Estratégias Hora de voltar à ortodoxia Janeiro de 2013

Transcrição

Estratégias Hora de voltar à ortodoxia Janeiro de 2013
E X C L U S I VA M E N T E PA R A
USO INSTITUCIONAL
ESTRATÉGIAS
RIO B RAVO
HORA DE
VOLTAR À
ORTODOXIA
JANEIRO 2013
A
s percepções de deterioração na
conjuntura doméstica bem como um
certo alívio no panorama internacional marcaram o início do ano. 
EST R AT É G IAS
R IO B R AVO
HORA DE VOLTAR À ORTODOXIA

A grande ameaça representada pelo “fiscal
cliff” nos Estados Unidos foi contornada. Um
acordo foi alcançado no começo do mês pelo
qual o presidente Obama conseguiu aumentar
os impostos sobre a renda dos que ganham
mais de US$ 400 mil anuais e também prorrogar os cortes de impostos que estavam vencendo. Muitos assuntos da mesma natureza ficaram
adiados, como o novo aumento no limite para
a dívida pública, a dinâmica do orçamento caso
não seja aprovado, e o restante dos cortes de
impostos a ser renovados. São problemas
pertinentes à relação entre o Presidente e o
Congresso, numa situação onde aquele se
encontra fortalecido e a economia vem melhorando gradualmente. Não é de se esperar que
os impasses do passado recente sejam repetidos, o que ajuda a explicar o bom desempenho
do S&P, para o qual este foi o melhor janeiro
desde 1997.
ão há muita novidade na Europa, onde
os yields mais baixos nos leilões espanhóis e italianos trouxeram alento aos mercados, embora os números de atividade tenham
sido módicos. Novidades potencialmente
importantes ocorreram no Japão, onde os
números fiscais e para o endividamento são os
piores do planeta, onde as políticas assemelha-
N
das ao quantitative easing vem sendo praticadas
há muitos anos e onde a estagnação também já
dura muitos anos. Um novo governo tomou
posse indicando mudanças na politica econômica com objetivo de gerar mais inflação, desvalorizar a moeda e aumentar o crescimento. O
yen se desvalorizou em antecipação às medidas, o Banco Central adotou uma meta de
inflação de 2% e anunciou um programa de
compra de ativos, ainda que mais tímido do
que se esperava. A opção pela inflação como
estratégia de saída do que se conhece como
“armadilha de liquidez” pode ter aí sua primeira
tentativa, justamente no país que há mais
tempo vem experimentando a ineficácia da
política monetária para acordar uma economia
sob exaustão fiscal.
Os índices de preço ao
consumidor estão
muito pressionados
No Brasil, o mês de janeiro trouxe dúvidas e
incertezas em três frentes diferentes: a inflação, a
situação fiscal e o setor elétrico.
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HORA DE VOLTAR À ORTODOXIA
s índices de preços para o consumidor
estão muito pressionados, puxados por
alimentos, educação e serviços. A polêmica
queda nas tarifas de energia ajudará no curto
prazo, mas existem muitas dúvidas sobre o
restante do ano, face à operação continuada
das usinas térmicas e ao elevado custo dessa
energia. O assunto se politizou de forma perigosa, o mesmo se passando com o reajuste
necessário ao preço dos combustíveis, sobretudo diante das percepções de deterioração da
situação econômica da Petrobrás. O reajuste
anunciado foi bem menor que o esperado
pelos analistas, de tal sorte a deteriorar ainda
mais o valor da empresa e, mais que isso,
alimentar um sentimento negativo com respeito
às sucessivas intervenções do governo em
questões setoriais.
