cálculos na vesícula

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cálculos na vesícula
CÁLCULOS NA VESÍCULA (“Pedra” na vesícula)
Os cálculos na vesícula biliar (“pedra” na vesícula), situação também designada por
litíase vesicular, é uma entidade relativamente frequente a partir da 3ª e 4ª décadas de
vida e se bem que atinja ambos os sexos é mais frequente nas mulheres, nomeadamente
naquelas com gravidezes prévias.
Numa parte significativa dos casos trata-se de uma situação que não dá grandes
sintomas e que é detectada por acaso numa ecografia abdominal de rotina efectuada na
investigação de um mal-estar abdominal inespecífico ou de “má digestão”.
Por vezes, contudo, os cálculos podem originar um quadro clínico aparatoso com
intolerância alimentar, vómitos, dor abdominal forte, icterícia (tom amarelado da pele e
conjuntiva) e por vezes febre. Normalmente esta “crise” obriga o recurso às urgências.
Fala-se neste caso de uma situação de litíase sintomática ou complicada que em regra
obriga a intervenção cirúrgica a curto ou médio prazo.
Nestes casos mais graves pode estar em causa uma colecistite aguda em que um cálculo
se encrava no orifício de saída da vesícula ou podemos estar perante uma pancreatite
aguda provocada pela saída de um cálculo para as vias biliares (canais que levam a bílis
para o duodeno). Esse cálculo pode-se encravar junto da confluência das vias biliares e
pancreáticas com o duodeno impedindo o fluxo normal e provocando uma pancreatite
ou colangite (infeção do canais). Estas serão talvez as complicações mais temíveis dos
cálculos na vesícula.
O tratamento para os cálculos na vesícula consiste em extrair a vesícula por cirurgia
(hoje em dia, na vasta maioria dos casos, a remoção é feita por laparoscopia – cirurgia
minimamente invasiva, “por furos no abdómen”). Quando há cálculos que migram para
as vias biliares e impedem o fluxo para o duodeno, para além da cirurgia, há
necessidade de retirar os mesmos por endoscopia (CPRE).
O tratamento cirúrgico torna-se em regra obrigatório para a litíase que dá sintomas ou
complicações.
No caso de cálculos assintomáticos na vesícula, em regra, adopta-se uma atitude
expectante não se operando o doente. Excecionalmente, em indivíduos jovens com
múltiplos cálculos, poderá ser considerada a cirurgia atendendo à elevada probabilidade
de os cálculos virem a desenvolver complicações ao longo da vida. A regra, no entanto,
é não operar cálculos que não dão sintomas.

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