a obesidade infantil e seus reflexos na qualidade de vida

Transcrição

a obesidade infantil e seus reflexos na qualidade de vida
SUMÁRIO
RESUMO ..........................................................................................................................2
ABSTRACT ........................................................................................................ 3
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................... 4
4. METODOLOGIA ............................................................................................. 6
5. APRESENTAÇÃO .......................................................................................... 7
8. CONCLUSÃO............................................................................................... 20
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................. 22
10. LIGAÇÕES EXTERNAS ............................................................................. 29
RESUMO
O presente estudo teve como objetivo o levantamento dos fatores
envolvidos na obesidade infantil que refletem na qualidade de vida, visando o
esclarecimento da doença, suas características, causas e consequências.
Através de pesquisas bibliográficas enfocou os seguintes aspectos: definição
da obesidade, dados estatísticos, métodos de avaliação do peso corporal,
causas e patologias (físicas e mentais) que se associam com a obesidade
infantil nos estudos citados. Foi realizada uma análise da responsabilidade do
poder público sobre a saúde das crianças, juntamente com as escolas e com
os pais. Considerou-se também as possibilidades que podem amenizar a
doença como por exemplo medidas políticas mais enérgicas e programas
multiprofissionais. Verificou–se também a relação da obesidade infantil com
aspectos psicológicos como depressão e ansiedade que podem interferir na
qualidade de vida dessa população. Concluiu-se nessa investigação, que os
profissionais da área de saúde, podem interferir e modificar suas atuações, em
benefício à prevenção e na contribuição ao tratamento da obesidade infantil,
oferecendo orientações adequadas para um melhor desenvolvimento corporal
e psicológico das crianças resultando na melhoria da qualidade de vida.
Descritores:
Palavras- chaves: Obesidade, Obesidade infantil, Sobrepeso, Criança, Fatores de risco,
Causas psicológicas, transtornos nutricionais, Qualidade de vida, Bullying, Depressão,
Ansiedade .
2
ABSTRACT
The present study aimed to raise the factors of childhood obesity that
reflect the quality of life, for the enlightenment of the disease focusing on their
characteristics, causes and consequences. Based on literature searches that
study focused on the following aspects: definition of obesity, statistics, methods
of assessment of body weight, causes and conditions (physical and mentals)
that are associated with childhood obesity in the studies cited. The study has
also analyzed the government’s responsibility within the children healthy, and
their schools and parents’ influence. We have also considered the possibility
that the disease can be mitigated thought stronger attitudes with policy
measures and multidisciplinary programs. There is also a relationship of obesity
with psychological aspects such as depression and anxiety that may interfere
with the quality of life for these clients The study has concluded through this
investigation that health professionals may be interfering and modifying in their
performances, the benefit in contributing to the prevention and treatment of
childhood obesity by offering children’s better conditions for a better body and
psychological development resulting in the improvement of their life quality.
Key words: Obesity, Childhood Obesity, Overweight Child, Risk Factors,
Psychological Causes, Nutritional Disorders, Quality of Life, Bullying,
Depression, Anxiety .
3
1. INTRODUÇÃO
A obesidade infantil é definida como uma patologia crônica, como nos
adultos, caracterizada pelo acúmulo progressivo de gordura corporal, com
manifestação em ambos os gêneros e em distintas faixas etárias, podendo
causar complicações em diversos sistemas do organismo. A obesidade pode
ser dividida em obesidade de origem exógena é a mais frequente e a
endógena. Para a endógena, deve-se identificar a doença básica e tratá-la. A
obesidade exógena origina-se do desequilíbrio entre ingestão e gasto calórico,
devendo ser manejada com orientação alimentar, especialmente mudanças de
hábitos e otimização da atividade física 1.
O excesso de tecido adiposo na infância geralmente é multifatorial,
envolvendo hábitos alimentares errôneos, propensão genética, estilo de vida
familiar, condição sócia- econômica, fatores psicológicos e etnia 2.
Vários estudos realizados atualmente destacam que o excesso de peso
e gordura corporal está relacionado a doenças crônico-degenerativas, e assim
reduzem significativamente a qualidade de vida dos indivíduos
3
.A nível
individual esta redução nos aspectos qualitativos da vida ocorre não apenas
em função de problemas médicos e fisiológicos, mas também por problemas
psicológicos, como a ansiedade, depressão e dificuldades comportamentais 4.