O
É antigo e azedo o enredo de manipulação dos
principais preços públicos com fins políticos, e,
nesse mesmo registro, a pressão sobre prefeitos para influenciar nos reajustes no preço dos
transportes públicos traz lembranças ruins da
época de inflação elevada e ressalta as analogias
com o que se passa na Argentina. O IPCA-15
de janeiro em 12 meses já passou de 6%, com
difusão extremamente elevada e reajustes
“reprimidos”. O IPC-Fipe ficou em 1,15% no
mês. Por outro lado, os índices de preços mais
amplos estão contidos devido ao comportamento dos preços no atacado.
or surpreendente que pareça, a mudança
brusca de direção da política cambial,
admitindo-se expressamente a tão vilipendiada
valorização do real, parece indicar uma situação
pior do que publicamente se admite no tocante
à inflação. Ora, as autoridades tanto se empenharam em sustentar uma taxa de câmbio mais
“competitiva” em face dos mais variados argumentos, o que teria modificado suas convicções
de forma tão súbita?
P
A pressão sobre
prefeitos ressalta as
analogias com a
Argentina
No terreno fiscal, o principal assunto do final do
ano passado foi a sucessão de malabarismos
empregados com o intuito de se chegar ao
superávit primário prometido. A lista é extensa e
contém operações como a de antecipação de
dividendos do BNDES e o saque de recursos do
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Fundo Soberano criado em 2008 e que até
hoje tinha sido usado apenas nas capitalizações
da Petrobrás e do Banco do Brasil. A repercussão foi muito negativa, como em outras ocasiões, mas, no passado, a apatia da inflação não
forçava nem a disciplina nem qualquer alteração
nas metas fiscais. Na virada do ano a atmosfera
já é bastante diferente, seja no mercado financeiro, seja nas gôndolas dos supermercados. Há
rumores segundo os quais o governo estuda
alterações no superávit primário, e que também
cogita mudar o artigo 14 da Lei de Responsabilidade Fiscal com o objetivo de permitir novas
desonerações. A repercussão não é boa, os
especialistas não vêm avaliando positivamente a
política fiscal do governo brasileiro, e os efeitos
desta sobre o crescimento têm decepcionado
as autoridades e observadores.
J
unte-se a isso a repercussão das alterações
no setor elétrico atinentes à renovação de
concessões, cujos resultados foram muito
questionáveis, para dizer o mínimo, conseguindo a proeza de tornar inoportuna a intenção de
reduzir as tarifas de energia, sobretudo diante
do baixíssimo nível dos reservatórios e do
funcionamento continuado de usinas térmicas.
Uma conjuntura sazonalmente ruim de chuvas
trouxe de volta os temores de racionamento e
um rosário de dúvidas sobre os rumos do setor
elétrico. O comprometimento pessoal da
presidente com a redução na “conta de luz”
resultou em que o Tesouro tivesse de injetar
recursos diretamente no setor, em variados
formatos, além de o BNDES antecipar recebíveis decorrentes da venda de energia de Itaipu
para o Paraguai.
A nova política
cambial sugere a
gravidade da
inflação
Estes desafios estariam a recomendar um
retorno à ortodoxia na política econômica,
onde os governos do Partido dos Trabalhadores sempre estiveram. Os caminhos são conhecidos, e a experimentação observada nos anos
recentes não teve resultados positivos. Resta
verificar se a aproximação da temporada de
eleições fará retornar o bom senso ou se
ampliará o leque de medidas heterodoxas e
intervenções discricionárias na economia.
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Crédito
O
fundo Rio Bravo Crédito Privado encerrou o mês de janeiro com rentabilidade nominal de
0,60%, equivalente a 101,90% do CDI. No mês, a maior contribuição à performance do fundo foi
proporcionada pela carteira de debêntures, que ao final do mês representava 17,6% do patrimônio do
fundo e cuja rentabilidade foi equivalente a 114,6% da rentabilidade do CDI no mesmo período.
segunda maior contribuição à performance veio da carteira de Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios – FIDCS, cuja
alocação ao final do mês montava a 6,3% do
patrimônio do fundo. Esta estratégia encerrou o
mês de janeiro com rentabilidade equivalente a
131,4% do CDI.
