nelas plano diretor municipal 10. Património Arquitetónico

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nelas plano diretor municipal 10. Património Arquitetónico
10.
Património Arquitetónico
nelas
plano diretor municipal
setembro 2013
câmara municipal de nelas
lugar do plano, gestão do território e cultura
1 0 . p a t r i m ó n io a r q u i t e t ó n ico | p la n o d ir e t o r
mu n i cip a l d e n e la s |
Índice
Índi c e ............................................................................................................. 2
A.
Int rodu ç ão ................................................................................................ 3
B.
P atr im óni o Ar q uit et ó nic o Cl a ss ifi c ado ..................................................... 5
B. 1 .Im ó ve is d e I nt er e s s e P úb l ic o ....................................................................... 6
B. 2 . Im óv e is de I n ter e s s e M un ic i pa l .................................................................. 28
C.
Inv ent á ri o M uni cip al ................................................................................ 38
C. 1. E l em ent os Is ol a do s ................................................................................... 38
C. 2. Co nj un tos de C as ar io T r ad ic i o na l ............................................................... 74
C. 3.O u tr os C o nj u nt os de I n ter es s e ................................................................... 81
C. 4. Núc l e os His t ór ic o s ..................................................................................... 89
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A. I n t r o d u ç ã o
O município de Nelas possui um património rico em variadas belezas naturais, em história cultural e
atividades artesanais. Muitos destes aspetos são devidamente apreciados e considerados únicos por
tantos quantos residem ou visitem o concelho.
Merecem especial referência, sob o ponto de vista paisagístico, as vertentes do Rio Dão e Mondego.
Mas o Concelho é rico em muitos outros bem patrimoniais desde as feiras de romarias onde sobressai a
festa de Carnaval, o artesanato e a gastronomia bem como a não menos importante produção vitivinícola.
Sob o ponto de vista arquitetónico, o município de Nelas apresenta características de uniformidade e
qualidade bem patentes nos abundantes exemplares de Arquitetura popular, aproveitando a pedra da
região: o granito. No entanto, em alguns casos, apresentam estados de degradação adiantados,
necessitando de medidas urgentes que impeçam a sua destruição total.
Efetuado um estudo “in loco” e feita uma avaliação do existente, foi possível fazer uma classificação do
património Arquitetónico em:
 Património classificado
Constituído na sua maioria por igrejas, pelourinhos, solares e casas solarengas.
 Património Arquitetónico de Interesse Municipal - Inventário Municipal de Bens com Interesse
Municipal
Que se subdivide em:
 Património inventariado
Constituído por todos os edifícios considerados relevantes dentro de todos os valores culturais do
Concelho.
 Aglomerados que possuem conjuntos históricos
Isto é, conjuntos homogéneos possuidores de edifícios com características monumentais, envolvidos
por tecidos de ruas ou ruelas com casario mais modesto, bem como pelourinhos, por fortes
elementos naturais e ainda uma coerência natural, social e económica. Estão neste conjunto Canas
de Senhorim e Santar, cujo desenvolvimento dos respetivos planos de pormenor e salvaguarda está
em fase terminal.
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
mu n i cip a l d e n e la s |
Aglomerados de casario tradicional com um ou outro edifício de interesse
De que são exemplo os lugares de Aguieira, Lapa do Lobo, Póvoa de Santo António (Canas de
Senhorim), Moreira e Casal Sancho (Santar), Fonte do Alcaide.

Aglomerados onde apenas existem edifícios isolados com interesse
Como Carvalhal Redondo, Vilar Seco, e os lugares de Carvalhas, Igreja e Casal de São José, na
freguesia de Senhorim.

Aglomerados importantes pela conjugação de um conjunto de fatores
Que além da Arquitetura prendem-se com valores culturais, paisagísticos e económicos caso de
Núcleo habitacional e Industrial da ENU (Canas de Senhorim), Hotel da Urgeiriça, Quinta da
Chamusca (Senhorim), Aldeia da Barca (Caldas da Felgueira), Conjunto Termal das Caldas da
Felgueira, Moinhos (Senhorim), Nelas e a EN234.
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B. P a t r i m ó n i o
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Arquitetónico
Classificado
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B.1.Imóveis de Interesse Público
No Município de Nelas existem nove imóveis pertencentes ao património arquitetónico que se encontram
classificados como Imóveis de Interesse Público, designadamente:
-
Casa das Fidalgas;
-
Casa do Cruzeiro;
-
Casa do Soito e Paço dos Cunhas (incluindo jardim e pomares delimitados por uma cerca);
-
Igreja da Misericórdia de Santar;
-
Igreja do Salvador, Matriz de Canas de Senhorim;
-
Pelourinho da Aguieira;
-
Pelourinho do Folhadal;
-
Pelourinho de Vilar Seco;
-
Casa/Solar dos Abreu Madeira.
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Casa
das
Fidalgas
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001
V i s e u – N e l a s – S a n ta r
I I P 5 / 2 0 0 2 , D R 4 2 , d e 1 9 -0 2 - 2 0 0 2
La r g o da T or r e , j u nt o à E . N . 2 3 1 - 2 S a n ta r
Tipologia: Arquitetura residencial, barroca e neoclássica. Solar
rural de fundação seiscentista e setecentista com planta retangular,
de dois e três pisos, surgindo algumas molduras de portas e janelas
em arco rebaixado, e óculos circulares e quadrilobados, a que se
vieram juntar elementos classicizantes como a colunata tosc ana da
varanda alpendrada. Interior com espaços comunicantes, decorados
com coberturas de estuque, surgindo pequena capela com retábulo
joanino.
Utilização Inicial: Residencial: solar
Utilização Atual: Residencial: casa (residência oficial do Duque de
Viseu)
Época de Construção: Séc. XVIII / XX
Enquadramento: Periurbano. Isolada, com frontaria voltada para
amplo largo com inclinação para SE., com chafariz brasonado e
árvores de grande porte. Circundada por casas de habitação a N. e
NE., por arruamento a E., pelos edifícios da Casa dos Bois e
primitivas cavalariças, das adegas e armazéns, paralelos à Casa,
aos quais se liga por portão, a NO., e por jardim com árvores
decorativas e canteiros de buxo e terrenos agrícolas com vinhas,
oliveiras, laranjeiras e hortas, murados, que se estendem para SO.
Possui zona com pequeno jardim, formado por buxos e enorme
alameda.
Descrição: A casa das Fidalgas, atualmente, residência de D. Miguel,
Duque de Viseu, é uma edificação que remonta, parcialmente, à época
medieval, encontrando-se, hoje, bastante alterada pelas sucessivas
reformas de que foi alvo, principalmente no século XVII e XVIII.
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Implantada num largo, onde se destaca a denominada Fonte da Torre
(cujo brasão denuncia o seu impulsionador, D. Rui Lopes de Sousa
Alvim Lemos, que a mandou executar em 1789), a casa das Fidalgas
conserva, ainda, os jardins e terrenos agrícolas que se desenvolvem na
zona posterior, bem como uma série de edifícios ligados as atividades
rurais (CARVALHO, 2001, p. 15).
O topónimo Torre, presente quer na designação da fonte, quer no largo
em que o imóvel se inscreve, deixa adivinhar a existência de uma
antiga torre, medieval, a parir da qual a Casa das Fidalgas teria sido
edificada. É possível que este volume corresponda à zona mais
elevada, e central, do edifício atual, embora alguns autores refiram a
demolição da torre primitiva por ordem de D. Rui Lopes de Sousa Alvim
Lemos (IDEM, p. 17). Esta intervenção deverá integrar-se numa outra
mais vasta, ocorrida no século XVIII, e durante a qual todo o edifício foi
remodelado e ampliado, segundo a configuração que hoje conhecemos.
Na verdade, se excetuarmos alguns dados relativos aos proprietários e
às ligações matrimoniais que estes estabeleceram com a nobreza da
região (B. S., 172, pp. 257-259), são muito poucas as informações
conhecidas sobre a casa das Fidalgas.
Formada por quatro corpos, de grande depuração, a casa apresenta
fachada principal orientada a Noroeste, dividida em três panos, de dois
andares
cada
um.
Os
vãos
abrem-se
em
molduras
simples,
destacando-se o último pano com um alpendre suportado por coluna.
Na
fachada
posterior,
ganha
especial
importância
a
varanda
alpendrada, suportada por colunata toscana, a que se acede por
escadaria paralela ao alçado, de lanço único.
No interior, a capela apresenta retábulo de talha policromada e
abóbada de caixotões, destacando-se, ainda, a biblioteca e algumas
Fonte: http://www.monumentos.pt
salas com tetos de masseira e de estuque.
Descrição do Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológ ico http://www.igespar.pt e do Instituto de Habitação e de Reabilitação Urbana http://www.monumentos.pt
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Casa do Cruzeiro
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002
V i s e u – N e l a s – C a n a s de S e n hor i m
I I P De c r e to nº 2 8 / 8 2 de 2 6 -0 2 - 1 9 8 2 + De c r e t o nº 6 7 / 9 7 d e 3 1 -1 2 -1 9 9 7 (r e ti fi c a a
de s i g n a ç ã o )
R u a K e i l d o Am a r a l , 7 3 , C a na s d e S e n h or i m
Tipologia: Arquitetura religiosa, maneirista. Casa alpendrada com
colunata de capitéis dóricos na fachada principal, desprovida de
elementos decorativos. Emolduramentos lisos de portas e janelas.
Utilização Inicial: Residencial: casa
Utilização Atual: Residencial: casa
Época de Construção: Séc. XVII, XVIII, XIX e XX
Enquadramento: Urbano. A N. de pequeno largo plano onde se
encontra um Cruzeiro; Quartel de Bombeiros parcialmente adossado
à fachada S. jardim e quintal a N. e O. cercados por muro com 2
portões.
Descrição: As mais antigas informações conhecidas relativas à
casa do Cruzeiro referem-se à capela, dedicada a Nossa Senhora
da Conceição e edificada na transição do século XVII para o século
XVIII. Foi mandada construir por Simão Coelho do Amaral, Bacharel
da Universidade de Coimbra e cavaleiro da Ordem de Cristo,
datando a escritura de obrigação de 21 de agosto de 1699 (ALVES,
1995, p. 264).
Ao que tudo indica, a construção da casa é posterior à capela,
devendo-se já ao filho de Simão Coelho do Amaral. A inexistência
de descendência por parte deste e do irmão que herdou o imóvel
sujeitou a casa à posse da Coroa, o que deu origem, pouco mais
tarde, a uma disputa apenas resolvida no século XI X com a
recuperação do edifício para a família. António Abreu da Gama foi
quem beneficiou desta vitória, vindo depois a tornar -se proprietário
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da Casa Abreu Madeira. Em 1860-65, fez deslocar para este imóvel
a capela de Nossa Senhora da Conceição, local on de ainda hoje se
encontra (ver Solar Abreu Madeira).
A casa do Cruzeiro destaca-se pela sua fachada com friso e
varanda alpendrada suportada por colunas dóricas, acedendo -se ao
interior, muito descaracterizado pela intervenção de 1984, através
de dois vãos de verga reta. À direita, abre-se o portão, de linhas
retas, definindo um segmento da fachada que no registo seguinte é
delimitado por pilastras e que exibe, ao centro, a pedra de armas
dos Coelho Amaral.
Em 1982, o imóvel acolhia um consultório, tendo sido classificada
nessa data como Consultório do Dr. António Pêga, mas em 1997 o
decreto n.º 67/97 de 31 de dezembro de 1997, retificou o nome para
Casa do Cruzeiro.
Descrição do Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico http://www.igespar.pt e do Instituto de Habitação e de Reabilitação Urbana -
Fonte: http://www.monumentos.pt
http://www.monumentos.pt
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Casa
do
incluindo
Soito
jardins
e
e
Paço
pomares
dos
mu n i cip a l d e n e la s |
Cunhas,
delimitados
por
uma
cerca
003
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I I P De c r e to n . º 4 5 / 9 3 d e 3 0 -1 1 -1 9 9 3
E n tr a da pr i n c i pa l p e l o La r g o d o P a ç o e m S a nt a r
Tipologia: Arquitetura residencial, maneirista e barroca. Paço dos
Cunhas
de
fachada
lisa,
com
tímida
curvatura
central
sem
elementos decorativos, pórtico flanqueado de colunas e as janelas
com balcão de balaústres idênticas às do Colégio e Paço Episcopal
de Viseu (Museu Grão Vasco). Casa do Soito, baseada no modelo
do Paço dos Cunhas, com fachada principal totalmente preenchida
de vãos moldurados com elementos curvilíneos dinâmicos, e cornija
que se arqueia acentuadamente ao centro. Jardim com rampas,
escadarias, balaustradas, canteiros de buxo, estátuas e bancos
forrados de azulejos barrocos de figura avulsa e figurativos.
Utilização Inicial: Residencial: solar
Utilização Atual: Residencial: futuro hotel (Casa do Soito) e
restaurante (Paço dos Cunhas)
Época de Construção: Séc. XVII, XVIII e XIX
Enquadramento: Urbano. No cimo de outeiro circundado por
arruamentos e casas de 2 pisos, algumas antigas, e capela.
Harmonizados com o meio; isolados. O complexo habitacional e a
propriedade são totalmente envolvidos por cerca com portões
gradeados. O acesso ao Paço é feito por carreiros ladeados por
sebes
de
loureiro.
Jardim
com
canteiros
de
rosas,
árvores
centenárias, estátuas e uma carreira de cameleiras, surgindo
bancos revestidos a azulejo.
Descrição: O Paço dos Cunhas, de origem mais remota, e a Casa
do Soito, de construção setecentista, encontram -se ligados desde o
início do século XIX, quando o primeiro imóvel foi adquirido pelo
proprietário do segundo, José Caetano dos Reis.
De acordo com a inscrição presente sobre o portal principal, o Paço
dos Cunhas foi edificado em 1609 por iniciativa de D. Pedro da
Cunha, muito possivelmente, sobre uma estrutura anterior. O seu
filho, D. Lopo da Cunha, manteve bem vivas as relações do pai com
Castela, o que lhe veio a custar, no contexto das guerras da
Restauração, o confisco dos seus bens e o exílio em Espanha. O
Casa do Soito
Fonte: http://www.monumentos.pt
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património dos Cunhas, senhores da Casa de Santar (entre outros
títulos e cargos), passou a ser administr ado pela Junta dos 3
Estados, integrando, depois, a Casa do Infantado. D. João V
acabaria, em 1725, por restituir aos descendentes a Casa de
Santar que, por falta de linhagem, foi adquirida pelo proprietário da
Casa do Soito, integrando, assim, esta vasta quinta.
Do edifício seiscentista, de feição maneirista, resta a fachada
principal, com o pórtico flanqueado por duas colunas, lintel com
inscrição, e o brasão dos Cunhas, que faz elevar a cornija, que
forma uma curva. Ladeiam o portal duas janelas com bal austradas.
Os corpos que formam um L apresentam alçados de cantaria, com
vãos sem qualquer decoração.
Este edifício foi recentemente convertido em restaurante, sendo
uma das referências gastronómicas da região.
Por sua vez, a casa do Soito, que brevemente irá transformar-se
em hotel, pertenceu aos Coelho do Amaral, cujo brasão é bem
visível sobre a porta principal, foi edificada no decorrer do século
XVIII, beneficiando de todo um aparato cenográfico que lhe é
conferido quer pela escadaria de acesso, quer pela decoração da
fachada, quer ainda pelos jardins desenvolvidos em diferentes
patamares, com balaustradas, bancos de azulejos, e estátuas.
Desenvolve-se numa planta em L, com algumas irregularidades, e é
antecedida por uma escadaria de lanços conver gentes, com
balaustrada, marcada por grandiosas urnas, que liga o jardim, numa
cota mais baixa, ao nível da fachada. Esta é aberta por cinco vãos
Paco dos Cunhas
Fonte: http://www.monumentos.pt
em cada um dos pisos, destacando-se a composição central, que
une numa mesma moldura o portal e a janela, enci mados pelo
brasão da família. Esta solução, bastante comum na Arquitetura
senhorial do século XVIII, obriga ao alteamento da cornija, que
desenha uma curva muito pronunciada, formando uma espécie de
tímpano, o que faz sobressair ainda mais este elemento de poder e
prestígio. Nas molduras dos vãos predominam as linhas curvas, o
que confere um maior dinamismo ao conjunto. Do lado esquerdo,
um outro corpo recuado, forma um terraço.
