Carta Mensal nº 70 - Colégio Brasileiro de Genealogia

Transcrição

Carta Mensal nº 70 - Colégio Brasileiro de Genealogia
COMENDADOR GUILHERME TELLES RffiEIRO:ASCENDENCIA
ELIANA QUINTELlA DE LINHARES
E PAULO FERNANDO TELLES RIBEIRO
RIO DE JANEIRO, OS AUTORES, 2003 - 518 PG., ll.
Eliana Quintella de Linhares e Paulo
Fernando Telles Ribeiro acabam de inserir de
maneira
brilhante,
urn novo item na
bibliografia genealogica brasileira com 0
recente lan<;amento do livro que elaboraram
depois de longas e demoradas pesquisas sobre
a figura
e a familia
(ascendentes
e
descendentes) do antepassado comum deles,
o Comendador Guilherme Telles Ribeiro.
Nascido numa das melhores e mais antigas
familias da Ilha do Faial, no arquipelago
portugues
autonomo
dos A<;ores, 0
Comendador
Telles Ribeiro, era filho do
Agente Consular Frances nas Ilhas, e parente
de diversos dos vultos da historia local.
Empresario ligado principalmente ao ramo
de constru<;5es navais, veio para 0 Rio de
Janeiro por volta de 1843, e aqui se tamou
urn pro spero armador, sendo proprietario
dentre outros locais, da famosa Ilha do
Mocangue, que ilustra a capa do livro, local
onde residiu e estava instal ado 0 estaleiro de
Guilherme Telles Ribeiro. Situada dentro da
Baia da Guanabara, mais para os
lados de
Niteroi, esta ilha foi tornada
famosa
no governo
Floriano
Peixoto,pois ali
aconteeeram
importantes
durante a
Revolta da
Armada.
Casado com uma
sua distante parenta,
pertencente a
"carioquissima" faIll11iaTelles de Menezes e
de seu ramo de Jacarepagua, Guilherme
Telles Ribeiro foi, por este casamento, 0
ultimo proprietario do celebre predio,
conhecido como Arco do Telles, no antigo
Terreiro do Pa<;o, atual Pra<;a Quinze de
Novembro, no cora<;ao do velho Rio de
Janeiro, que depois dele passou as maos de
terceiros.
Homem moderno para sua epoca, 0
Comendador, ainda que ja casado, formou uma
nova faIll11ia, a partir de sua uniao com uma
senhora alema, e com este fato conseguiu nao
somente aumentar de forma expressiva sua
descendencia,
mas tambem soube fazer
permanecer seu sobrenome Telles Ribeiro, por
gera<;5es, pois do primeiro casamento so
sobreviveram filt'1as mulheres.
Digno de nota e este fato nunca ter
impedido urn perfeito entrosamento familiar
entre os filhos e descendentes de todas as duas
uni5es, que sao enfocados e descritos na obra,
a partir de trabalho meticuloso que ficou a
cargo de Eliana Linhares.
Sobejamente
documentado,
os membros da familia sao
descritos em minucias, com datas, locais,
nomes, dados profissionais e curiosos, bem
como grande quantidade de fotografias.
A parte que coube ao co-autor Paulo
Fernando
Telles Ribeiro foi urn estudo
completo e competente da ascendencia, a
partir da historia e da genealogia das linhas
e personagens que convergem na figura
do Comendador Telles Ribeiro, cujas
origens ancestrais principiam nas
mais antigas e conhecidas familias
ibericas.
A partir do confronto de
velhas genealogias
e 0
cruzamento com as mais
modernas
interpreta<;5es
e
opini5es
genealogicas dos
pesquisadores
e historiadores
europeus
de
credito
indiscutiveis,
Paulo
Fernando
Telles Ribeiro
consegue com rara felicidade
apresentar urn texto correto e livre das
imprecis5es
caracteristicas
de uma
moderna linha de "poderosos" genealogistas
nacionais, on de 0 proprio engrandecimento
E DESCENDENCIA
Roberto Menezes de Moraes
pessoal e familiar fajuto e sempre a oferta
promocional do dia. Com isso 0 resultado final
e uma obra seria, profunda, explicativa, repleta
de griificos genealogicos, notas de rodapes,
com liga<;5es e interesses para nao somente os
familiares do livro em questao, mas para todos
que tern ascendencias a<;orianas, que podem
ali absorver urn bocado do ambiente social,
historico e geogriifico daquele arquipelago que
foi urn polo irradiador de coloniza<;ao e
povoamento nao somente em diversas partes
do Brasil, mas tambem em diversos paises de
continentes variados do mundo.
A obra e enriquecida com a transcri<;ao e
tradu<;ao da correspondencia
diplomatica
enviadas da ilha do Faial para a Fran<;a, pelos
Agentes Consulares Sergio Pereira Ribeiro e
Guilherme Ribeiro, respectivamente avo e pllj
do Comendador
Guilherme, e que foram
localizadas em urn arquivo frances, permitindo
desta maneira uma visao muito proxima do
ambiente social e politico dos A<;ores durante
a primeira metade do seculo XIX.
Tambem enriquecem e facilitam a leitura e
compreensao do texto, urn indice remissivo
onomastico
e urn Glossario
HeraldicoGenealogico,
onde SaD apresentados
e
explicados os termos menos usados por aqueles
nao versados nos trabalhos da especie.
