AÇORES - MEMÓRIA DE VIAGEM

Transcrição

AÇORES - MEMÓRIA DE VIAGEM
DESTAQUES
DE CONSTÂNCIA A
TANCOS EM CANOA
9ºB e F no rio Tejo
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VI FESTTEATRO
Entre 5 e 9 de Maio
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externatobenedita.net
AÇORES - MEMÓRIA DE VIAGEM
É SEMPRE UMA
FESTA!
VII Feira do Livro ECB
Não que a tarefa proposta seja a de recordar
um passado muito longínquo, mas já que é para
falar de uma viagem que já só no passado mora,
vamos, por isso, recordar.
Ora, estávamos em Abril. As horas corriam vagarosamente desde que o mês iniciara. A passo
lento lá chegou a madrugada do sexto dia. Posta a
bagagem em segurança, marchámos com destino
a Lisboa. Entre trinta e muitos alunos e mais oito
professores, achava-se reunida a comitiva pronta a embarcar num qualquer “Air Bus” trezentos e
não-sei-quantos, perdoem-me as falhas no que a
pormenores diz respeito, afinal estou somente a
recordar.
E foi ver a capital, poluída até ao âmago, reduzir-se em instantes à sua condição de pequena
urbe arremessada contra o Atlântico, enquanto os
ouvidos dos passageiros estalavam em desespero
e a barriga zumbia com a pressão. Para alguns
que, como eu, levantavam voo pela primeira vez,
não eram só os ouvidos e a barriga que se manifestavam em desalinho: fervia o corpo todo, de
agitação e júbilo.
A meio da travessia, as horas caminham em
sentido contrário, como que presenteando-nos
com mais uma hora de férias, o que não passa de
ilusão, que daí a cinco dias ficaria a conta saldada.
Deviam ser umas sete e meia quando aterrámos em Ponta Delgada. Incrivelmente, havia o
sol, facto impressionante, já que lá de cima só se
avistavam nuvens, um vasto mar de espuma branca, que é como quem diz, de água condensada.
Crítico, pareceu-me na altura.
Visitou-se o hotel e almoçaram-se croquetes;
a manhã, que se arrastava desde as duas, ficou
assim completa. À tarde perdemo-nos na Universidade dos Açores, entre departamentos de geologia e biologia, máquinas, técnicas, engenho e
engenheiros, professores doutores; ao longo da
tarde, fomos tomando nota dos mais diversos estudos e, nos laboratórios, iniciámos um processo de aprendizagem que culminou com as aulas
de campo dos restantes dias. Progressivamente,
apercebemo-nos das potencialidades da fauna e
flora açoreanas, da importância da manutenção
do equilíbrio, de alguns aspectos singulares da
ilha e de como até a natureza morta é tão significativa, por exemplo a nível de estudos geodinâmicos, como em programas de ordenamento do
território, entre outras aplicações.
Os restantes dias foram passados em visitas
de campo, autênticas aulas de geologia e biologia. Podemos afirmar com toda a certeza que, de
facto, aprendemos. Sempre acompanhados por
um guia, percorríamos a ilha de São Miguel de
uma ponta a outra, enquanto conhecíamos insólitos pormenores históricos e culturais, fábricas de
chá, grutas, penedos, vulcões, lagoas, estufas de
ananás, centrais geotérmicas.
(Continua na página 3)
Página 7
GAMBUZINOS LEVAM
IBSEN À CENA
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FÉRIAS? - ACÇÃO
Pela psicóloga do ECB
Página 8
ENTREVISTA AO
COMANDANTE DOS
BOMBEIROS
Página 11
SEMANA DAS CIÊNCIA
2009
23 a 27 de Março no ECB
Página 15
E OS FINALISTAS SÃO
2ª Gala dos Talentos ECB
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TOQUE DE SAÍDA
Trianual - Maio de 2009
Ano 4 - Número 11 - 1,00 €
Director
Alfredo Lopes
Chefe de Redacção
Soledade Santos
Externato Cooperativo da Benedita
Rua do Externato Cooperativo
Apartado 197 2476-901 Benedita
[email protected]
TOQUE DE SAÍDA
ANO 4 - Nº 11
EDITORIAL
O ano lectivo está a chegar ao fim. Para
muitos alunos as aulas estão quase a acabar e as tão esperadas férias estão quase
aí. A outros, aguarda-os ainda muito trabalho
de preparação para os exames que se avizinham. Se para alguns este ano corresponde
ao fim de um ciclo das suas vidas académicas, para outros, o Externato continua a ser
a escola a que vão regressar no próximo ano
lectivo. E, muitos outros ainda, aqui vão dar
início a um novo percurso.
A oferta educativa para 2009/2010 mantém-se igual à do presente ano lectivo. No
entanto, para além das disciplinas de língua estrangeira (Francês, Inglês e Alemão)
que fazem parte do currículo da maior parte
dos estudantes, o ECB perspectiva a possibilidade de implementar, pela primeira vez,
a disciplina de Espanhol. É importante não
esquecer os prazos de matrículas, já que assim os estudantes podem contar com o apoio
personalizado dos directores de turma e das
coordenadoras de ano. Nessa altura será entregue a todos uma súmula com os aspectos
mais importantes do Regulamento Interno,
súmula que deve ser lida atentamente por
alunos, pais e encarregados de educação.
Se necessário, poderão também solicitar esclarecimentos aos directores de turma. Porém, esta informação não dispensa um conhecimento mais aprofundado da totalidade
do Regulamento Interno, que está disponível
para consulta na biblioteca e na página web
da escola.
No acto da matrícula, muitos encarregados de educação optam por requisitar os
manuais escolares. Assim, é importante não
esquecer esse facto, pois todos aqueles que
o fizerem devem proceder à sua aquisição,
no início do ano escolar. Quanto às bolsas
de estudo, e tal como acontece nos outros
estabelecimentos de ensino, são atribuídas
de acordo com a legislação em vigor.
A época de exames que se aproxima exige a todos os estudantes muito trabalho e
empenho. Deles depende o seu percurso escolar e a possibilidade de concretizarem os
seus sonhos. Essa meta só pode ser atingida
com esforço e determinação. Sabendo que
os estudantes estão conscientes desse facto
e que são responsáveis, empenhados e trabalhadores, a Direcção do ECB, deseja-lhes
boa sorte e muito sucesso.
A Direcção Pedagógica
Inês Silva, professora de Português
da nossa escola, defendeu, no dia 19 de
Maio, na Faculdade de Ciências Sociais e
Humanas da Universidade Nova de Lisboa,
a sua tese de doutoramento, intitulada Estratégias para Escrever Histórias – Análise
de Textos de Alunos do Ensino Secundário, tendo obtido a classificação de «Muito
Bom, com Louvor e Distinção por Maioria».
Regozijamo-nos com esta vitória académica e profissional da Professora Inês Silva,
a quem endereçamos as mais calorosas
felicitações.
2
TOP 10
1º- Crepúsculo
Stephenie Meyer
2º - Lua Nova
Stephenie Meyer
3º - O Velho e o Mar
Ernest Hemingway
4º - O Velho Que Lia Romances de Amor
Luís Sepúlveda
5º - Qualquer Coisa de Bom
Sveva Casati Modignani
6º - Naquele Tempo
Nora Roberts
7º - Uma Escolha Por Amor
Nicholas Sparks
8º Lição de Tango
Sveva Casati Modignani
9º - Diário de Sofia
Luísa Ducla Soares
SUMÁRIO
Escola viva
Açores - Memória de viagem
1
Barcelona
3
Açores - Mensagem para os alunos
3
Lloret 2009
3
De Constância a Tancos em canoa
4
Coesão
4
Alunos do 9º na Exposalão
4
Visita ao Futuroscope
5
VI Festteatro
6
Projecto DEL 8
6
Alunos em concurso de Programação
6
Projecto Imparável: 12º B
6
É sempre uma festa
7
Gambuzinos levam Ibsen à cena
7
Tecnologias e empreendorismo
10
Olhar Circundante
Violência doméstica
4
Férias? Acção
8
Benedita já é vila
8
Taizé - Uma terra mágica
9
Fé ou ciência
9
Entrevista ao comandante dos BVB
11
10º - Anjos e Demónios
Dan Brown
Os livros mais requisitados na Biblioteca
do ECB nos meses de Janeiro a Março de
2009.
Director do Jornal: Alfredo Lopes
Redacção:
Deolinda Castelhano
Luísa Couto
Soledade Santos (Chefe de redacção)
Teresa Agostinho
Marketing e vendas:
Maria José Jorge
Composição gráfica:
Nuno Rosa
Paulo Valentim
Samuel Branco
Equipa de Reportagem:
Acácio Castelhano
Ana Duarte
Ana Luísa Quitério
Clara Peralta
Estela Santana
Fátima Feliciano
Graça Silva
José Cavadas
Maria de Lurdes Goulão
Ricardo Miguel
Sérgio Teixeira
Valter Boita
Impressão: Relgráfica, Lda
Tiragem: 500 exemplares
Preço avulso: 1,00 €
Arte e Cultura
Entrevista à professora Vanda Marques
10
Entre livros
13
Sugestão de leitura
13
O que nos diz a obra de arte
20
Ciência, Tecnologia e Ambiente
Segurança na Internet
14
Semana das Ciências 2009
15
Memórias em papel
15
À descoberta da Geologia e Geofísica
15
Comunicar ciência
16
Laboratórios abertos
16
Recursos geológicos em Portugal
16
Departamento de Química da UC
17
De olhos postos no céu
17
Chat sobre o ambiente
17
Science en school
18
Exposição de fosséis
18
Ciências Forenses
18
O Lugar da Memória
8
Recriar o Mundo
Carta à minha mãe
10
Poemas
12
Janelas embaciadas
12
Saudade
14
Mente Sã em Corpo São
Os finalistas são...
19
O limão
19
Notícias do xadrez
18
Passatempos
20
ESCOLA VIVA
ANO 4 - Nº 11
TOQUE DE SAÍDA
BARCELONA
Entre os dias 18 e 23 de Fevereiro de
2009, as três turmas do Curso CientíficoHumanístico de Artes Visuais do Externato
Cooperativo da Benedita realizaram uma
visita de estudo à cidade de Barcelona, visita promovida pelas professoras de Desenho das turmas envolvidas.
AÇORES
Como é do conhecimento geral, Barcelona é uma cidade muito rica a nível artístico
e arquitectónico, com muitos e interessantes museus e monumentos. Pretendia-se
que, visitando a cidade, os alunos tivessem
contacto com diversos artistas e correntes
artísticas aí presentes.
No dia 18 de Fevereiro, partimos da
Benedita. Na manhã seguinte, visitámos
a Sagrada Família e o Parc Güell, ambos
da autoria do arquitecto Antoni Gaudì. Nos
dias seguintes, visitámos a Casa Milá (alcunhada de La Pedrera), cujas fachadas
todos conhecíamos das fotografias. Vimos
ainda o Museu de História da Cidade, o
Museu de Picasso, a Fundação Joan Miró
e o Poble Espanyol, que é um conjunto
de 116 casas ilustrando os diferentes estilos arquitectónicos de toda a Espanha.
Foi-nos também dada a oportunidade de
passearmos livremente pela avenida Las
Ramblas e pelas ruas vizinhas, a fim de
conhecermos um pouco melhor a cidade e
de fazermos algumas compras – algo que
adorámos! No último dia, antes de deixarmos esta maravilhosa cidade, almoçámos
no Hard Rock Cafe, para uma despedida
à altura.
A visita de estudo foi algo que nos permitiu conhecer a importantíssima cidade
de Barcelona. Sempre orientados pelas
professoras, fomos percebendo o que es-
LLORET 2009
MENSAGEM PARA OS ALUNOS
Nos tempos que correm, é frequente e, diríamos, até normal, não dizer bem dos alunos... É
por isso que se torna necessário escrever esta
mensagem de agradecimento aos alunos que
connosco partilharam a Visita de Estudo aos
Açores. Queremos que saibam que foi para nós
um grande prazer estar convosco nesta visita.
Desde o dia 6 de Abril às 3 da manhã, ao
dia 11 de Abril às 2 da manhã, estivemos com
um conjunto de alunos do 11º ano de Ciências e
Tecnologias, os quais foram, para todas as pessoas que encontrámos ao longo da visita, um
exemplo de educação e simpatia. Mostraram-se
sempre interessados, cumpridores e responsáveis, durante e após as visitas guiadas, tornando-se merecedores da confiança que neles depositámos.
Não podemos deixar de vos agradecer pela
generosidade que tiveram ao colaborar prontamente na oferta da viagem ao aluno Daniel Dinis
que, por um infeliz acaso, teve um acidente uma
semana antes da viagem, não podendo realizála e ficando sem o dinheiro que já tinha dado
para a mesma.
Assim, queremos publicamente manifestar o
nosso orgulho e satisfação pelo comportamento
irrepreensível e responsável dos nossos alunos,
que são exemplos do que de melhor há na nossa
escola.
Obrigada pelos dias que nos proporcionaram!
Obrigada por serem nossos alunos!