No interior da Casa, as salas mantêm os textos de caixotões ou em
estuque, conservando, ainda, o equipamento decorativo que, desde
o século XVIII, é parte integrante do imóvel, e cuja importância
artística tem conduzido a várias tentativas de musealização do
espaço. A necessidade de preservação deste significativo espólio
teve como consequência a criação de uma fundação, a Fundação
Casa do Soito, depois transformada na Sociedade Agrícola Casa do
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mu n i cip a l d e n e la s |
Soito, que deveria tirar partido, também, das potencialidades
agrícolas e vinícolas da quinta.
Paço dos Cunhas
Fonte: Câmara Municipal de Nelas
Paço dos Cunhas
Fonte: Câmara Municipal de Nelas
Descrição do Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico http://www.igespar.pt e do Instituto de Habitação e de Reabilitação Urbana http://www.monumentos.pt
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Igreja
da
Misericórdia
de
mu n i cip a l d e n e la s |
Santar
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V i s e u - N e l a s . - S a nt a r
I I P De c r e to n º 4 7 5 0 8 d e 2 4 -0 1 -1 9 6 7
La r g o da M i s e r i c ór di a
Tipologia: Arquitetura religiosa, maneirista, barroca, rococó e
oitocentista. Igreja de Misericórdia de planta longitudinal composta
de nave única e capela-mor, mais baixa e estreita, com torre sineira
adossada à fachada lateral esquerda, sacristia, anexo e varanda
alpendrada na oposta, e com casa do Despacho disposta na
fachada posterior. Fachada principal terminada em empena, de friso
e cornija, rasgada por três eixos de vãos: o central, influenciado
pela tratadística de Vignola, composto por portal, de verga reta,
encimado por janela de sacada, também retilínea, ladeada por
aletas
volutadas
e
sobrepujada
por
frontão
semicircular
interrompido por brasão nacional, e os laterais compostos por
janelas
retangulares
jacentes,
duas
janelas
retangulares,
sobrepujadas por nicho, concheado e com mísula para imaginária,
encimados por frontão de volutas interrompido. Fachada lateral
esquerda com anexos incaracterísticos, resultantes de uma reforma
oitocentista / novecentista, e lateral direita de dois panos, tendo no
primeiro amplo vão em asa de cesto encimado por varanda
alpendrada, disposta em ângulo, com guarda em balaustrada de
cantaria, onde assentam colunas toscanas que suportam arquitrave
e alpendre; o segundo pano é rasgado irregularmente por vãos
retilíneos, no primeiro piso por duas portas e três janelas jacentes
e, no segundo, por quatro janelas de sacada e guarda de ferro.
Interior com coberturas de madeira, na nave em masseira e na
capela-mor em falsa abóbada de berço, com silhar de azulejos de
estampilha de meados do séc. 19, de padrão fitomórfico. Nave com
coro-alto, de madeira, púlpito de talha em branco revivalista
neogótica, no lado da Epístola, duas capelas laterais confrontantes,
sendo o retábulo da Epístola em talha barroca joanina e o do
Evangelho
colaterais
neoclássico,
com
efeito
de
camarim
em talha rococó, de um eixo,
e
retábulos
que se prolongam
revestindo o arco triunfal. Capela-mor com duas tribunas laterais
oitocentistas,
de
vão em
asa de cesto
e guarda de ferro,
comunicando com a sala do Despacho, e retábulo-mor de estrutura
maneirista, em nicho encimado por tabela, segundo os esquemas da
tratadística
de
Vignola.
Estruturalmente,
a
igreja
influenciou
profundamente a Igreja da Misericórdia de Mangualde, construída
cerca de 100 anos depois (v. PT021806100005), sobretudo a nível
da fachada principal e lateral direita.
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mu n i cip a l d e n e la s |
Utilização Inicial: Religiosa: igreja da Misericórdia
Utilização Atual: Religiosa: igreja de Misericórdia / Comercial:
farmácia
Época de Construção: Séc. XVII, XVIII e XIX
Enquadramento: Urbano. Ergue-se recuado em relação à principal
via de circulação que atravessa a povoação, perpendicularmente ao
Solar dos Condes de Santar (v. PT021809040017), que tem alto
muro a circundar o jardim, desenvolvido fronteiro à fachada
principal da igreja, intercalando-os estrada estreita. À fachada
lateral direita e posterior adossa-se muro, alto na primeira e baixo
na
segunda,
onde
é
encimado
por
gradeamento
de
ferro,
delimitando o antigo cemitério, acedido por ambas as fachadas. No
enfiamento do portal da fachada lateral esquerda, ergue -se ao
fundo cruzeiro alpendrado. O alpendre, assente em soco, é de
planta quadrada, com colunas toscanas sobre altos plintos, que
suportam cornija em papo de rola, com pináculos piramidais
rematados por bolas nos ângulos e cúpula piramidal; protege
cruzeiro com base quadrangular, posta em losango, coluna toscana
encimada por cruz, de braços retos, com imagem do Crucificado, de
pés sobrepostos e cabeça inclinada. Sobre o muro a S. e E.,
erguem-se dois cruzeiros, de braços quadrangulares, assentes em
plintos trapezoidais, existindo um outro junto à fachada lateral
direita, onde existem vestígios do antigo calvário, documentalmente
comprovados. Em todo este espaço existem ainda algumas árvores
de grande porte e canteiros de buxo. Junto à fachada lateral
esquerda
organiza-se
delimitado por
jardim
caminhos
público,
empedrados
com
espaço
relvado,
a paralelepípedos,
com
pequenos canteiros e bancos de madeira; ao centro possui estátua
da rainha D. Leonor assente em alto plinto. Na proximidade, ergue se
o
Centro
de
Dia
da
Santa
Casa
da
Misericórdia
(v.
PT021809040098).
Descrição: Ergue-se recuado em relação à principal via de
circulação que atravessa a povoação, perpendicul armente ao Solar
dos Condes de Santar (v. 1809040017), que tem alto muro a
circundar o jardim, desenvolvido fronteiro à fachada principal da
igreja, intercalando-os estrada estreita. À fachada lateral direita e
posterior adossa-se muro, alto na primeira e baixo na segunda,
onde é encimado por gradeamento de ferro, delimitando o antigo
cemitério, acedido por ambas as fachadas. No enfiamento do portal
da
fachada
lateral
esquerda,
ergue-se
ao
fundo
cruzeiro
alpendrado. O alpendre, assente em soco, é de planta quadrada,
com colunas toscanas sobre altos plintos, que suportam cornija em
papo de rola, com pináculos piramidais rematados por bolas nos
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ângulos
e
cúpula
piramidal;
protege
cruzeiro
com
mu n i cip a l d e n e la s |
base
quadrangular, posta em losango, coluna toscana encimada por cru z,
de braços retos, com imagem do Crucificado, de pés sobrepostos e
cabeça inclinada. Sobre o muro a S. e E., erguem -se dois cruzeiros,
de
braços
quadrangulares,
assentes
em
plintos
trapezoidais,
existindo um outro junto à fachada lateral direita, onde exi stem
vestígios do antigo calvário, documentalmente comprovados. Em
todo este espaço existem ainda algumas árvores de grande porte e
canteiros de buxo. Junto à fachada lateral esquerda organiza -se
jardim público, com espaço relvado, delimitado por caminhos
empedrados a paralelepípedos, com pequenos canteiros e bancos
de madeira; ao centro possui estátua da rainha D. Leonor assente
em alto plinto.
Na proximidade, ergue-se o Centro de Dia da Santa Casa da
Misericórdia (v. 1809040098).
Planta longitudinal composta por nave única e capela-mor, mais
baixa e estreita, tendo adossado à fachada lateral N. torre sineira
quadrada, no alinhamento da fachada principal, e corpo retangular,
correspondente a uma capela lateral, anexo e farmácia, e à fachada
lateral S. corpo também retangular correspondente à varanda,
anexos e sacristia; ambos se prolongam para a fachada posterior,
onde se desenvolve a todo o comprimento do segundo piso a sala
do despacho. Volumes articulados, com coberturas diferenciadas
em telhados de duas águas e cúpula bolbosa na torre sineira.
Fachadas rebocadas e pintadas de branco, com pilastras nos
cunhais, as da igreja coroadas por pináculos, e terminadas em
cornija, nas fachadas laterais encimadas por beiral. Fachada
principal virada a O. e terminada em empena, de friso e cornija
moldurada, coroada por cruz de cantaria sobre plinto, e com
embasamento pintado de azul. Portal de verga reta, moldurada,
encimado por pequena cornija e friso epigrafado entre duas
mísulas, que sustentam janela de sacada, i gualmente de verga reta
moldurada,
encimada
por
pequena
cornija,
friso
e
frontão
semicircular interrompido por brasão nacional, envolto em paquife e
coroado; a janela possui ainda guarda em ferro forjado rendilhado e
é ladeada por aletas volutadas. Ladeiam o portal duas janelas
retangulares jacentes, encimadas por duas janelas retangulares
com moldura estriada, de ângulos salientes, sobrepujada por
pequena cornija, friso e cornija, sobre a qual assente nicho,
enquadrado por pilastras toscanas que sustentam friso e frontão de
volutas interrompido por pinha; o nicho possui arco festonado,
interior em cantaria coberto por abóbada concheada e mísula
volutada ao centro. Torre sineira de três registos separados por
cornija, o primeiro rasgado por janelo a N. e por ta de verga reta a
E., o segundo, o mais baixo, cego e o terceiro rasgado em cada
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10.16
1 0 . p a t r i m ó n io a r q u i t e t ó n ico | p la n o d ir e t o r
mu n i cip a l d e n e la s |
uma das faces por sineira, de arco de volta perfeita sobre pilastras
e
com
fecho
saliente,
albergando
sinos;
remate
em
cornija
encimada por balaustrada, com plintos nos cunhais, coroados por
fogaréus, e cúpula rematada por catavento. Fachada lateral N. com
nave rasgada por porta de verga reta e janela longilínea de
capialço; o corpo lateral possui um eixo de vãos descentrados,
composto por porta de verga reta, janela de brincos retos e óculo
circular, rematado em empena sobrelevada; para O. abre -se
pequeno nicho, em arco de volta perfeita, gradeado, e para E. duas
portas
de verga reta simples e,
ao meio,
janela retangular
gradeada. Fachada lateral S. com sucessão de corpos de d ois pisos
e formada por dois panos, separados por pilastra toscana; no
primeiro pano, sensivelmente recuado em relação à frontaria, possui
amplo vão em asa de cesto, sobre pilastras toscanas, entaipado por
pano de muro rasgado por fresta, encimado por cornija moldurada,
sobre a qual se desenvolve em ângulo varanda alpendrada, com
guarda em balaustrada de cantaria, intercalada por acrotérios onde
assentam colunas toscanas que suportam arquitrave e alpendre.
O segundo pano, de diferentes alturas, é rasgado por duas portas
de verga reta e três janelas retangulares jacentes, gradeadas, num
plano superior, e no segundo piso por quatro janelas de sacada, de
verga reta e guarda de ferro, uma delas já sem guarda. Fachada
posterior terminada em empena, rasgada, no primeiro piso, por três
janelas retangulares jacentes, no segundo, por quatro janelas
longilíneas com avental retangular de cantaria, interligando -se aos
vãos inferiores; superiormente, ao centro abre-se óculo circular.
INTERIOR com paramentos rebocados e pintados de branco, com
silhar de azulejos monócromos azuis sobre fundo branco, de
composição ornamental de padrão e cercadura fitomórfica. Nave
com pavimento em lajes de cantaria e cobertura de madeira em
masseira, possuindo coro-alto de madeira, assente
em duas
mísulas volutadas pintadas de branco, acedido por portas de verga
reta de ambos os lados, com guarda de balaustres, também de
madeira. Portal com verga interior em arco abatido, possuindo pia
de água benta gomada do lado do Evangelho, tal como a porta
travessa. No lado da Epístola rasga-se vão, de verga reta,
Fonte: http://www.monumentos.pt
comunicando a atual sala de arrumos, de pavimento em calhau
rolado e cobertura em abóbada de berço abatida sobre cornija, e
púlpito facetado de talha em branco, assente em mísula e guarda
plena,
decorada
por
três
panos,
marcados
por
contrafortes,
decorados por arcos trilobados assentes em pilastras, encimados
por motivos vegetalistas, sendo acedido por vão de verga reta sobre
jambas biseladas, moldurado a cantaria e friso de madeira,
interligado a espaldar também de madeira, marcado por arco
trilobado,
encimado
por
baldaquino,
igualmente
facetado
e
Fonte: Câmara Municipal de Nelas
terminado em coruchéu rendilhado. No topo da nave, abrem -se duas
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10.17
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mu n i cip a l d e n e la s |
capelas retabulares confrontantes, com arco de volta perfeita em
cantaria, a do lado do Evangelho mais profunda, ambas dedicadas
ao martírio de Cristo. Arco triunfal de volta perfeita sobre pilastras
toscanas,
ladeado
por
dois
retábulos
colaterais,
de
talha
policromada de branco e dourado, dedicados a Santa Eufémia
(Evangelho) e Nossa Senhora da Piedade (Epístola), que se
prolongam por fragmentos de frontão e acantos, revestindo o arco
triunfal, sobre o qual surge o escudo nacional, com coroa,
flanqueado por anjos de vulto. Capela-mor com paramentos laterais
de dois registos, separados por friso, tendo, de cada lado, no
primeiro, porta de ligação a anexo e sacristia e uma janela de
capialço e, no segundo, tribuna de arco em asa de cesto, com pedra
de fecho saliente, sobre pilastras toscanas e com guarda em ferro,
a do lado do Evangelho para os elementos do sexo feminino e a do
oposto para os Irmãos da Mesa. Sobre supedâneo de cantaria,
retábulo-mor de talha dourada e policromada, de planta reta e três
eixos definidos por colunas jónicas com o terço inferior espiralado,
surgindo no central tribuna em arco abatido, com o fundo pintado a
imitar o firmamento e cobertura de cinco panos em caixotões; os
eixos laterais possuem mísula com imaginária, sendo encimados
por
entablamento
sobre
o
qual
corre
friso
de
apainelados,
sustentando tabela retangular vertical, com representação pictórica
da
Mater
Omnium,
flanqueada
por
colunas
jónicas
e
aletas
volutadas, rematando em cornija e frontão contracurvado com
reserva central, onde surgem as iniciais "I.M.I."; sobre as colunas
surgem pináculos. Predela com as representações pictóricas de
Santa
Isabel,
Santa
Eufêmia,
São
Luís
e
Santa
Catarina,
identificadas com legenda. Parede testeira revestida a tabuado
pintado de azul. Altar paralelepipédico com frontal adamascado,
ladeado por portas de acesso à tribuna, decoradas em apainelados.
Pavimento de lajes de granito e cobertura de madeira, em falsa
abóbada de berço. Sacristia com paramentos igualmente rebocados
e pintados de branco, com embasamento a azul, pavimento de lajes
e cobertura de madeira plana, com trave jamento à vista; num dos
topos possui arcaz, encimado por oratório retangular, com moldura
de
talha,
sobreposta
por
colunas
torsas
sobre
consolas,
reaproveitando elementos de talha de uma estrutura primitiva; na
parede oposta, interrompendo a jamba da port a de ligação ao corpo
intermédio, surge lavabo, com espaldar retangular simples, de uma
bica, circular, encimada por reservatório semicircular e com bacia
retangular; o anexo, de pavimento em lajes de granito, possui
escada de acesso ao púlpito e uma outra de ligação ao segundo
piso, protegido por guarda de balaustres em madeira exótica,
formando corpo intermédio de ligação à tribuna dos Mesários e à
varanda alpendrada, com pavimento em lajes de granito e cobertura
de madeira, sobre travejamento à vista. Pelos corpos adossados à
fachada N. tem-se acesso à sala do Despacho, que comunica a
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10.18
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mu n i cip a l d e n e la s |
ambas as tribunas, através de portas de verga reta, possuindo
pavimento de madeira e teto plano, de estuque.
Descrição do Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico http://www.igespar.pt e do Instituto de Habitação e de Reabilitação Urbana http://www.monumentos.pt
Fonte: Câmara Municipal de Nelas
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10.19
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mu n i cip a l d e n e la s |
Igreja do Salvador - Matriz de Canas de Senhorim
005
V i s e u – N e l a s – C a n a s de S e n hor i m
I I P De c r e to n º 1 2 9 / 9 7 d e 2 9 -0 9 -1 9 7 7
La r g o da I gr e j a
Tipologia:
Arquitetura
religiosa,
barroca.
Vãos
de
molduras
curvilíneas, em avental e polilobadas, arcos de volta perfeita e
rebaixados sob frontões em cortina e de volutas, decorações
conquiformes, empena de volutas, remates de fogaréus. R etábulo
de talha dourada joanina, de Arquitetura dinâmica com camarim
provido de sanefa. A torre da fachada principal copiou o modelo da
Igreja da Ordem Terceira de São Francisco de Viseu, da autoria de
António Mendes Coutinho, discípulo de Nicolau Nasoni.
