AÇORES - MEMÓRIA DE VIAGEM
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DESTAQUES DE CONSTÂNCIA A TANCOS EM CANOA 9ºB e F no rio Tejo Página 4 VI FESTTEATRO Entre 5 e 9 de Maio Página 5 externatobenedita.net AÇORES - MEMÓRIA DE VIAGEM É SEMPRE UMA FESTA! VII Feira do Livro ECB Não que a tarefa proposta seja a de recordar um passado muito longínquo, mas já que é para falar de uma viagem que já só no passado mora, vamos, por isso, recordar. Ora, estávamos em Abril. As horas corriam vagarosamente desde que o mês iniciara. A passo lento lá chegou a madrugada do sexto dia. Posta a bagagem em segurança, marchámos com destino a Lisboa. Entre trinta e muitos alunos e mais oito professores, achava-se reunida a comitiva pronta a embarcar num qualquer “Air Bus” trezentos e não-sei-quantos, perdoem-me as falhas no que a pormenores diz respeito, afinal estou somente a recordar. E foi ver a capital, poluída até ao âmago, reduzir-se em instantes à sua condição de pequena urbe arremessada contra o Atlântico, enquanto os ouvidos dos passageiros estalavam em desespero e a barriga zumbia com a pressão. Para alguns que, como eu, levantavam voo pela primeira vez, não eram só os ouvidos e a barriga que se manifestavam em desalinho: fervia o corpo todo, de agitação e júbilo. A meio da travessia, as horas caminham em sentido contrário, como que presenteando-nos com mais uma hora de férias, o que não passa de ilusão, que daí a cinco dias ficaria a conta saldada. Deviam ser umas sete e meia quando aterrámos em Ponta Delgada. Incrivelmente, havia o sol, facto impressionante, já que lá de cima só se avistavam nuvens, um vasto mar de espuma branca, que é como quem diz, de água condensada. Crítico, pareceu-me na altura. Visitou-se o hotel e almoçaram-se croquetes; a manhã, que se arrastava desde as duas, ficou assim completa. À tarde perdemo-nos na Universidade dos Açores, entre departamentos de geologia e biologia, máquinas, técnicas, engenho e engenheiros, professores doutores; ao longo da tarde, fomos tomando nota dos mais diversos estudos e, nos laboratórios, iniciámos um processo de aprendizagem que culminou com as aulas de campo dos restantes dias. Progressivamente, apercebemo-nos das potencialidades da fauna e flora açoreanas, da importância da manutenção do equilíbrio, de alguns aspectos singulares da ilha e de como até a natureza morta é tão significativa, por exemplo a nível de estudos geodinâmicos, como em programas de ordenamento do território, entre outras aplicações. Os restantes dias foram passados em visitas de campo, autênticas aulas de geologia e biologia. Podemos afirmar com toda a certeza que, de facto, aprendemos. Sempre acompanhados por um guia, percorríamos a ilha de São Miguel de uma ponta a outra, enquanto conhecíamos insólitos pormenores históricos e culturais, fábricas de chá, grutas, penedos, vulcões, lagoas, estufas de ananás, centrais geotérmicas. (Continua na página 3) Página 7 GAMBUZINOS LEVAM IBSEN À CENA Página 7 FÉRIAS? - ACÇÃO Pela psicóloga do ECB Página 8 ENTREVISTA AO COMANDANTE DOS BOMBEIROS Página 11 SEMANA DAS CIÊNCIA 2009 23 a 27 de Março no ECB Página 15 E OS FINALISTAS SÃO 2ª Gala dos Talentos ECB Página 19 TOQUE DE SAÍDA Trianual - Maio de 2009 Ano 4 - Número 11 - 1,00 € Director Alfredo Lopes Chefe de Redacção Soledade Santos Externato Cooperativo da Benedita Rua do Externato Cooperativo Apartado 197 2476-901 Benedita [email protected] TOQUE DE SAÍDA ANO 4 - Nº 11 EDITORIAL O ano lectivo está a chegar ao fim. Para muitos alunos as aulas estão quase a acabar e as tão esperadas férias estão quase aí. A outros, aguarda-os ainda muito trabalho de preparação para os exames que se avizinham. Se para alguns este ano corresponde ao fim de um ciclo das suas vidas académicas, para outros, o Externato continua a ser a escola a que vão regressar no próximo ano lectivo. E, muitos outros ainda, aqui vão dar início a um novo percurso. A oferta educativa para 2009/2010 mantém-se igual à do presente ano lectivo. No entanto, para além das disciplinas de língua estrangeira (Francês, Inglês e Alemão) que fazem parte do currículo da maior parte dos estudantes, o ECB perspectiva a possibilidade de implementar, pela primeira vez, a disciplina de Espanhol. É importante não esquecer os prazos de matrículas, já que assim os estudantes podem contar com o apoio personalizado dos directores de turma e das coordenadoras de ano. Nessa altura será entregue a todos uma súmula com os aspectos mais importantes do Regulamento Interno, súmula que deve ser lida atentamente por alunos, pais e encarregados de educação. Se necessário, poderão também solicitar esclarecimentos aos directores de turma. Porém, esta informação não dispensa um conhecimento mais aprofundado da totalidade do Regulamento Interno, que está disponível para consulta na biblioteca e na página web da escola. No acto da matrícula, muitos encarregados de educação optam por requisitar os manuais escolares. Assim, é importante não esquecer esse facto, pois todos aqueles que o fizerem devem proceder à sua aquisição, no início do ano escolar. Quanto às bolsas de estudo, e tal como acontece nos outros estabelecimentos de ensino, são atribuídas de acordo com a legislação em vigor. A época de exames que se aproxima exige a todos os estudantes muito trabalho e empenho. Deles depende o seu percurso escolar e a possibilidade de concretizarem os seus sonhos. Essa meta só pode ser atingida com esforço e determinação. Sabendo que os estudantes estão conscientes desse facto e que são responsáveis, empenhados e trabalhadores, a Direcção do ECB, deseja-lhes boa sorte e muito sucesso. A Direcção Pedagógica Inês Silva, professora de Português da nossa escola, defendeu, no dia 19 de Maio, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, a sua tese de doutoramento, intitulada Estratégias para Escrever Histórias – Análise de Textos de Alunos do Ensino Secundário, tendo obtido a classificação de «Muito Bom, com Louvor e Distinção por Maioria». Regozijamo-nos com esta vitória académica e profissional da Professora Inês Silva, a quem endereçamos as mais calorosas felicitações. 2 TOP 10 1º- Crepúsculo Stephenie Meyer 2º - Lua Nova Stephenie Meyer 3º - O Velho e o Mar Ernest Hemingway 4º - O Velho Que Lia Romances de Amor Luís Sepúlveda 5º - Qualquer Coisa de Bom Sveva Casati Modignani 6º - Naquele Tempo Nora Roberts 7º - Uma Escolha Por Amor Nicholas Sparks 8º Lição de Tango Sveva Casati Modignani 9º - Diário de Sofia Luísa Ducla Soares SUMÁRIO Escola viva Açores - Memória de viagem 1 Barcelona 3 Açores - Mensagem para os alunos 3 Lloret 2009 3 De Constância a Tancos em canoa 4 Coesão 4 Alunos do 9º na Exposalão 4 Visita ao Futuroscope 5 VI Festteatro 6 Projecto DEL 8 6 Alunos em concurso de Programação 6 Projecto Imparável: 12º B 6 É sempre uma festa 7 Gambuzinos levam Ibsen à cena 7 Tecnologias e empreendorismo 10 Olhar Circundante Violência doméstica 4 Férias? Acção 8 Benedita já é vila 8 Taizé - Uma terra mágica 9 Fé ou ciência 9 Entrevista ao comandante dos BVB 11 10º - Anjos e Demónios Dan Brown Os livros mais requisitados na Biblioteca do ECB nos meses de Janeiro a Março de 2009. Director do Jornal: Alfredo Lopes Redacção: Deolinda Castelhano Luísa Couto Soledade Santos (Chefe de redacção) Teresa Agostinho Marketing e vendas: Maria José Jorge Composição gráfica: Nuno Rosa Paulo Valentim Samuel Branco Equipa de Reportagem: Acácio Castelhano Ana Duarte Ana Luísa Quitério Clara Peralta Estela Santana Fátima Feliciano Graça Silva José Cavadas Maria de Lurdes Goulão Ricardo Miguel Sérgio Teixeira Valter Boita Impressão: Relgráfica, Lda Tiragem: 500 exemplares Preço avulso: 1,00 € Arte e Cultura Entrevista à professora Vanda Marques 10 Entre livros 13 Sugestão de leitura 13 O que nos diz a obra de arte 20 Ciência, Tecnologia e Ambiente Segurança na Internet 14 Semana das Ciências 2009 15 Memórias em papel 15 À descoberta da Geologia e Geofísica 15 Comunicar ciência 16 Laboratórios abertos 16 Recursos geológicos em Portugal 16 Departamento de Química da UC 17 De olhos postos no céu 17 Chat sobre o ambiente 17 Science en school 18 Exposição de fosséis 18 Ciências Forenses 18 O Lugar da Memória 8 Recriar o Mundo Carta à minha mãe 10 Poemas 12 Janelas embaciadas 12 Saudade 14 Mente Sã em Corpo São Os finalistas são... 19 O limão 19 Notícias do xadrez 18 Passatempos 20 ESCOLA VIVA ANO 4 - Nº 11 TOQUE DE SAÍDA BARCELONA Entre os dias 18 e 23 de Fevereiro de 2009, as três turmas do Curso CientíficoHumanístico de Artes Visuais do Externato Cooperativo da Benedita realizaram uma visita de estudo à cidade de Barcelona, visita promovida pelas professoras de Desenho das turmas envolvidas. AÇORES Como é do conhecimento geral, Barcelona é uma cidade muito rica a nível artístico e arquitectónico, com muitos e interessantes museus e monumentos. Pretendia-se que, visitando a cidade, os alunos tivessem contacto com diversos artistas e correntes artísticas aí presentes. No dia 18 de Fevereiro, partimos da Benedita. Na manhã seguinte, visitámos a Sagrada Família e o Parc Güell, ambos da autoria do arquitecto Antoni Gaudì. Nos dias seguintes, visitámos a Casa Milá (alcunhada de La Pedrera), cujas fachadas todos conhecíamos das fotografias. Vimos ainda o Museu de História da Cidade, o Museu de Picasso, a Fundação Joan Miró e o Poble Espanyol, que é um conjunto de 116 casas ilustrando os diferentes estilos arquitectónicos de toda a Espanha. Foi-nos também dada a oportunidade de passearmos livremente pela avenida Las Ramblas e pelas ruas vizinhas, a fim de conhecermos um pouco melhor a cidade e de fazermos algumas compras – algo que adorámos! No último dia, antes de deixarmos esta maravilhosa cidade, almoçámos no Hard Rock Cafe, para uma despedida à altura. A visita de estudo foi algo que nos permitiu conhecer a importantíssima cidade de Barcelona. Sempre orientados pelas professoras, fomos percebendo o que es- LLORET 2009 MENSAGEM PARA OS ALUNOS Nos tempos que correm, é frequente e, diríamos, até normal, não dizer bem dos alunos... É por isso que se torna necessário escrever esta mensagem de agradecimento aos alunos que connosco partilharam a Visita de Estudo aos Açores. Queremos que saibam que foi para nós um grande prazer estar convosco nesta visita. Desde o dia 6 de Abril às 3 da manhã, ao dia 11 de Abril às 2 da manhã, estivemos com um conjunto de alunos do 11º ano de Ciências e Tecnologias, os quais foram, para todas as pessoas que encontrámos ao longo da visita, um exemplo de educação e simpatia. Mostraram-se sempre interessados, cumpridores e responsáveis, durante e após as visitas guiadas, tornando-se merecedores da confiança que neles depositámos. Não podemos deixar de vos agradecer pela generosidade que tiveram ao colaborar prontamente na oferta da viagem ao aluno Daniel Dinis que, por um infeliz acaso, teve um acidente uma semana antes da viagem, não podendo realizála e ficando sem o dinheiro que já tinha dado para a mesma. Assim, queremos publicamente manifestar o nosso orgulho e satisfação pelo comportamento irrepreensível e responsável dos nossos alunos, que são exemplos do que de melhor há na nossa escola. Obrigada pelos dias que nos proporcionaram! Obrigada por serem nossos alunos! Professoras Carla Dias, Luísa Fonseca e Paula Castelhano Tanto tempo esperámos, tantas festas organizámos para aquela que seria a melhor semana das nossas vidas! Foi no dia 28 de Março que partimos para a nossa viagem de finalistas, tanta euforia, tanta expectativa! Todavia, esperavam-nos cerca de 20 horas de caminho, mas “quem corre por gosto não cansa” e era esse, obviamente, o nosso caso! Chegados ao destino, instalámo-nos naqueles que eram os melhores apartamentos de Lloret del Mar, mesmo na avenida principal, junto às Colossos e Maria