Professoras Carla Dias, Luísa Fonseca e
Paula Castelhano
Tanto tempo esperámos,
tantas festas organizámos
para aquela que seria a
melhor semana das nossas
vidas!
Foi no dia 28 de Março
que partimos para a nossa
viagem de finalistas, tanta
euforia, tanta expectativa!
Todavia,
esperavam-nos
cerca de 20 horas de caminho, mas “quem corre
por gosto não cansa” e era
esse, obviamente, o nosso
caso!
Chegados ao destino,
instalámo-nos
naqueles
que eram os melhores apartamentos de Lloret del Mar,
mesmo na avenida principal, junto às Colossos e
Maria dos Copos, onde nos
divertimos horas sem fim,
até ao nascer do sol. Na realidade, comportávamo-nos
como uns autênticos morcegos, uma vez que o nosso
dia começava ao anoitecer
e terminava ao amanhecer.
No dia 4 de Abril, quebrámos a nossa rotina já
ESCOLA VIVA
AÇORES
MEMÓRIA DE VIAGEM
(Continuação da página 1)
que, após uma “directa”,
partimos, ensonados, em
direcção a Salou onde nos
esperava o PortAventura. A
diversão era total, até mesmo nos corredores dos Blau
que se tornavam nuns autênticos campos de batalha
quando os rapazes os invadiam para mais uma “guerra de bolinhas”. Enquanto
isso, as raparigas corriam
de apartamento em apartamento à procura daquele
top que faltava ou dos sapatos que não magoassem
os pezinhos de cinderela.
Quando se aproximou
o regresso, a nostalgia
invadiu-nos e foi hora de
comprar os recuerdos para
quem nos esperava em Portugal: chapéus, óculos, tshirts e pistolas de bolinhas
foram os mais regateados
entre os milhares de finalistas portugueses e os carismáticos marroquinos.
Nem mesmo o mau tempo que se fez sentir nos impediu de desfrutar ao máximo aqueles 10 dias que,
para sempre, ficarão gravados na memória dos 71
finalistas!
Para sempre, Lloret’ 09!
Havia depois as noites, que apenas contribuíam para aumentar as olheiras e diminuir a
produção diurna, como se isso incomodasse de
forma excepcional a juventude ou, pasme-se, a
juventude carregada de mais uns anos, que é
como quem diz, professores. Fosse a animação
de rua ou um ou outro bar, havia sempre onde
perder horas de sono.
E, enfim, voltámos, contrariados, à azáfama
dos check-in’s, à visão, invasão, raio-X das maquinarias do aeroporto, onde ainda perdi uns
quantos pertences, e à refeição pouco apetitosa do avião. Uns minutos mais e surgiu Lisboa, absorvendo-nos, como que a dar ares da
sua absurda importância, pronta para nos deixar
ser devorados pela rotina, que o bem-bom havia
acabo…
Que é isto, afinal? Memórias, apenas memórias.
Os finalistas 09
Ana Luisa Pereira, 11ºB
3
TOQUE DE SAÍDA
ANO 4 - Nº 11
9º B e F NO RIO TEJO
DE CONSTÂNCIA A TANCOS EM CANOA
COESÃO
Coesão significa ligação, unidade, estar
junto de alguém... Foi o que aconteceu com a
turma do 11ºE, nos dias seis e sete de Fevereiro, numa visita de Estudo à Lousã.
Foi uma viagem repleta de trilhos e emoções pelas aldeias de xisto, foi uma caminhada até à cidade de Coimbra, foi a descoberta
de todos os locais que visitámos em conjunto,
com união, partilhando o espaço, a paisagem
e todos os momentos daqueles dois dias, todos juntos.
No dia 12 de Março, as turmas B e F do
9º ano realizaram uma visita de estudo a
Constância e Tancos. Alunos e professores,
acompanhados por três monitores, fizeram
canoagem, descendo um troço do rio Tejo
desde a praia fluvial de Constância até Tancos.
Entre chinelos perdidos no rio, algumas
canoas viradas, roupa molhada, alguns mergulhos e muita animação, chegámos a Tancos. Almoçámos num belo relvado à beira do
rio enquanto íamos secando a roupa molhada, já que esteve um bonito dia de sol.
Depois do almoço, fomos visitar a Escola
Aerotransportada de Tancos e começámos
por assistir a uma palestra sobre as tropas
pára-quedistas e o serviço militar em regime
de voluntariado. Seguiu-se uma visita guiada ao museu, uma demonstração de cães de
guerra e, por fim, assistimos a uma demonstração do funcionamento do pára-quedas
automático.
Embora exaustos, o regresso foi muito
animado, com a convicção de que queremos
repetir esta aventura, já que foi uma visita
de estudo inesquecível!
Cláudia Carvalho, 9ºB
Ultrapassámos obstáculos em conjunto e
concluimos todos que foi das melhores visitas
de estudo que efectuámos enquanto turma.
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
Milhares de mulheres, em
todo o mundo, sofrem diariamente violência doméstica
por parte dos homens. Também existem casos em que a
mulher é que maltrata o homem, mas são uma gota de
água no oceano de violência
doméstica. Por vezes, as vítimas vivem anos e anos a
sofrer sem denunciarem o
agressor, pois têm medo de
sofrer ainda mais, quando
ele descobrir. Algumas decidem agir, sendo protegidas
para nada de mal lhes acontecer.
No namoro dos jovens
também existe às vezes vio-
lência e as vítimas podem
ficar com sequelas para o
resto das suas vidas. Se
souberes ou se és alguém
que sofre deste problema,
não hesites, dirige-te a um
posto de ajuda a vítimas de
violência doméstica ou a um
posto da GNR, eles decerto
vão ajudar-te!
Margarida e Maria, 7ºA
ALUNOS DO 9º ANO NO FÓRUM “ESCOLHAS COM FUTURO”
Os alunos do 9º ano visitaram no dia 7
de Maio o “Fórum Qualificação-Escolhas
com Futuro”, a decorrer na Exposalão da
Batalha. Esta mostra era composta essencialmente por opções de percursos profissionais, e visava o esclarecimento dos
mais jovens através do contacto com o trabalho desenvolvido por alunos mais velhos
dos vários cursos e escolas profissionais
de todo o país, presentes no certame.
4
Ora chovia, ora fazia sol, e chegou até a
nevar! Mas foi tão gratificante este passeio,
com um tempo ao mesmo tempo inconstante e
mágico que proporcionou grandes momentos
de diversão e aventura. Adquirimos novos conhecimentos, partilhámos ideias, experiências
e percebemos o que significa a coesão.
Todas as visitas de estudo que se realizam na nossa escola são actividades de grande importância para a formação dos alunos,
pois permitem-lhes solidificar o conhecimento
pessoal, interagir com os professores e com
os colegas em espaços diferentes das salas
de aula.
Num século em que se comunica, prioritariamente, através das novas tecnologias,
cresce a dificuldade de saber comunicar pessoalmente e de saber agir em grupo, com
espírito de camaradagem. Por isso, a escola
deve ajudar os jovens no seu processo de socialização, desenvolvendo a sua capacidade
de adaptação a todas as situações e preparando-os para a vida futura, daí que as visitas
de estudo tenham um papel importantíssimo,
simultaneamente cívico e lúdico.
Assim, é com agrado que damos a conhecer aos nossos professores que a visita de estudo nos ajudou a criar um espírito de turma,
que ainda não tinhamos conseguido descobrir, e que gostariamos de repetir este passeio
inesquecível!
A turma 11ºE
ESCOLA VIVA
ANO 4 - Nº 11
TOQUE DE SAÍDA
VISITA AO FUTUROSCOPE
No dia 1 de Abril, um grupo de alunos do
9ºano e quatro professoras de Francês (professoras Fátima Feliciano, Salomé Lopes, Elisabete Martins e Teresa Aivado) viajaram até
Poitiers, em França, com o objectivo de visitar
o parque de diversões Futuroscope.
Chegámos ao hotel no dia 2 de Abril, por
volta das 18h30. Depois do jantar, divertimonos no salão de jogos “La Fiesta”, após o que
voltámos aos quartos. No dia seguinte, visitámos o Futuroscope pela primeira vez
A guia Audre, que nos acompanhou durante
o percurso, sugeriu alguns locais a visitar e
guiou-nos através de vários pavilhões temáticos, como o “Stars du Futur” et “La vie et le
cicle de la mer”. Vimos vários filmes em 3D
sobre os planetas, o espaço, os dinossauros e
a era pré-histórica, o que contribuiu para uma
melhor familiarização com a língua francesa.
Depois do jantar, voltámos ao parque para assistirmos ao espectáculo nocturno, um espectáculo inovador e divertido, com hologramas,
luz, cor e som. Foi um dia bastante animado
e cansativo para os alunos e as professoras.
No dia 4 de Abril, voltámos ao parque do
Futuroscope, desta vez com mais tempo para
a compra de lembranças e para voltarmos aos
“Robots”, a diversão mais apreciada pelos
alunos. Deixámos Poitiers por volta das 22h
e chegámos à Benedita cerca das 14h do dia
seguinte. A viagem acabou por se revelar menos cansativa e bem mais divertida do que esperávamos.
Foi uma viagem muito apreciada por todos.
Agradecemos às professoras responsáveis,
aos professores envolvidos e ao director da
escola que nos proporcionaram tal experiência. E esperamos que os alunos do próximo
ano se divirtam e aproveitem tanto como nós!
Os alunos das turmas B e C do 9ºano
VI FESTTEATRO
Decorreu entre 5 e 9 de Maio
a sexta edição do Festteatro.
Como já vem sendo tradição, as
sessões foram muito concorridas.
Alunos, antigos alunos, familiares e muitas outras pessoas que
aproveitam para ver um pouco de
Teatro. Apesar de se tratar de um
festival de teatro escolar, e atendendo às dificuldades que lhe são
características (mudança de actores todos os anos lectivos, falta
de recursos nas várias escolas,
constrangimentos vários quanto
às temáticas, horários de ensaio,
autores, dimensão dos grupos
e idades dos elementos), registámos, provavelmente, a melhor
edição de sempre quanto à qualidade das peças e ao desempenho
dos grupos.
Este ano deu-se um particular relevo às actuações de vários
grupos do Externato. Assim, além
dos Gambuzinos (com uma difícil
e genial peça de Ibsen), estiveram o 12º B e o 10º I. O 12º B representou com muito mérito uma
peça constante do programa de
Português, “Felizmente há Luar!”;
muito bem orientados pela professora Inês Silva, provaram que
o esforço e dedicação dão bons
ESCOLA VIVA
frutos. O 10º I, num registo mais
leve e juvenil, demonstrou a todos
como a alegria, o companheirismo
e o trabalho árduo podem dar as
mãos. Apesar de estarem apenas
no 10º ano, foram um exemplo
para todos.
De fora, tivemos a presença da
escola da Quinta das Flores, com
Gil Vicente. Sendo um clube de
Teatro Escolar fizeram uma excelente composição de textos vicentinos, com alegria e uma rigorosa
recriação de época. Também Gil
Vicente, trouxeram os alunos da
Escola Profissional de Teatro de
Cascais – impecáveis na dicção
e postura em palco, honraram a
prestação da sua escola e serão,
mais tarde, excelentes actores. O
Instituto Superior Técnico representou “O gato”, peça humorística, com a qualidade e capacidade
de comunicação a que já nos habituou.
Uma palavra, last but not least, para o CEERIA. A disciplina,
a concentração, o amor ao teatro
e o prazer de fazer bem feito são
a sua marca distintiva.
Infelizmente uma peça teve de
ser cancelada. São os riscos do
teatro amador. Pelo facto pedimos
desculpa a todos.
Nós, que organizámos, tivemos
todos os apoios dentro do ECB.
Muito obrigada. Externamente,
contudo, subsistem algumas dificuldades, como o alojamento
dos participantes, dificuldades na
deslocação das escolas e, este
ano, da meteorologia … o que
choveu!!! Pensamos, ainda assim,
que o objectivo foi atingido: apresentar bom Teatro e motivar todos
para a busca do enriquecimento
pessoal que a cultura proporciona.
Professora Conceição Raimundo,
da organização do Festteatro
5
TOQUE DE SAÍDA
ANO 4 - Nº 11
PROJECTO DEL8
OS OBJECTIVOS DO MILÉNIO
ALUNOS DO ECB EM
CONCURSO DE PROGRAMAÇÃO
O projecto «Del8 – Apaga com os
objectivos do milénio» é já conhecido
por todos. Hoje em dia, são muitas as
iniciativas para tentar ajudar os mais
necessitados, mas, como esta, que é
a nível nacional e que abarca tantos
jovens interessados em tentar mudar
um pouco o mundo, não há outra conhecida (pelo menos por nós)!
Os nossos esforços concentraram-se em angariar fundos para
ajudar uma aldeia da Guiné-Bissau:
Empada. Para isso, elaborámos mealheiros, participámos em iniciativas
como a festa de Natal da nossa escola e tivemos oportunidade de angariar
fundos de outras formas, através de
pessoas que nos contactaram, nomeadamente o professor Júlio Flores,
membro do agrupamento de escolas
da Benedita, ao qual agradecemos a
cooperação, assim como a todos os
que nos ajudaram neste projecto de
solidariedade que nos permitiu reu-
nir, até agora, cerca de 700 euros.
