nefropatia diabética - UED-HAM
Transcrição
nefropatia diabética - UED-HAM
NEFROPATIA DIABÉTICA Apresentação: Narriane Chaves P. Holanda, E2 Orientador: Francisco Bandeira, MD, PhD, FACE Nefropatia Diabética Introdução • Def.: Aumento da excreção de proteína urinária → redução da TFG • Nefropatia Diabética (ND) sem albuminúria • 10% têm ↓ TFG sem micro ou macroalbuminúria • 20-40% DM tipo 1 e 1/3 DM tipo 2 • 1ª causa de DRCT (EUA) • 3ª causa de DRCT (Brasil) • Prevalência variável: • > Afro-Americanos > Asiáticos > Nativos americanos > Caucasiano • Afro-Brasileiros: > progressão DRCT que Europeus ________________________________________________________________________________________________________________________ Themis Zelmanovitz et al. Diabetic nephropathy, Diabetology and Metabolic, 2009.. Nefropatia Diabética Fisiopatologia • Mecanismos ainda pouco esclarecidos mecânicos X hemodinâmicos X bioquímicos) (fatores • Deposição ↑ de proteínas da MEC nos glomérulos • Hiperglicemia → ↑ SRRA → mudanças fisiopatológicas (hemodinâmicas, hipertrofia, acúmulo de MEC, danos de podócitos, inflamação intersticial) ________________________________________________________________________________________________________________________ Browmlee M, Aiello LO, et al. Complications of diabetes mellitus. In: Williams Nefropatia Diabética Fisiopatologia ________________________________________________________________________________________________________________________ Browmlee M, Aiello LO, et al. Complications of diabetes mellitus. In: Williams Textbook of Endocrinology, 11ª ed. Philadelphia, 2008. Nefropatia Diabética • Welsh et al: ativação do receptor da I → remodelamento fisiológico da ação do citoesqueleto + preservação da função e sobrevida dos podócitos • Camundongos: ausência de Recp I → apagamento podocitário, estreitamento da MBG e disfunção/morte celular → proteinúria. • Melhora na sensibilidade à I → boa função podocitária (Jauregui et al., 2009; Welsh and Coward, 2010; Welsh et al., 2010). ________________________________________________________________________________________________________________________ Fornoni, Alessia. Proteinuria, the Podocyte, and Insulin Resistance. NEJM. 363(21):2068-2069, November 18, 2010. Nefropatia Diabética Fisiopatologia ________________________________________________________________________________________________________________________ Themis Zelmanovitz et al. Diabetic nephropathy, Diabetology and Metabolic, 2009. Nefropatia Diabética História Natural • Nem toda microalbuminúria evolui para macro • Estudos recentes: 30-45% dos pcts com microalbuminúria → proteinúria franca em 10 anos. Alguns → normoalbuminúria (controle da PA e glicose) • Curta duração da microalbuminúria • HbA1c < 8% • PAS < 115 mm Hg • CT <198 mg/dl e TGs <145 mg/dl • Macroalbuminúria: TFG ↓ 1.2 ml/min/mês no DM I e 0.5 ml/min/mês ou estável por longo período no DM II (menos previsível) ________________________________________________________________________________________________________________________ Themis Zelmanovitz et al. Diabetic nephropathy, Diabetology and Metabolic, 2009. Nefropatia Diabética História Natural – Estágios da ND Carcterísticas Tempo de DM Alt. Estruturais Estágio I (Inicial) Hipert. Renal ↑ TFG Diagnóst. ↑ Renal ↑ Glomerular Estágio II (Silenciosa) Microalbum. pós exercícios 2-3 anos Espessamento MB e Mesângio Estágio III (Nefp. Incipiente) Microalbum. Persistente 7-15 anos Esclerose Glomerular Estágio IV (Nefrop. Clínica) Albuminúria HAS 10-30 anos Glomeruloesclerose difusa/nodular Estágio V (DRET) ClCr<10mL/m Cr>10 mg/dL 20-40 anos Glomeruloesclerose disseminada ________________________________________________________________________________________________________________________ Themis Zelmanovitz et al. Diabetic nephropathy, Diabetology and Metabolic, 2009. Nefropatia Diabética Fatores de Risco Fatores Ambientais – Controle glicêmico inadequado – Duração do DM (raro se > 30 anos) – Microalbuminúria – HAS – Tabagismo – Hipercolesterolemia Fatores Genéticos – Apenas 30-40% afetada – Tendência à agregação familiar – > risco se história familiar (+) – Diferenças entre raças ________________________________________________________________________________________________________________________ Gross JL, de Azevedo MG, et al. Diabethic Nephropaty. Diabetes Care, 2005, 28:164-76 Nefropatia Diabética Diagnóstico Sumário de Urina • Medida de albumina (mg/L ou Alb/Cr - mg/g): custo efetiva •Se normal: utilizar método imunoturbidimétrico para medida da microalbuminúria • Se anormal → 2-3 amostras com intervalos de 3-6m (variabilidade da EAU) • Hematúria, • Não realizar screening se: • Dça