Zara, Lanidor e Cortefiel apostam nas vendas

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Zara, Lanidor e Cortefiel apostam nas vendas
A14
ID: 37305168
05-09-2011
Tiragem: 19711
Pág: 28
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 26,63 x 30,39 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 1 de 3
Blanco
Grupo Inditex
Grupo Cortefiel
Lanidor
Marca espanhola iniciou
uma experiência piloto de
sucesso no seu país-natal. A
abertura de mais uma loja
física no coração de Lisboa –
Chiado – é um prenúncio
dos resultados da marca em
território nacional. Por isso,
a Blanco ‘online’ chegará
muito em breve a Portugal.
As expectativas são
as melhores, uma vez que
as compras neste canal
funcionam por impulso.
Depois de se estrear com edições de
venda ‘online’ para a Zara e Zara Home,
o grupo Inditex alarga amanhã todas as
suas cadeias – Pull&Bear, Massimo Dutti,
Bershka, Stradivarius, Oysho e Uterqüe – à venda electrónica. A escolha recaiu
sobre 15 países, incluindo Portugal.
A Zara.com venderá também este ano
nos Estados Unidos e durante o
próximo chega também ao Japão.
O grupo Cortefiel é responsável por
uma facturação superior a 1,4 mil
milhões de euros, explorando 1.716
pontos de vendas em 59 países.
Estreou-se em 2000, com a
Women’s Secret ‘online’ em
Espanha. Para atrair o consumo
nesta plataforma, dá “continuidade
ao calendário promocional de cada
marca, oferece incentivos adicionais
para recompensar a fidelização
e compra” e aposta em produtos
exclusivos ‘online’.
A aposta no comércio
electrónico data de 2007. A
Lanidor, que tem em Espanha
o seu segundo mercado nas
vendas ‘online’, quer afirmar-se
nesta plataforma também nos
mercados externos. A empresa
apostou ainda num “centro
comercial virtual”, onde estão
as marcas do grupo – Lanidor,
Globe, Companhia de Campo,
Loft, Casa Batalha –, a
Quebramar e está aberto
a marcas externas.
Zara, Lanidor e Cortefiel apostam nas
Compras ‘online’ chegam a atingir o dobro do valor de uma loja física. Grupos de retalho preparam
Rebeca Venâncio
e Sónia Santos Pereira
[email protected]
Portugal terá, a partir de amanhã, seis novas marcas de retalho com lojas na Internet. Depois
do sucesso da Zara ‘online’, a Inditex volta a provar que Portugal
é um mercado estratégico, inserindo-o na sua rota de expansão.
Alemanha, Áustria, Dinamarca, Espanha, França, Holanda, Irlanda, Itália, Mónaco,
Noruega, Polónia, Reino Unido,
Suécia e Suíça são os outros
mercados onde o grupo que detém também as marcas
Pull&Bear, Bershka, Stradivarius, Oysho, Massimo Dutti e
Uterque estarão disponíveis
‘online’. Em Portugal só a Massimo Dutti fica de fora do ‘ecommerce’.
O universo das vendas pela
Internet não é exclusivo da Inditex. Grupo Cortefiel, Mango,
Lanidor, Blanco e GAP já não
dispensam os provadores virtuais. Dados do barómetro Acepi-Netsonda, relativos ao comércio electrónico em Portugal,
revelaram que, no primeiro se-
mestre, o segmento de “Moda,
Jóias e Lingerie” foi o mais procurado depois de “Electrónica”,
“Livros” e “Informática”.
As marcas estão atentas e,
por isso, ninguém quer ficar de
fora. Fonte oficial da espanhola
Blanco assume ao Diário Económico que, depois de uma experiência-piloto bem sucedida em
Espanha, “a venda ‘online’ chegará em breve a Portugal”. Uma
decisão “estratégica” para a
Grupo português
Lanidor tem 30
mil clientes
registados. Só em
2010, o comércio
electrónico da
empresa de João
Pedro Xavier
(foto), valeu 1,3
milhões de euros.