dos Copos, onde nos divertimos horas sem fim, até ao nascer do sol. Na realidade, comportávamo-nos como uns autênticos morcegos, uma vez que o nosso dia começava ao anoitecer e terminava ao amanhecer. No dia 4 de Abril, quebrámos a nossa rotina já ESCOLA VIVA AÇORES MEMÓRIA DE VIAGEM (Continuação da página 1) que, após uma “directa”, partimos, ensonados, em direcção a Salou onde nos esperava o PortAventura. A diversão era total, até mesmo nos corredores dos Blau que se tornavam nuns autênticos campos de batalha quando os rapazes os invadiam para mais uma “guerra de bolinhas”. Enquanto isso, as raparigas corriam de apartamento em apartamento à procura daquele top que faltava ou dos sapatos que não magoassem os pezinhos de cinderela. Quando se aproximou o regresso, a nostalgia invadiu-nos e foi hora de comprar os recuerdos para quem nos esperava em Portugal: chapéus, óculos, tshirts e pistolas de bolinhas foram os mais regateados entre os milhares de finalistas portugueses e os carismáticos marroquinos. Nem mesmo o mau tempo que se fez sentir nos impediu de desfrutar ao máximo aqueles 10 dias que, para sempre, ficarão gravados na memória dos 71 finalistas! Para sempre, Lloret’ 09! Havia depois as noites, que apenas contribuíam para aumentar as olheiras e diminuir a produção diurna, como se isso incomodasse de forma excepcional a juventude ou, pasme-se, a juventude carregada de mais uns anos, que é como quem diz, professores. Fosse a animação de rua ou um ou outro bar, havia sempre onde perder horas de sono. E, enfim, voltámos, contrariados, à azáfama dos check-in’s, à visão, invasão, raio-X das maquinarias do aeroporto, onde ainda perdi uns quantos pertences, e à refeição pouco apetitosa do avião. Uns minutos mais e surgiu Lisboa, absorvendo-nos, como que a dar ares da sua absurda importância, pronta para nos deixar ser devorados pela rotina, que o bem-bom havia acabo… Que é isto, afinal? Memórias, apenas memórias. Os finalistas 09 Ana Luisa Pereira, 11ºB 3 TOQUE DE SAÍDA ANO 4 - Nº 11 9º B e F NO RIO TEJO DE CONSTÂNCIA A TANCOS EM CANOA COESÃO Coesão significa ligação, unidade, estar junto de alguém... Foi o que aconteceu com a turma do 11ºE, nos dias seis e sete de Fevereiro, numa visita de Estudo à Lousã. Foi uma viagem repleta de trilhos e emoções pelas aldeias de xisto, foi uma caminhada até à cidade de Coimbra, foi a descoberta de todos os locais que visitámos em conjunto, com união, partilhando o espaço, a paisagem e todos os momentos daqueles dois dias, todos juntos. No dia 12 de Março, as turmas B e F do 9º ano realizaram uma visita de estudo a Constância e Tancos. Alunos e professores, acompanhados por três monitores, fizeram canoagem, descendo um troço do rio Tejo desde a praia fluvial de Constância até Tancos. Entre chinelos perdidos no rio, algumas canoas viradas, roupa molhada, alguns mergulhos e muita animação, chegámos a Tancos. Almoçámos num belo relvado à beira do rio enquanto íamos secando a roupa molhada, já que esteve um bonito dia de sol. Depois do almoço, fomos visitar a Escola Aerotransportada de Tancos e começámos por assistir a uma palestra sobre as tropas pára-quedistas e o serviço militar em regime de voluntariado. Seguiu-se uma visita guiada ao museu, uma demonstração de cães de guerra e, por fim, assistimos a uma demonstração do funcionamento do pára-quedas automático. Embora exaustos, o regresso foi muito animado, com a convicção de que queremos repetir esta aventura, já que foi uma visita de estudo inesquecível! Cláudia Carvalho, 9ºB Ultrapassámos obstáculos em conjunto e concluimos todos que foi das melhores visitas de estudo que efectuámos enquanto turma. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA Milhares de mulheres, em todo o mundo, sofrem diariamente violência doméstica por parte dos homens. Também existem casos em que a mulher é que maltrata o homem, mas são uma gota de água no oceano de violência doméstica. Por vezes, as vítimas vivem anos e anos a sofrer sem denunciarem o agressor, pois têm medo de sofrer ainda mais, quando ele descobrir. Algumas decidem agir, sendo protegidas para nada de mal lhes acontecer. No namoro dos jovens também existe às vezes vio- lência e as vítimas podem ficar com sequelas para o resto das suas vidas. Se souberes ou se és alguém que sofre deste problema, não hesites, dirige-te a um posto de ajuda a vítimas de violência doméstica ou a um posto da GNR, eles decerto vão ajudar-te! Margarida e Maria, 7ºA ALUNOS DO 9º ANO NO FÓRUM “ESCOLHAS COM FUTURO” Os alunos do 9º ano visitaram no dia 7 de Maio o “Fórum Qualificação-Escolhas com Futuro”, a decorrer na Exposalão da Batalha. Esta mostra era composta essencialmente por opções de percursos profissionais, e visava o esclarecimento dos mais jovens através do contacto com o trabalho desenvolvido por alunos mais velhos dos vários cursos e escolas profissionais de todo o país, presentes no certame. 4 Ora chovia, ora fazia sol, e chegou até a nevar! Mas foi tão gratificante este passeio, com um tempo ao mesmo tempo inconstante e mágico que proporcionou grandes momentos de diversão e aventura. Adquirimos novos conhecimentos, partilhámos ideias, experiências e percebemos o que significa a coesão. Todas as visitas de estudo que se realizam na nossa escola são actividades de grande importância para a formação dos alunos, pois permitem-lhes solidificar o conhecimento pessoal, interagir com os professores e com os colegas em espaços diferentes das salas de aula. Num século em que se comunica, prioritariamente, através das novas tecnologias, cresce a dificuldade de saber comunicar pessoalmente e de saber agir em grupo, com espírito de camaradagem. Por isso, a escola deve ajudar os jovens no seu processo de socialização, desenvolvendo a sua capacidade de adaptação a todas as situações e preparando-os para a vida futura, daí que as visitas de estudo tenham um papel importantíssimo, simultaneamente cívico e lúdico. Assim, é com agrado que damos a conhecer aos nossos professores que a visita de estudo nos ajudou a criar um espírito de turma, que ainda não tinhamos conseguido descobrir, e que gostariamos de repetir este passeio inesquecível! A turma 11ºE ESCOLA VIVA ANO 4 - Nº 11 TOQUE DE SAÍDA VISITA AO FUTUROSCOPE No dia 1 de Abril, um grupo de alunos do 9ºano e quatro professoras de Francês (professoras Fátima Feliciano, Salomé Lopes, Elisabete Martins e Teresa Aivado) viajaram até Poitiers, em França, com o objectivo de visitar o parque de diversões Futuroscope. Chegámos ao hotel no dia 2 de Abril, por volta das 18h30. Depois do jantar, divertimonos no salão de jogos “La Fiesta”, após o que voltámos aos quartos. No dia seguinte, visitámos o Futuroscope pela primeira vez A guia Audre, que nos acompanhou durante o percurso, sugeriu alguns locais a visitar e guiou-nos através de vários pavilhões temáticos, como o “Stars du Futur” et “La vie et le cicle de la mer”. Vimos vários filmes em 3D sobre os planetas, o espaço, os dinossauros e a era pré-histórica, o que contribuiu para uma melhor familiarização com a língua francesa. Depois do jantar, voltámos ao parque para assistirmos ao espectáculo nocturno, um espectáculo inovador e divertido, com hologramas, luz, cor e som. Foi um dia bastante animado e cansativo para os alunos e as professoras. No dia 4 de Abril, voltámos ao parque do Futuroscope, desta vez com mais tempo para a compra de lembranças e para voltarmos aos “Robots”, a diversão mais apreciada pelos alunos. Deixámos Poitiers por volta das 22h e chegámos à Benedita cerca das 14h do dia seguinte. A viagem acabou por se revelar menos cansativa e bem mais divertida do que esperávamos. Foi uma viagem muito apreciada por todos. Agradecemos às professoras responsáveis, aos professores envolvidos e ao director da escola que nos proporcionaram tal experiência. E esperamos que os alunos do próximo ano se divirtam e aproveitem tanto como nós! Os alunos das turmas B e C do 9ºano VI FESTTEATRO Decorreu entre 5 e 9 de Maio a sexta edição do Festteatro. Como já vem sendo tradição, as sessões foram muito concorridas. Alunos, antigos alunos, familiares e muitas outras pessoas que aproveitam para ver um pouco de Teatro. Apesar de se tratar de um festival de teatro escolar, e atendendo às dificuldades que lhe são características (mudança de actores todos os anos lectivos, falta de recursos nas várias escolas, constrangimentos vários quanto às temáticas, horários de ensaio, autores, dimensão dos grupos e idades dos elementos), registámos, provavelmente, a melhor edição de sempre quanto à qualidade das peças e ao desempenho dos grupos. Este ano deu-se um particular relevo às actuações de vários grupos do Externato. Assim, além dos Gambuzinos (com uma difícil e genial peça de Ibsen), estiveram o 12º B e o 10º I. O 12º B representou com muito mérito uma peça constante do programa de Português, “Felizmente há Luar!”; muito bem orientados pela professora Inês Silva, provaram que o esforço e dedicação dão bons ESCOLA VIVA frutos. O 10º I, num registo mais leve e juvenil, demonstrou a todos como a alegria, o companheirismo e o trabalho árduo podem dar as mãos. Apesar de estarem apenas no 10º ano, foram um exemplo para todos. De fora, tivemos a presença da escola da Quinta das Flores, com Gil Vicente. Sendo um clube de Teatro Escolar fizeram uma excelente composição de textos vicentinos, com alegria e uma rigorosa recriação de época. Também Gil Vicente, trouxeram os alunos da Escola Profissional de Teatro de Cascais – impecáveis na dicção e postura em palco, honraram a prestação da sua escola e serão, mais tarde, excelentes actores. O Instituto Superior Técnico representou “O gato”, peça humorística, com a qualidade e capacidade de comunicação a que já nos habituou. Uma palavra, last but not least, para o CEERIA. A disciplina, a concentração, o amor ao teatro e o prazer de fazer bem feito são a sua marca distintiva. Infelizmente uma peça teve de ser cancelada. São os riscos do teatro amador. Pelo facto pedimos desculpa a todos. Nós, que organizámos, tivemos todos os apoios dentro do ECB. Muito obrigada. Externamente, contudo, subsistem algumas dificuldades, como o alojamento dos participantes, dificuldades na deslocação das escolas e, este ano, da meteorologia … o que choveu!!! Pensamos, ainda assim, que o objectivo foi atingido: apresentar bom Teatro e motivar todos para a busca do enriquecimento pessoal que a cultura proporciona. Professora Conceição Raimundo, da organização do Festteatro 5 TOQUE DE SAÍDA ANO 4 - Nº 11 PROJECTO DEL8 OS OBJECTIVOS DO MILÉNIO ALUNOS DO ECB EM CONCURSO DE PROGRAMAÇÃO O projecto «Del8 – Apaga com os objectivos do milénio» é já conhecido por todos. Hoje em dia, são muitas as iniciativas para tentar ajudar os mais necessitados, mas, como esta, que é a nível nacional e que abarca tantos jovens interessados em tentar mudar um pouco o mundo, não há outra conhecida (pelo menos por nós)! Os nossos esforços concentraram-se em angariar fundos para ajudar uma aldeia da Guiné-Bissau: Empada. Para isso, elaborámos mealheiros, participámos em iniciativas como a festa de Natal da nossa escola e tivemos oportunidade de angariar fundos de outras formas, através de pessoas que nos contactaram, nomeadamente o professor Júlio Flores, membro do agrupamento de escolas da Benedita, ao qual agradecemos a cooperação, assim como a todos os que nos ajudaram neste projecto de solidariedade que nos permitiu reu- nir, até agora, cerca de 700 euros. Os fundos recolhidos serão enviados pela associação responsável pelo concurso, a Ad Gentes. A missão de angariação de fundos ainda não terminou, pelo que todas as ajudas são bem-vindas. Solicitamos o apoio de quem estiver disposto a ajudar, lembrando que todos os esforços fazem a diferença! Aos interessados em