Utilização Inicial: Religiosa: igreja matriz
Utilização Atual: Religiosa: igreja matriz
Época de Construção: Séc. XVIII
Enquadramento: Urbano. Em amplo largo arborizado circundado
por edifícios de 2 pisos a E. e pelo Solar dos Abreu Madeira a O..
Em destaque, isolada, rodeada por adro em plataforma cercado por
muro com escadas a O. e a N.
Descrição: Planta longitudinal, simples, de 2 retângulos justapostos
(nave e capela-mor). Massa de volumes articulados composta por
nave e cabeceira, Batistério adossado a S., Sacristia e torre sineira
adossados
a
N.,
horizontalistas,
exceto
a
torre.
Coberturas
diferenciadas de telhados a 2 águas na nave e cabeceira, a 1 água
no Batistério e Sacristia e coruchéu pétreo na torre. Fachada
principal orientada a O. com embasamento pouco saliente, ao
centro portal em arco rebaixado de moldura exterior curvilínea com
frontão em cortina sobre pedra-de-armas, sobre aquela janela de
moldura curvilínea flanqueada por 2 janelas gradeadas em arco
rebaixado de moldura superiormente
festonada
encimada
por
frontão diminuto angular. Remate em empena curvilínea com
pequenas
volutas ladeada por fogaréus sobre os
cunhais
e
rematada por arco de volta perfeita de onde se eleva uma cruz. À
esquerda torre sineira com 2 vãos curvilíneos no 1º piso, relógio de
sol no 2º e abertura sineira no 3º. À direita Batistério, sem vãos.
Fachada S. com embasamento pouco saliente; à esquerda corpo do
Batistério com vão único a S., de moldura lobulada encimada de
frontão curvo; pano da nave com 2 pisos: no 1º portal moldurado em
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10.20
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mu n i cip a l d e n e la s |
arco rebaixado sob frontão em cortina, no 2º 2 janelas profundas de
moldura retangular simples; à direita pano da cabeceira com
embasamento pouco saliente e 2 janelas de molduras curvilíneas
em avental decoradas com florões e conchead os sob pequenos
frontões em cortina. Remates em cornija; fogaréus e pináculos
sobre os cunhais. Fachada E. com embasamento pouco saliente,
sem
vãos,
remate
em
empena
angular.
Fachada
N.
com
embasamento pouco saliente, à esquerda corpo da Sacristia com
porta em arco rebaixado encimado de pequenas volutas e frontão
contracurvado e vão lobulado idêntico ao do Batistério; pano da
nave com 2 pisos: no 1º porta moldurada em arco rebaixado sob
frontão curvo e no 2º, duas janelas iguais às da fachada S; à direita
torre sineira de 3 pisos, 1º e 2º sem vãos nas faces E. e N., 3º com
aberturas sineiras em arco de volta perfeita. Interior: Espaço de
nave única com 3 janelas a O. a central mais elevada, de moldura
curva, e coro-alto de balaustrada de madeira sobre arco p étreo
rebaixado. No subcoro a O porta principal, a S. Batistério com altar
e pia batismal e a N. arco granítico e porta em arco cairelado.
Paredes S. e N. no 1º piso, 1 porta de moldura retangular e 1
capela lateral em arco de volta perfeita (a S. com imag em de Nossa
Senhora sobre mísula e a N. com confessionário) e 2 janelas de
moldura retangular. Piso de lajes graníticas e teto de masseira com
caixotões e alguns florões dourados. A E. arco triunfal de volta
perfeita flanqueado de 2 altares de urna com retábulos de talha
branca e dourada, enquadradas por colunas de capitéis coríntios e
encimadas por frontões contracurvados ladeados de arcanjos, tendo
ao centro uma glória circundada por cabeças de serafins. Capela mor com degrau decorado com pontas de diamante. Na parede S. 2
janelas de molduras curvilíneas; na parede N. 1 porta de moldura
retangular encimada por frontão interrompido de volutas, de acesso
à Sacristia; parede E. totalmente coberta por retábulo de talha
dourada com sacrário e tribuna apainelada flanqueada por 2 pares
de colunas pseudo-salomónicas decoradas com folhas de acanto,
rosas, malmequeres, pássaros e putti e pilastras postas em esquina
nos
intercolúnios,
que suportam
entablamento curvilíneo com
sanefa. Teto em berço de caixotões com 35 p ainéis pintados (5x7)
com temas cristológicos e hagiográficos que incluem Apóstolos,
Evangelistas e Doutores da Igreja, emoldurados de talha dourada
com folhas de acanto e florões. A Sacristia possui um arcaz com
embutidos
de
madeiras
exóticas
e
uma
pia
de
água-benta
transformada em lavabo.
Descrição do Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico http://www.igespar.pt e do Instituto de Habitação e de Reabilitação Urbana -
Fonte: http://www.monumentos.pt
http://www.monumentos.pt
m un ic íp io d e n e la s | l u g a r d o p la n o , g e s t ã o d o t e r r it ó r io e cu l t u r a |
10.21
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mu n i cip a l d e n e la s |
Pelourinho da Aguieira
006
V i s e u - N e l a s . - Ag u i e i r a
IIP, Dec. nº 23 122, DG 231 de 11- 10-1933
Largo do Pelourinho
Tipologia: Arquitetura jurisdicional, revivalista. Pelourinho do tipo
"pinha" cónica lisa, embolada, de fuste cilíndrico liso.
Utilização Inicial: Marco jurisdicional: pelourinho
Utilização Atual: Marco histórico-cultural: pelourinho
Época de Construção: Séc. XX
Enquadramento:
Urbano,
em
pequeno
largo
retangular
com
inclinação para E. Destacado e isolado, circundado por construçõe s
de dois pisos a N. e O., de três pisos a S. e por arruamento e
Antiga
Casa
da
Câmara
ou
Casa
Henriquina
a
E.
(v.
PT021809020011).
Descrição:
É
composto
por
um
soco
de
três
degraus
quadrangulares de aresta, de fatura moderna, sobre o qual se
levanta o conjunto da coluna, remate e grimpa, sem base nem
capitel, em granito da região. A coluna é um simples fuste cilíndrico
e liso, rematado no topo por um anelete sobre o qual assenta um
ábaco quadrado, saliente, que serve de base ao remate. O remate é
um pináculo constituído por uma base de secção quadrada com
faces
côncavas,
seguida
de
moldura
saliente,
um
curto
estrangulamento, e um anel grosso, do qual irrompe um cone liso e
embolado (coroado por uma bola, neste caso de boas dimensões).
A grimpa reduz-se a um espigão terminado em cruz e ornado com
uma bandeirola de cata-vento, em ferro.
A vila de Agueira, hoje freguesia do concelho de Nelas, recebeu
carta de foral em 1514, tendo sido sede de concelho até 1852. Da
sua antiga autonomia restam ainda alguns testemunhos, como as
ruínas da antiga câmara municipal, e o pelourinho reconstruído.
Deste, consta ter sido erguido em 1540, embora não se conheça
qualquer prova da datação. Foi demolido em 1903, para que se
levantasse no seu local uma arrecadação, já não existente. Algumas
peças, entretanto guardadas, foram utilizadas na sua reconstrução,
inaugurada em 1939.
Descrição do Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico http://www.igespar.pt e do Instituto de Habitação e de Reabilitação Urba na http://www.monumentos.pt
Fonte: http://www.monumentos.pt
m un ic íp io d e n e la s | l u g a r d o p la n o , g e s t ã o d o t e r r it ó r io e cu l t u r a |
10.22
1 0 . p a t r i m ó n io a r q u i t e t ó n ico | p la n o d ir e t o r
Pelourinho
de
mu n i cip a l d e n e la s |
Folhadal
007
V i s e u – N e l a s – N e l a s - Fo l h a da l
IIP, Dec. nº 23 122, DG 231 de 11- 10-1933
Largo Fronteiriço à Capela Nossa Senhora da Tosse
Tipologia: Arquitetura civil, maneirista. Pelourinho do tip o "pinha"
piramidal de secção quadrangular, com fuste quadrado de vértices
chanfrados, liso, desprovido de decoração.
Utilização Inicial: Marco jurisdicional: pelourinho
Utilização Atual: Marco histórico-cultural: pelourinho
Época de Construção: Séc. XVII (conjetural)
Enquadramento: Urbano, em pequeno largo de forma triangular
com inclinação para S., circundado pela Capela de Nossa Senhora
da Tosse (v. 1809030012) a E. e casas de dois pisos a N., O. e S.
Em destaque, isolado.
Descrição: Soco de dois degraus circulares, planos, sendo o
inferior mais alto e de maior diâmetro, parcialmente enterrado no
pavimento, a N. O fuste arranca de uma base diminuta, de vértices
arredondados, quadrada, possuindo chanfros que originam uma
secção octogonal. No quinto superior do fuste uma estreita gola
com aro de ferro. Superiormente o fuste retoma a forma quadrada
de vértices salientes onde assenta diretamente o remate em
pirâmide quadrangular, de faces lisas
Fonte: http://www.monumentos.pt
Instituto de Habitação e de Reabilitação Urbana - http://www.monumentos.pt
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10.23
1 0 . p a t r i m ó n io a r q u i t e t ó n ico | p la n o d ir e t o r
mu n i cip a l d e n e la s |
Pelourinho de Vilar Seco
008
Viseu – Nelas – Nelas – Vilar Seco
IIP, Dec. nº 23 122, DG 231 de 11- 10-1933
Largo Dr. Fortunato de Almeida
Tipologia:
Arquitetura
jurisdicional,
revivalista
neomanuelina.
Pelourinho de fuste oitavado e remate em gaiola de proporções
atarracadas. O monumento protótipo parece ter sido o Pelourinho
de Chãs de Tavares (v. PT021806030003).
Utilização Inicial: Marco jurisdicional: pelourinho
Utilização Catual: Marco histórico-cultural: pelourinho
Época de Construção: Séc. XX
Enquadramento: Urbano, ao centro de amplo largo formado pela
confluência de três estradas, com ligeira inclinação para S. Em
destaque,
isolado,
com
algumas
construções
circundantes,
degradadas.
Descrição:
A história de Vilar Seco está intimamente ligada à do antigo
concelho de Senhorim, do qual chegou a ser sede. Senhorim teve
primeiro foral outorgado por D. Afonso Henriques, conforme se pode
ler no preâmbulo do foral manuelino de 1514. No século XIII, o
concelho era formado pelos territórios das atuais freguesias de
Senhorim, Nelas, Santar e Vilar Seco. Esta última foi instituída
como cabeça do concelho, em substituição da Vila de Senhorim,
recebendo o pelourinho na sequência da doação do foral novo de D.
Manuel. Na mesma altura se terá construído a casa da Câmara e
cadeia comarcã em Vilar Seco, que a tradição oral ainda hoje evoca
ter existido anteriormente no Largo do Terreiro de Senhorim. Este
concelho foi extinto em 1852, passando a integrar o de Nelas, e o
pelourinho acabou por ser destruído, em data incerta. O monumento
atual é uma reconstituição de 1949, que tomou em conta outros
pelourinhos do género, e ainda o único elemento que restava do
Fonte: Câmara Municipal de Nelas
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10.24
1 0 . p a t r i m ó n io a r q u i t e t ó n ico | p la n o d ir e t o r
mu n i cip a l d e n e la s |
original, nomeadamente a base da gaiola (em muito mau estado de
conservação).
Enquadramento Urbano, ao centro de amplo largo formado pela
confluência de três estradas, com ligeira inclinação para S. Em
destaque,
isolado,
com
algumas
construções
circundantes,
degradadas
Soco de três degraus octogonais escalonados, retilíneos, estando o
primeiro
semienterrado
no
pavimento,
onde
assenta
fuste
prismático, sem base, de oito faces lisas. Remate em gaiola aberta
de oito colunelos baixos, assentes em taça octogonal, côncava,
moldurada inferior e superiormente. Cobertura em cúpula poligonal
coroada
por
moldura
circular
e
duas
esferas
escalonadas,
sobrepostas em pináculo.
Descrição do Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico http://www.igespar.pt e do Instituto de Habitação e de Reabilitação Urbana http://www.monumentos.pt
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10.25
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mu n i cip a l d e n e la s |
Casa / Solar dos Abreu Madeira
009
V i s e u – N e l a s – C a n a s de S e n hor i m
IIP Decreto nº 67/97, de 31-12-1997.
Largo dos Abreu Madeira nº7
Tipologia: Arquitetura residencial
Utilização Inicial: Residencial: solar
Utilização
Atual:
Residencial:
casa
/
Turística:
turismo
de
habitação
Edificado na primeira metade do século XIX, o solar Abreu Madeira
é um imóvel de linguagem eclética (com elementos arquitetónicos
inspirados em épocas diferenciadas) que se desenvolve em planta
retangular, destacando-se pela sua longa fachada seccionada por
pilastras e com as extremidades marcadas pela torre e pela capela,
esta última retirada da casa do Cruzeiro em meados do século XIX.
Uma observação mais atenta deste alçado revela um plano
simétrico que parece não ter sido cumprido, pois em cada uma das
extremidades deveria elevar -se uma torre, o que apenas acontece à
esquerda, ficando à direita apenas a sua base, sem o terceiro piso.
Definida por pilastras nos cunhais, a torre exibe um friso a separar
os registos, com porta de verga curva no piso térreo, janela
geminada no intermédio e janela de verga curva no terceiro, sendo
rematada por ameias. O alçado da casa apresenta um ritmo regular
na abertura dos vãos de ambos os pisos, apenas interrompido pelo
pano central, coroado por frontão triangular que se ergue bem
acima da linha do telhado e em cujo tímpano são exibidas as armas
dos Abreu da Gama. Entre o corpo seguinte e a capela, um outro
pano idêntico ao da torre sugere a falta de simetria já referida,
faltando o registo superior e o coroamento ameado.
A capela, dedicada a Nossa Senhora da Conceição, foi mandada
executar em 1699 por Simão Coelho do Amaral, cuja família era
Fonte: http://www.turihab.pt
proprietária da Casa do Cruzeiro, onde a capela se encontrava.
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mu n i cip a l d e n e la s |
Quando um seu descendente, António Abreu da Gama, casou com
Maria da Piedade Madeira e ficou na posse das duas casas optou
por deslocar a capela de Nossa Senhora da Conc eição anexando-a
à casa dos Abreu Madeira, onde ainda hoje se encontra. A sua
fachada, com pilastras nos cunhais, é marcada pela abertura do
portal maneirista, de linhas retas com duplas pilastras, encimadas
por pináculos a enquadrar um nicho. Termina em f rontão triangular,
com pináculos no prolongamento dos cunhais. No interior, ganha
especial destaque o retábulo de talha dourada de transição do
maneirismo para o proto-barroco do reinado de D. Pedro II (ALVES,
1995, p. 265). Conserva-se ainda a pintura e a imagem de Nossa
Senhora. Uma nota final para a capela-mor, coberta por abóbada de
caixotões de mármore.
Atualmente, e desde 1987, o Solar funciona como Turismo de
Habitação.
Descrição do Instituto de Gestão do Património Arquit etónico e Arqueológico http://www.igespar.pt e do Instituto de Habitação e de Reabilitação Urbana http://www.monumentos.pt
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B.2. Imóveis de Interesse Municipal
No Município de Nelas existem cinco imóveis pertencentes ao património arquitetónico que se encontram
classificados como Imóveis de Interesse Municipal, designadamente:
-
Casa dos Rosados;
-
Solar do Largo General José de Tavares / Casa de Tavares;
-
Casa do Godinho;
-
Casa do Visconde de Pedralva;
-
Quinta da Vitória.
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Casa dos Rosados
010
Viseu – Nelas
I I M De c r e to n º 6 7 / 9 7 d e 3 1 -1 2 -1 9 9 7
Ru a do D r . Ab e l P a i s C a br a l n º 2 6
Tipologia: Arquitetura residencial, oitocentista. Casa que conjuga
aspetos
solarengos,
características
como
a
marcadamente
nobre
escada
urbanas,
de
expressas
acesso,
na
com
tipologia
patente na fachada lateral esquerda, que integra o arruamento.