Os fundos recolhidos serão enviados
pela associação responsável pelo
concurso, a Ad Gentes.
A missão de angariação de fundos
ainda não terminou, pelo que todas
as ajudas são bem-vindas. Solicitamos o apoio de quem estiver disposto a ajudar, lembrando que todos os
esforços fazem a diferença! Aos interessados em colaborar, pedimos que
nos contactem pelo e-mail: del8ecb@
gmail.com
Terminamos com referência à
frase que desde o início nos acompanhou neste trabalho realizado no
âmbito da Área de Projecto da nossa
turma: «Nós não podemos mudar o
mundo, mas podemos melhorá-lo um
bocadinho!»
Carolina Fialho, Daniel Catarino,
Daniela Sousa, Diana Tomás,
No passado dia 29 de Abril, partimos rumo a Vila Nova
de Gaia para participar no concurso de Programação
“CPAS 2009”, promovido pelo colégio Internato dos Carvalhos.
Quando chegámos, e depois de confirmarmos a nossa presença no concurso, visitámos a “Expo@CIC”, uma
mostra de todos os cursos que o colégio oferecia, na qual
pudemos ver também um computador em forma de avião e
outro em forma de aquário. De seguida fomos conhecer os
nossos adversários e o regulamento da prova. As regras
eram bastante simples: tínhamos 3 horas para resolver 10
problemas (100 pontos cada). Cada problema era verificado por uma bateria de 5 testes, sendo necessário obter sucesso em todos, caso contrário não obteríamos qualquer
pontuação no problema em causa. Durante o concurso,
não era permitido consultar qualquer tipo de informação,
digital ou em documento escrito.
Após o almoço, e decorridas as três horas do concurso,
foi tempo de ver os resultados, e o balanço foi bastante
positivo, pois, entre 58 equipas, obtivemos o 18º lugar. De
um total de dez problemas que nos foram propostos, só
conseguimos resolver três com sucesso, o que foi pena,
porque não conseguimos acabar dois. Caso o tivéssemos
conseguido e um deles estivesse correcto, teríamos alcançado um belíssimo 8º lugar. Apesar de tudo, o balanço
foi positivo, atendendo à complexidade dos problemas em
relação aos do ano passado e à nossa inexperiência em
concursos do género.
Juliana Gerardo, 12ºC
Dinis Belo, 12ºF e Nelson Pestana, 11ºG
PROJECTO IMPARÁVEL
12º B: SUOR, SANGUE E LÁGRIMAS POR UMA DISCIPLINA
Pareciam ser só mais
três horas por semana em
que os relógios trabalhariam a carvão, mas, para
uma disciplina que todos
tomavam como “garantida”
(Área de Projecto), as tarefas tornaram-se das mais
6
exaustivas que os alunos
do 12ºB enfrentaram.
Desde o início do ano
até ao presente momento, uma onda de actividades foi criada, publicitada
e exibida ao público mais
ou menos participante,
mais ou menos voluntário.
A saga de palestras está
longe de parar, estando
já na memória do nosso
auditório palestras como
“Infâncias Roubadas”, sobre a vida de crianças que
tentam sobreviver no campo de batalha diário que
são as favelas do Brasil;
“Mutações com um lugar
no mundo – Ser Diferente é Normal”, ideia eficaz
para mostrar como portadores de mutações podem
ser inseridos na sociedade sem quaisquer receios
ou preconceitos; e ainda
“Mães de Palmo e Meio”,
em que a gravidez na adolescência foi o tema principal.
Contudo, não se apoquente, caro possível espectador, pois as iniciativas desta turma não se
limitam a palestras, existem outras actividades,
sejam blogs, curtas-metragens, ou powerpoints
informativos.
Para o último período, o
12ºB tem planeadas mostras ao público da maioria
dos trabalhos elaborados,
sendo um dos seus projectos mais ousados a organização de um jantar, a
realizar no dia 29 de Maio,
que irá ser animado por
alunos da turma com fins
solidários para o Sorriso
Amigo,
Trata-se, assim, de uma
turma épica com grandiosos projectos…
Alexandre Coelho, 12ºB
Ficam, para todos os que sentem uma estranha sede de saber
mais sobre o que foi abordado, os entereços dos blogs criados
pela turma:
www.areaprojecto-mutacoes.blogspot.com
www.litrosas.blogspot.com
www.xyzdareproducao.blogspot.com
www.gangdovoluntariado.blogspot.com
ESCOLA VIVA
ANO 4 - Nº 11
TOQUE DE SAÍDA
É SEMPRE UMA FESTA!
A VII Edição da Feira do Livro,
que decorreu de 6 a 10 de Maio,
trouxe novamente ao Externato
muitos conterrâneos, alunos, professores e encarregados de educação, em mais um momento alto
de educação e cultura.
Pouco passava das cinco e
meia da tarde, quando as portas
da Feira do Livro se abriram ao
público, com a presença do Dr.
Gonçalves Sapinho, Presidente
da Câmara Municipal de Alcobaça. Por entre alunos, professores
e funcionários, contava-se também com a presença de representantes das embaixadas dos países convidados (Uruguai, Chile e
Colômbia) para mais uma edição
da Feira.
Este ano aumentou o número
de editoras presentes (56), o que
não se pode desligar do prestígio
que esta feira vem granjeando,
não só no concelho como na região Oeste. Como já vem sendo
habitual, a Feira do Livro foi também momento de lançamento de
duas obras pelo Instituto Nossa
Senhora da Encarnação – Editores: Cartofilia: Coleccionismo e
Memória, de Fernando Maurício,
e Lenda da Fonte da Senhora, da
professora do Externato, Vanda
Marques.
Com a presença dos respectivos autores, foram ainda apresentadas as obras A Raposa
Amarela, de Maria de Lurdes Silva, e Poemas sem Abrigo e sem
Castigo, de Sebastião Lima Rego.
Aliás, durante a Feira, foi constante a presença de autores para
sessões de autógrafos. Assim,
estiveram em contacto com os leitores os autores António Sousa,
Inês Silva, Fernando Maurício,
Maria de Lurdes Silva, Maria Zulmira Marques e Vanda Marques.
Merece uma referência especial a
palestra e sessão de autógrafos
de Helena Sacadura Cabral e Rita
Ferro, na tarde de domingo, que
constituiu um dos momentos altos
da Feira.
Mas nem só de livros viveu a
Feira. Várias exposições e animação cultural deram vida a este
evento, destacando-se a exposição “Percursos”, da pintora Teresa Coelho, a exposição do Agrupamento de Escolas da Benedita,
uma outra intitulada “Olhares”,
pela Universidade Sénior da Benedita, e a exposição de trabalhos
dos nossos alunos de Artes. Este-
ve ainda patente uma mostra de
artesanato da Colômbia, Chile e
Uruguai.
As noites foram preenchidas
com uma programação diversificada, este ano com a particularidade de decorrer, integrada
nesta semana de Arte e Cultura,
mais uma edição do Festteatro
que enriqueceu a já diversificada programação cultural, de que
se destacam a Semana das Artes
do ECB, já referida, e a Ópera La
Folle Journée que, na noite de
domingo, encheu praticamente o
Auditório do CCGS.
Mais uma vez, o ECB e o INSE
mostraram uma grande capacidade de organização e mobilização,
e, mesmo em tempos de crise, a
Feira foi vivida, animada e muito
participada. Cabe aqui registar o
empenho da equipa da Feira do
Livro, professores, alunos, funcionários e encarregados de educação.
Professor Ricardo Miguel
GAMBUZINOS LEVAM IBSEN À CENA
ESCOLA VIVA
Peer Gynt, obra do conhecido dramaturgo norueguês Ibsen, é a nova peça
d’Os Gambuzinos, encenada por José
Carlos Saramago e Ana Catarina Almeida.
Quando se pensa em Ibsen, imaginarse-ia uma peça morosa, densa e complexa. Todavia, o grupo conseguiu imprimir
um ritmo alucinante à representação,
transportando o público para dimensões
do imaginário e da própria consciência.
Os espectadores são convidados a assistir às aventuras deste homem e a acompanhar as suas façanhas.
Se, por um lado, Peer Gynt nos aparece como um menino engraçado a quem
as maldades podem ser perdoadas, por
outro surge-nos como um figura egoísta
que vive centrada em si. A relação entre
a personagem e o público assenta numa
base de amor/ódio.
Podemos dizer que todos nós temos
um Peer dentro de nós: um lado cativante
e outro mais sombrio e mais centrado no
nosso eu.
A peça apresenta a vida de Peer Gynt,
um homem que nasce pobre e, enquanto
jovem, é contador de histórias fantásticas. Ainda muito novo, foge do seu país e
torna-se um negociante rico que vive um
conjunto de aventuras e desventuras até
à velhice, quando faz uma retrospectiva
de quem foi realmente. Durante 2 horas,
podemos transpor-nos para esta história
cheia de acontecimentos, alguns estranhos, outros muito divertidos, que nos fazem pensar sobre a natureza do próprio
ser humano.
A peça conta com 31 actores, na sua
maioria jovens, que descobriram recentemente o seu gosto e talento para o teatro
e que estiveram claramente à altura da
complexidade da peça, um texto de 1876,
mas absolutamente actual.
Todo o grupo está de parabéns, não
esquecendo o pessoal técnico e dos adereços, que estavam magníficos.
Viviana Ribeiro, ex-aluna do ECB
Patrícia Belo, ex-aluna do ECB
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TOQUE DE SAÍDA
ANO 4 - Nº 11
FÉRIAS? - ACÇÃO!
Calvin & Hobbes, por Bill Watterson
Agora que as férias se
aproximam, a palavra descanso toma dimensões
mais concretas. A visão do
paraíso, para uma maioria
de adolescentes, é passar
umas boas semanas sem
fazer nada.
Chegou o momento
de começar a pensar em
como ocupar as férias. A
forma mais fácil é ficar em
casa a ver televisão ou a
jogar computador todo o
dia. Ou mesmo levantar-
se da cama e ir para o
sofá… dormir. Há, claro, a
opção de aproveitar todos
os momentos para ficar
com um bronzeado torradinho que lamentavelmente desaparece em pouco
tempo. E, quando chega
de novo aquela semana
em que se retoma a rotina das aulas, fica-se com
a sensação de que passaram dois meses sem que
nada de novo acontecesse.
Ora, para evitar este
sentimento de vazio, sugiro-vos que as férias sejam utilizadas para vosso
próprio desenvolvimento.
Aproveitem para ganhar
uns trocos para aquelas
coisas que tanto querem
e que os pais não cedem;
para tal, existem várias
oportunidades, a começar pelas actividades do
Instituto Português da Juventude, pelo trabalho nos
campos de férias espalha-
dos por todo o país, ou
aproveitando a necessidade de mão de obra
sazonal (por exemplo na
apanha da fruta).
Por vezes, é difícil conseguir uma ocupação remunerada de que se goste especialmente. Se for
este o caso, há sempre
a possibilidade de tentar
um trabalho em regime de
voluntariado que, apesar
de não ter a contrapartida
monetária, permite um ganho em termos pessoais
muito interessante, já não
falando da hipótese de favorecer o futuro currículo
profissional. E voluntariados existem imensos, e
em locais muito agradáveis – animação de praias,
Jardim Zoológico, ocupação de tempos livres de
crianças...
Uma outra alternativa é
integrar um grupo de campo de férias desportivas
ou culturais, não como
animador, mas como participante. O importante é
ter espírito de iniciativa e
procurar nos locais certos,
contando com ajuda dos
pais, psicólogas da escola, técnicas do Espaço Encontros e outros adultos
conhecedores dos meios.
A Internet é um recurso
fundamental para esta
área, devendo no entanto
ser a pesquisa supervisionada por uma pessoa conhecedora da área.
Para finalizar, deixovos a certeza de que qualquer que seja a opção
alternativa a umas férias
passadas dentro de casa
ou sem actividades relevantes, será recordada
com muita alegria e jamais
esquecida. E, mais importante: contribuirá para o
vosso desenvolvimento e
construção da personalidade com base em princípios muito saudáveis e
socialmente gratificantes!
E agora… levantem-se
do sofá e “pés ao caminho”!
Margarida Ferreira
Psicóloga do ECB
Facto histórico, hora de júbilo
BENEDITA JÁ É VILA!
Há 25 anos atrás, era este o
título de um artigo, do nosso saudoso José Luís Machado – Zito –
publicado no Jornal “O Alcoa”.
dia 16 de Maio de 1984 é já uma
data histórica. Regozijemo-nos
e felicitemo-nos beneditenses. E
oxalá que futuramente saibamos
No seu artigo, o autor diz: “O
merecer o momento presente,
8
nunca esquecendo o passado
que nos foi legado e o presente
canto de aldeia, mas não ganhou
características de vila, passando
que todos procurámos construir.
BENEDITA É VILA. REJUBILE-
a ser uma terra descaracterizada.
