Pesquisa Global de Auditoria Interna do IIA

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Pesquisa Global de Auditoria Interna do IIA
UM COMPONENTE DO ESTUDO CBOK
PESQUISA GLOBAL DE AUDITORIA INTERNA DO IIA
Características de
uma Atividade de
Auditoria Interna
Pesquisa Global de Auditoria Interna do IIA:
Um Componente do Estudo CBOK
Características de uma
Atividade de Auditoria
Interna
Relatório I
Yass Alkafaji, DBA, CPA, CFE
Shakir Hussain, PhD
Ashraf Khallaf, PhD
Munir A. Majdalawieh, PhD
Informações Gerais
Copyright © 2010 The Institute of Internal Auditors Research Foundation (IIARF), 247
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A Fundação de Pesquisa do IIA (IIARF) publica este documento para fins de
informação e educação. Este documento pretende fornecer informações, mas não
substitui aconselhamento jurídico ou contábil. A IIARF não fornece tais
aconselhamentos e não garante qualquer resultado jurídico ou contábil que resulte da
publicação deste documento. Quando questões jurídicas ou contábeis surgirem, busque
auxílio profissional.
A Estrutura Internacional de Práticas Profissionais (International Professional Practices
Framework – IPPF) do Instituto de Auditores Internos (Institute of Internal Auditors –
IIA) abrange toda a extensão de orientações práticas, existentes e em desenvolvimento,
para a profissão. A IPPF fornece orientação para auditores internos em todo o mundo e
abre o caminho para a auditoria interna de classe mundial.
A missão da IIARF é expandir o conhecimento e o entendimento sobre auditoria
interna, fornecendo produtos relevantes de pesquisa e educação para melhorar a
profissão globalmente.
O IIA e a IIARF trabalham em parceira com pesquisadores de todo o mundo que
conduzem estudos valiosos sobre questões críticas que afetam o mundo comercial de
hoje. Muito do conteúdo apresentado em seus relatórios finais é resultado de uma
pesquisa patrocinada pela IIARF e preparada como um serviço para a Fundação e para a
profissão de auditoria interna. Opiniões, interpretações ou pontos de vista aqui
expressos representam um consenso dos pesquisadores e não necessariamente refletem
ou representam as posições ou políticas oficiais do IIA ou IIARF.
ISBN 978-0-89413-695-5
12/10
Primeira Edição
Um Componente do Estudo CBOK | ii
Dedicatória
William G. Bishop III, CIA, foi presidente do Instituto de Auditores Internos de
setembro de 1992 até sua morte, em março de 2004. Com o lema “tenho orgulho de ser
um auditor interno”, ele lutou para tornar a auditoria interna uma profissão
verdadeiramente global. Bill Bishop defendeu a pesquisa de qualidade para melhoria do
desenvolvimento e prática da auditoria interna. Para ajudar a melhorar o futuro desta
profissão, é de importância vital que a profissão documente sua evolução no mundo
todo.
Índice
Agradecimentos..........................................................................................................vii
Sobre os Autores ..........................................................................................................x
Prefácio ........................................................................................................................ xiii
Sumário Executivo ................................................................................................... xvii
Capítulo 1 Introdução ................................................................................................... 1
Capítulo 2 Demografia da População e Organizações de Auditoria Interna ................ 3
Capítulo 3 Práticas de Estruturação da Equipe de Auditoria Interna ........................ 18
Capítulo 4 Escopo, Estrutura e Relacionamentos de Reporte da Atividade............... 24
Capítulo 5 Conclusão .................................................................................................. 47
Pesquisa Global de Auditoria Interna do IIA - Perguntas ............................. 50
Pesquisa Global de Auditoria Interna do IIA - Glossário ............................... 57
Agradecimento aos Patrocinadores da Fundação de Pesquisa do IIA ...... 62
Conselho de Curadores da IIARF........................................................................... 64
Comitê de Pesquisa e Conselheiros de Educação da IIARF .......................... 65
Um Componente do Estudo CBOK | v
Agradecimentos
O século XXI apresenta um crescimento, sem precedentes, de oportunidades para a
profissão de auditoria interna. Os avanços em tecnologia, a confluência de informações
e a Era da Internet, e a velocidade e expansão absolutas de capacidades de comunicação
aceleraram significativamente o ritmo da globalização. Processos de governança, riscos,
controle e conformidade dentro de organizações passaram por mudanças significantes
para gerenciar a crescente complexidade e sofisticação de operações de negócios globais.
Todos esses progressos oferecem uma grande oportunidade para recursos internos de
auditoria, compartilhados ou terceirizados, incluindo o potencial de agregar ainda mais
valor às respectivas organizações.
Para garantir que um volume de conhecimento seja acumulado de forma sistemática,
desenvolvimentos da prática em ambientes que mudam dinamicamente devem ser
monitorados cuidadosamente e analisados de forma contínua, para revelar insights de
importância crítica. Lições indispensáveis vindas da experiência da profissão devem
fazer parte do registro histórico e devem ser transmitidas para a geração atual e futuras
gerações de profissionais de auditoria interna, para melhores resultados. Não devemos
apenas buscar fornecer um retrato preciso do estado atual da profissão, e sim encorajar
pesquisas relevantes à pratica, para informar e expandir seus limites.
Somos afortunados pelo fato de que, sob os auspícios do William G. Bishop III, CIA,
Memorial Fund, administrado pela IIARF, seja possível realizar estudos de grande porte
sobre a profissão global de auditoria interna. Nós, sinceramente, apreciamos a paixão e
o compromisso de Mary Bishop em promover a profissão de auditoria interna enquanto
honra o legado de Bill Bishop. A pesquisa inaugural do CBOK (Common Body of
Knowledge – Corpo Comum de Conhecimento), sob a liderança de William Taylor,
ocorreu em 2006; esta é a segunda iteração. Com base nas respostas da Pesquisa Global
de Auditoria Interna do IIA de 2006, e agora de 2010, é possível comparar resultados e
representar tendências de alto nível.
Cinco relatórios cobrem todo o espectro de uma ampla variedade de perguntas de
pesquisa (projetadas cuidadosamente para permitir uma comparação entre os dados de
pesquisa de 2006 e 2010). Esses relatórios cobrem conteúdos atuais, desde características
de uma atividade de auditoria interna até as implicações para mapear a trajetória futura
da profissão. A cooperação e o compartilhamento entre as cinco equipes que escreveram
o relatório, representando as Américas, Ásia, Europa e Oriente Médio, tornaram este
projeto um verdadeiro esforço global e colaborativo.
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Esperamos que esta coleção de relatórios, descrevendo a influência esperada de temas
principais e desenvolvimentos sobre a profissão extraídos da pesquisa, forneça uma
imagem abrangente da profissão de forma global, ofereça insights úteis e informações
relevantes para a prática, e aponte o caminho a seguir, para manter a relevância
contínua e as contribuições de valor agregado da profissão.
Para um grande projeto mundial, como a Pesquisa Global de Auditoria Interna do IIA, a
lista de pessoas a agradecer é bastante grande. Primeiro de tudo, nosso agradecimento
especial vai para a Curadora da IIARF, Marjorie Maguire-Krupp, que se envolveu no
começo do estudo CBOK no outono de 2008 e, logo depois, aposentou o ex-presidente
do IIA David Richards, que, junto com Michelle Scott, forneceu a liderança inicial a este
projeto significativo.
Além disso, devemos agradecer a William Taylor e Leen Paape, ambos conselheiros dos
responsáveis pelo estudo CBOK 2010, e os membros internacionais do Comitê de
Direcionamento do CBOK 2010 a seguir, assim como o Subcomitê de Design de
Pesquisa e o Subcomitê de Supervisão de Resultados, por sua orientação e contribuição
significativa para o design, administração, coleta de dados, interpretação e relatórios
específicos para certos tópicos da pesquisa: Abdullah Al-Rowais, AbdulQader Ali,
Audley Bell, Sezer Bozkus, John Brackett, Ellen Brataas, Edouard Bucaille, Adil
Buhariwalla, Jean Coroller, David Curry, Todd Davies, Joyce Drummond-Hill,
Claudelle von Eck , Bob Foster, Michael Head, Eric Hespenheide, Greg Hill, Steve
Jameson, Béatrice Ki-Zerbo, Eric Lavoie, Luc Lavoie, Marjorie Maguire-Krupp, John
McLaughlin, Fernando Mills, Michael Parkinson, Jeff Perkins, Carolyn Saint, Sakiko
Sakai, Patricia Scipio, Paul Sobel, Muriel Uzan, R. Venkataraman, Dominique Vincenti
e Linda Yanta.
Vários membros desses comitês devem ser particularmente agradecidos por sua grande
participação no que se tornou um compromisso prolongado de três anos para este
empreendimento de grande porte. Cada uma dessas pessoas contribuiu com sua
liderança, riqueza de conhecimento e experiência, com seu tempo e esforço para o
estudo CBOK e merece nossa mais profunda gratidão.
O Professor Mohammad Abdolmohammadi, da Universidade de Bentley, foi de suma
importância para a análise de dados de 2010 e para o preparo das tabelas de resumo das
respostas da pesquisa, da mesma forma que para o estudo de 2006. A Professora Sandra
Shelton, da Universidade DePaul, deve ser reconhecida por dar aos relatórios uma
fluência suave e uma consistência geral de estilo e conteúdo.
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A pesquisa nunca teria sido um sucesso sem o apoio firme e irrestrito dos defensores do
projeto de pesquisa nos institutos IIA pelo mundo. Na sede mundial do IIA, em
Altamonte Springs, Florida, nos Estados Unidos, muitos membros da equipe,
especialmente Bonnie Ulmer e Selma Kuurstra, trabalharam sem descanso e forneceram
apoio e conhecimento indispensáveis. Bonnie Ulmer, vice-presidente da IIARF, David
Polansky, diretor executivo da IIARF e Richard Chambers, presidente e CEO do IIA
(que trabalhou simultaneamente como diretor executivo pela maior parte do projeto)
forneceram a orientação necessária para a realização bem sucedida do projeto.
Por último, mas não menos importante, o componente do estudo CBOK de 2010 do IIA
— A Pesquisa Global de Auditoria Interna — e os cinco relatórios resultantes devem seu
conteúdo às centenas de membros e não-membros do IIA, por todo o mundo, que
participaram da pesquisa. De certa forma, esses relatórios são uma homenagem
merecida às contribuições feitas por profissionais de auditoria interna do mundo todo.
Co-presidentes do Comitê de Direcionamento do CBOK 2010
Dr. Sridhar Ramamoorti, CIA, CFSA, CGAP
Professor Associado de Contabilidade
Michael J. Coles Faculdade de Administração
Universidade do Estado de Kennesaw
Susan Ulrey, CIA, FCA, CFE
Diretor Gerente, Serviços de Aconselhamento de Riscos
KPMG LLP
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Sobre os Autores
Yass Alkafaji, DBA, CPA, CFE, é um acadêmico e auditor profissional. Ele faz parte da
faculdade de contabilidade da American University of Sharjah, Sharjah, nos Emirados
Árabes Unidos, e é o fundador da firma de contabilidade Alkafaji & Associates em
Chicago, Illinois, nos Estados Unidos. Ele fornece serviços fiscais, de auditoria e de
consultoria para vários clientes de diferentes indústrias. Já escreveu extensivamente
sobre questões de contabilidade e auditoria em jornais acadêmicos e profissionais,
incluindo o Accounting Research Journal, Managerial Auditing Journal, International
Journal of Accounting, IIA-UAE Journal e o Journal of Accounting Education, e escreveu
um livro sobre as normas IFRS (International Financial Reporting Standards), publicado
pela John Wiley & Sons, Inc. em 2010. Alkafaji também está escrevendo um segundo
livro sobre as normas IFRS, a ser publicado novamente pela John Wiley & Sons, Inc. Ele
é um auditor independente certificado, um examinador de fraudes certificado (Certified
Fraud Examiner – CFE) e um analista de valoração certificado. Possui doutorado em
administração de empresas pela Mississippi State University e um MBA da University of
Texas - Austin, Estados Unidos.
Shakir Hussain, PhD, é um estatístico residente da Birmingham University, no Reino
Unido, onde ele presta auxílio a pesquisas para o corpo docente e alunos de graduação
no Departamento de Saúde Pública, Epidemiologia e Bioestatística. Como recurso ao
corpo docente e aos alunos, sua tarefa principal de pesquisa é ajudar os pesquisadores na
universidade a selecionar os métodos de pesquisa adequados para tratar as questões do
pesquisador e permitir um teste eficiente de hipóteses. Ele possui mais de 30 artigos
publicados em revistas de renome. Sua pesquisa atual foca na exploração da nãolinearidade multivariada sob estruturas multi-nível com aplicação em fisiologia,
negócios e educação. Hussain possui PhD em estatística pela University of Gothenburg,
na Suécia, e mestrado pela Universidade of Missouri - Columbia, Estados Unidos. Ele foi
publicado em várias revistas de diversos campos, como estatística, medicina,
epidemiologia, meio ambiente, economia, psicologia e educação. Ele atualmente tem
interesse em explorar a não-linearidade multivariada sob estruturas multi-nível, com
aplicação em fisiologia e educação.
Ashraf Khallaf, PhD, faz parte do corpo docente da American University of Sharjah,
Sharjah, nos Emirados Árabes Unidos, onde ensina contabilidade financeira,
contabilidade intermediária e contabilidade avançada, assim como contabilidade em
instituições financeiras islâmicas. Seu interesse de pesquisa é o efeito das mudanças
estratégicas da gestão de TI no valor de mercado e desempenho da firma, governança
corporativa e auditoria interna. Khallaf foi publicado no Journal of Information Systems
e no International Journal of Accounting Information Systems. Ele também apresentou
muitos trabalhos em conferências acadêmicas nacionais e regionais da Associação
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Americana de Contabilidade (American Accounting Association – AAA) e ganhou o
prêmio de melhor tese na Midwest AAA Meeting de 2005.
Munir A. Majdalawieh, PhD, é um pesquisador acadêmico e profissional de sistemas de
informação (information systems - IS). Ele é professor assistente do MIS na American
University of Sharjah (AUS), Sharjah, nos Emirados Árabes Unidos. Majdalawieh obteve
seu PhD em IS pela George Mason University em Fairfax, Virginia, nos Estados Unidos.
Ele escreve sobre auditoria interna e controle, segurança e privacidade de TI, gestão de
riscos, governança corporativa e de TI e mudanças estratégicas nas tecnologias e na
gestão de TI/IS, em revistas acadêmicas e profissionais renomadas, e procedimentos de
conferência. Ele já trabalhou para a Digital Equipment Corporation, Compaq Computer
Corporation, Hewlett Packard e Booz Allen Hamilton por mais de 22 anos. Majdalawieh
é membro ativo da IIA, ISACA e da Sociedade de Gestão de Riscos e Seguros (Risk and
Insurance Management Society - RIMS).
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Prefácio
Pesquisa Global de Auditoria Interna do IIA:
Um Componente do Estudo CBOK
A Pesquisa Global de Auditoria Interna 2010 do IIA é o estudo mais abrangente até o
momento a registrar as perspectivas e opiniões atuais de uma ampla combinação de
auditores internos praticantes, prestadores de serviços de auditoria e acadêmicos, a
respeito da natureza e do escopo de atividades de avaliação e consultoria sobre o estado
da profissão no mundo todo. Esta iniciativa é parte de um programa de pesquisa global
contínuo, patrocinado pela Fundação de Pesquisa do Instituto de Auditores Internos
(IIARF) através do Fundo Memorial William G. Bishop III, CIA, para ampliar o
conhecimento sobre como a auditoria interna é praticada em todo o mundo.