A
A carteira de financiamento a termo foi a terceira
estratégia a mais contribuir para a rentabilidade
do fundo, tendo rendido a 106,4% do CDI no
período. Ao final no mês, esta estratégia representava 33% do patrimônio do fundo. Por último,
ainda que tenha apresentado rentabilidade acima
da usual, a posição em liquidez foi a que menos
contribuiu à performance do fundo, com rentabilidade de 103,7% do CDI. Esta rentabilidade
mostrou-se acima do esperado para uma posição
em ativos de liquidez, o que se deve ao recente
descolamento entre as taxas CDI e SELIC. O
spread SELICxCDI chegou a 39 pontos básicos
ao final de dezembro de 2012. A posição em
liquidez ao final do mês de janeiro montava a
49% do patrimônio do fundo. Esta posição
apresenta-se em patamar considerado elevado
por nós e é consequência de recentes aportes
no fundo. A posição em liquidez deverá ser
rapidamente reduzida ao patamar alvo na
medida em que fizermos novas alocações em
ativos de crédito.
m janeiro, não realizamos nenhuma nova
alocação, mas o ano de 2013 se iniciou
com grande número de emissões no mercado de
crédito. Ao longo de fevereiro devemos fazer
novas alocações, inclusive inaugurando algumas
posições em ativos indexados à inflação.
E
Rio Bravo Crédito Imobiliário I - FII
O Rio Bravo Crédito Imobiliário I – FII, fundo
de investimento imobiliário com alocação
preponderante em CRIs e listado em bolsa
(RBCB11), apresentou rentabilidade nominal de
0,91% em janeiro, equivalente a 169% do CDI.
Nos últimos 12 meses, a rentabilidade do fundo
equivale a IGP-M+5,80% a.a..
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CRÉDITO

Durante o mês, alocamos montante equivalente a
6% do patrimônio do fundo em CRI emitido pela
securitizadora CIBRASEC e cujo lastro são contratos de compra e venda de imóveis residenciais
incorporados e construídos pela Construtora
Cameron, sediada em Fortaleza – CE. A taxa do
CRI é de IPCA + 9% a.a..
No dia 8 de fevereiro serão realizados os pagamentos, referentes a dezembro, de dividendos,
no valor de R$ 7,51/cota, e da quinta amortização
de cotas do fundo, no valor de R$11,76/cota,
perfazendo um pagamento total de R$19,27/cota.
Rio Bravo Crédito Imobiliário II - FII
No mês de janeiro, a rentabilidade nominal do Rio
Bravo Crédito Imobiliário II – FII, fundo de investimento imobiliário com alocação preponderante em
CRIs e listado em bolsa sob o código RBVO11, foi
de 0,32%.
Durante os meses de dezembro e janeiro, o fundo,
que iniciou operações em 18 de dezembro de
2012, teve aproximadamente 30% de seu patrimônio alocado em três operações de CRI, a saber: CRI
de emissão da Cibrasec com lastro em recebíveis
da Cameron (mesmo CRI adquirido pelo Rio Bravo
Crédito Imobilário I), CRI de emissão da Brasil
Plural, (IPCA+6,30% a.a.), cujo lastro é um contrato
atípico de locação de centro logístico localizado em
Uberlândia e cujo locatário é a Lojas Americanas, e
CRI de emissão da Gaia (IPCA + 6,30% a.a.), cujo
lastro são dois contratos atípicos de locação cujos
locatários são a Mapfre Seguradora e Aliança do
Brasil.
O volume médio diário de negociação do fundo na
Bovespa em janeiro montou a aproximadamente
R$ 260 mil. Neste mesmo período, a valorização da
cota foi de 5,8%, encerrando o mês no valor de R$
107,00. Esta valorização, somada aos rendimentos
distribuídos durante o mês, resultam em rentabilidade de 6,10% aos cotistas do fundo.
No dia 8 de fevereiro serão realizados os pagamentos, referentes a janeiro, de dividendos, no valor de
R$ 0,31/cota.