Quando no seu artigo de há 25
MOS!”.
Os jovens dessa época exultaram, achando que a elevação a
vila traria à sua aldeia toda uma
série de alterações e mudanças,
anos, “Zito” escreve “oxalá que
futuramente saibamos merecer
o momento presente”, pergunto:
soubemos?
Penso que não, ou seja, as
não só a nível estrutural, mas
também a nível de mentalidades
que, nessa época, eram demasiado fechadas e ruralistas. Os mais
velhos ficaram contentes com a
mentalidades não abriram nem
mudaram tanto como todos desejávamos, as estruturas quase se
mantêm como nessa época.
Aproveitamos para fazer um
mudança, mas não demasiado
eufóricos, talvez pela sua experi-
apelo às autoridades competentes, Câmara Municipal e Junta de
ência de vida, ou porque conheciam melhor a sua terra.
Passaram 25 anos. Os mais jovens desiludiram-se e os mais ve-
Freguesia, para estarem atentos
a tantos problemas que ainda
hoje, passados 25 anos, continuam por resolver.
lhos, que pouco se manifestaram
na época, acabaram por ter razão. A Benedita perdeu o seu en-
Professora Maria José Jorge
OLHAR CIRCUNDANTE
ANO 4 - Nº 11
TOQUE DE SAÍDA
TAIZÉ — UMA TERRA MÁGICA
No passado dia 4 de Abril, alunos, ex-alunos, professores do Externato Cooperativo da
Benedita e alguns encarregados de educação
partiram uma vez mais rumo a Taizé, uma terra mágica em França.
Taizé é uma comunidade fundada pelo Irmão Roger, falecido em 2005, cujos membros fazem a promessa de viver em celibato e de não aceitar dinheiro, excepto o que
ganham através do seu trabalho. Esta comunidade recebe jovens de todo o mundo,
ansiosos por se encontrarem a si próprios
e, ao mesmo tempo, por interagir com comunidades de todo o mundo, aprendendo a
aceitar a diferença.
A nossa viagem foi partilhada com o Externato de Penafirme e com um grupo vindo
do Prior Velho, Lisboa. A interacção com os
outros foi imediata. Começámos por fazer
uma brincadeira a que chamam “O amigo
secreto”, que consiste na troca de mensagens com alguém que não sabe quem somos.
Esse jogo uniu-nos mais, e ficámos a saber o
nome de todos. Foi esta vivência e alegria que
fez com que a viagem de autocarro, que durou
um dia, fosse rápida e fácil de passar.
Para quem vai pela primeira vez a Taizé, a
chegada é bastante estranha, e ao princípio
parece que vão ser apenas umas férias num
país diferente. Mas assim que entrámos na
tenda que acolhia as pessoas, imediatamente
percebemos que nada iria ser comum. Começámos por ver imensas malas, e só uma coisa
nos passava pela cabeça: “Isto não devem ser
as malas de todos os que aqui estão, ainda há
mais! Como é que vamos todos comer?! Será
que vamos ter todos cama?!” Acreditem que
sim, todos aqueles jovens, cerca de cinco mil!
Fomos organizados em grupos de reflexão,
segundo a idade, grupos que integravam jovens de todos os países, Finlândia, Noruega,
Alemanha, Suécia, entre outros. O inglês era
a língua oficial e, mesmo os que não sabiam
falar perfeitamente, entendiam-se por gestos.
Por vezes, à tarde, tínhamos trabalho, como
varrer ou limpar, ou então mais horas de reflexão. À noite, podíamos divertir-nos com os
outros jovens e, por volta das onze e meia, era
a hora do silêncio. O nosso dia completavase com as três orações: de manhã, antes de
tomar o pequeno-almoço; à tarde, antes do almoço; e à noite, depois de jantar. As orações
não consistiam apenas em rezar, na verdade
a maior parte são cânticos, e todos sabíamos
o que cantar porque existia um livro para cada
pessoa, com as músicas numeradas. Tudo em
Taizé é admiravelmente organizado.
Apesar de o começo da semana ter sido
cheio de emoções, por fim acalmámos e co-
meçámos a entrar no espírito de Taizé, um
espírito caracterizado pelo silêncio, a que os
irmãos dão bastante valor. Por isso, em cada
oração, temos um tempo de silêncio, cerca de
oito minutos em que nos passa tudo pela cabeça e avaliamos o que fizemos e o que queremos fazer.
Houve um dia especial em Taizé, a sextafeira, que é o dia em que adoramos a cruz.
Tudo o que se tinha vindo a acumular nessa
semana, as dúvidas, os desejos e medos, e as
saudades que sentimos de casa, nessa noite quebram, é o dia em que todas as tensões
explodem num ambiente inexplicável. Aquela cruz, naquela Sexta-Feira Santa, parecia
ter algo de especial, algo divino, e muitos de
nós não conseguiram deixar de chorar, é algo
emocionalmente muito intenso, desejamos ter
perdão por tudo, desejamos alcançar tudo, e
ao mesmo tempo não sair daquele ambiente
tão calmo, sereno e honesto. É algo fora do
alcançável, é simplesmente Taizé. E quando
chega a altura de regressar, não queremos,
não queremos voltar ao mundo, muitas vezes
fútil, em que vivemos, e desejamos que todo
o mundo possa ser como Taizé, que todos se
respeitem profundamente, que todos cumprimentem todos, que todos vivam naquela harmonia, e principalmente, que todos dêem
tanto valor ao silêncio como se dá em Taizé.
Quando chegámos à Benedita, no dia 13
de Abril, desvendámos por fim quem eram
os nossos “amigos secretos”, rimo-nos,
partilhámos memórias, e por fim tivemos de
nos despedir da última parte de Taizé que
ainda continuava connosco, os nossos novos amigos de Penafirme e do Prior Velho.
O impacto que se sente assim que se
volta a casa é gigantesco, queremos transformar o mundo num “Taizé universalizado”.
Mas prometemos a nós próprios nunca esquecer aquele lugar mágico e prometemos
lá voltar, porque nunca perderemos as lembranças daquela semana.
Para sempre, nos nossos corações, Taizé.
Maria Vicente, 10º C
FÉ OU CIÊNCIA?
Mas afinal, foi Deus que nos
criou ou “descendemos dos macacos”?! Bíblia ou ciência?! Esta
é uma pergunta que não faz sentido.
Em boa verdade, devemos
substituir a conjunção “ou” pela
conjunção “e”, e em vez do ponto
de interrogação devemos colocar
um ponto final. Isso mesmo: Bíblia e ciência.
Ciência e Bíblia apresentam
OLHAR CIRCUNDANTE
discursos diferentes, mas não se
contradizem, complementam-se:
uma diz onde, quando e como
(Big-Bang, evolução), outra diz
porquê e para quê (Deus quis
criar-nos porque nos ama e para
sermos felizes).
Se pretendermos conhecer
qualquer coisa a fundo não podemos analisá-la só de um ponto de
vista, temos de a estudar sob diversas perspectivas. Assim é com
as origens, mas há que fazer as
perguntas certas a cada domínio
do conhecimento. Não podemos
esperar que a Bíblia dê lições de
Físico-Química ou que a Matemática dê aulas de História.
Os textos bíblicos da criação
não são uma crónica de factos,
não foram escritos por um jornalista que tivesse assistido ao começo da humanidade e depois o
relatasse. A intenção dos autores
sagrados não era escrever como
tinha surgido a humanidade (nem
eles sabiam), mas apenas comunicar a revelação: Deus chamounos no princípio e chama-nos continuamente a uma vida de amor
e harmonia com todas as coisas
criadas.
Alexandre Marquês, Francisco José,
Rafael Veríssimo, 7ºA
9
TOQUE DE SAÍDA
ANO 4 - Nº 11
ENTREVISTA À PROFESSORA E ESCRITORA VANDA MARQUES
«As crianças precisam de saber um bocadinho de onde vêm para as ajudar a saber para onde ir.»
Sim, influenciou. O meu sonho
é que as crianças conheçam a
nossa História. E como as crianças adoram o imaginário do tempo dos reis e das rainhas, é fácil
envolver-me com elas.
Vanda Maria Furtado Marques,
nascida em 1969, em Alcobaça, e
licenciada em História pela Universidade de Coimbra, publicou
três livros infantis: “O Amor de Pedro e Inês”, “O Milagre de Isabel e
Dinis” e “A Padeira de Aljubarrota”. Actualmente lecciona História
no Externato Cooperativo da Benedita, é mãe de três filhos e viaja
por várias escolas, contando as
histórias dos seus livros aos mais
pequenos.
O que a incentivou a escrever livros infantis?
Desde que me tornei mãe, fiquei mais sensível aos interesses das crianças, e uma forma de
acalmar os meus filhos era contarlhes histórias: histórias enquanto
eles comiam, para adormecerem,
etc. Comecei a criar histórias para
eles, e um dia decidi publicar uma
das muitas histórias que tinha es-
crito.
Porque escolheu o público
infantil?
Tenho uma paixão muito grande por crianças e encanta-me a
sua inocência e a sua sinceridade. Mas as crianças são um público muito exigente: quando não
gostam, não gostam mesmo.
Qual dos livros já publicados
lhe deu mais gosto escrever?
O primeiro, porque o imaginário de Pedro e Inês está muito
presente em mim desde pequena.
Quando era pequenina, como morei em Alcobaça, brincava às escondidas no Mosteiro. Se morasse na Benedita, talvez não tivesse
essa relação.
O facto de ser professora de
História influenciou os temas
dos seus livros?
E porque é que escolheu
contar a História de Portugal ao
público mais jovem?
No fundo, é para os fazer conhecer o nosso passado, as nossas tradições e a importância da
nossa herança histórica. Portugal tem coisas que vale a pena
mostrar às crianças, e todos devemos ter orgulho no nosso país.
As crianças precisam de saber um
bocadinho de onde vêm para as
ajudar a saber para onde ir.
De onde surgiu a ideia destas
ilustrações tão fora do vulgar?
Com “O Amor de Pedro e Inês”
e “O Milagre de Isabel e Dinis”, a
ideia de fazer as ilustrações com
recortes foi da própria ilustradora.
Com “A Padeira de Aljubarrota”,
fui eu que lhe propus as ilustrações feitas de massa de açúcar,
pois como a padeira amassava
o pão, a ilustradora amassava a
massa de açúcar. A ilustradora seria como uma padeira-ilustradora.
10
Quando era mais nova, alguma vez sonhou ser escritora?
Sim, com cerca de dez ou onze
anos tinha uma máquina de escrever e fingia que era escritora.
Então, em pequena gostava
de escrever; e gostava da disciplina de Português?
Sim, não era uma aluna de dezanoves nem vintes. Nunca tive
uma escrita muito elaborada nem
erudita, mas sempre fui muito
criativa.
Pensa publicar outro livro
em breve?
Sim, em Maio pretendo publicar “A Lenda da Fonte da Senhora” e no final do ano “A Herança
de Filipa e João” e “A Lenda de
Dom Fuas Roupinho”.´´
Eunice Vicente, João Costa, Rafaela
Santos, Sofia Castelhano, 10ºC
Nota da Redacção: O livro “A Lenda da
Fonte da Senhora” foi publicado em Maio,
como é referido nesta entrevista realizada em Janeiro. O novo livro da professora
Vanda Marques, que teve apresentação
É difícil iniciar carreira como
escritor, em Portugal?
Sim, porque o mundo das editoras é muito elitista e competitivo, e muitas editoras pensam
mais no lucro e têm receio em
apostar em novos talentos. Mas
CARTA A MINHA MÃE
Mãe:
As mensagens “servem-se” em garrafas e
é, talvez, por isso, que hoje te ofereço uma.
Belém foi a palavra mágica que me fez
começar a escrever-te. Não só pelas razões
bíblicas e mais óbvias, mas também por ter
caído a catenária de uma das linhas da estação com o mesmo nome. Os autocarros
perderam-se em marés de gente e lá dentro,
dessa gente, anda um filho que é teu e que
vive e respira porque tu sofreste e ainda agora o fazes, por e para ele. É ele que hoje vem
saudar o dia em que uma mulher que amei
muito e nunca esquecerei, te deu à luz.
Em quarenta e três anos ainda não me
consegui aperceber, em plenitude, da tua
grandeza porque a não ostentas, como nunca ostentaste nada na aventura feliz que tens
vivido ao lado de um “samurai” alentejano e
apesar de tudo, quem tiver gosto pela escrita deve empenhar-se
nele e nunca desistir.
restante família.
Achámos sempre o teu papel de mulher
bonita, boa esposa, Mãe e Avó, demasiado
fácil e nunca soubemos valorizar convenientemente os sacrifícios necessários para que
este desempenho te assente tão bem.
Hoje é um dia de glória para aqueles que
são teus companheiros a esta mesa e teus
amigos no grande carrossel da vida. É meu
desejo que ele te transporte sempre em ascensão, com muita luz e te ofereça prendas
e não penas.
A nós resta-nos, a partir de hoje, saber fazer por ti, metade que seja, do que todos os
dias nos fazes, mesmo em silêncio e como é
teu timbre, sem quase ninguém notar.