Através de levantamento bibliográfico, foi identificado que a obesidade
pode trazer sérias complicações à saúde do individuo, devendo-se levar em
consideração o tempo de exposição a esta morbidade, uma vez que quanto
maior o tempo que o individuo permanece obeso, maior possibilidade ele tem
de desenvolver uma ou mais complicações decorrentes como: articulares
(maior predisposição a artroses, osteoartrites, epifisiólise da cabeça femoral,
genu valgum e coxa vara), cardiovasculares (hipertensão arterial sistêmica,
hipertrofia cardíaca e morte súbita), cirúrgicas (aumento do risco cirúrgico),
endócrinos (idade óssea avançada, aumento da estatura e menarca precoce),
dermatológicas (com micoses, estrias, dermatites e piodermites principalmente
4
nas regiões da axila e inguinal), endócrino-metabólicas (maior resistência à
insulina, maior predisposição a diabetes mellitus tipo 2, hipertrigliceridemia,
hipercolesterolemia, gota úrica e doença dos ovários policísticos com
oligomenorréia ou amenorréia), gastrintestinais (maior freqüência de litíase
biliar), neoplásicas (maior freqüência de câncer de endométrio, mama, reto e
próstata), respiratórias (forte tendência à hipóxia, apnéia de sono, asma e
Síndrome de Pickwick) 5,6.
Segundo Escrivão, Oliveira, Taddei e Lopez 7, a dieta tem um papel
importante neste processo, pois pode desencadear um desequilibro entre a
ingestão e o gasto energético. A utilização de alimentos industrializados
excessivamente calóricos e com alto teor de colesterol e gordura saturada é
muito frequente na sociedade moderna.
Evidências disponibilizadas na literatura sugerem que, em crianças, os
principais fatores ambientais que têm contribuído bastante para o aumento do
sobrepeso nessa faixa etária, além do excesso na ingestão energética, seria o
número de horas em frente à televisão, uso de videogames, computadores e a
inatividade física 8,9,10
O impacto que a obesidade infantil causa na vida de crianças ,trazendo
consequências físicas ,sociais, econômicas e psicológicas mostra que estudos
devem ser realizados para se proporcionar um atendimento e uma intervenção
adequada a essa população 11.
Faz-se necessário uma revisão bibliográfica, com o intuito de organizar o
conhecimento produzido, nesta última década, devido ao grande número de
publicações nesta área. Os resultados poderão servir como alerta para todos
os profissionais que estão diariamente em contato com a parcela infantil de
nossa sociedade, a fim de prevenir e auxiliar neste problema cada vez mais
crescente.
5
4. METODOLOGIA
O presente estudo de revisão literária será descritivo e não
intervencionista. Os estudos foram selecionados por meio de consulta a livros,
revistas e eletrônica em banco de dados de confiabilidade científica, como:
SCIELO, BIREME, LILACS e MEDLINE, com o emprego dos seguintes
descritores de saúde: Obesidade infantil, qualidade de vida, fatores de risco,
sobrepeso, criança, de acordo com o tema da revisão, por meio da verificação
do enfoque principal do estudo e relacionados por meio de informações
semelhantes ou contraditórias. Essa pesquisa contempla publicações nos
idiomas: português e inglês, sendo estas selecionadas conforme a relação com
o tema da pesquisa.
O objetivo foi de investigar a prevalência da obesidade infantil, identificar
os possíveis fatores etiológicos associados e verificar quais são as
intervenções, que se destacam nesta última década, como forma de diminuir
e/ou prevenir a obesidade infantil para melhorar a qualidade de vida desta
população e quais são as suas implicações neste quesito. Sendo assim, o
presente trabalho torna-se importante devido ao aumento dos índices de
obesidade na infância, assim como os problemas de saúde que tal condição
acarreta a esses indivíduos e sua influência na qualidade de vida. É necessário
entender os fatores que proporcionam essa modificação no quadro nutricional
da população infantil para, a partir de então, elaborar medidas que visem
prevenção e intervenção profissional neste problema.
6
5. APRESENTAÇÃO
A obesidade infantil vem aumentando de forma significativa ao longo
desta década ocasionando várias complicações na saúde. Na infância, o
manejo pode ser ainda mais difícil do que na fase adulta, pois está relacionado
a vários fatores como: disponibilidade dos pais, mudanças nos hábitos na
família, falta de entendimento da criança e a falta de atividade física.Com
relação a esse último item , devido a falta de segurança pública , as crianças
não brincam mais nas ruas , como antigamente , ficando horas na frente de um
computador ou de uma televisão 12 .
