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HIDROCISTOMA APÓCRINO NO PÊNIS EM CRIANÇA
Vasconcelos M L D¹, Souza N M¹, Guidobono A N S¹, Catalano S P², Bedin V³
(1) Pós-Graduanda da Associação Pele Saudável - BWS
(2) Professora/Coordenadora da Pele Saudável - BWS
(3) Professor/Coordenador da Pele Saudável - BWS
INTRODUÇÃO
Este tema trata-se de tumor benigno originado de
glândula apócrina de apresentação cística, sendo sua
patogênese proveniente de um adenoma dessa
glândula, diferentemente do hidrocistoma écrino
decorrente de uma dilatação ductal por retenção de
secreções.
Suas
divisões
histológicas
são
controvertidas, pois na microscopia eletrônica nem
sempre são possíveis de fazerem tais distinções
inclusive
por
métodos
imunohistoquímicos.
Tradicionalmente, são divididos em solitários (tipo de
Smith) e múltiplos (tipo de Robinson). Admitem-se
diferenças clínicas que ajudam em seu diagnóstico
como: os apócrinos costumam ser solitários, maiores,
de coloração azulada, apesar de serem translúcidos e
localizados em geral na face, especialmente na região
palpebral inferior (cistos de glândulas de Moll) próximo
aos cílios e da via de drenagem lacrimal; os écrinos
podem ser solitários ou múltiplos, podendo aumentar
com o calor e diminuir no frio, aspecto translúcido ou
opaco, com localização de maior frequência, também,
nas pálpebras inferiores porém acima da pele
palpebral . Podem ser encontrados em outras regiões
como couro cabelulo, orelha, tronco e membros superiores. Ambos, geralmente, ocorrem em adultos, sobretudo no sexo feminino, a partir da 4a década de vida.
APRESENTAÇÃO CLÍNICA DO CASO
L.E.M.S, 6 anos, masculino, branco, natural e
procedente de São Paulo/SP, apresentando lesão
peniana há 2 anos. Sem antecedentes pessoais ou
familiares dignos de nota. Ao exame dermatológico,
lesão cística, translúcida, não-secretante, de 0,5 cm na
face interna do prepúcio. Optou-se pela abordagem
cirúrgica, com excisão completa da lesão, com
posterior anátomo-patológico confirmando a hipótese
de hidrocistoma.
DISCUSSÃO
Apesar dos hidrocistomas possuírem aspectos
característicos, o exame histopatológico é sempre
recomendável, pois possibilita precisão no diagnóstico
e permite a diferenciação de lesões malignas
clinicamente
semelhantes.
Adicionamente
como
diagnósticos diferenciais, temos: cisto de rafe mediana,
cisto mixóide, cistoadenoma écrino, cisto folicular,
carcinoma basocelular, nevo azul, melanoma maligno,
mília, siringoma, além de outras entidades que
compartilham a topografia. O tempo decorrido desde o
aparecimento da lesão até o diagnóstico é geralmente
longo, devido ao fato de não se observar, em muitos
casos o crescimento da lesão, provavelmente em função
da mesma ser assintomática.
No entanto, a procura do tratamento é com
frequência por motivos estéticos. A exérese cirúrgica é
o tratamento de eleição, sendo a eletrocirurgia com
destruição
capsular
do
cisto
frequentemente
recomendada para prevenir a recorrência. Múltiplos
hidrocistomas apócrinos
podem ser tratados com
vaporização à laser de dióxido de carbono ou, também,
com ácido tricloroacético. O caso apresentado diverge
da literatura quanto à idade do paciente, características
das lesões e sua localização predominantemente
CONCLUSÃO
Espera-se que o presente relato contribua para o
enriquecimento da literatura científica na área
dermatológica, ampliando a faixa etária em que o
hidrocistoma poderá ser reconhecido. Mais além, ilustrase que nem sempre as doenças manifestam-se
tipicamente quanto à lesão elementar, localização,
sintomatologia e faixa etária. Desta forma, suspeição
diagnóstica sempre será elemento essencial à boa
prática clínica.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 Fitzpatrick TB., Dermatology in General Medice, 7.ed., Mc Graw Hill, 2008
 Sampaio SAP., Rivitti EA., Dermatologia, 3. ed, ed. Artes Médicas, 2007;
 Jesse M Olmedo, MD, Ronald P Rapini, MD, Apocrine Hidrocystoma
http://emedicine.medscape.com/article/1056133
 Dres. A. Moreno, X. Bordas y A. Jucjlà
Hodrocistoma Apocrino.
http://www.e-dermatosis.com/pdf-zip/Derma065.pdf
 Schellini SA, Pinto APC, Castilho CN, Achilles AB, Padovani CR, Marques
MEA, Hidrocistoma Écrino e Apócrino na palpebra – Casuística na Fac. de
Medicina de Botucatu - São Paulo, An Bras Dermatol, R. de Janeiro, 76 (3):
283-288, 2001.

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