindível à subsistência.
Segundo um documento publicado pelo
Movimiento Nacional de Niños y Adolescentes
Trabajadores Organizados del Perú (MNNATSOP), a
condenação indiscriminada do trabalho infantil não
leva em conta que muitas crianças trabalham por
«solidariedade com as nossas famílias, porque não
aceitamos que a pobreza em que vivemos nos roube
a nossa dignidade».
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Pelo contrário, sustenta o manifesto, a condenação promovida pela OIT, que «não se interroga
sobre as causas que originam a nossa pobreza, nem
vai eliminar as graves formas de exploração que
existem para connosco», longe de dignificar as
crianças, tende a provocar que «aqueles que como
nós trabalhamos sejam tratados como filhos de pais
irresponsáveis, desertores da escola, maus estudantes,
causadores da nossa pobreza futura ou, o que é pior,
como delinquentes, perseguidos e internados pelo
facto de serem trabalhadores».
A solução assistencialista, à partida, não é a que
lhes merece mais confiança. «O Estado não se ocupa
de nós, porque não votamos», argumenta Víctor
Bryan, um rapaz de 16 anos que trabalha desde os
7, é delegado do MNNATSOP, e que acaba de estar
em Barcelona pela mão da ONG Save the Children.
Bryan não tem muita confiança na acção do Estado:
«No ano passado, a ministra aplicou a lei da mendicidade e ordenou à polícia para colocar em albergues
todas as crianças que trabalhavam na rua. Tratava-se
de verdadeiras prisões e eram mesmo torturadas. A
ministra confundiu essas crianças com mendigos, mas
só estavam a trabalhar para poder comprar pão»,
explica o jovem ao diário La Vanguardia.
E a verdade é que as lutas sociais baseadas no
mero idealismo contradizem por vezes - e pioram até
- a realidade. Jeffrey Sachs, talvez o mais destacado
dos especialistas que prestam assessoria à ONU sobre
os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio,
reconhecia no seu livro O Fim da Pobreza, publicado
em 2005: «Durante vários anos visitei fábricas de
vestuário por todo o mundo em desenvolvimento. Fiquei familiarizado com as salas cavernosas onde há
centenas de mulheres sentadas diante das máquinas
de coser e homens diante das mesas de trabalho, onde as fábricas fazem avançar as linhas de produção e
em que, ao chegar à última fase, são pregadas nas
peças etiquetas nossas familiares como GAP, Polo,
Yves Saint Laurent, Wal Mart, C. J. Penney e outras
marcas. Não há nada de encantador neste trabalho.»
«Este tipo de exploração» continuava o economista, director do Earth Institute da Columbia
University, «costuma ser objecto de protestos públicos
nos países desenvolvidos, que ajudaram certamente
a melhorar a segurança e a qualidade daquelas
condições de trabalho. Mas, as pessoas que protestam
nos países ricos não fariam mal em apoiar a multiplicação de empregos deste tipo, desde que realizados
em condições seguras, protestando contra o proteccionismo dos seus próprios países que mantêm o
impedimento da entrada do vestuário exportado a
partir de países como o Bangladesh. Isto porque estas
jovens trabalhadoras têm um pé na economia
moderna (…), e o trabalho de exploração pode ser o
primeiro degrau da escada para sair da pobreza.»
Segundo esta lógica, só podem considerar-se
más notícias as que publicou recentemente o Banco
Mundial no seu relatório anual sobre perspectivas de
financiamento externo para os países pobres, pois
prevê que os investimentos de capital privado nesses
países se reduzirão este ano para 363 000 milhões
de dólares (261 885 milhões de euros), um número
que representa menos de um terço do seu volume
recorde de 1200 milhões de dólares (865 680 milhões
de euros), registado em 2007.
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«Por que razão os países desenvolvidos vêem
com maus olhos que as crianças trabalhem?»,
perguntou o diário espanhol La Vanguardia a Víctor
Bryan. «Porque eles olham só para a sua própria
situação, onde as crianças não precisam de sair para
ganhar dinheiro. E com essa mentalidade vêm à
América Latina ou a África para impor as suas opiniões», foi a resposta.
Segundo o manifesto do MNNATSOP, que conta
com o apoio da Save the Children, a expressão
«trabalho infantil», utilizada na discussão internacional
e nos instrumentos jurídicos que regulamentam o tema, é empregue genericamente e sem fazer distinção
entre condições aceitáveis e formas de exploração.