A parte genealogica da obra "Comendador
Guilherme Telles Ribeiro: Ascendencia e
descendencia- A<;ores- Brasil", que encadeada
perpassa por mais de mil anos de historia,
vindos desde os remotissirnos antepassados
ibericos dos Telles de Menezes ate os
brasileiros
contemporaneos
descritos,
e
tambem validada pela distin<;ao das pessoas
que a integram, que hoje assinam, alem do
apelido Telles Ribeiro, os sobrenomes divers os
de Sa, Lage, Borges, Rebelo, Murray,
Baskerville, Rocha, Machado, Seixas, Gutsch,
Millions,
Weber, Muniz, Lohse, Frota,
Barroso, Falcao Macedo, Cerqueira Leite,
Moura, Quintella, Magarinos de Souza Leao e
Comado,
formando
uma tipica familia
brasileira contemporanea e entrosada com a
parte saudavel e prestante da nossa popula<;ao.
o excelente livro, com 518 paginas de boa
e leve leitura, repleto de informes e dados
genealogicos, produzidos por Eliana Quintella
de Linhares e Paulo Fernando Telles Ribeiro e
sem sombra de duvidas, leitura e exemplo
genea16gico
recomendado
e digno das
melhores estantes de estudiosos da genealogia
nacional.
GENEALOGIA CATARINENSE
OS sites abaixo contem genealogias de fanu1ias catarinenses:
• FAMiLIACARPES: < http://www.marcoscarpes.hpg.ig.com.br/>
Apresenta a fanulia em 9 gera<;6es, com detalhes, fotos e links diversos
• FAMiLIAMEURER: < http://www.meurer.cjb.net/>
Con tern a hist6ria da fanulia, fotos, biografias e urn banco de dados de fanulias
imigrantes.
• FAMiLIARICHARTZ: < http://www.richartz.cjb.net/>
Alem da hist6ria da fanu1ia a partir de 1824, sac apresentados dados hist6ricos
e
6timos mapas das localidades compreendidas
na trajet6ria da fanu1ia.
• FAMiLIAHAGEDORN:< http://www.cesariosimoes.hpg.ig.com.br/>
Vma biografia interessante.
• FAMILIASCHROEDER:< www.gruposchroeder.com.br/gene-eng.html>
Genealogia da fanu1ia e das que the sac ligadas.
• FAMiLIAJOCHEM: < http://www.jochem.cjb.net/>
Produzido pelo dedicado pesquisador e historiador das fanu1ias alemaes do SuI do
Brasil, contem alem da muito bem documentada genealogia de sua fanu1ia, a hist6ria
da imigra<;ao alema e da coloniza<;ao de diversas cidades no entomo de Florian6polis.
Apresenta urn valioso banco de dados, alem de links para os sites contendo a hist6ria
das seguintes fanulias : OLM- PEITINATO - ELLER - ALTERMANN- ENGLER - MOMM
TROCKMANTEL- ROCKENBACH- RrrrEL - MOELLER - SCHILLING- HAGEDORN- HOEPER SCHMIDT- KESTERING- WICHER - SCHARF- STRAATMANN- RIEGER- SUNDFELT- SCH\VENCK
KNIESS - WESTRUP- BECKHAuSER- STEINER- GEHREN- GOETTENS- WDNSCH - SCHREINERT
WERLICH- BERGER- GROETNER- QUINT - DENSCHER- BOLL - KUNTZ E W ALZBURGER
• GUPOSDEDIscussAo DEmST6RIA E GENEALOGIACATARINENSES:
< http://br.groups.yahoo.comlgroup/sc_gen/
>
< http://sc-gen.genealogias.org/
>
Entre outras, a Biblioteca recebeu as seguintes
obras:
•
"RIBEIRO,
Paulo Fernandes
Telles
e
LINHARES,
Eliana Quintela de. Comendador
Guilherme Telles Ribeiro: A\;ores - Brasil Rio de
Janeiro: [s.n.], 2003, 520p." (Doac;:ao dos autores.)
• "ALMEIDA, Luiz Carlos de. Genealogia dos
Almeidas. Santos, SP: CD, janeiro 2003." (Doac;:ao
do autor.)
• "Ac;:orianos no Brasil: hist6ria,
mem6ria,
genealogia e historiografia / org.Vera Lucia Maciel
Barroso - Porto Alegre: EST, 2002. 1.152 p."
(Doac;:ao do Pe.Rovilio Costa.)
• "FREIRE, Alvaro Pinheiro. Minas Novas - sua
hist6ria e sua gente. Belo Horizonte:
BDMG
Cultural, 2002. 109 p." (Doac;:ao de Valdivino
Perreira Ferreira.)
• "PIAZZA, Walter Fernando. De Portugal para 0
Brasil: trajet6ria de uma familia. Florian6polis:
Lunardelli, 2003. 72 p." (Doac;:ao do autor.)
• "MIRANDA, Marcos Paulo de Souza. Jurisdic;:ao
dos capitaes. Belo Horizonte: Del Rei, 2003. 172
p." (Doac;:ao do autor.)
• "GUERRINI,
Teresa Luzzatto. I Doria. In
Novissima Encic10pedia Monografica
Ilustrata.
Firenze. 68 p. (acompanha
CD)." (Doac;:ao de
Francisco D6ria.)
• "HISTORIA E GENEALOGIA,
Associac;:ao
Brasileira de Pesquisadores de. Revista da ASBRAP.
