Nefropatia Diabética
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Nefropatia Diabética
NEFROPATIA DIABÉTICA Cristianne da Silva Alexandre Disciplina de Nefrologia UFPB Nefropatia Diabética • Causa mais comum de IRCT em adultos. • Diabetes acomete 0,5% da população – 25 a 35% devolvem ND com pico de incidência aos 20 anos de doença. • Fatores genéticos e ambientais contribuem para o advento de ND. • Hipertensão arterial pode ter importância na gênese, mas tem importância certa na progressão da ND. Fatores de risco para a Nefropatia Diabética (NIDDM) • História Familiar : - Doença cardiovascular, hipertensão, nefropatia diabética • Fatores Genéticos : - polimorfismo gênico da ECA (DD) - resistência à insulina NEFROPATIA DIABÉTICA DEFINIÇÃO Glomerulopatia com estas características : • • • • Proteinúria clínica (>500 mg/24 h) Albuminúria maior que 300 mg/24 h Retinopatia característica do DM Ausência de sinais de outra doença renal Epidemiologia : • Principal causa de DRC estágio V no ocidente ; • Prevalência : DM I – 25 – 40% DM II – 15% • DM tipo I – pico de incidência após 15 anos de doença com posterior declínio. 30 25 % 20 15 10 5 0 GNC Intersticial HAS DM I DM II LES Policístico Alport Obstrutiva Outras Desconhecida Epidemiologia : • DM tipo I – pico de incidência após 15 anos de doença com posterior declínio. História natural : • Normoalbuminúria : DM tipo I : – DCCT – controle glicêmico estrito : • < chance de nefro, neuro e retinopatia em 35-70%; • < 40% incidência de microalbuminúria ; – Krolewski e cols. – Hbglicada > 8 aumenta risco de microalbuminúria ; DM tipo II ; • Microalbuminúria : 30mg/24h (20μg/min) – 300mg/24h (200μg/min) c/ ou sem hiperfiltração (cl > 135ml/min/1,73m2) – Filtração x reabsorção de ptns ; – Poros – 5,5nm ; – Eletronegatividade (heparan sulfato, ac. Siálico e outros proteoglicanos) ; – DM I : 3 anos – 8% (prevalência) 10 anos – 20% 10 – 20 anos – 52% – DM II : prevalência 20% (se retinopatia presente 40%). – Não se sabe se prediz desenvolvimento futuro de nefropatia; – Prediz maior motalidade cardio vascular (especialmente em DM tipo II) • Macroalbuminúria ou nefropatia clínica : 200μg/min (300mg/24h) + declínio progressivo da função renal • Nefropatia diabética e mortalidade. Nefropatia Diabética - Estágios do tipo1 • Estágio I - GFR • Estágio II - apenas lesões histológicas • Estágio III - microalbuminúria (30-300 mg/d) e surgimento de H.A. • Estágio IV - proteinúria franca, H.A. 75%, RFG é comum • Estágio V - IRCT 5 a 15 anos após início de proteinúria Nefropatia Diabética HIPERGLICEMIA TGF- , ECM Ativ. da via DAG/PKC b1 Ativ. da cPLA2 Alterações Hemodinâmicas ( PGC , Hiperfiltração) PGE2, PGI2 MCP-1 Hipertrofia AGRESSÃO MECÂNICA Recrutamento de Macrófagos, Neutrófilos, Plaquetas Citocinas Lesão endotelial Lesão MBG Lesão Podocítica + “Mechanical Strain” ? ICAM-1 Resposta Celular de natureza inflamatória PDGF, Citocinas TGF- Ativação de Linfócitos T INFLAMAÇÃO TXA2, TGF- FIBROSE Perda de Néfrons Patogênese - Nefropatia Diabética • • • • Exposição prolongada à níveis de glicose Produtos avançados de glicosilação Fatores Hemodinâmicos Acúmulo de matriz extracelular (mesângio, MBG e MBT) – desbalanço entre a produção e degradação • TGF-β • Angiotensina II • gicemia TGF-β ativa proteína quinase C AMPc matriz • Predisposição genética • Endotelina, prostagalndinas, aldolase-redutase • Mecanismo de indução das