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CRÉDITO
RBVO11
 108,0
R$ 1.100.000
105,7
106,0
Cota (R$)
105,0
105,0
104,0
101,0
100,0
105,6
104,6
104,4
103,5
105,0
104,9
104,0
104,5
103,5
103,0
102,0
107,0
106,5
105,2
104,9
105,3
R$ 1.000.000
R$ 900.000
R$ 800.000
R$ 700.000
R$ 600.000
103,6
103,4
102,0
101,5
R$ 500.000
R$ 400.000
101,2
100,8
101,1
R$ 300.000
Financeiro Negociado (R$)
107,0
R$ 200.000
R$ 100.000
99,2
99,0
R$ 0
Financeiro Negociado
Cota
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Renda Variável
Em janeiro, o Rio Bravo Fundamental FIA teve uma performance de -0,4%. Desde seu início, em
setembro de 2004, o fundo acumula uma rentabilidade de 497,5%, ou 313,2% do benchmark, IGP-M +
6%. O Rio Bravo Fundamental Institucional FIA teve uma performance de -0,7%. Desde seu início, em
abril de 2010, o fundo acumula uma rentabilidade de 21,2%, contra -15,9% do benchmark, Ibovespa.
Cetip
Iniciamos, há dois meses, um investimento na
Cetip, uma das principais empresas brasileiras de
serviços financeiros.
eus negócios dividem-se em duas principais
linhas. O segmento de títulos e valores
mobiliários engloba registro, custódia, liquidação
e negociação de diversos tipos de ativos financeiros e derivativos de balcão. O segmento de
financiamentos envolve serviços de registro,
gravames e inteligência de mercado para financiamentos de automóveis e, em breve, também
imobiliários.
S
As receitas provêm de mais de 15 mil clientes do
sistema Cetip, que custodia cerca de 97% dos
títulos privados de renda fixa e 75% dos derivativos de balcão no Brasil. Nenhum dos serviços
acima mencionados – que se subdividem em
uma outra série de produtos e serviços – representa mais de 20% das receitas da empresa. São
atributos, dentre outros, que denotam uma
estabelecida posição de liderança e de diversificação de negócios.
A atividade da Cetip é extremamente atrativa do
ponto de vista econômico-financeiro. O crescimento orgânico de receitas tem superado os
30% anuais e a margem EBITDA se situa ao
redor dos 70%, marcas difíceis de se encontrar
em qualquer outro setor. Ademais, como o
capital empregado é reduzido, os níveis de
retorno equivalem a múltiplos do custo deste
capital e a geração de caixa para o acionista é
elevada, mesmo em contexto de alto crescimento.
creditamos que uma série de vetores da
nossa economia sustentarão o crescimento da Cetip por um longo período. O contínuo
desenvolvimento dos mercados financeiros e de
capitais, com a criação e sofisticação dos mais
variados ativos financeiros, necessariamente passa
pela empresa. Com a crescente necessidade de
A
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RENDA VARIÁVEL
supervisão bancária, cada vez mais negócios têm
de ser registrados em sistemas monitorados
pelas autoridades.
crédito imobiliário no Brasil ainda é
baixo, menos de 7% do PIB, e seu crescimento fomentará não apenas a atividade de
securitização e negociação destes ativos, como
também a urgente redução das dificuldades
burocráticas na documentação de imóveis,
através da gradual migração do papel para sistemas eletrônicos.
O
Acreditamos também no desenvolvimento do
hoje inexpressivo mercado secundário de ativos
de renda fixa e crédito no Brasil, o que, com a
queda da Selic a patamares mais razoáveis,
deverá começar de fato.
empre acreditamos nestes vetores, assim
sempre desejamos realizar um investimento
em Cetip. Entretanto, até hoje não o tínhamos
conseguido fazer por uma questão de preço,
entendendo que a ação já embutia em grande
parte este futuro. O ano de 2012 trouxe uma
combinação de receios quanto à competição e
certos aspectos conjunturais que, felizmente, nos
deram a chance de realizar o investimento a
preços que julgamos atrativos. Enxergamos um
elevado potencial de apreciação para as ações da
Cetip, mesmo sem considerar um crescimento
de receitas condizente com os drivers mencionados.