Utilização Inicial: Residencial: casa
Utilização Atual: Residencial: casa
Época de Construção: Séc. XIX
Enquadramento: Urbano, destaque da envolvente pelo desenho
nobre da sua Arquitetura - evidenciado sobretudo na fachada
principal - e pela solidez que inspira a massa construída. O
conjunto, constituído pelo edificado e por um jardim murado,
implanta-se quase no topo de uma encosta voltada a SE., com
vistas privilegiadas sobre a Serra da Estrela. Adossa parcialmente a
uma construção de dois pisos, contígua à fachada principal, que,
em ângulo reto com a mesma, constitui um dos lados de um
pequeno largo frontal àquela. É delimitado pela fachada princip al,
pela fachada lateral esquerda e pelo muro do jardim.
Construção principal, de três pisos e águas -furtadas, a que adossa
outra, de menores dimensões, com dois pisos. Fachada principal,
voltada sensivelmente a N., dando sobre pequeno largo, adjacente
ao
arruamento,
integrando-se
neste
último
a
fachada
lateral
esquerda. Jardim murado, com mirante, envolvendo as restantes
fachadas. Consiste atualmente em duas habitações*. O piso térreo,
com acessos a partir do arruamento e do jardim, inclui uma adega,
um lagar, uma antiga salgadeira e lojas (arrecadações). Uma
escadaria exterior dá acesso ao 2º piso, levando ao átrio de
entrada, comum às duas habitações. No corpo principal, este piso
inclui, além de um hall com o acesso (independente) ao piso
superior, um corredor central, várias salas e quartos, varanda
(marquise), casa de jantar e instalação sanitária. Uma porta, no
alçado lateral direito, estabelece ligação com o corpo adossado,
que inclui a primitiva cozinha, áreas de serviço, um quarto e outra
instalação sanitária, mais antiga. O 3º piso inclui: corredor central,
salão, casa de jantar, diversas salas e quartos e, ainda, após
adaptação de dois compartimentos e parte de um outro, cozinha e
duas instalações sanitárias. Do corredor parte a escada de acesso
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10.29
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às águas-furtadas (espaço de lazer e arrecadações). FACHADAS:
embasamento em massa, muito fenestradas. Molduras de vãos e
cimalha em granito. Janelas de guilhotina, no caso geral, e de
sacada, com guardas em ferro forjado, nos restantes. Na fachada
principal destaca-se, a eixo, uma escada em granito, de bom
desenho, com dois lances, o primeiro dos quais simétrico. Porta
principal com interessantes entalhados, sobrepujada por janela de
sacada, com varandim de recorte recurvado. COBERTURA: telhado
de quatro águas, com duas trapeiras, no edifício principal, e terraço,
no corpo anexo. O piso superior integra parte da cobertura, donde
serem parcialmente sotados os compartimentos situados junto às
fachadas laterais.
Instituto de Habitação e de Reabilitação Urbana - http://www.monumentos.pt
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Solar do Largo General José de Tavares
-
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Casa de Tavares
011
Viseu - Nelas.
I I M De c r e to 1 2 9 / 7 7 de 2 9 - 0 9 -1 9 7 7
La r g o do Ge ne r a l J o s é d e T a v a r e s
Tipologia: Arquitetura residencial. Maneirista, barroca e revivalista.
Casa com elementos quinhentistas patentes nas molduras lisas de
portas e janelas, pilastras, colunatas, mísulas das varandas e
ombreiras redondas. Volutas das escadarias e do frontão do portão
O. da cerca, silhares de azulejos azuis e brancos de figura avulsa e
painéis figurativos e de brutesco da época barroca. Moldura neo manuelina do portão N.
Utilização Inicial: Residencial: casa
Utilização Atual: Residencial: casa (jardins abertos ao público,
durante o fim de semana, no período do verão)
Época de Construção: Séc. XVI, XVII e XIX
Enquadramento: Urbano, no centro da vila, em pequeno largo de
forma trapezoidal com leve inclinação para E., junto à EN. 234,
circundado por casas de habitação de 2 pisos, algumas antigas. Em
destaque, isolado com jardim a O. e terreiro a E., cercados por
muro de pedra com 3 portões.
Descrição : Implantado no Largo General José de Tavares, a Casa
desta importante família de Nelas caracteriza-se pela depuração
dos seus alçados. Admite-se que a sua edificação possa remontar
ao século XVI, uma vez que subsistem vários elementos deste
período. Foi certamente objeto de reformas na centúria seguinte. A
capela ostentava a data de 1638 mas foi destruída para dar lugar à
igreja paroquial, por sua vez também demolida na década de 1970.
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Já no decorrer do século XIX os proprietários edificaram a ala Sul e
executaram várias alterações. Por sua vez, o jardim foi cortado em
1859 pela Estrada Nacional.
Planta em L composta por 2 corpos retangulares de massa
horizontalista, onde se destaca grande chaminé, cobertos por
telhado contínuo de 2 águas no corpo principal e de 3 águas no
corpo posterior. Fachada principal voltada a N., sem embasamento,
2 panos divididos por pilastras; pano esq. com 2 pisos: no 1º
escadaria de 2 lanços simétricos, convergentes, de corrimão pétreo
iniciado por voluta; sob as escadas porta retangular flanqueada por
2 pilastras encimadas de lintel; à dir. pequeno vão retangular
moldurado; à esq. janela de moldura retangular; 2º piso porta d e
moldura retangular assente no patamar da escadaria, flanqueada à
direita por 1 janela e à esquerda por 2, todas de moldura retangular;
pano dir. com 2 pisos: vão retangular moldurado no 1º e 2º grandes
janelas de moldura retangular com varandins de ferro rematados por
esferas armilares; remate em cornija. Adossado muro do jardim com
portão de moldura pétrea com lintel polilobado decorado com meias
esferas e pequenas cruzes da Ordem de Cristo e encimado por
pedra de armas; e à esquerda muro do logradouro c om portão de
ferro. Fachada de topo O. sem embasamento, 3 pisos: no 1º 1 porta
retangular; no 2º 2 janelas de moldura retangular e janela de topo
do alpendre, apoiado em pilar de secção quadrangular; no 3º 3
janelas de moldura retangular; remate em empena angular. Fachada
S., sem embasamento, 2 pisos: no 1º colunata constituída por 5
colunas monolíticas sobre plintos quadrangulares, para onde abre
janela retangular, no 2º varanda alpendrada fechada por "marquise"
de caixilhos de madeira. Fachada O., sem embasamento, 2 pisos:
no 1º ao centro escadaria pétrea ladeada de volutas, à esq.
continuação da colunata, com 3 colunas, à dir. porta de moldura
retangular; no 2º ao centro porta sob alpendre apoiado em 2
colunas
que
encimam
a
escada,
de
cada
lado
2
janelas
retangulares, à dir. painel de azulejo figurativo. Sobre o telhado
uma janela tipo mansarda e a grande chaminé da cozinha. Fachada
de topo S., sem embasamento, 2 pisos: no 1º colunata de 7 colunas
monolíticas com plintos quadrangulares, parede recuada com 2
vãos de moldura retangular; no 2º terraço com varandim de ferro e
conversadeiras de pedra para onde abrem 2 portas de moldura
retangular. Fachada E. sem embasamento, 2 pisos: no 1º à esq.
escadaria lateral com corrimão de ferro sob a qual se abre 1 port a e
1 janela retangulares, à dir. 1 vão, 3 janelas gradeadas e 1 porta
retangulares; no 2º 1 porta sob alpendre no cimo da escada e 6
janelas de moldura retangular, estando a do extremo dir. entaipada.
A E. do logradouro garagem e dependências agrícolas de piso
térreo. Interior: grande Sala retangular com 4 pilares de pedra.
Fonte: http://www.monumentos.pt
Andar nobre constituído pela sala de entrada com silhares de
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10.32
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mu n i cip a l d e n e la s |
azulejos de figura avulsa. Salão com teto de masseira. A S. sala de
estar com teto de madeira com brasão, silhares de azulej os de
figura avulsa. Varanda, transformada em corredor a O., com silhar
de azulejos de figura avulsa e terraço a S. com painéis de azulejo
de brutesco a azul, amarelo e roxo; sala de jantar com teto de
masseira, silhar de painéis de madeira e lareira com b rasão. A
cozinha com grande chaminé-lareira com arco rebaixado de granito
e vários quartos. Para o 3º piso sobe-se por escadaria de madeira.
As divisões são todas de planta retangular comunicando entre si por
portas de moldura retangular. Os quartos e salas da ala N. possuem
ombreiras redondas
Descrição do Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico http://www.igespar.pt e do Instituto de Habitação e de Reabilitação Urbana http://www.monumentos.pt
m un ic íp io d e n e la s | l u g a r d o p la n o , g e s t ã o d o t e r r it ó r io e cu l t u r a |
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mu n i cip a l d e n e la s |
Casa do Godinho- Casa do Filho do Visconde de Pedrosa
012
V i s e u – N e l a s – C a n a s de S e n hor i m
I I M E di t a l de 3 1 -0 5 - 2 0 0 4 , p ub l i c a do a 1 5 -0 6 - 2 0 0 4
Ru a Ar q ui te t o K e i l do Am a r a l , 1 0 6
Tipologia: Arquitetura religiosa, maneirista. Casa alpendrada com
colunata de capitéis dóricos na fachada principal, desprovida de
elementos decorativos. Emolduramentos lisos de portas e janelas.
Utilização Inicial: Residencial: casa
Utilização Atual: Residencial: casa
Época de Construção: Séc. XVII, XVIII, XIX e XX
Enquadramento: Urbano. A N. de pequeno largo plano onde se
encontra um Cruzeiro; Quartel de Bombeiros parcialmente adossado
à fachada S.; jardim e quintal a N. e O. cercados por muro com 2
portões.
Descrição : Edificada, muito possivelmente, no decorrer do século
XVII, a Casa do Godinho, apelido de um dos seus proprietários,
passou, mais tarde, para a posse da família Coelho do Amaral,
natural de Santar mas com interesses e terrenos em Canas de
Senhorim. Em 1937, o imóvel foi herdado pelo arqui teto Francisco
Keil do Amaral, que introduziu algumas alterações, nomeadamente
a construção da varanda posterior, virada a Sul/Nascente.
De planta longitudinal, a casa, de fachadas em cataria aparente,
destaca-se pela sua horizontalidade, que se adapta ao declive do
terreno, com dois andares na fachada principal, com lojas no piso
térreo, e apenas um andar, correspondente à habitação, no alçado
posterior.
A fachada é marcada pelos vãos em arco de volta perfeita (uma
porta flanqueada por duas janelas), não coincidentes com as
janelas de sacada do andar nobre, de verga reta. O pátio apresenta
alpendre suportado por colunas de ordem colossal. A fachada
posterior, de piso único antecedido por varanda com pilares e
escadaria dupla, ao centro, é aberta por vãos de verga reta. No
interior, conservam-se alguns dos tetos em caixotões, pintados.
Descrição do Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico http://www.igespar.pt e do Instituto de Habitação e de Reabilitação Urbana http://www.monumentos.pt
m un ic íp io d e n e la s | l u g a r d o p la n o , g e s t ã o d o t e r r it ó r io e cu l t u r a |
10.34
1 0 . p a t r i m ó n io a r q u i t e t ó n ico | p la n o d ir e t o r
mu n i cip a l d e n e la s |
Casa do Visconde de Pedralva
013
V i s e u – N e l a s – C a n a s de S e n hor i m
I I M E di t a l de 3 1 -0 5 - 2 0 0 4 , p ub l i c a do a 1 5 -0 6 - 2 0 0 4
Ru a Ar q ui te t o K e i l l d o Am a r a l , 8 2
Tipologia: Arquitetura residencial.
Utilização Inicial: Residencial: casa
Utilização Atual: Não definido
Época de Construção: Não definido
A casa do Visconde de Pedralva, hoje residência da família Kiel do
Amaral, é uma construção de meados do século XVIII que se
inscreve no conjunto urbanístico da Rua Kiel do Amaral, onde se
encontra uma série de outros imóveis de interesse patrimonial. O
título de Visconde de Pedralva foi criado por D. Carlos em 1904, a
favor de Francisco Coelho do Amaral Reis, natural de Santar e
casado com Guida Keil.
O
edifício,
cuja
planta
forma
um
L
pouco
pron unciado,
acompanhando o desenho da rua, desenvolve-se em dois pisos,
com um corpo mais elevado na fachada Norte. Neste, os vãos são
de linhas retas contrastando com os aventais e remates dos
restantes vãos, com elementos decorativos curvos.
O acesso ao interior do pátio, onde se encontram os jardins, é feito
através de um amplo portão, com esferas a rematar os pilares
laterais.
Descrição do Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico http://www.igespar.pt e do Instituto de Habit ação e de Reabilitação Urbana http://www.monumentos.pt
m un ic íp io d e n e la s | l u g a r d o p la n o , g e s t ã o d o t e r r it ó r io e cu l t u r a |
10.35
1 0 . p a t r i m ó n io a r q u i t e t ó n ico | p la n o d ir e t o r
mu n i cip a l d e n e la s |
Quinta da Vitória
014
V i s e u – N e l a s – C a n a s de S e n hor i m
I I M E di t a l de j a ne i r o d e 2 0 0 7 , pu bl i c a d o no J or na l
“ Fo l h a do C e n tr o de N e l a s ” d e 2 2 -0 1 -2 0 0 7 e no
“ J or na l C e n tr o de V i s e u” de 2 6 - 0 1 -2 0 0 7
Ur g e i r i ç a
Tipologia: Arquitetura residencial / Quinta
Utilização Inicial: Residencial: casa
Utilização Atual: Não definido
Época de Construção: Séc. XX, 1930
Localizada junto aos rios Dão e Mondego, a Quinta da Vitória foi
construída na década de 30 do século XX, situando-se a poucos
quilómetros do Hotel da Urgeiriça, uma estância muito procurada à
época. O proprietário, Dr. Morgado, natural do Porto, decidiu
adquirir os terrenos nas cercanias do hotel, para edificar uma casa
de férias, à qual deu o nome da mulher.
O projeto da quinta foi executado pelo arquiteto Leonardo R. C. de
Castro Freire, que nas décadas seguintes viria a realizar diversas
obras, nomeadamente o Cinema Palácio, em Viana do Caste lo, o
Posto Fronteiriço de Vila Formoso, o Tribunal de Pombal, e um
aglomerado de prédios na Avenida Estados Unidos da América, em
Lisboa, pelo qual viria a receber o Prémio Valmor em 1970, no final
da sua vida.
O conjunto da quinta divide-se em dois núcleos distintos, que
distam cerca de 150 metros, ligando-se pelo caminho que percorre
todo o interior da cerca da propriedade. O primeiro é composto pela
casa principal, com jardins nivelados, um pequeno lago artificial,
garagem,
piscina
e
respetivo
anexo,
o
segundo
abrange
a
designada casa do caseiro e um depósito para lenha.
A casa principal apresenta uma estrutura-modelo devedora do gosto
arquitetónico do Estado Novo, embora numa tipologia mais rural,
Fonte :Câmara Municipal de Nelas
m un ic íp io d e n e la s | l u g a r d o p la n o , g e s t ã o d o t e r r it ó r io e cu l t u r a |
10.36
1 0 . p a t r i m ó n io a r q u i t e t ó n ico | p la n o d ir e t o r
mu n i cip a l d e n e la s |
que à semelhança do que acontecia com as Pousadas Re gionais
construídas na época por ordem de António Ferro, procuravam
identificar-se com o "estilo" de cada região (FERNANDES, 2003, p.
62).
Misturando o granito característico da zona com os elementos
típicos da "Casa Portuguesa", como a cobertura em telh a com beiral
e parte da fachada pintada de branco, a casa da Quinta da Vitória
conserva a essência da sua estrutura original, com porta de moldura
simples encimada por arco, chaminé, varanda "beirã" e alpendre.
A casa do caseiro recria a Arquitetura típi ca das Beiras, composta
por dois pisos, o térreo com curral e lagar, o superior destinado à
cozinha
e
quartos,
possuindo
também
um
alpendre.
Depois de ter mudado de proprietários por duas vezes, a Quinta da
Vitória foi votada ao abandono depois de 1975, o que contribuiu
para a ruína de parte da estrutura interior. Atualmente, António
Augusto Dias de Oliveira é o dono do imóvel, tendo apresentado,
em 2003, a proposta de classificação da quinta, então muito
deteriorada, tendo como objetivo recuperar o espaço e transformálo
numa
unidade
de
turismo
rural.
Catarina
Oliveira
DIDA/IGESPAR/2007.