lesões renais pela hiperglicemia : – Glicosilação não-enzimática de ptns: • Hb glicada ; • AGE (advanced glycated end-product) ; – Via do poliol ; – Aumento da produção de matriz mesangeal : • TGFβ1 ; • Reduz síntese de heparan sulfato, ac. Siálico; – Proteína Quinase C; – Alterações de células endoteliais ; – Alterações bioquímicas na matriz extracelular ; – Aumento da produção de espécies reativas de oxigênio ; • Alterações da morfologia renal no DM: – Fase inicial : aumento do mesângio e MBG, aumento do volume glomerular e renal ; – Fase tardia : GE nodular (Kimmelstiel Wilson); depósitos hialinos inespecíficos ; – Alterações morfológicas => alterações funcionais ; – Expansão mesangial e fibrose intersticial se correlacionam bem com RFG (mas não espessamento da MBG) Glomérulo esclerose nodular – Kimmelstiel - Wilson Glomérulo esclerose intercapilar Triagem Nefropatia Diabética • DM tipo I com + de 5 anos e todos os tipo 2 proteinúria por fita se negativo microalbuminúria (depois anualmente) • Não dosar microalbuminúria – ITU – Febre – Diabetes descompensado – Hipertensão arterial – ICC Como manusear esses pacientes? Portadores de DM Microalbuminúria + Tratamento Prevenção Estratégias prevenção Prevenção da ND controle estrito da glicemia - DCCT N =1441 DM tipo 1, acomapanhamento 6,5 anos DCCT - NEJM 329 (14):977, 1993 Incidência Cumulativa de Microalbuminúria DCCT - NEJM 329 (14):977, 1993 Prevenção da ND controle estrito da glicemia - UKPDS ACHADOS SEMELHANTES DIABETES TIPO II Controle de HAS Estratégias Tratamento Controle glicêmico Medidas farmacológicas Multiação Controle glicêmico - DM 2 160 pacientes com microalbuminúria (30-300mg/24h) - Steno type 2 Study end point: albuminúria > 300 mg/dia 73% Lancet 353:617, 1999 Estratégias Tratamento Controle glicêmico Medidas farmacológicas Multiação Medidas farmacológicas IECA BRA INIBIDOR DE RENINA Controle da pressão arterial e proteinúria pressão arterial sistêmica pressão capilar glomerular filtração de proteínas proliferação celular e fibrose mediada por angiotensina-2(TGF- ) – Objetivos pressóricos Medidas farmacológicas DM tipo I proteinúricos Lewis EJ e cols. NEJM 329:1456, 1993 RENAAL N = 1513 hipertensos e diabéticos tipo 2 relação Albumina/Cr > 300mg/g ou proteinúria > 0,5g/dia Cr entre 1,3 a 3mg/dL e Acompanhamento de 3,4 a. End-Stage Renal Disease % Placebo Redução de risco 28% p=0,002 Losartan Months of Study Brenner et al - RENAAL NEJM 345(12): 861, 2001 RENAAL Placebo P<0.001 Losartan Brenner et al - RENAAL NEJM 345(12): 861, 2001 HÁ ALGUM BRA SUPERIOR???? Aleskireno e ND -AVOID Dúvidas na literatura... Duplo Bloqueio CALM – CANDERSATAN E LISINOPRIL Estratégias Tratamento Controle glicêmico Medidas farmacológicas Multiação Dieta Hipoprotéica ? Nefropatia Diabética Pacientes Diabéticos 0,56 Pedrini e cols. ANNALS INT MED 124(7):627, 1996 Tratamento - Nefropatia Diabética – antihipertensivos – – – – – progressão para IRC • Objetivo: níveis de 120 X 75 • preferência para inibidores de ECA e receptor AT1 restrição protéica (controverso) parar de fumar tratar dislipidemia controle rigoroso do diabetes tratar síndrome nefrótica • restrição de sódio • diuréticos – evitar AINH e contrastes radiológicos – estatinas Tratamento da ND em IRCT • • • • Hemodiálise Diálise peritoneal Transplante renal Transplante duplo pâncreas rim OBRIGADA....
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