colaborar, pedimos que nos contactem pelo e-mail: del8ecb@ gmail.com Terminamos com referência à frase que desde o início nos acompanhou neste trabalho realizado no âmbito da Área de Projecto da nossa turma: «Nós não podemos mudar o mundo, mas podemos melhorá-lo um bocadinho!» Carolina Fialho, Daniel Catarino, Daniela Sousa, Diana Tomás, No passado dia 29 de Abril, partimos rumo a Vila Nova de Gaia para participar no concurso de Programação “CPAS 2009”, promovido pelo colégio Internato dos Carvalhos. Quando chegámos, e depois de confirmarmos a nossa presença no concurso, visitámos a “Expo@CIC”, uma mostra de todos os cursos que o colégio oferecia, na qual pudemos ver também um computador em forma de avião e outro em forma de aquário. De seguida fomos conhecer os nossos adversários e o regulamento da prova. As regras eram bastante simples: tínhamos 3 horas para resolver 10 problemas (100 pontos cada). Cada problema era verificado por uma bateria de 5 testes, sendo necessário obter sucesso em todos, caso contrário não obteríamos qualquer pontuação no problema em causa. Durante o concurso, não era permitido consultar qualquer tipo de informação, digital ou em documento escrito. Após o almoço, e decorridas as três horas do concurso, foi tempo de ver os resultados, e o balanço foi bastante positivo, pois, entre 58 equipas, obtivemos o 18º lugar. De um total de dez problemas que nos foram propostos, só conseguimos resolver três com sucesso, o que foi pena, porque não conseguimos acabar dois. Caso o tivéssemos conseguido e um deles estivesse correcto, teríamos alcançado um belíssimo 8º lugar. Apesar de tudo, o balanço foi positivo, atendendo à complexidade dos problemas em relação aos do ano passado e à nossa inexperiência em concursos do género. Juliana Gerardo, 12ºC Dinis Belo, 12ºF e Nelson Pestana, 11ºG PROJECTO IMPARÁVEL 12º B: SUOR, SANGUE E LÁGRIMAS POR UMA DISCIPLINA Pareciam ser só mais três horas por semana em que os relógios trabalhariam a carvão, mas, para uma disciplina que todos tomavam como “garantida” (Área de Projecto), as tarefas tornaram-se das mais 6 exaustivas que os alunos do 12ºB enfrentaram. Desde o início do ano até ao presente momento, uma onda de actividades foi criada, publicitada e exibida ao público mais ou menos participante, mais ou menos voluntário. A saga de palestras está longe de parar, estando já na memória do nosso auditório palestras como “Infâncias Roubadas”, sobre a vida de crianças que tentam sobreviver no campo de batalha diário que são as favelas do Brasil; “Mutações com um lugar no mundo – Ser Diferente é Normal”, ideia eficaz para mostrar como portadores de mutações podem ser inseridos na sociedade sem quaisquer receios ou preconceitos; e ainda “Mães de Palmo e Meio”, em que a gravidez na adolescência foi o tema principal. Contudo, não se apoquente, caro possível espectador, pois as iniciativas desta turma não se limitam a palestras, existem outras actividades, sejam blogs, curtas-metragens, ou powerpoints informativos. Para o último período, o 12ºB tem planeadas mostras ao público da maioria dos trabalhos elaborados, sendo um dos seus projectos mais ousados a organização de um jantar, a realizar no dia 29 de Maio, que irá ser animado por alunos da turma com fins solidários para o Sorriso Amigo, Trata-se, assim, de uma turma épica com grandiosos projectos… Alexandre Coelho, 12ºB Ficam, para todos os que sentem uma estranha sede de saber mais sobre o que foi abordado, os entereços dos blogs criados pela turma: www.areaprojecto-mutacoes.blogspot.com www.litrosas.blogspot.com www.xyzdareproducao.blogspot.com www.gangdovoluntariado.blogspot.com ESCOLA VIVA ANO 4 - Nº 11 TOQUE DE SAÍDA É SEMPRE UMA FESTA! A VII Edição da Feira do Livro, que decorreu de 6 a 10 de Maio, trouxe novamente ao Externato muitos conterrâneos, alunos, professores e encarregados de educação, em mais um momento alto de educação e cultura. Pouco passava das cinco e meia da tarde, quando as portas da Feira do Livro se abriram ao público, com a presença do Dr. Gonçalves Sapinho, Presidente da Câmara Municipal de Alcobaça. Por entre alunos, professores e funcionários, contava-se também com a presença de representantes das embaixadas dos países convidados (Uruguai, Chile e Colômbia) para mais uma edição da Feira. Este ano aumentou o número de editoras presentes (56), o que não se pode desligar do prestígio que esta feira vem granjeando, não só no concelho como na região Oeste. Como já vem sendo habitual, a Feira do Livro foi também momento de lançamento de duas obras pelo Instituto Nossa Senhora da Encarnação – Editores: Cartofilia: Coleccionismo e Memória, de Fernando Maurício, e Lenda da Fonte da Senhora, da professora do Externato, Vanda Marques. Com a presença dos respectivos autores, foram ainda apresentadas as obras A Raposa Amarela, de Maria de Lurdes Silva, e Poemas sem Abrigo e sem Castigo, de Sebastião Lima Rego. Aliás, durante a Feira, foi constante a presença de autores para sessões de autógrafos. Assim, estiveram em contacto com os leitores os autores António Sousa, Inês Silva, Fernando Maurício, Maria de Lurdes Silva, Maria Zulmira Marques e Vanda Marques. Merece uma referência especial a palestra e sessão de autógrafos de Helena Sacadura Cabral e Rita Ferro, na tarde de domingo, que constituiu um dos momentos altos da Feira. Mas nem só de livros viveu a Feira. Várias exposições e animação cultural deram vida a este evento, destacando-se a exposição “Percursos”, da pintora Teresa Coelho, a exposição do Agrupamento de Escolas da Benedita, uma outra intitulada “Olhares”, pela Universidade Sénior da Benedita, e a exposição de trabalhos dos nossos alunos de Artes. Este- ve ainda patente uma mostra de artesanato da Colômbia, Chile e Uruguai. As noites foram preenchidas com uma programação diversificada, este ano com a particularidade de decorrer, integrada nesta semana de Arte e Cultura, mais uma edição do Festteatro que enriqueceu a já diversificada programação cultural, de que se destacam a Semana das Artes do ECB, já referida, e a Ópera La Folle Journée que, na noite de domingo, encheu praticamente o Auditório do CCGS. Mais uma vez, o ECB e o INSE mostraram uma grande capacidade de organização e mobilização, e, mesmo em tempos de crise, a Feira foi vivida, animada e muito participada. Cabe aqui registar o empenho da equipa da Feira do Livro, professores, alunos, funcionários e encarregados de educação. Professor Ricardo Miguel GAMBUZINOS LEVAM IBSEN À CENA ESCOLA VIVA Peer Gynt, obra do conhecido dramaturgo norueguês Ibsen, é a nova peça d’Os Gambuzinos, encenada por José Carlos Saramago e Ana Catarina Almeida. Quando se pensa em Ibsen, imaginarse-ia uma peça morosa, densa e complexa. Todavia, o grupo conseguiu imprimir um ritmo alucinante à representação, transportando o público para dimensões do imaginário e da própria consciência. Os espectadores são convidados a assistir às aventuras deste homem e a acompanhar as suas façanhas. Se, por um lado, Peer Gynt nos aparece como um menino engraçado a quem as maldades podem ser perdoadas, por outro surge-nos como um figura egoísta que vive centrada em si. A relação entre a personagem e o público assenta numa base de amor/ódio. Podemos dizer que todos nós temos um Peer dentro de nós: um lado cativante e outro mais sombrio e mais centrado no nosso eu. A peça apresenta a vida de Peer Gynt, um homem que nasce pobre e, enquanto jovem, é contador de histórias fantásticas. Ainda muito novo, foge do seu país e torna-se um negociante rico que vive um conjunto de aventuras e desventuras até à velhice, quando faz uma retrospectiva de quem foi realmente. Durante 2 horas, podemos transpor-nos para esta história cheia de acontecimentos, alguns estranhos, outros muito divertidos, que nos fazem pensar sobre a natureza do próprio ser humano. A peça conta com 31 actores, na sua maioria jovens, que descobriram recentemente o seu gosto e talento para o teatro e que estiveram claramente à altura da complexidade da peça, um texto de 1876, mas absolutamente actual. Todo o grupo está de parabéns, não esquecendo o pessoal técnico e dos adereços, que estavam magníficos. Viviana Ribeiro, ex-aluna do ECB Patrícia Belo, ex-aluna do ECB 7 TOQUE DE SAÍDA ANO 4 - Nº 11 FÉRIAS? - ACÇÃO! Calvin & Hobbes, por Bill Watterson Agora que as férias se aproximam, a palavra descanso toma dimensões mais concretas. A visão do paraíso, para uma maioria de adolescentes, é passar umas boas semanas sem fazer nada. Chegou o momento de começar a pensar em como ocupar as férias. A forma mais fácil é ficar em casa a ver televisão ou a jogar computador todo o dia. Ou mesmo levantar- se da cama e ir para o sofá… dormir. Há, claro, a opção de aproveitar todos os momentos para ficar com um bronzeado torradinho que lamentavelmente desaparece em pouco tempo. E, quando chega de novo aquela semana em que se retoma a rotina das aulas, fica-se com a sensação de que passaram dois meses sem que nada de novo acontecesse. Ora, para evitar este sentimento de vazio, sugiro-vos que as férias sejam utilizadas para vosso próprio desenvolvimento. Aproveitem para ganhar uns trocos para aquelas coisas que tanto querem e que os pais não cedem; para tal, existem várias oportunidades, a começar pelas actividades do Instituto Português da Juventude, pelo trabalho nos campos de férias espalha- dos por todo o país, ou aproveitando a necessidade de mão de obra sazonal (por exemplo na apanha da fruta). Por vezes, é difícil conseguir uma ocupação remunerada de que se goste especialmente. Se for este o caso, há sempre a possibilidade de tentar um trabalho em regime de voluntariado que, apesar de não ter a contrapartida monetária, permite um ganho em termos pessoais muito interessante, já não falando da hipótese de favorecer o futuro currículo profissional. E voluntariados existem imensos, e em locais muito agradáveis – animação de praias, Jardim Zoológico, ocupação de tempos livres de crianças... Uma outra alternativa é integrar um grupo de campo de férias desportivas ou culturais, não como animador, mas como participante. O importante é ter espírito de iniciativa e procurar nos locais certos, contando com ajuda dos pais, psicólogas da escola, técnicas do Espaço Encontros e outros adultos conhecedores dos meios. A Internet é um recurso fundamental para esta área, devendo no entanto ser a pesquisa supervisionada por uma pessoa conhecedora da área. Para finalizar, deixovos a certeza de que qualquer que seja a opção alternativa a umas férias passadas dentro de casa ou sem actividades relevantes, será recordada com muita alegria e jamais esquecida. E, mais importante: contribuirá para o vosso desenvolvimento e construção da personalidade com base em princípios muito saudáveis e socialmente gratificantes! E agora… levantem-se do sofá e “pés ao caminho”! Margarida Ferreira Psicóloga do ECB Facto histórico, hora de júbilo BENEDITA JÁ É VILA! Há 25 anos atrás, era este o título de um artigo, do nosso saudoso José Luís Machado – Zito – publicado no Jornal “O Alcoa”. dia 16 de Maio de 1984 é já uma data histórica. Regozijemo-nos e felicitemo-nos beneditenses. E oxalá que futuramente saibamos No seu artigo, o autor diz: “O merecer o momento presente, 8 nunca esquecendo o passado que nos foi legado e o presente canto de aldeia, mas não ganhou características de vila, passando que todos procurámos construir. BENEDITA É VILA. REJUBILE- a ser uma terra descaracterizada. Quando no seu artigo de há 25 MOS!”