Descrição do Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico http://www.igespar.pt e do Instituto de Habitação e de Reabilitação Urba na http://www.monumentos.pt
Fonte :Câmara Municipal de Nelas
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1 0 . p a t r i m ó n io a r q u i t e t ó n ico | p la n o d ir e t o r
C. I n v e n t á r i o
mu n i cip a l d e n e la s |
Municipal
C.1. Elementos Isolados
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Casa Henriquina
-
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Casa da Câmara da Aguieira
015
V i s e u – N e l a s – Ag u i e i r a
Tipologia: Arquitetura residencial, quatrocentista. Casa sem uma
tipologia ou características definidas que permitam a sua inclusão
num estilo determinado. Caixa murária lisa com quatro vãos
retangulares a O. e três a E., um deles com moldura chanfrada.
Utilização Inicial: Residencial: casa
Utilização Atual: Devoluto
Época de Construção: Séc. XV (conjetural)
Enquadramento: Urbano, situado em frente do Pelourinho da
Aguieira (v. 1809020001), com arruamento a O., logradouro a N. e
adossada a casas de habitação de dois pisos a E. e S.
Descrição: Casa arruinada, de planta longitudinal retangular,
regular. Massa simples, horizontalista de cobertura inexistente.
Fachada principal voltada a O., sem embasamento, de dois pisos.
No primeiro, ampla porta de moldura retangular lisa, ascendendo -se
do segundo piso por escada lateral saliente, de cinco degraus a um
patamar provido de varandim liso, que dá acesso a uma porta
retangular, ladeada por outra mais pequena, de moldura retangular
chanfrada,
em
cuja
ombreira
existe
uma
pequena
inscrição
epigráfica ilegível, e por uma janela retangular. À esquerda da
fachada, ao nível do segundo piso, um pequeno vão retangular,
horizontal, cego. A parte superior da caixa murária está truncada,
em ruínas. Fachada S. adossada a construção de dois pisos.
Fachada E. adossada a casa de dois pisos e ao respetivo quintal,
sendo visíveis, contudo, três janelas retangulares ao nível do andar
nobre, estando as duas da esquerda entaipadas pelo edifício, assim
como uma porta no piso térreo. Fachada N. muito arruinada,
notando-se apenas a parte inferior dos pés-direitos de uma porta
retangular ao centro da fachada, no piso térreo. INTERIOR de dois
andares, com base de muro divisório a meio, completamente
Fonte: http://www.monumentos.pt
arruinado e invadido pelo mato.
Instituto de Habitação e de Reabilitação Urbana - http://www.monumentos.pt
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10.39
1 0 . p a t r i m ó n io a r q u i t e t ó n ico | p la n o d ir e t o r
mu n i cip a l d e n e la s |
Pelourinho de Canas de Senhorim
016
V i s e u – N e l a s . – C a na s d e S e n h or i m
Tipologia: Arquitetura jurisdicional, revivalista. Pelourinho do tipo
"pinha" piramidal de base quadrada. Formalmente idêntico ao
pelourinho original.
Utilização Inicial: Marco jurisdicional: pelourinho
Utilização Atual: Marco histórico-cultural: pelourinho
Época de Construção: Séc. XX
Enquadramento: Urbano, em pequeno largo de forma triangular
na confluência de três estradas com forte inclinação para O. Em
destaque, isolado, circundado por casas de dois e três pisos com
estabelecimentos comerciais.
Soco de quatro degraus quadrangulares escalonados, lisos,
estando os dois primeiros semienterrados no pavimento do lado
E., vencendo o desnível do arruamento. Fuste sem base de
secção quadrada com os vértices chanfrados onde assenta
diretamente o capitel em gola côncava, octogonal, de rebordos
inferior
e
superior
muito
salientes.
Remate
em
pirâmide
quadrangular de faces lisas, recuada relativamente ao bordo
superior do capitel.
Fonte: Câmara Municipal de Nelas
Instituto de Habitação e de Reabilitação Urbana - http://www.monumentos.pt
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10.40
1 0 . p a t r i m ó n io a r q u i t e t ó n ico | p la n o d ir e t o r
mu n i cip a l d e n e la s |
Capela de Nossa Senhora da Tosse
017
V i s e u – N e l a s – N e l a s – L u ga r d e Fo l h a d a l
Tipologia: Arquitetura religiosa, maneirista, barroca e revivalista.
Capela de planta longitudinal composta por nave, coro-alto e
capela-mor mais estreita e baixa. Alçados rematados por cornija
e fachada principal em eixo, com portal encimado por janela
rematada por cornija. Coberturas de madeira em masseira e
retábulo de talha dourada e branca.
Utilização Inicial: Religiosa: capela
Utilização Atual: Religiosa: capela
Época de Construção: Séc. XVII, XVIII e XX
Enquadramento: Urbano, a meia encosta, isolado e separado
por
adro
murado
e
via
pública,
em
zona
de
interesse
paisagístico.
Descrição: Planta longitudinal irregular, composta por nave com
coro-alto, capela-mor mais estreita e baixa, sacristia no alçado
tardoz e torre sineira no lado direito da fachada principal, de
volumes
articulados.
Disposição
horizontalista
das
massas
e
cobertura homogénea de telhado de duas águas. Embasamentos
pouco proeminentes. Nave marcada exteriormente por pilastras em
ambos os alçados laterais. Fachada principal voltada a SSE., com
três degraus que dão acesso ao portal principal de arco abatido e
sobrepujado por janela de sacada, recortada e emoldurada por
cornija triangular curvo. Como remate, empena contracurvada
encimado por cruz assente em pedestal no vértice das duas águas
do telhado. Pilastras confinam a fachada, encimadas por pináculos.
No mesmo plano, corpo da torre sineira, cega, à exceção do topo
onde se rasga uma sineira de arco a pleno centro e uma outra
lateral, encontrando-se as duas restantes entaipadas. Pináculos nos
cunhais e cobertura em coruchéu. O alçado lateral esquerdo é
rasgado, no corpo da nave, por janelão de arco abatido emoldurado.
Fonte: http://www.monumentos.pt
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Alçado tardoz com fenestração retangular, em plano superior,
cornija, pináculos e cruz assente em pedestal no remate da
empena. Alçado lateral direito com escadaria lateral q ue dá acesso
à torre e ao coro-alto. Duas portas retangulares, uma no corpo da
nave, outra no da capela-mor. Em plano superior, duas janelas de
arco abatido. INTERIOR forma pequeno nártex protegido por
guarda-vento, que, através de três degraus, conduz à n ave, por
porta retangular. Em plano superior, coro-alto com balaustrada e
janelão. Lado do Evangelho cego e, no lado da Epístola, porta em
nível superior que do exterior conduz ao coro-alto. Ao nível térreo e
nas imediações do arco triunfal, porta lateral para o exterior. Teto
de madeira em masseira. Arco triunfal apoiado em pilastras acede à
capela-mor que tem, no lado do Evangelho, janelão retangular e no
oposto
dois
janelões
retangulares
em
planos
diferenciados.
Retábulo de talha dourada e branca, com passagens de ambos os
lados para a sacristia. Cobertura de madeira semelhante ao da
nave. Sacristia com porta de acesso para o exterior e escadaria que
conduz ao tardoz do altar-mor.
Instituto de Habitação e de Reabilitação Urbana - http://www.monumentos.pt
Fonte: http://www.monumentos.pt
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Casa de Santar
018
V i s e u – N e l a s – S a n ta r
Tipologia:
Arquitetura
residencial
e
Arquitetura
agrícola,
maneirista, barroca e neoclássica. Solar comprido, composto por
dois corpos diferenciados, o mais baixo correspondente
à
construção seiscentista, sendo o segundo da centúria seguinte.
O primeiro corpo, desenvolvido em dois andares, o térreo
destinado aos serviços de apoio e o superior o andar nobre, com
capela ao centro, mas subordinada à altura dos telhados,
marcada por remate em empena. Possui portal retangular,
sobrepujado por óculo e campanário lateral. Piso inferior com
vãos
retangulares
horizontais
e,
no
superior,
janelas
de
guilhotina, todas com molduras de cantaria. O segundo corpo é
simétrico, articulado por pilastras, rematadas por pináculos, com
a zona central mais alta, marcada por frontão triangular com
brasão de armas. Portal inferior sobrepujado por janela de
sacada. Vãos uniformemente ritmados no sentido horizontal, com
molduras de cantaria simples. Alçado virado para os jardins mais
enriquecido do ponto de vista decorativo, com molduras dos vãos
decoradas, janelas de sacada e loggia. Interior com tetos de
madeira, sendo decorado com painéis de azulejo de figura
avulsa
e
figurativos,
maneiristas,
barrocos,
pom balinos
e
revivalistas. Capela com nave única e abside, separadas por
teia, sendo decorada com pinturas, azulejo e retábulo de talha
seiscentista. Na cozinha, fonte tipo relicário, com cobertura em
cúpula sobre quatro colunas toscanas, com tanque quadrangu lar
rasteiro
e
aletas
laterais.
Nicho
com
frontão
triangular.
Dependências ligadas à atividade de cultivo.
Utilização Inicial: Residencial: solar / Agrícola: quinta de
exploração vinícola
Utilização
Atual:
Residencial:
casa
/
Agrícola:
quinta
de
exploração vinícola (visitas guiadas da responsabilidade de
Cortes da Beira, das 10:00 - 12:30 e 14:00 - 18:00)
Época de Construção: Séc. XVII, XVIII, XIX e XX
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Enquadramento: Urbano, isolada, confinando com arruamentos
a N. e O., com separador a N. constituído por passeio lajeado,
desnivelado da estrada, com murete baixo, onde assentam
frades de pedra acorrentados. Para S., estende-se o Jardim e a
Quinta agricultada com vinha. Adossado à direita da fachada,
muro com portão de ferro entre pilares almofadados.
Descrição: Planta em L, de haste muito alongada. Volumes
articulados horizontalistas. Coberturas de telhados a três águas no
corpo O. e dois corpos longitudinais, com elevações sobre as
empenas das fachadas N. e E. Na fachada S., telhado a quatro
águas duplas, no corpo intermédio, sobrelevado. Existência de
várias chaminés.
Fachada principal a N., com embasamento, definindo oito panos
marcados por pilastras com pináculos, de dois pisos e rematados
por
cornija.
No
primeiro
pano,
quatro
janelas
transversais
retangulares no primeiro piso e quatro de guilhotina, igualmente
retangulares, no segundo. O segundo pano é rasgado por uma
janela transversal, uma porta retangular com impostas e duas
janelas retangulares no primeiro piso, tendo, superiormente, quatro
janelas retangulares. O terceiro pano possui portal retangular com
impostas encimado por janela de sacada com balaústres. É
rematado por frontão triangular contendo pedra de armas. O quarto
e quinto panos são simétricos e semelhantes ao segundo e ao
primeiro, respetivamente. No sexto pano, ligeiramente mais baixo,
possui, inferiormente, duas janelas transversais e três janelas de
guilhotina
retangulares,
no
segundo
piso.
O
sétimo
pano,
correspondente à capela, possui portal retangular, encimado por
cornija sobre modilhões onde assenta uma pedra de armas dos
Melos, Pais do Amaral e Castelo Branco, entre dois pináculos.
Superiormente, óculo circular profundo, tendo tangente um pequeno
nicho. Remate em empena com cruz no topo. O oitavo pano tem, no
primeiro piso, janela transversal e porta retangular encimada por
vão de moldura quadrilobada, surgindo, superiormente, janela
retangular. No enfiamento desta, pequeno campanário de arco a
pleno centro, rematado em cornija, pináculo e cruz central. Fachada
O. com embasamento, dois pisos, encimados por cornija. No
primeiro, uma porta e duas janelas retangulares e escada com
patamar para o segundo piso, rasgado por uma porta e três janelas
retangulares.
Fachada S. do corpo O. com embasamento e dois pisos rematados
por cornija, surgindo, no primeiro, duas janelas quadrilobadas e, no
segundo, duas janelas retangulares. Fachada E. do corpo O. com
embasamento e dois pisos rematados por cornija, rasgados, no
primeiro, por uma porta e uma janela retangulares e, no segundo,
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por duas janelas retangulares e uma transversal. Fachada S. com
embasamento, dois pisos e cinco panos de corpos em ressalto e /
ou marcados por cunhais ou pilastras. O primeiro pano tem duas
portas e três janelas retangulares no piso térreo e cinco janelas
retangulares no superior, com frontão azulejar. O segundo pano,
mais elevado, é rasgado por uma porta e três janelas retangulares
no primeiro piso e três janelas retangulares, duas das quais com
varanda corrida de balaústres sobre modilhões, encimadas por
pequenos frontões vazados, tendo janelas com bandeira superior de
verga recortada. O terceiro pano, mais baixo, tem, no primeiro piso,
três arcos plenos sobre pilares quadrangulares e, no segundo,
varanda alpendrada, com balaústres e colunata, com cinco portas
retangulares e revestimento azulejar de figuras recortadas. O quarto
pano, elevado, tem, no primeiro piso, escada, uma janela retangular
e uma porta em arco rebaixado tangente a reto; no segundo, um
janelão e quatro janelas retangulares. O quinto pano é ra sgado, no
primeiro piso, por arco pleno entre duas janelas transversais e, no
segundo, colunata envidraçada. Fachada E. com embasamento, três
panos marcados por pilastras e dois pisos. No primeiro piso do pano
central, portal de moldura retangular relevada, entre aletas e
encimado por janela de sacada com balaústres, entre aletas
retilíneas. Remate em frontão triangular contendo frontão curvo
aberto com pequena urna. Os primeiro e terceiro panos têm, no
primeiro piso, uma janela transversal e, no segundo, j anela de
sacada com balaústres.
INTERIOR com espaços diferenciados. No primeiro piso, a E., zona
de serviços com receção, escritório, armazém e cozinha, seguindo se ampla sala quadrangular multiusos, átrio e a denominada Sala
dos Coches, pavimentada em tijoleira, e teto de madeira sobre três
pilares de granito. Ao centro, átrio principal com escadaria de
corrimões de balaústres e teto de masseira. A O., Capela retangular
de nave única circundada por silhar de azulejos padrão, teto de
caixotões marmoreado e dourado assente em friso de anjinhos. A
S., arco triunfal a pleno centro, marmoreado, e capela -mor,
separada por teia de madeira, com revestimento azulejar com
figuração eucarística a O.
Retábulo do altar-mor, de talha dourada, é constituído por três
eixos, o central com nicho e os laterais com painéis pintados.
Superiormente, tabela quadrangular com pintura, rematada por
frontão semicircular e aletas laterais. Pináculos lateralmente. Altar
em forma de urna.
Cobertura em abóbada de berço com florões e c artela com Pomba
do Espírito Santo. Adossada a O., a Sacristia retangular com lavabo
de pedra e teto apainelado. No corpo O., a Cozinha Velha,
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retangular, com grande chaminé de granito sobre pilares com
capitéis de folhas estilizadas que se repetem no fris o da chaminé e
fonte com tanque quadrangular rasteiro decorado com nicho de
Santo António, com frontão triangular e aletas protegida por cupulim
sobre colunas toscanas. Cobertura em teto de madeira com barrotes
à vista sobre pilares graníticos facetados. No prolongamento da
fachada da Cozinha Velha, uma fonte com revestimento azulejar
figurativo, azul e branco com cenas de caça, No segundo piso, zona
habitacional privada. No extremo S. do Jardim, as Adegas, em cuja
sala de Provas existe um arco ultrapassado de moldura decorada,
que assenta diretamente no chão. Junto às adegas, fonte de taça
poligonal, com alguns lados côncavos. Reservatório no centro, com
seis bicas, possui remate fitomórfico.
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Casa dos Herdeiros de Vítor Álvaro de Sousa
019
V i s e u – N e l a s – S a n ta r
Tipologia: Arquitetura residencial
Utilização Inicial: Residencial: casa
Utilização Atual: Residencial: casa
Época de Construção: Não definido
Valor Arquitetónico: Imóvel de Acompanhamento ao conjunto
histórico de Santar
Número de Pisos: 2
Características Tipológicas: Arquitetura privada em banda
Estado de Conservação: Mau
Urgência da Intervenção: Muito Urgente
Descrição / Observações:
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Casa dos Herdeiros do Capitão José Pinto Portugal
020
V i s e u – N e l a s – S a n ta r
Tipologia: Arquitetura residencial
Utilização Inicial: Residencial: casa
Utilização Atual: Residencial: casa
Época de Construção: Não definido
Valor Arquitetónico: Imóvel de Acompanhamento ao conjunto
histórico de Santar
Número de Pisos: 2
Características Tipológicas: Arquitetura privada em banda
Estado de Conservação: Bom
Urgência da Intervenção: Médio Prazo
Descrição / Observações:
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Chafariz da Casa das Fidalgas - Fonte da Torre
021
V i s e u – N e l a s – S a n ta r
Época de Construção: 1789
Valor Arquitetónico: Imóvel de Acompanhamento ao conjunto
histórico de Santar, Casa das Fidalgas
Número de Pisos:
Características Tipológicas: Arquitetura privada
Estado de Conservação: Razoável
Urgência da Intervenção: Urgente
Descrição / Observações:
Casa do Professor Ibérico Nogueira
022
V i s e u – N e l a s – S a n ta r
Época de Construção:
Valor Arquitetónico: Imóvel de Acompanhamento ao conjunto
histórico de Santar, de valor local.