Alfonso Hernández, da ONG Intervida, denuncia
um círculo vicioso em que parecem relacionados a
disponibilidade de crianças para o trabalho e o
proveito injusto que se tira dela: «O trabalho infantil
existe porque a mão-de-obra infantil é procurada
pelas fábricas, em empregos mal remunerados e por
empresários sem escrúpulos. As crianças são encaradas como mão-de-obra dócil e não problemática,
barata e abundante. Existe uma procura para esta
mão-de-obra. Mas para que exista uma procura
também deve existir uma oferta, e neste caso há um
efeito de retroalimentação.»
No entanto, Fabrizio Terenzio, assessor do
Movimento Africano de Meninos, Meninas e
Adolescentes Trabalhadores, salientou que, em vez
de se esforçar por erradicar o trabalho, a OIT deveria
preocupar-se em melhorar as condições das crianças
que trabalham e vão à escola, pois qualificou de
«ideológica» a visão segundo a qual a escola e o
trabalho são incompatíveis, argumentando que «há
estatísticas que provam o contrário».
Por outro lado, os que defendem os direitos
laborais da infância criticam que a OIT tenha incluído
na lista de piores formas de trabalho infantil alguns
trabalhos onde desde há vários anos se ocupam as
crianças de muitas comunidades, como ir ao poço
buscar água.
«Uma criança pode trabalhar se tiver tempo para
estudar e brincar», assegura Víctor.
O MNNATSOP oferece alternativas para que as
crianças trabalhadoras melhorem a sua qualidade de
vida, como oficinas, escolas e hospedagem. Um dos
seus programas consiste na oficina «rapazes ecológicos», cujos participantes trabalham como jardineiros
4 horas diárias e recebem um salário mensal.
X. R. M.
As segundas-feiras
sem carne
As vacas pastando num prado verde evocavam
antigamente uma paisagem idílica e natural. Mas,
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quando uma pessoa está consciente dos perigos do
aquecimento global, esses pacíficos animais tornam-se bombas ambulantes. Constata-se que os ruminantes expelem o metano que se produz no seu
processo digestivo, o que é uma contribuição não
desprezível para os gases com efeito de estufa.
Este metano produzido pelo gado despertou a
consciência de Sir Paul McCartney, que fez uma
chamada de atenção para «As segundas-feiras sem
carne» (Meat-Free Monday), para persuadir o público
a tornar-se vegetariano por um dia. Se se comer
menos carne, criar-se-ão menos vacas e lutaremos
assim contra o aquecimento global.
Não é uma simples lembrança do músico. O
Painel Intergovernamental sobre a Mudança Climática
estima que o metano contribui com 14,3% das
emissões que causam o efeito de estufa. E, concretamente, o gado é responsável por 37% dessas
emissões de metano. McCartney agita o número de
que o gado britânico contribui mais para o aquecimento global que todo o sector dos transportes.
Logicamente, os criadores de gado qualificaram
a campanha de Paul McCartney como «sensacionalista» e «desinformada». Pelo contrário, teve um
apoio entusiasta por parte do líder hindu Rajan Zen,
presidente da Universal Society of Hinduism, que
promove um estrito vegetarianismo e a renúncia ao
sacrifício de animais.
Mas não comer carne não impede por si só que
as vacas continuem a comer. Realmente, apesar da
doutrina hinduísta, a Índia tem a manada mais
numerosa do mundo (485 milhões de cabeças), que
continuam a dar a sua contribuição para o efeito de
estufa.
O que não é evidente é a razão pela qual
McCartney escolheu as segundas-feiras para a
abstinência. Com a dificuldade que já é regressar à
prosaica vida diária após o descanso do fim-de-semana, quer-nos privar, além disso, do consolo do
hamburger e do lombo. Poderia ter escolhido a sexta-feira, estabelecendo uma ligação não só à tradição
hindu como também à cristã, que propõe como
prática penitencial a abstinência de carne nesse dia.
Mas talvez sugerir um precedente cristão seja
demasiado audicioso na Europa de hoje, e poderia
implicar que se estivessem a impor convicções cristãs.