. Os jovens dessa época exultaram, achando que a elevação a vila traria à sua aldeia toda uma série de alterações e mudanças, anos, “Zito” escreve “oxalá que futuramente saibamos merecer o momento presente”, pergunto: soubemos? Penso que não, ou seja, as não só a nível estrutural, mas também a nível de mentalidades que, nessa época, eram demasiado fechadas e ruralistas. Os mais velhos ficaram contentes com a mentalidades não abriram nem mudaram tanto como todos desejávamos, as estruturas quase se mantêm como nessa época. Aproveitamos para fazer um mudança, mas não demasiado eufóricos, talvez pela sua experi- apelo às autoridades competentes, Câmara Municipal e Junta de ência de vida, ou porque conheciam melhor a sua terra. Passaram 25 anos. Os mais jovens desiludiram-se e os mais ve- Freguesia, para estarem atentos a tantos problemas que ainda hoje, passados 25 anos, continuam por resolver. lhos, que pouco se manifestaram na época, acabaram por ter razão. A Benedita perdeu o seu en- Professora Maria José Jorge OLHAR CIRCUNDANTE ANO 4 - Nº 11 TOQUE DE SAÍDA TAIZÉ — UMA TERRA MÁGICA No passado dia 4 de Abril, alunos, ex-alunos, professores do Externato Cooperativo da Benedita e alguns encarregados de educação partiram uma vez mais rumo a Taizé, uma terra mágica em França. Taizé é uma comunidade fundada pelo Irmão Roger, falecido em 2005, cujos membros fazem a promessa de viver em celibato e de não aceitar dinheiro, excepto o que ganham através do seu trabalho. Esta comunidade recebe jovens de todo o mundo, ansiosos por se encontrarem a si próprios e, ao mesmo tempo, por interagir com comunidades de todo o mundo, aprendendo a aceitar a diferença. A nossa viagem foi partilhada com o Externato de Penafirme e com um grupo vindo do Prior Velho, Lisboa. A interacção com os outros foi imediata. Começámos por fazer uma brincadeira a que chamam “O amigo secreto”, que consiste na troca de mensagens com alguém que não sabe quem somos. Esse jogo uniu-nos mais, e ficámos a saber o nome de todos. Foi esta vivência e alegria que fez com que a viagem de autocarro, que durou um dia, fosse rápida e fácil de passar. Para quem vai pela primeira vez a Taizé, a chegada é bastante estranha, e ao princípio parece que vão ser apenas umas férias num país diferente. Mas assim que entrámos na tenda que acolhia as pessoas, imediatamente percebemos que nada iria ser comum. Começámos por ver imensas malas, e só uma coisa nos passava pela cabeça: “Isto não devem ser as malas de todos os que aqui estão, ainda há mais! Como é que vamos todos comer?! Será que vamos ter todos cama?!” Acreditem que sim, todos aqueles jovens, cerca de cinco mil! Fomos organizados em grupos de reflexão, segundo a idade, grupos que integravam jovens de todos os países, Finlândia, Noruega, Alemanha, Suécia, entre outros. O inglês era a língua oficial e, mesmo os que não sabiam falar perfeitamente, entendiam-se por gestos. Por vezes, à tarde, tínhamos trabalho, como varrer ou limpar, ou então mais horas de reflexão. À noite, podíamos divertir-nos com os outros jovens e, por volta das onze e meia, era a hora do silêncio. O nosso dia completavase com as três orações: de manhã, antes de tomar o pequeno-almoço; à tarde, antes do almoço; e à noite, depois de jantar. As orações não consistiam apenas em rezar, na verdade a maior parte são cânticos, e todos sabíamos o que cantar porque existia um livro para cada pessoa, com as músicas numeradas. Tudo em Taizé é admiravelmente organizado. Apesar de o começo da semana ter sido cheio de emoções, por fim acalmámos e co- meçámos a entrar no espírito de Taizé, um espírito caracterizado pelo silêncio, a que os irmãos dão bastante valor. Por isso, em cada oração, temos um tempo de silêncio, cerca de oito minutos em que nos passa tudo pela cabeça e avaliamos o que fizemos e o que queremos fazer. Houve um dia especial em Taizé, a sextafeira, que é o dia em que adoramos a cruz. Tudo o que se tinha vindo a acumular nessa semana, as dúvidas, os desejos e medos, e as saudades que sentimos de casa, nessa noite quebram, é o dia em que todas as tensões explodem num ambiente inexplicável. Aquela cruz, naquela Sexta-Feira Santa, parecia ter algo de especial, algo divino, e muitos de nós não conseguiram deixar de chorar, é algo emocionalmente muito intenso, desejamos ter perdão por tudo, desejamos alcançar tudo, e ao mesmo tempo não sair daquele ambiente tão calmo, sereno e honesto. É algo fora do alcançável, é simplesmente Taizé. E quando chega a altura de regressar, não queremos, não queremos voltar ao mundo, muitas vezes fútil, em que vivemos, e desejamos que todo o mundo possa ser como Taizé, que todos se respeitem profundamente, que todos cumprimentem todos, que todos vivam naquela harmonia, e principalmente, que todos dêem tanto valor ao silêncio como se dá em Taizé. Quando chegámos à Benedita, no dia 13 de Abril, desvendámos por fim quem eram os nossos “amigos secretos”, rimo-nos, partilhámos memórias, e por fim tivemos de nos despedir da última parte de Taizé que ainda continuava connosco, os nossos novos amigos de Penafirme e do Prior Velho. O impacto que se sente assim que se volta a casa é gigantesco, queremos transformar o mundo num “Taizé universalizado”. Mas prometemos a nós próprios nunca esquecer aquele lugar mágico e prometemos lá voltar, porque nunca perderemos as lembranças daquela semana. Para sempre, nos nossos corações, Taizé. Maria Vicente, 10º C FÉ OU CIÊNCIA? Mas afinal, foi Deus que nos criou ou “descendemos dos macacos”?! Bíblia ou ciência?! Esta é uma pergunta que não faz sentido. Em boa verdade, devemos substituir a conjunção “ou” pela conjunção “e”, e em vez do ponto de interrogação devemos colocar um ponto final. Isso mesmo: Bíblia e ciência. Ciência e Bíblia apresentam OLHAR CIRCUNDANTE discursos diferentes, mas não se contradizem, complementam-se: uma diz onde, quando e como (Big-Bang, evolução), outra diz porquê e para quê (Deus quis criar-nos porque nos ama e para sermos felizes). Se pretendermos conhecer qualquer coisa a fundo não podemos analisá-la só de um ponto de vista, temos de a estudar sob diversas perspectivas. Assim é com as origens, mas há que fazer as perguntas certas a cada domínio do conhecimento. Não podemos esperar que a Bíblia dê lições de Físico-Química ou que a Matemática dê aulas de História. Os textos bíblicos da criação não são uma crónica de factos, não foram escritos por um jornalista que tivesse assistido ao começo da humanidade e depois o relatasse. A intenção dos autores sagrados não era escrever como tinha surgido a humanidade (nem eles sabiam), mas apenas comunicar a revelação: Deus chamounos no princípio e chama-nos continuamente a uma vida de amor e harmonia com todas as coisas criadas. Alexandre Marquês, Francisco José, Rafael Veríssimo, 7ºA 9 TOQUE DE SAÍDA ANO 4 - Nº 11 ENTREVISTA À PROFESSORA E ESCRITORA VANDA MARQUES «As crianças precisam de saber um bocadinho de onde vêm para as ajudar a saber para onde ir.» Sim, influenciou. O meu sonho é que as crianças conheçam a nossa História. E como as crianças adoram o imaginário do tempo dos reis e das rainhas, é fácil envolver-me com elas. Vanda Maria Furtado Marques, nascida em 1969, em Alcobaça, e licenciada em História pela Universidade de Coimbra, publicou três livros infantis: “O Amor de Pedro e Inês”, “O Milagre de Isabel e Dinis” e “A Padeira de Aljubarrota”. Actualmente lecciona História no Externato Cooperativo da Benedita, é mãe de três filhos e viaja por várias escolas, contando as histórias dos seus livros aos mais pequenos. O que a incentivou a escrever livros infantis? Desde que me tornei mãe, fiquei mais sensível aos interesses das crianças, e uma forma de acalmar os meus filhos era contarlhes histórias: histórias enquanto eles comiam, para adormecerem, etc. Comecei a criar histórias para eles, e um dia decidi publicar uma das muitas histórias que tinha es- crito. Porque escolheu o público infantil? Tenho uma paixão muito grande por crianças e encanta-me a sua inocência e a sua sinceridade. Mas as crianças são um público muito exigente: quando não gostam, não gostam mesmo. Qual dos livros já publicados lhe deu mais gosto escrever? O primeiro, porque o imaginário de Pedro e Inês está muito presente em mim desde pequena. Quando era pequenina, como morei em Alcobaça, brincava às escondidas no Mosteiro. Se morasse na Benedita, talvez não tivesse essa relação. O facto de ser professora de História influenciou os temas dos seus livros? E porque é que escolheu contar a História de Portugal ao público mais jovem? No fundo, é para os fazer conhecer o nosso passado, as nossas tradições e a importância da nossa herança histórica. Portugal tem coisas que vale a pena mostrar às crianças, e todos devemos ter orgulho no nosso país. As crianças precisam de saber um bocadinho de onde vêm para as ajudar a saber para onde ir. De onde surgiu a ideia destas ilustrações tão fora do vulgar? Com “O Amor de Pedro e Inês” e “O Milagre de Isabel e Dinis”, a ideia de fazer as ilustrações com recortes foi da própria ilustradora. Com “A Padeira de Aljubarrota”, fui eu que lhe propus as ilustrações feitas de massa de açúcar, pois como a padeira amassava o pão, a ilustradora amassava a massa de açúcar. A ilustradora seria como uma padeira-ilustradora. 10 Quando era mais nova, alguma vez sonhou ser escritora? Sim, com cerca de dez ou onze anos tinha uma máquina de escrever e fingia que era escritora. Então, em pequena gostava de escrever; e gostava da disciplina de Português? Sim, não era uma aluna de dezanoves nem vintes. Nunca tive uma escrita muito elaborada nem erudita, mas sempre fui muito criativa. Pensa publicar outro livro em breve? Sim, em Maio pretendo publicar “A Lenda da Fonte da Senhora” e no final do ano “A Herança de Filipa e João” e “A Lenda de Dom Fuas Roupinho”.´´ Eunice Vicente, João Costa, Rafaela Santos, Sofia Castelhano, 10ºC Nota da Redacção: O livro “A Lenda da Fonte da Senhora” foi publicado em Maio, como é referido nesta entrevista realizada em Janeiro. O novo livro da professora Vanda Marques, que teve apresentação É difícil iniciar carreira como escritor, em Portugal? Sim, porque o mundo das editoras é muito elitista e competitivo, e muitas editoras pensam mais no lucro e têm receio em apostar em novos talentos. Mas CARTA A MINHA MÃE Mãe: As mensagens “servem-se” em garrafas e é, talvez, por isso, que hoje te ofereço uma. Belém foi a palavra mágica que me fez começar a escrever-te. Não só pelas razões bíblicas e mais óbvias, mas também por ter caído a catenária de uma das linhas da estação com o mesmo nome. Os autocarros perderam-se em marés de gente e lá dentro, dessa gente, anda um filho que é teu e que vive e respira porque tu sofreste e ainda agora o fazes, por e para ele. É ele que hoje vem saudar o dia em que uma mulher que amei muito e nunca esquecerei, te deu à luz. Em quarenta e três anos ainda não me consegui aperceber, em plenitude, da tua grandeza porque a não ostentas, como nunca ostentaste nada na aventura feliz que tens vivido ao lado de um “samurai” alentejano e apesar de tudo, quem tiver gosto pela escrita deve empenhar-se nele e nunca desistir. restante família. Achámos sempre o teu papel de mulher bonita, boa esposa, Mãe e Avó, demasiado fácil e nunca soubemos valorizar convenientemente os sacrifícios necessários para que este desempenho te assente tão bem. Hoje é um dia de glória para aqueles que são teus companheiros a esta mesa e teus amigos no grande carrossel da vida. É meu desejo que ele te transporte sempre em ascensão, com muita luz e te ofereça prendas e não penas. A nós resta-nos, a partir de hoje, saber fazer por ti, metade que seja, do que todos os dias nos fazes, mesmo em silêncio e como é teu timbre, sem quase ninguém notar. António Sales, Encarregado de Educação no Centro Cultural Gonçalves Sapinho, durante a Feira do Livro do ECB, apresenta aos mais jovens a lenda que está na origem do nome da nossa vila, a Benedita. TECNOLOGIAS E EMPREENDEDORISMO A Feira das Tecnologias e Empreendedorismo, cujo principal objectivo é mostrar um pouco dos trabalhos que os alunos realizaram nestas áreas ao longo do ano lectivo, teve lugar nos dias 20 a 23 de Maio. Foram apresentados os projectos do 12º ano dos alunos dos Cursos Tecnológicos de Administração e de Informática, trabalhos dos alunos de Tecnologias de Informação e Comunicação, e ainda os dos alunos de Curso Profissional de Marketing. A Feira contou ainda com a participação das empresas Aquilónis, Vitorinos e Alla que, além de terem patrocinado o evento, apresentaram uma mostra dos seus produtos e serviços. ARTE E CULTURA ANO 4 - Nº 11 TOQUE DE SAÍDA Entrevista ao Comandante dos Bombeiros Voluntários da Benedita «PARA SER BOMBEIRO É NECESSÁRIO EXISTIR UM GRANDE ESPÍRITO DE SOLIDARIEDADE PARA COM AS OUTRAS PESSOAS, (…) DEVE EXISTIR TAMBÉM AQUILO A QUE CHAMAMOS ESPÍRITO DE CORPO.» Fernando Manuel Martins Fialho, natural da freguesia de Santa Catarina, nasceu a 14 de Julho de 1966. Vive actualmente no Casal da Coita, é casado com Maria Fernanda Roxo e é pai de dois filhos. Frequentou o 9.