De acordo com relatos da Organização mundial da saúde, a
prevalência de obesidade infantil tem crescido em torno de 10 a 40% na
maioria dos países europeus nos últimos 10 anos. A obesidade ocorre mais
frequentemente no primeiro ano de vida, entre 5 e 6 anos e na
adolescência13,14.
A definição de obesidade é muito simples quando não se prende a
formalidades científicas ou metodológicas. O visual de corpo é o grande
elemento a ser utilizado. O ganho de peso na criança é acompanhando por
aumento de estatura e aceleração da idade óssea. No entanto, depois, o ganho
de peso continua, e a estatura e a idade óssea se mantém constantes. A
puberdade pode ocorrer mais cedo, o que acarreta altura final diminuída,
devido ao fechamento mais precoce das cartilagens de crescimento
15
.
Antecedentes familiares de obesidade, hipertensão arterial e diabetes
foram encontrados em grupos de crianças obesas. Além disso, problemas
durante a gestação também foram relatados, sendo a obesidade gestacional o
mais citado. O ganho de peso materno durante a gestação tem sido associado
ao aumento no risco de obesidade na infância e resistência à insulina 16 Numa
abordagem longitudinal, Boney et al.17 demonstraram que os recém nascidos
grandes para a idade gestacional e filhos de mães diabéticas ou com
obesidade durante a gestação apresentaram maior risco para a síndrome
metabólica após os nove anos de idade. Estes achados reforçam argumentos
sobre a perpetuação do ciclo da obesidade, da resistência à insulina e de suas
7
consequências a gerações subsequentes, sugerindo a necessidade do controle
da obesidade materna quando se planeja combater a obesidade infantil.
O excesso de peso pode ser causado por dois fatores importantes: a
hipertrofia (aumento de tamanho das células adiposas) ou pela hiperplasia
(aumento de quantidade das células adiposas). Quando uma célula de gordura
é gerada, ela deverá ficar no organismo até a morte do individuo. Portanto a
única maneira de eliminar o excesso de peso é a eliminação daquela célula.
Por isso é tão difícil eliminar a obesidade, depois da infância e adolescência. A
cada ano, pelo menos 2,8 milhões de pessoas adultas morrem em
consequência de sobrepeso ou da obesidade, sendo que 44% dos casos são
por diabetes, 23% dos casos são cardiopatias isquêmicas e de 7% a 41% dos
casos de alguns tipos de câncer são atribuídos ao sobrepeso e a obesidade
18
.
A arteriosclerose tem início na infância, com depósito de colesterol
na intima das artérias musculares, formando a estria de gordura. Essas estrias
nas artérias coronarianas de crianças podem, em alguns indivíduos, progredir
para lesões ateroscleróticas avançadas em poucas décadas, sendo este
processo reversível no início do seu desenvolvimento. É importante ressaltar
que o ritmo de progressão é variável e os exames devem ser realizados em
casos de risco nas crianças e adolescentes. Confirmado a dislipidemia, o
tratamento dietético deverá ser iniciado após os dois anos de idade, com o
cuidado de priorizar as necessidades energéticas e vitamínicas próprias à
idade e a flexibilidade de permitir, em algumas situações, ingestão de gorduras
superior a 25%. Deve-se encorajar a ingestão de fibras e desestimular o
consumo de alimentos com gorduras saturadas
19
.
Foram considerados parâmetros etários da OMS, Organização Mundial
da Saúde para a definição de “criança” e “adolescente”, sendo respectivamente
dos dois anos aos nove anos e dos dez anos aos 19 anos 20.
Em relação à antropometria, há diversas maneiras de diagnosticar o
excesso de peso infantil, dentre eles o IMC (indíce de massa corpórea) e o
escore-z (altura e peso para a idade). Sabe-se que o IMC é o padrão
internacional, pelo fato de possibilitar melhor análise, visto que o método pode
8
também ser utilizado em adultos, permitindo uma continuidade na avaliação do
paciente. A maioria dos profissionais da área da saúde utiliza a curva do IMC
21,22
do (CDC) Centers for Disease Control and Prevention 2000 para avaliar o
estado nutricional da criança, porém ainda não existe consenso quanto à
maneira ideal de avaliação. A curva do National Center for Health Statistics
(NCHS), criada em 1977,
foi desenvolvida através de estudos com a
população americana, tanto de brancos como negros
21,22
.
