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31 Maio 2016
Telefone: Chicago +1 (312) 405-0053 | Brasil +55 (21) 3958-7994 | Skype: phdbrasil | E-mail: [email protected]
** Relatório diário - AGR BRASIL**
** Cotações FECHAMENTO CHICAGO**: SOJA Julho BAIXA de 8 pontos a $10,78; MILHO Julho BAIXA de 8 pontos a $4,04,
TRIGO Julho BAIXA de 17 pontos a $4,64 e ALGODÃO Julho BAIXA de 0,34 a $63,94.
** DÓLAR: O dólar fechou em ALTA de 1,22% cotado a R$ 3,62.
** RESUMO SEMANAL **
Índice CRB Commodities
O índice de commodities CCI/CRB fechou em leve alta na semana passada,
com petróleo e soja atingindo novas altas.O rally no mercado de commodities
está indo contra a maré do macrocenário, com o dólar index se fortalecendo
no mercado internacional. A AGR BRASIL credita a saída de fundos de
apostas recordes na alta do Dollar Index no primeiro trimestre de 2016, como
um dos principais fatores que atraíram gestores de capital especulativo ao
setor de commodities. O índice dólar vem traçando uma boa recuperação
desde Abril (como alertado pela AGR BRASIL), o que caso continue, pode
afetar o ‘ânimo altista’ de gestores para o setor de commodities. Este recente
rally no índice geral de commodities não tem sido liderado por mudanças
dramáticas nas relações de oferta x demanda, mas sim, no puro fluxo
especulativo de capital.
O Yuan (moeda chinesa) caiu para as menores cotações em relação ao dólar em vários anos, com o governo chinês agindo para
desvalorizar sua moeda e receber mais dinheiro das exportações que faz (o que alguns chamam de “guerra cambial”).
Em janeiro, os mercados financeiros mundiais ficaram horrorizados com a guerra cambial vista no mundo. Desta vez, a guerra
segue despercebida, mas se o Yuan continuar perdendo valor em relação ao dólar, e cair abaixo de sua baixa de janeiro, o
movimento não poderá mais ser ignorado. Países que possuem caixa conseguem desvalorizar artificialmente suas moedas para
receber mais por seus produtos. O mesmo acontece agora no Brasil, com produtores e exportadores em geral recebendo
excelentes e históricas quantias em reais. Vale notar que o governo brasileiro deixou claro até aqui que tem todo interesse
em manter o Real “desvalorizado” frente ao dólar na casa de $3,40-$3,60, o que atualmente apresenta um excelente
‘ponto de equilíbrio’ entre inflação x incentivo às exportações em sua visão.
O Banco Central dos EUA (FED, em inglês) continua insinuando que vai continuar aumentando as taxas de juros em Junho ou
Julho, com outra alta de 0,25% em sua taxa básica de juros. Caso a alta aconteça, o dólar deve continuar seu movimento de
valorização no mercado internacional, podendo influenciar negativamente o índice CCI/CRB, que pode retornar à operar abaixo
dos 400 pontos (veja gráfico).
AGR BRASIL
31 Maio 2016
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SOJA
Os principais contratos de soja operados na CBOT foram negociados em uma
ampla gama de cotações, encerrando a semana com ganhos modestos. A
alta foi puxada novamente pelo farelo de soja. Futuros de farelo de soja
superaram a barreira dos $400/MT pela primeira vez desde o fim de 2014,
com spreads da safra disponível e nova registrando fortes ganhos, liderados
pelo spread N-Z para 2016.
Um arrefecimento do rally foi visto no fim da semana, com futuros e spreads
perdendo força e fechando em leve baixa na sexta-feira passada.
Enquanto preços de soja registraram fortes ganhos em semanas recentes, o
ritmo de plantio nos EUA vem sendo registrado à nível levemente mais rápido
do que a média dos últimos anos. Até este momento não existe uma ameaça
climática mais séria, inclusive com os mapas de longo prazo mostrando um Junho potencialmente mais chuvoso do que o normal.
Caso o clima se mantenha pelo menos relativamente normal, chances são de que a safra dos EUA seja ainda maior do que os
104 milhões de toneladas estimados pelo USDA no relatório do início de Maio. A AGR BRASIL acredita em um aumento de área
no plantio de soja para a nova safra EUA. A América do Sul, por contar hoje com preços recordes ou próximos aos recordes, deve
contar com uma leve expansão na área ou ainda uma manutenção da área do ano passado, mas é muito cedo ainda para se falar
em redução na área semeada.
Nos EUA, até que o clima prejudique a safra a ponto de haver cortes nas estimativas de produção, os preços terão dificuldade em
subir com mais ímpeto. É óbvio que o mercado pode sim se descolar dos fundamentos e subir sem maiores mudanças
fundamentais, mas após o relatório de Junho do USDA, será preciso um problema climático sério para que os preços subam para
patamares muito superiores aos atuais.
Mesmo com uma demanda de soja nos EUA da safra 2016/17 estimada à níveis recordes acima de 105 MTs, os estoques
americanos ainda podem ficar próximo aos 10 MTs, caso os produtores americanos aumentem levemente sua área plantada e a
produtividade fique em alta. Com clima normal durante o período de junho-agosto nos EUA, preços atuais ficam difíceis de serem
sustentados.
Milho
As principais cotações de milho operados na CBOT subiram 19 centavos na
semana passada, com os contratos de Julho atingindo a maior alta em 11
meses. A semana também foi boa para as exportações norte-americanas,
com ofertas à vista no Golfo americano com preços abaixo do Mar Negro e
América do Sul. Enquanto isso, as margens de etanol no mercado à vista dos
EUA melhoraram nos últimos dias.
Oficialmente, o El Nino acabou, o que provocou agora especulações sobre os
efeitos do El Niña para as safras ao redor do mundo. A AGR BRASIL observa
que as previsões climáticas de curto e longo prazo são favoráveis, mas em
meio à transição para o La Niña, vários analistas privados começaram a
alertar para um clima mais quente e seco durante o verão norte-americano.
A maior parte da polinização de milho dos EUA deste ano deve acontecer na primeira quinzena de Julho - e com as previsões
climáticas favoráveis para as próximas 2-3 semanas, um clima mais seco e quente poderia ter sérios efeitos na safra de milho
americana caso chegasse entre o final de Junho e início de Julho. Observamos também que o mercado global se torna
competitivo para além de Julho com a Argentina e Brasil colhendo 70-80 MTs de milho neste período. A Argentina já colheu 29%
da sua área plantada, ou o equivalente a 8 MTs.
O suporte atualmente visto no mercado de milho deve continuar nas próximas 2-3 semanas, ou enquanto o clima não se decidir e
o mercado físico no Brasil e Argentina não ‘relaxarem’. A partir do momento que o plantio acabar e mapas climáticos se tornarem
mais precisos a partir do fim de Junho, existe um risco de queda de até $1 por bushel nos preços de milho no CBOT, caso as
previsões climáticas para julho sejam favoráveis.
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31 Maio 2016
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Acompanhe a previsão climática abaixo:

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