António Sales, Encarregado de Educação
no Centro Cultural Gonçalves Sapinho,
durante a Feira do Livro do ECB, apresenta aos mais jovens a lenda que está na
origem do nome da nossa vila, a Benedita.
TECNOLOGIAS E
EMPREENDEDORISMO
A Feira das Tecnologias e Empreendedorismo, cujo principal objectivo é mostrar um
pouco dos trabalhos que os alunos realizaram nestas áreas ao longo do ano lectivo,
teve lugar nos dias 20 a 23 de Maio. Foram
apresentados os projectos do 12º ano dos
alunos dos Cursos Tecnológicos de Administração e de Informática, trabalhos dos alunos
de Tecnologias de Informação e Comunicação, e ainda os dos alunos de Curso Profissional de Marketing.
A Feira contou ainda com a participação
das empresas Aquilónis, Vitorinos e Alla que,
além de terem patrocinado o evento, apresentaram uma mostra dos seus produtos e
serviços.
ARTE E CULTURA
ANO 4 - Nº 11
TOQUE DE SAÍDA
Entrevista ao Comandante dos Bombeiros Voluntários da Benedita
«PARA SER BOMBEIRO É NECESSÁRIO EXISTIR UM GRANDE ESPÍRITO
DE SOLIDARIEDADE PARA COM AS OUTRAS PESSOAS, (…) DEVE EXISTIR
TAMBÉM AQUILO A QUE CHAMAMOS ESPÍRITO DE CORPO.»
Fernando Manuel Martins Fialho, natural
da freguesia de Santa Catarina, nasceu a 14
de Julho de 1966. Vive actualmente no Casal
da Coita, é casado com Maria Fernanda Roxo
e é pai de dois filhos. Frequentou o 9.º ano
de escolaridade, ingressando na Corporação dos Bombeiros Voluntários há 26 anos
e tendo assumido o cargo de Comandante
em 2006.
Pode começar por nos apresentar a
corporação dos Bombeiros Voluntários
da Benedita? Em que ano iniciou as suas
actividades e de quantos bombeiros dispõe neste momento?
Os Bombeiros Voluntários da Benedita
(BVB) são uma das corporações mais recentes do distrito, vocacionada para o socorro de saúde e de bens. Iniciaram a sua
actividade em 1998. Antes dessa data,
pertenciam a uma secção destacada dos
Bombeiros Voluntários de Alcobaça. Actualmente, os BVB dispõem de 79 homens e
20 mulheres, e também de 20 viaturas que
diariamente auxiliam a população.
Por que razão aceitou esta missão?
Foi uma sucessão de acontecimentos em
que o antigo Comandante teve de abandonar
o cargo para exercer outras funções e, naquele momento, não se perfilava na corporação
outra pessoa, e como gosto de desafios, resolvi aceitar.
Ser comandante de uma corporação de
bombeiros não é uma tarefa nada fácil pois
não?
Não, pelo contrário, tem de se abdicar muito da vida particular para manter em bom funcionamento o corpo de bombeiros.
Para isso tudo é preciso dinheiro. De
onde provêm as receitas e apoios para os
bombeiros poderem fazer face às despesas?
As associações de bombeiros têm vários
apoios estatais e um subsídio mensal atribuído pelas câmaras municipais. São também
apoiados pelo totoloto e totobola, e têm um
subsídio da Protecção Civil. Mas o dinamismo
da nossa corporação de bombeiros não seria
possível sem o peditório que é feito anualmente, no mês de Novembro, e que culmina no
aniversário dos Bombeiros, em Dezembro, ou
seja, seria de todo impossível gerir a nossa
corporação sem o apoio da população.
Quais as maiores dificuldades sentidas
pelos BVB?
Nesta altura, a maior dificuldade tem a ver
com o período laboral. É difícil aos bombeiros, que são voluntários, terem disponibilidade para exercer funções, uma vez que têm de
abandonar o local de trabalho quando são solicitados.
OLHAR CIRCUNDANTE
O aumento dos combustíveis também
está a causar dificuldades?
Sim, muitas, pois numa corporação como
a da Benedita, em que as viaturas andam em
média cerca de 1800 km por dia, não é fácil gerir o orçamento, embora essa área não
tenha a ver directamente com o Comandante, pois a sua função prende-se mais com a
gestão dos meios da associação do corpo de
bombeiros.
Como se trata de um bombeiro com muita experiência, certamente viveu muitos
sucessos. Quer partilhar connosco alguns
deles?
Enquanto bombeiro, todas as acções que
desempenho são efectuadas com grande carinho e dedicação, e é muito gratificante quando vejo o meu trabalho reconhecido. Somos
humanos, às vezes também falhamos, felizmente as falhas têm sido poucas e é muito
motivante quando, depois de um acidente ou
de uma doença súbita, verificamos que foi
possível atenuar o sofrimento de alguém, ou,
em muitos casos, salvar-lhe a vida. Recordome de um acidente de viação em que tive de
fazer o transporte de um recém-nascido em
estado muito grave e, poucos dias depois, foime comunicado que graças à rapidez do socorro aquela criança foi salva.
Como define a Corporação que dirige?
Como é óbvio, as pessoas que estão de
fora podem avaliar a Corporação melhor do
que eu. Mas digo com orgulho que considero
a Corporação dos Bombeiros Voluntários da
Benedita, das mais lutadoras e mais bem preparadas do distrito de Leiria.
Os BVB estão equipados com todo o material necessário?
Sim, para as ocorrências para que somos
solicitados dentro da nossa área de interven-
ção, dispomos de efectivos e dos melhores e
mais modernos materiais existentes no mercado.
Os incêndios, os acidentes, os acidentes rodoviários, o transporte de doentes,
são algumas das chamadas mais correntes para os bombeiros. Para que actividades são mais solicitados?
Os Bombeiros da Benedita respondem
em média a 5 ou 6 emergências por dia,
sendo a área da saúde a que nos ocupa
mais tempo e mais meios. Por exemplo, os
incêndios florestais de que tanto se fala representam apenas 5% do número de ocorrências durante o ano.
Sente que a população beneditense
coopera com os Bombeiros?
Sim, creio que existe muito bom relacionamento entre a instituição dos bombeiros e
a população que servimos. A população da
Benedita contribui no peditório de onde provêm boas receitas que ajudam os bombeiros. E também ofereceu algumas viaturas.
Ultimamente tem havido um aumento
de mulheres nas corporações de bombeiros. Esse aumento também se regista na
sua corporação?
É verdade, como em todas as áreas da nossa sociedade, as mulheres começaram a sair
do anonimato e a dar o seu contributo. Além
disso, são tão profissionais como os homens.
Na nossa corporação isso também se verifica.
Na sua opinião, os bombeiros têm profissionalização suficiente para desempenharem as suas funções?
Não é por sermos voluntários que nos consideramos menos profissionais, uma vez que
todos os bombeiros são obrigados a frequentar 275 horas de formação por ano. Quando
saímos numa viatura, temos de estar preparados para debelar o que for necessário, mas
faz-nos falta uma equipa permanente em horário laboral para mais rapidamente acorrermos às solicitações.
Que mensagem gostaria de deixar a colegas nossos que pretendam ingressar nos
bombeiros?
Para ser bombeiro é necessário um grande
espírito de solidariedade que por vezes exige sacrifícios da vida pessoal. Para todos os
que queiram ser bombeiros, existe formação
em diversas áreas. Para além desta formação,
deve existir também aquilo a que chamamos
espírito de corpo. Incentivo os que têm este
desejo de ajudar os outros a fazer formação
e a entrar para os bombeiros, aprendendo assim a ser mais solidários e a perceber a satisfação que dá ajudar os outros.
Bianca Pereira e Mariana Fialho, 10º F
11
TOQUE DE SAÍDA
ANO 4 - Nº 11
TRAÇOS POÉTICOS
BOOKS
I
Pinto palavras como quem pinta sentimentos.
Quero voltar, não posso voltar, vou ficar.
Não tenho um lar, não tenho um tempo, tenho só em mim a vontade de existir.
Mas não existo.
Tenho a impressão de ter uma multidão que me agarra, que me quer.
Ignoro as multidões.
A ilusão é constante, o sonho é o presente.
É quando o êxtase da irrealidade toma conta de mim que eu sinto um fosso abrir-se
Por baixo do mundo.
Não caio, atiro-me para dentro do infinito escuro.
Deixo que venha a chuva e lave, não as palavras, mas os sentimentos.
II
A vida acontece por entre as minhas mãos como a cidade acontece por entre a noite.
O tempo é passado.
Tu és o tempo passado.
A minha vida é de plástico, é vazia.
Tu queres tudo o que é grande, tudo o que é maior.
Perdi-me na existência, já não me sei proteger.
Sigo a tua voz para dentro de uma vida mais vazia, mas superior.
Adapto-me a ti, à tua dimensão, como alguém se adapta a uma rotina que vai ser sua
para sempre.
Como posso eu ficar aqui sem reparar em ti?
O mundo viaja à minha volta, mas eu não oscilo, não vergo.
Não volto para casa, perdi-me no caminho. Mas qual caminho?
Quem me dera estar agora contigo no tempo passado, na vida parada, nas coisas sem sentido.
Pelo menos, estavas cá!
Mas isso era no tempo passado, e tu és o tempo passado.
Dedico-me presentemente às coisas absolutas, mas mesmo assim, sem sentido.
Books are like friends
When they are with us all
They can be so interesting
And make us feel tall
Some books are real
Some of them are not
But they can
Catch our attention
Dressed with words
With or without pictures
The truth is that they get our attention
With their real or unreal creatures
We travel to another place
When we open a book
Because we find there
Characters with a good look
Expensive or cheap
Bad or nice
They are so important
They can change our life
The magic of a book
Can be like a flower
Growing slowly
It reaches the height of a tower
Ana Paula Jorge Cruz , 7ºE
Joana S. , 11º E
SENTIMENTO INGÉNUO
JANELAS EMBACIADAS
Sentia-te no mais íntimo de mim
Onde sempre estiveste e eu te encontrava
Nesses dias, em que a luz te iluminava
Contudo, as trevas obstruíram a luz
Nunca vi de outra forma, esse teu sentimento
Que tanto me inundava
Mas nada era o que parecia
O teu sentimento não era o mesmo que o meu
Tudo passa… tudo muda
Nada posso fazer para te esquecer
Mas nunca fui o que quis ser
Saboreio cada momento
Como se ainda fosse meu
Nessa amizade que tanto nutres
O resto não prevaleceu
Resta viver
Sabendo que tudo tive
E nada tenho.
Ricardo Rodrigues, 12º A
Rita Diniz, 10º B
12
Cada ser humano é único. Todos temos os
nossos próprios pensamentos, alguns mais
gerais, outros só nossos. Cada um de nós vê
o mundo de forma diferente. A questão é: haverá alguma maneira melhor de ver o mundo?
Há alturas em que pensamos que a nossa visão das coisas é correcta, que os outros têm os olhos toldados. Há alturas em que
sentimos que conhecemos tudo, não há mistérios (isso tirava a piada à vida, mas pronto).
Nessas alturas todos os outros estão errados
e nós tentamos abrir-lhes os olhos. Nunca
acontece ao contrário?! Seremos nós deuses? Então se cada um de nós é um deus,
não acham que há alguns a mais?
Em vez de tentar alterar os outros, porque
não limpar as janelas com que vemos o mundo?
http://reticenciascognitivas.blogspot.com/
RECRIAR O MUNDO
ANO 4 - Nº 11
TOQUE DE SAÍDA
ENTRE LIVROS
SUGESTÃO DE LEITURA
Á semelhança dos números anteriores, apresentamos aos
nossos leitores as preferências de leitura de uma professora,
de um colega e também da funcionária da Portaria da nossa
escola. Assim, a nossa professora de Francês, Salomé Lopes,
acedeu ao nosso pedido e, amavelmente, respondeu às nossas
perguntas.
Livro preferido:
As Palavras que Nunca te Direi de
Nicholas Sparks
Um livro de que não gostou:
As Valquírias de Paulo Coelho
Escritor que mais aprecia:
Eça de Queirós
Escritor que não aprecia:
Paulo Coelho
Género literário preferido:
Romance
Livros que anda a ler:
A Filha do Capitão de José Rodrigues dos Santos e Os Maias de
Eça de Queirós
O nosso colega Alexandre Coelho, do 12º B, gosta muito
de escrever e de ler histórias de suspense, não há nenhum
autor de que não goste e disse-nos que prefere a literatura portuguesa.
Livros preferidos:
Cem Anos de Solidão de Gabriel
Garcia Marquez e As Intermitências da Morte de José Saramago
Um livro de que não gostou:
Nenhum
Escritores que mais aprecia:
José Saramago e Fernando Pessoa
Género literário preferido:
Romance
Livro que anda a ler:
Eclipse de Stephanie Meyer
O Leitor, de Bernhard Schlink,
editado pela Asa, é uma narrativa surpreendente e arrebatadora
que nos conta a relação de Hanna
Schmitz, uma mulher madura, com
o jovem Michael Berg, descrevendo-nos os seus encontros rituali-
Maria Guerra, Lea Fonseca e Joana Santos, 11º E
ARTE E CULTURA
Professora Luísa Rocha
As Receitas da Isabel
TARTE DE LIMÃO MERENGADA
Ingredientes
250 g de bolacha Maria
100 g de margarina
5 ovos (1 + 4)
½ lata de leite condensado
Finalmente, a funcionária da Portaria, Valentina Marta Silva, confidenciou-nos que, apesar de não ter muito tempo para
dedicar à leitura, gosta de ler antes de dormir.