Um banco de dados abrangente foi desenvolvido, incluindo mais de 13.500 respostas
válidas de entrevistados em mais de 107 países. Os cinco relatórios derivados das
análises das respostas da pesquisa fornecem informações úteis para os profissionais de
auditoria interna, diretores executivos de auditoria (DEAs), acadêmicos e outros, para
melhorar o processo de tomada de decisão a respeito da estruturação da equipe,
treinamento, desenvolvimento de carreira, conformidade com as Normas do IIA
(Normas), competências e as funções emergentes da atividade de auditoria interna.
 Características de uma Atividade de Auditoria Interna (Relatório I) examina as
características da atividade de auditoria interna, incluindo demografia, nível de
estruturação de equipe e hierarquia.
 Competências Fundamentais para o Auditor Interno de Hoje (Relatório II)
identifica e discute as competências mais importantes para auditores internos.
Também trata da adequação, uso e conformidade com as Normas do IIA.
 Medindo o Valor da Auditoria Interna (Relatório III) foca na medição do valor
da auditoria interna para a organização.
 Qual o Futuro da Auditoria Interna? (Relatório IV) fornece um insight sobre o
futuro da profissão, identificando as mudanças percebidas nas funções da
atividade de auditoria interna para os próximos cinco anos.
 Imperativos para Mudança: A Pesquisa Global de Auditoria Interna do IIA em
Ação (Relatório V) contém conclusões, observações e recomendações para que a
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atividade de auditoria interna antecipe e atenda às necessidades das
organizações, que mudam rapidamente, para posicionar a profissão de forma
estratégica a longo prazo.
A pesquisa de 2010 se constrói sobre a base estabelecida nos estudos anteriores do
CBOK (i.e. 2006), fornecendo comparação, análise e tendências, assim como uma base
de comparação para futuras Pesquisas Globais de Auditoria Interna do IIA.
Estudos Anteriores do CBOK do IIA
O IIA patrocinou cinco estudos anteriores do CBOK. A tabela a seguir compara o
número de países participantes e as respostas válidas dos questionários, usadas em cada
estudo CBOK. Enquanto os estudos I até IV foram feitos apenas em inglês, as pesquisas
de 2006 e 2010 foram disponibilizadas em 17 e 22 idiomas, respectivamente.
Número de Entrevistados e Países participantes do CBOK ao longo dos
anos
Número do Estudo
Ano
Número de países
I
II
III
IV
V
VI
1972
1985
1991
1999
2006
2010
1
2
2
21
91
107
Número de
respostas usáveis
75
340
1,163
136
9,366
13,582
A Pesquisa Global de Auditoria Interna do IIA 2010 – Benefícios
para a Profissão
Maximizar a função da auditoria interna é o mais importante para cumprir os desafios
do ambiente comercial dos dias de hoje. A globalização e o ritmo rápido das mudanças
alteraram, de várias formas, a estrutura conceitual de habilidades necessárias para o
sucesso em vários níveis da função de auditoria interna. O valor da auditoria interna
será medido por sua habilidade de causar mudanças positivas e melhorias. É imperativo
para a auditoria interna examinar as tendências atuais dentro da profissão para, assim,
ser capaz de recomendar mudanças dentro da atividade de auditoria interna. Isso deve
ajudar a auditoria interna a:
 Fornecer o maior valor possível para sua organização.
 Antecipar e atender às necessidades das organizações.
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 Posicionar a profissão de forma estratégica a longo prazo.
Equipes de Pesquisa
Os pesquisadores a seguir, selecionados a partir de suas respostas a uma Solicitação de
Proposta (Request for Proposal), participaram da redação dos relatórios e trabalharam
perto de Mohammad J. Abdolmohammadi (Bentley University, Estados Unidos),
responsável pela análise geral dos bancos de dados das pesquisas de 2006 e 2010, assim
como análises adicionais baseadas nas solicitações dos pesquisadores.
Relatório I
Yass Alkafaji, Munir A. Majdalawieh, Ashraf Khallaf (American University of Sharjah,
Emirados Árabes) e Shakir Hussain (University of Birmingham, Reino Unido).
Relatório II
James A. Bailey (Utah Valley University, Estados Unidos).
Relatório III
Jiin-Feng Chen e Wan-Ying Lin (Universidade Nacional de Chengchi, Taiwan, China).
Relatório IV
Georges M. Selim e Robert Melville (Cass Business School, Reino Unido), Gerrit Sarens
(Université Catholique de Louvain, Bélgica) e Marco Allegrini e Giuseppe D’Onza
(Università di Pisa, Itália).
Relatório V
Richard J. Anderson (De Paul University, Estados Unidos) e J. Christopher Svare
(Partners in Communication, Estados Unidos).
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Sumário Executivo
Em um esforço para cumprir com as expectativas das partes interessadas, seguindo os
desafios do ambiente de negócios global dos dias de hoje, as organizações
implementaram mudanças significativas nos processos de riscos, controle e
conformidade. É necessário examinar a demografia e outras características da população
de auditores internos para avaliar as habilidades críticas necessárias para posicionar a
profissão a longo prazo, de forma estratégica, para agregar o maior valor possível à
organização. O Relatório I examina a demografia e outros atributos da população global
de auditores internos. Essa análise é baseada nas respostas de 13.582 membros e nãomembros do IIA em mais de 107 países.
Uma análise da pesquisa revelou as seguintes descobertas proeminentes:
 Auditores internos estão começando mais jovens na profissão. A porcentagem
de auditores na faixa etária de 26 a 36 aumentou para 30% em 2010, comparado
com os 11% de 2006.
 Mais de dois terços dos entrevistados da pesquisa eram homens e um terço dos
entrevistados eram mulheres.
 Há um aumento significativo no percentual de auditores internos obtendo
mestrado e doutorado.
 Há um aumento na porcentagem de entrevistados com graduação em auditoria
interna.
 Mais da metade das organizações de auditoria interna obtém sua equipe a partir
de transferências dentro da organização, seguidas por agências de empregos e
indicações de referências profissionais.
 As organizações confiam em fontes de trabalho colaborativas ou terceirizadas
para compensar habilidades que faltam na atividade da auditoria interna.
 Aproximadamente 50% das organizações dos entrevistados recrutarão mais
pessoal nos próximos cinco anos, com 42% indicando que vão manter seus
níveis atuais de equipe.
 Os resultados da pesquisa indicam que a maioria dos DEAs reporta ao CEO ou
ao comitê de auditoria, com variação por região. A maior porcentagem de DEAs
reportando a comitês de auditoria foi percebida no Oriente Médio, Estados
Unidos e Canadá, e América Latina.
 Em cinco anos, o foco das atividades de auditoria interna vai variar de forma
significante da prática atual. Governança corporativa, gestão de riscos da
organização, revisões estratégicas, auditorias de ética e a migração para as
normas IFRS serão as principais áreas de foco da auditoria interna, com menos
ênfase na operação e realização de auditorias, auditoria de riscos financeiros,
investigações de fraude e avaliação de controles internos.
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Este relatório fornece aos DEAs e profissionais de auditoria interna informações
relevantes sobre o papel atual da atividade da auditoria interna e insights a respeito da
direção futura da profissão.
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Capítulo 1
Introdução
Profissionais de auditoria interna precisam de informações relevantes e oportunas sobre
a situação da profissão da auditoria interna e sobre as melhores práticas implementadas
por outros em todo o mundo. Auditores internos profissionais buscam melhorar a
eficácia e eficiência de seus departamentos de auditoria interna. O objetivo principal do
Relatório I é fornecer aos profissionais de auditoria interna informações relevantes,
fáceis de compreender e oportunas sobre as
características das melhores práticas de auditoria
Profissionais de auditoria
interna. Auditores internos profissionais podem
interna podem aprender
aprender a partir dos dados e informações contidos
as melhores práticas com
outros profissionais, para
neste relatório, para modificar seus próprios modos
melhorarem e
de praticar a profissão. Além disso, esse relatório
revigorarem suas
pode ser usado por instituições de auditoria interna
próprias práticas.
para projetar seus programas de serviço para
Instituições de auditoria
satisfazer as necessidades da comunidade de
interna podem aprender
como melhor satisfazer
auditoria interna.
as necessidades
crescentes da
comunidade de auditoria
interna.
O objetivo deste relatório é, primeiro, analisar e
identificar as características principais para a
prática de auditoria interna em 2010; comparar,
quando houver dados disponíveis, o estudo de 2006
do CBOK e a pesquisa de 2010; e identificar tendências principais na prática de
auditoria interna. O Capítulo 2 cobre a demografia de auditores internos e suas
organizações, o Capítulo 3 trata de problemas de preenchimento de vagas e o Capítulo 4
discute as atividades, escopo, estrutura e reporte da auditoria interna.
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Capítulo 2
Demografia da População e
Organizações de Auditoria Interna
Introdução
O objetivo primário deste capítulo é analisar a demografia da população de auditoria
interna e suas organizações. É importante documentar as similaridades e diferenças na
demografia da auditoria interna em todo o mundo e, com o tempo, fornecer uma base
para melhorar o futuro da profissão. Entender a demografia dos participantes servirá de
base para planejamento estratégico e para o processo de tomada de decisões.
Este capítulo fornece uma visão geral do histórico dos participantes da pesquisa e de
suas organizações, comparando os resultados da pesquisa de 2010 com os de 2006. Em
relação aos participantes, a análise considera as áreas de membros do IIA, localização,
dados pessoais (como idade e sexo), educação, experiência, certificação profissional,
treinamento e desenvolvimento de carreira. Para organizações, a análise enfatiza tipos
de organização, classificação da indústria, tamanho e localização geográfica.
Membros do IIA
As descobertas da pesquisa de 2010 mostram que cerca de 56% dos entrevistado se
tornaram membros do IIA nos últimos cinco anos. O aumento na proporção de novos
membros juntando-se ao IIA está de acordo com as descobertas da pesquisa de 2006,
mostrada na Figura 2–1.
Figura 2–1: Longevidade de Membros do IIA
Um Componente do Estudo CBOK | 3
Localização de Membros e Afiliações de Institutos
Foi pedido que os entrevistados especificassem seu principal local de prática da
profissão e sua afiliação ao instituto local do IIA com o qual eles se identificassem de
forma primária. As respostas estão agrupadas em oito áreas geográficas amplas
diferentes. A figura 2–2 mostra que aproximadamente 54% dos entrevistados trabalham
nos Estados Unidos/Canadá e Europa Ocidental (cerca de 29% nos Estados
Unidos/Canadá e aproximadamente 25% na Europa Ocidental). De forma similar,
aproximadamente 50% dos entrevistados pertencem às seções dos Estados
Unidos/Canadá e institutos da Europa Ocidental.
Figura 2–2: Entrevistados por Trabalho e Instituto IIA
Uma maior análise dos membros do IIA em 2010, por região e idade, conforme
mostrado na tabela 2–1, indica que, no total, cerca de 62% dos entrevistados se
associaram aos institutos IIA dentro dos últimos cinco anos. Vale notar que a
porcentagem de membros que ingressaram nos institutos IIA dentro dos últimos cinco
anos varia de uma região para outra. Por exemplo, 81% dos membros ingressaram em
institutos da Europa-Ásia Central, enquanto apenas 53% dos membros se associaram
aos institutos dos Estados Unidos/Canadá.
Um Componente do Estudo CBOK | 4
Tabela 2–1
Membros de Seções do IIA pro Região e Anos de Participação
Regiões
África
Ásia Pacífico
Europa-Ásia Central
América Latina e Caribe
Oriente Médio
Estados Unidos e Canadá
Europa Ocidental
Total
1–5
Anos
Freq
%
Freq
%
389
1,466
898
1,096
247
1,900
1,638
7,634
132
381
152
199
57
618
623
2,162
21.1%
17.5%
13.7%
13.6%
16.5%
17.3%
20.2%
17.5%
62.0%
67.5%
80.9%
74.9%
71.6%
53.1%
53.0%
61.6%
6–9
Anos
10 ou
Mais
Freq
%
Total de
Entrevistados
Freq
%
106
325
60
168
41
1,061
829
2,590
627
2,172
1,110
1,463
345
3,579
3,090
12,386
16.9%
15.0%
5.4%
11.5%
11.9%
29.7%
26.8%
20.9%
5.1%
17.5%
9.0%
11.8%
2.8%
28.9%
24.9%
100.0%
Nota: As porcentagens totais nesta tabela são ligeiramente diferentes da Figura 2–1 por
conta da exclusão de não-membros do IIA e do reagrupamento de dados em 2010, para
poderem ser comparados com os de 2006.
Idade dos Entrevistados
A comunidade de auditoria interna parece estar ficando mais jovem, com base nos
entrevistados das pesquisas de 2006 a 2010, conforme se nota na Figura 2–3. Auditores
internos na faixa etária de 26 a 34 aumentaram de 11%, em 2006, para 30% em 2010. De
acordo com a pesquisa de 2010, 65% dos entrevistados têm menos de 45 anos de idade.
Mesmo que não tabelada, a análise de distribuição de idade por região revela que o
Oriente Médio e África possuem a geração mais jovem de auditores (49% mais jovens
do que 34 anos). Em contraste, a idade média de auditores internos nos Estados Unidos,
Canadá e Europa Ocidental parece ser maior. Na Europa Ocidental, mais de 75% dos
entrevistados eram mais velhos do que 44 anos de idade e, nos Estados Unidos e
Canadá, 71% eram mais velhos do que 44 anos. Isso pode acontecer devido ao fato de
que o IIA foi fundado nos Estados Unidos e ao reconhecimento a longo prazo da
profissão.
Um Componente do Estudo CBOK | 5
Figura 2–3: Idade dos Auditores Internos
Sexo dos Entrevistados
Esta seção investiga a mistura de sexos dos
entrevistados da pesquisa de 2010. No geral, mais
de dois terços dos entrevistados da pesquisa eram
A maior porcentagem de
representação feminina é
homens e um terço dos entrevistados era
na Europa-Ásia Central, com
composto por mulheres. A Figura 2–4 mostra que
57%, enquanto a menor
57% dos entrevistados da Europa-Ásia Central
porcentagem é no Oriente
eram mulheres, enquanto a menor porcentagem
Médio, com 22%.
de representação feminina se deu no Oriente
Médio, com apenas 22%. Isso sugere uma
predominância de mulheres na profissão na Europa-Ásia Central e uma representação
mais equilibrada nos Estados Unidos e Canadá. Em outras regiões, a profissão parece
continuar dominada por homens.
Figura 2–4: Distribuição de Sexo por Região
Um Componente do Estudo CBOK | 6
Competências dos Auditores Internos
Houve um aumento no reconhecimento da importância da educação e experiência na
comunidade da auditoria interna. Fraudes e escândalos relatados na imprensa financeira
têm contribuído para a consciência crescente sobre a necessidade de auditores internos
bem educados, com habilidades especializadas. Esta seção examina a situação atual da
educação de auditores internos, em termos do nível de educação formal, grau
acadêmico, certificações profissionais e áreas de habilidade profissional e técnica.