º ano de escolaridade, ingressando na Corporação dos Bombeiros Voluntários há 26 anos e tendo assumido o cargo de Comandante em 2006. Pode começar por nos apresentar a corporação dos Bombeiros Voluntários da Benedita? Em que ano iniciou as suas actividades e de quantos bombeiros dispõe neste momento? Os Bombeiros Voluntários da Benedita (BVB) são uma das corporações mais recentes do distrito, vocacionada para o socorro de saúde e de bens. Iniciaram a sua actividade em 1998. Antes dessa data, pertenciam a uma secção destacada dos Bombeiros Voluntários de Alcobaça. Actualmente, os BVB dispõem de 79 homens e 20 mulheres, e também de 20 viaturas que diariamente auxiliam a população. Por que razão aceitou esta missão? Foi uma sucessão de acontecimentos em que o antigo Comandante teve de abandonar o cargo para exercer outras funções e, naquele momento, não se perfilava na corporação outra pessoa, e como gosto de desafios, resolvi aceitar. Ser comandante de uma corporação de bombeiros não é uma tarefa nada fácil pois não? Não, pelo contrário, tem de se abdicar muito da vida particular para manter em bom funcionamento o corpo de bombeiros. Para isso tudo é preciso dinheiro. De onde provêm as receitas e apoios para os bombeiros poderem fazer face às despesas? As associações de bombeiros têm vários apoios estatais e um subsídio mensal atribuído pelas câmaras municipais. São também apoiados pelo totoloto e totobola, e têm um subsídio da Protecção Civil. Mas o dinamismo da nossa corporação de bombeiros não seria possível sem o peditório que é feito anualmente, no mês de Novembro, e que culmina no aniversário dos Bombeiros, em Dezembro, ou seja, seria de todo impossível gerir a nossa corporação sem o apoio da população. Quais as maiores dificuldades sentidas pelos BVB? Nesta altura, a maior dificuldade tem a ver com o período laboral. É difícil aos bombeiros, que são voluntários, terem disponibilidade para exercer funções, uma vez que têm de abandonar o local de trabalho quando são solicitados. OLHAR CIRCUNDANTE O aumento dos combustíveis também está a causar dificuldades? Sim, muitas, pois numa corporação como a da Benedita, em que as viaturas andam em média cerca de 1800 km por dia, não é fácil gerir o orçamento, embora essa área não tenha a ver directamente com o Comandante, pois a sua função prende-se mais com a gestão dos meios da associação do corpo de bombeiros. Como se trata de um bombeiro com muita experiência, certamente viveu muitos sucessos. Quer partilhar connosco alguns deles? Enquanto bombeiro, todas as acções que desempenho são efectuadas com grande carinho e dedicação, e é muito gratificante quando vejo o meu trabalho reconhecido. Somos humanos, às vezes também falhamos, felizmente as falhas têm sido poucas e é muito motivante quando, depois de um acidente ou de uma doença súbita, verificamos que foi possível atenuar o sofrimento de alguém, ou, em muitos casos, salvar-lhe a vida. Recordome de um acidente de viação em que tive de fazer o transporte de um recém-nascido em estado muito grave e, poucos dias depois, foime comunicado que graças à rapidez do socorro aquela criança foi salva. Como define a Corporação que dirige? Como é óbvio, as pessoas que estão de fora podem avaliar a Corporação melhor do que eu. Mas digo com orgulho que considero a Corporação dos Bombeiros Voluntários da Benedita, das mais lutadoras e mais bem preparadas do distrito de Leiria. Os BVB estão equipados com todo o material necessário? Sim, para as ocorrências para que somos solicitados dentro da nossa área de interven- ção, dispomos de efectivos e dos melhores e mais modernos materiais existentes no mercado. Os incêndios, os acidentes, os acidentes rodoviários, o transporte de doentes, são algumas das chamadas mais correntes para os bombeiros. Para que actividades são mais solicitados? Os Bombeiros da Benedita respondem em média a 5 ou 6 emergências por dia, sendo a área da saúde a que nos ocupa mais tempo e mais meios. Por exemplo, os incêndios florestais de que tanto se fala representam apenas 5% do número de ocorrências durante o ano. Sente que a população beneditense coopera com os Bombeiros? Sim, creio que existe muito bom relacionamento entre a instituição dos bombeiros e a população que servimos. A população da Benedita contribui no peditório de onde provêm boas receitas que ajudam os bombeiros. E também ofereceu algumas viaturas. Ultimamente tem havido um aumento de mulheres nas corporações de bombeiros. Esse aumento também se regista na sua corporação? É verdade, como em todas as áreas da nossa sociedade, as mulheres começaram a sair do anonimato e a dar o seu contributo. Além disso, são tão profissionais como os homens. Na nossa corporação isso também se verifica. Na sua opinião, os bombeiros têm profissionalização suficiente para desempenharem as suas funções? Não é por sermos voluntários que nos consideramos menos profissionais, uma vez que todos os bombeiros são obrigados a frequentar 275 horas de formação por ano. Quando saímos numa viatura, temos de estar preparados para debelar o que for necessário, mas faz-nos falta uma equipa permanente em horário laboral para mais rapidamente acorrermos às solicitações. Que mensagem gostaria de deixar a colegas nossos que pretendam ingressar nos bombeiros? Para ser bombeiro é necessário um grande espírito de solidariedade que por vezes exige sacrifícios da vida pessoal. Para todos os que queiram ser bombeiros, existe formação em diversas áreas. Para além desta formação, deve existir também aquilo a que chamamos espírito de corpo. Incentivo os que têm este desejo de ajudar os outros a fazer formação e a entrar para os bombeiros, aprendendo assim a ser mais solidários e a perceber a satisfação que dá ajudar os outros. Bianca Pereira e Mariana Fialho, 10º F 11 TOQUE DE SAÍDA ANO 4 - Nº 11 TRAÇOS POÉTICOS BOOKS I Pinto palavras como quem pinta sentimentos. Quero voltar, não posso voltar, vou ficar. Não tenho um lar, não tenho um tempo, tenho só em mim a vontade de existir. Mas não existo. Tenho a impressão de ter uma multidão que me agarra, que me quer. Ignoro as multidões. A ilusão é constante, o sonho é o presente. É quando o êxtase da irrealidade toma conta de mim que eu sinto um fosso abrir-se Por baixo do mundo. Não caio, atiro-me para dentro do infinito escuro. Deixo que venha a chuva e lave, não as palavras, mas os sentimentos. II A vida acontece por entre as minhas mãos como a cidade acontece por entre a noite. O tempo é passado. Tu és o tempo passado. A minha vida é de plástico, é vazia. Tu queres tudo o que é grande, tudo o que é maior. Perdi-me na existência, já não me sei proteger. Sigo a tua voz para dentro de uma vida mais vazia, mas superior. Adapto-me a ti, à tua dimensão, como alguém se adapta a uma rotina que vai ser sua para sempre. Como posso eu ficar aqui sem reparar em ti? O mundo viaja à minha volta, mas eu não oscilo, não vergo. Não volto para casa, perdi-me no caminho. Mas qual caminho? Quem me dera estar agora contigo no tempo passado, na vida parada, nas coisas sem sentido. Pelo menos, estavas cá! Mas isso era no tempo passado, e tu és o tempo passado. Dedico-me presentemente às coisas absolutas, mas mesmo assim, sem sentido. Books are like friends When they are with us all They can be so interesting And make us feel tall Some books are real Some of them are not But they can Catch our attention Dressed with words With or without pictures The truth is that they get our attention With their real or unreal creatures We travel to another place When we open a book Because we find there Characters with a good look Expensive or cheap Bad or nice They are so important They can change our life The magic of a book Can be like a flower Growing slowly It reaches the height of a tower Ana Paula Jorge Cruz , 7ºE Joana S. , 11º E SENTIMENTO INGÉNUO JANELAS EMBACIADAS Sentia-te no mais íntimo de mim Onde sempre estiveste e eu te encontrava Nesses dias, em que a luz te iluminava Contudo, as trevas obstruíram a luz Nunca vi de outra forma, esse teu sentimento Que tanto me inundava Mas nada era o que parecia O teu sentimento não era o mesmo que o meu Tudo passa… tudo muda Nada posso fazer para te esquecer Mas nunca fui o que quis ser Saboreio cada momento Como se ainda fosse meu Nessa amizade que tanto nutres O resto não prevaleceu Resta viver Sabendo que tudo tive E nada tenho. Ricardo Rodrigues, 12º A Rita Diniz, 10º B 12 Cada ser humano é único. Todos temos os nossos próprios pensamentos, alguns mais gerais, outros só nossos. Cada um de nós vê o mundo de forma diferente. A questão é: haverá alguma maneira melhor de ver o mundo? Há alturas em que pensamos que a nossa visão das coisas é correcta, que os outros têm os olhos toldados. Há alturas em que sentimos que conhecemos tudo, não há mistérios (isso tirava a piada à vida, mas pronto). Nessas alturas todos os outros estão errados e nós tentamos abrir-lhes os olhos. Nunca acontece ao contrário?! Seremos nós deuses? Então se cada um de nós é um deus, não acham que há alguns a mais? Em vez de tentar alterar os outros, porque não limpar as janelas com que vemos o mundo? http://reticenciascognitivas.blogspot.com/ RECRIAR O MUNDO ANO 4 - Nº 11 TOQUE DE SAÍDA ENTRE LIVROS SUGESTÃO DE LEITURA Á semelhança dos números anteriores, apresentamos aos nossos leitores as preferências de leitura de uma professora, de um colega e também da funcionária da Portaria da nossa escola. Assim, a nossa professora de Francês, Salomé Lopes, acedeu ao nosso pedido e, amavelmente, respondeu às nossas perguntas. Livro preferido: As Palavras que Nunca te Direi de Nicholas Sparks Um livro de que não gostou: As Valquírias de Paulo Coelho Escritor que mais aprecia: Eça de Queirós Escritor que não aprecia: Paulo Coelho Género literário preferido: Romance Livros que anda a ler: A Filha do Capitão de José Rodrigues dos Santos e Os Maias de Eça de Queirós O nosso colega Alexandre Coelho, do 12º B, gosta muito de escrever e de ler histórias de suspense, não há nenhum autor de que não goste e disse-nos que prefere a literatura portuguesa. Livros preferidos: Cem Anos de Solidão de Gabriel Garcia Marquez e As Intermitências da Morte de José Saramago Um livro de que não gostou: Nenhum Escritores que mais aprecia: José Saramago e Fernando Pessoa Género literário preferido: Romance Livro que anda a ler: Eclipse de Stephanie Meyer O Leitor, de Bernhard Schlink, editado pela Asa, é uma narrativa surpreendente e arrebatadora que nos conta a relação de Hanna Schmitz, uma mulher madura, com o jovem Michael Berg, descrevendo-nos os seus encontros rituali- Maria Guerra, Lea Fonseca e Joana Santos, 11º E ARTE E CULTURA Professora Luísa Rocha As Receitas da Isabel TARTE DE LIMÃO MERENGADA