Escritor preferido:
Paulo Coelho
Escritor que não aprecia:
José Saramago
Poeta preferido:
Não gosta de ler poesia
Livro preferido:
O Alquimista de Paulo Coelho
Livro que anda a ler:
O Regresso de Victoria Hislop
O livro da sua vida:
A Ilha de Victoria Hislop
zados: começam por banhar-se,
depois Michael lê para Hanna e só
depois se relacionam intimamente.
Esta relação termina com o desaparecimento súbito de Hanna. Os
anos passam e Michael reencontra Hanna na sala de um tribunal,
quando está a ser julgada pelo seu
envolvimento num processo de
acusação a ex-guardas dos campos de concentração nazis.
Este romance reflecte sobre
o peso e a vergonha do passado
nazi, e também sobre a dificuldade
de julgar uma geração responsável por vários crimes. Como nos
diz Michael Berg, o narrador-protagonista, “As camadas da nossa
vida repousam tão perto umas das
outras que no presente adivinhamos sempre o passado, que não
está posto de parte e acabado,
mas presente e vivido.”
Preparação:
Primeiro separe 6 bolachas e
pique as restantes; dentro de um
recipiente, junte-lhes a margarina
e 1 ovo inteiro, amasse bem e forme massa compacta. Unte levemente com margarina uma forma
de tarte e polvilhe-a também ao de
leve com farinha; deite-lhe dentro
a massa e espalhe-a com as mãos,
de modo que a forma fique forrada
com uma camada regular e o mais
Iisa possível. Separe as claras dos
½ lata de leite condensado de água
1 limão
3 colheres (sopa) de açúcar
margarina para untar a forma da tarte
outros 4 ovos; misture as 4 gemas
com o leite condensado e a água,
o sumo e a raspa do limão e as 6
bolachas esmagadas (ou 50 g de
miolo de nozes picado). Bata muito bem e deite este batido na forma
forrada. Leve a cozer 15 minutos
em forno forte para enrijar o creme. Retire depois do forno e reduza o calor para o mínimo. Bata as
4 claras em castelo bem firme e,
já no final, adicione-lhes o açúcar
aos poucos e batendo sempre, até
estarem bem seguras. Com saco e
boquilha, ou mesmo com uma colher, espalhe as claras batidas sobre o creme, cobrindo toda a tarte,
decorando-a como melhor achar.
Leve então a acabar de cozer, em
forno fraco, 25 a 30 minutos. Por
fim, retire, deixe arrefecer e guarde no frigorífico. Descole depois,
desenforme com cuidado e sirva
bem fresco.
Professora Isabel Neto
13
TOQUE DE SAÍDA
ANO 4 - Nº 11
SAUDADE
Saudade é uma lembrança triste e suave
de pessoas, de coisas distantes ou extintas,
que vem sempre acompanhada do desejo de
as tornar a ver ou a possuir. É uma coisa que
amarga, que destrói cada pedaço, cada momento, cada dia. É algo que faz chorar, que
faz desesperar, que nos faz ficar tristes.
Mas o passado é passado, acabou, terminou. Temos de viver o presente, certo? Temos
de ser corajosos, temos de lutar pela felicidade.
Mas e se eu fraquejar? Se eu não aguentar?
Cada dia que passa, sinto que existe
uma barreira impossível de derrubar.
Sinto um vazio dentro de mim. E como
tapo esse vazio? O carinho, o afecto,
o amor dos meus amigos não chega.
Preciso de algo mais. Preciso de alcançar a felicidade que anteriormente
sentia. Mas essa felicidade pertence
ao passado… E o passado terminou.
Mas como posso esquecer o passado,
se desejo o que já senti antes? Desejar a felicidade é mau? Acho que ser
infeliz é bem pior…
Depois de ter sofrido, de me ter magoado, depois de tudo o que passei,
depois de todas as lágrimas que derramei, não quero arriscar. Ao arriscar,
existe a probabilidade de me magoar
ainda mais, de voltar de novo ao fundo
do poço, e eu não gosto desse fundo.
Não gosto de estar assim, não gosto
de me sentir assim. A tristeza ganhou.
O sofrimento derrubou-me. E o sangue imaginário escorre da ferida que
se apoderou do meu coração. Como
me posso livrar disto? Como poderei ser feliz,
se existem tantos obstáculos à minha frente?
Luto todos os dias. Cada vez luto mais.
Sempre que acordo, aparecem novas forças,
novos objectivos. Apesar de fracos, fazem-me
levantar da cama, fazem-me tentar pôr um sorriso na cara. E por vezes fazem-me sorrir, rir
às gargalhadas. Mas quando estou sozinha,
e começo a pensar em todos os momentos,
em tudo o que já passei, os maus presságios
voltam. Voltam e dominam-me, como se fosse
um objecto, algo frágil. E os objectos frágeis
quebram-se. Quebrar-me-ei eu?
Sinto que os problemas que me rodeiam
vão formar uma longa e forte corda que aos
poucos e poucos se vai enrolando à volta do
meu pescoço. E que num certo momento,
quando eu quebrar, a corda é puxada. É puxada até não ser possível tortura maior. Até que
a angústia seja demasiada e não exista mais
nada a não ser o vazio. O vazio permanente,
como um pequeno poço. Um poço sem fundo.
Um poço escuro. Um poço no qual eu entrei,
sem querer, e de onde agora não consigo sair.
As paredes são demasiado altas. Não vejo a
luz do Sol. Tenho frio. Sinto-me sozinha. Tenho medo. Medo de algo. Medo de tudo. Medo
de me perder. Medo de que a felicidade me tenha escapado. Medo de que a felicidade seja
inalcançável.
E se não sair do poço? Acomodar-me-ei a
ele? Tentarei encontrar a felicidade? E, mais
importante, existirá a felicidade dentro daquele poço? E se existir, conseguirei eu alcançála? Ou tentarei utilizar a corda dos meus problemas para sair? Poderei eu sair deste poço?
E se sair, alcançarei a felicidade?
Perguntas, são o que tenho mais dentro da
minha cabeça. Respostas para elas? Encontrá-las-ei pelo caminho, pela subida do poço.
Porque se não tentar, a felicidade será para
sempre uma ilusão.
Eunice Vicente, 10º C
Segurança na Internet
O PAPEL DE EDUCANDOS
E EDUCADORES
Realizou-se no passado dia 12
de Março uma sessão intitulada
“Segurança na Internet”, dinamizada pela equipa do projecto
“Internet Segura no ECB”, com a
colaboração dos elementos que
integram o projecto Crescer para
a Vida. Estiveram presentes na
sessão cerca de três dezenas de
participantes, desde pais e encarregados de educação a outros
elementos da comunidade local.
A importância da utilização
segura, cívica e responsável da
Internet por parte das crianças
14
e jovens foi o tema principal no
debate. Para que estes estejam
seguros na Internet, o envolvimento dos pais deve ser constante. E é fundamental informar os
nossos jovens e crianças acerca
dos perigos existentes, das medidas de protecção que podem
tomar e, acima de tudo, persuadilos a adoptarem comportamentos
inteligentes, cívicos e correctos
quando usufruem da Internet.
No dia 22 de Abril, decorreu no
Centro Cultural Gonçalves Sapinho a sessão “Segurança na Internet: O Papel dos Jovens”, dirigida aos alunos do 7º ano. Tito de
Morais, actual responsável pelo
site http://www.MiudosSegurosNa.Net, foi o orador convidado.
No início da sessão, foi colocada aos alunos a seguinte questão:
“Quem é que sabe mais de computadores lá em casa?” Os alunos
responderem de forma unânime e
decidida que são eles e não os
pais. A realidade é mesmo essa,
as crianças iniciam o contacto
com as novas tecnologias muito
cedo, com enorme entusiasmo e
interesse, e rapidamente começam a dominá-las melhor que os
seus pais, mas será que a utilizam de modo seguro? Para mui-
tas delas, a protecção cinge-se
única e exclusivamente ao nível
tecnológico (anti-vírus, firewall,
computador actualizado, etc.) e
descuram por completo comportamentos de risco, tais como a
partilha de dados pessoais e o
contacto com desconhecidos.
Em suma, os educadores devem assumir um papel fundamental na ajuda aos jovens e crianças
para que estes encontrem a melhor forma de percorrer caminhos
seguros na Internet.
Professor Alexandre Lourenço
CIÊNCIA, TECNOLOGIA E AMBIENTE
ANO 4 - Nº 11
TOQUE DE SAÍDA
SEMANA DAS CIÊNCIAS 2009
De 23 a 27 de Março, decorreu no Externato mais uma Semana das Ciências, durante a qual
alunos e professores realizaram
ou promoveram actividades variadas no âmbito das diversas áreas
científicas, contando com a participação de outros alunos do ECB
e das escolas em redor. A organização envolveu os grupos de Biologia e Geologia, Física e Química, e Matemática.
Na segunda-feira, dia 23 de
Março, decorreram várias palestras: sobre “Resíduos Sólidos”,
dinamizada
pela
Associação
PATO, para alunos do 7º ano; sobre geometria fractal, por alunos
do 12ºA, para as turmas de Ciências e Tecnologias do 11º ano;
“Mães de Palmo e Meio”, dinamizada por alunos do 12º B, pela
Instituição ”Ajuda de Mãe” e por
duas enfermeiras do Centro de
Saúde da Benedita; “Memórias de
um crime”, organizada pelo 12ºC.
E um peddy paper relativo ao dia
da água, pela turma do 7ºI, destinado a alunos do 3º Ciclo. Já
na terça-feira, decorreram as palestras sobre “A física do I-pod”,
pelo Prof. Dr. José Paixão e organização do 12ºA, para turmas do
secundário, e sobre “O fenómeno
religioso”, com o Dr. Juan Ambrósio. Na quarta-feira, puderam ser
visitados, durante todo o dia, uma
exposição de fósseis, apresentações laboratoriais intituladas
“Criminoso sob Investigação” e
os Laboratórios Abertos de Física
e Química, destinados a turmas
do 1º, 2º e 3º ciclo. Da parte da
tarde, decorreu ainda o torneio
inter-turmas de jogos de matemática, destinado a alunos do 3º
ciclo, e a palestra “À descoberta
da geologia e geofísica do fundo
dos oceanos”, pela Dr.ª Catarina
Lemos, destinada a turmas da
área de ciências e tecnologias do
11º e 12º ano. Na quinta-feira, dia
26, decorreu, para turmas do 8º
ano, a actividade designada “Ciclo Urbano da água”, organizada
pela professora Inês Madaleno,
e ainda um Jogo da Glória, para
turmas do 7º e 8º ano; a palestra “Mutações com um Lugar no
Mundo”, organizada por alunos do
12º B, para as turmas do 11º A,
12º B e C; “Encontro com Profissionais”, destinado às turmas do
10ºI, 11ºD e 12ºD; uma palestra
sobre alimentação saudável, para
algumas das turmas do 9º ano; e
o “Decide Game”, para o 9º ano e
secundário. À noite houve ainda,
entre as 21 e as 23 horas, uma
observação astronómica no pátio
da escola, celebrando o Ano Internacional da Astronomia. Já na
manhã de sexta-feira, o último dia
desta Semana das Ciências, teve
lugar a palestra “Recursos Geológicos em Portugal”, pelos professores doutores Dinis da Gama,
António Costa e Silva e José Ma-
Elvira Fortunato
“MEMÓRIAS” EM PAPEL
Fonte: Exame Informática - Abril
Elvira Fortunato é licenciada em
Engenharia de Materiais, pela Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. Doutorouse na mesma instituição e, no campus
da Costa da Caparica, o Cenimat,
coordena algumas das investigações
mais promissoras em relação à utilização de novos materiais para a área da
electrónica.
A investigadora, em conjunto com
uma equipa, criou o transístor que inclui uma camada em papel, dando início à nova era pós-silício, que permite
baixar o custo do material electrónico,
usando em suporte papel, desde etiquetas, embalagens de produtos alimentares e farmacêuticos, sistemas
de segurança em notas, cartões de
identificação. Esta nova tecnologia
evita que tenhamos de andar com um
CIÊNCIA, TECNOLOGIA E AMBIENTE
suporte físico de informação porque
permite aceder à informação que pode
estar num “computador” presente
numa parede, numa mesa, etc., desde
que tenha acesso à Internet.
A partir dos transístores em papel,
o Cenimat já desenvolveu memórias
que armazenam a informação nas fibras do papel. Assim, com esta tecnologia, conseguiu-se um suporte de
armazenamento e um meio de processamento, deixando o papel de ter
apenas funções de suporte de circuitos electrónicos, faltando apenas um
modo de alimentação energética para
se vir a obter um computador reciclável e descartável. Por enquanto, o que
se encontra em causa é a durabilidade
desta nova tecnologia.