Nível de Educação
A educação é um indicador de competência. Auditores bem educados tendem a lidar
com os desafios do trabalho de forma mais habilidosa e competente do que os menos
educados. A Figura 2–5 fornece provas de que os auditores internos progrediram em
direção a um nível de educação maior nos últimos quatro anos. De acordo com a
pesquisa de 2010, mais da metade dos entrevistados possuem uma graduação. Dos
entrevistados de 2010, 49,7% possuem um mestrado ou diploma de graduação,
comparados com os 41,1% de 2006.
Aproximadamente 43% dos entrevistados de 2010 possuem bacharelado, comparados
com os 52,5% de 2006. Os resultados de 2010 revelam que 65,7% dos entrevistados
possuem um diploma de administração e 23,7% possuem um diploma não relacionado a
administração.
Figura 2–5: Nível de Educação Formal do Auditor Interno
Para examinar se a diferença entre o nível de educação dos entrevistados entre as
pesquisas de 2006 e 2010 é significante, a diferença entre as duas proporções foi
calculada para cada nível de educação. A Figura 2–5 mostra que 4,3% dos entrevistados
da pesquisa de 2010 possuem educação no nível do ensino médio, em comparação a 5%
na pesquisa de 2006. Existem evidências de uma tendência a níveis maiores de
profissionalismo na auditoria interna, já que uma proporção maior de profissionais
possui no mínimo algum grau de educação superior.
Um Componente do Estudo CBOK | 7
No geral, existem provas de um movimento de diminuição significante na porcentagem
de entrevistados com grau de bacharelado ou menos e um movimento significante no
aumento da porcentagem de entrevistados obtendo diplomas de mestrado e doutorado.
Fica claro que há uma grande mudança em direção à obtenção de graduação entre
auditores internos. Essas descobertas sugerem que os auditores internos acreditam na
importância de melhorar seu nível de educação.
Formação Acadêmica
A Figura 2–6 foca nas seis formações acadêmicas mais comuns especificadas pelos
entrevistados da pesquisa de 2006 e 2010. Fica claro que a contabilidade é o curso
escolhido com maior freqüência, já que 48,6% dos entrevistados de 2010 escolheram
esta opção. Em seguida, a administração geral (24,4%), finanças (24,1%), auditoria
interna (23,6%), economia (16,1%) e auditoria externa (12,8%). Existe uma diminuição
na porcentagem de entrevistados indicando formação em contabilidade e auditoria
externa, em 2010, em relação ao estudo de 2006 e um aumento na porcentagem de
entrevistados formados em auditoria interna. Uma maior análise da escolha de
formações acadêmicas em várias regiões mostra que 63% dos entrevistados da América
Latina e Caribe escolhem auditoria interna como formação, enquanto apenas 4% dos
entrevistados nos Estados Unidos e Canadá escolhem auditoria interna. Possivelmente,
este é um reflexo da disponibilidade da auditoria interna como curso universitário.
Figura 2–6: Formação Acadêmica de Auditoria Interna
Nota: Como os entrevistados podiam escolher todas as formações que se aplicassem, a
porcentagem pode não totalizar 100%.
Cargo Atual na Organização
Foi pedido aos entrevistados na pesquisa que identificassem seus cargos na organização
em que trabalham. A Figura 2–7 mostra os cargos dos entrevistados em 2010. A
pesquisa não foi planejada para um grupo específico ou para um certo cargo dentro da
organização. Na verdade, a pesquisa cobre uma ampla variedade de cargos de auditoria
(e de não-auditoria). Dentre os entrevistados, 22% são diretores executivos de auditoria
Um Componente do Estudo CBOK | 8
(DEAs). Vale notar que 29% do total de entrevistados internos são DEAs, enquanto
apenas 8% dos entrevistados prestadores de serviço são associados.
Figura 2–7: Cargo dos Entrevistados na Organização
Certificações Profissionais
O CIA (Certified Internal Auditor ou, em português, Auditor Interno Certificado) é a
certificação profissional de mais de 30% dos entrevistados. Foram citadas, por 20% dos
entrevistados, as certificações de contabilidade pública, tais como CPA (Certified Public
Accountant), ACA (Chartered Accountant) e ACCA (Chartered Certified Accountant),
seguidos por certificados de auditoria de sistemas de informação, como o CISA
(Certified Information Systems Auditor). A Tabela 2–2 lista os certificados profissionais e
a porcentagem das respostas em ordem. Quando perguntados sobre quais certificados
eles terão dentro de cinco anos, os entrevistados afirmaram que o CIA é o principal
certificado pretendido, seguido pelo CFE (Certified Fraud Examiner) e pela CCSA
(Certification in Control Self-Assessment).
Tabela 2–2
Certificados Profissionais
Certificados Profissionais
%
Auditor Interno Certificado (CIA)
30,3%
Contabilidade pública/certificada (como CA/CPA/ACCA/ACA)
20,4%
Auditoria de sistemas de informação (como CISA/QiCA)
9,7%
Examinador de fraude (como CFE)
5,3%
Outras auditorias internas (como MIIA [Reino Unido e Irlanda]/PIIA)
4,2%
Gestão/contabilidade geral (como CMA/CIMA/CGA)
4,0%
Certificado em Auto-avaliação de Controles (CCSA)
3,7%
TI/ICT
2,4%
Status avançado ou profissional sênior (como FCA/FCCA/FCMA)
2,4%
Um Componente do Estudo CBOK | 9
Contabilidade – nível técnico (como CAT/AAT)
2,1%
Profissional de Auditoria Certificado pelo Governo (CGAP)
2,0%
Auditor de Serviços Financeiros Certificado (CFSA)
2.0%
Outros em gestão de riscos/auto-avaliação de controles (como CRM)
1.3%
Outros em auditoria/finanças pelo Governo (como CIPFA/CGFM)
1.2%
Outros em auditoria financeira especializada (como CIDA/CBA)
0.8%
Analista financeiro certificado (como CFA)
0.7%
Conforme é mostrado na Figura 2–8, em 2010, cerca de 50% dos portadores de CIA
completaram estudos de graduação, em comparação com os 41% de 2006, o que pode
indicar que os profissionais estão buscando uma formação profissional além do CIA.
Figura 2–8: CIAs e Nível de Educação
Experiência Profissional
Foi pedido aos entrevistados da pesquisa que descrevessem o domínio de sua
experiência profissional. A Figura 2–9 mostra que os entrevistados possuem várias
experiências. Muitos dos auditores internos possuem experiência em outras áreas, como
contabilidade, gestão, auditoria externa, finanças, TI/CT, engenharia e outros.
Um Componente do Estudo CBOK | 10
Figura 2–9: Experiência Profissional
Nota: Como os entrevistados podiam escolher todas as experiências que se aplicassem, a
porcentagem pode não totalizar 100%.
Em uma pergunta relacionada, foi perguntado aos DEAs o número específico de anos
que eles trabalharam como DEA em sua organização atual e anteriores. Os resultados
das pesquisas indicam que, no estudo de 2010, a maioria dos DEAs (62%) possui seis
anos ou menos de experiência como DEA em sua organização atual e anterior. A Figura
2–10 indica que 24% dos DEAs possuem mais de nove anos de experiência como DEA e
13,6% possuem de sete a nove anos de experiência.
Figura 2–10: Anos de Experiência como DEA
Educação Profissional Contínua
O IIA solicita que os CIAs profissionais tenham em média 40 horas por ano de educação
profissional contínua (Continuing Professional Education – CPE). Foi pedido que os
entrevistados revelassem se receberam, no mínimo, 40 horas de treinamento formal por
ano. Das pessoas que responderam esta pergunta, 76% indicaram que receberam 40
horas de treinamento formal por ano, enquanto 24% responderam o contrário. Uma
maior análise de dados indica que 89% dos CIAs cumprem com o requisito de CPE do
IIA e cerca de 11% não cumprem.
Um Componente do Estudo CBOK | 11
Perfil das Organizações de Auditoria
Esta seção analisa o tamanho, tipo e natureza das organizações onde auditores internos
trabalham e operam.
Classificação da Indústria
As organizações dos entrevistados foram agrupadas em oito classificações industriais
amplas, conforme apresentado na Tabela 2–3.
1
Indústria financeira,
incluindo bancos,
seguros e imóveis
Tabela 2–3
Classificação da Indústria
Instituições bancárias e financeiras/uniões de
crédito/economia, poupança e empréstimos
Seguro
Imóveis
Outras financeiras: Serviços de apólices e
mercadorias/holdings
2
Indústria de fabricação e
construção
Fabricação
Construção
Farmacêutica/química
3
Outros
Outros
4
Setor Público/Governo
Governo – Administração pública e defesa/seguro social
obrigatório
5
Indústria de matéria
prima e agricultura
Agricultura, silvicultura e pesca
Indústria de transporte,
comunicação,
eletricidade, gás e
serviços sanitários
Transporte e logística
6
7
8
Comércio de Atacado de
Varejo
Indústria de Serviços
Mineração e óleo
Comunicação e telecomunicações
Serviços públicos
Comércio de Atacado de Varejo
Hospitalidade/hotéis, lazer/turismo
TI/ICT
Serviços de saúde
Educação
Serviços profissionais
Serviços comerciais
Serviços não-profissionais
Um Componente do Estudo CBOK | 12
Serviços de contabilidade, escrituração e administração
A Figura 2–11 fornece a classificação dessas indústrias e suas porcentagens de
representação para o ano de 2010.
Figura 2–11: Classificação Industrial da Organização
para a qual os Entrevistados Trabalham ou Prestam Serviços de Auditoria Interna
Conforme a Figura 2–11 indica, o maior grupo de entrevistados em 2010 presta serviços
de auditoria interna na indústria financeira (30%), seguida pela indústria de serviços
(15,4%).
Local de Trabalho: Interno versus Firmas Profissionais
A Figura 2–12 mostra que um quarto dos entrevistados trabalha para firmas
profissionais que prestam serviços de auditoria interna ou prestadores de serviços
externos (outside service providers – OSP), em comparação com apenas 11% em 2006. A
pesquisa de 2010 foi projetada para superar certas dificuldades que os prestadores de
serviços possam ter tido ao responder a pesquisa de 2006: esta mudança pode indicar
apenas que os resultados de 2010 são mais representativos.
Figura 2–12: Você Trabalha para uma Firma Profissional que Presta Serviços de Auditoria
Interna
Um Componente do Estudo CBOK | 13
Uma maior investigação sobre se os entrevistados da pesquisa de 2010 trabalham para
uma firma profissional que presta serviços de auditoria interna mostra diferenças entre
as indústrias, conforme ilustrado na tabela 2–4. Por exemplo, 42% dos entrevistados do
setor público/governamental trabalham para uma firma que presta serviços de auditoria
interna, enquanto apenas 15% dos entrevistados de matéria prima e agricultura
trabalham para uma firma que presta serviços de auditoria interna.
Tabela 2–4
Entrevistados que Trabalham para uma Firma Profissional que Presta Serviços de Auditoria
Interna por Indústria
Tipo de Indústria
Sim
Não
Indústria financeira, incluindo bancos, seguros e
imóveis
26%
74%
Fabricação e construção
19%
81%
Transporte, comunicação, eletricidade, gás e serviços
sanitários
34%
66%
Serviço
21%
79%
Setor Público/Governo
42%
58%
Outros
23%
77%
Matéria prima e agricultura
15%
85%
Comércio de Atacado de Varejo
18%
82%
Média geral
26%
74%
Tipo de Organizações: Pública, Privada, Sem Fins Lucrativos ou Governamental
O maior grupo de entrevistados trabalha para companhias públicas. A Figura 2–13
indica que 38,5% dos entrevistados trabalham para companhias públicas, 28,7%
trabalham para companhias particulares, 23,5% trabalham para o setor público/governo
e 5,8% trabalham para organizações sem fins lucrativos. Vale notar que a diferença na
porcentagem dos entrevistados nas Figuras 2–11 e 2–13, em relação ao setor
público/governo, acontece por conta das diferenças nas questões feitas aos
entrevistados. A pergunta na Figura 2–11 diz respeito ao tipo de indústria na qual o
entrevistado trabalha ou presta serviços de auditoria interna, enquanto a pergunta na
Figura 2–13 diz respeito ao tipo de organização para a qual o entrevistado trabalha
atualmente.
Um Componente do Estudo CBOK | 14
Figura 2–13: Tipo de Organização onde o Entrevistado Trabalha
A porcentagem de entrevistados trabalhando para companhias privadas aumentou 9,3%
de 2006 para 2010.
Organizações Nacionais versus Internacionais
A Figura 2-14 indica que 41,2% dos entrevistados trabalham para organizações
internacionais/multinacionais, 31% trabalham para organizações nacionais, 15,7%
trabalham para organizações estaduais e 12% trabalham para organizações locais. Esta
distribuição mostra que uma grande parte dos entrevistados trabalha em organizações
transnacionais.
Figura 2–14: Área Geográfica Atendida pela Organização
Tamanho da Organização por Número de Funcionários, Rendimento e Ativos
Mais de dois terços dos entrevistados trabalham em uma organização com mais de 1.000
funcionários. (ver Figura 2–15)
Um Componente do Estudo CBOK | 15
Figura 2–15: Tamanho da Organização por Número de Funcionários
Quando o valor total dos ativos é usado para um tamanho aproximado, um padrão
reverso é percebido, onde aproximadamente apenas 40% dos entrevistados trabalham
em grandes organizações que possuem ativos totais de mais de US$5 bilhões (ver Figura
2–16). É possível ver claramente que uma organização com o maior número de
funcionários não necessariamente controla o maior valor de ativos totais.
Figura 2–16: Tamanho das Organizações por Total de Ativos em Dólares Norte-Americanos
Um Componente do Estudo CBOK | 16
Um Componente do Estudo CBOK | 17
Capítulo 3
Práticas de Estruturação da Equipe de
Auditoria Interna
Introdução
Este capítulo examina os métodos e práticas pra atrair, recrutar e remunerar auditores
internos, com base nos resultados da pesquisa de 2010, com comparações selecionadas
da pesquisa de 2006. A análise trata das fontes de recrutamento, métodos para gerenciar
falta de pessoal, tipos de incentivos, métodos de avaliação e a percepção dos auditores
sobre o futuro nível de estruturação.
Incentivos de Contratação
Em 2010, mais da metade dos entrevistados indicaram que não oferecem incentivos no
processo de contratação de novos auditores internos. Para aqueles que oferecem
incentivos, conforme é mostrado na Figura 3–1, a maioria das firmas oferece reembolso
de despesas com educação, seguido pela ajuda de custo para transporte e reembolso de
despesas de transferência.
Figura 3–1: Incentivos de Contratação para Equipe de Auditoria Interna
Nota: Como os entrevistados podiam escolher todos os incentivos que se aplicassem, a
porcentagem pode não totalizar 100%.
Uma maior análise dos incentivos de contratação por região mostra que os Estados
Unidos/Canadá e Europa Ocidental oferecem mais incentivos de contratação do que
outras regiões (ver Tabela 3–1). Por exemplo, 64% dos entrevistados nos Estados
Unidos/Canadá que oferecem incentivos remuneram por indicações e 45% na Europa
Ocidental cobrem despesas de transferência. Enquanto outras regiões oferecem alguns
Um Componente do Estudo CBOK | 18
incentivos, a porcentagem de incentivos oferecida, comparativamente, é muito menor.
Por exemplo, nenhum dos entrevistados no Oriente Médio oferece ações e apenas 1%
dos entrevistados na África remunera por indicação.