Ingredientes 250 g de bolacha Maria 100 g de margarina 5 ovos (1 + 4) ½ lata de leite condensado Finalmente, a funcionária da Portaria, Valentina Marta Silva, confidenciou-nos que, apesar de não ter muito tempo para dedicar à leitura, gosta de ler antes de dormir. Escritor preferido: Paulo Coelho Escritor que não aprecia: José Saramago Poeta preferido: Não gosta de ler poesia Livro preferido: O Alquimista de Paulo Coelho Livro que anda a ler: O Regresso de Victoria Hislop O livro da sua vida: A Ilha de Victoria Hislop zados: começam por banhar-se, depois Michael lê para Hanna e só depois se relacionam intimamente. Esta relação termina com o desaparecimento súbito de Hanna. Os anos passam e Michael reencontra Hanna na sala de um tribunal, quando está a ser julgada pelo seu envolvimento num processo de acusação a ex-guardas dos campos de concentração nazis. Este romance reflecte sobre o peso e a vergonha do passado nazi, e também sobre a dificuldade de julgar uma geração responsável por vários crimes. Como nos diz Michael Berg, o narrador-protagonista, “As camadas da nossa vida repousam tão perto umas das outras que no presente adivinhamos sempre o passado, que não está posto de parte e acabado, mas presente e vivido.” Preparação: Primeiro separe 6 bolachas e pique as restantes; dentro de um recipiente, junte-lhes a margarina e 1 ovo inteiro, amasse bem e forme massa compacta. Unte levemente com margarina uma forma de tarte e polvilhe-a também ao de leve com farinha; deite-lhe dentro a massa e espalhe-a com as mãos, de modo que a forma fique forrada com uma camada regular e o mais Iisa possível. Separe as claras dos ½ lata de leite condensado de água 1 limão 3 colheres (sopa) de açúcar margarina para untar a forma da tarte outros 4 ovos; misture as 4 gemas com o leite condensado e a água, o sumo e a raspa do limão e as 6 bolachas esmagadas (ou 50 g de miolo de nozes picado). Bata muito bem e deite este batido na forma forrada. Leve a cozer 15 minutos em forno forte para enrijar o creme. Retire depois do forno e reduza o calor para o mínimo. Bata as 4 claras em castelo bem firme e, já no final, adicione-lhes o açúcar aos poucos e batendo sempre, até estarem bem seguras. Com saco e boquilha, ou mesmo com uma colher, espalhe as claras batidas sobre o creme, cobrindo toda a tarte, decorando-a como melhor achar. Leve então a acabar de cozer, em forno fraco, 25 a 30 minutos. Por fim, retire, deixe arrefecer e guarde no frigorífico. Descole depois, desenforme com cuidado e sirva bem fresco. Professora Isabel Neto 13 TOQUE DE SAÍDA ANO 4 - Nº 11 SAUDADE Saudade é uma lembrança triste e suave de pessoas, de coisas distantes ou extintas, que vem sempre acompanhada do desejo de as tornar a ver ou a possuir. É uma coisa que amarga, que destrói cada pedaço, cada momento, cada dia. É algo que faz chorar, que faz desesperar, que nos faz ficar tristes. Mas o passado é passado, acabou, terminou. Temos de viver o presente, certo? Temos de ser corajosos, temos de lutar pela felicidade. Mas e se eu fraquejar? Se eu não aguentar? Cada dia que passa, sinto que existe uma barreira impossível de derrubar. Sinto um vazio dentro de mim. E como tapo esse vazio? O carinho, o afecto, o amor dos meus amigos não chega. Preciso de algo mais. Preciso de alcançar a felicidade que anteriormente sentia. Mas essa felicidade pertence ao passado… E o passado terminou. Mas como posso esquecer o passado, se desejo o que já senti antes? Desejar a felicidade é mau? Acho que ser infeliz é bem pior… Depois de ter sofrido, de me ter magoado, depois de tudo o que passei, depois de todas as lágrimas que derramei, não quero arriscar. Ao arriscar, existe a probabilidade de me magoar ainda mais, de voltar de novo ao fundo do poço, e eu não gosto desse fundo. Não gosto de estar assim, não gosto de me sentir assim. A tristeza ganhou. O sofrimento derrubou-me. E o sangue imaginário escorre da ferida que se apoderou do meu coração. Como me posso livrar disto? Como poderei ser feliz, se existem tantos obstáculos à minha frente? Luto todos os dias. Cada vez luto mais. Sempre que acordo, aparecem novas forças, novos objectivos. Apesar de fracos, fazem-me levantar da cama, fazem-me tentar pôr um sorriso na cara. E por vezes fazem-me sorrir, rir às gargalhadas. Mas quando estou sozinha, e começo a pensar em todos os momentos, em tudo o que já passei, os maus presságios voltam. Voltam e dominam-me, como se fosse um objecto, algo frágil. E os objectos frágeis quebram-se. Quebrar-me-ei eu? Sinto que os problemas que me rodeiam vão formar uma longa e forte corda que aos poucos e poucos se vai enrolando à volta do meu pescoço. E que num certo momento, quando eu quebrar, a corda é puxada. É puxada até não ser possível tortura maior. Até que a angústia seja demasiada e não exista mais nada a não ser o vazio. O vazio permanente, como um pequeno poço. Um poço sem fundo. Um poço escuro. Um poço no qual eu entrei, sem querer, e de onde agora não consigo sair. As paredes são demasiado altas. Não vejo a luz do Sol. Tenho frio. Sinto-me sozinha. Tenho medo. Medo de algo. Medo de tudo. Medo de me perder. Medo de que a felicidade me tenha escapado. Medo de que a felicidade seja inalcançável. E se não sair do poço? Acomodar-me-ei a ele? Tentarei encontrar a felicidade? E, mais importante, existirá a felicidade dentro daquele poço? E se existir, conseguirei eu alcançála? Ou tentarei utilizar a corda dos meus problemas para sair? Poderei eu sair deste poço? E se sair, alcançarei a felicidade? Perguntas, são o que tenho mais dentro da minha cabeça. Respostas para elas? Encontrá-las-ei pelo caminho, pela subida do poço. Porque se não tentar, a felicidade será para sempre uma ilusão. Eunice Vicente, 10º C Segurança na Internet O PAPEL DE EDUCANDOS E EDUCADORES Realizou-se no passado dia 12 de Março uma sessão intitulada “Segurança na Internet”, dinamizada pela equipa do projecto “Internet Segura no ECB”, com a colaboração dos elementos que integram o projecto Crescer para a Vida. Estiveram presentes na sessão cerca de três dezenas de participantes, desde pais e encarregados de educação a outros elementos da comunidade local. A importância da utilização segura, cívica e responsável da Internet por parte das crianças 14 e jovens foi o tema principal no debate. Para que estes estejam seguros na Internet, o envolvimento dos pais deve ser constante. E é fundamental informar os nossos jovens e crianças acerca dos perigos existentes, das medidas de protecção que podem tomar e, acima de tudo, persuadilos a adoptarem comportamentos inteligentes, cívicos e correctos quando usufruem da Internet. No dia 22 de Abril, decorreu no Centro Cultural Gonçalves Sapinho a sessão “Segurança na Internet: O Papel dos Jovens”, dirigida aos alunos do 7º ano. Tito de Morais, actual responsável pelo site http://www.MiudosSegurosNa.Net, foi o orador convidado. No início da sessão, foi colocada aos alunos a seguinte questão: “Quem é que sabe mais de computadores lá em casa?” Os alunos responderem de forma unânime e decidida que são eles e não os pais. A realidade é mesmo essa, as crianças iniciam o contacto com as novas tecnologias muito cedo, com enorme entusiasmo e interesse, e rapidamente começam a dominá-las melhor que os seus pais, mas será que a utilizam de modo seguro? Para mui- tas delas, a protecção cinge-se única e exclusivamente ao nível tecnológico (anti-vírus, firewall, computador actualizado, etc.) e descuram por completo comportamentos de risco, tais como a partilha de dados pessoais e o contacto com desconhecidos. Em suma, os educadores devem assumir um papel fundamental na ajuda aos jovens e crianças para que estes encontrem a melhor forma de percorrer caminhos seguros na Internet. Professor Alexandre Lourenço CIÊNCIA, TECNOLOGIA E AMBIENTE ANO 4 - Nº 11 TOQUE DE SAÍDA SEMANA DAS CIÊNCIAS 2009 De 23 a 27 de Março, decorreu no Externato mais uma Semana das Ciências, durante a qual alunos e professores realizaram ou promoveram actividades variadas no âmbito das diversas áreas científicas, contando com a participação de outros alunos do ECB e das escolas em redor. A organização envolveu os grupos de Biologia e Geologia, Física e Química, e Matemática. Na segunda-feira, dia 23 de Março, decorreram várias palestras: sobre “Resíduos Sólidos”, dinamizada pela Associação PATO, para alunos do 7º ano; sobre geometria fractal, por alunos do 12ºA, para as turmas de Ciências e Tecnologias do 11º ano; “Mães de Palmo e Meio”, dinamizada por alunos do 12º B, pela Instituição ”Ajuda de Mãe” e por duas enfermeiras do Centro de Saúde da Benedita; “Memórias de um crime”, organizada pelo 12ºC. E um peddy paper relativo ao dia da água, pela turma do 7ºI, destinado a alunos do 3º Ciclo. Já na terça-feira, decorreram as palestras sobre “A física do I-pod”, pelo Prof. Dr. José Paixão e organização do 12ºA, para turmas do secundário, e sobre “O fenómeno religioso”, com o Dr. Juan Ambrósio. Na quarta-feira, puderam ser visitados, durante todo o dia, uma exposição de fósseis, apresentações laboratoriais intituladas “Criminoso sob Investigação” e os Laboratórios Abertos de Física e Química, destinados a turmas do 1º, 2º e 3º ciclo. Da parte da tarde, decorreu ainda o torneio inter-turmas de jogos de matemática, destinado a alunos do 3º ciclo, e a palestra “À descoberta da geologia e geofísica do fundo dos oceanos”, pela Dr.ª Catarina Lemos, destinada a turmas da área de ciências e tecnologias do 11º e 12º ano. Na quinta-feira, dia 26, decorreu, para turmas do 8º ano, a actividade designada “Ciclo Urbano da água”, organizada pela professora Inês Madaleno, e ainda um Jogo da Glória, para turmas do 7º e 8º ano; a palestra “Mutações com um Lugar no Mundo”, organizada por alunos do 12º B, para as turmas do 11º A, 12º B e C; “Encontro com Profissionais”, destinado às turmas do 10ºI, 11ºD e 12ºD; uma palestra sobre alimentação saudável, para algumas das turmas do 9º ano; e o “Decide Game”, para o 9º ano e secundário. À noite houve ainda, entre as 21 e as 23 horas, uma observação astronómica no pátio da escola, celebrando o Ano Internacional da Astronomia. Já na manhã de sexta-feira, o último dia desta Semana das Ciências, teve lugar a palestra “Recursos Geológicos em Portugal”, pelos professores doutores Dinis da Gama, António Costa e Silva e José Ma- Elvira Fortunato “MEMÓRIAS” EM PAPEL Fonte: Exame Informática - Abril Elvira Fortunato é licenciada em Engenharia de Materiais, pela Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. Doutorouse na mesma instituição e, no campus da Costa da Caparica, o Cenimat, coordena algumas das investigações mais promissoras em relação à utilização de novos materiais para a área da electrónica. A investigadora, em conjunto com uma equipa, criou o transístor que inclui uma camada em papel, dando início à nova era pós-silício, que permite baixar o custo do material electrónico, usando em suporte papel, desde etiquetas, embalagens de produtos alimentares e farmacêuticos, sistemas de segurança em notas, cartões de identificação. Esta nova tecnologia evita que tenhamos de andar com um CIÊNCIA, TECNOLOGIA E AMBIENTE suporte físico de informação porque permite aceder à informação que pode estar num “computador” presente numa parede, numa mesa, etc., desde que tenha acesso à Internet. A partir dos transístores em papel, o Cenimat já desenvolveu memórias que armazenam a informação nas fibras do papel. Assim, com esta tecnologia, conseguiu-se um suporte de armazenamento e um meio de processamento, deixando o papel de ter apenas funções de suporte de circuitos electrónicos, faltando apenas um modo de alimentação energética para se vir a obter um computador reciclável e descartável. Por enquanto, o que se encontra em causa é a durabilidade desta nova