Sao Paulo: RUMOGRAF, n.8, 2001. 302 p."
• "OLIVEIRA, Roberto Jefferson de. Descendentes
campanhenses
de Joao Rodrigues
de Macedo.
Campanha:
Centro de Estudos Campanhenses
Monsenhor Lefort, 2000. 65p." (Doac;:ao de Jose
Carlos Ferreira Horta.)
• "PRADO, Jose Hermano. Descendentes
de
Pedro Luiz do Prado. Tres Corac;:oes: Excelsior
Grafica e Editora Ltda., 2002. 424p." (Doac;:ao
do autor.)
• "REVERBEL, Carlos. Urn capitao da Guarda
Nacional. Caxias do Sui: vida e obra de J.Simoes
Lopes Neto. Caxias do Sui: Universidade de Caxias
do Sui - Martins Livreiro Editor, 1981. 298p."
(Doac;:ao de Jose Nazareth de Souza Froes.)
• "Fundac;:ao Cultural de Blumenau. Blumenau em
cadernos - XLII. 3 / 4. Blumenau: Cultura em
Movimento, marc;:o/ abriI2003."
• "PEREIRA, Luciano Belo. Ensaio hist6rico e
geneal6gico:
Jose Rosa Bello e Maria Augusta
Campos Bello. Uberliindia: Aline Editora Artes
Gfiificas Ltda., 2003. 224p." (Doac;:ao do autor.)
• "RAMOS, Adauto. Capitao Antonio Fernandes
de Carvalho, patriarca de uma farrulia. Joao Pessoa:
ed.do autor, 2002. 14p." (Doac;:ao do autor.)
• "RAMOS, Adauto. Testamento do Tenentecoronel Bento Luis da Gama Maya. Joao Pessoa:
ed.do autor, 2002. 8p." (Doac;:ao do autor.)
• "RAMOS, Adauto. Genealogia de Assis Vidal o jornalista. Joao Pessoa: ed.do autor, 2002. 35p."
(Doac;:ao do autor.)
• "GENEALOGIA
E HERALDICA,
Instituto
Paraibano de. Revista. Joao Pessoa: IPGH, aXI, n.3,
2002. 80p."
• "OLIVEIRA, Pedro Lins de. Sao Jose de Piranhas:
homens, feitos e fatos. Joao Pessoa: A UNLL\O
Sup.de Imprensa e Editora, 1994. 23Ip." (Doac;:ao
• ANDREA,Jose-Apontamentos para a
Genealogia da Familia Fortuna
R$ 20,00
• BARRETO,Carlos Xavier-Colonizadores
Nordestinos
20,00
• BIBLIOGRAFIA
Preliminar sobre Genealogia
no Brasil
40,00
• CATALOGO
da Exposi9ao de Modelos de
Bras5es, Cartas de Nobreza e Fidalguia
(Arquivo Nacional)
50,00
• MOSER,Jorge-Genealogias Estrangeiras
em Portugal
10,00
• MOURA,Carlos Marcondes-Os Galv6es de
Fran9a no Povoarnento de S. Antonio de
Guaratingueta-Vol I
25,00
Vol II
25,00
• NEGMO, Francisco-Genealogia
Paranaense Torno IV
50,00
• RIBEIRO,Paulo Fernandes e LINHARES,
Eliana-Cornendador Guilherme Telles
Ribeiro
35,00
• SANTOS,Benedito Toledo-Os Pereiras de
Toledo do Paraiso
30,00
• WANDERLEY,
Walter-Familia Wanderley
50,00
• LACERDANETO,Arthur Virmond deMern6rias de Fann1ia
15.00
• RIBEIRO,Armando Vidal Leite-Familia
Vidal Leite Ribeiro
40,00
Pedidos para 0 CBG, acompanhados de cheque
cruzado
e nominal ao Instituto
Hist6rico
e
Geogratico Brasileiro no valor respectivo acrescido
de R$ 5,00 por volume.
do autor.)
• "PINTO. ZilmaFerreira. as Ferreira de Tacimaparaibanos
da fronteira. Joao Pessoa: Rigrafic
Editora Ltda .• 2000. 267p." (Doac;:ao da autora.)
• "RIO GRANDE DO SUL, Arquivo hist6rico do.
Alfredo Chaves: imigrac;:ao e povoamento - Registro
de imigrantes (1886/1888). Porto Alegre: EST, 1996.
87p." (Doac;:ao do Frei Rovilio Costa.)
• "RIO GRANDE DO SUL, Arquivo hist6rico do.
Alfredo Chaves e seus imigrantes - Registro de
imigrantes (1888/1892). Porto Alegre: EST. 1995.
113p." (Doac;:ao do Frei Rovflio Costa.)
• "RIO GRANDE DO SUL. Arquivo Hist6rico do.
Registro dos imigrantes do Nuc!eo Colonial de Nova
Palmira: 1876-1879. Porto Alegre: EST, 1989.
192p." (Doac;:ao do Frei Rovilio Costa.)
• "RIO GRANDE DO SUL, Arquivo Hist6rico do.
Genesis: Etnias no RGS - 1891/92. Porto Alegre.
EST. 1993. 202p." (Doac;:ao do Frei Rovflio Costa.)
• "XAVIER. Antonio Cesar. Uma Genealogia do
Sui de Minas - a Alferes Joao Romao e seus
descendentes. Rio de Janeiro: EDG, 2003. 306p."