Transferência
Bonificação
Ações
Mais aumentos
Veículo
Ajuda de Custo
para Transporte
Remuneração
por indicações
Despesas de
Ensino
Outros
Nenhum
Tabela 3–1
Incentivos Especiais Oferecidos por Organizações por Regiões
África
6%
8%
4%
7%
7%
14%
1%
7%
4%
4%
Ásia Pacífico
9%
5%
21%
24%
10%
19%
10%
10%
16%
11%
Europa-Ásia Central
6%
2%
2%
13%
15%
13%
4%
13%
13%
12%
América Latina e
Caribe
4%
9%
9%
7%
13%
11%
1%
8%
15%
8%
Oriente Médio
1%
3%
0%
6%
2%
4%
1%
2%
2%
1%
Estados Unidos e
Canadá
29%
36%
39%
14%
3%
7%
64%
34%
16%
29%
Europa Ocidental
45%
37%
25%
28%
50%
31%
18%
25%
33%
36%
Fontes de Recrutamento da Equipe de Auditoria
Organizações de auditoria interna
buscam, continuamente, recrutar uma
equipe
competente
para
suas
atividades de auditoria interna. A
partir da Figura 3–2, é possível
perceber que mais da metade das
organizações de auditoria interna
obtém sua equipe a partir de
transferências dentro da organização,
seguido pelo uso de agências de
emprego e, então, por outras
referências. O recrutamento direto de
universidades veio por último e isso
pode indicar que as organizações de
auditoria interna precisam de
auditores
experientes;
portanto,
recém-graduados podem não estar de
acordo com suas necessidades. Conforme
Na busca de candidatos para posições de
auditoria interna, é dada preferência
àqueles que já trabalham dentro da
empresa (51%). Talvez a familiaridade com
a cultura, sistemas e procedimentos e o
registro do candidato orientem a
nomeação.
As
outras
fontes
populares
de
recrutamento são o uso de agências de
emprego (41%) e afiliações profissionais e
referências (39%).
Firmas
de
auditoria
externa
e
universidades
não
são
populares,
destacando a importância dada ao
conhecimento da indústria/organização.
foi discutido anteriormente na seção de
Um Componente do Estudo CBOK | 19
formação acadêmica, a auditoria interna parece estar ganhando popularidade como
formação ou estudo especializado para auditores internos ativos ou intencionais. As
universidades podem querer considerar o oferecimento de estudos especializados em
auditoria interna, de forma que as organizações de auditoria interna estejam mais
propensas a recrutar mais de seus recém-graduados.
Figura 3–2: Fontes Usadas pelas Organizações para Recrutar Equipes de Auditoria
Nota: Como os entrevistados podiam escolher todas as fontes de recrutamento que se
aplicassem, a porcentagem pode não totalizar 100%.
Recrutamento de Alunos de Graduação
Apenas 30% das organizações de auditoria empregam alunos de graduação em seus
esforços de estruturação de equipe e recrutamento. Quando perguntados a respeito de
qual seria a motivação para criar estágios, 41% disseram que pretendiam transformá-los
em funcionários normais quando os alunos completassem a graduação. Apenas um
quarto indicou que eles, na realidade, usam estagiários para complementar falta de
equipe, enquanto 20% indicam que desejam dar, à equipe atual, experiência como
mentores. A Figura 3–3 mostra uma análise das respostas.
Figura 3–3: Motivo para Empregar Estagiários Universitários
Métodos para Gerenciar Habilidades Faltantes
Um Componente do Estudo CBOK | 20
As organizações parecem confiar bastante em cooperações/terceirização para
compensar por habilidades em falta. Um pequeno número de funções de auditoria
interna pega equipe de outros departamentos e outras reduzem a área de cobertura. As
respostas a faltas de habilidades, em 2010, possuem a mesma ordem de popularidade
que em 2006. A Figura 3–4 apresenta todas as escolhas disponibilizadas pelos
entrevistados.
Figura 3–4: Métodos Usados por Organizações para Compensar por Conjuntos de
Habilidades em Falta
Nota: Nem todos os entrevistados responderam esta pergunta, portanto as porcentagens
não totalizam 100%.
Futuras Expectativas na Estruturação de Equipe
A Figura 3–5 indica que as organizações de
auditoria interna estão esperando adicionar
mais membros às suas equipes. Cerca de
metade das organizações pesquisadas espera
contratar mais funcionários, 43% vão
manter o nível atual, enquanto apenas cerca
de 8% pretendem diminuir o tamanho de
sua equipe. Isso é uma boa notícia para a
comunidade de auditoria interna, já que
indica que a demanda para auditores
internos provavelmente vai aumentar.
A grande maioria dos entrevistados
estava otimista sobre a futura
estruturação de suas equipes de
auditoria interna. Enquanto 49% dos
entrevistados esperam aumentar
seus níveis de equipe, 43% esperam
que ele permaneça do mesmo nível.
Apenas 8% dos entrevistados
esperam que a equipe seja reduzida.
Figura 3–5: Mudança nos Níveis de Equipe nos Próximos Cinco Anos
Um Componente do Estudo CBOK | 21
Métodos de Avaliação de Equipe
Os cinco métodos principais de feedback para avaliação de equipe usados em 2010 eram
feedback/revisão do DEA, auto-avaliação, feedback de cliente/auditado, revisão do
supervisor/auditor chefe e feedback/revisão pela gerência de auditoria. A Figura 3–6
apresenta todas as escolhas disponíveis aos entrevistados.
Figura 3–6: Métodos Usados na Avaliação de Equipe
Nota: Como os entrevistados podiam escolher todos os métodos que se aplicassem, a
porcentagem pode não totalizar 100%.
Um Componente do Estudo CBOK | 22
Um Componente do Estudo CBOK | 23
Capítulo 4
Escopo, Estrutura e Relacionamentos
de Reporte da Atividade de Auditoria
Interna
Introdução
Este capítulo resume as principais
observações, discussões e conclusões,
usando diferentes métodos de análise dos
dados da pesquisa de 2010, em relação ao
escopo e estrutura da atividade de
auditoria interna e seu relacionamento de
reporte com os comitês e administração de
auditoria. O exame das atividades de
auditoria
interna
fornece
uma
compreensão do que se espera de auditores
internos e destaca a importância das
características principais da auditoria
interna, como independência, objetividade
e proficiência.
Particularmente, este capítulo apresenta a
análise da pesquisa relacionada à natureza
e ao escopo atual e futuro das atividades de
auditoria
interna,
extensão
de
colaboração/terceirização atual e futura de
atividades de auditoria interna, o
relacionamento de reporte duplo do DEA ao comitê de auditoria e à gerência
executiva da organização -, planos de
auditoria e relatórios de auditoria.
Natureza e Escopo da Atividade de
Auditoria Interna
As
cinco
atividades
principais
classificadas realizadas por auditores
internos são:
 Auditorias operacionais (88,9%)
 Auditorias de conformidade com
o código regulatório (75,1%)
 Auditoria de riscos financeiros
(71,6%)
 Investigação de fraude e
irregularidades (71,2%)
 Avaliação de efetividade de
sistemas de controle (68,8%)
É interessante notar que nenhuma
das atividades acima foi identificada
pelos entrevistados como as cinco
áreas emergentes principais da
atividade de auditoria interna.
As cinco atividades emergentes
principais, nos próximos cinco anos,
de acordo com os entrevistados,
são:
 Revisão de governança
corporativa (23%)
 Auditoria de processos de gestão
de riscos da organização (20,4%)
 Revisões tratando do elo entre
estratégia e desempenho da
empresa (19,9%)
 Auditorias de ética (19,9%)
 Migração para as normas IFRS
(18,8%)
Esta seção foca na natureza e escopo atual e
futuro da atividade de auditoria interna. A
Norma do IIA 2000: Gerenciamento da Atividade de Auditoria Interna requer que o
DEA gerencie “eficazmente a atividade de auditoria interna para assegurar que ela
adicione valor à organização”. O DEA, trabalhando com o comitê de auditoria, é
Um Componente do Estudo CBOK | 24
responsável por estabelecer uma atividade de auditoria interna avaliando e melhorando
a efetividade da governança, gestão de riscos e processos de controle. Usando os dados
coletados na pesquisa de 2010, a natureza e o escopo da avaliação e compromissos de
consultoria da auditoria interna são examinados.
A Situação Atual da Atividade de Auditoria Interna
Esta seção foca na situação atual de tipos gerais de auditoria que são realizados por
auditores internos. Aproximadamente 54 por cento dos entrevistados indicam que a
atividade de auditoria interna em suas organizações estão estabelecidas há mais de 10
anos, conforme é mostrado na Figura 4–1.
Figura 4–1: Longevidade da Atividade de Auditoria Interna na Organização
Tal crescimento na maturidade das atividades de auditoria da organização reflete de
forma positiva no número e qualidade das atividades que os auditores internos realizam.
Pediu-se que os entrevistados selecionarem um ou mais dentre a lista de atividades que
refletem o tipo de tarefas que eles realizam. Os participantes da pesquisa de 2010
indicam que realizam atividades de auditoria interna conforme é mostrado na Tabela 4–
1, classificado da atividade de maior seleção para a de menor.
Tabela 4–1
Atividade de Auditoria Interna Classificada com Base na Experiência Atual
Atividade de Auditoria Interna
Atualmente
Porcentagem Classificação
Auditorias operacionais
88,9%
1
Auditorias de conformidade com requisitos do código
regulador (inclusive privacidade)
75,1%
2
Auditoria de riscos financeiros
71,6%
3
Investigação de fraude e irregularidades
71,2%
4
Avaliação de efetividade dos sistemas de controle (usando
estruturas COSO, COBIT, etc.)
68,8%
5
Um Componente do Estudo CBOK | 25
Auditoria de riscos de TI/ICT
61,7%
6
Auditoria de riscos de informação
61,4%
7
Auditoria de processos de gestão de riscos da organização
56,6%
8
Avaliação da gestão de projetos/auditoria de projetos de
grande porte
55,4%
9
Avaliações de segurança e investigações
52,8%
10
Assistência de auditoria externa
52,0%
11
Auditorias de gestão
49,9%
12
Revisões de governança corporativa
44,5%
13
Testes e suporte para recuperação de desastres
40,5%
14
Facilitar treinamento e educação de
riscos/controle/conformidade para o pessoal da organização
40,0%
15
Auditoria de operações terceirizadas
35,0%
16
Auditorias de ética
32,1%
17
26,6%
18
25,3%
19
24,8%
20
Auditorias de qualidade/ISO
24,0%
21
Auditorias da área social e sustentabilidade
(responsabilidade corporativa social, ambiental)
19,6%
22
Migração para as normas IFRS
19,4%
23
Avaliações de compensação executiva
18,5%
24
Implementação do XBRL (Extensible Business Reporting
Language)
5,3%
25
Avaliações de viabilidade de negócios (preocupação
contínua)
Revisões tratando da ligação entre estratégia e desempenho
da companhia (por exemplo, balanced scorecard)
Revisões de due diligence para aquisições/fusões
corporativas, etc.
Nota: Como os entrevistados podiam escolher todas as atividades que se aplicassem, a
porcentagem pode não totalizar 100%.
As cinco atividades com maior classificação selecionadas pelos entrevistados são
auditorias operacionais (88,9%), auditorias de conformidade com código regulador
Um Componente do Estudo CBOK | 26
(75,1%), auditorias de riscos financeiros (71,6%), investigações de fraude e
irregularidades (71,2%) e avaliação da eficácia de sistemas de controle (68,8%). Uma
maior análise das cinco atividades de maior classificação de auditoria interna por região
não mostra diferenças significantes.
As atividades em que os entrevistados indicam que suas atividades de auditoria interna
possuem um papel menor são a implementação de XBRL, avaliações de compensação
executiva, migração para as normas IFRS, auditorias da área social e sustentabilidade e
auditorias de qualidade/ISO (consulte a Tabela 4–1).
Atividade de Auditoria Interna Emergente
Foi pedido que os participantes selecionassem uma ou mais opções de uma lista de
atividades que eles prevêem que seus auditores internos realizarão nos próximos cinco
anos. As cinco atividades principais previstas pelos entrevistados a serem realizadas por
auditores internos nos próximos cinco anos são revisões de governança corporativa
(23%), auditorias de processos de gestão de riscos da organização (20,4%), revisões
tratando da ligação entre estratégia e desempenho da companhia (19,9%), auditorias de
ética (19,3%) e migração para as normas IFRS (18,8%). Uma maior investigação das
atividades de auditoria interna por região não mostra variações na classificação das
atividades da auditoria interna. A lista de atividades de auditoria interna e sua
classificação em cinco anos são apresentadas na Tabela 4–2.
Tabela 4–2
Atividades de Auditoria Interna Esperadas em Cinco Anos
Em 5 anos
Porcentagem Classificação
Atividade de Auditoria Interna
Revisões de governança corporativa
23,0%
1
Auditoria de processos de gestão de riscos da organização
20,4%
2
Revisões tratando da ligação entre estratégia e desempenho
da companhia (por exemplo, balanced scorecard)
19,9%
3
Auditorias de ética
19,3%
4
Migração para as normas IFRS
18,8%
5
Auditorias da área social e de sustentabilidade
18,6%
6
Testes e suporte para recuperação de desastres
18,2%
7
Avaliação da eficiência do controle interno
16,8%
8
Auditoria de riscos de TI/ICT
16,5%
9
Um Componente do Estudo CBOK | 27
Avaliações de compensação executiva
16,3%
10
Implementação de XBRL
16,1%
11
Avaliações de viabilidade de negócios (preocupação
contínua)
16,0%
12
Auditoria de riscos de informação
15,8%
13
Revisões de due diligence
15,8%
14
Auditoria de operações terceirizadas
15,4%
15
Auditoria de gestão de projetos
15,2%
16
Facilitar treinamento e educação de
riscos/controle/conformidade para o pessoal da organização
15,2%
17
Auditorias de qualidade/ISO
14,8%
18
Auditoria de conformidade
14,7%
19
Avaliações de segurança e investigações
13,5%
20
Investigação de fraude e irregularidades
13,2%
21
Auditoria de riscos financeiros
13,0%
22
Auditorias de gestão
11,7%
23
Auditorias operacionais
11,0%
24
Assistência de auditoria externa
11,0%
25
Nota: Como os entrevistados podiam escolher todas as atividades que se aplicassem, a
porcentagem pode não totalizar 100%.
As atividades em que os entrevistados indicam que suas atividades de auditoria interna
terão uma função menor nos próximos cinco anos são assistência de auditoria externa
(11%), auditorias operacionais (11%), auditorias de gestão (11,7%), auditoria de riscos
financeiros (13%) e investigações de fraudes e irregularidades (13,2%).
Um Componente do Estudo CBOK | 28
O Equilíbrio entre Compromissos de Avaliação e Consultoria
Para encontrar o equilíbrio certo entre os serviços de avaliação da função da auditoria
interna e os compromissos de consultoria, é necessária uma estratégia específica que
deve ser determinada pelo comitê de auditoria, ou equivalente, em nome da
organização. O comitê de auditoria determina o quão necessária é a avaliação em cada
compromisso, planejando de forma adequada e descobrindo os recursos certos para
completar a tarefa. Os compromissos de consultoria e avaliação das funções de auditoria
interna são importantes e valiosos para uma organização. A consultoria é direcionada
para maximizar o benefício e minimizar a perda.