Já a curva da OMS,
criada em 2006, foi baseada em amostra de crianças de vários países, dentre
eles o Brasil, e adapta-se bem ao padrão de crescimento infantil
22
.
Em recente publicação, Reis et al, mostraram que o excesso de
peso tende a ser mais frequente no meio urbano do que no rural, em particular
nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Com magnitude menor, a
prevalência da obesidade mostrou distribuição geográfica semelhante à
observada para excesso de peso 23 .
Neste contexto, políticas públicas e programas de promoção a
saúde, visando a hábitos alimentares saudáveis e praticas de atividades físicas
regulares,
são
necessários
para
combater
essa
realidade.
Medidas
governamentais já foram tomadas a fim de controlar o aumento da prevalência
da obesidade entre crianças brasileiras. Nessa lógica, são importantes as
políticas públicas que buscam atuar na prevenção e no controle da obesidade
infantil.
Assim como em outros países em desenvolvimento, a transição
nutricional no Brasil é marcada pela presença concomitante de desnutrição,
obesidade e doenças carências específicas ligadas à má nutrição. Dada a
complexidade do quadro epidemiológico atual e de seus determinantes, uma
única medida não é suficiente para melhorar o perfil nutricional da nossa
população. As intervenções devem integrar ações de incentivo que motivem as
pessoas às práticas de boa saúde evitando a exposição a praticas não
saudáveis. Historicamente, as políticas públicas no Brasil vêm sendo realizadas
por meio de praticas assistencialistas, refletindo-se em relações que não
incorporam o reconhecimento do direito à saúde
24,25
.
9
Passos importantes nessa direção foram dados, como a inclusão de
metas nacionais para reduzir a obesidade no Plano Nacional de Saúde, a
aprovação de diretrizes nacionais para a alimentação saudável, o repasse de
recursos federais para o financiamento de ações especificas de promoção de
alimentação saudável e de atividade física nos municípios e a resolução da
ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que regulamenta a
publicidade de alimentos não saudáveis. No âmbito intersetorial, destaca-se a
adoção de políticas de segurança alimentar e nutricional, bem como a
integração do Programa Nacional de Alimentação do Escolar (PNAE) com a
produção local de alimentos e a agricultura familiar, favorecendo a oferta de
frutas e hortaliças nas escolas e comunidades 26.
Além de todas as implicações na saúde da criança, a obesidade infantil
parece também estar envolvida em consequências psicológicas e sociais, pois
pode comprometer a autoestima do jovem obeso
27
. Estudos anteriores têm
mostrado associação entre baixa qualidade de vida e obesidade
28,29
.A
mensuração da qualidade de vida se tornou um importante indicador de saúde,
pois fornece informações a respeito da interferência da condição clínica na vida
do paciente, podendo direcionar para políticas públicas que visem à melhoria
da qualidade de vida. Esta avaliação deveria ser considerada em crianças com
excesso de peso e utilizado como argumento no tratamento28.Deveria também
servir como um importante parâmetro para avaliação do sucesso do
tratamento.
Luiz et al 30 encontraram uma relação entre obesidade infantil e aspectos
psicológicos, tais como depressão, ansiedade e déficits de competência social.
Para a compreensão deste aspecto, deve-se considerar que muitas vezes as
crianças obesas sofrem estigmatização social, podendo causar impacto
negativo na qualidade de vida, interferindo principalmente nos aspectos
emocionais e sociais.
Sentimentos de tristeza, irritabilidade e agressividade, dependendo da
intensidade e da frequência, podem ser indícios de quadros depressivos em
crianças. As súbitas mudanças de comportamentos nas crianças, não
justificadas por fatores estressantes, são de extrema importância para justificar
10
um diagnóstico de transtornos depressivos. Os sintomas depressivos podem
interferir na vida da criança de maneira intensa, prejudicando seu rendimento
escolar e seu relacionamento familiar e social 31.
Faz-se necessário ainda salientar que os transtornos depressivos
constituem uma série de alterações comportamentais, biológicas, cognitivas,
emocionais e somáticas, que geralmente associam-se a outras queixas, como,
por exemplo, a ansiedade 32.