S
Abordaremos com maior especificidade em
cartas futuras tais riscos competitivos e demais
aspectos relevantes desta tese.
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Investimentos Imobiliários
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Acreditamos que 2013 tratá novos recordes para a indústria de fundos imobiliários. O ano
começa com um saldo remanescente de ofertas de cotas de FII registradas em 2012 no montante de R$
4,2 bilhões. Somando-se as ofertas em análise e as registradas em 2013 até agora, esse volume salta para
R$ 8,8 bilhões, número bastante expressivo para um ano que mal começou. Para efeito de comparação,
em 2012 o volume total de cotas emitidas foi de R$ 14 bilhões.
Podemos explicar o crescente interesse nas
ofertas em função da queda da taxa de juros,
com os investidores de renda fixa procurando
alternativas de investimentos e na classe de
ativos de baixo risco, onde se enquadram os
investimentos imobiliários.
o último ano, o número de fundos registrados na CVM passou de 142 para 184,
dos quais 103 são negociados no ambiente
BM&F Bovespa. Também é importante ressaltar
que o número de investidores no mercado de FII
cresceu 175% em 2012, totalizando 97.128.
N
Fizemos uma análise dos FII listados com negociação
diária no ambiente da BM&F Bovespa. Dos 103 fundos,
apenas 53 são negociados diariamente; destes, 42
tiveram retorno total (valorização do principal mais
distribuição de rendimentos) igual ou superior a 10%.
Chamamos a atenção para duas pequenas parcelas: (i) 9
fundos ultrapassaram o retorno total de 50% e (ii) 7
tiveram desempenho negativo, de acordo com a
tabela abaixo.
Rentabilidade
Nº de Fundos
Valor de Mercado
(R$ Bilhões)
>50%
9
3,51
40 a 50%
6
2,85
30 a 40%
11
4,19
20 a 30%
11
2,24
10 a 20%
6
2,84
0 a 10%
4
0,26
Negativo
7
0,58
TOTAL
53
16,47
Vale destacar que o volume de negociações de cotas de FII no mercado secundário também cresceu, fechando o ano de
2012 com 3.599 negociações.
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INVESTIMENTOS IMOBILIÁRIOS

Apesar de continuarmos confiantes no mercado de fundos imobiliários, aconselhamos nossos investidores a serem cada vez mais cautelosos em suas análises de investimento. Com o crescimento do mercado
e a entrada de novos gestores, através de novos fundos, faz-se ainda mais essencial analisar cada fundo
em particular, seus ativos, região-alvo e perspectiva de rentabilidade, tendo em vista que está cada vez
mais difícil encontrar excelentes oportunidades, como nos últimos anos.

ÍNDICE FII
O índice de FII elaborado pela Rio Bravo apresentou um retorno positivo de 2,06% em janeiro.
Este retorno compreende tanto os rendimentos pagos aos cotistas quanto a variação de preço
da cota.
No gráfico abaixo é possível verificar de 2009 até janeiro de 2013 o comparativo entre CDI,
Ibovespa e Índice FII.
100%
82,7%
80%
60%
46,0%
42,1%
40%
Índice FII
TIR
27,4%
CDI
23,7%
BOVESPA
20%
9,9%
11,6%
9,7%
6,9% 7,4%
2,1% 0,6%
1,0%
0%
2009
-20%
-40%
2010
2011
2012
2013-2,0%
-18,1%
Ano
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Multi-Assets & Portfolios
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Num mês de otimismo ao redor do mundo, as estratégias de Arbitragem e Macro contribuíram
destacadamente para a performance do Rio Bravo Multi Estratégia, que apresentou um retorno de 0,83%
contra a variação de 0,59% do CDI no mesmo período.