O IIA define auditoria interna como “uma atividade independente e objetiva de
avaliação e consultoria, projetada para agregar valor e melhorar as operações da
organização. Ela ajuda uma organização a alcançar seus objetivos, trazendo uma
abordagem sistemática e disciplinada para avaliar e melhorar a eficiência dos processos
de gestão de riscos, controle e governança”. Foi investigada a concordância dos
participantes com as várias declarações relacionadas ao escopo da auditoria interna e à
natureza das atividades que os auditores internos realizam. Conforme é mostrado na
Tabela 4–3, os entrevistados indicam que objetividade, independência, agregar valor e
uma abordagem sistemática para avaliar a eficiência são características dos serviços que
eles prestam.
Não
respondeu
Discorda
Neutro
Concorda
Tabela 4–3
Nível de Concordância dos Entrevistados com as Declarações Abaixo Relacionadas a sua
Organização Atual ou Organizações que eles Auditam
75,7%
0,4%
0,6%
23,4%
75,5%
0,8%
0,9%
22,8%
75,6%
0,7%
1,2%
22,5%
Sua atividade de auditoria interna agrega valor.
75,6%
0,5%
1,4%
22,5%
Sua atividade de auditoria interna traz uma abordagem
sistemática para avaliar a eficiência de controles internos.
75,6%
0,7%
1,4%
22,2%
75,7%
0,7%
2,1%
21,5%
75,7%
1,2%
3,3%
19,9%
Declarações
Objetividade é um fator primordial para que sua atividade
de auditoria interna agregue valor.
Sua atividade de auditoria interna é uma atividade de
avaliação objetiva independente e de consultoria.
Independência é um fator primordial para que sua
atividade de auditoria interna agregue valor.
Sua atividade de auditoria interna é de confiança dentro
de sua organização.
Sua atividade de auditoria interna examina, de forma próativa, assuntos financeiros importantes, riscos e controles
Um Componente do Estudo CBOK | 29
internos.
Sua atividade de auditoria interna possui status suficiente
na organização para ser eficiente.
Sua atividade de auditoria interna é parte integral do
processo de governança, fornecendo informações
confiáveis para a gestão.
Sua atividade de auditoria interna traz uma abordagem
sistemática para avaliar a eficiência da gestão de riscos.
A conformidade com o Código de Ética do IIA é um fator
importante para que sua atividade de auditoria interna
agregue valor ao processo de governança.
Sua atividade de auditoria interna cumpre/excede os
requisitos do Código de Ética do IIA.
Cumpre com as Normas Internacionais para a Prática
Profissional de Auditoria Interna (Normas).
Sua atividade de auditoria interna traz uma abordagem
sistemática para avaliar a eficiência dos processos de
governança.
Uma forma pela qual sua atividade de auditoria interna
agrega valor ao processo de governança é através do
acesso direto ao comitê de auditoria.
75,6%
2,0%
2,9%
19,6%
75,6%
1,5%
3,6%
19,4%
75,7%
1,5%
3,6%
19,2%
75,6%
1,4%
4,3%
18,8%
75,6%
1,3%
4,8%
18,3%
75,6%
2,1%
5,2%
17,2%
75,7%
2,2%
5,8%
16,4%
75,9%
2,9%
4,8%
16,4%
Co-sourcing/Terceirização da Atividade de Auditoria Interna (AAI)
Nível Atual de Co-sourcing/Terceirização da AAI
O compartilhamento (co-sourcing) e a terceirização (out-sourcing) de recursos
ganharam popularidade durante os anos 90. Depois de Enron e Sarbanes-Oxley (Lei de
Sarbanes-Oxley de 2002 dos EUA), parece haver mudanças fundamentais no interesse
das organizações de auditoria interna no compartilhamento/terceirização de atividades
de auditoria interna de fora da organização. Essa noção parece ter sido exposta no
estudo de 2010.
Embora o compartilhamento e a terceirização ainda sejam comuns, sua extensão
diminuiu de 2006 para 2010 (Figuras 4–2 e 4–3). Em 2010, a porcentagem de
entrevistados que não fazia nenhum tipo de compartilhamento/terceirização era de 57%,
com 27% dos entrevistados terceirizando 10% ou menos de suas atividades para um
total de 84%, em comparação com 75%, em 2006, para aqueles que faziam
compartilhamento/terceirização de 10% ou menos de suas atividades, conforme se
mostra na Figura 4–3.
Um Componente do Estudo CBOK | 30
Figura 4–2: Nível de Atividades de Auditoria Interna Compartilhadas/Terceirizadas em 2010
De forma similar, em 2010, apenas 9,74% dos entrevistados indicaram que realizaram
compartilhamento/terceirização de 11–25% de suas atividades de auditoria interna, em
comparação com os 13,8% de 2006. Esta diminuição geral nas atividades de terceirização
pode ter sido causada pelas restrições impostas pela Sarbanes-Oxley e pela posição do
IIA, que desencoraja compartilhamento/terceirização de atividades de auditoria interna
para auditores externos. Pode também haver um efeito da recente recessão financeira
global.
Figura 4–3: Nível de Atividades de Auditoria Interna Colaboradas/Terceirizadas em 2006
Uma maior análise do nível de compartilhamento/terceirização das atividades de
auditoria interna mostra variações entre as diferentes regiões e indústrias. A Figura 4–4
indica que os Estados Unidos e Canadá, Oriente Médio e Europa Ocidental parecem
exceder o nível médio (42%) de compartilhamento/terceirização das atividades de
auditoria interna.
Um Componente do Estudo CBOK | 31
Figura 4-4: Nível de Compartilhamento/Terceirização de Atividades de Auditoria Interna por
Região
Em relação a outras indústrias, a indústria financeira possui o maior nível de
compartilhamento/terceirização de atividades de auditoria interna (30%), seguida pela
indústria manufatureira e de construção, com 18% (ver Tabela 4–4).
Tabela 4–4
Compartilhamento/Terceirização da Atividade de Auditoria Interna por Indústrias
10% ou
menos das
atividades
Mais de 10%
das
atividades
Indústria financeira, incluindo bancos, seguros e
imóveis
35%
30%
Manufatura e construção
17%
18%
Transporte, comunicação, eletricidade, gás e serviços
sanitários
13%
15%
Serviços
11%
14%
Setor Público/Governo
8%
8%
Outros
7%
7%
Matéria-prima e agricultura
5%
4%
Comércio de Atacado de Varejo
5%
4%
100%
100%
Tipo de Indústria
Total
Quando perguntado a prestadores de serviços sobre o número de organizações para as
quais eles atualmente prestam serviços, cerca de 78% indicaram que prestam serviços a
10 organizações ou menos, comparados com os 66% de 2006, conforme é mostrado na
Figura 4–5. Isso pode indicar que os prestadores de serviço podem estar prestando mais
serviços para menos clientes.
Um Componente do Estudo CBOK | 32
Figura 4–5: Número de Organizações para as quais Prestadores de Serviços Prestam Serviços
de Atividades de Auditoria Interna
Futuras Tendências de compartilhamento/terceirização de AAI
Quando perguntado a respeito de sua previsão sobre a mudança no orçamento para
compartilhamento/terceirização nos próximos cinco anos, 64,15% dos entrevistados
indicaram que não haverá mudança em seus orçamentos futuros, enquanto, na pesquisa
de 2006, apenas 11,28% disseram que não haveria mudança. Apenas 25,53% dos
entrevistados na pesquisa de 2010 anteciparam aumentos no orçamento de
compartilhamento/terceirização, em comparação com os 33% da pesquisa de 2006. Uma
diminuição do orçamento de compartilhamento/terceirização foi previsto por 10,32%
dos entrevistados na pesquisa de 2010, em comparação com os 55,71% dos entrevistados
na pesquisa de 2006 (Figura 4–6). É possível concluir que a extensão do
compartilhamento/terceirização das atividades de auditoria interna vai continuar no
mesmo nível ou aumentar durante os próximos cinco anos.
Figura 4–6: Mudanças Previstas no Orçamento para Compartilhamento/Terceirização
de Atividades nos Próximos Cinco Anos
Nomeando um Prestador de Serviços de Auditoria Interna
De acordo com os entrevistados, o DEA ou equivalente, o Diretor
Executivo/Presidente/Chefe da agência governamental e o comitê de
auditoria/presidente do comitê têm a maior influência no que diz respeito a nomear o
prestador de serviços de auditoria interna (Figura 4–7). Parece que muitas organizações
escolhem ter sua alta administração – Diretor Executivo (CEO), Diretor de Operações
(COO), Diretor Financeiro (CFO), etc - tomando decisões na nomeação do prestador de
Um Componente do Estudo CBOK | 33
serviços externos, enquanto outras atribuem a seus DEAs ou conselhos esta
responsabilidade.
Figura 4-7: Responsabilidade de Nomear Prestadores de Serviços de auditoria interna
Nota: Nem todos os entrevistados responderam esta pergunta, portanto as porcentagens
não totalizam 100 por cento.
Linha de Reporte do DEA
A Norma 2060 do IIA: Reporte para a Alta Administração e o Conselho declara que o
DEA “deve reportar periodicamente à alta administração e ao conselho sobre o
propósito, a autoridade e a responsabilidade da atividade de auditoria interna e o
desempenho em relação ao seu planejamento”. Esta seção foca na linha de reporte do
DEA e o relacionamento entre o DEA e o comitê de auditoria.
Linha de Relatório Administrativa do DEA
As Normas do IIA requerem que o chefe do departamento de auditoria interna reporte
ao comitê de auditoria ou equivalente para cumprir suas obrigações e para avaliar
eficientemente os controles internos, gestão de riscos e governança, e para alcançar sua
independência, objetividade e desenvolvimento operacional. Além do mais, o IIA
recomenda um relacionamento duplo de reporte, onde o DEA reporte funcionalmente
ao comitê de auditoria do conselho e administrativamente aos executivos principais da
administração.
Cerca de 43% dos entrevistados indicaram que reportam administrativamente ao
Diretor Executivo/Presidente/chefe de agência governamental, enquanto 34% disseram
que reportam ao comitê de auditoria ou equivalente. A Figura 4–8 apresenta as
respostas.
Um Componente do Estudo CBOK | 34
Figura 4-8: Reporte Administrativo dos DEAs
Uma maior análise do reporte administrativo do DEA por região revela que a maioria
dos entrevistados reporta ao Diretor Executivo ou ao comitê de auditoria ou a seu
equivalente. Cerca de 68% dos entrevistados no Oriente Médio reportam ao comitê de
auditoria, enquanto 33% reportam ao CEO/presidente. Entretanto, 55% dos
entrevistados na Europa-Ásia Central reportam ao CEO/presidente, enquanto apenas
25% reportam ao comitê de auditoria, conforme é mostrado na Tabela 4–5.
Tabela 4–5
Relatório Administrativo dos DEAs por Região
Am.
Europa Latina
Ásia
- Ásia
e
Oriente EUA e
Europa
África Pacífico Central Caribe Médio Canadá Ocidental
Comitê de auditoria
ou equivalente
Conselho
geral/jurídico
CEO/presidente/chefe
de agência
governamental
CFO/vice-presidente
financeiro
29%
30%
25%
50%
68%
41%
29%
1%
1%
2%
1%
0%
6%
3%
55%
53%
55%
37%
33%
21%
51%
5%
7%
4%
2%
0%
23%
10%
COO
1%
2%
4%
0%
0%
1%
2%
DEA ou equivalente
3%
3%
1%
2%
0%
2%
1%
Controller/diretor
financeiro
2%
1%
0%
1%
0%
2%
0%
Outros
4%
3%
9%
7%
1%
4%
4%
Um Componente do Estudo CBOK | 35
Maiores investigações do relatório administrativo do DEA variam de uma indústria para
a outra. Por exemplo, 39% dos entrevistados trabalhando na indústria financeira
reportam ao comitê de auditoria, enquanto apenas 12% dos entrevistados trabalhando
em transporte, comunicação, eletricidade, gás e serviços sanitários reportam ao comitê
de auditoria. Além do mais, 28% dos entrevistados trabalhando na indústria financeira
reportam administrativamente ao CEO, enquanto 4% dos entrevistados trabalhando na
indústria de matéria-prima e agricultura reportam ao CEO, conforme é apresentado na
Tabela 4–6.
32%
28%
12%
29%
53%
12%
25%
30%
Fabricação e construção
17%
15%
19%
27%
18%
15%
28%
12%
19%
Setor Público/Governo
5%
6%
13%
3%
5%
0%
12%
22%
9%
Matéria prima e agricultura
5%
6%
4%
4%
0%
2%
4%
3%
4%
Serviço
13%
15%
12%
17%
18%
15%
12%
13%
13%
12%
20%
12%
17%
18%
9%
16%
11%
13%
3%
2%
5%
10%
5%
4%
8%
3%
5%
7%
5%
7%
10%
5%
2%
8%
11%
7%
100%
100%
100%
100%
100%
100%
Transporte, comunicação,
eletricidade, gás e serviços
sanitários
Comércio de Atacado de
Varejo
Outros, incluindo sem
respostas e dados faltando
Total
100% 100% 100%
Total
DEA ou equivalente
39%
Outros
COO
Financeira, incluindo
bancos, seguros e imóveis
Relatório Administrativo
Controller/diretor
financeiro
CFO/VP de Finanças
CEO/presidente/chefe
de agência
Conselho geral/jurídico
Comitê de auditoria ou
equivalente
Tabela 4–6
Relatório Administrativo dos DEAs por Indústria
Na resposta à pergunta relacionada à nomeação do DEA ou equivalente, os
entrevistados indicaram que o CEO/presidente/chefe de agência governamental está
envolvido na maioria das vezes na nomeação do DEA, seguido pelo comitê de auditoria.
A Figura 4–9 apresenta as respostas do estudo de 2010.
Um Componente do Estudo CBOK | 36
Figura 4-9: Responsabilidade de Nomeação de DEAs
Nota: Como os entrevistados podiam selecionar todos os envolvidos na nomeação do
DEA, a porcentagem pode não totalizar 100%.
Relacionamento do DEA com o Comitê de Auditoria
A Norma 2060 do IIA: Reporte para a Alta
Administração e o Conselho declara que o
DEA “deve reportar periodicamente à alta
administração e ao conselho sobre o
propósito,
a
autoridade
e
a
responsabilidade da atividade de auditoria
interna e o desempenho em relação ao seu
planejamento”. Cerca de 70% das
organizações que participaram da pesquisa
em 2006 ou 2010 possuem comitês de
auditoria. Na média, existem quatro
assembléias realizadas pelo comitê de
auditoria por ano. Isso é consistente com o
resultado do estudo de 2006. Algumas
organizações (6,3% em 2010) realizam até
12 assembléias por ano ou cerca de uma ou
duas assembléias.
A auditoria interna é uma fonte
importante para o comitê de auditoria
para a realização de suas atividades
de supervisão. Portanto, o
relacionamento da auditoria interna
com o comitê de auditoria é de
extrema importância. Reforçando esta
afirmativa, descobrimos na pesquisa
que a maioria das organizações
convida os auditores internos para
quase todas as suas reuniões.
Os resultados indicam que há uma
melhoria no relacionamento entre o
comitê de auditoria e os auditores
internos em comparação com 2006.
Cerca de 74% dos entrevistados
indicam que se encontram ou
conversam com o comitê de
auditoria/presidente além das
assembléias programadas
regularmente.