A possibilidade da utilização da avaliação da qualidade de vida na
prática clínica tem motivado a realização de estudos e o desenvolvimento de
alguns questionários. Para pesquisas no Brasil, foi validado o Questionário de
Qualidade de Vida Relacionada à Saúde Pediátrica, “Pediatric Quality of Life
Inventory” (PedsQL) 33. Este foi desenvolvido para ser uma abordagem modular
para a aferição da qualidade de vida de crianças, integrando os méritos
relativos da abordagem genérica e de doenças específicas
34
. No Brasil, foi
realizado um estudo referente à qualidade de vida de jovens obesos, utilizando
este questionário como instrumento de medida
29
.
Um outro aspecto a ser considerado, além de todas as dificuldades e
problemas relacionados ao fato da criança ou adolescente estar acima do
peso, é o fator psicossocial associado a tal estado. Em uma sociedade que
valoriza a aparência física e o corpo ideal, esse indivíduo pode ser alvo de uma
série de discriminações, sobretudo no contexto escolar. Neste sentido pode-se
falar em bullying relacionado a obesidade infantil 35.
Além da imagem corporal, o bullying também ocasiona um impacto
psicológico negativo
36
onde as crianças têm percepções e visões de suas
experiências e podem resistir em relatar experiências constrangedoras ou
estressantes, como ocorre com as vítimas de bullying 37.
Em um estudo em que se avaliou as características sociais em crianças
obesas, verificou-se que as mesmas, quando comparadas às não obesas,
eram menos desejáveis como amigas e rejeitadas com uma maior frequência
11
pelos colegas de classe. Quando questionadas, em sua autoavaliação,
relatavam maior nível de depressão e baixa autoestima
38
.
Foi constatado em um estudo que 66% dos alunos “gordinhos” que
foram entrevistados sofriam bullying escolar e não sabiam explicar com
veemência a justificativa das agressões, mas, tinham certeza de que os bullies
se divertiam vendo o sofrimento que causavam. Metade desse total vive em
constantes situações de humilhação, evitando contato com os agressores na
escola e no caminho de volta para casa, além de viver tentando não chamar a
atenção das demais pessoas em lugares públicos. Ainda assim, a pesquisa nos
mostrou que 50% dos casos de bullying escolar dão margem à violência física.
Isto é, além da exclusão social e dos apelidos pejorativos que costumam
receber por conta de seu aspecto físico, as vítimas ainda correm o risco de
voltarem machucadas para suas residências 39.
Em um estudo realizado com professores mostram que o preconceito, as
gozações, as chacotas e as perseguições direcionadas aos estudantes obesos
são percebidos pelos professores e apontam essas atitudes como o principal
problema enfrentado por tais alunos no ambiente escolar. Outros problemas,
segundo a percepção dos professores, parecem ocorrer em consequência
desse problema maior. Seguindo essa perspectiva, podemos destacar as
associações feitas por diversos professores entre timidez, falta de participação,
isolamento e problemas de aprendizagem além do fato de esses alunos serem
alvos de perseguições, preconceitos e gozações, ou seja, o fato de serem
vítimas de bullying. O resultado deste estudo indicam a possibilidade de se
considerar o professor como um espectador de situações de bullying. Outras
pesquisas devem ser desenvolvidas a fim de buscar melhor compreensão do
papel do professor em situação de bullying 40.
Rech R R, et al, verificou a prevalência de bullying (vítimas e agressores)
em uma amostra representativa de escolares do sexto ano ( de 11 a 14 anos)
de idade de Caxias do Sul, RS, no total de 1.230 escolares. Os mesmos foram
avaliados e as prevalências de vítimas e agressores de bullying foram de
10,2% e 7,1%, respectivamente. Os insatisfeitos com a imagem corporal
apresentaram mais do que o triplo de chances de serem vítimas e quase o
12
dobro de chances de serem agressores em relação aos satisfeitos. Os
escolares com hábitos sedentários (mais de três horas por dia) apresentaram
55% mais chances de serem vítimas e mais do que o de serem agressores.
Sendo assim, observou-se que os meninos apresentaram mais do que o dobro
de chances de serem agressores em relação às meninas
41
.
Para a avaliação das vítimas de bullying, existe um questionário
Kidscape, criado pela instituição chamada “Kidscape”
42
. O questionário, que
pode ser adaptado, contém 14 questões que identificam vítimas e agressores.
Para a definição do desfecho “vítima de bullying” pode ser utilizada em questão
que identifica se o avaliado já sofreu algum tipo de agressão, intimidação ou
assédio.