Número de Pisos: 1
Características Tipológicas: Arquitetura privada em banda
Estado de Conservação: Bom
Urgência da Intervenção: Médio Prazo
Descrição / Observações:
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Pelourinho de Casal Sancho
023
V i s e u – N e l a s – S a n ta r – C a s a l S a nc ho
Tipologia: Arquitetura jurisdicional.
Utilização Inicial: Marco jurisdicional: pelourinho
Utilização Atual: Marco histórico-cultural: pelourinho
Época de Construção: Séc. XX
Enquadramento: Urbano, a meia encosta, isolado e separado por
adro murado e via pública, em zona de interesse paisagístico.
Descrição:
Época de Construção: século XVII
Valor Arquitetónico: Imóvel de Valor Local
Características Tipológicas: Arquitetura pública
Estado de Conservação: Razoável
Urgência da Intervenção: Médio Prazo
Descrição / Observações: Este pelourinho de pinha, foi construído
a partir de um capitel que se supões de origem gótica.
Capela de Casal Sancho
024
V i s e u – N e l a s – S a n ta r – C a s a l S a nc ho
Época de Construção: século XVII
Valor Arquitetónico: Imóvel de Valor Local
Características Tipológicas: Arquitetura religiosa, isolada
Estado de Conservação: Bom
Urgência da Intervenção: Médio Prazo
Descrição / Observações:
Fonte: http://www.monumentos.pt
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Casa de Herdeiros de José Luís Borges
025
V i s e u – N e l a s – S a n ta r
Época de Construção:
Valor Arquitetónico: Imóvel de Acompanhamento ao conjunto
histórico de Santar, com valor local e paisagístico.
Número de Pisos: 2 e águas furtadas
Características Tipológicas: Arquitetura privada , isolada.
Estado de Conservação: Bom
Urgência da Intervenção: Médio Prazo
Descrição / Observações: Construção de junto ao cruzamento de
Santar, com presença visual forte
Casa no Largo G. Tavares
026
Viseu – Nelas
Época de Construção:
Valor Arquitetónico: Imóvel de Acompanhamento à Casa de
Tavares no mesmo Largo
Número de Pisos: 2
Características Tipológicas: Arquitetura privada , banda
Estado de Conservação: Bom
Urgência da Intervenção: Médio Prazo
Descrição / Observações: Faz parte do interessante conjunto de
imóveis ao longo da EN234.
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10.50
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Casa no Largo do Correio Velho
027
Viseu – Nelas
Época de Construção:
Valor Arquitetónico: Imóvel de Valor Local
Número de Pisos: 1
Características Tipológicas: Arquitetura privada , banda
Estado de Conservação: Bom
Urgência da Intervenção: Médio Prazo
Descrição / Observações: Faz parte do interessante conjunto de
imóveis ao longo da EN234.
Casa no Largo Vasco da Gama
028
Viseu – Nelas
Época de Construção:
Valor Arquitetónico: Imóvel de Valor Local
Número de Pisos: 2 e águas furtadas
Características Tipológicas: Arquitetura privada , isolada.
Estado de Conservação: Bom
Urgência da Intervenção: Médio Prazo
Descrição / Observações:
m un ic íp io d e n e la s | l u g a r d o p la n o , g e s t ã o d o t e r r it ó r io e cu l t u r a |
10.51
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Casa no Largo do Município
029
Viseu – Nelas
Época de Construção: Século XIX
Valor Arquitetónico: Imóvel de Valor Local
Número de Pisos: 2
Características Tipológicas: Arquitetura privada , isolada.
Estado de Conservação: Mau
Urgência da Intervenção: Urgente
Descrição / Observações:
Paço do Concelho de Nelas
030
Viseu - Nelas
Época de Construção:
Valor Arquitetónico: Imóvel de Valor Local
Número de Pisos: 2 e águas furtadas
Características Tipológicas: Arquitetura pública, isolada
Estado de Conservação: Muito Bom
Urgência da Intervenção: Longo Prazo
Descrição
/
Observações:
Foi
alvo
de
recentes
obras
de
reabilitação.
Fonte : Câmara Municipal de Nelas
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Igreja Matriz de Nelas
031
Viseu – Nelas
Época de Construção:
Valor Arquitetónico: Imóvel de Valor Local
Número de Pisos: 2
Características Tipológicas: Arquitetura religiosa, isolada.
Estado de Conservação: Bom
Urgência da Intervenção: Médio Prazo
Descrição / Observações:
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Casa com Pátio na Rua Sacadura CabralCasa das Pedras Marradas
032
Viseu – Nelas
Época de Construção:
Valor Arquitetónico: Imóvel de Valor Local
Número de Pisos: 2
Características Tipológicas: Arquitetura privada , isolada.
Estado de Conservação: Bom
Urgência da Intervenção: Médio Prazo
Descrição / Observações:
Edifício dos Correios, Telégrafos e Telefones de Nelas
033
Viseu – Nelas
Época de Construção: Séc. XX (1930 – 40)
Valor Arquitetónico: Imóvel de Interesse Local
Número de Pisos: 2
Características Tipológicas: Arquitetura pública
Estado de Conservação: Bom
Urgência da Intervenção: Médio Prazo
Descrição / Observações:
Análise/Diagnóstico: É um edifício dos anos 40, baseado em
modelos realizados em todo o país durante o Estado Novo. Pode ter
sido desenhado pelo arquiteto Adelino Nunes, que durante esta
época, desenhou a maior parte de estações do correio nacionais.
Possui um embasamento em granito que marca o primeiro p iso, a
entrada principal também é marcada pelo uso do granito. O piso
superior é marcado por um varandim e duas janelas. Na esquina
que descreve o edifício surgem duas janelas com cantarias de
granito. Atualmente encontra-se em bom estado de conservação e
pertence aos Correios de Portugal. No seu interior, não manteve as
características
da
data
da
sua
construção,
em
virtude
da
modernização dos CTT, realizada recentemente.
Estratégia: Propõe-se a sua classificação para imóvel de Interesse
Municipal.
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Casa e Capela da Família Forjaz de Gusmão
034
V i s e u – N e l a s – S a n ta r
Época de Construção:
Valor
Arquitetónico: Imóvel de Acompanhamento
ao Conjunto
Histórico de Santar.
Número de Pisos: 2
Características
Tipológicas:
Arquitetura
privada
e
religiosa,
isolada
Estado de Conservação: Muito Bom
Urgência da Intervenção: Longo Prazo
Descrição / Observações: Foi alvo de recentes intervenções a
nível de reabilitação.
Fonte: Câmara Municipal de Nelas
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Casa de Santo António
035
Viseu – Nelas – Canas de Senhorim – Póvoa de Santo
António
Época de Construção:
Valor Arquitetónico: Imóvel de Acompanhamento inserido no
Conjunto de Arquitetura Popular da Póvoa de Santo António
Número de Pisos:
Características Tipológicas: Arquitetura Religiosa
Estado de Conservação: Bom
Urgência da Intervenção: Médio Prazo
Descrição / Observações:
Casa no Largo dos Abreu Madeira
036
V i s e u – N e l a s – C a n a s de S e n hor i m
Época de Construção:
Valor Arquitetónico: Imóvel de Acompanhamento ao conjunto
histórico de Canas com contributo no que diz respeit o à Arquitetura
popular
Número de Pisos: 2
Características Tipológicas: Arquitetura privada , isolada.
Estado de Conservação: Razoável
Urgência da Intervenção: Médio Prazo
Descrição
/
Observações:
Apresenta
já
alguns
elementos
dissonantes
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Casa dos Pinas
037
V i s e u – N e l a s – La pa do L o b o
Época de Construção:
Valor Arquitetónico: Imóvel de Acompanhamento, com interesse
junto do núcleo de Arquitetura popular de Lapa do Lobo
Número de Pisos: 2
Características Tipológicas: Arquitetura privada , isolada.
Estado de Conservação: Bom
Urgência da Intervenção: Médio Prazo
Descrição / Observações:
Casa na Rua Kiel do Amaral – Antigo consultório
do Dr. Reis
038
V i s e u – N e l a s – C a n a s de S e n hor i m
Época de Construção:
Valor Arquitetónico: Imóvel de Acompanhamento ao conjunto
histórico de Canas de Senhorim, com grande valor local
Número de Pisos: 1
Características Tipológicas: Arquitetura privada , banda
Estado de Conservação: Bom
Urgência da Intervenção: Médio Prazo
Descrição / Observações:
m un ic íp io d e n e la s | l u g a r d o p la n o , g e s t ã o d o t e r r it ó r io e cu l t u r a |
10.57
1 0 . p a t r i m ó n io a r q u i t e t ó n ico | p la n o d ir e t o r
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Casa da Família de Alberto Pais
039
V i s e u – N e l a s – C a n a s de S e n hor i m
Época de Construção:
Valor Arquitetónico: Imóvel de Acompanhamento ao conjunto
histórico de Canas de Senhorim
Número de Pisos: 2
Características Tipológicas: Arquitetura privada , banda
Estado de Conservação: Bom
Urgência da Intervenção: Médio Prazo
Descrição / Observações:
Celeiro do Cabido
040
V i s e u – N e l a s – C a n a s de S e n hor i m
Época de Construção:
Valor Arquitetónico: Imóvel de Acompanhamento ao conjunto
histórico de Canas de Senhorim
Número de Pisos: 2
Características Tipológicas: Arquitetura privada , banda
Estado de Conservação: Bom
Urgência da Intervenção: Médio Prazo
Descrição / Observações:
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10.58
1 0 . p a t r i m ó n io a r q u i t e t ó n ico | p la n o d ir e t o r
mu n i cip a l d e n e la s |
Casa de José Frazão
041
V i s e u – N e l a s – C a n a s de S e n hor i m
Época de Construção:
Valor Arquitetónico: Imóvel de Acompanhamento ao conjunto
histórico de Canas de Senhorim
Número de Pisos: 2
Características Tipológicas: Arquitetura privada , banda
Estado de Conservação: Mau
Urgência da Intervenção:Muito Urgente
Descrição / Observações:
Casa de Santiago
042
V i s e u – N e l a s – La pa do L o b o
Época de Construção:
Valor Arquitetónico: Imóvel de Acompanhamento ao conjunto
histórico de Lapa do Lobo
Número de Pisos:
Características Tipológicas:
Estado de Conservação:
Urgência da Intervenção:
Descrição / Observações:
Fonte: Câmara Municipal de Nelas
m un ic íp io d e n e la s | l u g a r d o p la n o , g e s t ã o d o t e r r it ó r io e cu l t u r a |
10.59
1 0 . p a t r i m ó n io a r q u i t e t ó n ico | p la n o d ir e t o r
mu n i cip a l d e n e la s |
Casa Senhorial pertencente a João Pegas
043
V i s e u – N e l a s – M or e i r a
Época de Construção:
Valor Arquitetónico: Imóvel de Acompanhamento, inserido no
conjunto de Arquitetura popular de Moreira
Número de Pisos: 2
Características Tipológicas: Arquitetura privada , isolada
Estado de Conservação: bom
Urgência da Intervenção: Médio Prazo
Capela de São Silvestre
044
V i s e u – N e l a s – M or e i r a
Época de Construção:
Valor Arquitetónico: Imóvel de Acompanhamento, inserido no
Núcleo de Arquitetura Popular
Número de Pisos:
Características Tipológicas: Arquitetura religiosa
Estado de Conservação: Bom
Urgência da Intervenção: Médio Prazo
Descrição / Observações:
m un ic íp io d e n e la s | l u g a r d o p la n o , g e s t ã o d o t e r r it ó r io e cu l t u r a |
10.60
1 0 . p a t r i m ó n io a r q u i t e t ó n ico | p la n o d ir e t o r
mu n i cip a l d e n e la s |
Casa do Cunha
045
V i s e u – N e l a s – La pa do L o b o
Época de Construção:
Valor Arquitetónico: Imóvel de Acompanhamento inserido no
núcleo de Arquitetura popular de Lapa do Lobo
Número de Pisos: 2
Características Tipológicas: Arquitetura privada , banda
Estado de Conservação: Mau
Urgência da Intervenção:Muito Urgente
Descrição / Observações:
Casa do Torreão
046
V i s e u – N e l a s – C a r v a l ha l R e do n do
Época de Construção:
Valor Arquitetónico: Imóvel de Valor Local
Número de Pisos: 2
Características Tipológicas: Arquitetura privada , banda
Estado de Conservação: Mau
Urgência da Intervenção:Muito Urgente
Descrição / Observações:
m un ic íp io d e n e la s | l u g a r d o p la n o , g e s t ã o d o t e r r it ó r io e cu l t u r a |
10.61
1 0 . p a t r i m ó n io a r q u i t e t ó n ico | p la n o d ir e t o r
mu n i cip a l d e n e la s |
Igreja de Carvalhal Redondo
047
V i s e u – N e l a s – C a r v a l ha l R e do n do
Época de Construção:
Valor Arquitetónico: Imóvel de Valor Local
Número de Pisos:
Características Tipológicas: Arquitetura religiosa
Estado de Conservação: Razoável
Urgência da Intervenção: Médio Prazo
Descrição / Observações:
Capela de Nossa Senhora do Viso
048
V i s e u – N e l a s – C a r v a l ha l R e do n do .
Época de Construção:
Valor Arquitetónico: Imóvel de Valor Local
Número de Pisos:
Características Tipológicas: Arquitetura religiosa
Estado de Conservação: Razoável
Urgência da Intervenção: Médio Prazo
Descrição / Observações:
m un ic íp io d e n e la s | l u g a r d o p la n o , g e s t ã o d o t e r r it ó r io e cu l t u r a |
10.62
1 0 . p a t r i m ó n io a r q u i t e t ó n ico | p la n o d ir e t o r
mu n i cip a l d e n e la s |
Casa de Nelson Casimiro Ramos - Casa do Brasileiro
049
V i s e u – N e l a s - Ag ui e i r a
Época de Construção:
Valor Arquitetónico: Imóvel de Valor Local
Número de Pisos: 3
Características Tipológicas: Arquitetura privada e religiosa
Estado de Conservação: Mau
Urgência da Intervenção: Muito Urgente
Descrição / Observações:
Quinta da Aguieira - Casa dos Sacadura Botte
050
V i s e u – N e l a s - Ag ui e i r a
Época de Construção:
Valor Arquitetónico: Imóvel de Valor
Local, inserido no conjunto
de Arquitetura popular e com grande valor paisagistico.