Os entrevistados indicam que a maioria das
organizações convida os auditores internos
(DEAs ou outros) para suas assembléias no
mínimo quatro vezes por ano. Parece que os auditores internos são convidados para
quase todas as assembléias do comitê de auditoria.
O IIA reconhece que um bom relacionamento entre o comitê de auditoria e os auditores
internos é essencial para que cada um cumpra suas responsabilidades com a Alta
Um Componente do Estudo CBOK | 37
Administração, com o Conselho de Administração, acionistas e parceiros externos.
Cerca de 74% dos entrevistados em 2010 indicam que se encontram ou conversam com
o comitê de auditoria/presidente além das assembléias programadas regularmente, em
comparação com 63% em 2006. Os resultados indicam que há uma melhoria no
relacionamento entre o comitê de auditoria e os auditores internos em comparação com
2006. Quando perguntado se eles têm acesso adequado ao comitê de auditoria, 90%
responderam de forma positiva. Essa resposta não mudou em relação ao estudo de 2006.
Criando e Mantendo o Plano de Auditoria
A Norma 2010 do IIA: Planejamento requer que o DEA estabeleça “um planejamento
baseado em riscos para determinar as prioridades da atividade de auditoria interna, de
forma consistente com as metas da organização”. A maioria dos entrevistados indica
que eles atualizam seus planos uma vez por ano (60%) e cerca de um terço indica que
eles atualizam seus planos várias vezes por ano. Os resultados são comparáveis à
pesquisa de 2006 e estão presentes na Figura 4–10.
Figura 4–10: Frequência de Atualização do Plano de Auditoria
Auditores internos profissionais identificaram quatro abordagens principais para
estabelecer seus planos de auditoria interna: uso de metodologia com base em riscos,
solicitações da gerência, consultas ao plano de auditoria do ano anterior e consulta com
chefes de divisão ou de negócios. As mesmas abordagens, na mesma ordem de
preferência, foram reportadas pelos entrevistados no estudo de 2006. A Tabela 4–7
mostra a ordem de preferências para as abordagens usadas para desenvolver planos de
auditoria interna em 2010.
Um Componente do Estudo CBOK | 38
Tabela 4–7
Abordagens Principais Usadas por Auditores Internos para Estabelecer seus Planos de
Auditoria Interna
Abordagem
2010
Uso de uma metodologia com base em riscos
21,9%
Solicitações da gerência
18,1%
Consultas ao plano de auditoria do ano anterior
15,3%
Consultoria com chefes de divisão ou negócios
14,2%
Requisitos de conformidade/reguladores
13,9%
Solicitações do comitê de auditoria
12,6%
Solicitações ou consulta com auditores externos
8,2%
Outros
2,1%
Nota: Como os entrevistados
podiam
escolher
todas
as
abordagens que se aplicassem, a
porcentagem pode não totalizar
100%.
Relatório de Descobertas
A Norma 2010 do IIA requer que o DEA
estabeleça “um planejamento com base em
riscos para determinar as prioridades da
atividade de auditoria interna, de forma
consistente com as metas da organização”.
Os entrevistados identificaram quatro
abordagens principais para planos de auditoria:
Relatório sobre Controle Interno
A Norma 2130 do IIA: Controle
 Uso de uma metodologia com base em
riscos
requer que a atividade de auditoria
 Solicitações da gerência
interna auxilie “a organização a
 Consultas ao plano de auditoria do ano
manter controles efetivos a partir
anterior.
da avaliação de sua eficácia e
 Consultoria com chefes de divisão ou
eficiência e da promoção de
negócios.
melhorias contínuas”. Quando
A respeito da frequência, 60% dos
perguntamos aos entrevistados se
entrevistados indicaram que atualizam seus
eles preparam um relatório de
planos uma vez por ano. Isto está de acordo
controle interno, 62,9% dos
com a pesquisa anterior. Cerca de 36% indicam
entrevistados indicaram que eles
que atualizam seus planos várias vezes por ano.
preparam um relatório escrito
sobre o controle interno geral para uso do comitê de auditoria ou da alta administração,
enquanto 37,1% indicam que não preparam um relatório escrito.
Um Componente do Estudo CBOK | 39
Quando perguntado a respeito da frequência com a qual eles fornecem tais relatórios
escritos, 51,2% indicaram que fornecem os relatórios periodicamente, enquanto 44,1%
indicaram anualmente e 4,7% especificamente mediante solicitação.
Reporte de Descobertas à Alta Administração
Aproximadamente 77% dos entrevistados indicaram que é tarefa do DEA ou
equivalente reportar as descobertas à alta administração depois da liberação de um
relatório de auditoria. Uma comparação dos resultados da responsabilidade de reporte
de descobertas à alta administração entre 2010 e 2006 é fornecida na Tabela 4–8.
Tabela 4–8
Responsabilidade do Reporte de Descobertas à Alta Administração
2010
2006
Auditado/cliente
3,0%
3,4%
DEA/auditor geral/cargo mais alto de auditor/prestador de serviços
equivalente
76,7%
58,8%
Gerente auditor interno
5,7%
19,6%
Tanto o gerente de auditoria interna quanto o auditado/cliente
2,7%
7,4%
Tanto o DEA quanto o auditado/cliente
10,2%
7,8%
Outros
1,3%
1,9%
Sem relatório formal dos resultados
0,6%
1,1%
Relatório de Controle Interno no Relatório Anual
Na pesquisa de 2010, cerca de 25% dos DEAs que responderam a pesquisa indicaram
que emitem um relatório de controle interno abrangente, baseado em uma estrutura de
controle geralmente aceita, enquanto 29% indicaram que não fornecem um relatório de
controle interno como parte do relatório anual (Tabela 4–9).
Um Componente do Estudo CBOK | 40
Tabela 4–9
Relatório de Controle Interno como Parte do Relatório Anual
Relatório
2010
É um relatório abrangente, baseado em estruturas de controle aceitas de
forma geral (por exemplo: COSO, CoCo, Código Combinado do Reino Unido,
AM).
O relatório é baseado na responsabilidade da gerência de identificar e
tratar os riscos da organização.
25,2%
19,7%
O relatório é baseado primariamente na responsabilidade da gerência a
respeito de integridade e confiabilidade das informações financeiras.
17,5%
Nenhum relatório de controle interno é fornecido.
29,6%
Não é emitido um relatório anual.
8,0%
Total
100%
Cerca de 34% dos DEAs indicaram que seus relatórios de controle interno possuem
referências a controles de contabilidade financeira, seguidos por referências de
conformidade com leis e regulamentos, confiabilidade e integridade e a atividade de
auditoria interna, da forma como ela se relaciona com o controle interno (Figura 4–11).
Figura 4–11: Relatório de Controle Interno no Relatório Anual
Nota: Como os entrevistados podiam escolher todos os itens que se aplicassem, a
porcentagem pode não totalizar 100%.
Para responder a pergunta de quem assina o relatório, o CEO/presidente/chefe de
agência governamental é classificado como número um para assinar o relatório de
controles internos, então o Diretor Financeiro/vice-presidente de finanças, seguido pelo
DEA.
Um Componente do Estudo CBOK | 41
Monitoramento de Ação Corretiva
A Norma 2500 do IIA: Monitoramento do Processo requer que o DEA estabeleça e
mantenha “um sistema para monitorar a disposição dos resultados comunicados à
administração”. A Figura 4–12 apresenta os resultados da pesquisa, indicando quem
possui responsabilidade para monitorar ações corretivas. Cerca de 48% dos
entrevistados indicam que, em suas organizações, tanto o auditor interno quanto o
auditado/cliente têm responsabilidade de monitorar as ações corretivas conforme elas
são reportadas no relatório de auditoria, enquanto 30,4% indicam que isso é
responsabilidade do auditor interno. Isso é consistente com os resultados obtidos na
pesquisa de 2006.
Figura 4–12: Monitoramento de Ações Corretivas
Quando perguntado se a auditoria interna normalmente fornece uma classificação geral
(como satisfatório/insatisfatório) do assunto da auditoria nos relatórios, 72,39% dos
entrevistados indicaram que sim.
Coerção
A Norma 1100 do IIA: Independência e Objetividade estipula que a “atividade de
auditoria interna deve ser independente e os auditores internos devem ser objetivos ao
executar seus trabalhos”. Uma pressão extrema ou indevida (coerção) tem o potencial de
limitar a auditoria interna a cumprir com esta Norma. Os resultados da pesquisa de
2010 indicam que, no geral, cerca de 22% dos entrevistados (DEAs) foram sujeitos a
coerção para mudar sua classificação ou avaliação, ou para remover uma descoberta de
um relatório de auditoria interna. A Figura 4–13 resume esses resultados.
Um Componente do Estudo CBOK | 42
Figura 4–13: Sujeição dos Auditores Internos a Coerção
Na África e Europa-Ásia Central, 35% e 31%, respectivamente, dos auditores internos
passaram por coerção. De forma similar, auditores internos no Oriente Médio (24%),
Europa Ocidental (23%), Ásia Pacífico (22%) e América Latina e Caribe (19%) passaram
por coerção. Mesmo nos Estados Unidos/Canadá, o problema não é insignificante
(15%).
Medição de Desempenho de auditoria interna
Esta seção foca na medição do desempenho da auditoria interna e na avaliação de
desempenho do DEA.
Métodos Atuais e Futuros de Medição de
Desempenho de auditoria interna
O seguinte emerge como principais
medições de desempenho de auditoria
interna, em ordem decrescente:
A Norma 1311 do IIA: Avaliações
 Pesquisa/feedback do conselho
Internas requer que as avaliações internas
 Pesquisas com o cliente
para as atividades de auditoria interna
 Avaliação de risco razoável
incluam “monitoramento contínuo do
 Balanced scorecard
desempenho da atividade de auditoria
Os entrevistados identificaram o
interna e revisões periódicas, realizadas
balanced scorecard e a avaliação de
através de autoavaliação ou por outras
risco como as prováveis principais
pessoas
da
organização
com
formas de medição no futuro.
conhecimento suficiente das práticas de
auditoria interna”. Foi pedido que os
O CEO e o comitê de auditoria são os
envolvidos mais comumente na revisão
entrevistados
classificassem
algumas
do desempenho do DEA.
medições comuns de desempenho das
atividades de auditoria interna, usados
atualmente pela gerência e previstas para os próximos cinco anos.
A Tabela 4–10 apresenta os métodos mais classificados usados atualmente, que incluem
pesquisas/feedback do conselho, pesquisas do cliente, avaliação de risco razoável e
balanced scorecard. A Tabela 4–11 apresenta os cinco métodos principais de medições
de desempenho de auditoria interna previstos para os próximos cinco anos. Balanced
scorecards vieram em primeiro, seguidos pela avaliação de risco razoável.
Um Componente do Estudo CBOK | 43
Tabela 4–10
Cinco Métodos Principais de Medição do Desempenho da Atividade Usados Atualmente
Medição de Desempenho da Auditoria Interna
Atualmente
Frequência
%
Pesquisa/feedback do conselho
1.279
10,8%
Pesquisas com o cliente/auditado
1.075
9,1%
Avaliação de risco razoável
980
8,3%
Balanced scorecard
491
4,1%
Tabela 4–11
Cinco Métodos Principais de Medição de Desempenho de
Auditoria Interna Previstos para os Próximos Cinco Anos
Em 5 anos
Medição de Desempenho de auditoria interna
Frequência
%
Balanced scorecard
476
4,0%
Avaliação de risco razoável
381
3,2%
Pesquisa/feedback do conselho
443
3,7%
Pesquisas com o cliente/auditado
443
3,7%
Porcentagem do plano de auditoria completo
332
2,8%
Avaliação de Desempenho do DEA
A Tabela 4–12 mostra as partes dentro de uma organização que realizam a avaliação do
DEA. Os entrevistados indicam que o CEO/presidente/chefe de agência governamental
é o envolvido mais comumente na avaliação do desempenho do DEA, seguido pelo
comitê de auditoria/presidente do comitê. Além do mais, os entrevistados indicam que o
presidente do conselho/comitê de supervisão e o conselho/comitê de supervisão estão
envolvidos no processo de avaliação do DEA.
Um Componente do Estudo CBOK | 44
Tabela 4–12
Avaliação do Desempenho do DEA
Avaliador
2010
CEO/presidente/chefe de agência governamental
56,2%
Comitê de auditoria/presidente do comitê
45,0%
Alta Administração
32,5%
Presidente do conselho/comitê de supervisão
14,2%
Conselho/Comitê de supervisão
17,2%
Auditado/cliente
15,0%
Supervisor
13,0%
Companheiros
7,7%
Subordinados
6,1%
O próprio
15,0%
Nota: Como os entrevistados podiam escolher todos os itens que se aplicassem, a
porcentagem pode não totalizar 100%.
Um Componente do Estudo CBOK | 45
Um Componente do Estudo CBOK | 46
Capítulo 5
Conclusão
Uma análise dos resultados da pesquisa discutidos neste relatório indica que a profissão
de auditoria interna continua tendo uma força dinâmica na governança, gestão de riscos
e na arena da conformidade com uma previsão positiva para o futuro. Enquanto atrai
profissionais mais jovens para serem membros do IIA, é esperado um crescimento
significante nos mercados emergentes. O CIA continua sendo a designação profissional
número um tida atualmente pelos auditores internos e mais pessoas estão buscando
obtê-la durante os próximos cinco anos. Também há um aumento no nível de educação
formal e no número de profissionais com
diploma em auditoria interna. Além do
Espera-se que a equipe de auditoria
interna das organizações cresça pelos
mais, a contabilidade continua sendo a
próximos cinco anos, através de
formação principal de auditores internos.
recrutamentos externos ou
Enquanto a maioria dos auditores
transferências internas. Para cobrir
internos trabalha para companhias
faltas na equipe, a maioria das
públicas, existe um aumento significativo,
organizações usa compartilhamento
e/ou terceirização da atividade de
nos últimos quatro anos (2006–2010), no
auditoria interna, ou ainda reduz as
número de auditores internos que
áreas de cobertura de suas atividades.
trabalham para companhias particulares.
Espera-se que a equipe de auditoria interna das organizações cresça pelos próximos
cinco anos, através de recrutamentos externos ou transferências internas. Para cobrir as
faltas na equipe, a maioria das organizações se utiliza do recurso de
compartilhamento/terceirização da atividade de auditoria interna ou reduz suas áreas de
cobertura.
Incentivos de contratação não têm uma grande função no processo de recrutamento,
mas organizações que oferecem incentivos de contratação focam mais no reembolso de
despesas com educação, auxílio para transporte e despesas de realocação. A importância
de várias atividades de auditoria interna vai mudar de forma significativa nos próximos
cinco anos, em comparação com o que é praticado no momento. Governança
corporativa, gestão dos riscos da organização e revisões estratégicas, auditorias éticas e a
migração para as normas IFRS serão as principais áreas de foco, com menos ênfase em
auditorias operacionais e de conformidade, auditoria de riscos financeiros, investigações
de fraude e avaliação de controles internos.
Isso vai exigir que os auditores internos adaptem e fortaleçam suas habilidades para se
equipararem às novas atividades da auditoria interna. Essas mudanças também terão
impactos sobre o tipo e natureza do desenvolvimento profissional e da educação
profissional continuada, assim como na estruturação da equipe com as habilidades
Um Componente do Estudo CBOK | 47
necessárias para realizar as futuras atividades de auditoria interna. Resultados da
pesquisas indicam que a maioria das organizações de auditoria prepara planos de
auditoria com base em riscos no mínimo uma vez por ano. Espera-se que o
compartilhamento/terceirização de atividades aumente ou mantenha o nível atual nos
próximos cinco anos. Entretanto, existem variações entre as diferentes regiões.