Amancio Ortega
(foto) fundou
a Inditex, que
começa agora
a despertar para
o ‘online’. Depois
da Zara, amanhã
ficam disponíveis
seis marcas
em 15 países.
marca, que considera este canal
o “mais rentável”.
“Os clientes gastam muito
mais porque é uma compra por
impulso, é só adicionar ao carrinho. Preferem comprar ou as
peças mais caras ou um maior
número de artigos para evitar
gastos com os portes de envio”,
explica fonte da empresa.
Opinião partilhada pelos responsáveis do grupo espanhol
Cortefiel, que lançou este Verão
em Portugal lojas ‘online’ da
Springfield e Pedro del Hierro e
“está a preparar o lançamento
este Outono” em todos os países
europeus da marca Cortefiel. “As
vendas superaram claramente as
expectativas, obtendo-se um
‘ticket’ médio de compra que
chega a atingir o dobro do valor
de uma loja física normal”,
avança fonte oficial do grupo,
que se estreou no comércio electrónico há 11 anos, com a Women’s Secret, em Espanha.
No Outono, este grupo ficará
com todas as marcas disponíveis
via comércio electrónico. E os
objectivos são elevados: o grupo
espanhol quer que o canal ‘online’ “represente 6% da factura-
MANGO
21 milhões
Valor em euros facturados
pela Mango em 2010 só com o
negócio ‘online’, que corresponde
a 2% da facturação total do
grupo. Os consumidores gastam,
em média, 90 euros por visita.
RETALHO
1 em cada 25
Euros gastos em comércio
electrónico, em 2010, no retalho
europeu. Estudos revelam ainda
que, até 2015, o comércio
electrónico em Portugal pode
valer quase 20 mil milhões
de euros.
ção nos próximos cinco anos”.
Para a empresa, o “e-commerce
é um canal mais próximo de
uma oferta global”.
No caso da Mango, outra
marca espanhola a estrear-se na
Internet com venda electrónica
desde 2000, a facturação ‘online’ ascendeu a 21 milhões de
euros em 2010, o que corresponde a uma subida de 80%
face a 2009. A loja ‘online’ (presente em 38 países, incluíndo
Portugal) representa perto de
2% da facturação global e “a
marca mantém o objectivo de
“chegar aos 7% dentro de dois
anos”, adianta ao Diário Económico fonte oficial da Mango.
Cada cliente ‘online’ gasta, em
média, 90 euros por visita.
Multimarca também é solução
Quando não se trata de uma
marca isolada, lojas ‘online’
multimarca também parecem
cativar as empresas. Foi o caso
da Lanidor que, em Abril, criou
um centro comercial virtual
(2bstyle.net), onde estão presentes todas as suas marcas: Lanidor, Globe, Companhia do
Campo, Casa Batalha e Loft
ID: 37305168
05-09-2011
Tiragem: 19711
Pág: 29
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 16,00 x 30,39 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 2 de 3
Zara ‘online’ já é a
maior loja mundial
Gap
Mango
A marca norte-americana
entrou em Portugal em Abril.
Em simultâneo com essa
aposta, a Gap alargou a esfera
geográfica da loja ‘online’ a
vários países europeus, entre
os quais a Áustria, Estónia,
Finlândia ou Luxemburgo,
totalizando actualmente
presença em 18 mercados.
É o segundo maior retalhista
do mundo. Só o negócio ‘online’
gerou, em 2010, vendas
de 898 milhões de euros.
A Mango estreou-se na venda
electrónica em 2000. Desde
então chegou a 38 países. Só
no ano de 2010, este negócio
valeu uma facturação de 21
milhões de euros, que
corresponde a cerca de 2%
do total da empresa. Fonte
oficial da marca confirma ao
Diário Económico que acredita
que é possível esperar que esta
plataforma corresponda a 7%
da facturação total dentro
de dois anos.
vendas ‘online’
novas aberturas para a ‘rentrée’.