13
6. RESULTADOS e DISCUSSÃO
O consumo alimentar tem sido relacionado à obesidade não somente
quanto ao volume da ingestão alimentar, como também à composição e
qualidade da dieta. Além disso, os padrões alimentares também mudaram,
explicando em parte o contínuo aumento da adiposidade nas crianças
o pouco consumo de frutas, hortaliças
44
e leite
43
como
45
o aumento no consumo de
guloseimas (bolachas recheadas, salgadinhos, doces) e refrigerantes
46
, bem
como a omissão do café da manhã 47.
Em março de 2009, um estudo comprovou essa relação: o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) iniciou a coleta de dados da
Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), que avaliou 618.500 alunos
de escolas públicas e privadas de todo país que frequentam o nono ano do
ensino fundamental – a maioria na faixa de 13 a 15 anos.
Foram avaliadas questões sobre alimentação, atividade física, condições
de vida e violência, entre outras. Os resultados mostram que 57% dos
estudantes são inativos ou insuficientemente ativos em termos de prática física,
considerando somente as alunas, o percentual chega a 69% e, dentre os
meninos, 44%. O consumo de guloseimas (balas, bombons, chicletes, doces,
chocolates e pirulitos) e de refrigerantes superou o de frutas in natura. O
consumo de frutas in natura foi de 32%, enquanto o de guloseimas em cinco ou
mais dias na semana foi de 51%, refrigerantes 37%, batata frita 5% e salgados
fritos 13% 48.
Um estudo prospectivo, de 19 meses de duração, com 548 crianças de
escolas da sexta e sétima séries, verificou que o IMC e a frequência de
obesidade aumentavam para cada porção adicional consumida de bebida
contendo açúcar refinado 49.
Os
hábitos
dos pais
influenciam
diretamente
nas
preferências
alimentares das crianças e na atividade física, fato este que leva ao
envolvimento de toda a família no tratamento da obesidade da criança
50,51
.A
prevenção é a medida mais efetiva e segura no controle da obesidade, sendo o
14
exemplo dos pais de extrema importância para uma rotina com atividade física
e um hábito alimentar ideal.
Confirma-se a influência da publicidade alimentar nos pedidos de
compras de alimentos feitos pelas crianças mas não com o consumo desses
alimentos e também se confirma a associação entre o excessivo número de
horas em frente ao televisor e ter uma alimentação pouco saudável
52
. Estudos
anteriores sugeriram que passar várias horas a ver televisão pode estar
associada ao excesso de peso e obesidade em crianças e adolescentes
53
ea
quantidade de horas em frente, especialmente nos finais de semana, à
televisão tende aumentar significativamente entre a idade pré-escolar e
escolar54. Durante os períodos de visionamento de televisão não só gastam
pouca energia como estão expostos a vários anúncios publicitários destinados
especialmente às crianças e adolescentes que podem influenciar, o desejo,
pedido e consumo alimentar menos saudável, de produtos de fast - food,
refrigerantes açucarados, doces, entre outros 55.
A exposição a anúncios publicitários alimentares pode promover a
criação de percepções acerca da alimentação pouco saudáveis, contribuem
para o consumo de alimentos ricos em gorduras e açucares durante o período
de visionamento da televisão e influenciam o ganho de peso
56
. Este consumo
desproporcional das crianças e adolescentes enquanto vêem televisão está
associado á perda de atenção sobre a quantidade de alimento que comem e
distração quanto aos sinais corporais de saciedade 57. Está comprovado que
por cada hora extra ao número de baseline de televisão resulta na redução de
consumo de um fruto e vegetal por semana
58
. Para estudar esta relação a
longo prazo, Anderson et al. levaram a cabo o primeiro estudo longitudinal com
crianças e adolescente por um período de 6 anos e concluíram que o
visionamento de televisão durante a adolescência prediz longitudinalmente
padrões de dietas pouco saudáveis 5 anos depois, com maior relevância nas
fases de transição para o ensino secundário e para o ensino superior.
Outro estudo importante foi feito para analisar a alimentação na escola e
que também serve para incentivar a prática de hábitos saudáveis.
15
No presente estudo incentiva-se que o termo merenda escolar não seja
mais utilizado, por demonstrar em sua tradução um tipo de alimentação rápida,
reduzida, equivalente a um lanche. Assim, é defendido o uso da expressão
“alimentação escolar”, que proporcionou um entendimento mais próximo de
uma refeição completa a qual os alunos têm direito. A mobilização em prol da
qualidade de vida e saúde foi um dos grandes desafios enfrentados.