Número de Pisos: 2
Características Tipológicas: Arquitetura privada
Estado de Conservação: Bom
Urgência da Intervenção: Longo Prazo
Descrição / Observações: Foi alvo de recente intervenção de
reabilitação
Fonte: Câmara Municipal de Nelas
m un ic íp io d e n e la s | l u g a r d o p la n o , g e s t ã o d o t e r r it ó r io e cu l t u r a |
10.63
1 0 . p a t r i m ó n io a r q u i t e t ó n ico | p la n o d ir e t o r
mu n i cip a l d e n e la s |
Solar da Família Serpa Ponces de Carvalho
051
Viseu – Nelas – Vilar Seco
Época de Construção:
Valor Arquitetónico: Imóvel de Valor Local
Número de Pisos: 2
Características Tipológicas: Arquitetura privada
Estado de Conservação: Mau
Urgência da Intervenção: Muito Urgente
Descrição / Observações:
Casa no Largo do Município
052
Viseu – Nelas – Vilar Seco
Época de Construção:
Valor Arquitetónico: Imóvel de Valor Local
Número de Pisos: 2
Características Tipológicas: Arquitetura privada
Estado de Conservação: Razoável
Urgência da Intervenção: Médio Prazo
Descrição / Observações:
m un ic íp io d e n e la s | l u g a r d o p la n o , g e s t ã o d o t e r r it ó r io e cu l t u r a |
10.64
1 0 . p a t r i m ó n io a r q u i t e t ó n ico | p la n o d ir e t o r
mu n i cip a l d e n e la s |
Casa das Condessinhas de Vilar Seco
053
Viseu – Nelas – Vilar Seco
Época de Construção:
Valor Arquitetónico: Imóvel de Valor Local
Número de Pisos: 2
Características Tipológicas: Arquitetura privada
Estado de Conservação: Bom
Urgência da Intervenção: Médio Prazo
Descrição / Observações:
Casa do Engenheiro Álvaro Albuquerque
054
Viseu – Nelas – Vilar Seco
Época de Construção:
Valor Arquitetónico: Imóvel de Valor Local
Número de Pisos: 2
Características Tipológicas: Arquitetura privada
Estado de Conservação: Razoável
Urgência da Intervenção: Médio Prazo
Descrição / Observações:
Fonte:Câmara Municipal de Nelas
m un ic íp io d e n e la s | l u g a r d o p la n o , g e s t ã o d o t e r r it ó r io e cu l t u r a |
10.65
1 0 . p a t r i m ó n io a r q u i t e t ó n ico | p la n o d ir e t o r
mu n i cip a l d e n e la s |
Cristo Rei
055
Viseu – Nelas – Vilar Seco
Época de Construção:
Valor Arquitetónico: Imóvel de Valor Local
Número de Pisos:
Características Tipológicas:
Estado de Conservação: Razoável
Urgência da Intervenção: Médio Prazo
Descrição / Observações:
Sede da Junta de Freguesia
056
Viseu – Nelas – Vilar Seco
Localização: Vilar Seco
Época de Construção:
Valor Arquitetónico: Imóvel de Valor Local
Número de Pisos: 2
Características Tipológicas: Arquitetura privada , isolada
Estado de Conservação: Razoável
Urgência da Intervenção: Médio Prazo
Descrição / Observações:
m un ic íp io d e n e la s | l u g a r d o p la n o , g e s t ã o d o t e r r it ó r io e cu l t u r a |
10.66
1 0 . p a t r i m ó n io a r q u i t e t ó n ico | p la n o d ir e t o r
mu n i cip a l d e n e la s |
Capela de São Silvestre
057
V i s e u – N e l a s – S e n ho r i m – C a r v a l ha s
Época de Construção:
Valor Arquitetónico: Imóvel de Valor Local
Número de Pisos:
Características Tipológicas: Arquitetura religiosa
Estado de Conservação: Razoável
Urgência da Intervenção: Médio Prazo
Descrição / Observações:
Casa dos Senas
058
V i s e u – N e l a s – S e n ho r i m
Época de Construção: Séc. XVII
Valor Arquitetónico: Imóvel de Interesse Local
Número de Pisos: 2
Características Tipológicas: Arquitetura privada, isolada
Estado de Conservação: Bom Estado
Urgência da Intervenção:
Descrição / Observações: sede da Junta de Freguesia de
Senhorim
Casa dos Senas
Fonte: Câmara Municipal de Nelas
m un ic íp io d e n e la s | l u g a r d o p la n o , g e s t ã o d o t e r r it ó r io e cu l t u r a |
10.67
1 0 . p a t r i m ó n io a r q u i t e t ó n ico | p la n o d ir e t o r
mu n i cip a l d e n e la s |
Igreja Matriz de Senhorim
059
V i s e u – N e l a s – S e n ho r i m
Época de Construção:
Valor Arquitetónico: Imóvel de Valor Local
Número de Pisos:
Características Tipológicas: Arquitetura religiosa
Estado de Conservação: Bom
Urgência da Intervenção: Médio Prazo
Descrição / Observações:
Capela de Nossa Senhora do Viso
060
V i s e u – N e l a s – S e n ho r i m – V i l a
Época de Construção:
Valor Arquitetónico: Imóvel de Valor Local
Número de Pisos:
Características Tipológicas: Arquitetura religiosa
Estado de Conservação: Razoável
Urgência da Intervenção: Médio Prazo
Descrição / Observações:
m un ic íp io d e n e la s | l u g a r d o p la n o , g e s t ã o d o t e r r it ó r io e cu l t u r a |
10.68
1 0 . p a t r i m ó n io a r q u i t e t ó n ico | p la n o d ir e t o r
mu n i cip a l d e n e la s |
Cruzeiro
061
V i s e u – N e l a s – S e n ho r i m – V i l a
Época de Construção: Séc. XVII
Valor Arquitetónico: Imóvel de Valor Local
Número de Pisos:
Características Tipológicas:
Estado de Conservação: Razoável
Urgência da Intervenção: Médio Prazo
Descrição / Observações: integrado no adro da Capela da Nossa
Srª. Do Viso
Casa em Vilar Seco
062
Viseu – Nelas – Vilar Seco
Época de Construção:
Valor Arquitetónico: Imóvel de Valor Local
Número de Pisos: 2
Características Tipológicas: Arquitetura privada, isolada
Estado de Conservação: Mau
Urgência da Intervenção: Urgente
Descrição
/
Observações:
É
um
interessante
exemplo
de
Arquitetura do século XIX, possui três pisos e águas furtadas, o
terceiro piso encontra-se recortado por telhados, com vãos mais
pequenos e arredondados no topo, sendo que os do piso inferior,
possuem uma maior escala e desenho diferente. Encontra -se
bastante degradado, necessitando de obras urgentes.
Estratégia: Propõe-se a sua classificação como Imóvel de Interesse
Municipal
m un ic íp io d e n e la s | l u g a r d o p la n o , g e s t ã o d o t e r r it ó r io e cu l t u r a |
10.69
1 0 . p a t r i m ó n io a r q u i t e t ó n ico | p la n o d ir e t o r
mu n i cip a l d e n e la s |
Fonte em Vilar Seco
063
Viseu – Nelas – Vilar Seco
Época de Construção:
Valor Arquitetónico: Imóvel de Valor Local
Número de Pisos:
Características Tipológicas: Arquitetura popular
Estado de Conservação: Bom
Urgência da Intervenção: Médio Prazo
Descrição / Observações: Para aceder a esta fonte descemos
escadas de lajes de granito. Possui uma entrada para a mina
(conduta principal de abastecimento da fonte), e possui quatros
lavadouros em lagetas de granito. Encontra-se em bom estado de
conservação e é um exemplo interessante e algo invulgar.
Estratégia: Propõe-se a sua classificação como Imóvel de interesse
Municipal.
Casa Junto aos Bombeiros
064
Viseu – Nelas
Época de Construção:
Valor Arquitetónico: Imóvel de Acompanhamento à Casa dos
Rosados
Número de Pisos: 2
Características Tipológicas: Arquitetura privada
Estado de Conservação: Mau
Urgência da Intervenção: Urgente
Descrição / Observações: Situa-se numa Dr. Pais Cabral, frente à
“Casa dos Rosados” e junto aos Bombeiros Municipais.
Análise/Diagnóstico: É um edifício de meados ou finais de século
XIX, com feições eruditas e pontuado por vãos bem proporcionados
e de igual dimensão. É feito em alvenaria de pedra granítica, com
cobertura em telha, mas encontra-se degradado e a necessitar de
obras de recuperação.
Estratégia: Propõe-se a sua classificação como imóvel de interesse
local. Em conjunto com a “Casa dos Rosados”, constitui um
elemento importante de caracterização da rua em que se insere.
m un ic íp io d e n e la s | l u g a r d o p la n o , g e s t ã o d o t e r r it ó r io e cu l t u r a |
10.70
1 0 . p a t r i m ó n io a r q u i t e t ó n ico | p la n o d ir e t o r
mu n i cip a l d e n e la s |
Teatro Municipal
065
Viseu - Nelas
Época de Construção: 1940
Valor Arquitetónico: Imóvel de Valor Local
Número de Pisos:
Características Tipológicas: Arquitetura pública
Estado de Conservação: Razoável
Urgência da Intervenção: Médio Prazo
Descrição / Observações:
Análise/Diagnóstico: É um edifício do Arquiteto Francisco Keil do
Amaral, podendo datar dos anos 40. Resulta de um aproveitamento
de uma antiga edificação militar. É um bom exemplo de Arquitetura
modernista da época do Estado Novo, em que as matérias
autóctones (granito, telha), são usadas segundo uma linguagem
contemporânea para a época. Necessita de algumas obras de
restauro exterior.
Estratégia: Propor a sua classificação como imóvel de interesse
Municipal.
Casa dos Félix
066
Viseu – Nelas
Época de Construção: 1930
Valor Arquitetónico: Imóvel de Valor Local
Número de Pisos: 3
Características Tipológicas: Arquitetura privada
Estado de Conservação: Mau
Urgência da Intervenção: Urgente
Descrição / Observações: É uma casa do princípio do século XX,
com influências da arte nova (1920?), de feições burguesas. Possui
cantarias de granito com flores em relevo, bem como em redor
destes azulejos pintados de azul. Os pisos possuem cérceas
generosas e os vãos são esguios e na sua maioria de configuração
retangular excetuando os da fachada principal. O edifício encontrase á venda e necessita de obras de reabilitação.
Estratégia: Constitui um edifício de grande imponência e dimensão,
bem localizado. Propõe-se a sua classificação como imóvel de
m un ic íp io d e n e la s | l u g a r d o p la n o , g e s t ã o d o t e r r it ó r io e cu l t u r a |
10.71
1 0 . p a t r i m ó n io a r q u i t e t ó n ico | p la n o d ir e t o r
mu n i cip a l d e n e la s |
interesse concelhio. Futuramente, poderá consti tuir um imóvel de
interesse para o município para dar lugar a instituições ou
equipamentos necessários ao concelho, dadas a sua elegância e as
suas generosas dimensões.
Vinícola de Nelas
067
Ne l a s .
Época de Construção:
Valor Arquitetónico: Imóvel de Valor Local
Número de Pisos: 2
Características Tipológicas: Arquitetura privada
Estado de Conservação: Bom
Urgência da Intervenção: Médio Prazo
Descrição / Observações: Este edifício é um exemplo da atividade
vitivinícola que caracteriza o concelho. Sem precisão pode datar
dos anos 40/50.
Além de ser uma adega e armazém, atualmente também é utilizado
para a realização de festas e congressos.
Apresenta um embasamento e floreiras em granito; a fachada virada
para a via possui dois painéis de azulejo des critivos da atividade
vitivinícola, bem como o nome do edifício no mesmo material; todo o
edifício é marcado por um conjunto de vãos circulares encimados
por uma “falsa cimalha” (de granito e telha) que contorna estes vãos
e abraça o edifício. Encontra-se em bom estado de conservação, e
recentemente foi alvo de obras de recuperação.
Estratégia: Propor a sua classificação como imóvel de interesse
Municipal.
m un ic íp io d e n e la s | l u g a r d o p la n o , g e s t ã o d o t e r r it ó r io e cu l t u r a |
10.72
1 0 . p a t r i m ó n io a r q u i t e t ó n ico | p la n o d ir e t o r
mu n i cip a l d e n e la s |
Antiga Federação de Vinicultores do Dão
068
Viseu - Nelas
Época de Construção: 1940??
Valor Arquitetónico: Imóvel de Valor Local
Número de Pisos: 2
Características Tipológicas: Arquitetura privada
Estado de Conservação: Mau
Urgência da Intervenção: Urgente
Descrição / Observações: Edificio de feições estilo Art Deco,
atualmente desativado. Compreende na sua envolvente um conjunto
de imóveis de interesse como os Paços do Concelho de Nelas, a
Cooperativa Vitivinicola, a Casa de Crédito Agrícola. No seu recito
possui ainda um conjunto interessante de cubas de maturação do
vinho e constitui um elemento rico de paisagem urbana colmatado
com os grandes cedros que o ladeam.
Estratégia: Propõe-se a sua classificaçao como Imóvel de Interesse
Municipal.
Armazém de Vinhos José Marques Loureiro
069
Viseu - Nelas
Época de Construção: 1940??
Valor Arquitetónico: Imóvel de Valor Local
Número de Pisos: 1
Características Tipológicas: Arquitetura privada
Estado de Conservação: Razoável
Urgência da Intervenção: Urgente
Descrição / Observações:
m un ic íp io d e n e la s | l u g a r d o p la n o , g e s t ã o d o t e r r it ó r io e cu l t u r a |
10.73
1 0 . p a t r i m ó n io a r q u i t e t ó n ico | p la n o d ir e t o r
mu n i cip a l d e n e la s |
C.2. Conjuntos de Casario Tradicional
Estes conjuntos de casario tradicional são conjuntos que na sua maioria apresentam boas características
quer ao nível da morfologia do local quer ao nível arquitetónico, encontram-se, no entanto, em avançado
estado de degradação mas mesmo assim mantendo a sua originalidade.
Normalmente os elementos que acabam por transmitir coerência a estes povoamentos são a igreja e um
ou outro edifício de caráter mais erudito.
No entanto qualquer intervenção sobre os edifícios classificados ou de interesse para o concelho será mais
coerente se for efetuada no conjunto em que se inserem, daí a importância da reabilitação e estruturação
das habitações populares em granito, bem como dos espaços que estas confinam, quer entre elas quer
entre os edifícios mais emblemáticos.
m un ic íp io d e n e la s | l u g a r d o p la n o , g e s t ã o d o t e r r it ó r io e cu l t u r a |
10.74
1 0 . p a t r i m ó n io a r q u i t e t ó n ico | p la n o d ir e t o r
mu n i cip a l d e n e la s |
Núcleo de Lapa do Lobo
070
V i s e u – N e l a s – La pa do L o b o
Análise/Diagnóstico: Este núcleo habitacional possui além de um
conjunto interessante de habitações de cariz rural e popular, na sua
maioria em avançado estado de degradação, um conjunto de
edifícios com interesse patrimonial. É o caso da Casa de Santiago a
Casa do Cunha e a Casa dos Pinas. Estes edifícios de caráter mais
erudito, encontram-se incluídos nas ruas mais antigas da Lapa do
Lobo, confinando com ruas irregulares, pavimentadas em granito, e
com casas de Arquitetura popular em alvenaria de granito.
Enquanto alguns edifícios estão relativamente cuidados, a maior
parte do conjunto habitacional encontra-se degradado ou a precisar
de obras de recuperação.
Estratégia:
Propõe-se
a
seguinte
delimitação
com
vista
à
classificação de Imóvel Interesse Municipal deste núcleo, como
testemunho popular de ocupação do território na região, podendo
assim
contribuir
para
despoletar
a
sua
reabilitação
e
a
requalificação deste núcleo habitacional tradicional.
m un ic íp io d e n e la s | l u g a r d o p la n o , g e s t ã o d o t e r r it ó r io e cu l t u r a |
10.75
1 0 . p a t r i m ó n io a r q u i t e t ó n ico | p la n o d ir e t o r
mu n i cip a l d e n e la s |
Núcleo de Casal Sancho
071
V i s e u – N e l a s – S a n ta r – L ug a r de Ca s a l S a nc ho
Análise/Diagnóstico: Este núcleo habitacional possui um conjunto
interessante de habitações de cariz rural e popular na sua maioria,
em avançado estado de degradação e é um bom testemunho de
Arquitetura
tradicional
da
região
centro
e
beira
interior,
caracterizada pela construção em alvenaria de granito.
Esta zona possui como elemento principal a capela de Casal
Sancho,
sendo
que
pelourinhos
e
alminhas
são
elementos
caracterizadores do espaço. As ruas são revestidas a granito,
material da região. São imóveis de especial importância a capela e
o pelourinho deste mesmo lugar.
A maior parte das habitações já se encontra desvirtuada da sua
génese, por alterações fruto de intervenções contemporâneas e os
exemplos mais característicos encontram-se em avançado estado
de degradação. Em termos gerais, as habitações apresentam
configuração na sua maior parte irregular, normalmente de dois
pisos e com varandas de pequenas dimensões alpendradas, sendo
revestidas por coberturas de telhas soltas.
Estratégia:
Propõe-se
a
seguinte
delimitação
com
vista
à
classificação de Imóvel de Interesse Municipal deste núcleo, como
testemunho popular de ocupação do território na região, podendo
assim
contribuir
para
despoletar
a
sua
reabilitação
e
a
requalificação deste núcleo habitacional tradicional.
m un ic íp io d e n e la s | l u g a r d o p la n o , g e s t ã o d o t e r r it ó r io e cu l t u r a |
10.76
1 0 . p a t r i m ó n io a r q u i t e t ó n ico | p la n o d ir e t o r
mu n i cip a l d e n e la s |
Núcleo de Aguieira
072
V i s e u – N e l a s - Ag ui e i r a
Análise/Diagnóstico:Na
zona
mais
antiga
deste
povoamento
verificam-se alguns quarteirões não muito definidos, com perímetro
irregular, definidos por caminhos e com escassez de ocupação
sobretudo a norte e sudeste. A Igreja representa o maior espaço
público, contribuindo para a existência de uma centralidade bem
marcada, embora seja um elemento relativamente recente, dotado
de um generoso espaço público envolvente.