«As segundas-feiras sem carne» pode confirmar
as suspeitas de que a causa da mudança climática está
a assumir o perfil de uma nova religião secular, com
as suas doutrinas indiscutíveis, os seus herejes e as
suas propostas redentoras. Faltavam-nos as práticas
penitenciais para reparar as nossas tropelias contra o
ambiente, e aqui temos «As segundas-feiras sem
carne».
Pelo menos, a proposta de McCartney tem o
mérito de levar a luta contra o aquecimento global
para o terreno pessoal. De que estamos dispostos a
privar-nos? O ex-Beatle e as outras celebridades que
assinam o chamamento demonstram confiar na capacidade humana para controlar as suas apetências
quando está em jogo uma causa importante. A abstinência, tão injuriada como «irreal» para dominar os
prazeres da carne na luta contra a SIDA, adquire aqui
o seu valor de autocontrolo responsável.
McCartney envolveu nesta cruzada toda uma
série de celebridades do mundo do espectáculo
Correio da AESE
(Kevin Spacey, Woody Harrelson, Joanna Lumley,
Laura Bailey, Chris Martin...), empresários como
Richard Branson, chefes, donos de restaurantes e
críticos gastronómicos, a editora da Vogue e até Yoko
Ono, a viúva de John Lennon. Certamente que todos
eles têm bastante dinheiro para comerem lombo nos
outros dias, pelo que bem podem fazer abstinência
às segundas-feiras.
Bem vindo ao Norte
Bienvenue chez le Ch'tis
Realizador: Dany Boon
Actores: Kad Merad; Zoé Félix
Música: Philippe Rombi
Duração: 106 min.
Ano: 2008
Este filme francês tornou-se no grande êxito de
bilheteira de 2008, apesar de não recorrer a cenas
chocantes ou violentas. Apostou em recriar situações
e realidades correntes e autênticas, ditas num registo
humorístico mais directo. O enredo é copiado do
quotidiano de tantas famílias que atravessam uma fase
difícil no casamento e a repercussão desse facto na
vida profissional.
O marido trabalha nos Correios e é enviado para
uma sucursal no norte, um local para onde nenhum
funcionário pretendia ser transferido. A sua ida é um
castigo por ter tentado obter um posto na zona
turística do sul de França de um modo fraudulento.
Como tudo fora descoberto, o caso complicara-se e
não teve outro remédio a não ser aceitar ir para o
«norte».
Ao chegar ao seu novo destino, depara-se com
um ambiente acolhedor e muito diferente do que
tinha imaginado. No entanto, a sua mulher não quer
acreditar. Os problemas de incomunicação entre os
dois eram demasiados e prolongavam-se há longo
Associação de Estudos Superiores de Empresa
l
É o mesmo que fazem tantos milhões de pessoas
do mundo subdesenvolvido, que não comem carne
nem às segundas-feiras nem na maior parte dos dias
do ano, e nem sequer se apercebem de que estão a
lutar contra a mudança climática.
I. A.
tempo. Resolve então recorrer à mentira, contando-lhe como o clima era agreste e os seus colegas de
trabalho pessoas incompetentes. Na prática, a
realidade era outra. Ele sentia-se bem nas suas novas
funções. Os funcionários às suas ordens eram pessoas
amáveis. Tinham-lhe proporcionado boas condições
de adaptação e integrado no ambiente de equipa.
Pouco a pouco foram-se conhecendo melhor. Ele
reparara por sua vez que estes colaboradores tinham
também os seus próprios problemas pessoais e ajuda-os em aspectos concretos. Ganharam confiança entre
todos.
Um dia, a sua mulher anuncia que vai ter com
ele. Sente-se encurralado. As suas mentiras seriam
descobertas, tanto à mulher, como aos subordinados
a quem não revelara o que se passava na sua vida
familiar. Os episódios caricatos multiplicam-se até ao
momento em que decide encarar a verdade. Pela
primeira vez, arrisca a sério e esclarece tudo… Os
problemas simplificam-se. De facto, a verdade tudo
soluciona! A mentira é que baralha, complica e
enreda…
Tópicos de análise:
1. Admitir os factos, impulsiona a sua resolução.
2. A atenção aos pormenores permite conhecer
as necessidades das pessoas.
3. O líder ganha autoridade pelo real empenho
em ajudar.
4. Reconhecer os erros e procurar solucioná-los
credibiliza a pessoa.
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