tecnologia. Se há alguns anos o principal suporte de informação deixou de ser o papel e passou a ser o electrónico (digital), parece-me que vamos entrar numa “era” em que o suporte vai ser constituído pelos dois tipos e, posteriormente, devido às suas vantagens, o papel volta a ser o suporte principal, associado às tecnologias informáticas. nuel Marques, do IST, e organização das turmas do 11º A, B e C, para as turmas A, B e C do 10º e do 12º ano. Relembrando que muitos dos convidados que participaram nesta semana eram profissionais de diversas áreas e professores universitários (nomeadamente da Universidade de Coimbra e do Instituto Superior Técnico), as actividades desenvolvidas ao longo desta semana foram muito importantes, pois permitiram aos alunos, tanto os que organizavam como os que assistiam, tomar contacto com profissionais da área das ciências, além de que para muitos foi também forma de verem o mérito do seu trabalho reconhecido. Foi uma semana positiva, que contribuiu de forma diferente para a formação dos alunos envolvidos. Adriana Policarpo, 12º A À DESCOBERTA DA GEOLOGIA E DA GEOFÍSICA Nos dias 25 e 26 de Março, algumas turmas do Curso Científico Humanístico de Ciências e Tecnologias assistiram a uma palestra apresentada pela engenheira geológica Catarina Lemos (ex-aluna do ECB) que, através de um discurso apelativo e bem documentado, trouxe até nós um pouco do mundo que desconhecemos. A palestra tinha como título “À descoberta da geologia e geofísica do fundo dos oceanos” e surgiu no âmbito da Semana das Ciências. Assim, através de experiências vividas na primeira pessoa pela engenheira Catarina, tomámos contacto com os métodos utilizados para estudar os fundos oceânicos. Simultaneamente, a palestra conseguiu despertar a atenção acerca de um sub-tema da Geologia que, quem sabe, poderá ser o futuro para alguns de nós. Filipa Serrazina e Marta Carvalho, 11ºC Professor Samuel Branco 15 TOQUE DE SAÍDA ANO 4 - Nº 11 COMUNICAR CIÊNCIA No âmbito do Projecto DAPHNIA, promovido pelo Visionarium em parceria com o CIIMAR, decorreu no dia 18 de Maio, em santa Maria da Feira, um ENCONTRO destinado a criar um espaço de partilha de experiências e de divulgação de trabalhos desenvolvidos pelas escolas participantes. Neste Encontro, os nossos alunos dinamizaram oficinas experimentais e apresentaram dois projectos que desenvolveram ao longo do ano lectivo na disciplina de Biologia e Geologia e no Observatório da Natureza: ”Diz-me o que tens, sentirei o que és”, pela Laura Gonçalves, a Marina Rodrigues e a Mónica Fialho, do 11ºA, que avaliaram os efeitos dos efluentes das cutelarias ICEL e IVO no ritmo cardíaco das daphnias. E “Ritmo Alucinante”, pela Nídia Ferreira, o Daniel Mateus, o Rafael Santos, e o Tiago Santos, do 10ºA, que estudaram o efeito de bebidas energéticas no batimento cardíaco das daphnias, com o objectivo de alertar a comunidade, principalmente os mais jovens, para os efeitos e perigos das bebidas energéticas. Nos dias 21 a 23 de Maio em Lisboa, estes e três outros projectos de alunos nossos estiveram no Museu de Electricidade, no âmbito de outro concurso, 17º Jovens Cientistas e Investigadores. Laboratórios Abertos UMA ACTIVIDADE COM HISTÓRIA Na quarta-feira, dia 23 de Março de 2009, a turma do 10º B dinamizou no Externato Cooperativo da Benedita os Laboratórios Abertos, uma actividade que, nos últimos anos, vem sendo realizada com bastante sucesso, no âmbito da Semana das Ciências. Foram convidadas algumas turmas do ECB, bem como, alunos da escola do 1º Ciclo e da EB2 Frei António Brandão, os quais puderam observar um vasto leque de experiências, como a da escrita invisível, observação ao M.O.C. de células do epitélio lingual e simulação da erupção de um vulcão. Foi uma actividade enriquecedora que promoveu o gosto pelas ciências. Rita Diniz 10º B Foram eles: “O Amor ao Sabor do Ritmo”, pela Ana Vicente, a Catarina Gomes e a Sofia Castelhano do10ºC, que apuraram o efeito de alguns alimentos e condimentos, tidos como afrodisíacos, no ritmo cardíaco da Daphnia magna; “A Banha da Cobra do Séc. XXI”, pela Ana Antão, a Cristiana Higino e a Juliana Costa, todas do 11ºA, para determinar a quantidade de compostos fenólicos, bem como a actividade antioxidante de várias bebidas; por fim o “InvestiCiência”, pela Cláudia Santos, a Inês Belo e o Paulo Batista, também do 11ºA, projecto centrado no estudo das concepções que os alunos do 3ºCiclo têm sobre Ciência e Tecnologia. Professora Paula Castelhano RECURSOS GEOLÓGICOS EM PORTUGAL No passado dia 27 de Março realizou-se no auditório do CCGS uma palestra, integrada na Semana das Ciências e denominada “Recursos Geológicos em Portugal”. Esta palestra foi organizada pelos alunos do 11º Ano do curso Científico Humanístico de Ciências e Tecnologias que, para alargar horizontes acerca do tema, convidaram três professores catedráticos do Instituto Superior Técnico: José Manuel Marques, investigador na área dos recursos hidrominerais; Carlos Dinis da Gama, director do Centro de Geotecnia; e António Costa e Silva, relacionado com a indústria petrolífera (Partex). A palestra consistiu numa breve apresentação por cada uma das turmas organizadoras, seguida da exposição do professor da área correspondente. Assim, ao 11ºA coube a exploração do tema hidrogeologia, ao 11ºB, recursos minerais, e ao 11ºC, combustíveis fósseis. No final da palestra, era notória a satisfação de todos os intervenientes, bem como da comunidade escolar que participou. Filipa Serrazina e Marta Carvalho, 11ºC 16 CIÊNCIA, TECNOLOGIA E AMBIENTE ANO 4 - Nº 11 TOQUE DE SAÍDA Departamento de Química da UC SÍNTESE DE ESTÁGIO Contexto: 7 alunos da disciplina de Química do 12º Ano chegaram a Coimbra na manhã do dia 7 de Maio de 2009. Objectivos: Contactar com o ambiente universitário e, se não for pedir muito, aprender alguma coisa. Deixando agora a formalidade de lado, visitar a Universidade de Coimbra, mais propriamente o Departamento de Química, foi das melhores coisas que nos podia ter acontecido. Todos nós aprendemos de facto alguma coisa (também seria difícil não o fazer: levámos um banho de matéria que nos molhou os ossos… mas voltando ao assunto). Daqui a uns meses estaremos numa universidade semelhante, senão mesmo a UC, e seria conveniente ter, pelo menos, uma noção de como as coi- sas funcionam por lá, foi isso que fomos fazer. Estivemos enfiados nos laboratórios durante dois dias, corremos de um laboratório para o outro e até aulas teóricas tivemos, pode dizer-se que agora já percebemos alguma coisa disto (embora seja muito pouquinho, basta estar ao pé de um professor universitário para nos sentirmos do tamanho de pulgas, literalmente). Quanto ao relatório que nos pediram para fazer – porque pediram, e nós fizemo-lo – ocupou a nossa manhã (e princípio da tarde. Já estava tudo com fome) do terceiro dia. Mas a nossa viagem não se limitou a tubos de ensaio e soluções às cores: conhecemos a cidade, sentimos o ambiente académico, visitámos museus… em suma, andámos a passear e a divertirmonos. E isso foi importante? Obviamente, por muito que se goste de Química, o descanso é necessário (às vezes). Conclusões: esta actividade experimental permitiu-nos compreender o que se faz na Química (que já me subiu à cabeça). Agora falando a sério, esta viagem foi, sem a menor dúvida, útil. E espectacular. Tiro o meu chapéu e agradeço ao ECB e ao Departamento de Química. Se tivesse chapéu. Como não tenho, fico só pelo agradecimento. Ricardo Rodrigues, 12º A DE OLHOS POSTOS NO CÉU A nossa escola esteve de olhos postos no céu durante a observação astronómica que se realizou no passado dia 26 de Março, no âmbito da Semana das Ciências e da Área de Projecto da turma G do 9º ano. Promover o interesse pela Astronomia, uma das mais desconhecidas ciências, foi o principal objectivo desta iniciativa, realizada em pleno Ano Internacional de Astronomia, em cujas comemorações a nossa escola tem vindo a participar. Apoiados pelo astrónomo José Matos, do Núcleo de Física da Universidade de Aveiro, os participantes puderam ver Saturno mais de perto, o único planeta alcançável pelos dois telescópios montados no pátio interno do ECB, que estava completamente às escuras. Ao longo de duas horas, muitos foram os alunos e professores que não quiseram perder esta viagem guiada entre constelações, apesar do frio que se sentiu naquela noite. Sempre bemdisposto, o astrónomo convidado respondeu a todas as questões que os mais curiosos lhe foram colocando, ao mesmo tempo que contava histórias e explicava factos interessantes sobre os astros. Depois desta noite interessante, todos ficámos com vontade de repetir a experiência e imitar Galileu, que há 400 anos fez as primeiras observações auxiliado por um telescópio. Talvez numa noite um bocadinho mais quente e, quem sabe, de lua cheia. CHAT SOBRE O AMBIENTE No passado dia 20 de Março, alguns alunos da turma A do 10º Ano de Ciências e Tecnologias e as professoras Paula Castelhano, de Biologia, e Laura Boavida, de Inglês, participaram online, juntamente com outras escolas de vários países da União Europeia, num chat sobre o meio ambiente, alterações climáticas, poluição e poupança de energia, entre outros temas de igual interesse. Neste chat esteve presente, como convidado, numa participação especial, o ministro da Educação da República Checa, Ondrej Liska, que ia dando resposta às perguntas colocadas pelos diferentes representantes das escolas. De referir que esta actividade está inserida no projecto internacional “Futurenergia” e o principal objectivo do chat é ajudar as diferentes escolas a criarem ligações entre o ensino e o ambiente, de forma a garantir que as próximas gerações aprenderão a respeitar o ambiente. Professora Patrícia Azinhaga André Nogueira -10ºA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E AMBIENTE 17 TOQUE DE SAÍDA ANO 4 - Nº 11 SCIENCE IN SCHOOL Mais uma vez, professoras do grupo de Biologia e Geologia do Externato Cooperativo da Benedita foram seleccionadas pelo EMBL, organismo de grande reconhecimento na área da Biologia Molecular, para integrar um grupo de 20 professores de vários pontos do mundo. As professoras Carla Dias e Isabel Silva participaram no curso «ELLS Learning Lab: Cell cycle and disease», que decorreu nos dias 18 a 20 de Março, em Hei- delberg, Alemanha. Durante este curso, tivemos conhecimento do projecto Science in school, que pretende promover o ensino da Ciência na Europa, de modo a informar e inspirar os alunos. O Science in school dá relevo a um melhor ensino e à investigação de ponta, com o apoio de cientistas, pedagogos e professores. Os progressos científicos dão-se a uma cadência elevada, mas pode levar muito tempo até que as novas descobertas encontrem o seu lugar nos programas escolares. Assim, divulgamos e disponibilizamos na página da alizaram uma exposição de trabalhos produzidos na disciplina de Ciências Naturais. Esta exposição, subordinada ao tema “Os fósseis e a sua NOTÍCIAS DO XADREZ Entre 29 de Março e 2 de Abril, disputaram-se em Portimão os Campeonatos Nacionais de Jovens. Os nossos cinco melhores Beneditenses brilharam nos vários campeonatos em que participaram. Entre os jogadores do ECB, destacamse Mariana Silva, que pela segunda vez é Campeã Nacional Feminina, no escalão Sub-18, Rui Lopes, no escalão Sub14, que ficou em 20º lugar e Lídia Ferreira, no escalão Sub18, que foi 24ª classificada. No dia 22 de Abril, realizou-se o penúltimo torneio do VIII Circuito da CEOESTE (Desporto Escolar), o VI Torneio de Xadrez Arnaldo Olivença. No dia 25 de Abril, realizou-se a XII edição do Torneio Rotary Clube da Benedita, com o apoio da Academia Xadrez da Benedita e do Externato Cooperativo da Benedita. Na classificação por equipas, a Academia Xadrez Benedita ficou em 2º lugar, com 21 pontos. Em vários escalões, os primeiros classificados eram desta Academia. 