Associaram temas relacionados como a nutrição e o cotidiano escolar visando
maior interdisciplinaridade como a instalação de hortas, um permanente espaço
educativo. O principal objetivo deste trabalho foi de relacionar com a saúde
como meta à prevenção, começando pelos hábitos saudáveis de vida e
promoção de todas as pessoas à condição de cidadãs com direitos e deveres
iguais 59.
Outro estudo realizado no Sul do Brasil, alerta para as altas prevalências
de obesidade abdominal e excesso de gordura corporal da população
estudada. O hábito de realizar 4 ou mais refeições diárias mostrou-se benéfico,
diminuindo as chances de apresentar medidas aumentadas e percentual de
gordura acima da média. As prevalências de obesidade abdominal e excesso
de gordura corporal apresentadas pelos escolares insatisfeitos com a imagem
corporal foram consideravelmente maiores em comparação aos satisfeitos. Em
relação ao sexo, verificaram-se menores chances dos meninos apresentaram
obesidade abdominal. E ressaltam a necessidade de novos estudos e
levantamentos para avaliar a tendência de crescimento das prevalências de
obesidade e seus fatores 60.
Tsiros et al
61
defenderam a idéia, por meio de uma revisão mais
abrangente, que a maioria dos estudos apontam para uma relação inversa
entre IMC e qualidade de vida da população pediátrica, com prejuízos
consistentes nos domínios físico e social. Utilizando o PedsQL (autorrelato da
criança), Tyler et al
62
encontraram que jovens severamente obesos
apresentaram pior qualidade de vida nos aspectos físico e psicossocial, quando
comparados a outros três grupos: peso normal, risco de obesidade e
obesidade.
16
Glaner MF et al realizou o estudo da verificação da associação entre a
insatisfação com a imagem corporal, o índice de massa corporal (IMC), a
adiposidade corporal e a obesidade abdominal em adolescentes. Participaram
637 adolescentes (11-17anos) de ambos os sexos. Foram medidos massa
corporal, estatura, perímetro do abdômen, dobras cutâneas do tríceps e perna
medial e, coletadas informações referentes a imagem corporal. O IMC, a
obesidade abdominal e a adiposidade corporal foram usados como referência
em relação ao desfecho. A prevalência de insatisfação com a imagem corporal
foi de 60% (rapazes = 54,3%, moças = 65,2%; p < 0,05). Os rapazes com IMC
baixo e a obesidade abdominal apresentaram, respectivamente, 4,31 e 4,93
vezes mais chance de insatisfação corporal. As moças com IMC alto e
adiposidade corporal alta apresentaram, respectivamente, 6,81 e 1,95 vezes
mais chance de insatisfação corporal. Enquanto nos rapazes o IMC baixo e a
obesidade abdominal apresentaram associação com a insatisfação corporal;
nas moças o IMC e a adiposidade corporal elevados estiveram associados. 63
Carpenter, Hasin, & Allison, destacam que estudos têm mostrado que
crianças obesas possuem um grande risco para desenvolverem problemas
psicológicos e de saúde. Observações clínicas postulam a associação entre a
obesidade e depressão. Estas observações têm recebido suporte de estudos
epidemiológicos, sugerindo relação entre excesso de peso e sintomas
psicológicos e psiquiátricos 64.
Csabi, Tenyi e Molnar
65
realizaram um estudo com o objetivo de
comparar um grupo de 30 crianças obesas em tratamento ambulatorial com um
grupo de 30 crianças não obesas, no que se refere à presença de sintomas
depressivos. Utilizaram como instrumento de coleta de dados uma Escala de
Classificação para Depressão Infantil. Os resultados deste estudo mostraram
uma maior proporção de sintomas depressivos em crianças obesas quando
comparadas com as de peso normal.
Todavia, não há consenso na literatura sobre as relações entre
depressão e obesidade. Friedman e Brownell (1995), investigando a literatura,
observaram divergências entre os estudos. Alguns estudos mostraram que a
obesidade aumenta o risco para o desenvolvimento de sintomas depressivos,
17
outros indicaram que a obesidade diminui o risco para a depressão e ainda
outros apontaram que a obesidade não tem influência no risco para depressão.