(‘outlet’) -, e Quebramar, estando ainda disponível para
abrir portas a “outras marcas
externas que consideremos interessante incluir”, avança fonte oficial do grupo português.
A LA shop (o ‘site’ da principal marca do grupo de João Pedro Xavier) está acessível em
toda a União Europeia, Suíça, Estados Unidos e Canadá. No ano
passado, o comércio electrónico
do grupo valeu 1,3 milhões de
euros em vendas e as estimativas
para este ano apontam para 1,7
milhões. A concretizarem-se,
será um crescimento de 30%.
“Frequentemente o LA shop
‘online’ é a primeira loja da rede
em volume de vendas e a tendência será para assumir a posição de liderança do ‘ranking’”,
assume a mesma fonte. A loja
virtual da Lanidor contabiliza
30 mil clientes registados, que
beneficiam de promoções exclusivas do canal.
Para a Lanidor, o comércio
electrónico será “uma das plataformas do futuro”, justificando-o com o facto de 85% das
vendas nesta plataforma serem
nacionais, apesar da cobertura
da rede física de lojas no País.
Trata-se de “clientes que têm
uma relação próxima com a
marca, mas que encaram a ‘net’
como serviço complementar
num quotidiano cada vez mais
atarefado”.
A Gap, a segunda maior cadeia
do mundo de vestuário, abriu em
Abril a loja ‘online’ a Portugal,
naquele que foi a sua primeira incursão da marca no País. Através
do ‘site’ www.gap.eu, os portugueses podem comprar todos os
artigos da Gap e da Banana Republic (www.bananarepublic.eu),
outra marca do universo do grupo norte-americano. As compras
têm, porém, de ser feitas em inglês e pagas em libras.
Fora da corrida está a sueca
H&M. “Até à data não há qualquer previsão de abertura das
vendas ‘online’ no mercado
ibérico”, garante fonte oficial.
Um estudo da IDC e da ACEPI
concluiu que o valor do comércio
electrónico em Portugal deverá
atingir, em 2015, quase 20 mil
milhões de euros, um valor equivalente a 11,8% do PIB. Entre
2010 e 2015 prevê-se um crescimento médio anual de 8,9%. ■
Depois do sucesso da entrada da
Zara e da Zara Home no comércio
electrónico, a Inditex terá amanhã
todas as suas marcas nessa
plataforma em 15 mercados. Na
empresa fundada por Amancio
Ortega reina a certeza de que
esta será mais uma vitória
empresarial. Fonte oficial da
empresa recorda ao Diário
Económico que “a venda ‘online’
começou em 2010 em seis países
europeus, dois meses depois
chegou a cinco novos mercados e
em Fevereiro de 2011 foi alargada
a outros cinco”. Por isso, quando
questionada sobre o volume de
negócio da Zara na Internet, a
companhia espanhola justifica a
impossibilidade de revelar estes
dados por se tratar de “um curto
período de tempo, que não é
uniforme, dada a progressiva
ampliação a novos mercados”.
Ainda assim, o presidente da
Inditex, Pablo Isla, já expressou,
em várias ocasiões, que a
empresa está muito satisfeita
com a evolução de vendas ‘online’
e, efectivamente, a Zara.com é a
loja que mais vende em todo o
mundo. O plano de expansão da
venda ‘online’ da Zara continua e
irá alargar-se, segundo os planos
da empresa, a todos os mercados
onde a empresa tem presença
comercial. “No próximo dia 7
de Setembro vamos lançá-la nos
EUA e ainda em 2011 no Japão”,
recordou o mesmo responsável.
A partir de amanhã, todas as
marcas Inditex estão a ser
comercializadas na Internet
e disponibilizam os mesmos
produtos que na rede física
de lojas. As marcas oferecem
também “condições atractivas
no processo de compra”, revelou
a empresa em comunicado e,
tal como a Zara, a recolha
dos produtos nas lojas não
tem custos de envio. ■
“
O presidente da
Inditex já expressou,
em várias ocasiões,
estar muito satisfeito
com a evolução das
vendas ‘online’.
Fonte oficial da Inditex

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