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9 Setembro 2015
Telefone: Chicago +1 (312) 405-0053 | Brasil +55 (21) 3958-7994 | Skype: phdbrasil | E-mail: [email protected]
** Relatório diário - AGR BRASIL**
** Cotações fechamento CHICAGO**: SOJA novembro baixa de 7 centavos à $8,72; MILHO dezembro ALTA de 1
ponto a $3,69 e TRIGO dezembro BAIXA de 2 pontos a $4,72.
** DÓLAR: O dólar fechou em queda de 0,51% a R$ 3,7994.
** DESTAQUE **
Um dos principais assuntos do mercado atualmente é a expectativa de produtividade de milho e soja para a safra
2015/16 dos Estados Unidos. No relatório de Agosto, o USDA elevou significativamente a sua estimativa de
produtividade em relação ao relatório de julho, em uma das maiores surpresas em relação à expectativas pré-relatório
da história. Muitos no mercado esperavam reduções nas estimativas de produtividade naquele relatório.
Agora, o mercado começa a especular que o USDA
pode rever essa alta na estimativa de produtividade e
reduzir seus números para o relatório de setembro.
A equipe da AGR BRASIL não descarta esta
possibilidade, mas frisa: historicamente, em anos que
o USDA aumentou sua estimativa de produtividade de
julho para agosto, o órgão também aumentou sua
estimativa de produtividade para a safra americana no
relatório de setembro 83% das vezes, ou 5 dos 6
anos em qual o fenômeno ocorreu, como mostra o
gráfico ao lado.
Outro ponto de grande relevância. Perceba neste
outro gráfico, que as condições da safra de soja vêm
tendo um leve aumento desde o início de Agosto
(linha vermelha) mesmo frente à tendência sazonal de
redução nas condições de safra desta época do ano
(linha traçada).
Este é outro ponto importantíssimo que não pode ser
ignorado, pois o que justificaria uma redução drástica
nas estimativas de produtividade em setembro, se os
números de condições de safra não indicam que esta
deterioração ocorreu?
É claro que existem outras variáveis nesta história,
como a diferença de método utilizada pelo USDA nas
estimativas de agosto (mais focada em estatísticas e
modelos matemáticos) e nas de setembro (foco maior em pesquisas atuais de campo). No entanto, entende-se que
tanto um leve aumento quanto uma leve redução seria visto como ‘plausível’ para o relatório desta sexta. Apesar do
foco atual no possível tamanho da safra norte-americana (oferta), o lado de demanda bem provavelmente terá maior
influência nos números finais de estoques norte-americanos. Mesmo com a forte retomada de exportações de soja do
país das últimas semanas, e outra forte semana à ser anunciada esta semana, os EUA não devem conseguir
recuperar muito do ‘espaço perdido’ – a mentalidade de ‘vendas nas tentativas de altas’ fará parte do mercado de soja
até o próximo grande problema climático em algum grande produtor e exportador mundial.
AGR BRASIL
9 Setembro 2015
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** COMENTÁRIO **
Outro dia em qual a tentativa de recuperação de cotações no CBOT encontrou forte resistência e não conseguiu ser
solidificada. Como indicamos no texto da primeira página, a mentalidade atual é de ‘vendas nas tentativas de altas’.
Tal mentalidade deve dominar o mercado de milho e soja em Chicago até a próxima grande ameaça climática para um
grande país produtor e exportador.
Contratos de milho, soja e trigo ‘embarcaram’ no otimismo que dominava o macrocenário no início da sessão de hoje,
registrando razoáveis ganhos de pouco mais de 1% no dia. Mas logo na reabertura da sessão ‘viva voz’ em Chicago,
preços operaram sob pressão, não só devolvendo os ganhos, como, no caso da soja, operando sob razoável pressão.
Ainda assim, contratos continuam operando dentro do patamar de preços bem estabelecido das últimas semanas,
entre $8,60 - $8,90, enquanto aguarda o próximo anúncio do USDA na sexta.
Boatos rondaram novamente os corredores do CBOT sobre importadores de soja chineses não conseguindo a
liberação de cartas de crédito para atender sua demanda. Este problema vem ocorrendo já desde o início de 2014 e é
um problema contínuo. É outro fator que contribuiu à virada pra baixo do mercado hoje e que continuará sendo
monitorado por participantes do mercado.
A AGR BRASIL alerta seus clientes: a volatilidade deverá retornar ao mercado nos próximos 30 dias, e este patamar
de preços será rompido. Se o nível de $8,90 será rompido antes do $8,60 ou vice-versa, dependerá dos números
relatados pelo USDA esta semana, assim como dados de colheita e de demanda das próximas semanas. Fora uma
surpresa maior do USDA, a equipe da AGR BRASIL considera que preços possam ainda não ter registrado os
menores níveis para o ano – com pressão razoável-considerável podendo retornar aos preços durante a campanha de
colheita norte-americana nas próximas semanas. Dentro de um cenário de pouca variação nos níveis de
produtividade e estoques norte-americanos, qualquer teste da área de $8,90 - $9,20 deve ser visto como excelente
oportunidade de negociação em Chicago.
** CLIMA **
A previsão de clima dos EUA mostra um padrão mais frio e úmido para a próxima semana. Uma frente fria secundária
está prevista para percorrer o Leste das Planícies e Meio-Oeste na próxima semana. Esse movimento deve
desencadear uma nova rodada de chuvas moderadas em toda Oklahoma e Kansas e partes do Meio-Oeste. Apesar
de essa frente fria estar prevista para o intervalo de 8-15 dias, não estão previstas geadas. Temperaturas próximas a 0
grau serão em locais isolados de Minnesota e Wisconsin.
Os principais modelos climáticos
mostram divergência para a previsão
dos próximos dias e semana. O
padrão americano (GFS) mostra uma
nova rodada de chuvas generalizadas
e clima um pouco mais frio. As chuvas
na quinta / sexta-feira devem cair no
Leste de Oklahoma, Leste de Kansas,
Missouri, Illinois, Indiana e Kentucky
onde os totais de até 25mm estão
previstos. Temperaturas durante todo
o período de 8-15 dias irão variar de
10 a 22 graus em todo o coração do
Cinturão do Milho.
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Apesar de discordância entre os modelos, o mais importante é que não é esperada nenhuma geada generalizada,
embora temperaturas possam chegar a 5 graus comum em todo o Dakotas e NW Midwest além setembro 17. O
gráfico apresenta a temperatura mínima mais baixa anexado projetada através das próximas duas semanas. Temps
de congelação serão confinadas para altitudes mais elevadas no oeste do país, longe das áreas de produção de milho
e soja no país.

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