Profissionais de auditoria interna estão bem posicionados em suas organizações e
reportam administrativamente à maior autoridade dentro da companhia, os Diretores
Executivos (CEOs) e/ou o comitê de auditoria. Aproximadamente um terço dos DEAs
reporta administrativamente ao comitê de auditoria. Além disso, 22% dos DEAs
indicam que passaram por coerção enquanto realizavam suas atividades de auditoria
interna.
Um Componente do Estudo CBOK | 48
Um Componente do Estudo CBOK | 49
Pesquisa Global de Auditoria Interna
do IIA
Perguntas
Toda a Pesquisa Global de Auditoria Internado IIA, incluindo as perguntas e opções de
respostas e glossário, está disponível para download no website da IIARF
(www.theiia.org/research). A tabela a seguir fornece um resumo das perguntas e dos
grupos que responderam a perguntas específicas. Além disso, a tabela indica em qual
Prestador de serviço nãoassociado
Profissionais (nível de
equipe interna e de
prestadores de serviço)
Acadêmicos e Outros
Há quanto tempo você é membro do
IIA?
X
X
X
X
X
1b
Selecione seu IIA local
X
X
X
X
X
1c
Escolha o local no qual você pratica a
profissão primariamente
X
X
X
X
X
2a
Sua idade
X
X
X
X
X
2b
Seu sexo
X
X
X
X
X
3
Seu maior nível de educação formal
(não certificação) completo
X
X
X
X
X
4
Suas formações acadêmicas
X
X
X
X
X
5a
Você trabalha para uma firma
profissional que presta serviços de
auditoria interna?
X
X
X
X
X
5b
Seu cargo atual na organização.
X
X
X
X
X
6
Suas certificações profissionais
(marque todos os aplicáveis).
X
X
X
X
X
Seção e Descrição da Pergunta
Dados Usados no
Relatório
Prestador de serviço/
Associado
1a
Pergunta nº
DEA
relatório os dados da pesquisa foram usados (em sua maioria).
Informações Pessoais/Histórico
I&
V
I&
V
I&
V
I&
V
I&
V
I&
V
I&
V
I&
V
I&
V
I&
V
Um Componente do Estudo CBOK | 50
7
8
9
10
Especifique sua experiência
profissional (marque todos os
aplicáveis).
Por quantos anos no total você é o
DEA ou equivalente em sua
organização atual e nas organizações
anteriores para as quais trabalhou?
Para quem você reporta
administrativamente (linha direta de
reporte) em sua organização?
Você recebe no mínimo 40 horas de
treinamento formal por ano?
X
X
X
X
X
I&
V
X
I
X
I&
V
X
X
X
X
I&
V
X
X
X
X
I
X
X
X
X
I
X
X
X
X
I&
V
X
X
X
X
I&
V
X
X
X
X
I&
V
X
X
X
X
I&
V
Sua Organização
11
12
13a
13b
13c
14
Tipo de organização para a qual você
trabalha no momento.
Classificação industrial ampla da
organização para a qual você trabalha
ou presta serviços de auditoria
interna.
Tamanho de toda a organização para a
qual você trabalhava em 31 de
dezembro de 2009 ou no final do
último exercício fiscal (total de
funcionários).
Total de ativos em dólares norteamericanos.
Total de receita ou orçamento se for
governamental ou sem fins lucrativos,
em dólares norte-americanos.
Sua organização é local, regional,
internacional?
Atividade de Auditoria Interna
15
16
17a
Por quanto tempo a atividade de
auditoria interna da sua organização
tem funcionado?
Qual dos seguintes existe em sua
organização (por exemplo, código de
governança corporativa, estatuto de
auditoria interna)?
Quem está envolvido na nomeação do
diretor de auditoria (DEA) ou
equivalente?
X
X
I, III,
&V
X
X
I, III,
&V
X
I&
III
Um Componente do Estudo CBOK | 51
17b
18
19
20a
20b
20c
20d
21a
21b
21c
21d
21e
22
23a
Quem está envolvido na nomeação do
prestador de serviços de auditoria
interna?
Quem contribui para a avaliação de
seu desempenho?
Existe um comitê de auditoria ou
equivalente em sua organização?
Número de assembléias formais do
comitê de auditoria realizadas no
último exercício fiscal.
Número de assembléias do comitê de
auditoria para as quais você foi
convidado a comparecer (total ou
parcialmente) durante o último
exercício fiscal.
Você se encontra ou conversa com o
comitê de auditoria/presidente, além
das assembléias marcadas
regularmente?
Você se encontra com o comitê de
auditoria/comitê de
supervisão/presidente em sessões
executivas particulares durante
assembléias marcadas regularmente?
Você acredita que tem acesso
apropriado ao comitê de auditoria?
Você prepara um relatório escrito
sobre o controle interno geral para
uso do comitê de auditoria ou da alta
administração? Com que frequência
você fornece um relatório?
Sua organização fornece um relatório
sobre controle interno em seu
relatório anual?
Qual dos seguintes está incluído no
item de relatório anual no controle
interno?
Quem assina o relatório sobre
controles internos?
Como sua organização mede o
desempenho da atividade de auditoria
interna?
Com que frequência você atualiza o
plano de auditoria?
X
X
I&
III
I&
III
I, III,
&V
X
X
X
I&
III
X
I&
III
X
I&
III
X
I&
III
X
X
I&
III
X
X
I&
III
X
X
I&
III
X
X
I&
III
X
X
I&
III
X
I, III,
&V
X
I&
III
Um Componente do Estudo CBOK | 52
23b
24a
24b
25a
25b
Como você estabelece seu plano de
auditoria?
Qual é sua estratégia de auditoria
TI/ICT?
Qual é a natureza de sua estratégia de
tecnologia da atividade de auditoria
interna?
Qual é o número de organizações para
as quais você (como pessoa) no
momento presta serviços de auditoria
interna?
Indique sua concordância com as
declarações a seguir, da forma com
que elas se relacionam com sua
organização atual ou organizações que
você audita.
I, III,
&V
I, III,
&V
X
X
X
I, III,
&V
X
I&
III
X
I, III,
&V
X
I&
III
Contratação de Equipe
26a
26b
27
28
29
30a
30b
31
Sua organização oferece algum
incentivo especial para
contratar/manter profissionais de
auditoria interna?
Quais fontes sua organização usa para
recrutar equipe de auditoria?
26c
Sua organização usa estagiários?
X
26d
Qual é o motivo primário para
empregar estagiários?
X
Quais métodos você usa para compensar
vagas na equipe?
Quais métodos sua organização emprega
para compensar por conjuntos de
habilidades em falta?
Qual é a porcentagem de suas atividades de
auditoria interna que atualmente passa por
compartilhamento/terceirização?
Como você antecipa se seu orçamento para
atividades compartilhadas ou terceirizadas
mudará nos próximos cinco anos?
Como você antecipa se seus níveis de equipe
permanente mudarão nos próximos cinco
anos?
Qual método de avaliação de equipe você
usa?
I&
III
I, III,
&V
I, III,
&V
X
X
I&
III
X
I&
III
X
I&
III
X
I&
III
X
I, III,
&V
X
I&
III
Um Componente do Estudo CBOK | 53
Padrões de auditoria interna
32
33
33a
Sua organização usa as Normas? Se você é
um prestador de serviços, você vê utilidade
nas Normas para auditorias internas de seus
clientes?
Se sua atividade de auditoria interna segue
qualquer uma das Normas, indique se a
orientação fornecida por essas normas é
adequada para sua atividade de auditoria
interna e se você acredita que sua
organização está de acordo com as Normas.
Você acredita que a orientação fornecida
pelas Normas é adequada para auditoria
interna?
X
X
Sua organização não está de acordo.
X
35
Quais são os motivos para não usar as
Normas total ou parcialmente?
X
36
37a
37b
37c
38
Por que tal revisão não foi realizada?
Como fornecedor de serviços de auditoria
interna, seus processos de auditoria interna
estão sujeitos a avaliações externas de
qualidade, conforme é especificado na
Norma 1312?
Para sua atividade de auditoria interna, qual
dos seguintes faz parte de seu programa de
avaliação de qualidade e melhoria de
auditoria interna?
X
II,
III, &
V
II,
III, &
V
II,
III, &
V
II,
III, &
V
X
34
Sua atividade de auditoria interna possui um
programa de avaliação de qualidade e
melhoria estabelecido de acordo com a
Norma 1300?
Quando sua atividade de auditoria interna
esteve sujeita pela última vez a uma
avaliação de qualidade externa formal de
acordo com a Norma 1312?
X
II,
III, &
V
X
X
II,
III, &
V
X
II,
III, &
V
X
II,
III, &
V
II,
III, &
V
X
II,
III, &
V
X
Atividades de Auditoria
39
Indique se sua atividade de auditoria interna
realiza (ou se é previsto que realize) o
X
X
X
X
Um Componente do Estudo CBOK | 54
I, III,
&V
40a
40b
40c
41
42
seguinte:
Você fornece normalmente uma forma de
parecer sobre a área de auditoria em
relatórios individuais de auditoria interna?
Você normalmente fornece uma
classificação geral (como
satisfatório/insatisfatório) sobre a área de
auditoria em um relatório de auditoria
interna individual?
Você já esteve sujeito a coerção (pressão
extrema) para mudar uma classificação ou
avaliação ou para retirar uma descoberta de
um relatório de auditoria interna?
Depois da emissão de um relatório de
auditoria interna na organização, quem tem
a responsabilidade primária de reportar
descobertas à alta administração?
Depois da emissão de um relatório de
auditoria com descobertas que precisam de
ação corretiva, quem possui a
responsabilidade primária de monitorar tal
ação corretiva que foi realizada?
X
X
X
X
I&
III
X
X
X
X
I&
III
X
X
X
X
I&
III
X
X
X
X
I&
III
X
X
X
X
I&
III
X
II,
III, &
V
X
II,
III, &
V
Ferramentas, habilidades e competências
43a
43b
44
44a
45
45a
Indique a extensão dos usos ou planos de
uso para a atividade de auditoria interna das
seguintes ferramentas ou técnicas de
auditoria em um compromisso típico de
auditoria.
Quais são outras ferramentas e técnicas que
você usa atualmente ou planeja usar
(indique se for proprietário)?
Marque as cinco habilidades
comportamentais mais importantes para
cada profissional de equipe realizar seu
trabalho.
Indique a importância das seguintes
habilidades comportamentais para que você
realize seu trabalho no seu cargo da
organização.
Marque as cinco habilidades técnicas mais
importantes para cada profissional de
equipe realizar seu trabalho.
Indique a importância das seguintes
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
II,
III, &
V
X
X
X
X
II,
III, &
V
X
Um Componente do Estudo CBOK | 55
II,
III, &
V
II,
46
46a
46b
46c
habilidades técnicas para que você realize
seu trabalho no seu cargo da organização
Marque as cinco competências mais
importantes para cada profissional da
equipe realizar seu trabalho.
Indique a importância das seguintes
competências para que você realize seu
trabalho no seu cargo da organização
Qual a importância das áreas de
conhecimento a seguir para o desempenho
satisfatório de seu trabalho no seu cargo na
organização?
III, &
V
X
X
X
X
X
II,
III, &
V
X
X
II,
III, &
V
X
Existem outras áreas de conhecimento que
você considera essencial?
X
II,
III, &
V
II,
III, &
V
Questões Emergentes
47
48
Você percebe uma probabilidade de
mudança nas seguintes funções da atividade
de auditoria interna nos próximos cinco
anos?
Indique se as declarações a seguir se
aplicam à sua organização agora, nos
próximos cinco anos, ou se não vão se
aplicar em um futuro previsível.
X
X
X
X
X
X
X
X
X
Um Componente do Estudo CBOK | 56
IV &
V
IV &
V
Pesquisa Global de Auditoria
Interna do IIA - Glossário
Este glossário foi disponibilizado aos entrevistados quando eles participaram da
pesquisa.
Agregar valor
O valor é agregado melhorando oportunidades de alcançar objetivos organizacionais,
identificar melhoria operacional e/ou reduzir a exposição a riscos através de serviços de
avaliação e consultoria.
Serviços de Avaliação
Um exame objetivo de evidências, com o fim de fornecer uma avaliação independente
sobre governança, gerenciamento de riscos e processos de controle para a organização.
Exemplos podem incluir compromissos financeiros, desempenho, conformidade,
segurança de sistemas e de due diligence.
Risco da auditoria
O risco de chegar a conclusões de auditoria inválidas e/ou fornecer conselhos errôneos
com base no trabalho de auditoria realizado.
Auditado
A subsidiária, unidade comercial, departamento, grupo ou outra subdivisão estabelecida
de uma organização, que está sujeita a um projeto de consultoria.
Conselho
Um conselho é um órgão governante de uma organização, como o Conselho de
Administração, conselho de supervisão, chefe de agência ou órgão legislativo, conselho
de governantes ou curadores de uma organização sem fins lucrativos, ou qualquer outro
órgão designado da organização, incluindo o Comitê de Auditoria, a quem o diretor
executivo de auditoria pode se reportar de forma funcional.
Processo do Negócio
O conjunto de atividades conectadas uma à outra, com o objetivo de realizar um ou
mais objetivos do negócio.
Diretor Executivo de Auditoria (DEA)
Um Componente do Estudo CBOK | 57
O diretor executivo de auditoria é um cargo sênior dentro da organização, responsável
pelas atividades de auditoria interna. Normalmente, este seria o diretor executivo de
auditoria interna. Caso as atividades de auditoria interna sejam obtidas de prestadores
de serviços externos, o diretor executivo de auditoria é a pessoa responsável por
supervisionar o contrato de serviço e a Certificação de Qualidade geral dessas atividades,
reportando-se à alta administração e ao conselho, a respeito de atividades de auditoria
interna, e acompanhando os resultados do projeto. O termo também inclui cargos como
auditor geral, chefe de auditoria interna, diretor de auditoria interna e inspetor geral.
Código de Ética
O Código de Ética do Instituto de Auditores Internos (IIA) são Princípios relevantes
para a profissão e prática de auditoria interna, e Regras de Conduta que descrevem o
comportamento que se espera de auditores internos. O Código de Ética se aplica tanto a
partes quanto a entidades que prestam serviços de auditoria interna. O objetivo do
Código de Ética é promover uma cultura ética na profissão global de auditoria interna.
Conformidade
O cumprimento de políticas, planos, procedimentos, leis, regulamentos, contratos ou
outros requisitos.
Serviços de Consultoria
Atividades de aconselhamento e relacionadas a clientes, cuja natureza e escopo são
concordados com o cliente, pretendem adicionar valor e melhorar os processos de
governança, gerenciamento de riscos e controle da companhia, sem o auditor interno
assumir responsabilidade de gerenciamento. Exemplos incluem aconselhamento,
facilitação e treinamento.
Controle
Qualquer ação realizada pela gerência, conselho e outras partes, para gerenciar o risco e
aumentar a probabilidade de objetivos estabelecidos serem realizados. Planos de
gerenciamento, organização e direção do desempenho de ações suficientes para fornecer
uma avaliação razoável de que os objetivos serão alcançados.