18 Professoras Carla Dias e Isabel Silva CIÊNCIAS FORENSES EXPOSIÇÃO DE FÓSSEIS No passado dia 25 de Março, no âmbito da comemoração da Semana das Ciências, os alunos das turmas C, D, E, F, G, e H do sétimo ano re- nossa escola o link para o Science in School. Os alunos poderão ter acesso a vários artigos científicos e o fórum de discussão do site permite aos alunos colocarem questões, apresentarem soluções e discutirem tópicos actuais – comunicando directamente, sem fronteiras nacionais nem temáticas. importância na reconstituição da história da Terra”, contou com a apresentação de cartazes, maquetas e modelos que puderam ser observados por todos os alunos da escola. Esta actividade intentou essencialmente desenvolver nos nossos alunos o interesse e a curiosidade pelo estudo das Ciências da Terra, numa região onde abundam muitos vestígios de fósseis que nos poderão ajudar a compreender um pouco mais sobre o passado no nosso planeta. Professores Francisco Franco e Sérgio Teixeira No dia 9 de Maio, disputou-se, na Brandoa, o Campeonato Regional de Xadrez, com a participação de três jogadores da EAE Oeste, Rui Lopes e Mário Almeida, do ECB, e Francisco Cavadas, da EB2 Benedita. Rui Lopes e Francisco Cavadas foram os campeões nos seus escalões (Infantis A e Iniciados A, respectivamente), enquanto Mário Almeida ficou em 3º lugar no escalão Iniciados B. Professor José Cavadas No dia 23 de Março, pelas 15h, decorreu no auditório do CCGS uma palestra intitulada “Memórias de um Crime”, com a presença do Sargento Oliveira, do Posto da GNR das Caldas da Rainha, e do Dr. Francisco Teixeira, médico legista, os quais partilharam algumas das suas experiências. Para finalizar a palestra, foi apresentado um trailer da curta-metragem “All the Things behind the silence”, realizada por nós. A comunidade escolar mostrou grande entusiasmo, pois os palestrantes foram muito elucidativos e alertaram-nos para comportamentos a evitar e para a necessidade de todos desenvolvermos uma boa conduta cívica. Já durante a quarta-feira, 25 de Março, realizámos uma apresentação laboratorial denominada “Criminoso sob investigação”, em que simulámos a análise de um crime. Nesta apresentação, começámos por mostrar a nossa curta-metragem e em seguida analisámos o crime aí simulado. Apresentámos várias técnicas laboratoriais que só nos foi possível concretizar graças à parceria que a nossa escola tem com o Instituto Superior Técnico de Lisboa. O balanço das actividades por nós realizadas até à data é bastante positivo, e temos recebido críticas por parte dos alunos e professores que confirmaram o sucesso do nosso trabalho de projecto. O intuito deste projecto foi o de suscitar o interesse dos nossos colegas para a criminologia, um tema pouco debatido nas escolas. Ana Coito, Jessica Gomes, Julien Pereira, Lúcia Maçãs, Rafaela Vieira,12ºC Rui Lopes Mário Almeida Francisco Cavadas CIÊNCIA, TECNOLOGIA E AMBIENTE ANO 4 - Nº 11 TOQUE DE SAÍDA 2ª Gala de talentos ECB “E OS FINALISTAS SÃO…” Foi com esta frase que, no passado dia 22 de Abril, foram anunciados os nomes dos alunos, finalistas para a 2ª Gala “Talentos ECB”, que se irá realizar no próximo dia 6 de Junho (sábado), pelas 21h30m, no CCGS. Este ano, o espectáculo conta com algumas surpresas, nomeadamente a abertura da Gala, que vai ser da responsabilidade dos alunos que compareceram aos castings, mas que não foram seleccionados. No entanto, não quisemos excluí-los e considerámos que também eles são Talentos. Como forma de agradecimento pela sua participação, e porque contribuíram de uma forma muito significativa para o enriquecimento deste projecto, convidámo-los, o que corajosamente aceitaram, e protagonizarão um momento em palco. O aluno Paulo Batista, do 11º A (Finalista da 1ª Gala), e a aluna Carla Serralheiro, do 12º D, honrar-nos-ão sendo nossos anfitriões nessa noite, que esperamos mágica, e prometem momentos de humor e boa disposição. O sistema de votação vai ser similar ao da 1ª Gala, a relembrar um antigo costume de um povo ancestral, que elegia ideias e pessoas através do uso de pequenas pedras, minuciosamente colocadas num receptáculo. Será o público presente que decidirá quem sairá vencedor nessa noite, mas essa é a evidência menos importante! Supomos que os bilhetes, que serão gratuitos, rapidamente esgotarão, pelo que aconselhamos os interessados a estar atentos às reservas dos mesmos. O espectáculo está a ser meticulosamente preparado, mas a parte delicada e ingrata foi mesmo encontrar os 10 Finalistas, dado que todas as nossas expectativas foram claramente superadas. É muito gratificante constatar que existem alunos com inúmeras capacidades e Talentos. Para nós, comissão organizadora, tem sido, e é aliás ainda, um enorme privi- légio trabalhar com eles e ajudálos neste momento importante das suas vidas. Os Finalistas estão nomeados em diversas categorias, mas a mensagem principal, para eles e para os leitores, é a seguinte: a concretização dos sonhos passa pela força das nossas ideias e pela coragem com que as mostra- mos aos outros. Agradecemos a todos os que connosco têm colaborado! Professora Estela Santana O Limão LIMPA E REGENERA O SANGUE Introduzido na Europa pelos Árabes, no século XII, começou por ser cultivado no sudoeste da Península Ibérica. Ainda hoje a região de Múrcia (Espanha) produz os mais aromáticos e sumarentos limões dos países mediterrâneos. dade semelhante ou ligeiramente inferior à da laranja. Praticamente não tem proteínas nem gorduras e a sua percentagem de hidratos de carbono ronda os 8,23%. No entanto, sob o ponto de vista dietoterapêutico, as características mais importantes são as substâncias não nutritivas, os denominados elementos fitoquímicos. A descoberta destes elementos nos alimentos, e os seus notáveis efeitos preventivos em diversas doenças, nomeadamente o cancro, constitui um dos maiores avanços nas ciências da nutrição. Das várias aplicações terapêuticas que pode ter o limão, destaco duas que me parecem importantes e que abrangem um grande número de pessoas nos dias de hoje: maior elasticidade às artérias, evitando assim a tendência para o sangue coagular e formar trombos. O uso do limão é fortemente recomendado em situações como a arteriosclerose, tendência para a trombose, edemas (retenção de líquidos nos tecidos) e sempre que se deseje tornar o sangue mais fluido e melhorar a função circulatória. - Anticancerígeno: O d-limoneno, um terpeno aromático que se encontra especialmente na casca, tem a capacidade de neutralizar algumas substâncias cancerígenas. O consumo de limão com as refeições pode contribuir para neutralizar muitas das substâncias cancerígenas que vêm com os alimentos, ajudando assim a prevenir o cancro. de de água antes do pequenoalmoço, e em cada dia que passa acrescenta-se mais um limão até um total de 6. A partir daí faz-se o processo inverso até chegar a 1 limão. Precauções: Úlcera gastroduodenal, prisão de ventre e anemia. Devem também abster-se de fazer esta cura as crianças e idosos que sofram de descalcificação, insuficiência renal ou anemia. Curiosidade Um limão médio que pese cerca de 150 g satisfaz as necessidades diárias de vitamina C para um adulto não fumador. Os fumadores precisam de 50% a mais desta vitamina. Professor Miguel Fonseca Adaptado da Enciclopédia de Propriedades e Indicações Na composição do limão destaca-se a vitamina C em quantiMENTE SÃ EM CORPO SÃO -Afecções circulatórias: A hesperidina e os outros flavonóides do limão reforçam as paredes dos vasos capilares e conferem Cura dos Limões Pode fazer-se durante 12 dias. No primeiro dia toma-se o sumo de um limão com igual quantida- Educação para a Saúde 19 TOQUE DE SAÍDA ANO 4 - Nº 11 Análise de um quadro O que diz o Tarot O QUE NOS “DIZ” A OBRA DE ARTE? Da autoria de Paula Rego, este quadro tem como título “Convulsão”. Trata-se de uma obra de estilo figurativo contemporâneo, de realismo simbólico do género figurativo. Usa o contraste entre cores luminosas (nas figuras principais) e cores escuras (nas figuras secundárias e fundos). A técnica utilizada, pastel sobre papel, explora os traços faciais e anatómicos das figuras, acentuando VÊM AÍ AS FÉRIAS as suas emoções. O mesmo se observa através da escolha da luz e das cores. Representa uma cena interior com quatro figuras femininas. Podemos observar em primeiro plano, centrada e mais iluminada, uma mulher deitada no chão; em segundo plano, e também ao centro, outra mulher mais nova, contorcida num cadeirão; em terceiro plano, à esquerda e diluída no fundo, aparece uma terceira mulher observando a cena; à direita, reflectida num espelho, está uma menina segurando um boneco. As diferentes idades das figuras sugeremnos que a pintora procurou representar as relações entre várias gerações, talvez um drama familiar entre mãe e filha. Ao agarrar a perna da cadeira e ao direccionar o olhar, a mãe parece suplicar, enquanto a filha tenta afastar-se, repudiando-a. O espelho que observamos do lado direito poderá representar a infância da filha, pois a figura da mãe não está ali reflectida, mas também pode representar o modo como a mãe vê ou se revê na filha. Este quadro faz-nos reflectir nos dramas da nossa existência e na complexidade das relações parentais. E na vida, de um modo geral! Rita Henriques, 10º I A ESCOLA É FIXE 14 de Abril de 2009 – XI, A Justiça 6 de Junho de 2009 –V, O Papa 19 de Junho de 2009 –I X, O Eremita Este período acompanha uma Primavera com sol forte, chuva e ventos a trazer rebentos e frutos. A festa das flores, das cores e dos aromas anunciando a abundância das novas colheitas. Começou sob o signo da Justiça, assinalando a necessidade de reflexão para esclarecer as causas dos problemas e eliminálas. Pode também assinalar a necessidade de resolver conflitos, se esse trabalho não for realizado. Os que terminam as actividades lectivas no dia 6/6, acabam o ano num dia muito apropriadamente regido pelo Papa, uma carta ligada ao ensino e à aprendizagem, já que estes alunos iniciam aqui o período de preparação individual para exames. Os que não têm exames terminam o ano num dia regido pelo Eremita (que rege também o primeiro dia de férias dos professores), o que marca um período votado ao isolamento e à reflexão individual acerca do percurso cumprido e acerca do que ainda falta fazer. Assinala também o fim de um ciclo virado para realizações exteriores, e o início de um tempo de volta ao interior e a urgência de perscrutar o íntimo, explorar os mundos interiores e, descoberto o eixo essencial, então, traçar a rota que há que seguir nos próximos tempos. E em Setembro, novo ano lectivo se iniciará, desta vez sob o signo da regeneração e da transformação: XIII - A Morte. Desfrutai, pois, o descanso dos labores quotidianos que o Verão sempre traz. Professora Ana Luísa Quitério ENIGMAS Enigma 1 O Manuel foi à feira para comprar animais para a sua quinta. Levava 100€ e queria trazer 100 animais. Foi ver os preços: - Galinhas, 0,10€ cada. - Cabras, 1,00€ cada. - Vacas, 5,00€ cada. Quantos animais de cada levou o Manuel? Enigma 2 Descobre o apelido e a profissão das três amigas Bárbara, Raquel e Cláudia. A Bárbara não é de apelido Santos. A que tem o apelido Neves é cabeleireira. A Cláudia é engenheira. A de apelido Lopes não é secretária. Enigma 3 O João tem um peixe a menos que a Maria. Ela tem um a menos que a irmã, que tem o dobro de João. Quantos peixes tem cada um? Enigma 4 Uma corda com 10 metros está pendurada de um barco e a sua ponta inferior está apenas a 10 cm da superfície da água. Sabendo que a maré sobe 2 cm por minuto, quanto tempo leva até que a corda toque a superfície da água?
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