Os Estados Unidos contornaram o abismo fiscal e
o possível impacto negativo no PIB; a Europa
afastou os riscos das dívidas soberanas sobre o
euro; e a China encaminhou uma desaceleração
suave e controlada, com perspectiva de manutenção do crescimento ao redor de 8%. Apesar do
fluxo positivo para as bolsas de valores dos países
emergentes, o Ibovespa encerrou o mês com
desvalorização de 1,95%. O crescimento menor
que o esperado no Brasil, o aumento das incertezas (fruto de medidas como o pacote elétrico de
redução de tarifas, a guerra contra os bancos e a
interferência no reajuste de preços dos combustíveis) e a forte intervenção do governo no mercado
cambial prejudicaram o Brasil em relação aos
outros emergentes.
O
utro fator de atenção tem sido a alta
inflação no Brasil, que apresentou variação de 0,79% em dezembro segundo o IBGE,
acumulando 5,84% em 2012. Os preços continuam pressionados e os títulos indexados à
inflação ainda representam uma parcela importante da estratégia Macro. Ainda assim, os
indicadores antecedentes de atividade industrial
do mês de dezembro mostraram um fraco
desempenho, colocando um dilema para o
Banco Central: incentivar o crescimento através
da redução dos juros ou priorizar o combate à
inflação?
C
omo resultado de demanda aquecida e
fraco crescimento, o COPOM decidiu
manter a taxa Selic em 7,25% ao ano e adotou
uma comunicação mais conservadora com o
mercado. Em ata, o comitê afirmou que "limitações no campo da oferta não podem ser endereçadas por ações de política monetária", afastando a possibilidade de novas quedas na taxa de
juros. Outro anúncio que afeta diretamente a
inflação foi a alta de 6,60% no preço da gasolina
e de 5,40% no preço do óleo diesel nas refinarias. O reajuste era aguardado desde setembro
de 2012 para realinhar os preços domésticos
com o mercado internacional, mas o aumento foi
aquém das expectativas. Resultado: as ações da
Petrobras recuaram e impactaram negativamente
o índice Bovespa.
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MULTI-ASSETS & PORTFÓLIOS
No cenário internacional algumas notícias positivas impulsionaram o mercado. A provável
mudança de conduta de política econômica no
Japão trouxe atenção aos gestores Macro, que
esperam um aumento de aproximadamente US$
120 bilhões em injeção de recursos na economia
em 2013. Na China, os dados do quarto trimestre de 2012 de crescimento do PIB (7,9%),
produção industrial (10,3%) e vendas no varejo
(15,2%) vieram melhores do que o esperado e
indicam que a economia chinesa pode ter
parado de desacelerar. Na Europa os dados do
último trimestre de 2012 ainda indicam recessão
na zona do euro, mas alguns indicadores antecedentes, como os índices de confiança dos agentes econômicos (PMIs), dão sinais de estabilização. As notícias são benéficas para as bolsas de
valores dos países emergentes e alguns gestores
da estratégia Macro estudam os melhores ativos
para capturar este movimento.
Nos EUA, após o acordo para evitar os aumentos de impostos e redução de gastos na primeira
semana de janeiro, o corte automático dos
gastos públicos foi adiado para o início de março,
próximo à negociação do aumento do limite de
endividamento do governo americano no final de
fevereiro. Com isto, pode-se definir nos próximos meses o ajuste fiscal que a economia americana irá sofrer e permitir um bom crescimento
em 2013. Os dados de construção civil também
inspiram otimismo, com permissões para construção e novas construções acima das expectativas, mostrando reação consistente do setor. O
otimismo com os EUA é tema de investimento
de alguns gestores das estratégias Macro e Equity
Hedge, que apostam em expansão robusta da
atividade para este ano. Enquanto isso a divulgação do PIB decepcionou, recuando 0,10% no
quarto trimestre de 2012 contra a expectativa de
alta de 1,00%, mostrando um mercado de
trabalho frágil e queda da taxa de desemprego
mais lenta do que a experiência histórica de
outras recessões. A notícia impactou as principais
bolsas de valores no fim do mês, diminuindo os
ganhos das estratégias Macro e Equity Hedge.