(Doac;:ao do autor.)
• "Tres CDs e tres livros de partituras - I' fase do
projeto "Acervo da Musica Brasileira - Restaurac;:ao
e Difusao de Partituras". da Fundac;:ao Cultural e
Educacional
de Mariana (FUNDARQ),
2001."
(Doac;:ao da FUNDARQ.)
• "SANTA CATARINA, Instituto Hist6rico e
Geografico de. Boletim. Florian6polis: a.VI, n.60,
61.62 e 63, mar a jun 2003."
• "MINAS
GERAIS.
Instituto
Hist6rico
e
Geografico de. Boletim informativo. Belo Horizonte:
dez 2002 a mar 2003."
ORGANIZAR A REUNIAO DA fAMILIA - UM GRATIFICANTE DESAFIO (Parte 4/4 )
Nelson V. Pamplona
13 - OS RETOQUES FINAlS
Esteja preparado
para a grande
quantidade
de correspondencia
e
telefonemas que vai receber nos tres meses
que antecedem a Reuniao. Os Formuhirios
de Reserva chegam e voce precisa emitir
as listas dos que se hospedam em hoteis e
providenciar a publicidade.
Uma vez que a imprensa e a estaSiao de
radio se inteirem da invasao que havera
em seu territ6rio ( principalmente se a
Reuniao for em uma pequena comunidade
rural) eles gostariam de saber urn pouco
da hist6ria da faIllllia e talvez obter uma
fotografia. Para evitar que voce seja
importunado pela imprensa nos dias em
que nao disp6e de tempo algum, e melhor
nomear uma pessoa que sera responsavel
pelos contatos com a imprensa. Urn mes
antes da data da Reuniao convem emitir
uma nota a ser distribuida entre a midia, a
qual informara 0 nome e 0 endereSio do
responsavel. Se a imprensa estiver bem
motivada fara uma cobertura no dia do
evento, mas voce deve deixar claro que
neste ilia nao podera dar entrevistas. Per;a
a seu Contato Local que the envie 0
material que a imprensa local tiver
publicado.
Muitas horas serao necessarias para
finalizar 0 material a ser exposto e a more
geneal6gica
da
familia.
Esta
preferencialmente deve ser em tamanho
que possa ser lida pelo menos a urn e meio
metro de distancia e em cores, uma cor
para cada ramo familiar. Coloque etiquetas
em toda 0 material exposto de modo que
possam tambem serem lidas a uma
distancia de urn e meio metro. Lembre-se
de que tudo precisa ser transportado para
o local de Reuniao, e de que no mesmo
deve haver espaSio para acomodar todo 0
material. Defronte de cada peSia, foto ou
arvore deve haver uma area livre para as
pessoas se juntarem e trocar ideias.
o pensamento norteador deve continuar
sendo "nao seja demasiadamente
ambicioso"
TamMm 0 livro de presenSia precisas ser
preparado , contendo 0 nome da faIllllia,
local e data da Reuniao, bem como crachas
para todas os participantes.
FaSia os
crachas na mesma cor em que 0 respectivo
ramo familiar
aparece
na arvore
geneal6gica, pois assim os familiares se
identificarao uns aos outros com facilidade
e entusiasmo.
o cracha deve conter 0 nome completo
do participante, identifica-Io com 0 ramo a
que pertence e a cidade onde reside. Leve
para a Reuniao alguns crachas de reserva.
Convem, com urn mes de antecedencia,
emitir convites pessoais, contendo todos
os detalhes e horarios do evento, 0
enderes;o, e se possivel urn mapa do local
da Reuniao
para orientaSiao
dos
convidados de outras localidades, a lista
com os nomes dos participantes, tudo
devidamente organizado sob forma de uma
brochura.
Se a associaSiao da faIlllliaja possui urn
jomal, pode-se fazer uma edis;ao especial
comemorativa do evento a qual contera
todas estas informaSi6es.
Distribua as tarefas entre seus auxiliares,
deixando uma pessoa responsavel por cada
assunto ou atividade
Fas;a os arranjos finais para todos os
item do programa, igreja, 6rgao, locutores
e oradores, passeios, discursos etc.
Pes;a ao fot6grafo que escolha 0 local
adequado para a fotografia do conjunto de
participantes. Voce precisa preparar urn
metodo para depois poder identificar todos
na grande fotografia. Este e urn trabalho
para 0 qual precisara contar com a ajuda
dos Lideres de Grupo, previamente
escolhidos e instruidos. E de todo interesse
contratar urn profissional para fazer urn fita
de video, a qual podera ser depois copiada
e vendida aos interessados.
Tire urn pouco de tempo para organizar
e pensar naquelas coisas que podem nao
dar certo no dia; tachinhas poderao nao
servir para fixar 0 material nos paineis por
exemplo.
Prepare
uma plano
de
emergencia para 0 caso chuva no dia da
grande festa. Neste caso, os participantes
estarao preparados para aceitar urn certo
grau de improvisas;ao e nao perderao 0
entusiasmo por esta razao.
Esteja preparado para dizer algumas
palavras
de boas vindas aos seus
convidados e palavras de agradecimento
para aqueles que the ajudaram. Nao
aborres;a seus convidados com longos
discursos. Pense tambem nos presentes
que deve oferecer aos seus Lideres de
Grupo, seu Contato Local e outros que
foram de excepcional valia. Escolha algo
adequado a ocasiao e eles se lemhrarao
do dia com prazer e por muito tempo.