sist. aguda, • Febre, exercício extenuante, • Descontrole glicêmico, • HAS e ICC descompensada • Bacteriúria?? • Dipstick (semi-quantitativa): se quantitativo indisponível ________________________________________________________________________________________________________________________ Themis Zelmanovitz et al. Diabetic nephropathy, Diabetology and Metabolic, 2009. Nefropatia Diabética Diagnóstico Quando investigar? • Diagnóstico de DM tipo 2 • DM tipo 1: 3-5 anos pós diagnóstico ou mais precoce se adolescente ou pobre controle glicêmico • Se albuminúria Nl → controle anual ________________________________________________________________________________________________________________________ Themis Zelmanovitz et al. Diabetic nephropathy, Diabetology and Metabolic, 2009. Nefropatia Diabética Diagnóstico ________________________________________________________________________________________________________________________ Adaptado de: Themis Zelmanovitz et al. Diabetic nephropathy, Diabetology and Metabolic, 2009. Nefropatia Diabética Diagnóstico • Alguns: ↓ TFG + EAU normal → calcular TFG rotineiramente • National Kidney Foundation: MDRD GFR (ml/min/l.73 m2) = 186 × {serum creatinine (mg/dl) 1,154 × idade em anos -0,203 × (0.742 se feminino) × (1.21 se Afro-Americano)} • Cockroft-Gault: menos precisa • ClCr (ml/min) = [140 – idade em anos] × peso (kg)/ [72 × creatinina sérica (mg/dl)] × 0.85 (feminino) • Valor de referência: 90 to 130 ml/min/l.73 m2 (↓10 ml/min/dec. se > 50 anos) ________________________________________________________________________________________________________________________ Themis Zelmanovitz et al. Diabetic nephropathy, Diabetology and Metabolic, 2009. Nefropatia Diabética Diagnóstico ________________________________________________________________________________________________________________________ Themis Zelmanovitz et al. Diabetic nephropathy, Diabetology and Metabolic, 2009. Nefropatia Diabética Diagnóstico • Quando suspeitar de outra causa para a DR? • Ausência de retinopatia • DM de curta duração • Declínio rápido da TFG • ↑ rápido da albuminúria • Se necessário: biópsia renal • DM tipo 2: 12 - 38% ________________________________________________________________________________________________________________________ UpToDate, versão 17.1, 2009. Nefropatia Diabética Terapêutica • Controle da hiperglicemia (HbA1C <7.0%) • Controle Pressórico (PA <= 120 x 75 mmHg – ADA ???) • Controle da DLP (LDL < 100mg/dl / <70 mg/dl) • Cessar tabagismo (Stegmayr, 1990) ________________________________________________________________________________________________________________________ Choudhury, D. Diabetic Nephropathy — A Multifaceted Target of New Therapies Discovery Medicine. Nov, 2010 Nefropatia Diabética Terapêutica – Controle Glicêmico • DCCT e UKPDS: insulinoterapia intensiva → ↓ em 35 - 50% micro e macroalbuminúria (Araki et al., 2005; Ismail-Beigi et al, 2010.; Strojek et al., 1995) • Pode ocorrer reversão da DN estabelecida • Proteinúria instalada → controle da PA é o pp determinante da ↓ progressão • Metas (ADA): • HbA1c < 7% • GJ: 90 – 130 mg/dl • GPP < 180 mg/dl Controle intensivo x convensional ________________________________________________________________________________________________________________________ Choudhury, D. Diabetic Nephropathy — A Multifaceted Target of New Therapies Discovery Medicine. Nov, 2010 THE LANCET Nefropatia Diabética Terapêutica – Controle Pressórico • ↓ PAS e PAD: ↓ micro e macroalbuminária (Chobanian et al., 2003; Cushman et al., 2010; Schrier et al., 2007). • Bloqueadores do SRAA → ↓ PIG / hiperfiltração e excreção de albumina (DM1 and DM2) • Prevenção 1ª de ND em normotensos • DM tipo 1 normotensos: melhora discreta na biópsia renal (Mauer et al., 2009) • DM tipo 1 e 2: uso de BRA por 5a → sem efeito na ↓progressão para microalbuminúria (Bilous et al., 2009). •Sem evidência suficiente para uso ________________________________________________________________________________________________________________________ Choudhury, D. Diabetic Nephropathy — A Multifaceted Target of New Therapies Discovery Medicine. Nov, 2010 Olmesartan for the Delay or Prevention of Microalbuminuria in Type 2 Diabetes N Engl J Med 2011; 364:907-917March 10, 2011. METHODS: In a randomized, double-blind, multicenter, controlled trial, we assigned 4447 patients with type 2 diabetes to receive olmesartan (at a dose of 40 mg once daily) or placebo for a median of 3.2 years. The primary outcome was the time to the first onset of microalbuminuria. The times to the onset of renal and cardiovascular events were analyzed as secondary end points. RESULTS: Microalbuminuria