Se há alguns anos o principal suporte de informação deixou de ser o
papel e passou a ser o electrónico
(digital), parece-me que vamos entrar
numa “era” em que o suporte vai ser
constituído pelos dois tipos e, posteriormente, devido às suas vantagens,
o papel volta a ser o suporte principal,
associado às tecnologias informáticas.
nuel Marques, do IST, e organização das turmas do 11º A, B e C,
para as turmas A, B e C do 10º e
do 12º ano.
Relembrando que muitos dos
convidados
que
participaram
nesta semana eram profissionais
de diversas áreas e professores
universitários
(nomeadamente
da Universidade de Coimbra e
do Instituto Superior Técnico),
as actividades desenvolvidas ao
longo desta semana foram muito importantes, pois permitiram
aos alunos, tanto os que organizavam como os que assistiam,
tomar contacto com profissionais
da área das ciências, além de que
para muitos foi também forma de
verem o mérito do seu trabalho reconhecido. Foi uma semana positiva, que contribuiu de forma diferente para a formação dos alunos
envolvidos.
Adriana Policarpo, 12º A
À DESCOBERTA DA
GEOLOGIA E DA GEOFÍSICA
Nos dias 25 e 26 de Março, algumas turmas do Curso Científico Humanístico de Ciências e Tecnologias
assistiram a uma palestra apresentada pela engenheira
geológica Catarina Lemos (ex-aluna do ECB) que, através de um discurso apelativo e bem documentado, trouxe até nós um pouco do mundo que desconhecemos.
A palestra tinha como título “À descoberta da geologia e geofísica do fundo dos oceanos” e surgiu no
âmbito da Semana das Ciências. Assim, através de experiências vividas na primeira pessoa pela engenheira
Catarina, tomámos contacto com os métodos utilizados
para estudar os fundos oceânicos. Simultaneamente, a
palestra conseguiu despertar a atenção acerca de um
sub-tema da Geologia que, quem sabe, poderá ser o
futuro para alguns de nós.
Filipa Serrazina e Marta Carvalho, 11ºC
Professor Samuel Branco
15
TOQUE DE SAÍDA
ANO 4 - Nº 11
COMUNICAR CIÊNCIA
No âmbito do Projecto DAPHNIA, promovido pelo Visionarium em parceria com o CIIMAR,
decorreu no dia 18 de Maio, em
santa Maria da Feira, um ENCONTRO destinado a criar um espaço
de partilha de experiências e de
divulgação de trabalhos desenvolvidos pelas escolas participantes.
Neste Encontro, os nossos
alunos dinamizaram oficinas experimentais e apresentaram dois
projectos que desenvolveram ao
longo do ano lectivo na disciplina
de Biologia e Geologia e no Observatório da Natureza: ”Diz-me
o que tens, sentirei o que és”,
pela Laura Gonçalves, a Marina
Rodrigues e a Mónica Fialho, do
11ºA, que avaliaram os efeitos
dos efluentes das cutelarias ICEL
e IVO no ritmo cardíaco das daphnias. E “Ritmo Alucinante”, pela
Nídia Ferreira, o Daniel Mateus,
o Rafael Santos, e o Tiago Santos, do 10ºA, que estudaram o
efeito de bebidas energéticas no
batimento cardíaco das daphnias,
com o objectivo de alertar a comunidade, principalmente os mais
jovens, para os efeitos e perigos
das bebidas energéticas.
Nos dias 21 a 23 de Maio em
Lisboa, estes e três outros projectos de alunos nossos estiveram
no Museu de Electricidade, no
âmbito de outro concurso, 17º Jovens Cientistas e Investigadores.
Laboratórios Abertos
UMA ACTIVIDADE COM HISTÓRIA
Na quarta-feira, dia 23 de Março de
2009, a turma do 10º B dinamizou no Externato Cooperativo da Benedita os Laboratórios Abertos, uma actividade que, nos
últimos anos, vem sendo realizada com
bastante sucesso, no âmbito da Semana
das Ciências.
Foram convidadas algumas turmas do
ECB, bem como, alunos da escola do 1º
Ciclo e da EB2 Frei António Brandão, os
quais puderam observar um vasto leque de
experiências, como a da escrita invisível,
observação ao M.O.C. de células do epitélio lingual e simulação da erupção de um
vulcão. Foi uma actividade enriquecedora
que promoveu o gosto pelas ciências.
Rita Diniz 10º B
Foram eles: “O Amor ao Sabor do
Ritmo”, pela Ana Vicente, a Catarina Gomes e a Sofia Castelhano
do10ºC, que apuraram o efeito de
alguns alimentos e condimentos,
tidos como afrodisíacos, no ritmo cardíaco da Daphnia magna;
“A Banha da Cobra do Séc. XXI”,
pela Ana Antão, a Cristiana Higino
e a Juliana Costa, todas do 11ºA,
para determinar a quantidade de
compostos fenólicos, bem como a
actividade antioxidante de várias
bebidas; por fim o “InvestiCiência”, pela Cláudia Santos, a Inês
Belo e o Paulo Batista, também
do 11ºA, projecto centrado no estudo das concepções que os alunos do 3ºCiclo têm sobre Ciência
e Tecnologia.
Professora Paula Castelhano
RECURSOS
GEOLÓGICOS
EM PORTUGAL
No passado dia 27 de Março realizou-se
no auditório do CCGS uma palestra, integrada na Semana das Ciências e denominada
“Recursos Geológicos em Portugal”. Esta palestra foi organizada pelos alunos do 11º Ano
do curso Científico Humanístico de Ciências
e Tecnologias que, para alargar horizontes
acerca do tema, convidaram três professores
catedráticos do Instituto Superior Técnico:
José Manuel Marques, investigador na área
dos recursos hidrominerais; Carlos Dinis da
Gama, director do Centro de Geotecnia; e António Costa e Silva, relacionado com a indústria petrolífera (Partex).
A palestra consistiu numa breve apresentação por cada uma das turmas organizadoras, seguida da exposição do professor da
área correspondente. Assim, ao 11ºA coube
a exploração do tema hidrogeologia, ao 11ºB,
recursos minerais, e ao 11ºC, combustíveis
fósseis.
No final da palestra, era notória a satisfação de todos os intervenientes, bem como da
comunidade escolar que participou.
Filipa Serrazina e Marta Carvalho, 11ºC
16
CIÊNCIA, TECNOLOGIA E AMBIENTE
ANO 4 - Nº 11
TOQUE DE SAÍDA
Departamento de Química da UC
SÍNTESE DE ESTÁGIO
Contexto: 7 alunos da disciplina
de Química do 12º Ano chegaram
a Coimbra na manhã do dia 7 de
Maio de 2009.
Objectivos: Contactar com o ambiente universitário e, se não for
pedir muito, aprender alguma coisa.
Deixando agora a formalidade
de lado, visitar a Universidade
de Coimbra, mais propriamente o
Departamento de Química, foi das
melhores coisas que nos podia ter
acontecido. Todos nós aprendemos de facto alguma coisa (também seria difícil não o fazer: levámos um banho de matéria que nos
molhou os ossos… mas voltando
ao assunto). Daqui a uns meses
estaremos numa universidade semelhante, senão mesmo a UC, e
seria conveniente ter, pelo menos, uma noção de como as coi-
sas funcionam por lá, foi isso que
fomos fazer.
Estivemos enfiados nos laboratórios durante dois dias, corremos
de um laboratório para o outro e
até aulas teóricas tivemos, pode
dizer-se que agora já percebemos
alguma coisa disto (embora seja
muito pouquinho, basta estar ao
pé de um professor universitário
para nos sentirmos do tamanho
de pulgas, literalmente). Quanto
ao relatório que nos pediram para
fazer – porque pediram, e nós fizemo-lo – ocupou a nossa manhã
(e princípio da tarde. Já estava
tudo com fome) do terceiro dia.
Mas a nossa viagem não se limitou a tubos de ensaio e soluções
às cores: conhecemos a cidade,
sentimos o ambiente académico,
visitámos museus… em suma, andámos a passear e a divertirmonos. E isso foi importante? Obviamente, por muito que se goste de
Química, o descanso é necessário (às vezes).
Conclusões: esta actividade
experimental permitiu-nos compreender o que se faz na Química
(que já me subiu à cabeça).
Agora falando a sério, esta
viagem foi, sem a menor dúvida,
útil. E espectacular. Tiro o meu
chapéu e agradeço ao ECB e ao
Departamento de Química. Se tivesse chapéu. Como não tenho,
fico só pelo agradecimento.
Ricardo Rodrigues, 12º A
DE OLHOS POSTOS NO CÉU
A nossa escola esteve de olhos
postos no céu durante a observação
astronómica que se realizou no passado dia 26 de Março, no âmbito da
Semana das Ciências e da Área de
Projecto da turma G do 9º ano.
Promover o interesse pela Astronomia, uma das mais desconhecidas ciências, foi o principal objectivo
desta iniciativa, realizada em pleno
Ano Internacional de Astronomia, em
cujas comemorações a nossa escola
tem vindo a participar. Apoiados pelo
astrónomo José Matos, do Núcleo de
Física da Universidade de Aveiro, os
participantes puderam ver Saturno
mais de perto, o único planeta alcançável pelos dois telescópios montados no pátio interno do ECB, que estava completamente às escuras. Ao
longo de duas horas, muitos foram os
alunos e professores que não quiseram perder esta viagem guiada entre
constelações, apesar do frio que se
sentiu naquela noite. Sempre bemdisposto, o astrónomo convidado respondeu a todas as questões que os
mais curiosos lhe foram colocando,
ao mesmo tempo que contava histórias e explicava factos interessantes
sobre os astros.
Depois desta noite interessante,
todos ficámos com vontade de repetir
a experiência e imitar Galileu, que há
400 anos fez as primeiras observações auxiliado por um telescópio. Talvez numa noite um bocadinho mais
quente e, quem sabe, de lua cheia.
CHAT SOBRE O AMBIENTE
No passado dia 20 de Março, alguns alunos da turma
A do 10º Ano de Ciências e Tecnologias e as professoras
Paula Castelhano, de Biologia, e Laura Boavida, de Inglês, participaram online, juntamente com outras escolas
de vários países da União Europeia, num chat sobre o
meio ambiente, alterações climáticas, poluição e poupança de energia, entre outros temas de igual interesse.
Neste chat esteve presente, como convidado, numa
participação especial, o ministro da Educação da República Checa, Ondrej Liska, que ia dando resposta às
perguntas colocadas pelos diferentes representantes das
escolas.
De referir que esta actividade está inserida no projecto internacional “Futurenergia” e o principal objectivo
do chat é ajudar as diferentes escolas a criarem ligações entre o ensino e o ambiente, de forma a garantir que
as próximas gerações aprenderão a respeitar o ambiente.
Professora Patrícia Azinhaga
André Nogueira -10ºA
CIÊNCIA, TECNOLOGIA E AMBIENTE
17
TOQUE DE SAÍDA
ANO 4 - Nº 11
SCIENCE IN SCHOOL
Mais uma vez, professoras do grupo de Biologia e
Geologia do Externato Cooperativo da Benedita foram
seleccionadas pelo EMBL,
organismo de grande reconhecimento na área da
Biologia Molecular, para integrar um grupo de 20 professores de vários
pontos do mundo. As professoras Carla Dias
e Isabel Silva participaram no curso «ELLS
Learning Lab: Cell cycle and disease», que
decorreu nos dias 18 a 20 de Março, em Hei-
delberg, Alemanha.
Durante este curso, tivemos conhecimento
do projecto Science in school, que pretende
promover o ensino da Ciência na Europa, de
modo a informar e inspirar os alunos. O Science in school dá relevo a um melhor ensino e à
investigação de ponta, com o apoio de cientistas, pedagogos e professores.
Os progressos científicos dão-se a uma
cadência elevada, mas pode levar muito tempo até que as novas descobertas encontrem
o seu lugar nos programas escolares. Assim,
divulgamos e disponibilizamos na página da
alizaram uma exposição de
trabalhos produzidos na disciplina de Ciências Naturais.
Esta exposição, subordinada
ao tema “Os fósseis e a sua
NOTÍCIAS DO
XADREZ
Entre 29 de Março e 2 de Abril, disputaram-se em Portimão os Campeonatos
Nacionais de Jovens. Os nossos cinco melhores Beneditenses brilharam nos vários
campeonatos em que participaram.
Entre os jogadores do ECB, destacamse Mariana Silva, que pela segunda vez é
Campeã Nacional Feminina, no escalão
Sub-18, Rui Lopes, no escalão Sub14, que
ficou em 20º lugar e Lídia Ferreira, no escalão Sub18, que foi 24ª classificada.
No dia 22 de Abril, realizou-se o penúltimo torneio do VIII Circuito da CEOESTE
(Desporto Escolar), o VI Torneio de Xadrez
Arnaldo Olivença.