Cliente
A subsidiária, unidade comercial, departamento, grupo, pessoa ou outra subdivisão
estabelecida de uma organização que é o assunto do projeto de consultoria.
Projeto
Um projeto, tarefa ou atividade de revisão específica da auditoria interna, como uma
auditoria interna, revisão de controle de auto-avaliação, investigação de fraude ou
Um Componente do Estudo CBOK | 58
consultoria. Um projeto pode incluir várias tarefas ou atividades, projetadas para
alcançar um conjunto específico de objetivos relacionados.
Gerenciamento de Riscos da Organização – Ver Gerenciamento de Riscos
Auditor Externo
Uma firma de contabilidade com registro público, contratada pelo conselho ou gerência
executiva da organização, para realizar uma auditoria das demonstrações financeiras,
realizando uma avaliação para a qual a companhia emite um relatório de atestado
escrito, que expressa um parecer sobre se os demonstrativos financeiros estão
apresentados de forma justa, de acordo com os Princípios Contábeis Geralmente
Aceitos aplicáveis.
Estrutura Conceitual
Um corpo de princípios de orientação que formam uma estrutura conceitual, em
comparação com as quais as organizações podem avaliar várias práticas comerciais.
Esses princípios estão inclusos em vários conceitos, valores, suposições e práticas, que
pretendem fornecer um padrão de medida de comparação, para que uma organização
possa avaliar uma estrutura, processo ou ambiente em particular ou um grupo de
práticas ou procedimentos.
Fraude
Qualquer ação ilegal caracterizada por enganar, encobrir ou violar uma confiança. Essas
ações não dependem da ameaça de violência ou força física. Fraudes são perpetradas por
partes e organizações para obter dinheiro, propriedades ou serviços, para evitar o
pagamento ou perda de serviços ou para garantir uma vantagem pessoal ou comercial.
Governança
A combinação de processos e estruturas implementadas pelo conselho para informar,
dirigir, gerenciar e monitorar as atividades da organização, em direção à realização de
seus objetivos.
Independência
A liberdade de condições que ameaçam a objetividade ou a aparência de objetividade.
Tais ameaças à objetividade devem ser gerenciadas nos níveis individuais de auditor,
projeto, função e organização.
Atividade de Auditoria Interna
Um Componente do Estudo CBOK | 59
Um departamento, divisão, equipe de consultores ou outros profissionais que prestam
serviços independentes, de avaliação objetiva e consultoria, projetados para adicionar
valor e melhorar as operações de uma organização. A atividade de auditoria interna
ajuda uma organização a alcançar seus objetivos, trazendo uma abordagem sistemática e
disciplinada para avaliar e melhorar a efetividade dos processos de governança,
gerenciamento de riscos e controle.
Estatuto da Auditoria Interna
O Estatuto da auditoria interna é um documento formal que define o objetivo,
autoridade e responsabilidade da auditoria interna. O estatuto estabelece a posição da
atividade de auditoria interna dentro da organização, autoriza o acesso a registros,
pessoal e propriedades físicas relevantes ao desenvolvimento dos projetos e define o
escopo das atividades de auditoria interna.
Controle Interno
Um processo, realizado pelo Conselho de Administração, gerência ou outro pessoal de
uma entidade, projetado para fornecer uma avaliação razoável a respeito da realização
dos objetivos nas seguintes categorias:

Efetividade e eficiência de operações.

Confiabilidade do relatório financeiro.

Conformidade com as leis e regulamentos aplicáveis.
Estrutura de Práticas Profissionais Internacionais (IPPF)
A estrutura conceitual que organiza as orientações oficiais promulgada pelo IIA.
As orientações oficiais consistem de duas categorias - (1) mandatórias e (2) fortemente
recomendadas.
TI/ICT
Tecnologia da informação/tecnologia de informação e comunicação.
Monitoramento
Um processo que avalia a presença e funcionamento da governança, gerenciamento de
riscos e controle ao longo do tempo.
Objetividade
Uma atitude mental imparcial que permite que os auditores internos realizem projetos
de forma a terem uma crença honesta em seu produto de trabalho, e para que nenhum
comprometimento de qualidade significante seja feito. A objetividade requer que os
auditores internos não subordinem seu julgamento em questões de auditoria a outros.
Risco
Um Componente do Estudo CBOK | 60
A possibilidade de ocorrer um evento que terá impacto na realização dos objetivos. O
risco é medido em termos de impacto e probabilidade.
Avaliação de Riscos
A identificação e análise (tipicamente em termos de impacto e probabilidade) de riscos
relevantes para a realização dos objetivos de uma organização, formando a base para
determinar de que forma os riscos devem ser gerenciados.
Avaliação de Riscos
A identificação e análise (tipicamente em termos de impacto e probabilidade) de riscos
relevantes para a realização dos objetivos de uma organização, formando a base para
determinar de que forma os riscos devem ser gerenciados.
Gestão de Riscos
Um processo para identificar, avaliar, gerenciar e controlar eventos ou situações em
potencial, para fornecer uma avaliação razoável a respeito da realização dos objetivos da
organização.
Prestador de Serviço
Uma pessoa ou companhia, fora da organização, que presta serviços de avaliação e/ou
consultoria para uma organização.
Norma
Um pronunciamento profissional, promulgado pelo Conselho de Normas da Auditoria
Interna, que delineia os requisitos para realizar uma ampla gama de atividades de
auditoria interna, e para avaliar o desempenho da auditoria interna.
Estratégia
Diz respeito a como gerenciar os planos para realizar os objetivos da organização.
Técnicas de Auditoria Realizadas com Auxílio de Sistemas (CAATs)
Qualquer ferramenta de auditoria automatizada, como um software de auditoria
generalizado, geradores de dados de teste, programas de auditoria computadorizados,
acessórios especializados de auditoria e técnicas de auditoria realizadas com auxílio de
sistemas (computer-assisted audit techniques - CAATs).
Um Componente do Estudo CBOK | 61
Agradecimento aos Patrocinadores da
Fundação de Pesquisa do IIA
A visão da Fundação de Pesquisa do IIA é entender, formar e avançar a profissão global
de auditoria interna, ao iniciar e patrocinar o encontro de inteligência, pesquisas
inovadoras e compartilhamento de conhecimento de forma oportuna. Como uma
organização separada isenta de impostos, a Fundação não recebe recursos financeiros
advindos das taxas de associação do IIA, e sim depende das contribuições de pessoas e
organizações, e de seções e institutos do IIA, para avançar nossos programas. Também
não funcionaríamos sem nossos preciosos voluntários. Para isso, agradecemos aos
seguintes:
William G. Bishop III, CIA, Memorial Fund
NÍVEL DIAMANTE
The Institute of Internal Auditors (IIA)
NÍVEL ESMERALDA
William L. Taylor
IIA–Phoenix Chapter
IIA–Triad Chapter
IIA–Wichita Chapter
IIA–Central Illinois Chapter
NÍVEL DOADOR
Abdulrahman AlSughayer
IIA–Dallas Chapter
Augusto Baeta
IIA–New York Chapter
Audley L. Bell, CIA
NÍVEL RUBI
Jewel e Dennis K. Beran, CIA, CCSA
Mary Bishop
John J. Flaherty, CIA
Anthony J. Ridley, CIA
Patricia E. Scipio, CIA
IIA–Dallas Chapter
IIA–New York Chapter
IIA–Palmetto Chapter
IIA–Pittsburgh Chapter
IIA–Washington, DC Chapter
NÍVEL AMIGO
Andrew J. Dahle, CIA
John M. Polarinakis, CIA
IIA–Downeast Maine Chapter
IIA–Madison Chapter
Jewel e Dennis K. Beran, CIA, CCSA
Toby Bishop
LeRoy E. Bookal, CIA
Mahmood Al-Hassan Bukhari
Judith K. Burke, CCSA
Richard F. Chambers, CIA, CCSA, CGAP
Michael J. Corcoran
Nicolette Creatore
Julia Ann Disner, CIA, CFSA
Edward M. Dudley, CIA
Gaston L. Gianni, Jr., CGAP
Stephen D. Goepfert, CIA
Al e Kendra Holzinger
Cynthia Huysman
Howard J. Johnson, CIA
Thomas A. Johnson, CIA
Claude Joseph
Nathania Kasman
Um Componente do Estudo CBOK | 62
Carman L. Lapointe, CIA, CCSA
David N. Polansky
Jens Lay
Charity A. Prentice, CIA, CCSA, CGAP
Lorna Linton
Tabitha Price
Susan B. Lione, CIA, CCSA, CFSA, CGAP
Robert John Serocki, CIA, CCSA
Mary Lueckemeyer
Hugh E. Spellman
David J. MacCabe, CIA, CGAP
Frederick H. Tesch, CIA, CFSA
Stacy Mantzaris, CIA, CCSA, CGAP
Archie R. Thomas, CIA
Joseph P. McGinley
Don Trobaugh, CIA, CFSA
Betty L. McPhilimy, CIA
Bonnie L. Ulmer
Guenther Meggeneder, CIA
Dominique Vincenti, CIA
Patricia K. Miller, CIA
Douglas E. Ziegenfuss, PhD, CIA, CCSA
Anthony Minor, CIA
IIA–Baltimore Chapter
James A. Molzahn, CIA
IIA–El Paso Chapter
Donald J. Nelson, CIA
IIA–Nisqually Chapter
Frank M. O’Brien, CIA
IIA–Tallahassee Chapter
Basil H. Pflumm, CIA
Outros Patrocinadores de Pesquisa
Patrocinadores de Pesquisa
IIA–Chicago Chapter
IIA–Houston Chapter
IIA Netherlands
IIA–Philadelphia Chapter
Parceiro Principal
PricewaterhouseCoopers, LLP
Ciclo Visionário
A Família de Lawrence B. Sawyer
Ciclo de Presidentes
Stephen D. Goepfert, CIA
ExxonMobil Corporation
Michael J. Head, CIA
Itaú Unibanco Holding SA
Patricia E. Scipio, CIA
JCPenney Company
Paul J. Sobel, CIA
Lockheed Martin Corporation
Doador Diamante
IIA–Central Ohio Chapter
IIA–New York Chapter
IIA–San Jose Chapter
Um Componente do Estudo CBOK | 63
Conselho de Curadores da
Fundação de Pesquisa do IIA
Presidente: Patricia E. Scipio, CIA, PricewaterhouseCoopers LLP
Vice Presidente Estratégico: Mark J. Pearson, CIA, Boise Inc.
Vice Presidente de Pesquisa: Philip E. Flora, CIA, CCSA, FloBiz & Associates, LLC
Vice Presidente de Desenvolvimento: Wayne G. Moore, CIA, Wayne Moore Consulting
Tesoureiro: Stephen W. Minder, CIA, YCN Group LLC
Secretário: Douglas Ziegenfuss, PhD, CIA, CCSA, Old Dominion University
Neil Aaron, The McGraw-Hill Companies
Richard J. Anderson, CFSA, DePaul University
Urton L. Anderson, PhD, CIA, CCSA, CFSA, CGAP, University of Texas-Austin
Sten Bjelke, CIA, IIA Sweden
Michael J. Head, CIA, TD Ameritrade Holding Corporation
James A. LaTorre, PricewaterhouseCoopers LLP
Marjorie Maguire-Krupp, CIA, CFSA, Coastal Empire Consulting
Leen Paape, CIA, Nyenrode Business University
Jeffrey Perkins, CIA, TransUnion LLC
Edward C. Pitts, Avago Technologies
Michael F. Pryal, CIA, Federal Signal Corporation
Larry E. Rittenberg, PhD, CIA, University of Wisconsin
Carolyn Saint, CIA, Lowe’s Companies, Inc.
Mark L. Salamasick, CIA, University of Texas at Dallas
Susan D. Ulrey, CIA, KPMG LLP
Jacqueline K. Wagner, CIA, Ernst & Young LLP
Shi Xian, Nanjing Audit University
Um Componente do Estudo CBOK | 64
Comitê de Pesquisa e
Conselheiros de Educação da
Fundação de Pesquisa do IIA
Presidente: Philip E. Flora, CIA, CCSA, FloBiz & Associates, LLC
Vice Presidente: Urton L. Anderson, PhD, CIA, CCSA, CFSA, CGAP, University of Texas-Austin
Membros
George R. Aldhizer III, PhD, CIA, Wake Forest University
Lalbahadur Balkaran, CIA
Kevin W. Barthold, CPA, City of San Antonio
Thomas J. Beirne, CFSA, The AES Corporation
Audley L. Bell, CIA, Habitat for Humanity International
Toby Bishop, Deloitte FAS LLP
Sezer Bozkus, CIA, CFSA, KPMG LLP
John K. Brackett, CFSA, RSM McGladrey, Inc.
Adil S. Buhariwalla, CIA, Emirates Airlines
Thomas J. Clooney, CIA, CCSA, KPMG LLP
Jean Coroller
Mary Christine Dobrovich, Jefferson Wells International
Susan Page Driver, CIA, Texas General Land Office
Donald A. Espersen, CIA, despersen & associates
Randall R. Fernandez, CIA, C-Force, Inc.
John C. Gazlay, CPA, CCSA
Dan B. Gould, CIA
Ulrich Hahn, CIA, CCSA, CGAP
John C. Harris, CIA, Aspen Holdings/FirstComp Insurance Company
Sabrina B. Hearn, CIA, University of Alabama System
Katherine E. Homer, Ernst & Young LLP
Peter M. Hughes, PhD, CIA, Orange County
David J. MacCabe, CIA, CGAP
Gary R. McGuire, CIA, Lennox International Inc.
John D. McLaughlin, LECG, LLC
Steven S. Mezzio, CIA, CCSA, CFSA, Resources Global Professionals
Deborah L. Munoz, CIA, CalPortland Company
Um Componente do Estudo CBOK | 65
Frank M. O’Brien, CIA, Olin Corporation
Michael L. Piazza, Professional Development Institute
Amy Jane Prokopetz, CCSA, Farm Credit Canada
Mark R. Radde, CIA, Resources Global Professionals
Vito Raimondi, CIA, Zurich Financial Services NA
Sandra W. Shelton, PhD, DePaul University
Linda Yanta, CIA, Eskom
Um Componente do Estudo CBOK | 66
PESQUISA GLOBAL DE AUDITORIA INTERNA DO IIA
Características de uma
Atividade de Auditoria Interna
O Relatório I, Características de uma Atividade de Auditoria Interna, é um dos cinco produtos da
Pesquisa Global de Auditoria Interna do IIA: Um Componente do Estudo CBOK. Este é o estudo
mais abrangente, até o momento, que captura as perspectivas e opiniões atuais de uma ampla
combinação de auditores internos profissionais, prestadores de serviços de auditoria e acadêmicos,
a respeito da natureza e do escopo de atividades de avaliação e consultoria sobre a situação da
profissão no mundo todo.
Características de uma Atividade de Auditoria Interna examina a demografia e outros atributos da
população global de auditores internos, assim como as implicações para orientação futura da
profissão. A análise é baseada em 13.582 respostas de membros e não-membros do IIA, em mais de
107 países.
Outros relatórios da série são:
Competências Principais para o Auditor Interno de Hoje
Medição do Valor da Auditoria Interna
Qual o Futuro da Auditoria Interna?
Imperativos para Mudança: A Pesquisa Global de Auditoria Interna do IIA em Ação
Este projeto foi possibilitado através de generosas doações feitas ao William G. Bishop III, CIA,
Memorial Fund.
Um Componente do Estudo CBOK | 67