developed in 8.2% of the patients in the olmesartan group (178 of 2160 patients who could be evaluated) and 9.8% in the placebo group (210 of 2139); the time to the onset of microalbuminuria was increased by 23% with olmesartan (hazard ratio for onset of microalbuminuria, 0.77; 95% confidence interval, 0.63 to 0.94; P=0.01). CONCLUSIONS: Olmesartan was associated with a delayed onset of microalbuminuria, even though blood-pressure control in both groups was excellent according to current standards. The higher rate of fatal cardiovascular events with olmesartan among patients with preexisting coronary heart disease is of concern. (Funded by Daiichi Sankyo; ClinicalTrials.gov number, NCT00185159.) ________________________________________________________________________________________________________________________ Nefropatia Diabética Tratamento da Dislipidemia • LDL ox + ác. Graxos livres → ↑ ROS → piora da DN • Estatinas: anti-inflamatórios e anti-oxidantes nas cél tubulares e mesangiais → ↓ ND em modelos experimentais (Usui et al., 2003) • Estudos em humanos: ↓ microalbuminúria (Fried et al., 2001) • Análise 2ª do CARDS Trial: não houve ≠ na incidência ou regressão da albuminúria, com modesto benefício na TFG no grupo estatina (Colhoun et al., 2009) • Fibratos (Fenofibrato): ↓ microalbuminúria e progressão para macroalbuminúria (Ansquer et al., 2005; Keech et al., 2007) ________________________________________________________________________________________________________________________ Choudhury, D. Diabetic Nephropathy — A Multifaceted Target of New Therapies N Engl J Med 2005; 353:238-48 Nefropatia Diabética ________________________________________________________________________________________________________________________ Nefropatia Diabética Terapêutica – Restrição Protéica • ↓ PIG, hiperfiltração e retardar progressão da ND • Resultados discordantes em humanos • ADA: • 0,8 g/Kg/dia (ND com alteração discreta da TFG) • 0,6 g/Kg/dia (ND avançada) • Cuidado: risco de desnutrição! ________________________________________________________________________________________________________________________ Choudhury, D. Diabetic Nephropathy — A Multifaceted Target of New Therapies Discovery Medicine. Nov, 2010 Nefropatia Diabética Terapêutica – Outras medidas • Restrição de sódio (HAS + edema) • Diuréticos (se retenção hídrica) • Eritropoetina • Cessar tabagismo •↑ peso: efeito indepedente na proteinúria (DM2) (Rossi et al., 2010) • Perda de peso → diminuição da excreção de proteína urinária (Saiki et al., 2005) ________________________________________________________________________________________________________________________ Choudhury, D. Diabetic Nephropathy — A Multifaceted Target of New Therapies Discovery Medicine. Nov, 2010 Nefropatia Diabética Perspectivas Terapêuticas • Inibidores da formação de AGEs (prod finais de glicolIzação avançada): ↓ inflamação, stress oxidativo • Piridoxamina: inibe proteínas pré-glicadas + bloqueio da formação de proteínas de lipoxidação avançada (Turgut and Bolton, 2010) • S-benzoilltiamina monofosfato: ↓ formação AGE e PKC (Turgut and Bolton, 2010) • Ruboxistaurina (inibidoR da PKC: ↓ microalbuminúria no DM 2 (Tuttle et al., 2005) • Pentoxifilina: efeito anti-inflamatório, ↓ proteinúria no DM (McCormick et al., 2008); • Estudos maiores são necessários para melhor definição ________________________________________________________________________________________________________________________ Choudhury, D. Diabetic Nephropathy — A Multifaceted Target of New Therapies Nefropatia Diabética Perspectivas • Inibidores TGF-β: ↓ fibrose renal em roedores (Decleves and Sharma, 2010; Turgut and Bolton, 2010) • Antagonistas da Grelina (Dolan et al., 2005) • Inibidores do VEGF: ↓ DN (Sung et al., 2006) •Terapias ainda não testadas em humanos ________________________________________________________________________________________________________________________ Choudhury, D. Diabetic Nephropathy — A Multifaceted Target of New Therapies Nefropatia Diabética Quando encaminhar ao nefrologista? • ADA: • ClCr < 70 mL/min/ 1,73m2 • Cr > 2,0 mg/dL • Dificuldade de manuseio da HAS e hipercalemia Terapia Renal Substitutiva • ClCr < 20 mL/min/ 1,73m2 • Afastar fatores descompensadores da função renal ________________________________________________________________________________________________________________________ UpToDate, versão 17.1, 2009.
Documentos relacionados
Nefropatia Diabética
Controle da pressão arterial e proteinúria pressão arterial sistêmica pressão capilar glomerular filtração de proteínas proliferação celular e fibrose mediada por angiotensina-2(TGF- ) – Objetivos...
Leia mais