No dia 25 de Abril, realizou-se a XII edição do Torneio Rotary Clube da Benedita,
com o apoio da Academia Xadrez da Benedita e do Externato Cooperativo da Benedita.
Na classificação por equipas, a Academia Xadrez Benedita ficou em 2º lugar, com
21 pontos. Em vários escalões, os primeiros
classificados eram desta Academia.
18
Professoras Carla Dias e Isabel Silva
CIÊNCIAS
FORENSES
EXPOSIÇÃO DE FÓSSEIS
No passado dia 25 de Março, no âmbito da comemoração da Semana das Ciências,
os alunos das turmas C, D, E,
F, G, e H do sétimo ano re-
nossa escola o link para o Science in School.
Os alunos poderão ter acesso a vários artigos científicos e o fórum de discussão do site
permite aos alunos colocarem questões, apresentarem soluções e discutirem tópicos actuais – comunicando directamente, sem fronteiras nacionais nem temáticas.
importância na reconstituição
da história da Terra”, contou
com a apresentação de cartazes, maquetas e modelos que
puderam ser observados por
todos os alunos da escola.
Esta actividade intentou
essencialmente desenvolver
nos nossos alunos o interesse
e a curiosidade pelo estudo
das Ciências da Terra, numa
região onde abundam muitos
vestígios de fósseis que nos
poderão ajudar a compreender um pouco mais sobre o
passado no nosso planeta.
Professores Francisco Franco e
Sérgio Teixeira
No dia 9 de Maio, disputou-se, na Brandoa, o Campeonato Regional de Xadrez,
com a participação de três jogadores da
EAE Oeste, Rui Lopes e Mário Almeida, do
ECB, e Francisco Cavadas, da EB2 Benedita. Rui Lopes e Francisco Cavadas foram
os campeões nos seus escalões (Infantis A
e Iniciados A, respectivamente), enquanto
Mário Almeida ficou em 3º lugar no escalão
Iniciados B.
Professor José Cavadas
No dia 23 de Março, pelas 15h, decorreu no auditório do CCGS uma palestra
intitulada “Memórias de um Crime”, com
a presença do Sargento Oliveira, do Posto da GNR das Caldas da Rainha, e do
Dr. Francisco Teixeira, médico legista, os
quais partilharam algumas das suas experiências. Para finalizar a palestra, foi apresentado um trailer da curta-metragem “All
the Things behind the silence”, realizada
por nós. A comunidade escolar mostrou
grande entusiasmo, pois os palestrantes
foram muito elucidativos e alertaram-nos
para comportamentos a evitar e para a
necessidade de todos desenvolvermos
uma boa conduta cívica.
Já durante a quarta-feira, 25 de Março,
realizámos uma apresentação laboratorial
denominada “Criminoso sob investigação”, em que simulámos a análise de um
crime. Nesta apresentação, começámos
por mostrar a nossa curta-metragem e em
seguida analisámos o crime aí simulado.
Apresentámos várias técnicas laboratoriais que só nos foi possível concretizar
graças à parceria que a nossa escola tem
com o Instituto Superior Técnico de Lisboa.
O balanço das actividades por nós realizadas até à data é bastante positivo,
e temos recebido críticas por parte dos
alunos e professores que confirmaram o
sucesso do nosso trabalho de projecto. O
intuito deste projecto foi o de suscitar o
interesse dos nossos colegas para a criminologia, um tema pouco debatido nas
escolas.
Ana Coito, Jessica Gomes, Julien Pereira,
Lúcia Maçãs, Rafaela Vieira,12ºC
Rui Lopes
Mário Almeida
Francisco Cavadas
CIÊNCIA, TECNOLOGIA E AMBIENTE
ANO 4 - Nº 11
TOQUE DE SAÍDA
2ª Gala de talentos ECB
“E OS FINALISTAS SÃO…”
Foi com esta frase que, no
passado dia 22 de Abril, foram
anunciados os nomes dos alunos,
finalistas para a 2ª Gala “Talentos ECB”, que se irá realizar no
próximo dia 6 de Junho (sábado),
pelas 21h30m, no CCGS.
Este ano, o espectáculo conta
com algumas surpresas, nomeadamente a abertura da Gala, que
vai ser da responsabilidade dos
alunos que compareceram aos
castings, mas que não foram seleccionados. No entanto, não quisemos excluí-los e considerámos
que também eles são Talentos.
Como forma de agradecimento
pela sua participação, e porque
contribuíram de uma forma muito
significativa para o enriquecimento deste projecto, convidámo-los,
o que corajosamente aceitaram, e
protagonizarão um momento em
palco.
O aluno Paulo Batista, do 11º
A (Finalista da 1ª Gala), e a aluna
Carla Serralheiro, do 12º D, honrar-nos-ão sendo nossos anfitriões nessa noite, que esperamos
mágica, e prometem momentos
de humor e boa disposição.
O sistema de votação vai ser
similar ao da 1ª Gala, a relembrar um antigo costume de um
povo ancestral, que elegia ideias
e pessoas através do uso de pequenas pedras, minuciosamente
colocadas num receptáculo. Será
o público presente que decidirá
quem sairá vencedor nessa noite, mas essa é a evidência menos
importante!
Supomos que os bilhetes, que
serão gratuitos, rapidamente esgotarão, pelo que aconselhamos
os interessados a estar atentos
às reservas dos mesmos.
O espectáculo está a ser meticulosamente preparado, mas a
parte delicada e ingrata foi mesmo
encontrar os 10 Finalistas, dado
que todas as nossas expectativas
foram claramente superadas. É
muito gratificante constatar que
existem alunos com inúmeras capacidades e Talentos. Para nós,
comissão organizadora, tem sido,
e é aliás ainda, um enorme privi-
légio trabalhar com eles e ajudálos neste momento importante
das suas vidas.
Os Finalistas estão nomeados
em diversas categorias, mas a
mensagem principal, para eles e
para os leitores, é a seguinte: a
concretização dos sonhos passa
pela força das nossas ideias e
pela coragem com que as mostra-
mos aos outros.
Agradecemos a todos os que
connosco têm colaborado!
Professora Estela Santana
O Limão
LIMPA E REGENERA O SANGUE
Introduzido na Europa pelos
Árabes, no século XII, começou
por ser cultivado no sudoeste da
Península Ibérica. Ainda hoje a região de Múrcia (Espanha) produz
os mais aromáticos e sumarentos
limões dos países mediterrâneos.
dade semelhante ou ligeiramente
inferior à da laranja. Praticamente
não tem proteínas nem gorduras
e a sua percentagem de hidratos
de carbono ronda os 8,23%. No
entanto, sob o ponto de vista dietoterapêutico, as características
mais importantes são as substâncias não nutritivas, os denominados elementos fitoquímicos.
A descoberta destes elementos
nos alimentos, e os seus notáveis efeitos preventivos em diversas doenças, nomeadamente o
cancro, constitui um dos maiores
avanços nas ciências da nutrição.
Das várias aplicações terapêuticas que pode ter o limão, destaco duas que me parecem importantes e que abrangem um grande
número de pessoas nos dias de
hoje:
maior elasticidade às artérias,
evitando assim a tendência para
o sangue coagular e formar trombos. O uso do limão é fortemente
recomendado em situações como
a arteriosclerose, tendência para
a trombose, edemas (retenção de
líquidos nos tecidos) e sempre
que se deseje tornar o sangue
mais fluido e melhorar a função
circulatória.
- Anticancerígeno: O d-limoneno, um terpeno aromático que
se encontra especialmente na
casca, tem a capacidade de neutralizar algumas substâncias cancerígenas. O consumo de limão
com as refeições pode contribuir
para neutralizar muitas das substâncias cancerígenas que vêm
com os alimentos, ajudando assim a prevenir o cancro.
de de água antes do pequenoalmoço, e em cada dia que passa
acrescenta-se mais um limão até
um total de 6. A partir daí faz-se
o processo inverso até chegar a
1 limão.
Precauções: Úlcera gastroduodenal, prisão de ventre e anemia.
Devem também abster-se de fazer esta cura as crianças e idosos
que sofram de descalcificação, insuficiência renal ou anemia.
Curiosidade
Um limão médio que pese cerca de 150 g satisfaz as necessidades diárias de vitamina C para um
adulto não fumador. Os fumadores precisam de 50% a mais desta
vitamina.
Professor Miguel Fonseca
Adaptado da Enciclopédia de
Propriedades e Indicações
Na composição do limão destaca-se a vitamina C em quantiMENTE SÃ EM CORPO SÃO
-Afecções circulatórias: A
hesperidina e os outros flavonóides do limão reforçam as paredes
dos vasos capilares e conferem
Cura dos Limões
Pode fazer-se durante 12 dias.
No primeiro dia toma-se o sumo
de um limão com igual quantida-
Educação para a Saúde
19
TOQUE DE SAÍDA
ANO 4 - Nº 11
Análise de um quadro
O que diz o Tarot
O QUE NOS “DIZ”
A OBRA DE ARTE?
Da autoria de Paula Rego, este quadro
tem como título “Convulsão”. Trata-se de
uma obra de estilo figurativo contemporâneo,
de realismo simbólico do género figurativo.
Usa o contraste entre cores luminosas (nas
figuras principais) e cores escuras (nas figuras secundárias e fundos). A técnica utilizada, pastel sobre papel, explora os traços
faciais e anatómicos das figuras, acentuando
VÊM AÍ
AS FÉRIAS
as suas emoções. O mesmo se observa através da escolha da luz e das cores.
Representa uma cena interior com quatro
figuras femininas. Podemos observar em primeiro plano, centrada e mais iluminada, uma
mulher deitada no chão; em segundo plano,
e também ao centro, outra mulher mais nova,
contorcida num cadeirão; em terceiro plano,
à esquerda e diluída no fundo, aparece uma
terceira mulher observando a cena; à direita,
reflectida num espelho, está uma menina segurando um boneco.
As diferentes idades das figuras sugeremnos que a pintora procurou representar as
relações entre várias gerações, talvez um
drama familiar entre mãe e filha. Ao agarrar
a perna da cadeira e ao direccionar o olhar,
a mãe parece suplicar, enquanto a filha tenta
afastar-se, repudiando-a. O espelho que observamos do lado direito poderá representar
a infância da filha, pois a figura da mãe não
está ali reflectida, mas também pode representar o modo como a mãe vê ou se revê na
filha.
Este quadro faz-nos reflectir nos dramas
da nossa existência e na complexidade das
relações parentais. E na vida, de um modo
geral!
Rita Henriques, 10º I
A ESCOLA É FIXE
14 de Abril de 2009 – XI, A Justiça
6 de Junho de 2009 –V, O Papa
19 de Junho de 2009 –I X, O Eremita
Este período acompanha uma Primavera
com sol forte, chuva e ventos a trazer rebentos e frutos. A festa das flores, das cores e
dos aromas anunciando a abundância das
novas colheitas.
Começou sob o signo da Justiça, assinalando a necessidade de reflexão para esclarecer as causas dos problemas e eliminálas. Pode também assinalar a necessidade
de resolver conflitos, se esse trabalho não
for realizado.
Os que terminam as actividades lectivas
no dia 6/6, acabam o ano num dia muito
apropriadamente regido pelo Papa, uma carta ligada ao ensino e à aprendizagem, já que
estes alunos iniciam aqui o período de preparação individual para exames. Os que não
têm exames terminam o ano num dia regido
pelo Eremita (que rege também o primeiro
dia de férias dos professores), o que marca
um período votado ao isolamento e à reflexão individual acerca do percurso cumprido
e acerca do que ainda falta fazer. Assinala
também o fim de um ciclo virado para realizações exteriores, e o início de um tempo de
volta ao interior e a urgência de perscrutar o
íntimo, explorar os mundos interiores e, descoberto o eixo essencial, então, traçar a rota
que há que seguir nos próximos tempos.
E em Setembro, novo ano lectivo se iniciará, desta vez sob o signo da regeneração
e da transformação: XIII - A Morte.
Desfrutai, pois, o descanso dos labores
quotidianos que o Verão sempre traz.
Professora Ana Luísa Quitério
ENIGMAS
Enigma 1
O Manuel foi à feira para comprar animais para a sua quinta.
Levava 100€ e queria trazer 100
animais.
Foi ver os preços:
- Galinhas, 0,10€ cada.
- Cabras, 1,00€ cada.
- Vacas, 5,00€ cada.
Quantos animais de cada levou o Manuel?
Enigma 2
Descobre o apelido e a profissão das três amigas Bárbara, Raquel e Cláudia.
A Bárbara não é de apelido
Santos.
A que tem o apelido Neves é
cabeleireira.
A Cláudia é engenheira.
A de apelido Lopes não é secretária.
Enigma 3
O João tem um peixe a menos
que a Maria.
Ela tem um a menos que a
irmã, que tem o dobro de João.
Quantos peixes tem cada um?
Enigma 4
Uma corda com 10 metros
está pendurada de um barco e a
sua ponta inferior está apenas a
10 cm da superfície da água.
Sabendo que a maré sobe 2
cm por minuto, quanto tempo
leva até que a corda toque a superfície da água?

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