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PE R F ORM ANCE (%)
Rio Bravo Fundamental FIA
Rio Bravo Fundamental Institucional FIA
Rio Bravo Multi Estratégia FIC FIM
Rio Bravo Juros FIC FIRF Crédito Privado
Rio Bravo Valor Institucional FIC FIA
Rio Bravo Crédito Privado FIRF
Rio Bravo Liquidez DI FI Referenciado
CDI
Ibovespa
IGP-M + 6%
Dólar
EST R AT É GIAS
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Janeiro-13
-0,36
-0,73
0,83
0,32
1,01
0,60
0,57
0,59
-1,95
0,87
-2,70
Dezembro-12
8,17
6,78
1,00
1,25
5,68
0,56
0,50
0,53
6,05
1,11
-3,03
Novembro-12
2,99
1,89
0,43
0,42
1,24
0,56
0,49
0,54
0,71
0,44
3,70
Outubro-12
-2,48
-2,81
1,34
2,50
0,78
0,64
0,55
0,61
-3,56
0,58
0,08
Setembro-12
4,31
4,06
0,40
0,95
2,29
0,57
0,47
0,54
3,70
1,42
-0,32
Agosto-12
9,82
7,99
0,68
1,21
3,43
0,73
0,56
0,69
1,72
1,97
-0,62
Julho-12
0,55
0,27
0,79
1,68
2,27
0,68
0,51
0,68
3,21
1,83
1,41
Junho-12
4,26
4,80
0,63
0,35
0,85
0,64
0,57
0,64
-0,25
1,14
-0,05
Maio-12
-8,88
-8,93
1,46
1,61
-
0,73
0,69
0,73
-11,86
1,53
6,90
Abril-12
-2,54
-0,77
1,39
3,00
-
0,76
0,73
0,70
-4,17
1,30
3,83
Março-12
-1,13
0,08
1,09
1,50
-
0,89
0,90
0,81
-1,98
0,92
6,61
Ano
-0,36
-0,73
0,83
0,32
1,01
0,60
0,57
0,59
-1,95
0,87
-2,70
12 meses
22,11
21,62
11,94
17,69
11,56
8,43
7,50
8,09
-5,25
14,36
14,33
24 meses
18,61
16,73
24,30
-
-
21,73
19,45
20,66
-10,23 26,74
18,82
36 meses
27,02
-
35,99
-
-
34,11
30,69
32,68
-8,62
49,81
6,05
48 meses
141,06
-
50,28
-
-
47,43
42,51
45,25
52,06
57,95 -14,16
60 meses
111,00
-
-
-
-
-
59,67
63,41
0,46
81,24
Desde o início
497,49
21,22
56,09
32,35
11,56
56,53
61,24
PL médio* (R$ mil)
286.753,17
77.531,68
21.722.93
22.407,44
8.373,25
200.922,08 29.548,33
PL atual
235.845,72
87.674,49
24.010,03
37.506,54
9.194,77
286.364,70 24.154,29
Data de início
08-set-04
06-abr-10
03-nov-08
08-abr-11
16-abr-12
14-ago-08 27-dez-07
2,00%
2,00%
0,20%
0,10%
0,50%
0,45%
0,35%
20%
do que
exceder
IGPM+6%
20%
do que
exceder
IBOVESPA
10%
do que
exceder
CDI
10%
do que
exceder
IMA-Geral
10%
do que
exceder
IBOVESPA
-
-
Taxa de administração (a.a.)
Taxa de performance
12,95
* Patrimônio líquido médio dos últimos
12 meses.
E S TRATÉ GI AS DEZ / 12
14
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E S TRATÉ GI AS JAN / 13
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