Algumas
pessoas
merecem
uma
homenagem
especial
e devem ser
agraciadas com presentes ou flores: a
e Clarice Pamplona Schmidt
pessoa mais idosa presente, 0 mais novo
membro da faIllllia, a pessoa que veio de
mais longe e assim por diante.
FaSiauma lista das tarefas que tern que
ser feitas no pr6prio dia, tais como:
arrumar mesas e cadeiras, montar a
exposis;ao, distribuir os crachas, selecionar
as pessoas que se encarregarao de vendas,
que servirao as bebidas, de modo que voce
pode ir tambem atribuindo uma funs;ao a
todos que se apresentarem
como
voluntarios.
Convem fazer uma lista de tudo que
voce precisa levar para 0 local do
encontro. lnicie a lista com uma semana
de antecedencia de modo que diariamente
pode acrescentar 0 que estiver faltando e
ter a certeza que chegara a Reuniao sem
ter esquecido nada.
Se possivel visite 0 local da Reuniao
alguns dias antes, para inspecionar 0 salao,
planej ar a distribuis;ao,
verificar
a
existencia de tomadas e interruptores,
verificar se existe local para instalaSiao do
sistema de som, do sistema de video, e
avaliar 0 local para a fotografia do grupo.
Por fim converse com seu Contato Local
e Lideres de Grupo para resolver quest6es
de ultima hora e tentar evitar surpresas no
dia
14 - 0 GRANDE DIA
Enfim chegou 0 dia tao esperado, que
passara tao rapido para voce, que
dificilmente podera assimilar tudo que esta
acontecendo.
Se
voce
estiver
administrando a Reuniao tera muito pouco
tempo para se entreter
com seus
convidados
e participar
da troca de
informas;6es e das historias familiares. Isto
pode ser parcialmente evitado apontando
outra pessoa para comandar os eventos ou
entao se voce marcar uma outra pequena
reuniao a ser realizada logo ap6s a Reuniao
oficial.
Comparep
ao local com muita
antecedencia para arranjar as coisas como
planejado e organizar 0 servis;o dos
auxiliares.
Quando os convidados
chegarem voce deve estar na entrada para
os encontrar e saudar. Convide-os para
assinar 0 livro de participantes, entregue
os crachas, e encaminhe-os para familiares
de seu ramo ou para 0 material exposto.
Junto da more geneal6gica deixe papel e
lapis para que os participantes registrem
erros ou omiss6es.
Rapidamente se formara urn frenesi
Carta !Mensa! 70
quando os convidados encontram seus
amigos, conhecem novos parentes, tomam
seu cafe ou refrigerante, e observam 0
material exposto.
Uma hora apos a chegada voce podeni
fazer a sauda<;ao e detalhar todos os
eventos programados para 0 dia.
Em seguida os eventos se sucedem
dentro do tempo programado e e sua
fun<;ao administni-Ios
para que tudo
aconte<;a no honmo previsto. A medida
que 0 dia se desenvolve voce podeni ter
que ser urn pouco flexfvel, mas lembre-se
que voce tern obriga<;6es com terceiros ,
como por exemplo, com 0 vigario e 0
orador, bem como com os convidados que
tern pela frente uma longa viagem. Voce
tern como obriga<;ao nao permitir que os
~ventos se atrasem demasiadamente, 0 que
e outra razao para nao programar urn
excesso de atividades.
A fotografia do grupo e parte muito
importante pois muitos desejam uma copia
como ultima recorda<;ao da ocasiao. Eles
querem poder identificar cada urn na foto,
e para tanto todos devem posar em fila,
preferivelmente em uma area inclinada
cada qual observando sua posi<;ao. Apo~
as fotos cada qual entregara urn cartao com
o nome e a posi<;ao que ocupou durante a
foto.
Pe<;a ao fotografo que tire pelo menos
uma duzia de fotos para que
depois a melhor delas possa
ser
ampliada.
Alguma
pessoas desejam levar fotos
de pequenos grupos, que eles
mesmos devem combinar
com 0 fotografo.
Servir uma refei<;ao para
urn grande numero de pessoas
e uma tarefa nada facil.
Os contratados
para 0
servi<;o
certamente
organizarao os detalhes, mas
voce deve reafirmar a seus
convidados que tudo sera bem
servido, bastando urn pouco
de paciencia.
N a parte final da reuniao
agrade<;a publicamente
a
ajuda de seus Lfderes de
Grupo
e
Auxiliares
principalmente aqueles cuja
tarefa foi mais ardua ou mais
longa.
Apos 0 termino e quando os
convidados come<;am a se
retirar
escolha
alguns
auxiliares
para ajudar a
remover 0 material exposto,
coletar 0 dinheiro arrecadado com vendas
eo material que sobrou e organizar 0 local
tal como 0 encontrou.
15-E
AGORA?
Quando voltar para casa, com uma
rnistura de sentimentos de dever cumprido,
de satisfa<;ao e de exaustao, saiba que
ainda existe muito a ser feito.
Cartas de agradecimento precisam ser
escritas, mas as cartas de congratula<;5es
e satisfa<;ao serao lidas com imenso prazer.