Este núcleo habitacional possui um conjunto interessante de
habitações de cariz rural/popular, e também erudito. Já existem
nesta freguesia alguns edifícios classificados, como o pelourinho, e
a casa da câmara da Aguieira. Ficam no entanto com o caráter de
imóveis de interesse local e concelhio respetivamente, a Casa de
Casimiro Ramos, e a Quinta da Aguieira ou Casa Sacadura Bote.
A maioria das construções encontra-se em avançado estado de
degradação, mas constitui um bom testemunho de Arquitetura
tradicional da região centro e beira interior, caracterizada pela
construção
em
alvenaria
de
granito
aparente.
Como
noutras
freguesias já existem bastantes elementos adulterados e m virtude
das melhorias necessárias efetuadas ao longo do tempo.
Estratégia:A delimitação da zona de proteção, procura agregar os
diferentes edifícios com valor patrimonial, e promover a sua
recuperação dado o estado de degradação em que se encontram,
considerando-os dentro de um conjunto habitacional de construção
de génese popular. Servem também de elementos caracterizadores
quer dos edifícios classificados, quer do conjunto nuclear e original
da freguesia de Aguieira.
Propõe-se a seguinte delimitação com vista à classificação de
Imóvel de Interesse Municipal.
Carecem de reabilitação quer a nível de edificação como no
melhoramento de algumas ruas restituindo-lhe o caráter rural,
através do uso dos materiais autóctones.
m un ic íp io d e n e la s | l u g a r d o p la n o , g e s t ã o d o t e r r it ó r io e cu l t u r a |
10.77
1 0 . p a t r i m ó n io a r q u i t e t ó n ico | p la n o d ir e t o r
mu n i cip a l d e n e la s |
Núcleo da Póvoa de Santo António
073
V i s e u – N e l a s – C a na s de S e nh or i m – P ó v oa d e
S a n t o An t ó n i o
Análise/Diagnóstico:Este núcleo habitacional possui um conjunto
interessante de habitações de cariz rural e popular, a sua maioria,
em avançado estado de degradação, um bom testemunho de
Arquitetura
tradicional
da
região
centro
e
beira
interior,
caracterizada pela construção em alvenaria de granito.
Esta zona possui como elemento principal a capela de Sto. António,
sendo esta o elemento mais caracterizador do espaço. As ruas são
revestidas a granito, material dominante na região.
A maior parte das habitações já se encontra desvirtuada da sua
génese, por alterações fruto de intervenções contemporâneas e os
exemplos mais característicos encontram-se em avançado estado
de degradação. Em termos gerais, as habitações apresentam
configuração na sua maior parte irregular, normalmente de dois
pisos e com varandas de pequenas dimensões alpendradas, sendo
revestidas por coberturas de telhas soltas.
Estratégia:Propõe-se a seguinte delimitação, que compreende um
conjunto habitacional definido ao longo de umas das ruas principais
da Povoação, com vista à classificação de Imóvel de Interesse
Municipal deste núcleo, como testemunho popular de ocupação do
território na região, podendo assim contribuir para despoletar a
reabilitação e requalificação deste núcleo habitacional tradicional.
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Núcleo de Moreira
074
V i s e u – N e l a s - M or e i r a
Análise/Diagnóstico:Este núcleo habitacional possui um conjunto
interessante de habitações de cari z rural e popular, na sua maioria
em avançado estado de degradação e é um bom testemunho de
Arquitetura
tradicional
da
região
centro
e
beira
interior,
caracterizada pela construção em alvenaria de granito.
Esta zona possui testemunhos de Arquitetura mais erudita, sendo
que alguns encontram-se em avançado estado de degradação.
As ruas são revestidas a granito, material caracterizador da região.
A maior parte das habitações já se encontra desvirtuada da sua
génese, por alterações fruto de intervenções contemporâneas e os
exemplos mais característicos encontram-se em avançado estado
de degradação. Em termos gerais, as habitações apresentam
configuração na sua maior parte irregular, normalmente de dois
pisos e com varandas de pequenas dimensões alpendradas, sendo
revestidas por coberturas de telhas soltas.
Estratégia:Propõe-se
a
seguinte
delimitação
com
vista
à
classificação de Imóvel de Interesse Municipal deste núcleo, como
testemunho popular de ocupação do território na região, podendo
assim contribuir para despoletar a sua reabilitação e requalificação
deste núcleo habitacional tradicional.
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Conjunto da Fonte do Alcaide
075
V i s e u – N e l a s – S e n ho r i m – F on te d o Al c a i d e
Análise/Diagnóstico:Apesar de já possuir algumas habitações
recuperadas,
este
conjunto:
(possivelmente
devia
pertencer
habitações,
ou
fazer
lagares,
parte
de
lojas
quintas),
encontra-se em avançado estado de degradação.
É um bom exemplo de Arquitetura popular em alvenaria de pedra.
Uma das habitações possui alvenaria regular e aparelhada, sendo
que as restantes apresentam alvenaria mais irregular.
Estratégia:Pode
ser
classificado
como
conjunto
de
Interesse
Municipal pois constitui um exemplo da forma como as populações
ocupavam e viviam do território.
Necessita de intervenção urgente e pode constituir um núcleo de
exploração dentro do turismo rural ou agrícola.
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mu n i cip a l d e n e la s |
C.3. Outros Conjuntos de Interesse
Estes conjuntos aqui apresentados tornam-se interessantes pelas particularidades que apresentam – a sua
localização, os seus valores de paisagem, a morfologia, o conjunto de imóveis de interesse, a sua
especificidade funcional, as suas características arquitetónicas.
A semelhança dos conjuntos de casario tradicional carecem de algumas disposições que privilegiem e
salvaguardem as suas características tipológicas, morfológicas, paisagísticas, ou caso se revele importante
desenvolver sobre alguns unidades operativas de planeamento e gestão, nomeadamente sobre Caldas da
Felgueira e sobre as Minas da Urgeiriça.
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Conjunto Habitacional e Industrial da Urgeiriça
076
V i s e u – N e l a s – C a n a s de S e n hor i m - U r g e i r i ç a
Localização: Nelas, Canas de Senhorim lugar da Urgeiriça
Situa-se na freguesia de Canas de Senhorim, a norte desta
localidade, junto à linha-férrea que teve grande importância no
passado para a indústria de extração de urânio no transporte do
mesmo.
Análise/Diagnóstico:É constituído por um complexo mineiro e
industrial, e um conjunto habitacional destinado aos antigos
trabalhadores da ENU (Empresa Nacional de Urânio). Este é dotado
ainda
de
alguns
equipamentos
como
escolas,
clube,
loja
cooperativa, jardim infantil, campo de jogos, organizados sobre
uma malha urbana racional e geométrica.
A construção, de uma forma geral, encontra-se em razoável estado
de conservação: as habitações são revestidas a reboco, pontuadas
por elementos em alvenaria de tijolo. As habitações possuem um
piso, e as suas coberturas são revestidas a telha.
Alguns armazéns e equipamentos industriais, possuem o mesmo
tipo de material, embora com escalas e cérceas distintas.
Estratégia:
Propõe-se
a
seguinte
delimitação
com
vista
à
classificação deste núcleo, pois é um exemplo único, no concelho,
da indústria de extração de urânio, enquanto complexo, quer
industrial quer habitacional. Poderiam ser estabelecidas regras para
preservar este exemplo quer no sentido de melhoria e recuperação
de
algumas
preservação
habitações
do
espaço
ou
espaços
industrial,
no
públicos,
campo
quer
da
para
a
Arqueologia
Industrial.
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Aldeia da Barca
077
V i s e u – N e l a s – C a na s de S e nh or i m – Al de i a d a B a r c a
Este núcleo, chamado de Aldeia da Barca, foi em tempos habitado.
Situa-se junto ao Rio Mondego a sudeste da Sede de Concelho e a
Nordeste de Caldas da Felgueira.
Análise/Diagnóstico: É um conjunto de habitações em ruínas que
goza de uma posição geográfica bastante privilegiada dada a sua
proximidade com o Rio Mondego, usufruindo de uma parte da
margem deste rio, bem como de uma paisagem bastante fecunda.
Compreende um conjunto de dez a onze habitações, em alvenaria
de granito irregular, exceto os cunhais.
É um bom exemplo de Arquitetura popular portuguesa da Beira
Interior, bem como um testemunho de como outrora era feita a
ocupação do território.
Existe um caminho pedonal antigo, ligando a Aldeia a Caldas da
Felgueira que se supões ter sido um caminho romano que fazia a
ligação para a outra margem do rio Mondego..
Estratégia:Dada a sua posição privilegiada pode constituir de futuro
um local de exploração turística e de lazer, dado a proximidade
quer do Rio Mondego quer de Caldas da Felgueira.
A delimitação compreende não só o conjunto das habitações em si
como toda a mancha verde que o rodeia, no sentido de não se
destituir este conjunto da sua paisagem.
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10.83
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Hotel da Urgeiriça
078
V i s e u – N e l a s – C a n a s de S e n hor i m – Ur ge i r i ç a
O Hotel da Urgueiriça situa-se na freguesia de Canas de Senhorim,
e o seu acesso faz-se pela EN 231 sendo que o terreno ocupado
compreende uma mancha que está delimitada quer pela EN 234 a
este, quer pela Linha de caminhos de ferro a Oeste.
Análise/Diagnóstico: Deve datar dos anos 30,40.
Compreende um complexo hoteleiro de grandes dimensões, que
resultou de adições sucessivas de uma “habitação-mãe”, e uma
série
de
pequenas
habitações
complementares,
e
outros
equipamentos. Este equipamento hoteleiro apresenta um bom
estado
de
conservação,
bem
como
as
edificações
na
sua
envolvente.
Possui características de hotel rural, no qual a mancha verde
desempenha um papel fundamental para o conjunto, como valor de
paisagem.
Estratégia:
Propõe-se
a
seguinte
delimitação
com
vista
à
classificação de interesse concelhio deste núcleo, considerando a
importância fundamental da área verde em redor, que foi alargada
além dos limites do hotel para permitir um maior entrosamento na
paisagem do mesmo.
NOTA:
A área marcada a tracejado, porém, a sul, é constituída pelo
depósito de resíduos da mina de urânio (à qual o Hotel inicialmente
pertencia) – que hoje apresenta a forma de uma colina arborizada,
no topo da qual há uma lagoa de águas residuais.
Existem
propostas
para
continuar
a
depositar
neste local
o
remanescente de resíduos uraníferos ainda acumulados próximos
da zona industrial – segundo estudo da ENU (Empresa Nacional de
Urânio) – e isso é controverso, do ponto de vista do ambiente, e
será
prejudicial
ao
Hotel,
tanto
quanto
ao
enquadramento
paisagístico como à “fama” que pode ser posta em causa por
motivos de segurança, se se levantarem receios de contaminação
radioativa.
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Moinhos
079
V i s e u – N e l a s – S e n ho r i m - M oi nh os .
Situa-se na freguesia de Senhorim, num lugar chamado de
Moinhos, à margem do Rio Castelo.
Análise/Diagnóstico:
Neste local temos um conjunto pequeno de habitações, sendo que
algumas já foram alvo de intervenção, ao longo do tempo, e outras
mantiveram o seu caráter rural/popular.
Os Moinhos propriamente ditos, situam-se na margem do Rio
Castelo, e encontram-se desativados e em ruínas. São um ótimo
exemplo de Arquitetura popular, bem como de engenhos rurais, tão
necessários outrora. Assentam sobre um maciço rochoso sobre o
qual passa o rio, e são feitos em alvenaria de granito irregular, com
pedras de pequenas dimensões, as coberturas normalmente de uma
água encontram-se revestidas a telha solta.
Interiormente, as estruturas de madeira encontram-se em avançado
estado de degradação, mas ainda se encontram as mós dos
moinhos, e todo o engenho dos mesmos.
Estratégia:Propõe-se a classificação dos moinhos como Imóveis de
interesse local, necessitando de obras urgentes de recuperação,
bem como a revitalização do conjunto habitacional de Moinhos.
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Caldas da Felgueira – Conjunto Termal
080
V i s e u – N e l a s – C a l da s d a Fe l g ue i r a
Localização: Nelas, Caldas da Felgueira
Situa-se na zona termal das Caldas da Felgueira e constitui o
complexo original.
Análise/Diagnóstico: Estes edifícios datam possivelmente dos
anos 30/40 (?), da autoria do arquiteto Rodrigo Berquó( (catalão?)
fez também as termas das caldas da rainha ). O Hotel edifício
principal, tem configuração de H, com pilastras e cantarias em
granito. Os vãos mudam de escala de piso para piso, sendo maior o
piso intermédio e menor o último piso.
Deste complexo também fazem parte a zona termal, com os
respetivos balneários, que possuem uma linguagem idêntica ao
hotel, mas sem a imponência do mesmo, os vãos são também
diferenciados e em menor número que no hotel. Desconhecesse no
entanto se o autor dos balneários é o mesmo do Hotel.
As termas sofreram recentemente grandes beneficiações, da autoria
do arquiteto Rui Brochado.
Estratégia: Propor o Conjunto Termal como Imóvel de Interesse
Público. Considera-se além do hotel e dos balneários a importância
de demarcar a frente de rio, na qual se incluem equipamentos
afetos ao hotel, para preservar os valores de paisagem afetos a
esta estância termal.
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10.86
1 0 . p a t r i m ó n io a r q u i t e t ó n ico | p la n o d ir e t o r
mu n i cip a l d e n e la s |
Conjunto ao Longo da EN 234
081
Viseu - Nelas
Localização: Nelas
Análise/ Diagnóstico: Este conjunto tem como particularidade o
conjunto interessante de imóveis que se desenvolvem ao longo da
EN 234. Estes imóveis são normalmente edifícios do século XIX ou
princípio do Século XX. São de salientar a Casa Rosa na EN234, de
feições de Arte Nova, as casas em granito em direção ao centro de
Nelas, a Casa de Tavares e os seus jardins, o larg o do Escanção
bem como a Casa dos Rosados, o Correio de Nelas, colmatados
com passeios e arruamentos em granito material característico da
região.
Estratégia: Desenvolver ações de preservação e de sensibilização
à população da qualidade do conjunto apresentado ao longo deste
arruamento,
bem como proceder
a ações
de preservação e
conservação das características do espaço público existente, tão
característico da vila de Nelas.
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10.87
1 0 . p a t r i m ó n io a r q u i t e t ó n ico | p la n o d ir e t o r
mu n i cip a l d e n e la s |
Largo da Igreja do Folhadal
082
V i s e u – N e l a s – Fo l h a da l
Localização: Nelas, Folhadal
Este espaço caracteriza o lugar de Folhadal, compreende a Igreja a
Capela Mortuária e o Pelourinho e o seu largo e o terreno a este da
igreja.
Análise/Diagnóstico: De um modo geral este conjunto encontra-se
em bom estado, com exceção de duas habitações de alvenaria de
granito, no largo do pelourinho que estão em ruínas.
Consideram-se de importância local, sobretudo no que concerne às
festas e às gentes de Folhadal, o espaço de feira ao lado da Igreja,
de
grandes
bancas
de
granito,
constituindo
um
conjunto
interessante, que desfruta de uma bela paisagem a Sul.
Estratégia: Constitui uma zona a classificar como de interesse
local, procurando revitalizar sempre que possível os largos e
espaços em questão.
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mu n i cip a l d e n e la s |
C.4. Núcleos Históricos
Núcleo Histórico de Canas de Senhorim
083
Delimitação:
Esta delimitação compreende o núcleo histórico de Canas de Senhorim,
juntamente com todos os imóveis mais emblemáticos desta localidade, quer
os classificados quer os inventariados. Apresenta características de alguma
uniformidade a nível morfológico e arquitetónico. O Solar dos Abreu Madeira
e a Casa do Cruzeiro constituem alguns dos imóveis mais notáveis, mas
sempre enquadrados com um casario tradicional com alguma qualidade e
em alguns casos em bom estado de conservação.
A propriedade do Solar Abreu Madeira e da Casa dos Viscondes de
Pedralva conferem ao núcleo urbano qualidades ambientais e paisagísticas
únicas.
Núcleo Histórico de Santar
084
Delimitação:
A delimitação da zona que se propõe a salvaguardar compreende o seu
núcleo histórico marcado sobretudo pela Casa de Santar e terrenos
vinhateiros anexos, bem como os importantes imóveis da Santa Casa da
Misericórdia e a Casa do Soito e o Paço dos Cunhas, e a paisagem pela
qual se encontram envolvidos.
Compreende ainda alguns quarteirões sobre os quais foram definidos
algumas formas de ocupação dos mesmos, segundo os estudos do plano de pormenor.
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10.89