Nota-se assim a necessidade e a importância de estudos com a população
infantil brasileira que verifiquem a presença de sintomas depressivos entre
crianças obesas e da elaboração de instrumentos específicos para a cultura
brasileira, que avaliem adequadamente tais sintomas 66.
Considerando que a obesidade infantil pode estar relacionada com
sintomas de ansiedade, Carvalho et al., em uma pesquisa com préadolescentes obesos (todos os participantes situaram-se no percentil igual ou
acima de 95) de ambos os sexos com idade entre 9 e 13 anos, selecionados
através de um programa escolar de uma cidade do interior do estado de São
Paulo, observaram que entre essa amostra estudada os meninos apresentaram
sinais indicativos de problemas emocionais. No que se refere a sinais de
ansiedade, os sujeitos encontravam-se com níveis dentro do esperado para
essa faixa etária, não se encontrando diferença entre os sexos. Apenas 3,8%
dos sujeitos apresentaram ansiedade acima da média. Os autores desse
estudo concluíram que não houve diferença significativa entre obesos e não
obesos nessa população estudada e ainda consideram a importância de
realizar estudos deste tipo para elucidar aspectos relativos ao funcionamento
psicológico de pré-adolescentes obesos 67.
Stradmeijer
68
analisando a relação entre funcionamento familiar e
justamento psicossocial em 70 crianças e adolescentes com excesso de peso
(IMC igual ou cima do percentil 95), quando comparadas com 73 crianças e
adolescentes com peso normal, com idade entre 10 e 16 anos, verificaram que
tanto
os
pais
como
os
professores
apontaram
mais
problemas
comportamentais em crianças com excesso de peso.
As prevalências de sobrepeso mais obesidade e insatisfação com a
imagem corporal destes escolares encontram-se elevadas e devem ser motivo
de preocupação da sociedade em geral. A prevalência de bullying encontrada
deve ser levada em consideração, visto que o resultado foi superior ao
apresentado na pesquisa nacional sobre bullying realizada nas capitais
brasileiras. Desta forma, o presente estudo apresentou dados que poderão
18
auxiliar na implantação de programas que visem à prevenção e a promoção da
saúde no que diz respeito ao estado nutricional, imagem corporal e bullying
69
.
19
8. CONCLUSÃO
A obesidade infantil é um sério problema atual de saúde pública no
Brasil que vem crescendo gradativamente e em diversos outros países. Com a
pesquisa constatou-se que os maiores determinantes na etiologia da obesidade
infantil encontrados são modificáveis, como a ingestão elevada de alimentos
ricos em gorduras e carboidratos, a falta da prática de exercícios físicos e o uso
excessivo da televisão e vídeo games, proporcionando sedentarismo e
inatividade física. Esses determinantes quando modificados acabam refletindo
na melhora da qualidade de vida das crianças obesas. De modo geral, os
trabalhos citados demonstraram que há um consenso entre os profissionais
das áreas da saúde, de que o objetivo essencial é assegurar que as crianças
tenham um padrão de vida que lhes permita o desenvolvimento físico, mental e
social adequado.
Como foi apresentado, há uma grande relação entre obesidade infantil e
aspectos psicológicos, que se traduzem em depressão, ansiedade e problemas
de comportamento social, o que pode expor a criança ou adolescente obesos a
serem vítimas de bullying. Estes aspectos psicológicos ainda estão sendo
estudados e, apesar de não se ter certeza de serem a causa ou a
consequência envolvidas no processo da obesidade, a concomitância
sistemática de sua ocorrência mostra a necessidade de que estes estudos
sejam intensificados. Somente o aumento de estudos nesta área poderá
promover intervenções eficazes para essa crianças e adolescentes, que está
aumentando e sofrendo prejuízos à sua saúde física e emocional e interferindo
em sua qualidade de vida
Consideramos que na prática clínica as medidas poderiam ser vistas
como meios auxiliares para identificar e priorizar problemas causados pela
obesidade infantil e facilitar a comunicação entre profissionais de equipes
multidisciplinares além de monitorar as mudanças ou respostas ao tratamento
para que haja uma melhora na qualidade de vida. Pode-se dizer assim, que
há um impacto sobre as crianças na qualidade de vida de quaisquer
condições em que elas se encontrem (física, social, ambiental) e que deve
20
haver os esforços governamentais, através de intervenções políticas e
medidas eficazes, na distribuição de recursos para garantir o desenvolvimento
infantil saudável.
21
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