Registros e mores genealogicas precisam
ser atualizados com os dados colhidos na
Reuniao, e pedidos de copias da more e
da fotografia precisam ser atendidos. Pe<;a
a seu Contato Local que the envie os
recortes dos jomais que noticiaram 0
evento os quais deve organizar em forma
de livro para referencias futuras.
Logo que receber as fotos do grupo
selecione uma para ser ampliada, prepare
o esquema numerado que permitira a
identifica<;ao de todos presentes. A lista
com os numeros do esquema precisa ser
copiada e enviada com as fotos.
No jomal da faIll11ia, se houver, pode
ser publicada uma resenha completa do
acontecimento,
uma lembran<;a para
aqueles que participaram e urn momenta
de interesse para aqueles que nao vieram.
No mesmo artigo pode tambem apresentar
uma presta<;ao de contas contendo as
receitas e as despesas do evento.
Apesar de nem tudo ter acontecido
exatamente como planejado voce vai
conduir que os presentes certamente se
mostram muito satisfeitos por terem
comparecido a uma ocasiao tao peculiar,
que 0 sucesso foi certamente garantido. E
havera ate pressao para que seja repetido.
Considerando os ultimos dois anos de
exaustivo trabalho voce com certeza nao
tera pressa em organizar nova Reuniao
mas devera solicitar aos participantes:
enquanto a ocasiao ainda esta em suas
lembran<;as, seus francos comentarios
sobre 0 programa, 0 local, os horanos e a
organiza<;ao bem como suas opini6es
sobre a freqiiencia das futuras reuni5es.
Anote tambem sua propria avalia<;ao para
que no futuro orniss5es e erros nao se
repitam.
A freqiiencia para a realiza<;ao de
reuni6es de faIll11ia deve ser seriamente
considerada levando-se em considera<;ao
as necessidades, desejos, vontades e 0
numero de pessoas da fann1ia. Nao devem
ser tao espa<;adas a ponto de perderem 0
interesse mas tambem nao tiio freqiientes
a ponto de produzirem cansa<;o.
Urn mes apos a grande festa fa<;a uma
reuniao de avalia<;ao com seus Lideres de
Grupo e outros auxiliares diretos. Nao
deixe de registrar tudo em ata, pois servira
de referencia para 0 futuro.
Cada Lfder de Grupo podera
indicar outro nome de seu
respectivo ramo para que seja
o Lfder de Grupo da proxima
reuniao.
A Reuniao tern vantagens
para 0 genealogista
pelas
informa<;6es que pode coletar,
mas tambem tomam uma parte
preciosa de seu tempo de
pesquisa.
Urn prazo de tres anos pode
ser considerado como razoavel
entre a primeira e a segunda
Reuniao, depois da qual voce
pode definir
a terceira.
Entrementes,
voce
po de
participar de pequenas reuni6es
familiares que acontecerao
certamente nos mais diferentes
locais.
Por outro
lado,
quem
participou de uma Reuniao de
Fann1ia, deseja que a proxima
se realize em futuro nao muito
distante. Certamente voce vai
concluir
que 0 desafiante
trabalho valeu a pena. Meus
parabens, a familia the sera
etemamente grata pelo singular
trabalho que so voce prestou.
A ITALIAI
Em 1861, ap6s 0 "ressurgimento" - palavra
utilizada para designar a luta pela liberta9ao
do dominio estrangeiro - houve a unifica9ao
parcial dos divers os estados que ocupavam a
peninsula italiana, com a proclama9ao do
Reino da Itiilia, sob 0 dominio da Casa de
Sab6ia.
A unifica9ao definitiva somente
ocorreu em 1870, quando Roma se tomou a
capital do novo estado.
Contudo, apesar da unifica9ao polftica, a
individualidade
cultural e, sobretudo,
a
regional, foram mantidas.
A regiao suI, por exemplo, sempre possuiu
uma surpreendente diversidade do resto da
Italia, seja natural, em decorrencia da sua
paisagem, seja na influencia exercida pelos
diferentes povos que a invadiram e ocuparam
- inicialmente os cartagineses e os gregos,
depois os sarracenos
e os normandos,
e
finalmente os espanh6is, cujo dominio, atraves
da Casa de Bourbon,
se manteve
ate a
unifica9ao - e que deixaram caracteristicas
marcantes na arquitetura, nos dialetos, na
culinaria e ate nas caracteristicas fisicas dos
seus habitantes.
Entretanto, apesar desta riqueza cultural, a
regiao suI nunca conseguiu
alcan9ar a
prosperidade economica do norte da Itiilia.
Na regiao suI da Italia esta localizada a
Campania, bacia extremamente
fertil, de
origem e solo vulcanicos, que foi colonizada
durante 0 seculo VII a.c. pelos gregos.
Mais tarde a Campania caiu em poder dos
etruscos, depois dos sanmitas (urn dos povos
que habitavam
a peninsula
italiana)
e
finalmente dos romanos.
Sob 0 dominio dos romanos a Campania se
destacou pela intensa produ9ao dos seus
campos - a maior de toda a peninsula italiana,
seus portos - os melhores da costa ocidental, e
pelas freqtientes
insurrei90es
dos seus
habitantes, em sua maioria de origem grega e
samnita.
Situada na Campania (atualmente e sua
capital) esta a cidade de Napoles.
Fundada pelos gregos e depois ocupada
sucessivamente pelos samnitas e os romanos,
quando se tomou urn ponto de referencia para
os cidadaos ricos, Napoles e uma das poucas
cidades da Europa que sobreviveram ao mundo
antigo, sem ser totalmente destrufda.
Ap6s os romanos, Napoles foi dominada
pelos ostrogodos, pelos bizantinos e pelos
sarracenos, ate se constituir em uma republica
independente.
Mais tarde foi conquistada pelos normandos,
sendo entao transformada na capital do reino
das Duas Sicilias.
Finalmente em 1861, ap6s a expulsao dos
Bourbon, por 0p9ao dos seus habitantes,
manifestada em urn plebiscito, reuniu-se ao
nascente reino da Itilla.
Vista de longe Napoles angariou a fama que
lhe valeu 0 proverbio: ver Napoles e morrer.
o seu interior, porem, composto por varios
bairros, cada qual com sua caracteristica
peculiar, fruto dos diversos povos que a
ocuparam, fez com que prevalecesse a fama
nao tao admiravel de cidade anarquica.
Tamhem na Campania, ao suI de Napoles,
situada entre as montanhas do Parque Nacional
do Cileto e 0 Golfo de Policastro, esta a
pequena cidade de Scario".
Outrora
habitada
por agricultores
e
pescadores, Scario atualmente e urn balneario,
repleto de hoteis e restaurantes. 0 nucleo da
cidade, entretanto, guarda ainda lembran9as do
passado, sobretudo nas belas constru90es a
beira mar, dentre as quais se destaca 0
imponente sobrado que pertenceu a familia
Pentagna - no balcao central ainda estao
gravadas as iniciais de Saverio Pentagna.
o
BRASIL
Em meados do seculo XIX, enquanto a Itiilia
consolidava a sua unifica9ao, "do outro lado
do mundo", 0 Imperio do Brasil, tendo a frente
a Casa de Bragan9a, era 0 maior produtor e
exportador de cafe do mundo e buscava 0
desenvolvimento.
As vastissimas
planta90es
do cafe se
concentravam entao na provincia do Rio de
Janeiro, onde tambem estava localizada a
capital do imperio.
Na provincia do Rio de Janeiro, regiao do
Vale do Parafba, entre os rios Parafba e Preto,
confrontando-se com a provincia de Minas
Gerais estava situado 0 municipio de Valen9a3,
criado por Decisao Imperial de 28 de outubro
de 1842.
A cidade de Valen\ia localiza-se entre as
serras Velha ou dos Mascates e a das Cabras,
onde outrora havia a aldeia dos indios
Coroados - resultado do cruzamento dos
Corop6s com os Goitacas, que os venceram
em batalha e assimilaram.
Os Coroados ali se estabeleceram for9ados
pelas lutas constantes que lhes movia seus
parentes Puris - excessivamente guerreiros,
viviam entre 0 mar e 0 norte do rio Parafba.
Em 1789, por deterrnina9ao do Vice Rei D.
Luiz de Vasconcellos e Souza, iniciou-se a
civiliza9ao e catequese dos Coroados, com 0
Sargento Mor Ignacio de Souza Wemeck, 0
fazendeiro Jose Rodrigues da Cruz e 0 Padre
Manuel Gomes Leal.
Os desbravadores penetraram pacificamente
no principal aldeamento
onde ergueram
modesta capela, dedicada ao culto de N. S. da
Gl6ria.
Os primeiros povoadores brancos foram
portugueses
emigrados
para a colOnia e
moradores das vilas vizinhas de Sacra F anIilia
do Tingua e Paty do Alferes, que vinham abrir
suas r09as e estabelecimentos comerciais nas
primeiras sesmarias concedidas deste esquerdo
do rio Paraiba para 0 Marques de Baependi, 0
Capitao Joao Pinheiro de Souza, genro do
Sargento Mor Wemeck, dentre outros.
Nao tardaram, porem, os conflitos entre
brancos e indios pela posse da terra. Urn
cacique foi assassinado, houve rea9ao e os
brancos promoveram uma "ca9a ao indio".
Contra as injusti9as praticadas, algumas vozes
se levantaram e docUlllentos foram enviados
as autoridades da Corte, tudo, porem, em vao.
Desamparados, perseguidos e acometidos por
epidemias, os indios foram sendo extintos.
Por essa epoca ja existia cafe plantado na
regiao. Manuel Luiz Areias, que e considerado
o primeiro cafeicultor de Valen9a, possufa em
sua propriedade cinco mil pes. Saint Hilaire,
quando por ali pas sou, presenciou a derrubada
de grandes extensoes de matas para 0 cultivo
do aura negro. Foi, porem, com os Leite
Ribeiro, emigrados de Minas Gerais, onde
mineravam, que a cultura do cafe conheceu sua
grandeza.
Com a cria9ao da Vila, iniciou-se 0 periodo
de organiza9ao polftico-administrativa:
em
1829 sao eleitas as primeiras autoridades, em
1832 sao fund ados 0 primeiro colegio e 0
primeiro jomal, em 1838 a Santa Casa de
Miseric6rdia abria suas portas.
Pela Lei Provincial
N° 961, de 29 de
setembro de 1857 a vila foi elevada a cidade.
Em 18 de maio de 1871 0 Imperador D.
Pedro II inaugurou a Estrada de Ferro Uniao
Valenciana, fruto da nobre iniciativa dos
fazendeiros de cafe, que assim facilitavam 0
escoamento da sua produ9ao. Iniciava-se 0
perfodo aureo da hist6ria de Valen9a.
o comercio do municipio era fortissimo,
abastecido por tropas que faziam 0 transito
entre Minas Gerais e a Corte. Os fazendeiros,
enobrecidos
pelo
go verno
imperial,
administravam
suas imensas planta90es
habitando belfssimos palacetes que fizeram
construir, importando, inclusive, material da
Europa. Na cidade, advogados brilhantes e
medicos sabios, compunham uma sociedade
democratica, que dan\iava nos anirnados bailes
promovidos pelos clubes locais, apostava nas
corridas de cavalos e lotava as frisas e
camarotes
do Teatro da Gl6ria, onde se
apresentaram artistas como 0 celebre pianista
Gottschalk.
Como em todos os lugares onde a mao de
obra escrava
era 0 sustentaculo
da
prosperidade, em Valen9a as conseqtiencias da
Lei Aurea foram catastr6ficas.
A lavoura de cafe, abandonada no infcio da
colheita,
foi rapidamente
tomada pelas
queimadas e coberta pelo mato.
A maior parte dos fazendeiros, sem recursos
financeiros e com grandes dividas, acabou
vendendo suas propriedades a pre90s vis.
Na cidade, a decadencia tamhem era visfvel
por toda parte, como magistralmente registrou
o historiador LuizDamasceno Ferreira em sua
"Historia de Valenfa".
Apesar de iniciativas admiraveis, como a
C»
funda~ao, em 1906, da Companhia Industrial
de Va1en~a, durante quase vinte anos 0
municipio esteve praticamente mergulhado
nesta estagna~ao econ6mica.
Ate que em 1908 a fanu1ia Pentagna trouxe
em visita a Valen~a 0 Comendador Antonio
J annuzzi, renomado construtor no Rio de
Janeiro, auxiliar do prefeito Pereira Pass os nas
grandiosas obras de modemiza~ao do Distrito
Federal; encantado pelo clima, 0 empresario
resolveu fixar residencia na cidade.
Foi entao que gra~as ao Comendador
Jannuzzi, que era dotado de personalidade
empreendedora
e desfrutava
de grande
prestigio junto as maiores autoridades do pais,
que 0 progresso retornou a Valen~a.
A IMIGRAC;AO DOS
ITALIANOS4
Em meados do secu10 XIX, a regiao suI do
Reino da Italia se encontrava ainda mais
empobrecida, desgastada pelas batalhas da
unifica~ao.
A unica alternativa que restava para 0
desalento dos italianos era a imigra~ao, mesmo
que 0 destino fosse 0 "outro 1ado do mundo".
Enquanto isso, no Imperio do Brasil, 0
governo, que ja vinha, ainda que sem muito
entusiasmo,
promovendo
a vinda de
estrangeiros,
buscando a coloniza~ao das
vastas areas despovoadas do pais, passou a
contar com 0 apoio de alguns fazendeiros,
plantadores de cafe, que visavam diminuir 0
imp acto da eminente liberta~ao dos escravos
sobre suas lavouras, contratando trabalhadores
livres.
Assirn, unindo a disposi~ao e a necessidade
dos italianos, com a oportunidade dada pelos
brasileiros, milhares de irnigrantes vieram se
estabelecer no pais.
A presen~a dos italianos em Valen~a5
come~ou a se destacar na decada de 1870,
quando por ali iniciaram suas atividades, como
tropeiros,
mascates
ou empregados
no
comercio e nas fazendas de cafe.
Seduzidos pelo excelente
clima, pelo
comercio intenso e pela prosperidade da vida
dos habitantes da localidade, apos 0 acumulo
do capital necessario, os italianos acabaram se
estabelecendo definitivamente na regiao, como
proprietarios, fazendeiros e negociantes - na
sede do municipio ou nos distritos e nas
grandes fazendas, onde comercializavam os
chamados secos e molhados:
alimentos,
tecidos, utensilios domesticos, ferramentas, etc.
Dentre os primeiros imigrantes italianos
radicados em Valen~a encontram-se as farnilias
Alessio,
Belloti,
Brandi,
Capobianco,
Capozzoli, Carelli, Corvino, Cosati, Demarchi,
Donadio Blois, Fatoni, Guadagny, Gioseffi,
Ie1po, Iorio, Jannuzzi, Lamarca, Lanzalotte,
Novello, Pannain, Pentagna, Petrola, Prota,
Romano, Stivanin, Vassalo, etc.
Mais tarde, tambem se estabeleceram na
cidade as familias Cupello, Felippe, Pellegrini,
Petrillo, Savastano, etc.
Para demonstrar
0 importante
papel
desempenhado pelos imigrantes italianos na
historia de Valen~a, destaca-se a trajetoria de
tres familias, os Pentagna, os Ielpo e os
Jannuzzi.
Nossos votos de boas vindas ao socia
Colaborador
CARLOS ALBERTODE PAIVA,
do Rio de Janeiro, recem admitido.
OnSERVA<;:};O:
Optesente
artigo possu/!" Ulna bem
documentada
e extensa bibliografia,
que sera
enviada para aqueles que a solicitarem
por
correspondencia dirigida if 0lTIl1!Jlfensa{
REMETENTE
DESTINATARIO
IImo.Sr
Rui Vieira da Cunha
Av. Oswaldo Cruz. 78/l101
22.250-060
Rio de Janeiro R.l
IMPREssa

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